unidos pela música F i l a r m ô n i c a e vo c ê
fevereiro2013
Ministério da Cultura e Governo de Minas apresentam
pág.
SÉRIE VIVACE
26 de fevereiro MARCOS ARAKAKI, regente JOSÉ FEGHALI, piano
foto de capa Rafael Motta ilustrações Mariana Simões
Amaral Vieira Sons Inovadores Saint-Saëns Concerto para piano nº 2 Shostakovich Sinfonia nº 9 Ravel Bolero
9
3
Com imensa alegria, o Governo de Minas e a Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais comemoram o início da Temporada 2013 da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Seja nos teatros, parques e praças das diversas cidades mineiras que serão contempladas com a programação artística deste grupo singular, seja nos concertos em outros estados brasileiros e em salas internacionais, este é um convite à celebração da excelência e do compromisso com a música sinfônica executada com critério e sensibilidade, ao alcance de todos. Cada vez mais próxima dos cidadãos mineiros, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais difunde repertório raro e comovente, de alto nível de complexidade, com obras poucas vezes executadas no País. Para a Secretaria de Estado de Cultura, garantir a continuidade do acesso a este valioso repertório é justo e acertado passo, a caminho da consolidação de iniciativa de valor inestimável para a democratização do acesso aos direitos culturais. Além de contribuir para a preservação da memória musical erudita, este é um projeto que aposta na inesgotável herança criativa que alia tradição e contemporaneidade, em favor de um pensamento cultural cada vez mais centrado em princípios universais e no fluxo irrestrito de saberes.
foto adriano bastos
S e c r e ta r i a d e Es ta d o d e C u lt u r a
Caros amigos e amigas, Bem-vindos a mais uma temporada da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Agradeço desde já o número cada vez mais significativo de assinantes que decidiram apoiar de forma inequívoca este grande projeto cultural mineiro, assim como todos aqueles que ajudaram a fazer de 2012 um ano de recordes de público, de concertos e de prêmios. Além de homenagens aos aniversários de Verdi, Wagner, Britten e Poulenc, nossa orquestra desbravará novos repertórios e introduzirá solistas de reputação internacional, tornando cada concerto uma experiência rica e inesquecível para os amantes da música. Neste primeiro concerto do ano, Marcos Arakaki, recentemente promovido a Regente Associado, une-se ao brilhante pianista brasileiro José Feghali apresentando um festivo programa que inclui obras de Saint-Saëns, Shostakovich e o famoso Bolero de Ravel. Em breve teremos a presença do genial Antonio Meneses, assim como as importantes visitas do pianista Vladimir Feltsman e do regente Rossen Milanov. Mais um ano de grandes expectativas e certamente grandes realizações, sedimentando a cada concerto a posição indiscutível da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais como um autêntico patrimônio cultural mineiro e nacional. Tenham todos um bom concerto.
Fa b i o M e c h e t t i
foto andré frossati
Diretor Artístico e Regente Titular Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
5
7
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008. Por esse trabalho, recebeu o XII Prêmio Carlos Gomes/2009 na categoria Melhor Regente brasileiro. É também Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Jacksonville (EUA) desde 1999. Foi Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Syracuse e da Orquestra Sinfônica de Spokane, da qual é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norteamericanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York. Realizou diversos concertos no México, Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as Orquestras Sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Regeu também a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia, a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá. Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua estreia na Finlândia dirigindo a Filarmônica de Tampere. Em 2013, estreou na Itália com a Orquestra Sinfônica de Roma. No Brasil foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Di r e t o r A r t í stic o e R e g e n t e T it u la r
Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmen, Don Giovanni, Cosi fan Tutte, Bohème, Butterfly, Barbeiro de Sevilha, La Traviata e As Alegres Comadres de Windsor. foto rafael motta
fabio Mechetti
Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.
Fabio Mechetti recebeu títulos de Mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York.
26 fev
t e r ç a f e i r a
grande teatro do Palácio das Artes, 20h30
SÉRIE vivace Marcos Arakaki, regente José Feghali, piano
José Carlos AMARAL VIEIRA Camille SAINT-SAËNS
Sons Inovadores, op. 266 [12 min] Concerto para piano nº 2 em sol menor, op. 22 [24 min] Andante sostenuto Allegro scherzando Presto
José Feghali
solista intervalo
foto rafael motta
Dmitri SHOSTAKOVICH
Sinfonia nº 9 em mi bemol maior, op. 70 [23 min] Allegro Moderato Presto Largo Allegretto
Maurice RAVEL
Bolero [15 min]
marcos ARAKAKI
SÉRIE vivace, 26 de fevereiro
Marcos Arakaki é natural de São Paulo. Bacharel em Música pela Universidade Estadual Paulista (Unesp/1998), concluiu seu mestrado em Regência Orquestral pela Universidade de Massachusetts em 2004, com apoio da Fundação Vitae. Sua trajetória artística é marcada por prêmios como o do I Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes, promovido pela Orquestra Petrobras Sinfônica em 2001, e I Prêmio Camargo Guarnieri, realizado pelo Festival Internacional de Campos do Jordão, em 2009. Arakaki vem dirigindo importantes orquestras brasileiras como as sinfônicas dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Norte e Paraíba, a Petrobras Sinfônica, as sinfônicas de Campinas, da USP, a Orquestra de Câmara da Osesp e a Orquestra Experimental de Repertório. No Exterior, dirigiu orquestras nos Estados Unidos, México, Argentina, Ucrânia e República Tcheca.
foto andré frossati
Realizou turnês nacionais e regionais com a Camerata Fukuda, com a Orquestra Sinfônica Brasileira e com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. À frente da Orquestra Sinfônica Brasileira, gravou em 2010 a trilha sonora para o filme Nosso Lar, composta por Philip Glass.
