07 08 NOV Presto
Veloce
FORTISSIMO Nยบ 21 / 2019
MinistĂŠrio da Cidadania, Governo de Minas Gerais e ItaĂş A P R E S E N T A M
Presto
07/ 1 1
Veloce
08/11
FA B I O M E C H E T T I , R E G E N T E FA B I O M A R T I N O , P I A N O
PROGRAMA
MARTIM BUTCHER Memória do Cardume ENCOMENDA • ESTREIA MUNDIAL
SERGEI RACHMANINOV Concerto para piano nº 1 em fá sustenido menor, op. 1
Vivace
Andante
Allegro vivace
I N T E R VA L O
CARL NIELSEN Sinfonia nº 2, op. 16, “Os quatro temperamentos”
Allegro collerico
Allegro comodo e flemmatico
Andante malincolico
Allegro sanguineo
CAROS AMIGOS E AMIGAS, Dois jovens talentos brasileiros par-
Executada pela primeira vez pela
ticipam do concerto desta noite. Um,
Filarmônica, a Sinfonia nº 2 do di-
compositor, introduz peça comissio-
namarquês Carl Nielsen revela sua
nada pela Filarmônica como resul-
singular vocação para expressar con-
tado vitorioso da edição do Festival
trastantes sentimentos em uma lin-
Tinta Fresca do ano passado. Martim
guagem romântica e ao mesmo tempo
Butcher nos apresenta Memória do
desafiadora. Sua sinfonia dos “quatro
Cardume, convidando nosso público
temperamentos” se revela uma expe-
a descobrir esse sugestivo enigma.
riência tanto musical quanto psicológica, ao transmitir de forma direta a
Outro, um dos pianistas mais talen-
carga emocional que cada um de seus
tosos da nova geração. Fabio Martino
movimentos carrega.
retorna a Belo Horizonte para executar o virtuosístico Primeiro Concerto de
Desejo a todos uma grande experiência.
Rachmaninov, escrito por este quando
FOTO: RAFAEL MOTTA
também jovem, na idade de dezoito anos.
FA B I O M E C H E T T I
FABIO MECHETTI DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Diretor Artístico e Regente Titular
sua estreia no Carnegie Hall de Nova
da Orquestra Filarmônica de Minas
York conduzindo a Sinfônica de Nova
Gerais desde sua criação, em 2008,
Jersey. Continua dirigindo inúmeras
Fabio Mechetti posicionou a orques-
orquestras norte-americanas e é
tra mineira no cenário mundial da
convidado frequente dos festivais
música erudita. Além dos prêmios
de verão norte-americanos, entre
conquistados, levou a Filarmônica
eles os de Grant Park em Chicago
a quinze capitais brasileiras, a uma
e Chautauqua em Nova York.
turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de nove álbuns,
Igualmente aclamado como regente
sendo quatro para o selo interna-
de ópera, estreou nos Estados Unidos
cional Naxos. Natural de São Paulo,
dirigindo a Ópera de Washington. No
Mechetti serviu recentemente como
seu repertório destacam-se produções
Regente Principal da Filarmônica
de Tosca, Turandot, Carmem, Don
da Malásia, tornando-se o primeiro
Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,
regente brasileiro a ser titular de
Madame Butterfly, O barbeiro de
uma orquestra asiática.
Sevilha, La Traviata e Otello.
Nos Estados Unidos, Mechetti esteve
Suas apresentações se estendem
quatorze anos à frente da Orquestra
ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca,
Sinfônica de Jacksonville e, atual-
Escócia, Espanha, Finlândia, Itá-
mente, é seu Regente Titular Emérito.
lia, Japão, México, Nova Zelândia,
Foi também Regente Titular das
Suécia e Venezuela. No Brasil,
sinfônicas de Syracuse e de Spokane,
regeu todas as importantes orques-
da qual hoje é Regente Emérito.
tras brasileiras.
Regente Associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica
Fabio Mechetti é Mestre em Regência
Nacional de Washington, com ela
e em Composição pela Juilliard
dirigiu concertos no Kennedy Center
School de Nova York e vencedor do
e no Capitólio. Da Sinfônica de San
Concurso Internacional de Regência
Diego, foi Regente Residente. Fez
Nicolai Malko, da Dinamarca.
