FORTISSIMO Nยบ 8 / 2019
Presto
Veloce
16 17
Ministério da Cidadania e Governo de Minas Gerais
PROGRAMA
JOSÉ ANTONIO DE ALMEIDA PRADO
A P R E S E N TA M
Concerto para piano nº 1
Presto
16/05
Veloce
1 7/0 5
FA B I O M E C H E T T I , R E G E N T E
Apelo I (Prelúdio)
Heroico, Épico (Variações)
Monólogo (cadência do piano solo)
Interlúdio
Floral, Transparente (Andante) (Fantasia)
Granítico, Rítmico (Tocata)
Memorial
Apelo II (Poslúdio)
SONIA RUBINSKY, PIANO CARLA COT TINI, SOPRANO
I N T E R VA L O
C O N C E N T U S M U S I C U M D E B E LO H O R I Z O N T E , C O R O M A S C U L I N O
HEITOR VILLA-LOBOS Floresta do Amazonas P OE M A S D E D OR A VA S C ON C E L LO S
Abertura
Pássaros da floresta – canto 3
A floresta
Cair da tarde
Dança dos índios
Os índios em busca da moça
Em plena floresta
Pássaros da floresta – canto 4
Pássaro da floresta – canto 1
Dança guerreira (repetição)
Dança da natureza
Canto da floresta (2)
Pássaro da floresta – canto 2
Caçadores de cabeça
Canto da floresta (1)
Canção de amor
Conspiração e dança guerreira
Melodia sentimental
Veleiros
O fogo na floresta
Em caminhos para a caçada
Epílogo
CAROS AMIGOS E AMIGAS,
FABIO MECHETTI DIRETOR ARTÍSTICO
Dando continuidade ao projeto de
é, sem dúvida, uma de suas obras
gravação de obras de compositores
mais geniais.
E REGENTE TITULAR
brasileiros, em colaboração com o Itamaraty, apresentamos também o
Com uma grande paleta orquestral,
Diretor Artístico e Regente Titular
sua estreia no Carnegie Hall de Nova
Concerto nº 1 do santista Almeida
coro masculino e soprano solista,
da Orquestra Filarmônica de Minas
York conduzindo a Sinfônica de Nova
Prado, com a pianista Sonia Rubinsky.
Villa-Lobos pinta uma Amazônia
Gerais desde sua criação, em 2008,
Jersey. Continua dirigindo inúmeras
Aluno de alguns dos compositores mais
densa, rica, misteriosa e encantadora.
Fabio Mechetti posicionou a orques-
orquestras norte-americanas e é
importantes do século XX, Almeida
Revisitar essa partitura é reavaliar
tra mineira no cenário mundial da
convidado frequente dos festivais
Prado conseguiu aliar a técnica moderna
a importância da visão magnífica
música erudita. Além dos prêmios
de verão norte-americanos, entre
de seus mestres com uma linguagem
revelada por Villa-Lobos há ses-
conquistados, levou a Filarmônica
eles os de Grant Park em Chicago
própria, única, que o torna um dos mais
senta anos e posicioná-la com toda
a quinze capitais brasileiras, a uma
e Chautauqua em Nova York.
relevantes músicos de nossa história.
a sua relevância na realidade que
turnê pela Argentina e Uruguai e
encaramos nos dias de hoje.
realizou a gravação de nove álbuns,
Igualmente aclamado como regente
sendo quatro para o selo interna-
de ópera, estreou nos Estados Unidos
cional Naxos. Natural de São Paulo,
dirigindo a Ópera de Washington. No
Mechetti serviu recentemente como
seu repertório destacam-se produções
Regente Principal da Filarmônica
de Tosca, Turandot, Carmem, Don
da Malásia, tornando-se o primeiro
Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,
regente brasileiro a ser titular de
Madame Butterfly, O barbeiro de
uma orquestra asiática.
Sevilha, La Traviata e Otello.