Como regente titular, o maestro promoveu a reestruturação da Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem entre os anos 2008 e 2010, obtendo grande reconhecimento da crítica especializada e do público na cidade do Rio de Janeiro.
Entre 2000 e 2002, Marcos Arakaki foi o principal regente convidado da Camerata Fukuda e regente assistente da Orquestra Sinfônica de Santo André. Em 2005, foi o principal regente da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. Entre 2007 e 2010, trabalhou como regente titular da Orquestra Sinfônica da Paraíba e regente assistente da Orquestra Sinfônica Brasileira. Como regente titular, Arakaki promoveu a reestruturação da Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem entre os anos 2008 e 2010, obtendo grande reconhecimento da crítica especializada e do público na cidade do Rio de Janeiro. Marcos Arakaki vem colaborando com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2011 e acaba de ser nomeado seu Regente Associado. Nas próximas temporadas, continuará desempenhando suas funções junto à Filarmônica nos concertos das séries Allegro e Vivace, bem como nas demais apresentações, como Concertos para a Juventude, Clássicos no Parque, Concertos Didáticos, turnês estaduais e no Festival Tinta Fresca.
11
josé FEGHALI
SÉRIE vivace, 26 de fevereiro
Desde que ganhou a cobiçada Medalha de Ouro do Sétimo Concurso Internacional de Piano Van Cliburn, José Feghali despontou mundialmente como uma grande presença no cenário da música clássica. Apresentou mais de mil concertos ao redor do mundo, incluindo concertos como solista frente à Filarmônica de Berlin, Concertgebouw Amsterdam, Filarmônica de Rotterdam, Gewandhaus Leipzig, Royal Filarmonica, Filarmônica da BBC, Sinfônica de Londres, de Birmingham, Sinfônica Nacional da Espanha, Filarmônica de Varsóvia e sinfônicas de Xangai e Pequim. Nos Estados Unidos, apresentou-se com as sinfônicas de Chicago, St. Louis, Dallas, Houston, Detroit, Atlanta, Baltimore, Pittsburgh e a Sinfônica Nacional, trabalhando com importantes regentes como Kurt Masur, Christoph Eschenbach, Yuri Temirkanov e Leonard Slatkin. Com a Filarmônica de Minas Gerais, o artista apresentou-se em 2008 e 2010.
foto Ellen Appel
Ativo recitalista, Feghali tem se apresentado em salas de concertos como Carnegie Hall, Kennedy Center, Bass Hall, Kravis Center, Meyerson Symphony Center, Ambassador Auditorium , Orchestra Hall em Chicago, bem como em salas do Reino Unido, Alemanha, Holanda, Espanha, Portugal, Europa Oriental, Canadá, Hong Kong, China e na América Latina. Participa regularmente de concertos de música de câmara, incluindo recitais com o flautista James Galway, quarteto Tokyo, violoncelistas Truls Mørk, Antonio Meneses, Nina Kotova e Alisa Weilerstein, em duo com o pianista André Watts, com os violinistas Regis Pasquier e Olivier Charlier, e com o cantor Jon Vickers em recitais da obra Enoch Arden de Strauss. De suas recentes apresentações destacam-se compromissos com a Sinfônica de Dallas no concerto de abertura da temporada do centenário da orquestra, recital e concerto no Kravis Center, na Flórida, e apresentações com as sinfônicas de New Jersey, Monterey, Houston, Forth Worth, Jacksonville e Rochester.
...performance que revela uma técnica formidável, um ouvido apurado para a cor e uma rara maturidade de interpretação... Chicago Tribune
Gravou um álbum de música inspirada na dança, editado pela Koss Classics, e as Bachianas Brasileiras nº 3 com a Orquestra Sinfônica de Nashville (2005), pelo selo Naxos. Foi também responsável pela produção e remasterização de nove CDs lançados pelo selo V.A.I., contendo apresentações ao vivo do Concurso Internacional de Piano Van Cliburn. Nascido no Rio de Janeiro, Feghali fez sua primeira apresentação aos cinco anos de idade e tocou com a Orquestra Sinfônica Brasileira três anos mais tarde. Aos quinze anos, mudou-se para Londres, onde estudou com Maria Curcio. Continuou seus estudos na Academia Real de Música com Christopher Elton. Atualmente é artista residente na Universidade TCU em Fort Worth, ministra aulas a seis alunos, participa do curso de verão PianoTexas e é diretor associado do festival anual de Música de Câmara Mimir.
13
SÉRIE vivace, 26 de fevereiro
josé carlos
AMARAL VIEIRA
Além das constantes ousadias de suas orquestrações, Amaral Vieira faz de sua música veículo de suas mais profundas preocupações filosóficas. Sua filosofia, porém, não se preocupa em definir-se, mas em se fazer sentir.
Brasil, 1952
Sons Inovadores, op. 266 (1992) Instrumentação: piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, celesta, cordas.