FOTO: ALEXANDRE REZENDE
FABIO MARTINO
Beethoven, Bach, Schumann, Medtner, Mozart, Bartók, entre tantos outros, acompanhado por importantes orquestras como Osesp, Petrobras Sinfônica, Filarmônica de Minas Gerais, Badische Staatskapelle,
Já aos cinco anos Fabio Martino come-
filarmônicas de Stuttgart e de Câmara
çou a tocar piano no instrumento de
Tcheca, sinfônicas da Rádio da Baviera,
sua avó, uma professora em São Paulo.
de Berlim e de Shenzhen.
Dezessete anos mais tarde – após uma rigorosa formação nas principais uni-
Na temporada 19/20 destacam-se
versidades do Brasil e Alemanha –,
concertos com a Staatskapelle Weimar,
comprou seu primeiro Steinway, com
Filarmônica de Stuttgart, sinfônicas
o prêmio recebido pelo primeiro lugar
de Nurenberg, Munique e Schleswig-
no maior concurso internacional de
Holstein, nas salas Meistersingerhalle,
piano da América Latina, o BNDES.
Herkulessaal, Liederhalle, Eroica-Saal e Verdi. Estará na China, no Brasil,
Considerado ousado e aberto a desa-
na Alemanha e na Áustria, em dois
fios, Martino obteve mais de vinte primei-
concertos de Ano Novo na Festspie-
ros lugares em competições internacio-
lhaus de Salzburgo.
nais de piano. Como uma marca registrada, apresenta-se sempre com uma
Críticos já comparam Fabio Martino com
gravata borboleta de laço feito a mão.
Nelson Freire, Martha Argerich, Claudio Arrau e Sviatoslav Richter e o relacio-
Seu segundo álbum, Passion, uma
nam inclusive com Vladimir Horowitz.
coprodução com a rádio alemã SWR em Baden-Baden, contém obras de Beethoven, Liszt, Schumann e a primeira audição mundial de Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu, em arranjo de Marc-André Hamelin. “Não é somente virtuoso, é também vibrante e de ‘cair da cadeira’! Grandioso!” – escreve Guido Krawinkel para a revista Klassikheute. Em 2019 lança seu terceiro álbum, Latin Soul, com obras para piano solo de VillaLobos, Ginastera, Guastavino e Guarnieri.
concertos de Prokofiev, Rachmaninov,
FOTO: PETER ADAMIK
Como solista, Fabio Martino interpreta
Martim
BUTCHER
S Ã O PAU L O , B R A S I L , 1 9 8 7
Por volta dos dezoito anos, Martim Butcher se viu imerso num ambiente impregnado pela canção e pelo violão. Embora seduzido pela performance, sua timidez o fez refugiar-se nos estudos de harmonia e na análise da relação entre texto e música. Como a música, o texto, mais precisamente a literatura, ocupou desde cedo um lugar importante em seu universo artístico. O contato com a obra de Marcel Proust, aos quinze anos, teve enorme impacto em sua vida, levando-o a optar pela ênfase em literatura francesa durante a graduação em Letras na USP. Embora não tenha concluído o curso, Butcher permaneceu atrelado ao gênero literário e ao trabalho de figuras híbridas, como Chico Buarque, cuja obra coabita suas primeiras investidas como compositor. Embora seu elo com a literatura lhe pareça mais natural do que seu vínculo com a música, Butcher oficializou sua relação com a música ao mudar-se para a Argentina a fim de estudar composição musical na Universidade Nacional de La Plata. Ali, a orientação de Luis Menacho, a compreensão técnica e estética de Mariano Etkin e o estímulo moral e empreendedorismo do professor de música eletroacústica Federico Jaugueriberry foram cruciais para a consolidação de seu percurso composicional. I N S T R U M E N TA Ç Ã O
Piccolo, 3 flautas, 3 oboés, 3 clarinetes, clarone, 3 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, pianos, cordas. EDITORA
Edição do compositor
Profundamente consciente de seu processo de formação, Butcher resiste à associação linear entre afinidades estéticas e linguagem musical. Assim, embora aprecie a escrita orquestral de Mahler ou a postura profissional de Etkin, não atribui a eles nenhum
Encomenda Estreia mundial
Memória do Cardume 2019
14 MINUTOS
impacto direto sobre sua estética
mas terminam sendo compreendidas
musical. Uma exceção a essa regra
dentro do movimento de uma unida-
seja, talvez, György Ligeti, cuja obra
de maior: o cardume.” A obra busca
admira e cuja influência se expres-
então explorar tal metáfora dentro
sa principalmente na forma como
de uma forma rapsódica, através de
manipula texturas de modo a fazer
seções contrastantes que se suce-
com que as linhas ganhem, como
dem ao arbítrio do compositor. É,
diz, “certa espessura”.
