14 15 MAR Presto
Veloce
FORTISSIMO Nยบ 2 / 2019
Ministério da Cidadania e Governo de Minas Gerais A P R E S E N TA M
Presto
14/03
Veloce
15/03
FA B I O M E C H E T T I , R E G E N T E ASIER POLO, VIOLONCELO
PROGRAMA
CLAUDIO SANTORO Brasiliana
Allegro moderato e deciso
Adagio
Allegro
ALBERTO ROUSSEL Baco e Ariadne, op. 43: Suíte nº 2
Prelúdio: o sono de Ariadne
O despertar de Ariadne
Baco dança sozinho
O beijo
Dança de Ariadne
Dança de Ariadne e Baco
Bacanal
A coroação de Ariadne
I N T E R VA L O
ANTONÍN DVORÁK Concerto para violoncelo em si menor, op. 104
Allegro
Adagio ma non troppo
Finale: Allegro moderato
CAROS AMIGOS E AMIGAS,
do século XIX para o início do XX, quando compositores, especialmente franceses, se utilizaram da fértil tradição clássica grega como fonte de inspiração. Junto a Daphnis e Chloé de Ravel, Baco e Ariadne demonstra essa afinidade típica do francês com a
Bem-vindos a mais uma temporada
dança e com a capacidade sugestiva
da nossa Filarmônica. Temos duas
do impressionismo que se consolidava
celebrações importantes neste primeiro
na época.
concerto: os 100 anos de um dos mais importantes músicos brasileiros, o
É com grande prazer que recebemos
amazonense Claudio Santoro, e os
uma vez mais o violoncelista basco
150 anos do francês Albert Roussel.
Asier Polo, um dos mais completos músicos da atualidade, que traz ao nosso
Santoro transitou com igual maestria
palco o mais adorado dos concertos
e competência entre várias estéticas
para o seu instrumento, o de Dvorák.
ao longo do século XX, demonstrando grande facilidade de adaptar correntes
Uma noite que certamente encantará
musicais díspares à sua linguagem
nossos ouvintes e ditará as trajetó-
exploradora e múltipla. Dentre suas
rias a serem realizadas ao longo da
obras de cunho nacionalista salien-
temporada.
ta-se a Brasiliana, repleta de ritmos e referências melódicas de nosso
A todos, um bom concerto.
inconfundível folclore. Já Roussel
FOTO: ALEXANDRE REZENDE
segue numa linha traçada no final
FA B I O M E C H E T T I
FABIO MECHETTI DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Diretor Artístico e Regente Titular
sua estreia no Carnegie Hall de Nova
da Orquestra Filarmônica de Minas
York conduzindo a Sinfônica de Nova
Gerais desde sua criação, em 2008,
Jersey. Continua dirigindo inúmeras
Fabio Mechetti posicionou a orques-
orquestras norte-americanas e é
tra mineira no cenário mundial da
convidado frequente dos festivais
música erudita. Além dos prêmios
de verão norte-americanos, entre
conquistados, levou a Filarmônica
eles os de Grant Park em Chicago
a quinze capitais brasileiras, a uma
e Chautauqua em Nova York.
turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de nove álbuns,
Igualmente aclamado como regente
sendo quatro para o selo interna-
de ópera, estreou nos Estados Unidos
cional Naxos. Natural de São Paulo,
dirigindo a Ópera de Washington. No
Mechetti serviu recentemente como
seu repertório destacam-se produções
Regente Principal da Filarmônica
de Tosca, Turandot, Carmem, Don
da Malásia, tornando-se o primeiro
Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,
regente brasileiro a ser titular de
Madame Butterfly, O barbeiro de
uma orquestra asiática.
Sevilha, La Traviata e Otello.
Nos Estados Unidos, Mechetti esteve
Suas apresentações se estendem
quatorze anos à frente da Orquestra
ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca,
Sinfônica de Jacksonville e, atual-
Escócia, Espanha, Finlândia, Itá-
mente, é seu Regente Titular Emérito.
lia, Japão, México, Nova Zelândia,
Foi também Regente Titular das sin-
Suécia e Venezuela. No Brasil, re-
fônicas de Syracuse e de Spokane,
geu todas as importantes orques-
da qual hoje é Regente Emérito.
tras brasileiras.