Pa r a o u v i r
Vieira’s World: music inspired by the writings of Daisaku Ikeda – Gravações: Tokyo Metropolitan Art Space, Tóquio/Japão; 19 de abril & 4 de maio de 1996 Pa r a L E R
Júlio Medaglia – Música, maestro: do canto gregoriano ao sintetizador – Editora Globo – 2008 José Maria Neves – Música Contemporânea Brasileira – Ricordi – 1981
Considerado por especialistas como um compositor neoclássico, Amaral Vieira prefere evitar classificações, mas confessa: “gosto de dialogar abertamente com a diversidade de elementos do passado musical”. Essa esquiva inicial, longe de meramente retórica, deve-se à diversidade de suas mais de quinhentas obras, que frequentemente respondem a tendências do passado. Esse diálogo com a tradição revela a intimidade do compositor com as linguagens musicais estabelecidas, resultado de seu intenso e notável trabalho como pianista. Sua obra, no entanto, mesmo que ancorada no passado, direciona-se para o futuro. Além das constantes ousadias de suas orquestrações, Amaral Vieira faz de sua música veículo de suas mais profundas preocupações filosóficas. Sua filosofia, porém, não se preocupa em definir-se, mas em se fazer sentir. Pianista precoce, Amaral Vieira tornou-se compositor e musicólogo em decorrência da multiplicidade de sua vivência musical. Ingressou no Conservatório de Paris aos 14 anos, logo após sua estreia como solista no Theatro Municipal de São Paulo. Lá, frequentou a classe de piano de Lucette Descaves e de composição de Olivier Messiaen. Contudo, é Francis Poulenc que o compositor reconhece como sua principal influência musical francesa. Após os estressantes anos de estudo no Conservatório de Paris, Amaral Vieira transferiu-se para a Escola Superior de Música
de Freiburg onde, confessa, “respirou os ares da liberdade”. Na Alemanha, estudou piano e composição. Foi também ali que se aproximou da filosofia pela primeira vez. Ao término do curso em Freiburg, o jovem pianista partiu para Londres, onde estudou com Louis Kentner, tornandose seu assistente. Aos 25 anos, convidado por Kentner a assumir o Departamento de Piano da Menuhin School, optou por retornar ao Brasil, na esperança de contribuir para o cenário musical nacional. Aqui, sua carreira de compositor e musicólogo tomou fôlego. Como pesquisador, recuperou manuscritos do maestro Elias Lobo, contemporâneo de Carlos Gomes. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Musicologia e presidente da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea. Em 1991, Amaral Vieira descobre a obra literária de Daisaku Ikeda, filósofo budista. Nos primeiros anos da década de 1990, Amaral Vieira compõe um conjunto de obras inspiradas na literatura de Ikeda: O alvorecer do século da humanidade, Palavras de encorajamento, O alvorecer de esperança da civilização universal, Canção da juventude e Sons Inovadores. Sons Inovadores foi composta para o primeiro encontro pessoal com Ikeda no Japão, em outubro de 1992. Foi inspirada no poema homônimo extraído do livro Cantos do meu coração, no qual Ikeda narra impressões e reflexões de suas viagens e vivências. Estreada no Japão em março de 1996, pela Nagoya Philharmonic Orchestra, regida por Akihiro Shiota, a obra é característica do estilo de Vieira. Nela, elementos de seu repertório de banda sinfônica encontram-se sintetizados num trabalho ora orquestral, ora camerístico. Pensada como um movimento livre de sonata, traz um conjunto de temas que explora todo o espectro orquestral. A instrumentação é tratada dialogicamente, reforçando a identidade de cada uma das ideias. Ao final, diálogos e imitações resolvem-se num sugestivo coral no qual o acordo dos temas musicais é a representação sonora da coexistência pacífica dos homens. Igor Reyner Pianista, Mestre em Música pela Universidade Federal de Minas Gerais
15
SÉRIE vivace, 26 de fevereiro
camille
SAINT-SAËNS
As criações de Saint-Saëns advêm da mentalidade de um connoisseur que desdobrava em si o espírito de um cientista grego e de um músico renascentista.
França, 1835 - 1921
Concerto para piano nº 2 em sol menor, op. 22 (1868) Instrumentação: 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, percussão, piano solo, cordas.
