unidos pela música F I L A R M Ô N I C A E VO C Ê
O U T U B R O 2013
Ministério da Cultura e Governo de Minas apresentam
SUM ÁRIO PÁG.
SÉRIE ALLEGRO 3 DE OUTUBRO FABIO MECHETTI, regente CONRAD TAO, piano
foto de capa rafael motta ilustrações mariana simões
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Wagner Tannhäuser: Abertura Britten Concerto para piano, op. 13 Rachmaninoff Sinfonia nº 3 em lá menor, op. 44
Caros amigos e amigas, Com a programação 2014 anunciada no mês passado e com a construção da Sala Minas Gerais progredindo a olhos vistos, é com renovado entusiasmo que continuamos nossa caminhada neste mês de outubro, com apenas um concerto no Grande Teatro, mas com uma atividade intensa de sua Orquestra pelo nosso estado e pelo Brasil. Retornando a BH após um concerto memorável no interior do estado, receberemos o jovem pianista Conrad Tao, num concerto em que continuamos a celebração dos 200 anos de Richard Wagner, com sua famosa Abertura Tannhäuser, e dos 100 anos de Benjamin Britten, com seu Concerto para piano executado pelo nosso convidado. Este mesmo programa será repetido na Sala São Paulo como parte da programação de assinaturas da Osesp, que convidou a Filarmônica para substituí-la enquanto viaja pelo exterior. Será mais uma oportunidade de divulgarmos nosso trabalho em nível nacional, consolidando cada vez mais o nome de nossa Orquestra. Além disso, a Filarmônica, em outubro, apresentará uma série de concertos e atividades de caráter educativo. Primeiramente com a inauguração de uma exposição didática sobre formação orquestral em Ipatinga, seguida de concerto para crianças e jovens. Em Belo Oriente, na mesma região, o concerto será em praça pública. Nosso papel na formação de plateias continua com os Concertos Didáticos, a serem realizados no fim do mês, assim como na próxima apresentação dos Concertos para a Juventude, no Teatro Sesc Palladium. Finalmente, com a realização do 5º Laboratório de Regência, experiência única dentre as orquestras profissionais brasileiras, oferecemos a vários jovens brasileiros a oportunidade de aprenderem com seus erros e contribuírem, assim, para o desenvolvimento cada vez mais sólido dos futuros regentes do país. Por meio desses projetos diversificados, mostramos o escopo abrangente da Filarmônica e a sua busca contínua de inclusão da boa música de concerto na vida das pessoas.
FOTO EUGÊNIO SÁVIO
Ficamos felizes que você seja uma delas.
FA B I O M E C H E T T I Diretor Artístico e Regente Titular Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
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Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008. Por esse trabalho, recebeu o XII Prêmio Carlos Gomes/2009 na categoria Melhor Regente brasileiro. É também Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Jacksonville (EUA) desde 1999. Foi Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Syracuse e da Orquestra Sinfônica de Spokane, da qual é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norteamericanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York. Realizou diversos concertos no México, Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as Orquestras Sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Regeu também a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia, a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá. Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua estreia na Finlândia dirigindo a Filarmônica de Tampere. Em 2013, estreou na Itália conduzindo a Orquestra Sinfônica de Roma. No Brasil foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro.
DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmen, Don Giovanni, Cosi fan Tutte, Bohème, Butterfly, Barbeiro de Sevilha, La Traviata e As Alegres Comadres de Windsor. FOTO RAFAEL MOTTA
fabio MECHETTI
Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.
Fabio Mechetti recebeu títulos de mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York.
FOTO ALEXANDRE REZANDE
0O U3T SÉRIE ALLEGRO Q U I N T A F E I R A
Grande Teatro do Palácio das Artes, 20h30
FABIO MECHETTI, regente CONRAD TAO, piano
PROGRAMA
Richard WAGNER Tannhäuser: Abertura [14 min] Benjamin BRITTEN Concerto para piano, op. 13 [34 min] Toccata: Allegro molto e con brio Waltz: Allegretto Impromptu: Andante lento March: Allegro moderato; sempre alla Marcia
CONRAD TAO
solista intervalo
FOTO ANDRÉ FOSSATI
Sergei Sinfonia nº 3 em lá menor, op. 44 RACHMANINOFF [39 min] Lento - Allegro moderato Adagio ma non troppo Allegro
conrad TAO
S É R IE A L L E GR O, 03 DE OU T U B R O
Aclamado pelo crítico Harris Goldsmith como “o mais impressionante prodígio a cruzar o meu caminho” (Musical America), o pianista sinoamericano de 19 anos Conrad Tao já podia ser visto executando canções infantis ao piano aos 18 meses de idade. Nascido em Urbana, Illinois, ele apresentou seu primeiro recital aos quatro anos e aos oito tocou um concerto pela primeira vez. Atualmente, é um Jovem Artista Gilmore. Em 2011, foi o único músico clássico a entrar para a lista da revista Forbes “30 com menos de 30 – as mais jovens estrelas do mundo da música”. Conrad surpreendeu o meio musical em 2011, ao substituir o pianista Louis Lortie em recital solo, no Bass Performance Hall de Fort Worth, tendo apenas um dia para se preparar. Entre outros elogios, a apresentação foi considerada “tecnicamente brilhante” (Star-Telegram) e “de tirar o fôlego” (Dallas Magazine).