Regente Associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica
Fabio Mechetti é Mestre em Regência
Nacional de Washington, com ela
e em Composição pela Juilliard
dirigiu concertos no Kennedy Center
School de Nova York e vencedor do
e no Capitólio. Da Sinfônica de San
Concurso Internacional de Regência
Diego, foi Regente Residente. Fez
Nicolai Malko, da Dinamarca.
FOTO: EUGÊNIO SÁVIO
ASIER POLO Considerado pela crítica especializada o violoncelista espanhol mais destacado de sua geração, Asier Polo foi solista com importantes orquestras, como as filarmônicas de Dresden, BBC, Bergen, Israel e Louisiana; sinfônicas Nacional da RAI, de Berlim, de São Paulo e da Basileia; orquestras de Paris, Nacional do México, Nacional da Espanha e Philharmonia, sob direção de Pinchas Steinberg, Christian Badea, Rafael Frühbeck de Burgos, Claus Peter Flor, Carlos Miguel Prieto, Günther Herbig, Juanjo Mena, Antoni Wit e Anne Mansoni. Polo realizou quatro apresentações com a Filarmônica de Minas Gerais e Fabio Mechetti. Convidado dos festivais SchleswigHolstein, Nantes, Ohrid, Biennale di Venezia, Roma, Lisboa, Morelia, Granada e San Sebastián, colaborou com artistas como Silvia Marcovici, Nicolás Chumachenco, Sol Gabetta,
Luis de Pablo, Jesús Villa-Rojo e Antón García Abril lhe dedicaram obras. Ele combina a música nova com os repertórios clássico, romântico e contemporâneo. Possui quatorze gravações com obras que se destacam na criação espanhola para violoncelo – Usandizaga, Rodrigo, Escudero, Marco, Bernaola e Rueda –, além de Sofía Gubaidulina e Cristóbal Halffter. Asier Polo estudou em Bilbao, Madri, Colônia e Basileia com Pascu, Kliegel e Monighetti; participou de masterclasses com Starker, Gutman e Rostropovich. Premiado ao longo da carreira, atualmente é professor no Centro Superior de Música do País Basco “Musikene” e diretor artístico na Universidade Afonso X e do Forum Musikae. O artista se apresenta com o violoncelo Francesco Rugieri (Cremona, 1689), cedido pela Fundação Banco Santander.
Isabelle van Keulen, Josep Colom, Eldar Nebolsin, Gerard Caussé, Cuarteto Janácek, Cuarteto Casals e Alfredo Kraus. Asier Polo tem forte compromisso com a música atual, especialmente de seu país, e os compositores
FOTO: PABLO AXPE
Gabriel Erkoreka, Jesús Torres,
Claudio
SANTORO M A N AU S , B R A S I L , 1 9 1 9
BRASÍLIA, BRASIL, 1989
I N S T R U M E N TA Ç Ã O
2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tímpanos, percussão, cordas.
A música do compositor e regente amazonense Claudio Santoro navegou pelas mais variadas e até mesmo divergentes correntes estéticas do século XX. Sua primeira fase como compositor corresponde ao período da Segunda Guerra Mundial. Nela percebe-se a utilização de técnicas
EDITORA
composicionais da vanguarda estética internacional,
Edition Savart
como o dodecafonismo e o serialismo – que estudara com Koellreutter no Rio de Janeiro. Em 1947 estuda em
PA R A O U V I R
LP Claudio Santoro – Orquestra Sinfônica Brasileira – Claudio Santoro, regente – Sinter/MRE/Rádio MEC – 1957
Paris com Nadia Boulanger e, em 1948, participa do II Congresso de Compositores e Músicos Progressistas, em Praga. Desde então, assume deliberadamente os preceitos artísticos apregoados pelo Realismo Socialista e abandona os rumos da estética expressionista: “o artista que marcha ao lado do proletariado deve estar
DVD Música Viva – Série Música Brasileira no Tempo – Orquestra Sinfônica Nacional-UFF – Ligia Amadio, regente – 2007
na linha do progresso e não ao lado das tendências da última fase da burguesia”, escreveu Santoro à época. Em 1962, levado por Darcy Ribeiro, cria o Departamento de Música da Universidade de Brasília. Em 1964 afasta-se para lecionar na Universidade de Heidelberg, Alemanha.
