unidos pela música F I L A R M Ô N I C A E VO C Ê
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Ministério da Cultura e Governo de Minas apresentam
SUM ÁRIO PÁG.
SÉRIE VIVACE 4 DE JUNHO
FABIO MECHETTI, regente RAY CHEN, violino
foto de capa alexandre rezende ilustrações mariana simões
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Mozart Sinfonia nº 35, “Haffner” Prokofieff Concerto para violino nº 2 Lutoslawski Concerto para orquestra
Caros amigos e amigas, Nosso único programa no Grande Teatro no mês de junho traz a Belo Horizonte um dos novos talentos da música clássica internacional, o violinista Ray Chen, interpretando o belo Concerto nº 2 de Prokofieff. No mesmo programa, a Filarmônica explora uma das sinfonias mais importantes do gênio austríaco Wolfgang Amadeus Mozart e o desafiador Concerto para orquestra de Lutoslawski. Durante as primeiras décadas no século XX, orquestras sinfônicas em várias partes do mundo tornaramse também instrumentos de virtuosidade. Com isso, vários compositores decidiram escrever "Concertos" para a orquestra, mostrando a grande capacidade técnica de todas as seções que a compõem. Hoje, como uma das orquestras mais importantes do Brasil, a Filarmônica de Minas Gerais tem orgulho de se apresentar como esse instrumento de versatilidade, capacidade e profissionalismo, através da rara execução de uma das obras sinfônicas mais importantes do século XX. Convidamos todos a prestigiarem a quinta edição do Festival Tinta Fresca, cujo concerto de encerramento será realizado no dia 13 de junho, no Teatro Bradesco. Esse importante projeto apresentará quatro obras de jovens compositores brasileiros disputando a oportunidade de ter uma obra encomendada pela Filarmônica para estreia na próxima temporada. É fundamental, dentro de nosso papel cultural no Estado e no Brasil, que incentivemos a criação musical de nossos jovens compositores. Afinal, Mozart, Beethoven, Tchaikovsky, Brahms foram compositores contemporâneos num certo momento da história!
FOTO ANDRÉ FOSSATI
Obrigado pela presença e tenham todos um bom concerto.
FA B I O M E C H E T T I Diretor Artístico e Regente Titular Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
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Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008. Por esse trabalho, recebeu o XII Prêmio Carlos Gomes/2009 na categoria Melhor Regente brasileiro. É também Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Jacksonville (EUA) desde 1999. Foi Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Syracuse e da Orquestra Sinfônica de Spokane, da qual é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norteamericanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York. Realizou diversos concertos no México, Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as Orquestras Sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Regeu também a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia, a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá. Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua estreia na Finlândia dirigindo a Filarmônica de Tampere. Em 2013, estreou na Itália conduzindo a Orquestra Sinfônica de Roma. No Brasil foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro.
DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmen, Don Giovanni, Cosi fan Tutte, Bohème, Butterfly, Barbeiro de Sevilha, La Traviata e As Alegres Comadres de Windsor. FOTO ANDRÉ FOSSATI
fabio MECHETTI
Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.
Fabio Mechetti recebeu títulos de Mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York.
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T E R Ç A F E I R A
GR A NDE TE ATRO DO PAL ÁCIO DA S AR TE S, 20H30
SÉRIE VIVACE FABIO MECHETTI, regente RAY CHEN, violino
PROGRAMA Wolfgang Amadeus MOZART
Sinfonia nº 35 em Ré maior, K. 385, “Haffner” [18 min] Allegro con spirito Andante Menuetto Finale
Sergei PROKOFIEFF
Concerto para violino nº 2 em sol menor, op. 63 [26 min] Allegro moderato Andante assai Allegro, ben marcato
RAY CHEN
solista
FOTO RAFAEL MOTTA
intervalo
Witold LUTOSLAWSKI
Concerto para orquestra [28 min] Intrada Capriccio notturno e arioso Passacaglia, toccata e corale
ray CHEN
S É R IE V I VA C E , 04 DE JU NHO
FOTO BENJAMIN EALOVEGA
Vencedor da Competição Rainha Elizabeth, em 2009, e da Competição Yehudi Menuhin, em 2008, Ray Chen está entre os mais perspicazes jovens violinistas da atualidade. Seu primeiro disco, Virtuoso, lançado mundialmente em 2011 pela Sony Classical, venceu o prestigioso prêmio Echo Klassik. Seguindo o seu sucesso, Ray Chen foi apontado pelas publicações Strad e Gramophone como “aquele a ser observado”. O seu segundo disco, com os concertos para violino de Tchaikovsky e de Mendelssohn, foi o resultado de uma parceria artística entre Ray, Daniel Harding e a Swedish Radio Orchestra. “É difícil dizer algo de novo sobre esses trabalhos já tão celebrados. Entretanto, Ray Chen os executa com o tipo de autoridade que o coloca na mesma categoria que Maxim Vengerov” (Corriere della Sera). Nas palavras do próprio maestro Maxim Vengerov: “Ray provou-se um músico puro com grandes qualidades, tais como um lindo tom jovial, vitalidade e leveza. Ele tem todas as habilidades de um verdadeiro intérprete musical.”