Nos Estados Unidos, Mechetti esteve
Suas apresentações se estendem
quatorze anos à frente da Orquestra
ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca,
A imensidão da floresta amazônica, com toda a sua história e diversidade,
Um bom concerto a todos,
é retratada de forma monumental pelo nosso maior compositor, nesta que
FA B I O M E C H E T T I
Sinfônica de Jacksonville e, atual-
Escócia, Espanha, Finlândia, Itá-
mente, é seu Regente Titular Emérito.
lia, Japão, México, Nova Zelândia,
Foi também Regente Titular das sin-
Suécia e Venezuela. No Brasil,
fônicas de Syracuse e de Spokane,
regeu todas as importantes orques-
da qual hoje é Regente Emérito.
tras brasileiras.
FOTO: ALEXANDRE REZENDE
Regente Associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica
Fabio Mechetti é Mestre em Regência
Nacional de Washington, com ela
e em Composição pela Juilliard
dirigiu concertos no Kennedy Center
School de Nova York e vencedor do
e no Capitólio. Da Sinfônica de San
Concurso Internacional de Regência
Diego, foi Regente Residente. Fez
Nicolai Malko, da Dinamarca.
SONIA RUBINSKY
CARLA COTTINI
e do Rio de Janeiro, Filarmônica de Goiás. Entre as obras que tocou com a Filarmônica de Minas Gerais, em três
A soprano atuou em produções diri-
temporadas, está a Suíte Brasileira Vencedora do Grammy latino, considerada Melhor Recitalista do Ano
para Piano e Orquestra de Villa-Lobos,
Vencedora do Prêmio Revelação no 10º
gidas por Pier Francesco Maestrini,
89 anos após a sua estreia.
Concurso de Canto Maria Callas, em
Jorge Takla, Livia Sabag, Francesco
2011, Carla Cottini tem se destacado
Bellotto, Stefano Poda e Caetano Vilela.
pela Associação Paulista de Críticos de Artes, vencedora do Piano Recital
Sua extensa discografia inclui a integral
por integrar em suas performances belo
Award William Petschek da Juilliard
da obra de Villa-Lobos para piano solo,
timbre e marcante presença cênica.
School e do Primeiro Prêmio Artists
com premiação pela revista Gramophone
International de Nova York, a pianista
e pelo Grammy latino. O repertório de
Carla tem atuado nos principais tea-
Fernando Malheiro, Cláudio Cruz,
Sonia Rubinsky se destaca por seu
Rubinsky varia do Barroco à música
tros de ópera e concerto do Brasil,
Roberto Tibiriçá, Yoram David, Fabio
estilo poético e vigoroso.
de hoje. Almeida Prado dedicou-lhe
como o Theatro Municipal de São
Mechetti, Sílvio Viegas, Rodolfo Fischer,
várias obras, entre elas a Sonata para
Paulo (em Don Giovanni, O Morcego,
Carlos Prazeres, Helder Trefzger,
violoncelo e piano, encomendada e
Thaïs e Ainadamar), Theatro Munici-
Evandro Matté e Tobias Volkmann.
dedicada a ela e a Antonio Meneses.
pal do Rio de Janeiro (em As bodas
Nascida no Brasil, Sonia Rubinsky iniciou seus estudos no Conservató-
Cantou sob a regência de Rinaldo Allessandrini, Alain Guingal, Luiz
rio de Campinas com Olga Rizzardo
de Fígaro), Sala Minas Gerais (em
Carla Cottini concluiu seu mestrado
Normanha. Aos seis anos realizou seu
Entre os músicos que ajudaram a mol-
Così fan tutte) e Palácio das Artes
em Interpretação Operística no Con-
primeiro recital e aos doze foi solista
dar a arte de Rubinsky estão Jacob
de Belo Horizonte (na Missa em dó
servatório Superior de Música Joaquín
com orquestra. Estudou na Academia
Lateiner, Gina Bachauer, Claude Frank,
menor de Mozart).
