11 12
FORTISSIMO Nยบ 12 / 2019
Presto
Veloce
Ministério da Cidadania e Governo de Minas Gerais A P R E S E N TA M
Presto
11/07
Veloce
12/07
FA B I O M E C H E T T I , R E G E N T E AUGUSTIN HADELICH, VIOLINO
PROGRAMA
BENJAMIN BRITTEN Concerto para violino nº 1, op. 15
Moderato con moto
Vivace
Passacaglia: Andante lento
I N T E R VA L O
WOLFGANG AMADEUS MOZART Sinfonia nº 36 em Dó maior, K. 425, “Linz”
Adagio – Allegro spiritoso
Poco adagio
Menuetto
Presto
JOHANN STRAUSS JR. Contos dos Bosques de Viena, op. 325
CAROS AMIGOS E AMIGAS, É com grande prazer que recebemos
Dois compositores austríacos com-
um dos mais importantes violinistas
pletam nosso programa: a inigualável
da atualidade, Augustin Hadelich, que
perfeição, originalidade e humani-
retorna a Belo Horizonte nos oferecendo
dade do gênio de Wolfgang Amadeus
uma memorável interpretação do Con-
Mozart e a sensibilidade inebriante
certo para violino do inglês Benjamin
transmitida por um dos membros
Britten. Augustin Hadelich reúne as
da família Strauss, que fez da valsa
melhores qualidades associadas aos
uma forma universal.
grandes nomes da música universal: domínio técnico, sonoridade rica e
Esperamos que todos aproveitem a
expressiva, musicalidade profunda e
beleza da música apresentada e a opor-
sem afetação e presença marcante
tunidade de compartilhar momentos
no palco. Ficamos sempre honrados
únicos com a nossa Filarmônica.
em poder dividir com nosso público artistas desse quilate.
A todos, um bom concerto,
FOTO: BRUNA BRANDÃO
FA B I O M E C H E T T I
FABIO MECHETTI DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Diretor Artístico e Regente Titular
sua estreia no Carnegie Hall de Nova
da Orquestra Filarmônica de Minas
York conduzindo a Sinfônica de Nova
Gerais desde sua criação, em 2008,
Jersey. Continua dirigindo inúmeras
Fabio Mechetti posicionou a orques-
orquestras norte-americanas e é
tra mineira no cenário mundial da
convidado frequente dos festivais
música erudita. Além dos prêmios
de verão norte-americanos, entre
conquistados, levou a Filarmônica
eles os de Grant Park em Chicago
a quinze capitais brasileiras, a uma
e Chautauqua em Nova York.
turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de nove álbuns,
Igualmente aclamado como regente
sendo quatro para o selo interna-
de ópera, estreou nos Estados Unidos
cional Naxos. Natural de São Paulo,
dirigindo a Ópera de Washington. No
Mechetti serviu recentemente como
seu repertório destacam-se produções
Regente Principal da Filarmônica
de Tosca, Turandot, Carmem, Don
da Malásia, tornando-se o primeiro
Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,
regente brasileiro a ser titular de
Madame Butterfly, O barbeiro de
uma orquestra asiática.
Sevilha, La Traviata e Otello.
Nos Estados Unidos, Mechetti esteve
Suas apresentações se estendem
quatorze anos à frente da Orquestra
ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca,
Sinfônica de Jacksonville e, atual-
Escócia, Espanha, Finlândia, Itá-
mente, é seu Regente Titular Emérito.
lia, Japão, México, Nova Zelândia,
Foi também Regente Titular das sin-
Suécia e Venezuela. No Brasil,
fônicas de Syracuse e de Spokane,
regeu todas as importantes orques-
da qual hoje é Regente Emérito.
tras brasileiras.
Regente Associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica
Fabio Mechetti é Mestre em Regência
Nacional de Washington, com ela
e em Composição pela Juilliard
dirigiu concertos no Kennedy Center
School de Nova York e vencedor do
e no Capitólio. Da Sinfônica de San
Concurso Internacional de Regência
Diego, foi Regente Residente. Fez
Nicolai Malko, da Dinamarca.