no entanto, em sua microforma que a metáfora ganha força, conferindo
Os dilemas em relação à responsa-
unidade à obra. Como no cardume,
bilidade do músico em um mundo
em que um peixe pode ser visto
de crises políticas fizeram com que
isoladamente ou como elemento
o vencedor do Festival Tinta Fresca
de um grupo, os instrumentos são
de 2018, pela obra Stretching before
trabalhados em suas individualida-
and after, se visse dividido em rela-
des e como membros dos naipes,
ção ao tema da obra encomendada
tocando sempre de modo ligeira-
pela Filarmônica. Inicialmente, viu-
mente defasado, a fim de que suas
-se atraído pela ideia de uma obra
identidades melódicas se fundam
de coloração mais política. À medi-
em massas sonoras mais espes-
da que o trabalho se desenvolveu,
sas. Acelerações e desacelerações,
Butcher percebeu, no entanto, que
movimentos ascendentes e descen-
compunha “uma música pacífica,
dentes, adensamentos e rarefações
marinha”. Memória do Cardume ecoa
e mesmo momentos mais estáticos
as descrições do escritor argenti-
submergem o ouvinte nesse percurso
no Juan José Saer de fenômenos
sonoro evocativo de um cardume.
como a chuva, os rios, os ventos em campos floridos, que o compositor
IGOR REYNER
Pianista,
descreve como “fenômenos visuais
Mestre em Música pela Universidade Federal
em que as unidades mínimas não
de Minas Gerais e Doutor em Literatura
fazem exatamente o mesmo gesto,
pelo King’s College London.
Sergei
RACHMANIN O N E G , R Ú SS I A , 1 873
B E V E R LY H I LL S , ESTA D O S U N I D O S , 1 94 3
O Concerto para piano nº 1 possui o vigor e a energia próprios de Rachmaninov. Trata-se de uma obra de I N S T R U M E N TA Ç Ã O
2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tímpanos, percussão, cordas.
juventude que o autor compôs aos dezoito anos de idade, enquanto ainda aluno do Conservatório de Moscou. A estreia, apenas do primeiro movimento, deu-se em 17 de março de 1892, no Conservatório, com a orquestra de alunos sob a regência do diretor, Vasily Safonov,
EDITORA
com Sergei Rachmaninov ao piano. A versão que hoje
Kalmus
conhecemos é de 1917, após a extensiva revisão que
PA R A O U V I R
CD Rachmaninoff plays Rachmaninoff – The 4 piano concertos – Philadelphia Orchestra – Eugene Ormandy; Leopold Stokowski, regentes – RCA Victor – 1994 (2 CDs) PA R A A S S I S T I R
USSR State Symphony Orchestra – Vassily Sinaisky, regente – Mikhail Pletnev, piano Acesse: fil.mg/rpiano1
Rachmaninov fez do Concerto, meses antes de deixar a Rússia. A nova versão foi apresentada pela primeira vez em Nova York, em 1919, pela Sociedade Sinfônica Russa sob a direção de Modest Altschuler, tendo igualmente o compositor como solista. O intenso diálogo entre o piano solista e a orquestra é a marca registrada do primeiro movimento (Vivace), com a brilhante escrita virtuosística típica do compositor. No segundo movimento (Andante), os temas confiados ao piano, que reina praticamente absoluto, são de um lirismo ímpar, apenas encontrados nas mais belas páginas do próprio Rachmaninov. O terceiro e último movimento (Allegro vivace) é feito de
PA R A L E R
Sergei Bertensson; Jay Leyda – Sergei Rachmaninoff: a lifetime in music – Indiana University Press – 2009
esfuziante energia. Música intensa, cheia do entusiasmo da juventude, que o compositor soube manter, mesmo após as severas revisões realizadas na obra. Apesar do enorme sucesso alcançado no século XX
Sergei Rachmaninoff – Rachmaninoff’s recollections told to Oskar von Riesemann – Macmillan – 1934