Rodrigo de Valencia, Espanha, sob
Rubin, Jerusalém, e concluiu Doutorado
Leon Fleisher, Benjamin Oren, William
em Performance de Piano na Juilliard
Daghlian, Irma Wolpe, Vlado Perlemuter,
Apresentou-se também no Palau de
2012 tem como tutora a soprano
School. Como recitalista, apresenta-se
Arthur Rubinstein e Murray Perahia.
la Musica de Valencia (em Hansel
Eliane Coelho.
orientação de Ana Luisa Chova. Desde
em salas de prestígio como Carne-
und Gretel), nos auditórios de
gie Hall, Alice Tully Hall, Bargemusic,
Riba-roja e Paterna, Espanha, no
Merkin Concert Hall, Miller Theatre,
Teatro Sociale di Rovigo, Itália (em
Hertz Hall, Maison de Radio France,
Don Pasquale), e no Festival de
Sala São Paulo, Theatro Municipal de
Música de Cartagena, Colômbia,
São Paulo, Sala Minas Gerais, Recanati
com a Orpheus Chamber Orchestra.
Hall e AGA-Zaal. incluem Adina em Elisir d’amore, em
como St. Luke’s, St. Etienne, New
Roma, com a Associazione Musicale
York Women's Ensemble, Richmond,
Tito Gobbi, e Zerlina no Teatro São
Springfield, Syracuse, Jacksonville,
Pedro de São Paulo e no Teatro São
Cheyenne, Phoenix, sinfônicas de Jeru-
Pedro de Porto Alegre, além de con-
salém, da Universidade de São Paulo,
certos com a Osesp e a Orquestra
dos teatros municipais de São Paulo
FOTO: ISABELA SENATORE
Sônia é convidada de orquestras
Sinfônica da Bahia.
FOTO: CAIO GALLUCCI
Compromissos recentes de Carla
CORAL CONCENTUS MUSICUM DE BELO HORIZONTE
de masterclasses com Collin Metters e Helmuth Rilling.
Iara Fricke Matte
Como regente titular e diretora artística do Ars Nova – Coral da UFMG,
O Concentus Musicum de Belo Horizonte é um grupo misto, com formação
Regente coral e orquestral, Iara Fricke realizou concertos no Brasil e no
vocal e/ou instrumental variável, idealizado pela regente Iara Fricke Matte,
Matte dedica-se ao estudo e apresen- exterior. Em 2016, sob sua direção,
que também é preparadora vocal do grupo, e dedicado à interpretação de
tação de obras dos períodos Barroco, o Ars Nova ganhou o Troféu JK de
obras consagradas e inéditas dos períodos Barroco, Clássico e Renas-
Renascimento e Contemporâneo, com Cultura e Desenvolvimento do Estado
cimento, bem como de um seleto repertório contemporâneo. O grupo é
ênfase na performance historicamente de Minas Gerais e o terceiro lugar na
formado por profissionais altamente qualificados, unidos pelo objetivo de
embasada. Em seu repertório estão competição coro misto do 34º Festival
contribuir para a difusão da música erudita em uma perspectiva histori-
obras corais a cappella, obras sinfônico- de Música de Cantonigròs, Espanha.
camente embasada.
-corais e sinfônicas, destacando-se sua afinidade com a música de J. S. Bach. Iara Fricke Matte dirige a Série Fermata,
O foco do seu trabalho de interpretação está na compreensão do discurso
projeto anual da Escola de Música
musical e sua relação com o texto poético, a sonoridade, a articulação
Professora de Regência na Escola de da UFMG com repertório para coro
e rítmica das palavras, e também com o contexto histórico das obras.
Música da Universidade Federal de e orquestra. Foi diretora artística da
Projetos futuros incluem a montagem de peças de J. S. Bach, de seu
Minas Gerais (UFMG), a maestrina é II e III Semana de Música Antiga da
contemporâneo Jan Dismas Zelenka e de compositores brasileiros colo-
Pós-doutora em Regência pela Univer- UFMG e coordenadora geral da quarta
niais, além de obras instrumentais do século XVIII e início do século XIX,
sity of Southern California, Doutora e edição do Festival Internacional de
obras modernas e contemporâneas.