Pa r a o u v i r
CD Rubinstein & Mitropoulos: Complete Carnegie Hall Concert (Gravado ao vivo em 1953) – New York Philharmonic Orchestra – Dimitri Mitropoulos, regente – Arthur Rubinstein, piano – Guild Historical – 2009 Pa r a L E R
Attila C. Sampaio e Dietmar Holland – Guia Básico dos Concertos – Civilização Brasileira – 1995
A versatilidade de Camille Saint-Saëns foi algo incomum. Compositor reconhecido, pianista, organista, maestro, professor e editor musical, interessou-se também por diversos ramos do conhecimento científico como matemática, acústica, astronomia, arqueologia, botânica e filosofia. Sua intelectualidade multifacetada foi enriquecida por inúmeras viagens a lugares exóticos como Sri Lanka, Indochina, Ilhas Canárias e Egito. Conheceu bem o Brasil e foi amigo de dois ícones de nossa história musical: Luigi Chiafarelli e Henrique Oswald. As criações de Saint-Saëns advêm da mentalidade de um connoisseur que desdobrava em si o espírito de um cientista grego e de um músico renascentista. Como alguns destes, ele se utilizava do conhecimento para compor melodias simples e populares. Leve e brilhante, sua música possui certo glamour nonchalant displicente, e, talvez por isso, no auge do Romantismo, Saint-Saëns foi incompreendido e acusado de artista inconsistente. Entre mais de cento e cinquenta obras em todos os gêneros musicais, figuram dez concertos: cinco para piano, três para violino e dois para violoncelo. O Concerto para piano nº 2, o mais famoso deles, foi escrito em dezessete dias, inspirado pela primavera parisiense de 1868. A obra surgiu da amizade entre Saint-Saëns e o pianista russo Anton Rubinstein, que a encomendara no intuito de se exibir como maestro para o público francês. Fundador do Conservatório de São Petersburgo, Anton
Rubinstein (que não devemos confundir com o pianista polonês Arthur Rubinstein) atuou em larga parte da história musical do século XIX. Muitas vezes confundido como filho de Beethoven, pela sua aparência, Anton Rubinstein conheceu Mendelssohn, tocou para Chopin e Liszt, foi professor de Tchaikovsky e guiou dois dos maiores pianistas do início do século XX: Josef Hofmann e Sergei Rachmaninoff. A estreia do Concerto nº 2, ocorrida a 13 de maio de 1868, teve o próprio Saint-Saëns como pianista. A apresentação ocorreu na famosa Salle Pleyel, em Paris, onde o compositor, aos dez anos de idade, realizara seu début como solista de dois concertos. Afora o sucesso imediato do segundo movimento por parte do público, a crítica não demonstrou entusiasmo com a obra estreante e o próprio autor assumiu não ter tido tempo suficiente para se preparar. Stojowsky (compositor polonês) disse, com certa dose de humor e empáfia, que a obra ia “de Bach a Offenbach”. Fazia referência à introdução improvisatória do piano, organística, tão comum à sacralidade da música de Bach; e ao final do Concerto, uma agitada tarantella, dançante, próxima da natureza mundana do can-can de Offenbach. Anton Rubinstein, na sua crítica, salientara o conjunto diverso da obra destacando “elegância e ousadia, brilho deslumbrante e temperamento”, enquanto Franz Liszt afirmava que ela lhe agradava “singularmente”. Talvez a beleza superficial, a polidez e a sabedoria no manejo das formas tradicionais tenham passado despercebidas pelos críticos como os verdadeiros ideais do compositor. Raras são as palavras que, como as de Alfred Cortot, nos explicam a música de Saint-Saëns: “ritmos claros e até brilhantes, mais inteligência do que sensibilidade, mais verve do que sentimentos”.
Marcelo Corrêa Mestre em Piano pela UFMG, pianista e professor da Escola de Música da UEMG
17
SÉRIE vivace, 26 de fevereiro
dmitri
shostakovich
Habilmente planejada e concisa, a Sinfonia nº 9 exibe o idioma de Shostakovich em todo o seu esplendor, sem precisar lançar mão de longos e prolixos movimentos.
rússia, 1906 - 1975
Sinfonia nº 9 em mi bemol maior, op. 70 (1945) Instrumentação: piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, cordas.
Pa r a o u v i r
CD Shostakovich: Symphonies 5 & 9 – Royal Liverpool Philharmonic Orchestra – Vasily Petrenko, regente – Naxos International Ltd. – 2009 Pa r a L E R
Lauro Machado Coelho – Shostakovich, vida, música, tempo – Perspectiva – Coleção Signus – 2006
As quinze sinfonias de Shostakovich distribuemse de forma bastante regular na carreira do compositor e suas peças “públicas” foram dedicadas às grandes massas. Em algumas, o conteúdo político-programático corresponde a um determinado acontecimento histórico e, sob tal aspecto, tornam-se obras “circunstanciais”.
de dissonâncias e pelos ritmos complexos das danças camponesas. Admirava particularmente Alban Berg, Bela Bartók e Stravinsky, embora desprezasse os hábitos cosmopolitas desse ilustre compatriota.
Ao longo de uma trajetória que o transformou no músico emblemático da Rússia soviética, Shostakovich estabeleceu relações contraditórias com o Regime – duras advertências, expurgos e condenações alternaram-se com grandes honrarias, títulos e prêmios oficiais. Tal dubiedade manifesta-se em suas sinfonias com a estratificação de dois discursos distintos – há uma voz grandiloquente, exterior e heroica, ao lado de outra, íntima, meditativa e austera.
Com a morte de Lênin, a implacável censura stalinista sinalizaria outros rumos para os artistas soviéticos. À época dos ensaios de sua Quarta Sinfonia, em 1936, Shostakovich foi declarado “inimigo do povo”, acusado de formalismo, mau gosto e imoralidade. A ópera Lady Macbeth do subúrbio foi proibida e o compositor forçado a se retratar publicamente. As cinco sinfonias seguintes, compostas no período stalinista, traduzem seu inevitável propósito – sincero ou simulado – de se submeter aos ideais de inteligibilidade e simplicidade neoclássicas, preconizados pelo Comitê Central. Entretanto, mostram a consolidação de uma linguagem extremamente pessoal, pois Shostakovich, ao reler o tradicional cânone musical ocidental, enriquece-o com ousadas aquisições contemporâneas. Atinge assim os limites extremos de um expressionismo ultrarromântico, de caráter frequentemente heroico e de grande apelo socializante.