FOTO: ALEXANDRE REZENDE
AUGUSTIN HADELICH
Ganhou o Grammy 2016 por sua gravação do Concerto de Dutilleux com a Seattle Symphony e Ludovic Morlot. Gravou pelos selos Warner Classics,
Aos 34 anos, Augustin Hadelich esta-
LPO, AVIE e recebeu uma nominação
beleceu-se como um dos grandes
ao Gramophone Award.
violinistas da atualidade. Nomeado em 2018 Instrumentista do Ano pelo
Hadelich é Medalha de Ouro no
Musical America, ele se apresenta com
Concurso Internacional de Violino
as principais orquestras dos Estados
de Indianápolis, destinatário de um
Unidos e com um número crescente de
Avery Fisher Career Grant, de um
orquestras europeias e asiáticas. Possui
Borletti-Buitoni Trust Fellowship,
repertório amplo e ousado e é sempre
do Lincoln Center’s Martin E. Segal
citado por sua técnica fenomenal, sen-
Award e do Warner Music Prize.
sibilidade poética e tom deslumbrante. Filho de pais alemães, nascido e criado Na temporada 2018/2019 destacam-se
na Itália, Hadelich é cidadão norte-
apresentações com as orquestras de
americano. Possui Artist Diploma pela
Rádio Finlandesa e da Baviera; Nacional
Juilliard School, onde foi aluno de Joel
Dinamarquesa, da Bélgica, de Lyon e da
Smirnoff. Apresenta-se com o violino
Espanha; de Hong Kong. Fará turnê com
Stradivari 1723 “Ex-Kiesewetter”, cedido
a Academy of St. Martin in the Fields,
por Clement e Karen Arrison, por meio
tocará com várias orquestras dos Estados
da Sociedade Stradivari de Chicago.
Unidos e estará nos festivais Salzburger Festspiele, Aspen, Bravo! Vail e Colorado. Recentemente, apresentou-se no BBC Proms, Tanglewood e Blossom, e com as orquestras da BBC, Concertgebouw, Hallé, filarmônicas de Hamburgo, de Londres, de Munique e de Seul, Mozarteum, NHK e Sapporo, entre outras. Com a Filarmônica de Minas Gerais, foi solista em quatro temporadas. Hadelich colabora com regentes como Christoph Mechetti, Juanjo Mena, Andris Nelsons, Marin Alsop, Vasily Petrenko, Jukka-Pekka Saraste, entre muitos outros.
FOTO: ROSALIE O’CONNOR
von Dohnányi, Thierry Fischer, Fabio
Benjamin
BRITTEN LOW ESTO F T, I N G L AT E R R A , 1 9 1 3
A L D E BU RG H , I N G L AT E R R A , 1 976
Benjamin Britten foi um pacifista declarado. Porém, quando, em 1939, a Europa se viu frente a uma iminente guerra de proporções mundiais, a situação de um pacifista confesso numa Inglaterra que se preparava dia a dia para I N S T R U M E N TA Ç Ã O
o combate tornou-se insustentável. Ele desejava, a todo
2 piccolos, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas.
custo, livrar-se daquela atmosfera sufocante que começava a cobrir a Europa, pois sabia que, em breve, chegaria também o seu momento de servir ao país. Aproveitando o sucesso que seu nome havia alcançado nos Estados Unidos no ano anterior, com a obra Variações sobre um tema de Frank Bridge, e seguindo o exemplo dos amigos, o
EDITORA
poeta W. H. Alden e o escritor Christopher Isherwood, que
Boosey & Hawkes
haviam migrado para os Estados Unidos no início do ano, Benjamin Britten e o companheiro, o tenor Peter Pears,
PA R A O U V I R
CD Beethoven & Britten – Violin Concertos – London Symphony Orchestra – Paavo Järvi, regente – Janine Jansen, violino – Decca – 2009
embarcaram para a América do Norte, em maio de 1939. Após uma breve estada em Montreal e Toronto, os dois rumaram para Nova York, onde, no dia 21 de agosto de 1939, visitaram um casal de velhos amigos em Long Island, Elizabeth e William Mayer. Nas palavras de Pears, “nós fomos à casa deles para um fim de semana e acabamos
PA R A A S S I S T I R
Detroit Symphony Orchestra – Jukka-Pekka Saraste, regente – Augustin Hadelich, violino Acesse: fil.mg/bviolino1
ficando por três anos”. Começava, ali, o início de uma feliz e prolífica temporada para o compositor. Um mês depois, em 29 de setembro, ele terminava a composição de seu Concerto para violino (op. 15).