Mestre em Regência Coral pelas uni- Música Antiga. Atuou como regente versidades de Indiana e de Minnesota, convidada da Camerata Antiqua de Curi-
O grupo estreou em 2016, apresentando o Réquiem de Mozart junto à
Estados Unidos, com especialização tiba, professora e regente em festivais
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, dando início a uma frutífera parceria.
em Música Antiga e História da Música. brasileiros de música antiga e regente Estudou com John Pool, Jan Harrington, do Coro de Câmara da UFMG. Em 2019 Collin Metters, Kathy Romey e Thomas assume a regência e direção artística Lancaster. Na Alemanha, participou da Orquestra Sinfônica da UFMG.
FOTO: MARIANA GARCIA
CORO MASCULINO
REGENTE
Tenores
Baixos
André Felipe
Antônio Marcos
Eduardo C. Melo
Batista de Souza
PIANISTA
Laydson Braga
Bruno Augustus
Hélcio Vaz
Lucas Damasceno
Carlos Morais
Lucas L. R. Viana
Carlos D’Elia
Marcelo Maia
Cristiano Rocha
COMUNICAÇÃO E SECRETARIA
Renato Rodrigues
Dalton Barros
Fabrício Halsmann
Rodrigo Castro
Dayvid Lucyan
Rogério Francisco
Elias Magalhães
Sandro A. de Deus
Fabrício Halsmann
Wagner Soares
Filipe Santos
Wellington Vilaça
Marcos V. N. dos Santos Rafael Capossi
Iara Fricke Matte
José Antonio de
ALMEIDA PRADO SANTOS, BRASIL, 1943
S Ã O PA U L O , B R A S I L , 2 0 1 0
Concerto para piano nº 1 1982/1983
Primeira apresentação com a Filarmônica
23 MINUTOS
I N S T R U M E N TA Ç Ã O
A vasta produção de Almeida Prado, composta por cerca
os movimentos, gestos musicais
pelo piano, de acordes à la Messiaen.
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, celesta, cordas.
de setecentas obras, revela conhecimento ímpar dos
reiterados (correntezas do grave
Por outro lado, recorre a sonoridades
estilos e linguagens encontrados na história da música
ao agudo do piano, intervalos de
extraídas da natureza na transição ao
ocidental. Além de incorporar diversas referências
quarta) e reminiscências de temas
sexto movimento, cujo motivo funda-
musicais, o compositor constrói sua obra a partir de
expostos anteriormente (como no
mental alude ao canto da araponga.
uma visão de mundo singular, na qual se conjugam sua
Memorial ou no solo de trompa ao
Canto que inspira outras obras do
formação, seus valores, sua religiosidade, seus gostos
fim do sexto movimento, que retoma
compositor, cujo humor e geniali-
EDITORA
literários e artísticos. Assim, podemos encontrar ao
o tema das Variações). A coesão da
dade conseguem metamorfosear um
Academia Brasileira de Música
longo de sua carreira composições tonais, atonais, de
obra e sua configuração de con-
grito esganiçado em sonoridades
tonalismo livre, dotadas de temáticas cósmica, afro-
certo também poderiam advir de
envolventes. Ademais, também no
-brasileira, ecológica, livre e mística.
uma estrutura em três movimentos,
sexto movimento, as acentuações,
PA R A O U V I R
CD O som de Almeida Prado – Oficina Coral do Rio de Janeiro – 1999 (2 CDs)
registrada na própria partitura. Nessa
as inusitadas divisões de compassos
O Concerto para piano nº 1 (1982/1983) insere-se na
escala mais ampla, o primeiro movi-
e as síncopes remetem à rítmica afro-brasileira.
terceira fase composicional de Almeida Prado, síntese
mento é composto pelas Variações,
CD Sinfonia Brasil 500 anos – Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional – Silvio Barbato, regente – Ministério da Cultura – 2000 (2 CDs)
de sua primeira fase de influência nacionalista e sua
o segundo, pelo Andante do Floral,
segunda fase de traços vanguardistas. Por sua divisão
Transparente, enquanto o terceiro,
Curiosamente, essa poética com-
em oito movimentos, o Concerto poderia parecer ao leitor
pela Tocata do Granítico, Rítmico.