Shostakovich escreveu sua Primeira Sinfonia aos dezenove anos, coincidentemente, no mesmo ano do célebre filme de Sergei Eisenstein, O encouraçado Potemkin (1925). Com o sucesso dessas obras, o cineasta e o compositor levantaram, altaneiros, o estandarte do Construtivismo russo, vanguarda artística que combatia a tradição romântica associada ao passado czarista. Na década de 1920, a política de abertura cultural do governo de Lênin permitiu que Shostakovich desenvolvesse, sem restrições, sua linguagem musical. O jovem compositor filiou-se à Associação para a Música Contemporânea, fascinado pelo atonalismo livre, pelo serialismo, pelo jazz, pelo uso sistemático
A Sinfonia nº 9 em mi bemol maior, op. 70, coincidindo com o final da guerra (1945), era aguardada como o coroamento vitorioso de um tríptico patriótico. Esperava-se uma apoteose comemorativa da contraofensiva esmagadora das tropas russas sobre o território alemão, já que a Sétima e a Oitava sinfonias evocavam, respectivamente, o cerco da cidade de Leningrado e a resistência heroica dos defensores de Moscou durante os ataques nazistas. O próprio Shostakovich manifestara o desejo de criar uma grande obra coral (possivelmente associada à Nona de Beethoven). Mas o compositor surpreendeu o público e provocou a ira de Stalin, ao apresentar, em novembro de 1945, a mais breve de suas sinfonias. A Nona de Shostakovich tem inspiração objetiva, simplicidade clássica e boas doses de sarcasmo e ironia. A fabulosa habilidade arquitetônica lembra a Oitava de Beethoven e a aproxima de Haydn, compositor que Shostakovich estivera estudando e regendo pela época de sua composição.
19
O primeiro andamento, Allegro, talvez seja o mais humorístico de toda a música de Shostakovich, pela importância temática confiada a um rufo de caixa e aos saltos burlescos de um trombone que parece procurar uma tonalidade indefinida. O movimento inicia-se com um agitado tema nas cordas, cujo caráter espirituoso culmina com a alegre intervenção do piccolo. Os insistentes ritmos de marcha, tão característicos do compositor, aqui se apresentam como uma exaltação habilmente estilizada da música circense. O Moderato, apesar de sua reduzida dimensão, é eloquente, expressivo e lírico, com uma melodia de sabor oriental no clarinete e oscilações entre os modos (maior/menor). Esse lento intermezzo parece advertir o ouvinte de que, por trás do cinismo dos outros movimentos, se esconde a dor.
Pau l o S é r g i o M a l h e i r o s d o s S a n t o s Doutor em Letras, Professor da Escola de Música da UEMG, autor do livro Músico, doce músico
foto andré frossati
Os três últimos movimentos se unem para formar um único bloco. O terceiro, Presto, é um scherzo. Na primeira seção, as madeiras e as cordas movimentam-se, leves como folhas soltas ao vento. A contrastante parte central exibe, nos metais e cordas, os ritmos cossacos tão queridos da música russa e um incisivo solo de trompete. O Largo é um interlúdio, único movimento realmente dramático da sinfonia. Às fanfarras ásperas dos trombones e da tuba responde um nobre solo do fagote por sobre cordas abafadas. De seu sinuoso movimento descendente, surgem as saltitantes linhas de aspecto coreográfico do Allegretto final, depois desenhadas pelas cordas. Quando, num clímax, o primeiro tema reaparece em toda a orquestra, o segundo intervém zombeteiro nas madeiras e no trompete. Pausa; e uma coda apressada termina a sinfonia de maneira abrupta, irônica e propositadamente inconclusiva. Habilmente planejada e concisa, a Sinfonia nº 9 exibe o idioma de Shostakovich em todo o seu esplendor, sem precisar lançar mão de longos e prolixos movimentos.
SÉRIE vivace, 26 de fevereiro
maurice RAVEL
Hoje uma das obras mais executadas do repertório internacional, o Bolero pode parecer o resultado de uma composição bem calculada para causar impacto e ser bem-sucedida nas salas de concerto.
França, 1875 - 1937
Bolero (1928) Instrumentação: piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 saxofones, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, celesta, cordas.