O seu tom é seda, sua técnica não tem falhas, sua musicalidade é persuasiva, controlada e poética... Vai se ouvir falar muito de Ray Chen ainda. THE GUARDIAN, REINO UNIDO
Ray Chen continua ganhando a admiração de fãs e colegas músicos ao redor do mundo. As apresentações do ano passado, no Verbier Festival e com a La Scala Philharmonic, resultaram em convites imediatos para outras apresentações. Ele foi aplaudido efusivamente pelo público dos festivais de Ravinia e Schleswig-Holstein, onde se apresentou com a Filarmônica de Munique. Ray Chen está agora ansioso para, mais adiante nesse ano, se apresentar no Concerto do Prêmio Nobel, em Estocolmo, com o maestro Christoph Eschenbach e a Royal Stockholm Philharmonic Orchestra. Outros pontos que merecem destaque em sua próxima temporada são sua estreia no Carnegie Hall e no Musikverein, turnês com a Filarmônica de Israel e com a Gewandhaus Orchestra, e recitais em Paris, Bruxelas, Roterdã, Londres e Tóquio. “A musicalidade de Ray Chen é tão excitante quanto aquela de Gustavo Dudamel. Ele parece ter tudo: tom instantaneamente reconhecível, personalidade carismática e uma autoridade musical pouco comum para a sua idade. Ray está no começo de uma grande carreira e é um privilégio construí-la com ele,” disse Bogdan Roscic, Presidente da Sony Classical. Nascido em Taiwan, Ray cresceu na Austrália. Ele foi aceito no Instituto Curtis de Música aos quinze anos de idade e lá estudou com Aaron Rosand. Ray toca um violino Stradivarius chamado Lord Newlands, de 1702, que foi emprestado a ele pela Nippon Music Foundation.
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S É R IE V I VA C E , 04 DE JU NHO
wolfgang amadeus MOZART ÁUSTRIA, 1756 – 1791
Sinfonia nº 35 em Ré maior, K. 385, “Haffner” (1782) Instrumentação: 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, cordas.
PARA OUVIR
CD Mozart – The complete symphonies – The English Concert – Trevor Pinnock, regente – Archiv Produktion – 2002 PARA LER
H. C. Robbins Landon (org.) – Mozart: um compêndio – Zahar – 1996 Norbert Elias – Mozart: sociologia de um gênio – Zahar – 1995
As circunstâncias da composição da Sinfonia nº 35 de Mozart são as mais curiosas. Em 1776, o compositor recebera, de seu amigo Sigmund Haffner filho, a encomenda de uma obra para celebrar o casamento de sua irmã. O pai de Sigmund, além de respeitado negociante, havia sido prefeito de Salzburgo. Mozart compôs, para esse casamento, uma serenata em oito movimentos (K. 250) que, por ter entrado para a história com o título de Serenata Haffner, acabou muitas vezes sendo confundida com a Sinfonia Haffner. Em julho de 1782, Sigmund Haffner filho era elevado à posição de Cavaleiro do Reino pelo imperador José II. Leopold Mozart escreveu ao filho transmitindo o pedido, de Sigmund, de uma nova serenata para essa ocasião. Wolfgang vivia em Viena, na época, e estava sobrecarregado de trabalho. Além dos preparativos para seu próprio casamento, a ópera O rapto do serralho havia estreado com sucesso e ele precisava orquestrá-la para banda, antes que alguém o fizesse e recebesse o pagamento pela empreitada. Ainda assim, para não desapontar o pai, ele resolveu aceitar a encomenda, prometendo enviar a nova obra, parte por parte, assim que fosse sendo composta, mesmo que precisasse escrevêla durante a noite. O último movimento foi enviado pelo correio, no início de agosto. Não sabemos se a partitura chegou a tempo para as festividades, nem se a música foi alguma vez executada em sua forma original.
“Minha nova sinfonia Haffner me surpreendeu positivamente, pois eu tinha me esquecido completamente de todas as notas. Ela vai, com certeza, produzir um bom efeito”. Mozart, em carta ao pai. Em 21 de dezembro, Mozart pediu ao pai que lhe enviasse o manuscrito da “nova sinfonia que compus para o Haffner, a pedido seu.” Sua intenção era apresentá-la em uma série de concertos planejados para o Burgtheater, em Viena. O manuscrito chegou em fevereiro de 1783. Embora fosse originalmente pensada como música de divertimento, e composta com muita pressa, a música era de qualidade ímpar: “Minha nova sinfonia Haffner me surpreendeu positivamente, pois eu tinha me esquecido completamente de todas as notas. Ela vai, com certeza, produzir um bom efeito” (carta ao pai, 15/02/1783). Não sabemos, ao certo, quanto Mozart alterou na partitura. Em todo caso, dos sete movimentos originais, retirou o primeiro e o sétimo (uma marcha que abria e fechava a obra, atualmente catalogada como K. 408/2), e ainda um segundo minueto, hoje perdido. A Sinfonia Haffner, em sua versão definitiva, possui quatro movimentos. O primeiro (Allegro con spirito) é imponente, sem deixar de ser animado, como convinha à música originalmente composta para uma celebração tão solene. De acordo com Mozart, era para ser tocado “com grande paixão” (carta ao pai, 07/08/1782). A elegância do segundo (Andante) e do terceiro (Menuetto) movimentos nos remete, invariavelmente, à música de divertimento típica da Salzburg na época – o Andante é gracioso, e o Menuetto, brilhante. O Finale (Presto) é um movimento vivaz e cheio de energia. Para Mozart, deveria ser tocado “o mais rápido possível” (carta ao pai, 07/08/1782). A estreia se deu sob sua regência, em concerto beneficente promovido pelo próprio Mozart, no Burgtheater, em 23 de março de 1783. O concerto foi um sucesso. O teatro estava lotado, e o que mais lhe agradou foi que o imperador José II esteve presente: “oh, meu Deus, como ele ficou encantado e como me aplaudiu!” (carta ao pai, 29/03/1783).