posicional capaz de entrelaçar, de
deste programa uma desconexa colcha de retalhos. No
Assim, o Interlúdio, o Prelúdio e o
modo inclusivo, múltiplas influên-
entanto, quando o ouvimos e nele nos aprofundamos,
Poslúdio complementariam o esqueleto
cias temáticas, estilísticas, rítmicas
PA R A L E R
um dos aspectos que mais nos impacta é, sem dúvida,
da obra, concedendo-lhe simetria.
e harmônicas poderia ter como lema
Francisco Carlos Coelho (coord.) – Música contemporânea brasileira: Almeida Prado – Centro Cultural São Paulo – 2006 (Catálogo)
sua coesão. Voltando à imagem da colcha, a obra possui
Thiago de Freitas Câmara Costa – A edição crítica e revisada dos noturnos para piano de Almeida Prado – Dissertação de mestrado – Universidade de São Paulo – 2011
uma indicação de expressividade pre-
algo da rapsódia, compreendida, em sua etimologia,
Possuindo alguns centros tonais,
sente na Variação VIII deste Concerto:
como “costura de cantos”. Em sintonia com a escrita
o Concerto oferece-se como um
“Eloquente, com o coração aberto!”.
rapsódica, Almeida Prado prima aqui pelo fluxo da inven-
microcosmo da obra do autor. Evoca,
ção, observado, sobretudo, nas passagens que abrem
no quinto movimento, não só algo de
o Concerto (Apelo I) e tecem sua cadência (Monólogo).
cósmico nas sonoridades feéricas
GONTIJO
Em meio ao aparente improviso, o compositor obtém
criadas pela harpa, pelo vibrafone
da Arte pela Universidad de Chile, autor
vigorosa unidade ao empregar um caráter recorrente
e pela celesta, mas também uma
de Ressonâncias noturnas: do
(fatídico, denso, decidido), articulações orgânicas entre
aura mística na solene sucessão,
indizível ao inefável.
CLOVIS SALGADO
Doutor em estética e teoria
Heitor
VILLA-LOBOS RIO DE JANEIRO, BRASIL, 1887
1 9 59
Floresta do Amazonas 1958
Última apresentação: 21 de julho / 2009 Fabio Mechetti, regente Edna D’Oliveira, soprano Coral Lírico de Minas Gerais
70 MINUTOS
I N S T R U M E N TA Ç Ã O
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, saxofone soprano, saxofone alto, 4 trompas, 4 trompetes, 4 trombones, tuba, tímpanos, percussão, celesta, harpa, piano, violão, solovox, cordas. EDITORA
Academia Brasileira de Música PA R A O U V I R
LP Villa-Lobos – Forest of the Amazon – The Symphony of Air and chorus – Villa-Lobos, regente – Bidu Sayão, soprano – United Artists PA R A A S S I S T I R
Orquestra Petrobras Sinfônica – Isaac Karabtchevsky, regente – Mirna Rubim, soprano – Coro Sinfônico do Rio de Janeiro Acesse: fil.mg/vlfloresta PA R A L E R
Bruno Kiefer – Villa-Lobos e o Modernismo na Música Brasileira – Movimento – 1986 Vasco Mariz – História da Música no Brasil – Nova Fronteira – 2005
A partir de 1945, Villa-Lobos (que não falava inglês)
Choros da década parisiense de
violão, em contraponto com a voz; e
viajou regularmente para os Estados Unidos, onde se
1920, nem o sincretismo neoclás-
Melodia sentimental é uma saudosa
tornara uma celebridade nos meios musicais. Com seu
sico das Bachianas Brasileiras dos
seresta. Essa melodia reaparece ao
prestígio consolidado, recebia diversas encomendas,
anos 1940. Mas impressiona por
final da obra com um magnífico acom-
como a da trilha sonora para o filme Green mansions
uma escrita espontânea, delicada
panhamento orquestral, terminando
(1959), estrelado por Audrey Hepburn e lançado no
e serena, que consegue transmitir
a suíte de forma emocionante.
