unidos pela música F I L A R M Ô N I C A E VO C Ê
NOVEMBRO2013
Ministério da Cultura e Governo de Minas apresentam
SUM ÁRIO PÁG.
SÉRIE VIVACE 12 DE NOVEMBRO FABIO MECHETTI, regente KYOKO TAKEZAWA, violino
Santos Horizonte * Elgar Variações sobre um tema original para orquestra, op. 36, “Enigma” Brahms Concerto para violino em Ré maior, op. 77
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SÉRIE ALLEGRO 21 DE NOVEMBRO JOHN NESCHLING, regente convidado NICOLAS KOECKERT, violino
foto de capa eugênio sávio ilustrações mariana simões
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Sibelius Concerto para violino em ré menor, op. 47 Tchaikovsky Sinfonia Manfredo, op. 58
* Obra comissionada pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Caros amigos e amigas, Dois grandes violinistas participam dos próximos concertos da Filarmônica no mês de novembro, executando dois dos mais célebres concertos para o instrumento: o de Brahms, apresentado pela violinista japonesa Kyoko Takezawa – dona de invejável maturidade musical associada a impressionante técnica –, e o de Sibelius, aqui interpretado por Nicolas Koeckert, que retorna mais uma vez a Belo Horizonte trazendo sua energia e carisma. Neste mês, estrearemos Horizonte de Carlos dos Santos, vencedor do Festival Tinta Fresca 2012, obra comissionada pela Filarmônica de Minas Gerais como demonstração de estímulo à criação de jovens compositores brasileiros. Recebemos também a primeira visita do maestro convidado John Neschling, dirigindo a belíssima Sinfonia Manfredo de Tchaikovsky. Continuando a estratégia de formar novas plateias para a música sinfônica, apresentaremos no dia 17, no Sesc Palladium, o último dos Concertos para a Juventude deste ano, com a participação de nosso trompetista Marlon Humphreys solando o Concerto de Haydn para o instrumento. Quero agradecer àqueles que já renovaram suas assinaturas para 2014 e convido todos os demais para aproveitarem a oportunidade de se tornarem assinantes a partir do dia 21 de novembro.
FOTO RAFAEL MOTTA
Tenham todos um bom concerto.
FA B I O M E C H E T T I Diretor Artístico e Regente Titular Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
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Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008. Por esse trabalho, recebeu o XII Prêmio Carlos Gomes/2009 na categoria Melhor Regente brasileiro. É também Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Jacksonville (EUA) desde 1999. Foi Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Syracuse e da Orquestra Sinfônica de Spokane, da qual é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norteamericanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York. Realizou diversos concertos no México, Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as Orquestras Sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Regeu também a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia, a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá. Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua estreia na Finlândia dirigindo a Filarmônica de Tampere. Em 2013, estreou na Itália conduzindo a Orquestra Sinfônica de Roma. No Brasil foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre, Brasília e Paraná e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro.
DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmen, Don Giovanni, Cosi fan Tutte, Bohème, Butterfly, Barbeiro de Sevilha, La Traviata e As Alegres Comadres de Windsor. FOTO RAFAEL MOTTA
fabio MECHETTI
Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.
Fabio Mechetti recebeu títulos de mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York.
1NOV2 SÉRIE VIVACE T E R Ç A F E I R A
Grande Teatro do Palácio das Artes, 20h30
FABIO MECHETTI, regente KYOKO TAKEZAWA, violino
PROGRAMA
Carlos dos Horizonte [14 min] SANTOS ESTREIA MUNDIAL. OBRA COMISSIONADA PELA ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Edward ELGAR Variações sobre um tema original para orquestra, op. 36, “Enigma” [29 min] intervalo
FOTO RAFAEL MOTTA
Johannes BRAHMS Concerto para violino em Ré maior, op. 77 [38 min] Allegro non troppo Adagio Allegro giocoso, ma non troppo vivace
KYOKO TAKEZAWA
solista
kyoko TAKEZAWA
S É R IE V I VA C E , 12 DE NO V E M B R O
Encarnação da musicalidade, a violinista Kyoko Takezawa eletriza o público com a riqueza de sua música, sua autoconfiança e uma intensidade que a eleva ao patamar dos maiores violinistas do nosso tempo. A sua perspicácia interpretativa e talento indiscutível a tornaram artista muito requisitada por grandes orquestras internacionais. Takezawa já foi solista com a Filarmônica de Nova York, Sinfônica de Boston, Orquestra da Filadélfia e Sinfônica de Chicago, assim como com as sinfônicas de São Francisco, Cleveland, Baltimore, St. Louis, Houston, Toronto, Dallas, Montreal, Detroit e Cincinnati. Na Europa e na Ásia, apresentou-se com a Academia de St. Martin in the Fields, Sinfônica de Londres, Orquestra Tonhalle de Zurique, Sinfônica da Rádio da Bavária, Staatskapelle de Dresden, Orquestra Real do Concertgebouw, Orquestra Real Nacional Escocesa, Gewandhaus de Leipzig, Sinfônica NHK e New Japan Philharmonic. Trabalhou com os maestros Seiji Ozawa, Colin Davis, Michael Tilson Thomas, Wolfgang Sawallisch, Kurt Masur, Neville Marriner, Leonard Slatkin, Charles Dutoit, Marek Janowski e Andrew Davis em salas como Carnegie Hall, Kennedy Center, BBC Proms, Musikverain e Suntory Hall. Como codiretora do Festival de Solistas Suntory, em Tóquio, Takezawa trabalhou com Isaac Stern, Yo-Yo Ma, Joseph Suk e Pinchas Zukerman.
FOTO TETSURO TAKAI
Possui gravações pelo selo RCA Victor Red Seal da BMG, sendo a mais recente do Concerto para Violino e Orquestra, op. 14, de Samuel Barber, com Leonard Slatkin e a Orquestra Sinfônica de St. Louis. Gravou também o Concerto para Violino de Elgar com Colin Davis e a Sinfônica da Rádio da Bavária; o Concerto para Violino nº 2 de Bartók com Michael Tilson Thomas e a Sinfônica de Londres; e os Concertos nos 1 e 2 de Mendelssohn com Klaus Peter Flor e a Sinfônica de Bamberg.
(...) Kyoko Takezawa estava completamente segura; sua entonação foi tão precisa que, mesmo a alturas estratosféricas no seu registro, ela produziu cada nota de forma doce e pura. THE INDEPENDENT, REINO UNIDO
Kyoko Takezawa começou a estudar violino aos três anos e, aos sete, fez turnê pelos Estados Unidos, Canadá e Suíça como membro da Associação do Método Suzuki. Aos 17 anos, foi admitida na Escola de Música de Aspen para estudar com Dorothy DeLay, que a acompanhou até sua formatura em 1989, na Juilliard School. Foi primeiro lugar no 51º Concurso Anual de Música do Japão, medalhista de ouro no Segundo Concurso Internacional Quadrienal de Violino em Indianápolis e também recebeu o prêmio Idemitsu por excelência musical. Takezawa se apresenta com um Antonio Stradivarius “Campocselice” (1710), emprestado a ela pela Fundação de Música Nipônica, e também recebeu o violino Guarneri del Gesu “Wieniawski” (1742), cedido pela Sociedade Stradivarius de Chicago.