GUILHERME NASCIMENTO Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor
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SÉRIE VIVACE, 04 DE JUNHO
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PROKOFIEFF
UCRÂNIA, 1891 – RÚSSIA, 1953
Concerto para violino nº 2 em sol menor, op. 63 (1935) Instrumentação: 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, percussão, cordas.
PARA OUVIR
CD Heifetz – Concertos: Sibelius; Prokofiev nº 2; Glazunov – Boston Symphony Orchestra – Charles Munch, regente – Jascha Heifetz, violino – RCA – 1990 PARA LER
David Gutman – Prokofiev (The illustrated lives of the great composers) – Omnibus Press – 1992 Michael Steinberg – The concerto: a listener’s guide – Oxford University Press – 2000
Prokofieff, que vivia fora da Rússia desde 1918, desejava ardentemente rever seu país natal. Nos Estados Unidos, onde tentou ser bem-sucedido, sua música fora mal acolhida. Seu estilo composicional era excessivamente duro para as plateias americanas, e os críticos consideravam-no um pianista "de aço". Os americanos preferiam Rachmaninoff. Na Europa ocidental, para onde se mudara em busca de sucesso, sua obra era pouco executada, e os trabalhos que lhe ofereciam como pianista eram escassos. Quando o assunto era música russa, os europeus eram fiéis ao estilo de Stravinsky. Sem muitas opções de trabalho e com saudades de casa, Prokofieff retornou à Rússia em 1936, no momento em que a música de Shostakovich caía em desgraça. Em sua pátria, por doze anos ele foi celebrado e recebeu inúmeras honrarias, até o momento em que o Politburo aumentou a patrulha ideológica e o atacou como "formalista". A partir daí sua música nunca mais seria a mesma. Pouco antes de seu regresso definitivo à Rússia, em 1935, na mesma época em que trabalhava no balé Romeu e Julieta, Prokofieff compõe o Concerto para violino nº 2. Trata-se de sua última obra composta no Ocidente. Foi criado por encomenda do violinista francês Robert Soëtens, que deteve os direitos exclusivos de sua execução por um ano. A estreia se deu em Madrid, em dezembro de 1935, com Soëtens ao violino e regência de Enrique Fernández Arbós.
Diz-se que sua intenção primeira era compor uma sonata para violino e piano. Ao que parece, ao transformá-la em um concerto, Prokofieff decidiu preservar muito das atmosferas originais. O Concerto inicia-se com o violino executando o primeiro tema, prontamente retomado pela orquestra (Allegro moderato). Um intermezzo agitado nos leva ao segundo tema (Meno mosso), uma doce melodia apresentada pelo solista e ecoada em toda a orquestra. A frequente alternância de momentos rápidos e lentos, ao longo de todo o movimento, nos conduz à reapresentação dos temas principais, executados ao mesmo tempo pelo solista e orquestra. O movimento termina com uma atmosfera inesperadamente misteriosa. O segundo movimento (Andante assai) inicia-se com uma breve introdução da orquestra, seguida pelo solista, o qual executa um dos mais belos e apaixonados temas de Prokofieff. Um segundo tema, de caráter mais imponente, faz um leve contraste com o primeiro. O movimento termina com a mesma tranquilidade do início. O terceiro movimento (Allegro, ben marcato) é uma dança moderada, que cativa o ouvinte desde os primeiros acordes. A percussão torna-se mais presente nesse movimento, especialmente no brilho penetrante das castanholas. Embora mais brilhante que os movimentos anteriores, o terceiro guarda um quê de intimista – já presente nos demais movimentos –, principalmente no trato da orquestra, como se Prokofieff hesitasse entre a música de concerto e a música de câmara. Diz-se que sua intenção primeira era compor uma sonata para violino e piano. Ao que parece, ao transformá-la em um concerto, Prokofieff decidiu preservar muito das atmosferas originais.
GUIL HER ME NASCIMENTO Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor
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SÉRIE VIVACE, 04 DE JUNHO
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LUTOSLAWSKI
POLÔNIA, 1913 – 1994
Concerto para orquestra (1950/1954) Instrumentação: 2 piccolos, flauta, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 4 trompetes, 4 trombones, tuba, tímpanos, percussão, 2 harpas, celesta, piano, cordas.