PA R A L E R
Os primeiros esboços do Concerto haviam sido feitos
Mervyn Cooke (ed.) – The Cambridge companion to Benjamin Britten – Cambridge University Press – 2008
na Inglaterra, em novembro de 1938, e a maior parte da
Primeira apresentação com a Filarmônica
Concerto para violino nº 1, op. 15 1939, REVISÃO 1950
31 MINUTOS
composição foi realizada no Canadá.
do segundo movimento (Vivace). Ao
A estreia se deu no dia 28 de março
final, uma longa cadência do violino
de 1940 pela Orquestra Filarmônica
solo, em que ouvimos novamente
de Nova York sob a regência de John
os materiais do primeiro e segundo
Barbirolli, com o violinista espanhol
movimentos, nos transporta para o
Antonio Brosa como solista. Britten
terceiro movimento (Andante lento),
ainda revisaria a obra em 1950 e
uma belíssima passacaglia – um
1954, até chegar à versão final, em
gênero espanhol originário do século
1965. O Concerto foi dedicado ao
XVII que consiste num baixo repe-
compositor e amigo Henry Boys.
tido constantemente enquanto as outras vozes executam um tema
Além dos três movimentos que devem
com variações –, provavelmente
ser executados sem interrupções,
inspirada nas inúmeras passacalhas
o Concerto possui uma macroes-
de Buxtehude que Brittten e Pears
trutura relativamente incomum:
executavam ao piano, na casa dos
lento-rápido-lento, ao contrário
Mayer, em Long Island.
da maior parte dos concertos, que se estruturam em rápido-lento-rápido. O primeiro movimento (Moderato con moto) inicia-se com um pequeno fragmento rítmico nos tímpanos, respondido pelo prato.
GUILHERME
Esse motivo aparecerá por todo
NASCIMENTO
o movimento, enquanto o violino
em Música pela Unicamp, professor na
apresenta uma bela melodia que
Escola de Música da UEMG, autor dos
se torna cada vez mais agitada e
livros Os sapatos floridos não voam
complexa. Agitação será a tônica
e Música menor.
Compositor, Doutor
Wolfgang Amadeus
MOZART SA L Z BU RG O , ÁUST R I A , 1 75 6
V I E N A , ÁUST R I A , 1 79 1
A breve e agitada vida de Wolfgang Amadeus Mozart começou como um conto de fadas. Aos três anos, o menino muito imaginativo e ansioso por aprender tudo à sua volta manifestou dons excepcionais para a música. O pai, violinista, compositor e professor respeitado, autor de um consagrado método para seu instrumento, soube explorar o excepcional talento do filho, unindo ambição, orgulho paterno e zelo educativo. I N S T R U M E N TA Ç Ã O
Assim, enquanto o jovem prodígio apresentava-se em
2 oboés, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, cordas.
longas e triunfais turnês, ao mesmo tempo aprimorava e diversificava sua formação musical, estudando
EDITORA
com mestres como Schobert (Paris), Johann C. Bach
Kalmus
(Londres), Sammartini e o Padre Martini (Itália). Ainda muito jovem, Mozart conhecia as mais importantes
PA R A O U V I R
correntes musicais da época, além de personalidades
CD Mozart – Symphonies – Capella Istropolitana – Barry Wordsworth, regente – Naxos – 1991
como Goethe e os irmãos Grimm.
PA R A A S S I S T I R
o compositor nunca se moldará ao ambiente musical da
Vienna Philharmonic Orchestra – Carlos Kleiber, regente Acesse: fil.mg/mlinz
cidade natal: após muitos desentendimentos, a ruptura
PA R A L E R
Wolfgang Amadeus Mozart – Cartas Vienenses – Veredas – 2004
A convivência com ambientes e celebridades tão diversificados deixaram-lhe marcas permanentes. E
com o patrão, o arcebispo de Salzburgo, tornou-se definitiva, em 1781. Mozart conquistava, enfim, a liberdade. Mas pagava por ela um alto preço, assumindo um risco profissional ainda inédito para os músicos de sua época. Em Viena, a vida do genial free-lancer marcou-se pela instabilidade econômica, dívidas, às vezes pela mais penosa miséria, a morte de quatro filhos recém-nascidos, humilhantes pedidos de empréstimos.