FOTO VANESSA BRICENO-SCHERZER
Conrad Tao já foi solista com a Orquestra da Filadélfia, Orquestra Nacional Russa, sinfônicas de Baltimore, Dallas e São Francisco, entre outras. Também fez recitais solo no Museu do Louvre em Paris, nos festivais de Ravinia, Aspen e Verbier, na Universidade de Berkeley e na Associação Gilmore. Fez concertos e turnês na Itália, México, Chile, Rússia, China, Cingapura, Polônia e Brasil. Estreou com a Filarmônica de Minas Gerais em abril de 2012.
Ele executa a música como se o compositor estivesse ao seu lado, com cor, alegria e poesia espontânea. Ele compõe, estuda, pesquisa e escreve. Tao utiliza palavras como gestação quando fala. ALL THINGS STRINGS, ESTADOS UNIDOS
Conrad Tao venceu oito vezes o prêmio para jovens compositores Ascap Morton Gould. Seu primeiro concerto para piano, The Four Elements for Piano and Orchestra, foi comissionado pela Orquestra de Câmara ProMusica de Columbus. Seu Quarteto de Cordas nº 2, comissionado para o Quarteto Jasper pela associação Amigos da Música de Câmara do Brooklin, foi executado em todo o país. Foi compositor residente na Série de Concertos Music in the Loft de Chicago. Também um violinista premiado, Tao venceu o Walgreens National Concerto Competition e, como resultado, apresentou-se aos oito anos com a Orquestra dos Jovens Artistas do Meio-Oeste. Conrad Tao foi nomeado pela Casa Branca membro da comissão presidencial para assuntos educacionais e recebeu medalha de ouro pelo programa Young Arts da Fundação Nacional para Avanço nas Artes. Atualmente, Conrad Tao é aluno de um programa de graduação articulado entre a Universidade de Columbia e a Juilliard School, onde estuda piano com Yoheved Kaplinsky e Choong Mo Kang. Ele também estuda composição com Christopher Theofanidis da Universidade de Yale e estudou violino com Catherine Cho em um programa pré-universitário da Juilliard School.
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richard
WAGNER
ALEMANHA, 1813 – ITÁLIA, 1883
Tannhäuser: Abertura (1845) Instrumentação: Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, cordas.
PARA OUVIR
CD Richard Wagner – Tannhäuser – Bayreuther Festspiele – Wolfgang Sawallisch, regente – Philips – 1993 (Ópera completa) CD Wagner – Favourite overtures – Wiener Philharmoniker & Chicago Symphony Orchestra – Sir Georg Solti, regente – Decca – 1998 (Abertura) PARA LER
Barry Millington (org.) – Wagner, um compêndio – Jorge Zahar Editor – 1995 Charles Baudelaire – Richard Wagner e Tannhäuser em Paris – Eliane Marta Teixeira Lopes, organização e tradução – Autêntica – 2013
Em abril de 1842, Wagner e a esposa, Minna, deixaram Paris rumo a Dresden. O casal, que tantas infelicidades vivera na capital francesa, agora finalmente a abandonava rumo à expectativa de sucesso na Saxônia. Rienzi, a ópera de Wagner recém-composta em Paris, seria estreada em Dresden, em outubro. Antes do início dos ensaios, no entanto, o casal passou algumas semanas de férias na Boêmia. Enquanto descansavam na estância termal de Teplitz, Wagner, que já havia algum tempo desejava escrever uma ópera sobre a lenda de Tannhäuser, começou a ler todo o material que encontrara sobre o assunto. Em pouco mais de uma semana de trabalho, o primeiro esboço