PARA OUVIR
CD Lutoslawski – Orchestral Works – Vol. 5 – Polish National Radio Symphony Orchestra – Antoni Wit, regente – Naxos – 1998 PARA LER
Juan Carlos Paz – Introdução à música de nosso tempo – Diva Ribeiro de Toledo Piza, tradução – Editora Duas Cidades – 1977
Lutoslawski estudou Piano e Composição com Maliszewski (discípulo de RimskyKorsakov) e, paralelamente, frequentou disciplinas de Matemática da Universidade de Varsóvia. Concluídos seus cursos e o serviço militar obrigatório (1938), pretendia fixarse em Paris para estudar com a renomada pedagoga Nadia Boulanger (1887-1979). Mas circunstâncias históricas do início da guerra contrariaram seus projetos. Aprisionado pelos alemães, Lutoslawski conseguiu fugir e passou quatro anos trabalhando como pianista em bares e cafés na capital polonesa. Por essa época, formou com o amigo e também compositor Andrezj Panufnik um duo de piano. A transcrição de peças para essa formação possibilitou-lhes o estudo eficiente de seus compositores prediletos. Lutoslawski admirava de maneira especial o polonês Karol Szymanowski (1882-1937) – “o contemporâneo que me abriu as portas do mundo misterioso da música do século XX”. A seguir dedicou-se aos impressionistas franceses e ao estudo das obras de Bartók, Stravinsky, Roussel e Prokofieff (1891-1953). Sob a influência desses compositores, escreveu as Variações sobre um tema de Paganini para dois pianos, que se orientam para a politonalidade; a Primeira Sinfonia, com colorido folclórico desenvolvido à maneira de Bartók; e a Abertura para cordas, destinada a uma formação reduzida, como o Concerto em ré de Stravinsky, de confecção neoclássica. O neoclassicismo e
A cada nova obra, Lutoslawski ampliaria suas possibilidades de expressão, adotando diferentes princípios composicionais. Suas obras, por mais diferenciadas que sejam, apresentam impressionante concordância estética entre si. o folclorismo presentes nessas primeiras grandes obras foram atributos circunstanciais para Lutoslawski, pois a guerra, a ocupação da Polônia e a rigidez do regime político – à época da reconstrução do país – limitaram seus horizontes. Entretanto, avesso a todos os tabus, o compositor pregou sempre o direito a uma abertura musical mais ampla. Quando dias mais propícios surgiram, Lutoslawski estava atento às tendências contemporâneas. Sua evolução foi lenta – mas radical, constante e coerente. A cada nova obra, Lutoslawski ampliaria suas possibilidades de expressão, adotando diferentes princípios composicionais, desde o serialismo até a música aleatória presente nos Jogos venezianos (1961) e no Livro para orquestra (1968). Suas obras, por mais diferenciadas que sejam em suas fisionomias particulares, apresentam impressionante concordância estética entre si. Cada peça realiza uma etapa fundamental na formação do compositor e, em certa medida, prenuncia a próxima, pois Lutoslawski sempre se mostrou consequente em suas pesquisas e jamais adotou novos procedimentos musicais de maneira precipitada ou por simples modismo. Multifacetada e coesa, sua obra tornou-se o traço de união entre a tradição da Polônia e a prestigiada escola da geração mais recente de seu país. Nessa trajetória, o Concerto para orquestra (1954) é o ápice de uma primeira fase marcada pelo neoclassicismo e pelo desenvolvimento sistemático do folclore. Compõe-se de três movimentos: Na Intrada (Allegro maestoso), as cordas expõem o primeiro tema sobre o insistente martelar dos tímpanos. Passando dos violoncelos aos primeiros violinos, esse tema chega ao conjunto das madeiras. Um súbito pianíssimo antecede a segunda ideia temática, composta de dois elementos distintos – os leves staccati nas madeiras e o contracanto das trompas. Combinações instrumentais cada vez mais densas levam a tensão sonora até o paroxismo. No seu retorno, o primeiro tema se faz ouvir com a flauta, o clarinete e o violino solo. Todo o movimento tem caráter essencialmente melódico e o material temático popular é originário da região da Mazóvia.
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O Capriccio notturno e arioso (Vivace) possui a forma de um scherzo com trio. O clima noturno se instala com o tema enunciado em surdina pelos violinos. Essa atmosfera murmurante adquire uma mobilidade extrema pela mudança permanente dos grupos instrumentais. Os trompetes em fortissimo introduzem o arioso central que contrasta com o capriccio. Seu tema apresenta-se nas trompas e todo esse trio aparenta simplicidade, com a nítida diferenciação dos planos sonoros. Para terminar o movimento, o capriccio retorna em forma reduzida.
PA U L O S É R G I O M A L H E I R O S D O S S A N T O S Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor
FOTO EUGÊNIO SÁVIO
O trecho mais longo e desenvolvido da obra é o final – Passacaglia, toccata e corale (Andante con moto – Allegro giusto). O tema da passacaglia é dedilhado lentamente na harpa e nos pizzicatti do contrabaixo, até atingir maior vivacidade nos arpejos do piano. Serve de pretexto para doze variações cuja paleta orquestral atinge admirável variedade. A toccata é sustentada por um ostinato rítmico e vigoroso. Um diminuendo leva ao tema arcaizante do coral, exposto sucessivamente nas madeiras, nos metais e nas cordas divididas. Após um desenvolvimento, reaparece o tema da toccata preparando o impressionante clímax da obra – a reentrada triunfal do coral. E, no finale, uma pequena coda (Presto) conclui o concerto com retumbantes fanfarras.