– tanto por seus concertos como por suas sinfonias,
NOV
Concerto para piano nº 1 em fá sustenido menor, op. 1
1890/1891, REVISÃO 1917, VERSÃO F INAL 1919
Última apresentação: 3 de jun / 2014 Fabio Mechetti, regente Boris Giltburg, piano
27 MINUTOS
sua música para solista, música de
individual. Sua música foi nada
câmara, óperas e música litúrgica
mais que a expressão sincera de
–, Rachmaninov foi relativamente
sua personalidade, seus sentimen-
negligenciado pelos estudos musi-
tos e ideias. Escreveu sobre seus
cológicos ocidentais, em razão do
contemporâneos: “A nova música
preconceito vigente, que o considera-
parece vir não do coração, mas da
va um compositor ultraconservador,
mente. Seus compositores pensam,
um homem do século XIX vivendo
ao invés de sentir. Eles não têm
em pleno século XX. Em um sécu-
a capacidade de fazer obras en-
lo praticamente todo dividido entre
cantadoras, como dizia Hans von
“progressistas” e “conservadores”,
Bülow. Eles advogam, protestam,
as melhores considerações foram
analisam, argumentam, calculam e
sempre reservadas aos ditos “mo-
experimentam – mas não encantam”.
dernos” e a sua música de caráter experimental e revolucionário, en-
Se a música de Rachmaninov é
quanto as conquistas de seus anta-
realmente ultrapassada, o mesmo
gonistas eram atenuadas, por serem
poderia ser dito do gosto de seus
eles avaliados, de antemão, como
milhões de admiradores ao longo
“menos originais” que seus pares.
de todo o século. Para a crítica especializada, seriam todos um
A concepção de que a música de
pouco démodés. Mas, sem dúvida,
Rachmaninov pertence ao século
que música encantadora!
XIX é um daqueles erros históricos que acabaram tornando-se verda-
GUILHERME
des absolutas de tanto ser repe-
NASCIMENTO
tidos. Na verdade, Rachmaninov
em Música pela Unicamp, professor na
jamais se preocupou com as os-
Escola de Música da UEMG, autor dos
cilações da moda e procurou ape-
livros Os sapatos floridos não voam
nas seguir seu próprio caminho
e Música menor.
Compositor, Doutor
Carl
NIELSEN
S O RT E LU N G , D I N A M A RC A , 1 8 6 5
COPE N H AG E N , D I N A M A RC A , 1 93 1
Há sempre uma certa ambiguidade nos compositores que viveram a virada dos séculos XIX e XX, principalmente naqueles advindos da periferia dos grandes centros culturais europeus. Nestes casos, há um certo conflito entre a necessidade de afirmação de uma linguagem nacional e a dívida com a herança romântica, alemã ou francesa, conforme o caso. Desse conflito nascem sínteses únicas, originais, que às vezes se configuram em uma escola nacional, outras vezes em estilos indiI N S T R U M E N TA Ç Ã O
Piccolo, 3 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, cordas.
viduais bem peculiares. A tendência de se resumir a música dessa época e desses recortes geográficos a um nacionalismo às vezes exótico e não completamente assumido é por demais redutora. Cada caso é particular e precisa ser tomado em suas próprias especificidades. Nessa perspectiva, há poucos parâmetros possíveis de comparação entre, por exemplo, a Escola Espanhola, de
EDITORA
Kalmus PA R A O U V I R
CD Nielsen – Symphonies Nos.1-6 – London Symphony Orchestra – LSO – 2018
Albéniz e Granados, e a Tcheca, de Smetana e Dvorák, por exemplo. Tampouco é possível resumir a uma mesma e indistinta amálgama nomes, que, mesmo oriundos de regiões próximas, têm caminhos expressivos bem distintos, como, por exemplo, Grieg, Sibelius e Carl Nielsen. Se houver, entre eles, medidas de comparação, essas se dão mais por oposição que por semelhanças.