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S É R IE V I VA C E , 12 DE NO V E M B R O
carlos dos SANTOS
BRASIL, 1990
Horizonte (2013) Instrumentação: 3 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, celesta, harpa, cordas.
Carlos dos Santos, nascido em São Paulo, retoma a tradição clássica do intérprete compositor. Percussionista, atua junto a diversos grupos musicais e, graças à formação híbrida, expressa-se segundo diferentes estilos. Aos cinco anos iniciou os estudos musicais com seu pai. Aos sete, ingressou na Universidade Livre de Música Tom Jobim, atual Emesp. Ali se formou em percussão erudita e em percussão popular. Na música popular, colaborou com o grupo Palavra Cantada, de Paulo Tatit e Sandra Peres, e com o inovador violonista Eduardo Agni. Aluno de percussão da ECA/USP, sob orientação de Ricardo Bologna, Carlos dos Santos esteve sempre envolvido com o trabalho orquestral. Atuou como bolsista da Orquestra Jovem Tom Jobim e da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, e como timpanista da Orquestra de Câmara da ECA/USP. Paralelamente, contribuiu para o Percussivo USP, grupo de repertório contemporâneo de alunos de percussão. Carlos dos Santos é o percussionista do Ensemble Nuevo, projeto do Instituto Goethe de intercâmbio musical que reúne músicos da Argentina, Brasil, Chile, Venezuela e Alemanha, num grupo versátil dirigido pelo compositor chileno Pablo Aranda. Seu trabalho composicional, embora recente, tem sido amplamente reconhecido. Carlos dos Santos por duas vezes recebeu o Prêmio de Composição Clássica da Funarte, o que lhe garantiu a participação na XIX Bienal Brasileira de Música Contemporânea, com sua
[Carlos dos Santos] é tributário confesso de compositores brasileiros da segunda metade do século XX que não se furtaram a livres experimentações estéticas. Sua poética move-se pelo desejo de fugir à indiferença através da provocação de impressões sensíveis. Nordestina nº 1, para violino solo. Com a obra O Fandango Mutante, foi finalista do I Concurso de Música Sinfônica do Paraná. Venceu o II Concurso de Composição da Ocam e obteve menção honrosa, na categoria trio, do Concurso de Composição do Panorama da Música Atual, da UFRJ. Compositor ávido, experimenta diversas tendências estéticas a fim de dar forma ao seu próprio estilo. É tributário confesso de compositores brasileiros de destaque na segunda metade do século XX que não se furtaram a livres experimentações estéticas: Almeida Prado, Arrigo Barnabé, Eduardo Guimarães Álvares, Mário Ficarelli, Marlos Nobre, Roberto Victório e Aylton Escobar. Este último foi responsável por parte importante de sua orientação formal. Sua poética move-se pelo prazer e pelo desejo de fugir à indiferença através da provocação de impressões sensíveis. A obra Horizonte foi composta por encomenda da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, como premiação da quarta edição do Festival Tinta Fresca, de 2012. Trata-se de uma homenagem à cidade de Belo Horizonte. Sua topografia ondulada é traduzida em modulações métricas, mudanças nos apoios musicais, e a noção plena de horizonte, sugerida pela valorização dos elementos melódicos, ou seja, do plano horizontal da obra. A orquestração e o trabalho melódico inspiram-se na proposta de Dutilleux em Timbres, Espaço, Movimento ou A Noite Estrelada que, pela configuração inabitual da orquestra, sem violinos e violas, e pelo uso de solos instrumentais, busca reproduzir espaço e movimento, como sugeridos no quadro homônimo de van Gogh. A instrumentação de Horizonte difere de A Noite Estrelada, no entanto, pela presença das violas. A obra dialoga com as Variações Enigma, de Edward Elgar: inicia-se pelo tema no contrabaixo, o “enigma” deformado, do qual se desdobram variações em estilo rapsódico. Vislumbra-se técnica e intuição em um mesmo horizonte.
IGOR REYNER Pianista, Mestre em Música pela Universidade Federal de Minas Gerais.
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S É R IE V I VA C E , 12 DE NO V E M B R O
edward ELGAR
INGLATERRA, 1857 – 1934
Variações sobre um tema original para orquestra, op. 36, “Enigma” (1899) Instrumentação: Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, órgão (ad lib.), cordas.
PARA OUVIR
CD Elgar – Enigma Variations – Wiener Philharmoniker – John Eliot Gardiner, regente – Deutsche Gammophon – 2002 PARA LER
Daniel Grimleyl & Julian Rushton (ed.) – The Cambridge companion to Elgar – Cambridge University Press – 2004 Jerrold Northrop Moore – Edward Elgar: a creative life – Oxford University Press – 1984
Edward Elgar viveu apenas dois anos em Londres, tentando formar-se como compositor. A falta de oportunidades para um músico do interior o obrigou a retornar ao condado de Worcester, onde nascera, e onde faria quase toda a carreira, tocando piano e violino e regendo pequenas bandas locais. Apesar das dificuldades, Elgar foi considerado, em vida, o principal compositor inglês do início do século XX. Sua obra recolocaria a Inglaterra no cenário musical internacional e abriria caminho para a geração seguinte, de Vaughan Williams e Gustav Holst. Elgar compôs sua primeira grande obra aos quarenta e dois anos de idade: as Variações Enigma. Uma noite, ao dedilhar o piano descompromissadamente, sua esposa o interrompeu, pedindo que repetisse a música que acabara de tocar. Elgar logo percebeu que havia criado uma bela melodia, e começou a brincar ao piano, alterando o tema da maneira como seus amigos o teriam feito, se fossem músicos. Nasciam ali as Variações para Orquestra, obra que consiste de um tema e quatorze variações, cada uma representando as características íntimas de um amigo do compositor. A obra inicia-se com o tema, bela melodia confiada principalmente às cordas. A segunda, com rápidos movimentos das cordas, revela as características brincalhonas do amigo Steuart-Powell. Na terceira, o oboé e o pizzicato das cordas ajudam a representar a buzina
[...] Nasciam ali as Variações para Orquestra, obra que consiste de um tema e quatorze variações, cada uma representando as características íntimas de um amigo do compositor. da bicicleta de Baxter Townshend. A quarta variação, dedicada a um proprietário de terras local, é forte e pomposa. Na quinta, a alternância entre triste e alegre representa as oscilações de humor do amigo Penrose Arnold, filho do poeta Matthew Arnold. Na sexta, a viola sola representa um papel especial, uma vez que é dedicada a Isabel Fitton, estudante de viola. A sétima, dedicada ao arquiteto Troyte Griffith, é extremamente enérgica. A leveza da oitava variação remete aos momentos prazerosos que Elgar passou na bela casa de Winifred Norbury. A nona, “Nemrod”, a mais profunda de todas, é dedicada ao amigo August Jäger, apoio de Elgar nos momentos difíceis (Nemrod – fabuloso rei bíblico, é descrito como poderoso caçador; Jäger significa “caçador” em alemão). A décima variação, extremamente delicada, homenageia a amiga e biógrafa Dora Penny. A décima primeira, uma das mais animadas, é dedicada ao amigo, organista Robertson Sinclair. Na décima segunda, dedicada ao violoncelista Basil Nevinson, os violoncelos dominam a cena. A décima terceira, dedicada à amiga Lady Mary Lygon, guarda lembranças da primeira variação, principalmente na doçura do caráter. A décima quarta variação, dedicada ao próprio compositor, fecha o ciclo majestosamente. Terminadas em fevereiro de 1899, as Variações para Orquestra foram estreadas em junho desse ano, no St. James’s Hall, em Londres, sob a regência de Hans Richter. Elgar revisou a obra em 12 de julho, estendendo o final a fim de criar uma forma mais simétrica. A nova peça recebeu o título de Variações Enigma graças a uma carta de Elgar, logo após a estreia, dizendo que havia um segundo tema, misterioso, que perpassava todas as variações, não perceptível a ninguém. “O enigma”, disse o compositor, “eu não explicarei”. Esse tema, escondido nas profundezas do tecido musical, deu início a inúmeras especulações. Até hoje, o enigma não foi solucionado.