PA R A A S S I S T I R
Retornou a Brasília em 1978, assumindo a direção da
Orquestra Sinfônica Nacional-UFF – Ligia Amadio, regente Acesse: fil.mg/sbrasiliana
Orquestra do Teatro Nacional, onde veio a falecer.
PA R A L E R
Vasco Mariz – Claudio Santoro – Civilização Brasileira – 1994 PA R A V I S I TA R
claudiosantoro.art.br
Nos anos 1950, guiado pelo Informe Zhdanov, Santoro se propôs a aplicar na música nacionalista brasileira os fundamentos da produção cultural dos países socialistas. A essa fase pertence a Brasiliana, iniciada em novembro de 1954, em São Paulo, e concluída em 1955 em Bucareste, na Romênia. Foi estreada pelo autor em
Última apresentação: 19 de agosto / 2008 Fabio Mechetti, regente
Brasiliana 1954
13 MINUTOS
1958, frente à Orquestra do Theatro
final. Segundo os preceitos do Realismo
Municipal do Rio de Janeiro. Nela,
Socialista, adotados por Santoro à
Santoro aplica premissas da política
época, uma obra sinfônica deve trans-
prescritiva expostas nas resoluções
mitir um conteúdo positivo, otimista e
do Congresso de Praga, em suma:
encerrar-se vitoriosamente.
uma arte simples, direta e popular, baseada em elementos folclóricos
No Adagio da Brasiliana, o material
e facilmente assimilável. Para isso,
temático do primeiro movimento parece
apresenta os temas logo no início da
camuflar-se: as três notas iniciais,
obra, reforçados por diversos instru-
antes enérgicas, surgem juntas, num
mentos em uníssono.
suave acorde, e o tema prossegue com um lírico solo de oboé acompa-
No primeiro movimento, o autor realiza
nhado de leve dança sincopada. No
variantes sobre um motivo melódico
Allegro final, Santoro utiliza a rítmica
de apenas sete notas, com pregnância
e o modalismo da música nordestina,
das três notas ascendentes iniciais.
fornecendo à composição elementos
Aliás, material idêntico ao da 3ª Sonata
idiossincraticamente nacionais. Nesse
para Piano — outra obra de tendên-
movimento, o compositor abre mão
cia nacionalista composta em 1955.
da nova estética simplificada e pro-
Tal motivo melódico de sete notas,
duz um desenvolvimento amplamente
enérgico, evocado repetidamente, se
sinfônico, contrapontístico, expressivo
torna uma unidade simbólica, espécie
e dinâmico.
de metáfora do brado do proletariado sobre a burguesia. A batalha das
MARCELO COR RÊA
vozes populares, representada pelo
Pianista, Mestre em Piano pela
contraponto orquestral, dá lugar ao
Universidade Federal de Minas Gerais,
entendimento mútuo, à consonância
professor na Universidade do Estado de
dos ideais, representada pelo acorde
Minas Gerais.
Alberto
ROUSSEL T O U R C O I N G , F R A N Ç A , 1 8 69
R O YA N , F R A N Ç A , 1 9 3 7
Em 1894, fazendo contraponto e frente ao Conservatório de Paris, é fundada na França a Schola Cantorum. O fato é que a importância que o Conservatório dava à ópera levou alguns compositores, dentre eles Vincent D’Indy, a buscarem um ambiente diferente para o desenvolvimento dos processos criativos. No entanto, a Schola nasceu I N S T R U M E N TA Ç Ã O
paradoxalmente de uma defesa da ordem tonal, associada
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 4 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, 2 harpas, celesta, cordas.
a uma admiração sem disfarces pela música de Wagner. Esse paradoxo não surtiu frutos muito viçosos, mas um se destaca: Albert Roussel. Roussel foi oficial da marinha francesa e começou relativamente tarde seus estudos de música e, por isso, sua obra gerou severas divergências. De um lado, havia quem
EDITORA
o considerasse um amador, ou havia quem o admirasse,
Edition Durand-SalabertEschig — Representante: Melos Ediciones Musicales S. A.