PA R A A S S I S T I R
Estonian Festival Orchestra – Paavo Järvi, regente Acesse: fil.mg/ ntemperamentos
Paradoxalmente, porém, Carl Nielsen é considerado o pai da Escola Dinamarquesa, e Maskarade, sua ópera cômica, é, para os dinamarqueses, o que A noiva vendida, de Smetana, é para os tchecos. No entanto, sua linguagem
PA R A L E R
Robert Simpson – Carl Nielsen, Symphonist – Kahn & Averill – 1986
é muito menos pintada de exotismos que a de Grieg e
Sinfonia nº 2, op. 16, “Os quatro temperamentos” 1901/1902
Primeira apresentação com a Filarmônica
32 MINUTOS
recorre menos a citações do que a de
ao mesmo tempo, a uma pintura con-
Sibelius. Ao ouvinte desavisado, ela
templada pelo compositor em uma
pode causar um certo desconforto,
estalagem rural de sua terra natal e
justamente por não oferecer o tipo
aos quatro temperamentos humanos,
de previsibilidade que se esperaria,
certamente representados na pintura,
seja de um compositor “nacionalista”,
descritos por Hipócrates. Na ordem
seja de um compositor exemplarmente
em que aparecem na Sinfonia, são
romântico, seja, ainda, de um compo-
eles: Colérico, Fleumático, Melancólico
sitor que buscasse fundir ambas as
e Sanguíneo. A organização estabe-
tendências. É aí que reside o paradoxo
lecida por Nielsen revela certa ironia,
de Nielsen: sem subserviência aos
porque relaciona, aos procedimentos
modelos hegemônicos, sem, tam-
da sinfonia clássica, os conceitos do
pouco, render-se ao encantamento
Patrono da Medicina.
das particularidades do folclore, atento às mudanças de seu tempo, mas
Embora seja tentador procurar perce-
seguro de sua linguagem, ele acaba
ber, nisso, um conceito programático,
por abrir um caminho possível para
mesmo a despeito de certos elementos
a música na Dinamarca que tem,
descritivos, é muito mais interessante
sem dúvida, um importante grau de
o reconhecimento de uma linguagem
independência e de originalidade.
original e sólida, construída entre o ocaso de uma era e a aurora de outra.
Nielsen compôs seis sinfonias, cujas cronologias cobrem praticamente toda a sua carreira. A segunda delas,
M O A C Y R L AT E R Z A
dedicada a Ferruccio Busoni, foi
FILHO
estreada em 1902 pela Sociedade de
em Literaturas de Língua Portuguesa,
Concertos Dinamarquesa, conduzida
professor da Universidade do Estado
pelo compositor. O subtítulo – Os
de Minas Gerais e da Fundação de
quatro temperamentos – faz alusão,
Educação Artística.
Pianista e cravista, Doutor
tem p or ad a
20 20
ILUSTRAÇÃO: CAROLINA MORAES SANTANA
Filarmônica, nosso encontro na Música.
5 anos da Sala Minas Gerais 57 concertos em 5 séries 48 artistas convidados Festival Beethoven CONHEÇA A P RO G R A M A Ç Ã O E A SS I N E .
fases de assinaturas
troca ATÉ 13/NOV
Apenas para Assinantes da Temporada 2019 que, na fase de Renovação, indicaram a intenção de troca.
novas assinaturas * D E 16/N OV/19 ATÉ 26/JAN/20 * O período poderá ser reduzido caso os assentos disponíveis para assinaturas se esgotem.