GUIL HER ME NASCIMENTO Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor.
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johannes BRAHMS
ALEMANHA, 1833 – ÁUSTRIA, 1897
Concerto para violino em Ré maior, op. 77 (1878) Instrumentação: 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, tímpanos, cordas.
PARA OUVIR
CD Johannes Brahms – Violin Concerto; Double concerto – The Philadelphia Orchestra – Eugene Ormandy, regente – Isaac Stern, violino; Leonard Rose, violoncelo – Sony – 1991 PARA LER
Styra Avnis (org.) – Johannes Brahms, Life and Letters – Josef Eisinger e Styra Avnis, tradução inglesa – Oxford University Press – 2001 Roland de Candé – História universal da música – v. 2 – Eduardo Brandão, tradução – Martins Fontes – 1994
Os movimentos revolucionários de 1848, que culminaram em transformações políticas na Europa, fizeram exilar-se em Hamburgo – cidade em que nascera e ainda residia Johannes Brahms – inúmeros cidadãos húngaros. Dentre estes, o violinista Eduard Reményi, que logo se tornou amigo do jovem pianista e compositor hamburguês, e com quem viria a formar um duo. Em 1853, uma série de recitais desse duo possibilitou a Brahms sair dos limites de sua cidade natal, conhecer outros centros culturais e ter contato com personalidades importantes do meio musical. Foi nesse mesmo ano, por exemplo, que Brahms visitou Franz Liszt no castelo de Altenburgo, onde residia. Poucos meses depois, o jovem músico conheceria Robert e Clara Schumann, cujo contato e amizade foram decisivos para a sua carreira e para o seu trabalho criador. Foi no mesmo ano, ainda, que conheceu em Hannover o já célebre violinista Joseph Joachim, com quem também criou fortes laços de amizade. Não é exagerado dizer que, depois dos Schumann, tenha sido de Joachim uma das principais ascendências sobre o tímido jovem de origem humilde que se aventurava corajosamente pelo efervescente mundo musical do Romantismo Alemão. De fato, Joachim cumpriu muitas vezes o papel de consultor de Brahms em assuntos ligados a certos aspectos técnicos do violino e da linguagem violinística. Muitos documentos atestam esse intercâmbio de opiniões entre os dois musicistas:
A despeito das dificuldades técnicas, Brahms concebe o violino solista como parte integrante do ambiente sinfônico, em parte como consequência da seriedade com que sempre considerou a herança sinfônica de Beethoven. cartas, bilhetes, anotações. Brahms, sendo pianista, se via sempre preocupado com as viabilidades técnicas daquilo que compunha para um instrumento que não fosse o seu. Talvez essa tenha sido uma forte razão (ainda que não a única) para não empenhar-se senão tardiamente no repertório sinfônico. Assim, não é de se estranhar que Brahms tenha recorrido a Joachim, assim que terminou um primeiro esboço do concerto para violino em Ré maior. Brahms pediu a Joachim que lhe desse sua opinião sobre a parte do solista, ao que Joachim respondeu laconicamente ser “violinisticamente muito original”, mas que esperava ver a peça inteira antes de emitir qualquer juízo mais consistente. Brahms se via, naquela época, constrangido pelo modelo beethoveniano, e era ainda relativamente temeroso à ideia de dedicar-se ao repertório sinfônico, embora já tivesse, então, composto sua primeira sinfonia. O concerto para violino, concebido no verão de 1878, no vilarejo austríaco de Pörtschach am Wörthersee (onde Brahms também compôs a primeira sonata para violino e a segunda sinfonia), foi dedicado a Joachim. A estreia se deu um ano mais tarde, em Leipzig, tendo Brahms como regente e Joachim como solista. Nessa récita, Joachim interpretou o concerto de Beethoven no início do programa e o concerto de Brahms ao final. Com isso Joachim não quis pôr à prova a maestria criativa de Brahms, mas, provavelmente, contrapor duas leituras muito distintas da linguagem violinística, apesar de as duas obras guardarem certas marcantes similaridades entre si (para dizer pouco, basta observar o tratamento dado aos tímpanos e a coincidência do tom – Ré maior – em ambas). Joachim interpretou, no concerto de Brahms, uma cadência de sua própria autoria – que até hoje costuma ser a preferida –, o que denota profundo respeito mútuo dos dois musicistas. No entanto, entre a estreia (em primeiro de janeiro) e a sua publicação, ao final do mesmo ano, várias modificações foram feitas na partitura. As primeiras críticas não foram favoráveis: o violinista e compositor polonês Henryk Wieniawski considerou o Concerto “intocável”, e o
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espanhol Pablo de Sarasate, por uma idiossincrasia pessoal relacionada à presença do oboé no adágio, recusou-se a tocá-lo. Hans von Bülow o considerou não uma obra para violino, mas “contra o violino”. O violinista polonês Bronislaw Huberman (bem mais tarde) acresceu: trata-se de um concerto para violino e contra a orquestra. Na verdade, tais críticas advinham do fato de que o concerto para violino de Brahms não trata o solista como uma parte em especial destaque. A despeito das dificuldades técnicas (e ainda hoje o Concerto é uma das obras mais temidas do repertório violinístico), Brahms concebe o violino solista como parte integrante do ambiente sinfônico, em parte como consequência da seriedade com que sempre considerou a herança sinfônica de Beethoven (e é de se notar que são da mesma safra deste concerto a primeira e a segunda sinfonias, respectivamente de 1876 e 1877, a Abertura Trágica e o segundo concerto para piano, ambos de 1880, e a terceira sinfonia, de 1883).