Brasil com o título A Flor que não morreu. Baseado
uma variada gama de emoções e se
no livro do britânico W. H. Hudson e ambientado
permite, em vários momentos, efeitos
A Floresta do Amazonas foi apresen-
nas selvas das Guianas, o filme narra o romance de
orquestrais surpreendentes, com
tada pelo próprio Villa-Lobos em seu
uma deusa indígena que, apaixonada por um branco,
audaciosas combinações tímbricas.
último concerto, ao lado da cantora
torna-se mortal. Os índios, revoltados com o sacrilégio
Elinor Ross, no dia 19 de julho de 1959,
dessa união, incendeiam a floresta para afugentar o
A suíte inicia-se com uma melodia
em Nova York. Tornou-se, também,
homem branco. A floresta se petrifica, mas a força
indígena cantada por um coral
sua última gravação — Bidu Sayão,
do amor revigora o vento, o verde e o rio “que bebeu
masculino, empregando palavras
a cantora favorita de Villa-Lobos,
as nuvens do céu”. Villa-Lobos opunha-se à ideia de
imaginárias de uma língua inexis-
atendendo ao convite do amigo,
fazer “música de fundo” e só depois de dois anos, por
tente, criadas por Dora Vasconcellos.
abandonou seu retiro nova-iorquino
insistência de sua mulher, Mindinha, acabou cedendo
As canções para solista, todas com
para gravá-la com a Symphony of the
aos convites. Compôs, entretanto, uma música bastante
letra da mesma poetisa e habilmente
Air regida pelo compositor.
independente do enredo narrativo, muito evocativa da
orquestradas, embora não acrescen-
ambientação amazônica e considerada, pelos produtores,
tem novidades ao repertório vocal do
demasiadamente rude para o cinema. O compositor
compositor, encontram-se, por sua
PAU L O S É R G I O
polonês Bronislaw Kaper (1902-1983) foi encarregado,
expressividade, entre as peças mais
MALHEIROS DOS SANTOS
então, de suavizar e editar a trilha sonora para que se
queridas do autor: Veleiros traz um
Pianista, Doutor em Letras, professor na
adequasse à película. Insatisfeito, Villa-Lobos pretendeu
acompanhamento de barcarola em
UEMG, autor dos livros Músico, doce
desvincular a música do filme, reestruturando-a
12/8; Cair da tarde é uma canção
músico e O grão perfumado – Mário
como uma suíte de concerto, sob o título de Floresta
idílica, de contemplação da natureza;
de Andrade e a arte do inacabado.
do Amazonas. A partitura, característica da última
Canção de amor, uma triste modinha,
Apresenta o programa semanal Recitais
fase do compositor, não apresenta as ousadias dos
apresenta no acompanhamento um
Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.
INGRESSO SOLIDÁRIO
Algo aconteceu e você não pode ir a um concerto? A P R O V E I T E PA R A A P R E S E N TA R A FILARMÔNICA AOS SEUS AMIGOS, PA R E N T E S O U E S T U D A N T E S D E M Ú S I C A . É muito simples. Para doar seu Ingresso Solidário, basta o Assinante acessar o aplicativo da Filarmônica até 30 minutos antes do início do concerto e realizar sua doação. O Assinante também pode enviar um e-mail ou ligar para a Assessoria de Relacionamento pelo menos 2 horas antes do concerto. O aplicativo da Filarmônica é compatível com aparelhos
FOTO DO FUNDO: JOMAR BRAGANÇA
Android e iOS e pode ser baixado na loja de aplicativos do seu celular (Google Play ou App Store).