François-René Tranchefort – Guia da Música Sinfônica – Nova Fronteira – 1990
Sinfonia nº 36 em Dó maior, K. 425, “Linz” 1783
Última apresentação: 9 de abril / 2009 Fabio Mechetti, regente
26 MINUTOS
Não é mais o menino prodígio que
Salzburgo, para verem o pai e a irmã
provocava entusiasmo incondicional,
do compositor. No regresso a Viena, o
e os fracassos tornam-se mais dolo-
casal detém-se em Linz, em visita ao
rosos, comparados aos triunfos que
velho conde de Thun, grande amigo
conquistara quando criança. Apesar
da família. O conde queria muito que
das adversidades, Mozart compõe
Wolfgang se apresentasse com a
incansavelmente e, mesmo em suas
orquestra local, mas Mozart não tinha
peças mais circunstanciais, a forte
nenhuma de suas partituras à mão.
personalidade do autor impõe-se,
Desejoso de agradecer a boa acolhida,
dando-lhes encanto especial, natu-
ele começa uma nova sinfonia e con-
ralidade e vivacidade inigualáveis. Os
segue estreá-la no dia programado.
grandes momentos de sua música
Obra de circunstância, a Sinfonia
revelam, sobretudo em alguns aspec-
“Linz” não revela em sua fatura o
tos trágicos ou melancólicos, uma
menor vestígio de precipitação. Ao
profunda humanidade; e, sempre,
contrário, com sua perfeição formal e
um extraordinário senso dramático.
força expressiva, inicia a última fase das sinfonias mozartianas.
Mozart compôs quarenta e uma sinfonias; a primeira, quando tinha apenas oito anos, e as três derradeiras, em 1788. O caminho percorrido nesse campo pelo compositor foi tortuoso;
PA U L O S É R G I O
alterna rupturas e voltas à tradição
MALHEIROS DOS SANTOS
até chegar à definitiva maestria de
Pianista, Doutor em Letras, professor na
suas últimas sinfonias, todas perfeitas
UEMG, autor dos livros Músico, doce
e inteiramente diversas entre si. A
músico e O grão perfumado – Mário
Sinfonia “Linz” foi escrita em três
de Andrade e a arte do inacabado.
dias! Em 1783, Mozart e sua mulher,
Apresenta o programa semanal Recitais
Constança, fazem uma viagem a
Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.
Johann
STRAUSS JR. V I E N A , ÁU S T R I A , 1 8 2 5
1899
Nascido em uma modesta família de músicos de cabaré, o primeiro Johann Strauss perdeu a mãe quando tinha sete anos; aos doze, o pai morreu afogado no rio Danúbio; com quinze anos, trabalhava tocando viola em bailes populares. Talentoso e dedicado, estudou composição com bons professores. Aos 26 anos, Strauss já tinha sua I N S T R U M E N TA Ç Ã O
própria orquestra e com ela excursionou, bem-sucedido,
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, celesta, cordas.
pela Alemanha, Bélgica, França e Inglaterra. A Marcha de
EDITORA
A Valsa austríaca deriva remotamente do Minueto e, de
Kalmus
início, confundiu-se com o Ländler, uma dança camponesa
PA R A O U V I R
CD Strauss – Royal Philharmonic Orchestra – Peter Guth, regente – Centurion Music – 1994
Radetzky, por algum tempo equivalente a um novo hino nacional austríaco, trouxe-lhe fama internacional; entretanto, na sua vasta produção, destacam-se, sobretudo, as 155 valsas.
de características similares. Seu nome definitivo, consagrado em Viena, originou-se do verbo walsen (rodar, em alemão). Johann Strauss pai e seu contemporâneo Joseph Lanner desenvolveram a versão tipicamente vienense — leve e elegante; com ligeira suspensão no terceiro tempo de alguns compassos; escrita em compasso ternário, mas
PA R A A S S I S T I R
Vienna Philharmonic Orchestra – Daniel Barenboim, regente Acesse: fil.mg/sbosques
sentida em um só tempo. Strauss e Lanner, porém, ainda imprimiam certa rusticidade nessa dança que, naturalmente, difundiu-se primeiro nos cabarés. Caberia a Johann Strauss Jr. levar a valsa para a corte.
PA R A L E R
Transformada em símbolo inconfundível dos salões
François-René Tranchefort – Guia da Música Sinfônica – Nova Fronteira – 1990
aristocráticos, ela frequentou os elegantes cafés às
Contos dos Bosques de Viena, op. 325 1868
Última apresentação: 26 de junho / 2011 Marcos Arakaki, regente
11 MINUTOS
margens do Danúbio, de onde saiu
assumiu a regência para que Johann se
para alcançar sucesso popular inter-
dedicasse inteiramente à composição
nacional e duradouro.