mas o achasse demasiado rebuscado. De outro lado,
PA R A O U V I R
CD Milhaud, Honegger, Roussel – Orchestre Lamoureux – Igor Markevitch, regente – Deutsche Grammophon – 1997 PA R A A S S I S T I R
Brussels Philharmonic – Stéphane Denève, regente Acesse: fil.mg/rbaco
havia, entre os jovens compositores da geração entre as duas grandes guerras, quem o visse como um inovador. Fato é que ele foi mais apreciado fora da França que por seus compatriotas. Sua obra e sua linguagem se dividem em duas partes. Na primeira delas, a ascensão de César Franck, através de D’Indy, associa-se às inovações de Debussy e Ravel (que, aliás, foram estudantes do Conservatório, rival da Schola). Disso desponta uma paradoxal conciliação entre o formalismo e uma liberdade quase sensual, da qual Debussy é a maior fonte. Na segunda fase, Roussel se engaja em uma estética neoclássica, pela qual foi
PA R A L E R
Basil Deane – Albert Roussel – Barrie & Rockliff – 1961
Baco e Ariadne, op. 43: Suíte nº 2 1930
Primeira apresentação com a Filarmônica
21 MINUTOS
duramente criticado, inclusive por
Ópera de Paris no ano seguinte, com
Stravinsky, que foi impiedoso.
coreografia de Serge Lifar. Depois da estreia, Roussel dividiu a obra em
Observando-se com a isenção própria
duas suítes orquestrais, estreadas
do afastamento cronológico, vê-se
respectivamente em 1933 e 1934. A
que Roussel não é nem inovador nem
segunda suíte foi ouvida sob a batuta
reacionário, mas é inegavelmente
do antológico Pierre Monteux.
talentoso. Abraçou o seu próprio tempo com uma única reserva: as
Tanto no balé quanto nas suítes se
tendências atonais. Roussel recusa-se
podem ouvir o brilho e o virtuosismo
a abandonar de completo o sistema
de uma orquestração herdeira de
tonal e, por isso, recorre a artifícios
Berlioz, a melodia franca, larga e
como a politonalidade, em que se
relativamente acessível, mas ainda
nota uma infraestrutura contrapon-
assim muito moderna, a ambiguidade
tística, ou o modalismo, que busca
tonal, sem, no entanto, deixar de
em escalas orientais, para garantir
garantir pontos de referência e, em
uma espécie de linearidade narrativa.
alguns trechos, uma nítida ironia,
Por isso, a música de Roussel não
marca da música e da cultura fran-
causa o mesmo estranhamento que
cesa. Se Stravinsky foi tão duro com
a obra de seus contemporâneos ou
Roussel é porque estava engajado
que alguns de seus precursores.
em sua própria revolução.
Baco e Ariadne é um balé que pertence à fase neoclássica de Roussel. Nele, se nota claramente a ambiguidade modal,
M O A C Y R L AT E R Z A F I L H O
dispersa em grandes frases de uma
Pianista e cravista, Doutor em Literaturas
linearidade severa, mas nem por isso
de Língua Portuguesa, professor da
pouco brilhante ou atraente. O balé
Universidade do Estado de Minas Gerais
foi composto em 1930 e estreado na
e da Fundação de Educação Artística.
Antonín
DVORÁK
N E L A H OZ E V ES , R E P Ú B L I C A TC H EC A , 1 84 1
PR AG A , R E P Ú B L I C A TC H EC A , 1 904
Em Praga, o jovem Dvorák trabalhou como violista, sob a regência do compositor Smetana, o grande nacionalista eslavo, de quem herdou o amor às tradições musicais de seu país. Em Viena, com uma bolsa de estudos do governo austríaco, ele tornou-se amigo de Brahms, cultivando grande apego às formas germânicas tradicionais. I N S T R U M E N TA Ç Ã O
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 3 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, cordas.