M O A C Y R L AT E R Z A F I L H O Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística.
FOTO RAFAEL MOTTA
Assumindo a estrutura clássica do concerto, aos moldes vienenses, em três movimentos, não é exatamente pelo tratamento dado ao solista que o concerto para violino de Brahms é importante, mas, antes, por revelar uma mentalidade contraditoriamente romântica: se Brahms tem uma alma dionisíaca, conserva uma mente apolínea, e sua inventividade melódica supera quaisquer tendências reacionárias que eventualmente lhe são imputadas.
2NOV1 SÉRIE ALLEGRO Q U I N T A F E I R A
Grande Teatro do Palácio das Artes, 20h30
JOHN NESCHLING, regente convidado NICOLAS KOECKERT, violino
PROGRAMA
Jean SIBELIUS Concerto para violino em ré menor, op. 47 [31 min] Allegro moderato Adagio di molto Allegro, ma non tanto
NICOLAS KOECKERT
solista intervalo
FOTO EUGÊNIO SÁVIO
Piotr Ilitch Sinfonia Manfredo, op. 58 [57 min] TCHAIKOVSKY Lento lugubre Vivace con spirito Andante con moto Allegro con fuoco
john NESCHLING
S É R IE A L L E GR O, 21 DE NO V E M B R O
Recentemente nomeado Diretor Artístico do Theatro Municipal de São Paulo, John Neschling volta ao Brasil após alguns anos em que se dedicou à sua carreira na Europa. No Brasil, de 1997 a 2009, esteve à frente da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), período em que a reestruturou e a transformou em um ícone da música sinfônica na América Latina. Nos anos 1990, dirigiu os Teatros Municipais do Rio de Janeiro e de São Paulo. Durante a sua longa carreira de regente lírico, Neschling dirigiu musical e artisticamente os teatros de São Carlos (Lisboa), St. Gallen (Suíça), Bordeaux (França) e Massimo de Palermo (Itália). Foi residente da Opera de Viena (Áustria) e apresentou-se em muitas das maiores casas de ópera da Europa e dos Estados Unidos, em mais de setenta produções diferentes, entre elas nas óperas de Zurique e de Stuttgart (Die Zauberflöte), na Deutsche Oper Berlin (Il Trovatore), na Arena di Verona (Macbeth), no Teatro Reggio em Torino (Wozzeck), no Teatro Carlo Felice em Gênova (Don Pasquale, Adelia) e na Ópera de Bonn (O Guarani). Estreou na América do Norte na Ópera de Washington, com O Guarani, de Carlos Gomes, com Plácido Domingo no papel principal. Como regente sinfônico tem uma longa experiência frente a grandes orquestras dos continentes americano, europeu e asiático.
FOTO LAILSON SANTOS
Suas gravações têm sido frequentemente premiadas, e Neschling está se preparando para gravar o segundo volume das obras de Respighi pela gravadora sueca BIS, frente à Filarmônica Real de Liège (Bélgica).
No Tonhalle de Zurique (...) o maestro John Neschling apresentou esta obra (Concerto para Piano nº 2 de Villa-Lobos), repleta de música artística europeia e música folclórica brasileira, como uma bombástica pintura sonora. NEUE ZUERCHER ZEITUNG, SUÍÇA
Neschling nasceu no Rio de Janeiro em 1947 e sua formação foi brasileira e europeia. No Brasil, seus principais mestres foram Heitor Alimonda, Esther Scliar e Georg Wassermann. Seus estudos em música começaram pelo piano e deram a ele a reputação de menino prodígio. Mas Neschling encontrou sua vocação em regência e deixou o Brasil para estudar com Swarowsky na Academia de Música de Viena. Mais tarde, estudou com Leonard Bernstein em Tanglewood. Ainda enquanto estudante de música, venceu vários concursos internacionais de regência, incluindo o Concurso Guido Cantelli no La Scala (1976), Orquestra Sinfônica de Londres (1972) e Florença (1969). Ao longo dos anos, Neschling voltou sua atenção cada vez mais ao trabalho de compositor. Escreveu trilhas sonoras para importantes filmes brasileiros, como O Beijo da Mulher Aranha, Pixote, Lúcio Flávio, Gaijin, Os Condenados e Desmundo. John Neschling é membro da Academia Brasileira de Música.
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nicolas KOECKERT
S É R IE A L L E GR O, 21 DE NO V E M B R O
Nicolas Koeckert é germano-brasileiro nascido em Munique, Alemanha, em uma tradicional família de violinistas. Ganhou seu primeiro violino aos cinco anos e, aos doze, recebeu lições da violinista russa Olga Voitova. Aos dezesseis anos, começou estudos acadêmicos na Escola Superior de Música em Wuerzburg, com Grigori Zhislin. Em 1998 ingressou na Escola Superior de Música de Colônia, onde foi aluno de Zakhar Bron. Recebeu seu Diploma Artístico em 2005 e formou-se em 2007. Em 2001, Nicolas ganhou o primeiro prêmio na Competição Internacional de Violinistas em Novosibirsk, Rússia, bem como o Prêmio Cultural da cidade e o Prêmio especial pela melhor realização da peça obrigatória. Em 2002, foi o primeiro violinista alemão a receber um dos prêmios principais da Competição Internacional Tchaikovsky, em Moscou. No mesmo ano, foi nominado Artista do Governo da Bavária. Em 2003, tornou-se um dos vencedores na Competição Internacional de Montreal e ganhou o segundo prêmio na Competição Internacional Liana Issakadze, em St. Petersburg.
FOTO THOMA S DA SHUBER
Nicolas Koeckert apresentou-se na Ásia, Europa, México, Brasil e Canadá. Trabalhou com os maestros Lawrence Foster, Colin Davis, Michail Jurowski, Jonathan Nott, Asher Fisch, Saulius Sondeckis, Christoph Poppen, Theodor Guschlbauer, Andris Nelsons, Justus Frantz, Ari Rasilainen, Fabio Mechetti, Osvaldo Ferreira, Ira Levin, Emil Tabakov e Nicholas Milton. Foi solista com as orquestras Symphonique de Montréal, Russian National Symphony, Bavarian Radio Symphony, Bamberg Symphony, KBS Symphony, Zagreb Philharmonic, Osesp, Orquestra Sinfônica Brasileira, Filarmônica de Minas Gerais, Sinfônica da USP, Sinfônica do Theatro Nacional Claudio Santoro, Lithuanian, Georgian e Munich Chamber Orchestra.