— inclusive às operetas. As grandes valsas de Strauss Jr. — O Belo Danúbio
Strauss pai não queria que seus filhos
Azul, Vozes da Primavera, Os Contos
fossem músicos profissionais. Entretanto,
dos Bosques de Viena, entre tantas —
o primogênito Johann sentiu-se livre
são verdadeiros poemas sinfônicos,
para se definir profissionalmente, após
elaborados e orquestrados com muita
o divórcio dos pais (fato que repercu-
ciência musical. À semelhança do que
tiu mal nos meios conservadores da
Schubert anteriormente fizera para as
sociedade vienense). E logo Strauss
valsas pianísticas, Strauss deu à valsa
Jr. fundou sua própria orquestra de
sinfônica uma linguagem elegante e
baile, no cassino Donmayer. No final da
erudita. Seus grandes admiradores —
estreia, tocou um conhecido sucesso
músicos como Liszt, Berlioz, Brahms,
do pai — e o público foi ao delírio.
Tchaikovsky, Bruckner, Wagner, Mahler e Ravel — utilizaram a valsa em seus
Com a atuação simultânea das duas
balés, sinfonias ou em grandes peças
orquestras, os Strauss tornavam-se
e transcrições orquestrais.
concorrentes. As relações entre eles ficaram tensas, e só pouco antes da morte do pai, aos 45 anos, chegaram à
PA U L O S É R G I O
reconciliação total. Strauss filho reuniu
MALHEIROS DOS SANTOS
então as duas orquestras e empreen-
Pianista, Doutor em Letras, professor na
deu a conquista da Europa; chegou à
UEMG, autor dos livros Músico, doce
Rússia, depois à América, com enorme
músico e O grão perfumado – Mário
e inédito sucesso. Seus irmãos aderi-
de Andrade e a arte do inacabado.
ram ao projeto: ambos compositores,
Apresenta o programa semanal Recitais
Eduard era bom administrador e Josef
Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Diretor Artístico e Regente Titular FABIO MECHETTI Regente Associado MARCOS ARAKAKI
PRIMEIROS VIOLINOS
Mikhail Bugaev
FAGOTES
HARPA
Kobi Malkin –
Nathan Medina
Catherine Carignan *
Clémence Boinot *
Spalla convidado
Victor Morais ***
Rommel Fernandes –
VIOLONCELOS
Andrew Huntriss
TECLADOS
Spalla associado
Philip Hansen *
Francisco Silva
Ayumi Shigeta *
Ara Harutyunyan –
Robson Fonseca ***
Spalla assistente
Camila Pacífico
TROMPAS
Ana Paula Schmidt
Camilla Ribeiro
Alma Maria Liebrecht *
Ana Zivkovic
Eduardo Swerts
Evgueni Gerassimov ***
GERENTE
Arthur Vieira Terto
Emília Neves
Gustavo Garcia Trindade
Jussan Fernandes
Joanna Bello
Lina Radovanovic
José Francisco dos Santos
Laura von Atzingen
Lucas Barros
Lucas Filho
INSPETORA
Luis Andrés Moncada
William Neres
Fabio Ogata
Karolina Lima
Rodrigo Bustamante
CONTRABAIXOS
TROMPETES
Rodrigo M. Braga
Nilson Bellotto *
Marlon Humphreys *
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
Rodrigo de Oliveira
André Geiger ***
Érico Fonseca **
Risbleiz Aguiar
Wesley Prates
Marcelo Cunha
Daniel Leal ***
Marcos Lemes
Tássio Furtado
Roberta Arruda
ARQUIVISTA
SEGUNDOS VIOLINOS
Pablo Guiñez
Frank Haemmer *
Rossini Parucci
TROMBONES
Hyu-Kyung Jung ***
Walace Mariano
Mark John Mulley *
ASSISTENTES
Diego Ribeiro **
Claudio Starlino Jônatas Reis
Ana Lúcia Kobayashi
Gideôni Loamir Jovana Trifunovic
FLAUTAS
Wagner Mayer ***
Luka Milanovic
Cássia Lima*
Renato Lisboa
Martha de Moura
Renata Xavier ***
Pacífico
Alexandre Braga
TUBAS
SUPERVISOR DE MONTAGEM
Matheus Braga
Elena Suchkova
Eleilton Cruz *
Rodrigo Castro
Radmila Bocev
Rafael Mendes****
Rodolfo Toffolo
OBOÉS
Tiago Ellwanger