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Diretor Artístico e Regente Titular FABIO MECHETTI Regente Associado MARCOS ARAKAKI
PRIMEIROS VIOLINOS
VIOLONCELOS
FAGOTES
HARPA
Rommel Fernandes –
Philip Hansen *
Catherine Carignan *
Clémence Boinot *
Spalla associado
Robson Fonseca ***
Victor Morais ***
Ara Harutyunyan –
Camila Pacífico
Francisco Silva
Spalla assistente
Camilla Ribeiro
Ana Paula Schmidt
Eduardo Swerts
TROMPAS
Ana Zivkovic
Emília Neves
Alma Maria Liebrecht *
Arthur Vieira Terto
Lina Radovanovic
Evgueni Gerassimov ***
Joanna Bello
Lucas Barros
Gustavo Trindade
GERENTE
Laura von Atzingen
William Neres
José Francisco dos Santos
Jussan Fernandes
TECLADOS Ayumi Shigeta *
Luis Andrés Moncada
Lucas Filho
Roberta Arruda
CONTRABAIXOS
Rodrigo Bustamante
Nilson Bellotto *
INSPETORA
Rodrigo M. Braga
André Geiger ***
TROMPETES
Rodrigo de Oliveira
Marcelo Cunha
Marlon Humphreys-Lima *
Wesley Prates
Marcos Lemes
Érico Fonseca **
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Risbleiz Aguiar
Fabio Ogata
Karolina Lima
Pablo Guiñez
Daniel Leal ***
SEGUNDOS VIOLINOS
Rossini Parucci
Tássio Furtado
Frank Haemmer *
Walace Mariano
ARQUIVISTA TROMBONES
Hyu-Kyung Jung ***
Ana Lúcia Kobayashi
Gideôni Loamir
FLAUTAS
Mark John Mulley *
Jovana Trifunovic
Cássia Lima *
Diego Ribeiro **
ASSISTENTES
Luka Milanovic
Renata Xavier ***
Wagner Mayer ***
Claudio Starlino
Martha Pacífico
Alexandre Braga
Renato Lisboa
Jônatas Reis
Matheus Braga
Elena Suchkova
TUBAS
Rodolfo Toffolo
OBOÉS
Eleilton Cruz *
SUPERVISOR DE MONTAGEM
Tiago Ellwanger
Alexandre Barros *
Rafael Mendes ****
Rodrigo Castro
Valentina Gostilovitch
Públio Silva *** Israel Muniz
TÍMPANOS
MONTADORES
Maria Fernanda Gonçalves
Patricio Hernández
Hélio Sardinha
Pradenas *
Jussan Meireles
Radmila Bocev
VIOLAS João Carlos Ferreira * Roberto Papi ***
CLARINETES
Flávia Motta
Marcus Julius Lander *
PERCUSSÃO
Gerry Varona
Jonatas Bueno ***
Rafael Alberto *
Gilberto Paganini
Ney Franco
Daniel Lemos ***
Katarzyna Druzd
Alexandre Silva
Sérgio Aluotto
Luciano Gatelli
Klênio Carvalho
Werner Silveira
Marcelo Nébias Mikhail Bugaev Nathan Medina
* principal
** principal associado
*** principal assistente
**** musicista convidado
INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA CONSELHO ADMINISTRATIVO
Oscip — Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Lei 14.870 / Dez 2003
OS — Organização Social Lei 23.081 / Ago 2018
EQUIPE TÉCNICA
Presidente Emérito
Gerente de Comunicação
Jacques Schwartzman
Merrina Godinho Delgado
Gonçalves Soares Filho
Conselheiros
Douglas Conrado
Jovem Aprendiz Sunamita Souza
SALA MINAS GERAIS
Gerente de Produção Musical
Gerente Contábil
Claudia da Silva
Graziela Coelho
Guimarães
Angela Gutierrez Arquimedes Brandão
Gerente Administrativofinanceira
Mensageiro
Ana Lúcia Carvalho
Presidente Roberto Mário
EQUIPE ADMINISTRATIVA
Berenice Menegale
Assessora de Programação Musical
Bruno Volpini
Gabriela de Souza
Celina Szrvinsk
Gerente de Infraestrutura Renato Bretas
Gerente de Recursos Humanos
Gerente de Operações
Quézia Macedo Silva
Jorge Correia
Fernando de Almeida
Produtor
Analistas Administrativos
Técnicos de Áudio e de Iluminação