(...) Koeckert tem verve, graça, estilo e profundidade. Dificilmente há dez violinistas no mundo capazes de moldar e dominar o Concerto para violino de Sibelius da forma que ele faz. FÜRTHER NACHRICHTEN, ALEMANHA
Para a rádio Bavária, o artista produziu peças de Ysaÿe, Grieg, Ravel, Tchaikovsky, Bartók, Bazzini, Sibelius e Szymanowsky. Possui CDs pelo selo Naxos com obras de Fritz Kreisler, com a pianista Kristina Miller-Koeckert, Igor Frolov, Pierre Rode e obras para dois violinos com seu pai, o violinista Rudolf Koeckert. CD com peças de Khatchaturian, com a Royal Philharmonic Orchestra e José Serebrier, figurou um ano no topo da lista da Naxos. Com a Deutsche Radio Philharmonie Saarbrücken e Christoph Poppen gravou um CD ao vivo com obras de Chausson, Dukas, Offenbach e Saint-Saëns. Nicolas Koeckert ministra aulas e masterclasses regularmente na Alemanha e no exterior. Desde setembro de 2011, é professor de violino no Conservatório de Música de Viena.
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S É R IE A L L E GR O, 21 DE NO V E M B R O
jean
SIBELIUS FINLÂNDIA, 1865 –1957
Concerto para violino em ré menor, op. 47 (1902/1904) Instrumentação: 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tímpanos, cordas.
PARA OUVIR
CD Sibelius – Violin Concert in D minor, op. 47 – Czechoslovak Radio Symphony Orchestra (Bratislava) – Adrian Leaper, regente – Dong-Sik Kang, violino – Naxos – 1990 PARA LER
François-René Tranchefort – Guide de la Musique Symphonique – Librairie Arthème Fayard – 1986
Sibelius teve sólida formação musical no Instituto de Música de Helsinque. Paralelamente estudou Direito, antes de aperfeiçoar-se em Berlim e Viena. Voltando à capital de seu país, pensou em seguir a carreira de violinista, participando da primeira orquestra profissional que então se formava na Finlândia. Em 1896, tornou-se professor de violino e de teoria musical na Universidade de Helsinque. Vivendo um conturbado período histórico marcado pela resistência à ocupação russa e pela independência de 1917, Sibelius rapidamente foi reconhecido como o mais importante e influente músico do nacionalismo finlandês. Sua obra adquiriu o status de símbolo patriótico e o Estado lhe ofereceu uma pequena pensão vitalícia para que pudesse dedicar mais tempo à composição. Curiosamente, o compositor vinha de um ambiente familiar marcado pela cultura sueca e, embora fosse apaixonado pelas tradições literárias e pelos costumes finlandeses, nunca se considerou um estudioso do folclore, ao contrário de outros nacionalistas. Sua música é fruto, sobretudo, de uma necessidade muito pessoal, íntima, de busca de crescimento espiritual. Espontaneamente, entretanto, soube expressar a essência de sua terra – o reconhecimento internacional de sua obra, principalmente nos países anglo-saxônicos, tornou-a motivo de orgulho para a Finlândia. A vasta produção de Sibelius inclui vários poemas sinfônicos, numerosas peças de música para cena, sete
Sua música é fruto, sobretudo, de uma necessidade muito pessoal de busca de crescimento espiritual. Espontaneamente, entretanto, soube expressar a essência de sua terra – o reconhecimento internacional de sua obra tornou-a motivo de orgulho para a Finlândia. sinfonias (sem contar a Kullervo-sinfonia, obra de juventude), o Concerto para violino e orquestra, além de música coral e peças menores para instrumentos solistas. Seus poemas sinfônicos possuem caráter rapsódico e evocam antigas sagas; contemplando romanticamente a sombria paisagem finlandesa, tornaram-se populares, principalmente o Cisne de Tuonela, Tapiola e Finlândia. As sete sinfonias (com destaque para a Segunda, a Sexta e a Sétima) são verdadeiros afrescos musicais de natureza épica. Oferecem particular interesse aos analistas, pois se afastam das formas preestabelecidas. A sólida estruturação dessas obras modifica a forma sonata clássica pela utilização de um princípio de “crescimento temático” que confere a cada sinfonia uma organização própria e diferenciada. Famoso, Sibelius realizou turnês regulares para fora de seu país e, em 1914, lecionou no Conservatório de Boston, porém manteve-se um artista solitário. Músico de rigorosa formação acadêmica e de expressão anacronicamente romântica, manifestou intransigente severidade para com os artistas de seu tempo, apesar de admirar Debussy e Bartók. Ele próprio avaliou seu descompasso com as preocupações musicais contemporâneas; em 1929, sentindo que nada de novo tinha a dizer, Sibelius retirou-se para sua residência em Järvenpää, onde permaneceu obstinadamente silencioso pelos seus últimos vinte e sete anos. Nessa calma e solitária região florestal, a alguns quilômetros ao norte de Helsinque, escrevera grande parte de sua obra. O Concerto para violino e orquestra foi composto em 1903, justamente quando Sibelius se instalou em Järvenpää. A parte solista da versão original apresentava dificuldades técnicas que o próprio compositor, como violinista, reconheceu acima de suas possibilidades. Para a versão de 1905 Sibelius fez as necessárias revisões, e o concerto, desde sua estreia em Berlim (com o violinista Karl Halir sob a regência de Richard Strauss), incorporou-se definitivamente ao repertório violinístico. Exige do solista técnica impecável e um virtuosismo que só se torna convincente quando aliado a uma sobriedade expressiva devidamente calculada. Escrito nos
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três movimentos clássicos, o Concerto para violino e orquestra apresenta forma muito livre que preserva seu caráter rapsódico. O complexo e elaborado Allegro moderato inicial comporta três temas. O primeiro, longo e incisivo, após uma breve introdução orquestral introduz o violino sobre um trêmulo das cordas em surdina. Inesperadamente, o solista apresenta uma pequena e brilhante cadência. Com o enunciado do segundo tema pelos violoncelos e fagotes, o violino torna-se mais subordinado à orquestra. Mas assume límpidas linhas melódicas em seu registro agudo para apresentar o terceiro tema. No desenvolvimento, solista e orquestra não retomam respectivamente os mesmos temas e, inusitadamente, a cadenza do violino, construída sobre o tema inicial, desloca-se do final para o centro dessa primeira seção. Na reexposição dos temas, a escrita violinística ganha um caráter improvisatório. O lírico segundo movimento, Adagio di molto, apresenta romântica inspiração mediterrânea (reflexo de uma viagem de Sibelius à Itália). O violino tece linhas fantasiosas sobre a orquestra, desenhando uma admirável melodia, que retornará para concluir o movimento, após o agitado diálogo central do solista com a orquestra.