Pa r a o u v i r
CD Maurice Ravel: Rapsodie espagnole; Alborada del gracioso; Don Quichotte à Dulcinée; Tzigane; Pavane pour une infante défunte; Boléro – Ulster Orchestra – Yan Pascal Tortelier, regente – Chandos – 1993 Pa r a L E R
Deborah Mawer (ed.) – The Cambridge companion to Ravel – Cambridge University Press – 2000 Peter Kaminsky (ed.) – Unmasking Ravel: new perspectives on the music – University of Rochester Press – 2011
Quando Ravel compôs o Bolero, jamais imaginou que seu nome ficaria para sempre ligado a essa obra. Deve-se ter em mente que, para ele, o Bolero não passava de uma experiência. Nas suas palavras, tratava-se de “dezessete minutos de orquestra sem música”. Ao ser questionado pelo compositor Arthur Honegger sobre suas grandes composições, Ravel disse, com um leve toque de ironia: “em toda a minha vida eu compus apenas uma obraprima, o Bolero. Mas, infelizmente, ele é vazio de música”. O Bolero foi composto entre julho e outubro de 1928, por encomenda da bailarina Ida Rubinstein, que desejava um balé de caráter espanhol para sua trupe. No início, ambos haviam acordado que Ravel simplesmente orquestraria seis peças da suíte Iberia, do compositor espanhol Isaac Albéniz. Ravel, entusiasmado com a ideia, começara logo a trabalhar, quando seu amigo Joaquín Nin o advertiu de que havia um compromisso entre a viúva de Albéniz e o compositor Enrique Arbós, segundo o qual os números já orquestrados pelo próprio Arbós seriam transformados em balé pela bailarina Antonia Mercé. Ravel, inconformado, decidiu então aproveitar um tema que o perseguia há tempos como solução para o seu balé: uma melodia com caráter insistente que ele utilizaria repetidamente, sem desenvolvimento, variando gradualmente o colorido orquestral. Para completar o primeiro tema ele compôs um segundo. Muito mais
que uma melodia individualizada, o segundo tema funciona como uma espécie de contratema, ou seja, uma melodia que se comporta como um complemento da melodia principal. A organização da obra se dá da seguinte maneira: cada tema é introduzido por uma breve apresentação do acompanhamento instrumental. Tema e contratema são apresentados duas vezes, antes de se alternarem. Ou seja, cada seção constitui-se de duas apresentações do tema e duas do contratema, precedidas pelas breves introduções instrumentais. Isto se dá quatro vezes sem modificações. Na quinta seção, cada tema é apresentado apenas uma vez. Antes da finalização do contratema, uma surpreendente modulação nos conduz ao final grandioso. O Bolero foi estreado no dia 22 de novembro de 1928, no Teatro Nacional da Ópera, em Paris, pela Orquestra Straram e o corpo de bailarinos de Ida Rubinstein, com Walther Straram como regente, coreografia de Bronislava Nijinska e decoração de Alexandre Benois. O escândalo que a obra causou em suas diversas apresentações estimulou o compositor a tentar executá-la sem o balé. A versão de concerto foi estreada por Ravel em 11 de janeiro de 1930. Hoje uma das obras mais executadas do repertório internacional, o Bolero pode parecer o resultado de uma composição bem calculada para causar impacto e ser bem-sucedida nas salas de concerto. Mas foi com extrema dificuldade que a obra ganhou as graças do público. Visto pelos olhos dos contemporâneos de Ravel, o Bolero foi uma cartada arriscada. Embora difícil de se predizer seu futuro naquela época, o Bolero era considerado, por amigos do autor, como o ponto culminante das tendências místicas de Ravel. Os inimigos diziam que se tratava de música composta por um louco.
Guilherme Nascimento Compositor, Doutor em Composição, professor da Escola de Música da UEMG e da FEA
23
Esta página é sua! Nela são publicadas novidades e informações sobre apresentações e tudo o que envolve a Filarmônica. Além deste canal de comunicação, você ainda conta com o e-mail assinatura@filarmonica.art.br, o telefone 3219-9009 e o site www.filarmonica.art.br para se manter por dentro do que acontece com a sua Orquestra. A Filarmônica de Minas Gerais, durante a Temporada 2013, novamente traz diversas e fantásticas obras e solistas. Esperamos que este ano, marcado pelas celebrações dos duzentos anos de nascimento de Wagner e Verdi, seja também simbólico na consolidação de nossa união pela música.
Por isso, os concertos estão sendo preparados de um modo único e especial. Queremos ver você em todos eles. Mas, se não puder comparecer, doe seu ingresso. Com o Ingresso Solidário, a Filarmônica leva a música clássica a escolas de música parceiras. E é muito simples: basta você enviar um e-mail para assinatura@filarmonica.art.br ou ligar para a Assessoria de Relacionamento, telefone 3219-9009, com 24 horas de antecedência. Esse é o tempo mínimo necessário para que possamos concretizar sua doação.
www.filarmonica.art.br
unidos pela música F i l a r m ô n i c a e vo c ê
a Fil a r m
sobre a
Bem-vindo(a) à Temporada 2013
Para mais informações:
su
ic a
do
ôn
assinante
u S aiba t
Olá,
EM 2012 RECEBEMOS 1 MILHÃO DE VISITANTES NAS SUAS MAIS DE 3 MIL ATIVIDADES OFERECIDAS. A FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO COMPARTILHA COM TODOS VOCÊS ESSA CONQUISTA.
O IUS T L U O M LOS Ç A ESP ETÁCU ES • T SP VO ATI O DE E LIZAN C U A Ã D O E ODUÇ ISSION Ç A F PR SP • E O DE S PRO .BR A PO OV EM NIC CIN O TÉC • GRU .MG.G • E S S R ART CENT ÍSTICO A | FC E D C • IAS AFIA S ART MÚSI R E O R E P G AL A • G E FOTO • COR DANÇ S RO A TE O, EAT RÂNE E POR EATR T : T L D PO URA NTEM GRAN ÃO EM T L O NS DE CU XO ARTE C NTOS EXTE E L P E DE VE COM TRO D ARA E RSOS CEN AÇO P OM CU ESP OLA C ESC is. era G s ina M e ad nic ô m ilar F a r est rqu O a oia p a o gad l a is S lóv C ão daç n u AF FUNDAÇÃO
f icha téc n ica
ACOMPANHE A FILARMÔNICA EM
outros CONCERTOS C o n ce r t o s pa r a a J u v e n t u d e
L a b o r at ó r i o d e Re g ê n c i a
Realizados em manhãs de domingo, são concertos dedicados aos jovens e às famílias, buscando ampliar e formar público para a música clássica. As apresentações têm ingressos a preços populares e contam com a participação de jovens solistas. Local: Teatro Sesc Palladium Horário: 11 h Datas: 14 de abril / 26 de maio 11 de agosto / 15 de setembro 27 de outubro / 17 de novembro
Atividade inédita no Brasil, este laboratório é uma oportunidade para que jovens regentes brasileiros possam praticar com uma orquestra profissional. A cada ano, 15 maestros, quatro efetivos e onze ouvintes, têm aulas técnicas, teóricas e ensaios com o regente Fabio Mechetti. O concerto final é aberto ao público. Local: Teatro Sesc Palladium Horário: 20h30 Data: 26 de outubro
C l á s s i c o s n o Pa r q u e
C o n ce r t o s d e C â m a r a
Realizados em parques e praças da Região Metropolitana de Belo Horizonte, proporcionam momentos de descontração e entretenimento, buscando democratizar o acesso da população em geral à música clássica.