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Foto: Eugênio Sávio
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Julho na Filarmônica
O Coral Lírico do Teatro Municipal de São Paulo e o Coral Lírico de Minas Gerais se unem à Orquestra Filarmônica de Minas Gerais em duas grandes apresentações. Serão mais de 200 músicos no palco apresentando a
Messa da Requiem de Giuseppe Verdi Garanta já seus ingressos para o concerto em homenagem aos 200 anos do nascimento de Verdi. – 25 de julho, 20h30, Palácio das Artes (Série Allegro) – 26 de julho, 20h30, Palácio das Artes (Reapresentação)
CRÉDITO GIOVANNI BOLDINI
PROGRAMA Fabio Mechetti, regente Mariana Ortiz, soprano Elise Quagliata, mezzo-soprano Fernando Portari, tenor Denis Sedov, baixo Coral Lírico do Theatro Municipal de São Paulo Coral Lírico de Minas Gerais VERDI Messa da Requiem
Aproveite essa oportunidade! Quer falar com a Assessoria de Relacionamento da Filarmônica? – assinatura@filarmonica.art.br – (31) 3219-9009 (de segunda a sexta, de 9 a 18h)
O Instituto Unimed-BH apoia a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Com a captação de recursos de pessoas físicas, o Instituto Unimed-BH promove espetáculos, gratuitos ou a preços acessíveis, de música instrumental e erudita, dança e teatro. Por meio de projetos como o Circuito Unimed-BH, que apoia o Clássicos no Parque, leva a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais para a Praça Floriano Peixoto, no dia 9 de junho, a partir das 11 horas. Prestigie, convide a família, os amigos e aproveite.
CULTURA anos
lina
RADOVANOVIC VIOLONCELO
FOTO RAFAEL MOTTA
Knin, Croácia Posso resumir a música e seu significado em minha vida com apenas duas palavras: arte e paixão. Por incentivo de minha mãe, que sempre teve aptidão para artes, aos oito anos fui em busca de aulas de violão clássico em Knin, onde estudei por três anos. Aos onze anos me mudei para a Sérvia, e a única escola de música da cidade oferecia apenas aulas de piano e violoncelo. Foi aí que optei por estudar violoncelo, me apaixonei e segui a carreira de musicista.
matthew
robson
VIOLONCELO
São João del-Rei, Brasil
RYANKELZENBERG South Bend, Estados Unidos A música, em qualquer forma, canta a história humana; ela nos ensina como viver, nos dá esperança e nos lembra como amar. Paixão, talento e disciplina. Por isso eu tenho o prazer de trabalhar com a música.
FONSECA VIOLONCELO
Música pra mim é mais que meros acordes musicais, mais que palavras que rimam no final. Foi a música que me abriu os olhos para muito do que hoje sou, do que sei, do que vivo. A música toca o emocional e desperta o racional. É inspiração, e sem ela seria difícil sobreviver. A profissão de músico é uma das poucas que nos permite trabalhar com aquilo de que gostamos e com que nos divertimos. Escolhi música porque é divertido, prazeroso e gratificante.
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FOTO RAFAEL MOTTA
RIBEIRO
elise
PITTENGER
eduardo
SWERTS
camila
PACÍFICO
VIOLONCELO
VIOLONCELO
Belém, Brasil
Baltimore, Estados Unidos
Belo Horizonte, Brasil
Belo Horizonte, Brasil
A música é um presente de Deus para a humanidade. Como musicista, me sinto privilegiada de poder passar às pessoas todos os sentimentos que posso expressar através da música. Escolhi essa profissão por amor e, quando sinto que toquei o coração de uma pessoa com a música, me sinto plenamente realizada.
Desde criança vivi cercada de música: brincando de boneca debaixo do piano da minha mãe, cochilando na igreja enquanto meus irmãos ensaiavam com o coro e, a partir dos seis anos, estudando meu instrumento. A música sempre foi uma maneira natural de me relacionar com o mundo e as pessoas à minha volta. E tocar é, para mim, uma experiência total: une aspectos físicos, intelectuais e emocionais e me permite explorar as mais diversas emoções e sensações.
A música pode nos fazer sorrir ou chorar. Pode nos aproximar das pessoas ou exprimir a nossa solidão. Pode ser o canal da nossa espiritualidade. Às vésperas de completar dezoito anos e depois de tanto tempo estudando música, fui cursar Publicidade e Propaganda, já que o futuro como artista no Brasil era tão difícil e incerto. Felizmente, não consegui ”enganar” minha vocação: voltei atrás e me entreguei de coração à música.
A música, a meu ver, sempre foi uma forma de transmitir sentimentos que não consigo expressar com palavras. Subir no palco e ver/sentir a energia de uma plateia comovida e emocionada após um concerto é uma sensação que não tem preço, e é o que me leva a estar sempre em busca de aprender e progredir cada vez mais, dando o melhor de mim em cada apresentação que faço.