PA U L O S É R G I O M A L H E I R O S D O S S A N T O S Pianista, Doutor em Letras, professor na UEMG, autor dos livros Músico, doce músico e O grão perfumado – Mário de Andrade e a arte do inacabado.
FOTO EUGÊNIO SÁVIO
O Finale – Allegro ma non tanto é uma espécie de rondó descrito pelo compositor como uma dança macabra. Com um ostinato surdamente martelado, a orquestra sustenta a maior parte do movimento, dando ao violino a chance de se exibir com virtuosidade. A coda une os dois parceiros em um fortissimo final.
S É R IE A L L E GR O, 21 DE NO V E M B R O
piotr ilitch
TCHAIKOVSKY
RÚSSIA, 1840 – 1893
Sinfonia Manfredo, op. 58 (1885) Instrumentação: 3 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 3 fagotes, 4 trompas, 4 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harmônio, 2 harpas, cordas.
PARA OUVIR
CD Tchaikovsky – Manfred Symphony; The Voyevoda – Royal Liverpool Philharmonic Orchestra – Vasily Petrenko, regente – Naxos – 2008 PARA LER
Anthony Holden – Piotr Ilitch Tchaikovsky: uma biografia – Record – 1999
Embora sem estudo musical formal, Mily Balakirev tornou-se o mentor de um grupo de jovens estudantes de composição na São Petersburgo dos anos 1860, o chamado Grupo dos Cinco (formado por Borodin, César Cui, Mussorgsky, Rimsky-Korsakov e o próprio Balakirev). Com seu magnetismo pessoal e grande conhecimento musical, Balakirev exerceria uma influência considerável até mesmo em Tchaikovsky. O primeiro contato dos dois deu-se em 1868, quando o jovem e inseguro Tchaikovsky, ex-aluno do Conservatório de São Petersburgo e, havia dois anos, professor do Conservatório de Moscou, enviou a Balakirev uma partitura pedindo sua opinião. Iniciava-se ali uma duradoura e tumultuada amizade. Embora desconfiasse de qualquer compositor com treinamento formal de conservatório, Balakirev reconheceu rapidamente o talento de Tchaikovsky. Com seu estilo sincero e direto, não poupava críticas às composições do jovem colega, encorajando-o a compor cada vez melhor. Em 1869 sugeriu-lhe a composição de uma abertura. Após exaustivo trabalho nascia a primeira obra-prima de Tchaikovsky, a Abertura Romeu e Julieta que, naquele ponto de sua carreira, muito deveu aos conselhos e correções de Balakirev. Nos anos seguintes, a carreira de Tchaikovsky prosperou de maneira vertiginosa, enquanto a de Balakirev declinou rapidamente, devido a um colapso nervoso sofrido no início da década
A Sinfonia Manfredo é a única obra sinfônica programática de Tchaikovsky escrita em mais de um movimento. O tema inicial, associado ao protagonista, será ouvido por toda a sinfonia. de 1870. Em 1881 Tchaikovsky enviou-lhe uma carta, anunciando a nova edição de sua Abertura Romeu e Julieta, revisada no ano anterior e dedicada ao amigo. Balakirev sugeriu-lhe então o programa para uma nova obra: uma sinfonia baseada no poema dramático Manfredo, de Lord Byron, história de um nobre, nos Alpes suíços, intimamente torturado por uma culpa misteriosa. Tchaikovsky prontamente declinou, dizendo-lhe que o tema não lhe despertava a mínima simpatia. Mas Balakirev não desistia facilmente e, em outubro de 1884, enviou-lhe um plano detalhado para a sinfonia, contendo o programa que a nova peça deveria seguir – aliás, originalmente concebido pelo crítico Vladimir Stasov e declinado por Berlioz e pelo próprio Balakirev. Curiosamente, Tchaikovsky estava de partida para a Suíça e, pouco menos de um mês depois, de Paris, escrevia a Balakirev dizendo que acabara de voltar dos Alpes e que a ideia da composição de uma obra sobre o poema de Lord Byron não lhe saía da cabeça. A Sinfonia Manfredo é a única obra sinfônica programática de Tchaikovsky escrita em mais de um movimento. No primeiro, extremamente dramático, Manfredo vagueia pelos Alpes, atormentado pela memória de seu passado de crimes. O tema inicial, associado ao protagonista, será ouvido por toda a sinfonia. A delicadeza do segundo movimento, com sua belíssima seção central, nos remete à fada dos Alpes que aparece a Manfredo sob um arco-íris, enquanto o solo de oboé e a orquestração leve garantem a atmosfera pastoral do terceiro movimento. Já o Finale, com sua agitação frenética, retrata a vida infernal no palácio subterrâneo de Arimane. No final da sinfonia, Manfredo morre. Dedicada a Balakirev, a composição iniciou-se em maio de 1885 e ficou pronta em quatro meses. Custou a Tchaikovsky mais tempo e dedicação do que qualquer outra obra lhe custara até então. A estreia, em 11 de março de 1886, em Moscou, sob a regência de Max Erdmannsdörfer, foi um sucesso estrondoso. GUIL HER ME NASCIMENTO Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor.
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O músico e seu instrumento. A orquestra e a emoção de sua plateia. Poucas coisas aproximam tanto quanto a música. E estar próximo é algo que a gente valoriza. Por isso, é com muito orgulho que apoiamos a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Contribuir para levar cultura Brasil afora é um jeito especial de tocar as pessoas e estar sempre junto. Acesse algartelecom.com.br e saiba como nos mantemos próximos com o melhor atendimento e soluções em Voz, Dados, Internet, TI, Outsourcing e Vídeo.
cássia LIMA FLAUTA
FOTO RAFAEL MOTTA
Extrema, Brasil Abracei a música ainda criança. Dos professores, alguns autodidatas, outros acadêmicos, as lembranças me remetem não só às suas competências, mas, principalmente, ao carinho e doação no ato de ensinar. Esses últimos foram meu grande estímulo! A música é minha razão de viver, não somente de uma maneira lírica ou poética, mas como exercício de disciplina e estudo permanentes, pois só assim alcançamos resultados gratificantes e tocamos o coração de quem nos ouve.
renata
XAVIER FLAUTA
Pouso Alegre, Brasil A música entrou na minha vida aos sete anos, como um tratamento alternativo para bronquite. Com o tempo, a atividade que, a princípio, era só uma brincadeira de criança, passou a ser meu objetivo de vida. Para mim, música é a melhor forma de percepção da minha condição humana. Aprendo a lidar com minhas limitações, medos, meu ego. Aprendo a ser mais generosa e tolerante. Enfim, a música me faz melhor.