Realizados para estimular músicos e público na apreciação da música erudita para pequenos grupos. A Filarmônica conta com grupos de Metais, Cordas, Sopros e Percussão. Local: Auditório do Memorial Minas Gerais Vale Horários: 19h e 20h30 Datas: 06 de junho / 18 de julho 08 de agosto / 12 de setembro
C o n ce r t o s D i dát i c o s
Concertos destinados exclusivamente a grupos de crianças e jovens da rede escolar, pública e particular, bem como a instituições sociais mediante processo de inscrição junto ao Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado. Com um formato que busca apoiar o público em seus primeiros passos na música clássica, os concertos são realizados no grande teatro do Sesc Palladium. Datas: 28 e 29 de outubro F e s t i va l T i n ta F r e s c a
Criado para fomentar a criação musical entre compositores brasileiros e gerar oportunidade para que suas obras sejam programadas e executadas em concerto, este Festival é sempre uma aventura musical inédita. Como prêmio, o vencedor recebe a encomenda de outra obra sinfônica a ser estreada pela Filarmônica no ano seguinte, realimentando o ciclo da produção musical nos dias de hoje. Local: Teatro Sesc Palladium Horário: 20h30 Data: 13 de junho
T u r n ê s e s ta d ua i s
As turnês estaduais levam a música de concerto a diferentes cidades e regiões de Minas Gerais, possibilitando que o público do interior do Estado tenha o contato direto com música sinfônica de excelência. Dez municípios serão contemplados em 2013. Turnês nacionais e internacionais
Com essas turnês, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais busca colocar o Estado de Minas dentro do circuito nacional e internacional da música clássica. Em 2013, a Orquestra volta a se apresentar no Festival de Campos do Jordão (06 de julho), na Sala São Paulo (17 a 19 de outubro) e realiza sua segunda turnê internacional, com concertos pela América Andina, em junho, nas seguintes cidades e datas: Lima, dia 23, Guayaquil, dia 25, Quito, dia 26, e Bogotá, dia 28.
Orquestra Filarmônica de minas gerais DIRETOR ARTÍSTICO e REGENTE TITULAR
FABIO MECHETTI REGENTE AssOCIADO
Marcos Arakaki Primeiros Violinos
Anthony Flint spalla Rommel Fernandes concertino Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Eliseu Martins de Barros Hyu-Kyung Jung Marcio Cecconello Mateus Freire Rodolfo Marques Toffolo Rodrigo Bustamante Rodrigo de Oliveira Elias Barros **** Leonardo Lacerda **** Segundos Violinos
Frank Haemmer * Leonidas Cáceres ** Gláucia de Andrade Borges José Augusto de Almeida Jovana Trifunovic Leonardo Ottoni Luka Milanovic Marija Mihajlovic Martha de Moura Pacífico Radmila Bocev Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch Violas
João Carlos Ferreira * Roberto Papi ** Cleusa de Sana Nébias Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Marcelo Nébias Nathan Medina Katarzyna Druzd William Martins
fevereiro 2013
Violoncelos
Trompetes
Robson Fonseca *** Matthew RyanKelzenberg *** Elise Pittenger ** Ana Isabel Zorro Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Lina Radovanovic Pablo de Sá ****
Marlon Humphreys * Erico Oliveira Fonseca ** Daniel Leal Wellington Moura ****
Contrabaixos
Colin Chatfield * Nilson Bellotto ** Brian Fountain Hector Manuel Espinosa Marcelo Cunha Valdir Claudino Pablo Guiñez **** Flautas
Cássia Lima* Renata Xavier ** Alexandre Braga Elena Suchkova Oboés
Alexandre Barros * Ravi Shankar ** Israel Silas Muniz Moisés Pena Clarinetes
Marcus Julius Lander * Ney Campos Franco Alexandre Silva Fagotes
Catherine Carignan * Andrew Huntriss Jamil Bark **** Saxofones
Renato Goulart soprano Robson Saquett tenor Trompas
Trombones
Mark John Mulley * Wagner Mayer ** Renato Lisboa Tuba
Eleilton Cruz * Tímpanos
Patricio Hernández Pradenas* Percussão
Rafael Alberto * Daniel Lemos ** Werner Silveira Sérgio Aluotto Harpa
Giselle Boeters * Teclados
Ayumi Shigeta * Gerente
Jussan Fernandes Inspetora
Karolina Lima Assistente Administrativo
Débora Vieira Arquivista
Sergio Almeida Assistentes
Ana Lúcia Kobayashi Jônatas Reis Klênio Carvalho Supervisor de Montagem
Rodrigo Castro MONTADORES
Carlos Natanael Evgueni Gerassimov * Gustavo Garcia Trindade ** Jussan Meireles José Francisco dos Santos Lucas Filho Fabio Ogata