PARA USAR, BAIXE O APP GRATUITAMENTE NO SEU CELULAR
Assessoria de Relacionamento: (31) 3219-9009 de segunda a sexta, das 9h às 18h assinatura@filarmonica.art.br
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Diretor Artístico e Regente Titular FABIO MECHETTI Regente Associado MARCOS ARAKAKI
PRIMEIROS VIOLINOS
Mikhail Bugaev
FAGOTES
HARPA
Anthony Flint – Spalla
Nathan Medina
Catherine Carignan *
Clémence Boinot *
Rommel Fernandes –
Victor Morais ***
INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA CONSELHO ADMINISTRATIVO
Oscip — Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Lei 14.870 / Dez 2003
OS — Organização Social Lei 23.081 / Ago 2018
EQUIPE TÉCNICA
Presidente Emérito
Gerente de Comunicação
Jacques Schwartzman
Merrina Godinho
Spalla associado
VIOLONCELOS
Andrew Huntriss
TECLADOS
Ara Harutyunyan –
Philip Hansen *
Francisco Silva
Ayumi Shigeta *
Spalla assistente
Robson Fonseca ***
Ana Paula Schmidt
Camila Pacífico
SAXOFONES
Ana Zivkovic
Camilla Ribeiro
Robson Saquett *****
Arthur Vieira Terto
Eduardo Swerts
Joanna Bello
Emília Neves
TROMPAS
Conselheiros
Laura Von Atzingen
Lina Radovanovic
Alma Maria Liebrecht *
Angela Gutierrez
Luis Andrés Moncada
Lucas Barros
Evgueni Gerassimov ***
Arquimedes Brandão
Roberta Arruda
William Neres
Gustavo Garcia Trindade
Berenice Menegale
Assessora de Programação Musical Gabriela de Souza
Delgado
Wagner Sander *****
Presidente
VIOLÃO
Gonçalves Soares Filho
Roberto Mário Fernando Araujo *****
Rodrigo Bustamante
José Francisco dos Santos
GERENTE
Bruno Volpini
Jussan Fernandes
Celina Szrvinsk
Rodrigo M. Braga
CONTRABAIXOS
Lucas Filho
Rodrigo de Oliveira
Nilson Bellotto *
Fabio Ogata
Wesley Prates
André Geiger ***
Gerente Contábil
Claudia da Silva
Graziela Coelho
Guimarães
Ítalo Gaetani
Luis Otávio Rezende
João Paulo de Oliveira
Diano Carvalho
Marco Antônio Pepino
Paulo Baraldi
Rafael Franca
Secretária Executiva
Assistente Operacional
Flaviana Mendes
Rodrigo Brandão
Renata Romeiro
Assistente Administrativa
FORTISSIMO
Carolina Moraes Santana
Cristiane Reis
Abril nº 8 / 2019
Analista de Marketing e Projetos
Assistente de Recursos Humanos
Godinho Delgado
Lilian Sette
Jessica Nascimento
Edição de texto
Analista de Marketing e Relacionamento
Recepcionistas
Capa Detalhe de foto
Meire Gonçalves
de Alan Godfrey
Itamara Kelly
Vivian Figueiredo
Assistente de Produção
Auxiliar Contábil
Pablo Guiñez
Érico Fonseca ** Daniel Leal ***
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
Cunha Castello Branco
Rossini Parucci
Mauricio Freire
Fernando Dornas
Gideôni Loamir
Walace Mariano
Tássio Furtado
Risbleiz Aguiar
Octávio Elísio
Lívia Aguiar
Sérgio Pena
Renata Gibson
Luka Milanovic
FLAUTAS
TROMBONES
ARQUIVISTA
Martha de Moura
Cássia Lima*
Mark John Mulley *
Ana Lúcia Kobayashi
Pacífico
Renata Xavier ***
Diego Ribeiro **
Matheus Braga
Alexandre Braga
Wagner Mayer ***
ASSISTENTES
Radmila Bocev
Elena Suchkova
Renato Lisboa
Claudio Starlino
Tiago Ellwanger
OBOÉS
TUBA
Valentina Gostilovitch
Alexandre Barros *
Eleilton Cruz *
Marco Antônio Soares da
Jovana Trifunovic
Pradenas *
DIRETORIA EXECUTIVA
SUPERVISOR DE MONTAGEM
Diomar Silveira
Diretor Administrativofinanceiro Joaquim Barreto
Rodrigo Castro
MONTADORES
Diretor de Comunicação
Hélio Sardinha
Agenor Carvalho
Flávia Motta
CLARINETES
Gerry Varona
Marcus Julius Lander *
PERCUSSÃO
Gilberto Paganini
Jonatas Bueno ***
Rafael Alberto *
Katarzyna Druzd
Ney Franco
Daniel Lemos ***
Diretora de Marketing e Projetos
Luciano Gatelli
Alexandre Silva
Sérgio Aluotto
Zilka Caribé
Marcelo Nébias
Klênio Carvalho
Werner Silveira
**** principal / assistente substituta
*** principal assistente ***** musicista convidado
Pedro Almeida
Auxiliares de Produção
Auxiliar Administrativa Geovana Benicio
O Fortissimo está indexado aos sistemas nacionais e internacionais de pesquisa. Você pode acessá-lo também em nosso site.