do libreto, em prosa, estava pronto. Em Dresden, Wagner viveu dias felizes. Após a estreia de Rienzi, foi a vez de O navio fantasma, em janeiro de 1843. Em fevereiro era nomeado Kapellmeister da corte do rei da Saxônia, em abril concluía o libreto de Tannhäuser e, em julho, iniciava a composição da música. Em janeiro de 1845, com a ópera praticamente concluída, ele começou a compor a Abertura. A partitura da ópera completa ficou pronta no dia 13 de abril e a estreia se deu em outubro de 1845, sob a regência do compositor, no Teatro Real de Dresden. Wagner era um apaixonado pelo teatro, mas odiava a vulgaridade dos dramas musicais de sua época. Seus ideais dramáticos foram encontrados no teatro antigo da Grécia,
Wagner era um apaixonado pelo teatro, mas odiava a vulgaridade dos dramas musicais de sua época. Seus ideais dramáticos foram encontrados no teatro antigo da Grécia, enquanto seus modelos musicais eram os grandes sinfonistas alemães. enquanto seus modelos musicais eram os grandes sinfonistas alemães, especialmente Beethoven. Com isso, os temas de suas óperas deveriam ser, no mínimo, grandiloquentes. Como afirmou Baudelaire: “Eu diria que Wagner tem uma predileção irresistível pelas pompas feudais, as assembleias homéricas onde reside um acúmulo de forças vitais e as multidões entusiasmadas, reserva de eletricidade humana, de onde o estilo heroico surge com uma impetuosidade natural.” Não era uma tarefa fácil associar a excelência da dramaturgia grega à grandeza sinfônica beethoveniana, e o público, mais acostumado à frivolidade das óperas de sucesso fácil, não estava preparado para tanta profundidade. Wagner teve de acumular inúmeros fracassos, e Tannhäuser foi um deles. A apresentação em Dresden foi um fracasso, assim como o seria durante toda a vida de Wagner, onde quer que fosse apresentada. Apenas após a sua morte ela entraria para o repertório corrente, tornando-se, ao final do século XIX, uma de suas óperas mais populares, com O navio fantasma e Lohengrin. A famosa Abertura contém alguns dos principais temas da ópera. O enredo mistura as lendas do cavaleiro Tannhäuser com a do torneio de canto de Wartburg, no século XIII. Tannhäuser, cansado dos prazeres carnais de Venusberg (o mítico Monte de Vênus), decide voltar para casa. Para livrar-se do domínio da deusa Vênus, ele invoca a Virgem Maria, que o resgata. Encontra uma procissão de peregrinos e se junta a eles. Wolfram o convence a voltar para Elizabeth, sua amada, em Wartburg, onde o torneio de canto está acontecendo. Eles se encontram, mas Tannhäuser canta uma canção apaixonada em louvor a Vênus e por isso é banido do país. Juntando-se aos peregrinos, viaja a Roma para pedir perdão ao Papa. O perdão é negado e ele retorna bem no momento do funeral de sua amada. Roga que seu espírito interceda por ele, e morre. Os peregrinos surgem com o perdão do Papa, finalmente concedido, para a salvação de sua alma. GUILHERME NASCIMENTO Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor.
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benjamin BRITTEN
INGLATERRA, 1913 – 1976
Concerto para piano, op. 13 (1938, revisado em 1945) Instrumentação: 2 piccolos, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas.