VIOLONCELO
VIOLONCELO
daniel
FOTO RAFAEL MOTTA
LEMOS
werner
SILVEIRA
rafael
ALBERTO
sérgio
ALUOTTO
PERCUSSÃO
PERCUSSÃO
PERCUSSÃO
PERCUSSÃO
São Paulo, Brasil
Ipatinga, Brasil
Santos, Brasil
Belo Horizonte, Brasil
A música, a meu ver, é uma arte sublime, um precioso patrimônio imaterial que deveria ser mais valorizado. É essencial para a sobrevivência humana na medida em que proporciona ao ouvinte, além do deleite auditivo e estético, uma experiência única de introspecção e autoconhecimento capaz de conduzir à paz interior e à felicidade. Minha escolha pela profissão foi consequência natural da paixão por música, do ambiente familiar e do apoio integral dos meus pais.
A música é, para mim, o canal ou veículo através do qual eu me silencio, me sobrescuto. Neste silêncio eu navego profundo, por necessidade e por precisão, e assim passo a me compreender melhor: na existência e no vazio, no som e no silêncio, na organização e no caos, na sobriedade e na loucura. E pra citar Guimarães Rosa: “Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo”.
Música é um complexo matemático. Mas, sendo um produto das pessoas, com todas as suas idiossincrasias, particularidades e encantos, extrapola a exatidão dos números e transformase em um potencial de comunicação ilimitado. A interpretação é muito pessoal e depende sempre do que está dentro de cada um – anseios, experiências, memórias. É justamente isso que me move diariamente: uma universalidade inerente combinada ao poder de significar tanto de um jeito único.
Música pra mim é encantamento. É mágica sem magia. Comunicação sem palavras. São sons repletos de sentidos. Múltiplos significados. Realidade imaginária. Imaginação de fato. Comunhão. Música é uma possível conexão com o inexplicável. Individualidade e pluralidade juntas. Intuição e razão. Algo para se gostar. Desafios e conquistas. Difícil e fácil, juntos. Reflexão. Algo que quero sem querer, que quis sem saber por quê. Inevitável parte da minha vida. Música.
FICHA TÉCNICA
ACOMPANHE A FILARMÔNICA EM
OUTROS CONCERTOS C O N C E R T O S PA R A A J U V E N T U D E
Realizados em manhãs de domingo, são concertos dedicados aos jovens e às famílias, buscando ampliar e formar público para a música clássica. As apresentações têm ingressos a preços populares e contam com a participação de jovens solistas. Local: Teatro Sesc Palladium Horário: 11 h Datas: 14 de abril / 26 de maio 11 de agosto / 15 de setembro 27 de outubro / 17 de novembro C L Á S S I C O S N O PA R Q U E
Realizados em parques e praças da Região Metropolitana de Belo Horizonte, proporcionam momentos de descontração e entretenimento, buscando democratizar o acesso da população em geral à música clássica. 21 de abril, domingo, 11h, Praça da Liberdade 19 de maio, domingo, 11h, Praça Duque de Caxias 9 de junho, domingo, 11h, Praça Floriano Peixoto 18 de agosto, domingo, 11h, Inhotim, Brumadinho 7 de setembro, sábado, 19h, Praça do Papa C O N C E R T O S D I DÁT I C O S
Concertos destinados exclusivamente a grupos de crianças e jovens da rede escolar, pública e particular, bem como a instituições sociais mediante processo de inscrição junto ao Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado. Com um formato que busca apoiar o público em seus primeiros passos na música clássica, os concertos são realizados no grande teatro do Sesc Palladium. Datas: 28 e 29 de outubro F E S T I VA L T I N TA F R E S C A
Criado para fomentar a criação musical entre compositores brasileiros e gerar oportunidade para que suas obras sejam programadas e executadas em concerto, este Festival é sempre uma aventura
musical inédita. Como prêmio, o vencedor recebe a encomenda de outra obra sinfônica a ser estreada pela Filarmônica no ano seguinte, realimentando o ciclo da produção musical nos dias de hoje. Local: Teatro Bradesco Horário: 20h30 Data: 13 de junho L A B O R AT Ó R I O D E R E G Ê N C I A
Atividade inédita no Brasil, este laboratório é uma oportunidade para que jovens regentes brasileiros possam praticar com uma orquestra profissional. A cada ano, 15 maestros, quatro efetivos e onze ouvintes, têm aulas técnicas, teóricas e ensaios com o regente Fabio Mechetti. O concerto final é aberto ao público. Local: Teatro Sesc Palladium Horário: 20h30 Data: 26 de outubro CONCERTOS DE CÂMARA
Realizados para estimular músicos e público na apreciação da música erudita para pequenos grupos. A Filarmônica conta com grupos de Metais, Cordas, Sopros e Percussão. Local: Auditório do Memorial Minas Gerais Vale Horários: 19h e 20h30 Datas: 06 de junho / 18 de julho 08 de agosto / 12 de setembro T U R N Ê S E S TA D UA I S
As turnês estaduais levam a música de concerto a diferentes cidades e regiões de Minas Gerais, possibilitando que o público do interior do Estado tenha o contato direto com música sinfônica de excelência. Dez municípios serão contemplados em 2013. TURNÊS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
Com essas turnês, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais busca colocar o Estado de Minas dentro do circuito nacional e internacional da música clássica. Em 2013, a Orquestra volta a se apresentar no Festival de Campos do Jordão (06 de julho) e na Sala São Paulo (17 a 19 de outubro).