Iran Almeida Pordeus
Luis Otávio Rezende
João Paulo de Oliveira
Daniel Hazan
Letícia Cabral
Diano Carvalho
Mauricio Freire
Analistas de Comunicação
Secretária Executiva
Assistente Operacional
Octávio Elísio
Carolina Moraes Santana
Flaviana Mendes
Rodrigo Brandão
Sérgio Pena
Fernando Dornas
Assistente Administrativa
FORTISSIMO
Cristiane Reis
Novembro nº 21 / 2019
Ítalo Gaetani Marco Antônio Pepino
Lívia Aguiar
DIRETORIA EXECUTIVA
Renata Romeiro
Diretor Presidente Diomar Silveira
Analistas de Marketing
ISSN 2357-7258
Diretor Administrativofinanceiro
Eventos — Lívia Brito
Assistente de Recursos Humanos
Projetos — Lilian Sette
Jessica Nascimento
Joaquim Barreto
Itamara Kelly
Diretor de Comunicação Agenor Carvalho
Diretora de Marketing e Projetos Zilka Caribé
Relacionamento —
Edição de texto
Godinho Delgado Berenice Menegale
Recepcionistas
Capa Alchemic approach
Meire Gonçalves
to four humors in relation
Assistente de Marketing e Relacionamento
Vivian Figueiredo
to the four elements and
Henrique Campos
Pedro Almeida
Assistente de Produção
Auxiliar Administrativa
Rildo Lopez
Geovana Benicio
Auxiliar de Produção
Auxiliares de Serviços Gerais
Jeferson Silva
Ailda Conceição
Este programa foi
Rose Mary de Castro
impresso em papel doado pela Resma Papéis.
zodiacal signs, ilustração
Auxiliar Contábil
Diretor de Operações Ivar Siewers
Editora Merrina
de Leonhart Thurneisser
O Fortissimo está indexado aos sistemas nacionais e internacionais de pesquisa. Você pode acessá-lo também em nosso site.
Fortíssimo – meia-pagina simples 15 x 12,5 cm
O legítimo bistrô francês da capital
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-15% na conta com o seu ingresso da noite Rua Pium-í 229 (31)3227-7764
Le magret de canard
NO CONCERTO Cuide da Sala Minas Gerais.
Seja pontual.
Traga seu ingresso ou cartão de assinante.
Não coma ou beba.
Desligue o celular (som e luz).
Deixe para aplaudir ao fim de cada obra.
Não fotografe ou grave em áudio / vídeo.
Se puder, devolva seu programa de concerto.
Faça silêncio e evite tossir.
Evite trazer crianças menores de 8 anos.
PRÓXIMOS CONCERTOS 16 nov, 18h
F O R A D E S É R I E / M Ú S I C A E L I T E R AT U R A
19 nov, 20h30 24 nov, 11h
FILARMÔNICA EM CÂMARA C O N C E R T O S PA R A A J U V E N T U D E
28 e 29 nov, 20h30 5 e 6 dez, 20h30 12 e 13 dez, 20h30
PRESTO E VELOCE A L L E G R O E V I VA C E PRESTO E VELOCE
Restaurantes parceiros Nos dias de concerto, apresente seu ingresso, cartão de Amigo ou Assinante e obtenha descontos especiais. Saiba mais: fil.mg/restaurantes
R. Rio de Janeiro, 2076
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Lourdes
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Tel: 3227-7764
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MANTENEDOR
PAT R O C Í N I O M Á S T E R
PAT R O C Í N I O
A P O I O C U LT U R A L
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BMPI REALIZAÇÃO
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RUA T E N E N T E B R I TO M E LO , 1. 090 — BA R RO PR E TO C E P 3 0 .1 8 0 - 0 7 0
|
T E L : ( 3 1 ) 3 2 1 9. 9 0 0 0
BELO HORIZONTE – MG |
FA X : ( 3 1 ) 3 2 1 9. 9 0 3 0
COMU NI CA ÇÃO IC F / 20 19
Sala Minas Gerais