Sob essa dupla influência, a arte de Dvorák realiza uma síntese dos procedimentos composicionais clássicos com elementos característicos da música de seu país. Filho de um humilde artesão da aldeia de Nelahozeves, Dvorák tornou-se doutor honoris causa pela Universi-
EDITORA
Breitkopf & Härtel PA R A O U V I R
CD Dvorák, Saint-Saëns, Cello Concertos – London Philharmonic Orchestra – Carlo Maria Giulini, regente – Mstislav Rostropovitch, violoncelo – EMI Classics – 2001 PA R A A S S I S T I R
London Philharmonic Orchestra – Carlo Maria Giulini, regente – Mstislav Rostropovich, violoncelo Acesse: fil.mg/dvioloncelo PA R A L E R
John Clapham – Antonin Dvorak, musician and craftsman – Faber & Faber – 1966
dade de Cambridge, foi professor nos conservatórios de Praga e Nova York (1892-1895) e apresentou-se na Rússia, por indicação de Tchaikovsky. Sua vasta produção inclui nove sinfonias, óperas, peças para piano e para diversas formações camerísticas, grandes peças corais, além de três concertos – para piano, violino e violoncelo. O Concerto para violoncelo foi composto por encomenda do famoso violoncelista Hannus Wihan, durante o inverno de 1894-1895. É a última obra americana de Dvorák. Retornando logo depois à Tchecoslováquia, o compositor ficou muito abalado pela notícia da morte de sua cunhada, que fora seu primeiro amor e por quem tinha profunda afeição. Para homenageá-la, fez algumas alterações em sua partitura, acrescentando (no segundo e no quarto movimentos) uma citação de um de seus Cantos, op. 82, justamente a canção predileta de
Concerto para violoncelo em si menor, op. 104 1894/1895
Última apresentação: 31 de outubro / 2012 Fabio Mechetti, regente Antonio Meneses, violoncelo
40 MINUTOS
Joséphine Kounicova. Nessa versão
dividida entre as madeiras e o violoncelo.
final, Dvorák aboliu a cadência que
Mas a orquestra logo intervém com
Hannus Wihan compusera para o
a canção composta por Dvorák em
concerto. A estreia aconteceu em
homenagem à sua cunhada. A melodia
Londres, em 19 de março de 1896,
do início retorna nas trompas (sobre
com o violoncelista Leo Stern (mais
pizzicatti das cordas) e é ampliada pelo
tarde, o próprio Wihan tornou-se um
violoncelo (Quase cadenza). O clima é
célebre intérprete da obra).
de serena religiosidade.
A partitura segue a forma clássica
O Finale: Allegro moderato apre-
de concerto, em três movimentos.
senta um ritmo de marcha, nas
Além dos tutti poderosos, são parti-
cordas graves. O tema principal é
cularmente fascinantes os diálogos
anunciado pelas trompas e retorna
do solista com timbres isolados da
várias vezes, entremeado com outros
orquestra (principalmente os ins-
motivos, incluindo os temas dos dois
trumentos de sopro).
movimentos anteriores. Na coda, em pianíssimo, a canção Possa minha alma
No Allegro inicial, o tema aparece
reaparece no violino e nas madeiras.
no clarinete, já no primeiro com-
Um rápido crescendo conduz a um
passo. Reapresentado por três vezes
final cintilante que conclui a obra com
sucessivas, culmina em poderosa
poderoso brilho orquestral.
passagem instrumental com toda a orquestra, quando atinge sua plena
PA U L O S É R G I O
dimensão. Em contraste com esse
MALHEIROS DOS SANTOS
tema vigoroso, o segundo motivo,
Pianista, Doutor em Letras, professor na
extremamente lírico, é anunciado
UEMG, autor dos livros Músico, doce
em pianíssimo pelas trompas.
músico e O grão perfumado – Mário de Andrade e a arte do inacabado.
O movimento central, Adagio ma non
Apresenta o programa semanal Recitais
troppo, inicia-se com uma terna melodia
Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.