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
JUNHO 2013
DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
FABIO MECHETTI REGENTE ASSOCIADO
MARCOS ARAKAKI PRIMEIROS VIOLINOS
ANTHONY FLINT spalla ROMMEL FERNANDES concertino Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Eliseu Martins de Barros Gláucia de Andrade Borges Hyu-Kyung Jung Jovana Trifunovic Marcio Cecconello Mateus Freire Rodolfo Toffolo Rodrigo Bustamante Rodrigo Monteiro Rodrigo de Oliveira SEGUNDOS VIOLINOS
Frank Haemmer * Leonidas Cáceres ** José Augusto de Almeida Leonardo Ottoni Luka Milanovic Marija Mihajlovic Martha de Moura Pacífico Radmila Bocev Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch Anderson Pequeno **** Luísa Castro **** VIOLAS
João Carlos Ferreira * Roberto Papi ** Cleusa de Sana Nébias Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Marcelo Nébias Nathan Medina Katarzyna Druzd William Martins
VIOLONCELOS
TROMBONES
Elise Pittenger *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Lina Radovanovic Matthew RyanKelzenberg Robson Fonseca Francisca Garcia ****
Mark John Mulley * Wagner Mayer ** Renato Lisboa Marcos Flávio ****
CONTRABAIXOS
Colin Chatfield * Nilson Bellotto ** Brian Fountain Hector Manuel Espinosa Marcelo Cunha Pablo Guiñez William Brichetto FLAUTAS
Cássia Lima * Renata Xavier ** Alexandre Braga Elena Suchkova OBOÉS
Alexandre Barros * Ravi Shankar ** Israel Silas Muniz Moisés Pena CLARINETES
Marcus Julius Lander * Jonatas Bueno ** Ney Campos Franco Alexandre Silva FAGOTES
Catherine Carignan * Andrew Huntriss Cláudio de Freitas TROMPAS
TUBA
Eleilton Cruz * TÍMPANOS
Patricio Hernández Pradenas * PERCUSSÃO
Rafael Alberto * Daniel Lemos ** Werner Silveira Sérgio Aluotto Charles Augusto Braga **** HARPAS
Giselle Boeters * Jennifer Campbell **** TECLADOS
Ayumi Shigeta * Wagner Sander **** GERENTE
Jussan Fernandes INSPETORA
Karolina Lima ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
Débora Vieira ARQUIVISTA
Sergio Almeida ASSISTENTES
Ana Lúcia Kobayashi Claudio Starlino Jônatas Reis
Alma Maria Liebrecht * SUPERVISOR DE Evgueni Gerassimov ** MONTAGEM Gustavo Garcia Trindade Rodrigo Castro José Francisco dos MONTADORES Santos Igor Araujo Lucas Filho Jussan Meireles Fabio Ogata Risbleiz Aguiar TROMPETES
Marlon Humphreys * Erico Oliveira Fonseca ** Daniel Leal Danilo Oliveira ****
INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA CONSELHO ADMINISTRATIVO PRESIDENTE EMÉRITO
Jacques Schwartzman PRESIDENTE
Roberto Mário Soares CONSELHEIROS
Berenice Menegale, Bruno Volpini, Celina Szrvinsk, Fernando de Almeida, Ítalo Gaetani, Marco Antônio Drumond, Marco Antônio Pepino, Marcus Vinícius Salum, Mauricio Freire, Octávio Elísio, Paulo Paiva, Paulo Brant, Sérgio Pena DIRETORIA EXECUTIVA DIRETOR PRESIDENTE
Diomar Silveira
DIRETOR ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO
Tiago Cacique Moraes DIRETORA DE COMUNICAÇÃO
Jacqueline Guimarães Ferreira DIRETOR DE PRODUÇÃO MUSICAL
Marcos Souza
EQUIPE TÉCNICA GERENTE DE COMUNICAÇÃO
Merrina Godinho Delgado GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL
Claudia da Silva Guimarães ASSESSORA DE PROGRAMAÇÃO MUSICAL
Carolina Debrot PRODUTORES
Felipe Renault, Luis Otávio Amorim, Narren Felipe ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO
Andréa Mendes / Imprensa Marciana Toledo / Publicidade Mariana Garcia / Multimídia Renata Romeiro / Design gráfico ANALISTA DE MARKETING DE RELACIONAMENTO
Mônica Moreira
ANALISTA DE MARKETING E PROJETOS
Mariana Theodorica
ASSISTENTE DE COMUNICAÇÃO
Renata Gibson
AUXILIAR DE PRODUÇÃO
Lucas Paiva
EQUIPE ADMINISTRATIVA ANALISTA ADMINISTRATIVO
Eliana Salazar
ANALISTA CONTÁBIL
Graziela Coelho ANALISTA FINANCEIRO
Thais Boaventura ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS
Quézia Macedo Silva SECRETÁRIA EXECUTIVA
Flaviana Mendes
AUXILIARES ADMINISTRATIVOS
Cristiane Reis, João Paulo de Oliveira, Vivian Figueiredo RECEPCIONISTA
Lizonete Prates Siqueira AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS
Ailda Conceição, Claudia Cristina Sanches MENSAGEIRO
Jeferson Silva MENOR APRENDIZ
Pedro Almeida CONSULTORA DE PROGRAMA
Berenice Menegale
* CHEFE DE NAIPE ** ASSISTENTE DE CHEFE DE NAIPE *** CHEFE/ASSISTENTE SUBSTITUTO **** MÚSICO CONVIDADO
PRÓXIMOS
PARA APRECIAR O CONCERTO
CONCERTOS
APARELHOS CELULARES
Confira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.