Alexandre Barros *
TÍMPANOS
Hélio Sardinha
Valentina Gostilovitch
Públio Silva ***
Patricio Hernández
Klênio Carvalho
Israel Muniz
Pradenas *
VIOLAS
MONTADORES
Maria Fernanda Gonçalves
PERCUSSÃO
João Carlos Ferreira * Roberto Papi ***
CLARINETES
Rafael Alberto *
Flávia Motta
Marcus Julius Lander *
Daniel Lemos ***
Gerry Varona
Jonatas Bueno ***
Sérgio Aluotto
Gilberto Paganini
Ney Franco
Werner Silveira
Katarzyna Druzd
Alexandre Silva
Luciano Gatelli Marcelo Nébias
* principal
** principal associado
*** principal assistente
**** musicista convidado
INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA CONSELHO ADMINISTRATIVO
Oscip — Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Lei 14.870 / Dez 2003
OS — Organização Social Lei 23.081 / Ago 2018
EQUIPE TÉCNICA
Presidente Emérito
Gerente de Comunicação
Jacques Schwartzman
Merrina Godinho Delgado
Roberto Mário
Conselheiros
Douglas Conrado
Jovem Aprendiz Sunamita Souza
SALA MINAS GERAIS
Gerente de Produção Musical
Gerente Contábil
Claudia da Silva
Graziela Coelho
Guimarães
Angela Gutierrez Arquimedes Brandão
Gerente Administrativofinanceira
Mensageiro
Ana Lúcia Carvalho
Presidente Gonçalves Soares Filho
EQUIPE ADMINISTRATIVA
Berenice Menegale
Assessora de Programação Musical
Bruno Volpini
Gabriela de Souza
Celina Szrvinsk
Gerente de Infraestrutura Renato Bretas
Gerente de Recursos Humanos
Gerente de Operações
Quézia Macedo Silva
Jorge Correia
Fernando de Almeida
Produtor
Analistas Administrativos
Técnicos de Áudio e de Iluminação
Ítalo Gaetani
Luis Otávio Rezende
João Paulo de Oliveira
Daniel Hazan
Paulo Baraldi
Diano Carvalho
Cunha Castello Branco
Analistas de Comunicação
Secretária Executiva
Assistente Operacional
Mauricio Freire
Carolina Moraes Santana
Flaviana Mendes
Rodrigo Brandão
Octávio Elísio
Fernando Dornas
Sérgio Pena
Lívia Aguiar Renata Gibson
Assistente Administrativa
FORTISSIMO
Renata Romeiro
Cristiane Reis
Julho nº 12 / 2019
Analistas de Marketing
Assistente de Recursos Humanos
Godinho Delgado
Diretor Administrativofinanceiro
Eventos — Lívia Brito
Jessica Nascimento
Edição de texto
Relacionamento —
Recepcionistas
Capa Série de
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Meire Gonçalves
fotografias de
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Eadweard Muybridge
Auxiliar Contábil
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Marco Antônio Pepino Marco Antônio Soares da
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ISSN 2357-7258
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Auxiliares de Serviços Gerais Ailda Conceição Rose Mary de Castro
Este programa foi impresso em papel doado pela Resma Papéis.
FOTO: DANIELA PAOLIELLO
NO CONCERTO Cuide da Sala Minas Gerais.
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Se puder, devolva seu programa de concerto.
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PRÓXIMOS CONCERTOS Dia 16 jul, 20h30 Dia 20 jul, 18h
FILARMÔNICA EM CÂMARA FORA DE SÉRIE / MÚSICA E PINTURA
Dias 1 e 2 ago, 20h30
A L L E G R O E V I VA C E
Dias 8 e 9 ago, 20h30
PRESTO E VELOCE
Dia 18 ago, 11h
C O N C E R T O S PA R A A J U V E N T U D E
Dias 22 e 23 ago, 20h30
A L L E G R O E V I VA C E
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Rua Curitiba, 2244
R. Rio de Janeiro, 2076
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Sala Minas Gerais