FOTO DO FUNDO: JOMAR BRAGANÇA
INGRESSO SOLIDÁRIO
Algo aconteceu e você não pode ir a um concerto? A P R O V E I T E PA R A A P R E S E N TA R A FILARMÔNICA AOS SEUS AMIGOS, PA R E N T E S O U E S T U D A N T E S D E M Ú S I C A . É muito simples. Para doar seu Ingresso Solidário, basta o Assinante acessar o aplicativo da Filarmônica até 30 minutos antes do início do concerto e realizar sua doação. O Assinante também pode enviar um e-mail ou ligar para a Assessoria de Relacionamento pelo menos 2 horas antes do concerto. O aplicativo da Filarmônica é compatível com aparelhos Android e iOS e pode ser baixado na loja de aplicativos do seu celular (Google Play ou App Store).
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ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Diretor Artístico e Regente Titular FABIO MECHETTI Regente Associado MARCOS ARAKAKI
PRIMEIROS VIOLINOS
VIOLONCELOS
FAGOTES
HARPAS
Anthony Flint – Spalla
Philip Hansen *
Catherine Carignan *
Clémence Boinot *
Rommel Fernandes –
Robson Fonseca ***
Victor Morais ***
Marcelo Penido *****
Spalla associado
Camila Pacífico
Andrew Huntriss
Ara Harutyunyan –
Camilla Ribeiro
Francisco Silva
Spalla assistente
Eduardo Swerts
Ana Paula Schmidt
Emília Neves
TROMPAS
Ana Zivkovic
Lina Radovanovic
Alma Maria Liebrecht *
GERENTE
Arthur Vieira Terto
Lucas Barros
Evgueni Gerassimov ***
Jussan Fernandes
Joanna Bello
William Neres
Gustavo Garcia Trindade
TECLADOS Ayumi Shigeta *
José Francisco dos Santos
INSPETORA
Roberta Arruda
CONTRABAIXOS
Lucas Filho
Karolina Lima
Rodrigo Bustamante
Nilson Bellotto *
Fabio Ogata
Rodrigo M. Braga
André Geiger ***
Rodrigo de Oliveira
Marcelo Cunha
TROMPETES
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
Wesley Prates
Marcos Lemes
Marlon Humphreys *
Risbleiz Aguiar
Pablo Guiñez
Érico Fonseca **
SEGUNDOS VIOLINOS
Rossini Parucci
Daniel Leal ***
ARQUIVISTA
Frank Haemmer *
Walace Mariano
Tássio Furtado
Ana Lúcia Kobayashi
Gideôni Loamir
FLAUTAS
TROMBONES
ASSISTENTES
Jovana Trifunovic
Cássia Lima*
Mark John Mulley *
Claudio Starlino
Luka Milanovic
Renata Xavier ***
Diego Ribeiro **
Jônatas Reis
Martha de Moura
Alexandre Braga
Wagner Mayer ***
Pacífico
Elena Suchkova
Renato Lisboa
SUPERVISOR DE MONTAGEM
Radmila Bocev
OBOÉS
TUBA
Rodrigo Castro
Rodolfo Toffolo
Alexandre Barros *
Eleilton Cruz *
Tiago Ellwanger
Públio Silva ***
Valentina Gostilovitch
Israel Muniz
TÍMPANOS
Hélio Sardinha
Maria Fernanda
Patricio Hernández
Klênio Carvalho
Gonçalves
Pradenas *
Roberto Papi ***
CLARINETES
PERCUSSÃO
Flávia Motta
Marcus Julius Lander *
Rafael Alberto *
Gerry Varona
Jonatas Bueno ***
Daniel Lemos ***
Gilberto Paganini
Ney Franco
Sérgio Aluotto
Katarzyna Druzd
Alexandre Silva
Werner Silveira
Luis Andrés Moncada
Hyu-Kyung Jung ****
Matheus Braga
VIOLAS
MONTADORES
João Carlos Ferreira *
Luciano Gatelli Marcelo Nébias Mikhail Bugaev Nathan Medina
* principal
** principal associado
**** principal / assistente substituta
*** principal assistente ***** musicista convidado
INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA CONSELHO ADMINISTRATIVO
Oscip — Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Lei 14.870 / Dez 2003
OS — Organização Social Lei 23.081 / Ago 2018
EQUIPE TÉCNICA
Presidente Emérito
Gerente de Comunicação
Jacques Schwartzman
Merrina Godinho Delgado