alexandre BRAGA FLAUTA
Varginha, Brasil A música me permite saborear melhor a vida. Além de ser minha profissão, é um estilo de vida, liturgia diária que equilibra minha fé e meus sentimentos. Comecei na música aos nove anos no Conservatório da minha cidade, mas pensava que iria ser veterinário. Na adolescência tive um contato muito intenso com a música clássica e vi que esse era o meu mundo. Sou muito grato aos meus pais pelo orgulho que sempre tiveram por eu ter escolhido a música.
elena
SUCHKOVA FLAUTA
Krasnodar, Rússia A música é parte de mim, é a fonte da minha alegria. Sem ela a vida seria incompleta, desinteressante. "Seria um erro”, parafraseando Nietzsche. Nasci em família de esportistas, porém meu pai tocava violão e cresci ouvindo-o cantar Beatles. Aos oito anos, quando pela primeira vez subi ao palco e toquei frente ao público, foi tão marcante que, desde então, não pude fazer outra coisa que não seja música: ela me inspira, traz à tona sentimentos únicos. Acredito que se o amor não salvar o mundo, a música salvará.
rodrigo
MONTEIRO VIOLINO
Taubaté, Brasil
radmila BOCEV VIOLINO
FOTO RAFAEL MOTTA
Loznica, Sérvia A música é tecida em minha vida desde a infância. Notas, pautas, claves de sol... É uma linguagem diferente com a qual muita gente se comunica. Uns escrevem, outros executam e terceiros desfrutam. Há um círculo vicioso e, por isso, ela é, pra mim, um mundo que nunca acaba.
Células vivas, porém não vistas. Onde tudo acontece no silêncio. Cores e texturas nitidamente ouvidas e sentidas por humanos. Inteligência absurda dentro dos mais variados estilos, dando origem a gênios. Dons e talentos providos do Todo-Poderoso, manifestação completa do amor. Bem-vindo ao mundo da música. Paixão que depois veio a se tornar amor inseparável. A paixão passa, não aguentando as tribulações, mas o amor, este persevera em tudo.
gláucia
BORGES VIOLINO
Belo Horizonte, Brasil A música sempre esteve presente em minha vida. Desde muito cedo, escutava minha mãe cantando árias de ópera. Comecei minha trajetória artística com o balé, aqui mesmo em Belo Horizonte, passando pelo canto coral e, finalmente, aos sete anos me identifiquei com o violino. A escolha da música como profissão foi uma consequência natural dessa experiência artística.
dante
BERTOLINO VIOLINO
FOTO RAFAEL MOTTA
São Paulo, Brasil Talvez eu já tenha nascido músico. Aos nove anos, escutei um álbum com As Quatro Estações de Vivaldi e tive uma sensação inexplicável que me levou a explorar e descobrir porque a música desperta tanta paixão em mim. Desde então, dou tudo pela música e ela me dá tudo o que preciso: trabalho, amigos, amores... A música estimula e expressa em mim toda sorte de emoções. Me faz entender, cada vez mais, o âmago e os anseios do ser humano.
megumi
TOKOSUMI VIOLINO
Wakayama, Japão Música é alimento espiritual. É como o pão de cada dia, não posso viver sem. A música orquestral marcou minha infância de uma maneira muito forte, quando tocava com um grupo amador fundado pelo meu pai. Eu era a mais nova na orquestra, tive experiências muito fascinantes e sinceras ao lado daquelas pessoas. Hoje faço isso com prazer e como minha profissão.
eliseu
BARROS VIOLINO
Lavras, Brasil Música pra mim é a personificação da alegria, prazer. É onde me expresso em sons e criatividade. A música me escolheu, e meu pai foi o mediador nessa escolha.
FICHA TÉCNICA
ACOMPANHE A FILARMÔNICA EM
OUTROS CONCERTOS
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS NOVEMBRO 2013
CONCERTOS PARA A JUVENTUDE
LABORATÓRIO DE REGÊNCIA
Realizados em manhãs de domingo, são concertos dedicados aos jovens e às famílias, buscando ampliar e formar público para a música clássica. As apresentações têm ingressos a preços populares e contam com a participação de jovens solistas.
Atividade inédita no Brasil, este laboratório é uma oportunidade para que jovens regentes brasileiros possam praticar com uma orquestra profissional. A cada ano, quinze maestros, quatro efetivos e onze ouvintes, têm aulas técnicas, teóricas e ensaios com o regente Fabio Mechetti. O concerto final é aberto ao público.
DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
CLÁSSICOS NO PARQUE
Realizados em parques e praças da Região Metropolitana de Belo Horizonte, os concertos proporcionam momentos de descontração e entretenimento, buscando democratizar o acesso da população em geral à música clássica.
CONCERTOS DE CÂMARA
Realizados para estimular músicos e público na apreciação da música erudita para pequenos grupos. A Filarmônica conta com grupos de Metais, Cordas, Sopros e Percussão.
CONCERTOS DIDÁTICOS
Concertos destinados exclusivamente a grupos de crianças e jovens da rede escolar, pública e particular, bem como a instituições sociais mediante processo de inscrição junto ao Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado. Seu formato busca apoiar o público em seus primeiros passos na música clássica.
TURNÊS ESTADUAIS
As turnês estaduais levam a música de concerto a diferentes cidades e regiões de Minas Gerais, possibilitando que o público do interior do Estado tenha o contato direto com música sinfônica de excelência. Dez municípios são contemplados em 2013. TURNÊS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
FESTIVAL TINTA FRESCA
Com o objetivo de fomentar a criação musical entre compositores brasileiros e gerar oportunidade para que suas obras sejam programadas e executadas em concerto, este Festival é sempre uma aventura musical inédita. Como prêmio, o vencedor recebe a encomenda de outra obra sinfônica a ser estreada pela Filarmônica no ano seguinte, realimentando o ciclo da produção musical nos dias de hoje.
Com essas turnês, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais busca colocar o Estado de Minas dentro do circuito nacional e internacional da música clássica. Em 2013, a Orquestra volta a se apresentar no Festival de Campos do Jordão, nos Concertos Paulínia e na Sala São Paulo.