TOSSE
JUNHO
JULHO
Dia 6 Concertos de Câmara
Dia 4 Série Allegro
Dia 21 Turnê Estadual
quinta-feira, 19h e 20h30 Memorial Minas Gerais Vale QUINTETO DE METAIS
quinta-feira, 20h30 Palácio das Artes FABIO MECHETTI, regente LILYA ZILBERSTEIN, piano
domingo, 17h30 Ouro Preto, Praça Tiradentes MARCOS ARAKAKI, regente
HANDEL | FARNABY GABRIELI | BACH MENDELSSOHN | CHEETHAM PIAZZOLLA | FRACKENPOHL
Dia 9 Clássicos no Parque domingo, 11h Praça Floriano Peixoto MARCOS ARAKAKI, regente MARK JOHN MULLEY, trombone
DVORÁK | SUPPÉ | DAVID GUARNIERI | BIZET
Dia 13 Festival Tinta Fresca quinta-feira, 20h30 Teatro Bradesco MARCOS ARAKAKI, regente
FERRO | MEINE MARGUTTI | VITTA
Dias 21, 22 Turnê Estadual Divinópolis, Araxá MARCOS ARAKAKI, regente
GOMES | SANTORO GUARNIERI | VILLA-LOBOS FERNANDEZ
VERDI | PROKOFIEFF | WAGNER | R. STRAUSS
Dia 5 Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão sexta-feira, 21h Auditório Claudio Santoro FABIO MECHETTI, regente LILYA ZILBERSTEIN, piano
VERDI | PROKOFIEFF | WAGNER | R. STRAUSS
Dia 6 Concertos Paulínia 2013 sábado, 20h Theatro Municipal de Paulínia FABIO MECHETTI, regente LILYA ZILBERSTEIN, piano
VERDI | PROKOFIEFF | WAGNER | R. STRAUSS
Dia 16 Série Vivace terça-feira, 20h30 Palácio das Artes FABIO MECHETTI, regente ELIANE COELHO, soprano EDUARDO VILLA, tenor DENIS SEDOV, baixo
WAGNER
Dia 18 Concertos de Câmara quinta-feira, 19h e 20h30 Memorial Minas Gerais Vale GRUPO DE PERCUSSÃO
REICH | GREEN | PASCOAL LIGET | CAGE
Perturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha.
GOMES | SANTORO GUARNIERI | VILLA-LOBOS FERNANDEZ
Dia 25 Série Allegro quinta-feira, 20h30 Palácio das Artes FABIO MECHETTI, regente MARIANA ORTIZ, soprano ELISE QUAGLIATA, mezzo FERNANDO PORTARI, tenor DENIS SEDOV, baixo
VERDI
APLAUSOS
Aplauda apenas no final das obras, que, muitas vezes, se compõem de dois ou mais movimentos. Veja no programa o número de movimentos e fique de olho na atitude e gestos do regente.
PONTUALIDADE
Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.
CRIANÇAS
Caso esteja acompanhado por crianças, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.
FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEO
Dia 26 Reapresentação Verdi
Não são permitidas na sala de concertos.
quinta-feira, 20h30 Palácio das Artes FABIO MECHETTI, regente MARIANA ORTIZ, soprano ELISE QUAGLIATA, mezzo FERNANDO PORTARI, tenor DENIS SEDOV, baixo
Seu consumo não é permitido no interior da sala de concerto.
VERDI
Dia 28 Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga domingo, 20h30 Juiz de Fora, Teatro Pró-Música FABIO MECHETTI, regente
VERDI | WAGNER VILLA-LOBOS | GOMES
COMIDAS E BEBIDAS
CUIDE DO SEU PROGRAMA DE CONCERTOS Solicitamos a todos que evitem o desperdício, pegando apenas um programa por mês. Se você vier a mais de um concerto no mês, traga o seu programa ou, se o esqueceu em casa, use o programa entregue pelas recepcionistas e devolva-o, depositando-o em uma das caixas colocadas à saída do Grande Teatro. O programa mensal impresso é elaborado com a participação de diversos especialistas e objetiva oferecer uma oportunidade a mais para se conhecer música, compositores e intérpretes. Ele também está disponível em nosso site: www.filarmonica.art.br. Desfrute da leitura e estudo.
PAT ROCÍNIO
D I V U LG A Ç Ã O
APOIO INSTITUCIONAL
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REALIZAÇÃO
www.filarmonica.art.br R. Paraíba, 330 | 120 andar | Funcionários Belo Horizonte | MG | CEP 30130-917 Tel. 31 3219 9000 | Fax 31 3219 9030 | contato@filarmonica.art.br