André Barbosa Ivar Siewers
** principal associado
Editora Merrina
Berenice Menegale
Rildo Lopez
Diretor de Operações
* principal
ISSN 2357-7258
Diretor Presidente
Jônatas Reis
Patricio Hernández
Jorge Correia
Karolina Lima
Hyu-Kyung Jung ****
Maria Fernanda Gonçalves
Gerente de Operações
Quézia Macedo Silva
INSPETORA
Frank Haemmer *
Roberto Papi ***
Renato Bretas
Gerente de Recursos Humanos
Técnicos de Áudio e de Iluminação
Analistas de Comunicação
João Carlos Ferreira *
Gerente de Infraestrutura
Analistas Administrativos
Marlon Humphreys *
TÍMPANOS
Sunamita Souza
Produtor
Marcos Lemes
Israel Muniz
Jovem Aprendiz
Fernando de Almeida
SEGUNDOS VIOLINOS
VIOLAS
Douglas Conrado
SALA MINAS GERAIS
Gerente de Produção Musical
TROMPETES
Públio Silva ***
Gerente Administrativofinanceira
Mensageiro
Ana Lúcia Carvalho
Marcelo Cunha
Rodolfo Toffolo
EQUIPE ADMINISTRATIVA
Jeferson Silva
Auxiliares de Serviços Gerais Ailda Conceição Rose Mary de Castro
Este programa foi impresso em papel doado pela Resma Papéis.
NO CONCERTO CUIDE DA SAL A
SEJA PONTUAL.
MINAS GERAIS.
TRAGA SEU
NÃO COMA
I N G R E S S O O U C A R TÃ O
OU BEBA.
DE ASSINANTE.
DESLIGUE
D E I X E PA R A
O CELULAR
APL AUDIR AO F IM
(SOM E LUZ).
DE CADA OBRA.
NÃO FOTOGRAFE
S E P U D E R , D E V O L VA
O U G R AV E E M
SEU PROGRAMA
ÁUDIO / VÍDEO.
DE CONCERTO.
EVITE TRAZER
FA Ç A S I L Ê N C I O
CRIANÇAS MENORES
E EVITE TOSSIR.
DE 8 ANOS.
EM MAIO Dias 4 e 5, 18h
FORA DE SÉRIE / MÚSICA E CINEMA
Dias 9 e 10, 20h30 Dia 12, 11h
A L L E G R O E V I VA C E
CLÁSSICOS NA PRAÇA / INHOTIM
Dias 16 e 17, 20h30 Dia 25, 18h
PRESTO E VELOCE
F O R A D E S É R I E / M Ú S I C A , FAU N A E F L O R A
Dias 30 e 31, 20h30
A L L E G R O E V I VA C E
Restaurantes parceiros Nos dias de concerto, apresente seu ingresso ou cartão de Amigo ou
Rua Pium-í, 229
Assinante e obtenha
Cruzeiro
Lourdes
Tel: 3227-7764
Tel: 3292-6221
descontos especiais.
R. Rio de Janeiro, 2076
MANTENEDOR
DIVULGAÇÃO
PAT R O C Í N I O
REALIZAÇÃO
www.filarmonica.art.br / FILARMONICAMG
RUA T E N E N T E B R I TO M E LO , 1. 090 — BA R RO PR E TO C E P 3 0 .1 8 0 - 0 7 0
|
T E L : ( 3 1 ) 3 2 1 9. 9 0 0 0
BELO HORIZONTE – MG |
FA X : ( 3 1 ) 3 2 1 9. 9 0 3 0
COMU NI CA ÇÃO IC F / 20 19
Sala Minas Gerais