Roberto Mário
Gerente Administrativofinanceira
Mensageiro Douglas Conrado
Jovem Aprendiz Sunamita Souza
Ana Lúcia Carvalho
Presidente Gonçalves Soares Filho
EQUIPE ADMINISTRATIVA
Gerente de Produção Musical
SALA MINAS GERAIS
Claudia da Silva
Gerente de Recursos Humanos
Gerente de Infraestrutura
Guimarães
Quézia Macedo Silva
Renato Bretas
Assessora de Programação Musical
Gerente Contábil
Gerente de Operações
Berenice Menegale
Graziela Coelho
Jorge Correia
Bruno Volpini
Gabriela de Souza
Conselheiros Angela Gutierrez Arquimedes Brandão
Celina Szrvinsk Fernando de Almeida
Produtor
Analistas Administrativos
Técnicos de Áudio e de Iluminação
Ítalo Gaetani
Luis Otávio Rezende
João Paulo de Oliveira
Diano Carvalho
Paulo Baraldi
Rafael Franca
Cunha Castello Branco
Analistas de Comunicação
Secretária Executiva
Assistente Operacional
Mauricio Freire
Fernando Dornas
Flaviana Mendes
Rodrigo Brandão
Octávio Elísio
Lívia Aguiar
Paulo Brant
Renata Gibson
Sérgio Pena
Renata Romeiro
Assistente Administrativa
FORTISSIMO
Cristiane Reis
Março nº 2 / 2019
Marco Antônio Pepino Marco Antônio Soares da
DIRETORIA EXECUTIVA
ISSN 2357-7258
Diretor Presidente
Analista de Marketing de Relacionamento
Diomar Silveira
Mônica Moreira
Diretor Administrativofinanceiro
Analistas de Marketing e Projetos
Recepcionistas
Capa
Itamara Kelly
Meire Gonçalves
Baco e Ariadne — Titian
Estêvão Fiuza
Lilian Sette
Vivian Figueiredo
Diretor de Comunicação
Assistente de Produção
Auxiliar Contábil
Agenor Carvalho
Rildo Lopez
Diretora de Marketing e Projetos
Auxiliares de Produção
Zilka Caribé
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Editora Merrina
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Godinho Delgado
Jessica Nascimento
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Pedro Almeida
Auxiliar Administrativa Geovana Benicio
Diretor de Operações
Auxiliares de Serviços Gerais
Ivar Siewers
Ailda Conceição Rose Mary de Castro
O Fortissimo está indexado aos sistemas nacionais e internacionais de pesquisa. Você pode acessá-lo também em nosso site. Este programa foi impresso em papel doado pela Resma Papéis.
FOTO: BRUNA BRANDÃO
COMEÇAMOS 2019 CHEIOS DE VELHOS E NOVOS AMIGOS. MUITO OBRIGADA PELA SUA PARCERIA! Se a sua doação foi por incentivo fiscal, é hora de contar isso ao Leão. O prazo para entrega da declaração do IRPF 2019 é até 30 de abril. Tem alguma dúvida? Ligue (31) 3219-9029 ou mande um e-mail para amigos@filarmonica.art.br
Amigos da Filarmônica contribuem para a Programação Educacional da Orquestra. J U N T E - S E A E L E S ! S E J A V O C Ê TA M B É M U M A M I G O D A F I L A R M Ô N I C A .
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S E P U D E R , D E V O L VA
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ÁUDIO / VÍDEO.
FA Ç A S I L Ê N C I O E EVITE TOSSIR.
DE CONCERTO. EVITE TRAZER CRIANÇAS MENORES
EM MARÇO 9 Fora de Série 14 E 15 Presto e Veloce 21 E 22 Allegro e Vivace 26 Filarmônica em Câmara 30 Fora de Série 18h
MÚSICA E DANÇA
20h30
20h30
20h30
18h
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DE 8 ANOS.
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DIVULGAÇÃO
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BELO HORIZONTE – MG |
FA X : ( 3 1 ) 3 2 1 9. 9 0 3 0
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