Instituto Cultural Filarmônica Diretoria Executiva Diretor Presidente
Diomar Silveira
Diretor Administrativo-financeiro
Tiago Cacique Moraes Diretora de Comunicação
Jacqueline Guimarães Ferreira Diretor de Marketing e relacionamento
Gustavo Gomide
Diretor de Produção Musical
Marcos Souza
Equipe Técnica Gerente de Comunicação
Merrina Godinho Delgado Gerente de Produção Musical
Claudia Guimarães
Assessora de Programação Musical
Carolina Debrot Produtores
Luis Otávio Amorim Narren Felipe Analistas de Comunicação
Andréa Mendes Marciana Toledo Mariana Garcia
Analista de Marketing de Relacionamento
Mônica Moreira
Analista de Marketing e Projetos
Mariana Theodorica Auxiliar de Produção
Lucas Paiva
Auxiliares de Marketing e Projetos
Marina Brandão Viviane Morais
Equipe Administrativa Analista Administrativo
Eliana Salazar
Analista Financeiro
Thais Boaventura Analista de Recursos Humanos
Quézia Macedo Silva Analista Contábil
Graziela Coelho Secretária Executiva
Flaviana Mendes
Auxiliares Administrativos
Cristiane Reis João Paulo de Oliveira Vivian Figueiredo Recepcionista
Lizonete Prates Siqueira Auxiliar de Serviços Gerais
Ailda Conceição Mensageiro
Jeferson Silva Menor Aprendiz
Pedro Almeida Consultora de programa
Berenice Menegale
* chefe de naipe ** assistente de chefe de naipe *** chefe/assistente substituto **** músico convidado
Próximos
Para apreciar o Concerto
concertos
Aparelhos Celulares
Confira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.
Tosse
Perturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha.
março
ABRIL
Dia 07 Série Allegro
Dia 09 Série Vivace
Dia 21 Clássicos no Parque
quinta-feira, 20h30 Palácio das Artes Fabio Mechetti, regente Antonio Meneses, violoncelo
terça-feira, 20h30 Palácio das Artes Marcos Arakaki, regente Chloë Hanslip, violino
domingo, 11h Praça da Liberdade Marcos Arakaki, regente
NOBRE / DUTILLEUX RIMSKY-KORSAKOV
DEBUSSY-RAVEL / MOZART GUERRA-PEIXE / HINDEMITH
GOMES / GUERRA-PEIXE / SANTORO / VILLA-LOBOS / GUARNIERI / FERNANDES
Dia 19 Série Vivace
Dia 14 Concertos para a Juventude
Dia 21 Série Vivace
terça-feira, 20h30 Palácio das Artes Rossen Milanov, regente Anthony Flint, violino Eduardo Hazan, piano
ZARE / MENDELSSOHN BRAHMS-SCHOENBERG
Dia 28 Série Allegro quinta-feira, 20h30 Palácio das Artes Fabio Mechetti, regente Vladimir Feltsman, piano
STRAVINSKY / R. STRAUSS TCHAIKOVSKY
domingo, 11h Sesc Palladium Marcos Arakaki, regente Aliéksey Vianna, violão
GOMES / RODRIGO STRAVINSKY
Dia 18 Série Allegro quinta-feira, 20h30 Palácio das Artes Fabio Mechetti, regente Philippe Quint, violino
POULENC / CORIGLIANO SARASATE / RAVEL
terça-feira, 20h30 Palácio das Artes Fabio Mechetti, regente Anna Vinnitskaya, piano
GUARNIERI / BARTÓK VILLA-LOBOS
Aplausos
Aplauda apenas no final das obras, que, muitas vezes, se compõem de dois ou mais movimentos. Veja no programa o número de movimentos e fique de olho na atitude e gestos do regente.
Pontualidade
Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.
Crianças
Caso esteja acompanhado por crianças, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.
Fotos e gravações em áudio e vídeo
Não são permitidas na sala de concertos.
Comidas e bebidas
Seu consumo não é permitido no interior da sala de concerto.
CUIDE DO SEU PROGRAMA DE CONCERTOS Solicitamos a todos que evitem o desperdício, pegando apenas um programa por mês. Se você vier a mais de um concerto no mês, traga o seu programa ou, se o esqueceu em casa, use o programa entregue pelas recepcionistas e devolva-o, depositando-o em uma das caixas colocadas à saída do Grande Teatro. O programa mensal impresso é elaborado com a participação de diversos especialistas e objetiva oferecer uma oportunidade a mais para se conhecer música, compositores e intérpretes. Ele também está disponível em nosso site: www.filarmonica.art.br. Desfrute da leitura e estudo.
Pat r o c í n i o
d i v u lga ç ã o
ap o i o i n stit u ci o n al
w w w. i n c o n f i d e n c i a . c o m . b r
r e aliza ç ã o
www.filarmonica.art.br
R. Paraíba, 330 | 120 andar | Funcionários Belo Horizonte | MG | CEP 30130-917 Tel. 31 3219 9000 | Fax 31 3219 9030 | contato@filarmonica.art.br