FABIO MECHETTI REGENTE ASSOCIADO
MARCOS ARAKAKI PRIMEIROS VIOLINOS
ANTHONY FLINT spalla ROMMEL FERNANDES concertino Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Dante Bertolino Eliseu Martins de Barros Hyu-Kyung Jung Marcio Cecconello Mateus Freire Megumi Tokosumi Rodolfo Toffolo Rodrigo Monteiro Rodrigo de Oliveira SEGUNDOS VIOLINOS
Frank Haemmer * Leonidas Cáceres ** Gláucia Borges Jovana Trifunovic Leonardo Ottoni Luka Milanovic Marija Mihajlovic Martha de Moura Pacífico Radmila Bocev Rodrigo Bustamante Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch VIOLAS
João Carlos Ferreira * Roberto Papi ** Cleusa de Sana Nébias Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Marcelo Nébias Nathan Medina Katarzyna Druzd William Barros
VIOLONCELOS
TROMBONES
Elise Pittenger *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Eneko Aizpurua Pablo Lina Radovanovic Matthew RyanKelzenberg Robson Fonseca
Mark John Mulley * Wagner Mayer ** Renato Lisboa
CONTRABAIXOS
Colin Chatfield * Nilson Bellotto ** Brian Fountain Hector Manuel Espinosa Marcelo Cunha Pablo Guiñez William Brichetto FLAUTAS
Cássia Lima * Renata Xavier ** Alexandre Braga Elena Suchkova OBOÉS
Alexandre Barros * Ravi Shankar ** Israel Silas Muniz Moisés Pena CLARINETES
Marcus Julius Lander * Jonatas Bueno ** Ney Campos Franco Alexandre Silva FAGOTES
Catherine Carignan * Andrew Huntriss Cláudio de Freitas TROMPAS
TUBA
Eleilton Cruz * TÍMPANOS
Patricio Hernández Pradenas * PERCUSSÃO
Rafael Alberto * Daniel Lemos ** Werner Silveira Sérgio Aluotto Leonardo Gorosito **** HARPAS
Giselle Boeters * Jennifer Campbell **** TECLADOS
Ayumi Shigeta * GERENTE
Jussan Fernandes
Marlon Humphreys * Érico Fonseca ** Daniel Leal Wellington Moura ****
CONSELHO ADMINISTRATIVO PRESIDENTE EMÉRITO
Jacques Schwartzman PRESIDENTE
Roberto Mário Soares CONSELHEIROS
Berenice Menegale, Bruno Volpini, Celina Szrvinsk, Fernando de Almeida, Ítalo Gaetani, Marco Antônio Drumond, Marco Antônio Pepino, Marcus Vinícius Salum, Mauricio Freire, Octávio Elísio, Paulo Paiva, Paulo Brant, Sérgio Pena DIRETORIA EXECUTIVA DIRETOR PRESIDENTE
Diomar Silveira
DIRETORA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA
Márcia Cristina de Almeida DIRETORA DE COMUNICAÇÃO
Jacqueline Guimarães Ferreira DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS
Zilka Caribé
DIRETOR DE PRODUÇÃO MUSICAL
Marcos Souza
EQUIPE TÉCNICA GERENTE DE COMUNICAÇÃO
Merrina Godinho Delgado GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL
Claudia da Silva Guimarães ASSESSORA DE PROGRAMAÇÃO MUSICAL
Carolina Debrot PRODUTORES
INSPETORA
Karolina Lima ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
Débora Vieira ARQUIVISTA
Sergio Almeida ASSISTENTES
Ana Lúcia Kobayashi Claudio Starlino Jônatas Reis SUPERVISOR DE MONTAGEM
Rodrigo Castro
Alma Maria Liebrecht * Evgueni Gerassimov ** MONTADORES Gustavo Garcia Trindade Igor Araujo José Francisco dos Santos Jussan Meireles Risbleiz Aguiar Lucas Filho Fabio Ogata TROMPETES
INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA
Felipe Renault, Luis Otávio Amorim, Narren Felipe ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO
Andréa Mendes / Imprensa Marciana Toledo / Publicidade Mariana Garcia / Multimídia Renata Romeiro / Design gráfico ANALISTA DE MARKETING DE RELACIONAMENTO
Mônica Moreira
ANALISTA DE MARKETING E PROJETOS
Mariana Theodorica
ASSISTENTE DE COMUNICAÇÃO
Renata Gibson
EQUIPE ADMINISTRATIVA ANALISTA ADMINISTRATIVO
Eliana Salazar
ANALISTA CONTÁBIL
Graziela Coelho ANALISTA FINANCEIRO
Thais Boaventura ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS
Quézia Macedo Silva SECRETÁRIAS EXECUTIVAS
Flaviana Mendes, Luiza Fonseca AUXILIARES ADMINISTRATIVOS
Cristiane Reis, João Paulo de Oliveira, Vivian Figueiredo RECEPCIONISTA
Lizonete Prates Siqueira AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS
Ailda Conceição, Claudia Cristina Sanches MENSAGEIROS
Jeferson Silva, Pablo Faria MENOR APRENDIZ
Pedro Almeida CONSULTORA DE PROGRAMA
Berenice Menegale
* CHEFE DE NAIPE ** ASSISTENTE DE CHEFE DE NAIPE *** CHEFE/ASSISTENTE SUBSTITUTO **** MÚSICO CONVIDADO
PRÓXIMOS
CONCERTOS
PARA APRECIAR O CONCERTO APARELHOS CELULARES
Confira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.
NOVEMBRO
DEZEMBRO
Dia 17 Concertos para a Juventude
Dia 3 Série Vivace
domingo, 11h, Sesc Palladium MARCOS ARAKAKI, regente MARLON HUMPHREYS, trompete
MOZART / HAYDN / GRIEG BORODIN
Dia 21 Série Allegro quinta, 20h30, Palácio das Artes JOHN NESCHLING, regente convidado NICOLAS KOECKERT, violino
SIBELIUS / TCHAIKOVSKY
terça, 20h30, Palácio das Artes FABIO MECHETTI, regente BENEDETTO LUPO, violino
LEVY / DVORÁK / STRAVINSKY
Dia 19 Série Allegro quinta, 20h30, Palácio das Artes FABIO MECHETTI, regente DENISE DE FREITAS, alto CORAL LÍRICO DE MINAS GERAIS – Coro Feminino CORAL INFANTOJUVENIL DO PALÁCIO DAS ARTES
MAHLER
TOSSE
Perturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha.
APLAUSOS
Aplauda apenas no final das obras, que, muitas vezes, se compõem de dois ou mais movimentos. Veja no programa o número de movimentos e fique de olho na atitude e gestos do regente.
PONTUALIDADE
Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.
CRIANÇAS
Caso esteja acompanhado por crianças, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.
FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEO
Não são permitidas na sala de concertos.
COMIDAS E BEBIDAS
Seu consumo não é permitido no interior da sala de concerto.
CUIDE DO SEU PROGRAMA DE CONCERTOS Solicitamos a todos que evitem o desperdício, pegando apenas um programa por mês. Se você vier a mais de um concerto no mês, traga o seu programa ou, se o esqueceu em casa, use o programa entregue pelas recepcionistas e devolva-o, depositando-o em uma das caixas colocadas à saída do Grande Teatro. O programa mensal impresso é elaborado com a participação de diversos especialistas e objetiva oferecer uma oportunidade a mais para se conhecer música, compositores e intérpretes. Ele também está disponível em nosso site: www.filarmonica.art.br. Desfrute da leitura e estudo.
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