PARA OUVIR
CD Britten – Piano Concerto & Violin Concerto – English Chamber Orchestra – Benjamin Britten, regente – Sviatoslav Richter, piano – Decca – 1989 (Gravado em 1970) PARA LER
Paul Francis Kildea – Britten on Music – Editora Oxford University Press – 2003
Foi com a ópera Peter Grimes que o compositor inglês Benjamin Britten adquiriu prestígio mundial. Tendo recebido o título de Barão de Aldeburgh, foi reconhecido, ainda em vida, como o mais importante compositor inglês de óperas desde Purcell, e o maior dos novos criadores da cena lírica depois de Puccini. O sucesso de sua carreira, no entanto, se iniciou com suas obras sinfônicas e de câmara: aos 21 anos, ele despertou atenção com o seu Quarteto Fantasia, apresentado em Florença no festival da Sociedade Internacional de Música Contemporânea. Uma vez revelado seu talento, Britten recebeu encomendas de músicas para filmes e concertos radiofônicos. Foi artista exclusivo da gravadora Decca, a quem deu o mesmo brilho que Stravinsky dera ao selo Columbia. As subsequentes obras para solista e orquestra foram, em grande parte, dedicadas a amigos e intérpretes preferidos: o tenor Peter Pears, o clarinetista Benny Goodman e o violoncelista Mstislav Rostropovich. Em 1938 Britten compôs uma obra para si mesmo: o brilhante Concerto para piano, op. 13, uma vitrine de suas habilidades como compositor e como pianista. Segundo ele, a obra foi “concebida a partir da ideia de se explorar tanto as diversas características do piano quanto as suas múltiplas possibilidades – sua qualidade percussiva e sua adaptabilidade em diversas figurações –, de modo que a obra não correspondesse a uma sinfonia com piano, e sim a um concerto ‘de bravura’ com
O Concerto opus 13 é o único concerto para piano de Britten, que se dedicou a criar outras obras “concertantes” com piano – Jovem Apolo, Diversões e Rondó concertante –, porém, sem utilizar o título comum ao gênero. acompanhamento orquestral”. A partitura foi iniciada na primavera de 1938 e concluída apenas três semanas antes da estreia, que teve o compositor como solista, sob a regência de Sir Henry Wood. Ao subir ao palco do Queen’s Hall, em Londres, no festival de verão The Proms da BBC, Britten, aos 24 anos, sabia da expectativa de que seu concerto se tornasse a versão inglesa do gênero que fora celebrizado pelas obras russas de Tchaikovsky e Rachmaninoff. Durante um trecho difícil, uma das abotoaduras de sua camisa saltou para o chão. O público, impressionado com o pequeno acidente, ao fim do concerto aplaudiu entusiasticamente o novo compositor-intérprete. Mas todo o esforço para criar uma obra virtuosística e de efeito não animou a crítica especializada, que sempre observara as extrovertidas pirotecnias musicais se precipitarem em superficialidade. Britten descreveu a peça como “simples e direta” e confessou: “se ela soa suficientemente popular e se as pessoas parecem gostar, tudo bem”. Todavia, em 1945, ele revisou o Concerto visando dar-lhe maior profundidade emocional e substituindo o terceiro movimento, Recitativo e ária, por um Improviso – uma sombria passacaglia. Se o segundo movimento sugere La valse de Ravel, a fanfarra burlesca da Marcha final lembra Liszt e é, provavelmente, uma das respostas musicais de Britten à ameaça iminente da Segunda Guerra Mundial. Originalmente designado como “número um”, o Concerto opus 13 é, no entanto, o único concerto para piano de Britten, que se dedicou a criar outras obras “concertantes” com piano – Jovem Apolo, Diversões (para mão esquerda) e Rondó concertante –, porém, sem utilizar o título comum ao gênero. A versão revista do Concerto para piano foi estreada em julho de 1946, com Noel Mewton-Wood ao piano e o compositor conduzindo a Filarmônica de Londres.
MARCELO CORRÊA Pianista, Mestre em Piano pela Universidade Federal de Minas Gerais e professor na Universidade do Estado de Minas Gerais.
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sergei
RACHMANINOFF RÚSSIA, 1873 – ESTADOS UNIDOS, 1943
Sinfonia nº 3 em lá menor, op. 44 (1935/1936) Instrumentação: Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 2 trompetes, trompete alto, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, celesta, cordas.
PARA OUVIR
CD Rachmaninov – Symphony nº 3 – National Symphony Orchestra of Ireland – Alexander Anissimov, regente – Naxos – 1998 PARA LER
Robert Matthew-Walker – The illustrated lives of the great composers – Rachmaninoff – Omnibus Press – 2001
Depois de estudar com Siloti (aluno de Liszt) e com Zverev, Sergei Rachmaninoff conquistou, aos dezoito anos, a grande medalha do concurso de piano do Conservatório de Moscou. Nessa instituição conheceu Tchaikovsky, cujo apoio e amizade foram fundamentais para a definição e o desenvolvimento de sua carreira. Por toda a vida Rachmaninoff manter-se-á vinculado à linguagem musical romântica consolidada no século XIX, alheio às inovações radicais das primeiras décadas do século seguinte. Além de muitas peças para piano e da obra orquestral, compôs algumas canções, uma sonata para violoncelo e um elegíaco trio em memória de Tchaikovsky. Aos dezenove anos, Rachmaninoff estreou com sucesso a pequena ópera Aleko, no Teatro Bolshoi. Logo depois, escreveu o popular Prelúdio em dó sustenido menor para piano, que lhe trouxe imediata fama internacional (e do qual, mais tarde, chegou a se aborrecer profundamente). Consagrado pianista e compositor, tornou-se, em 1897, regente do Teatro Imperial de Moscou. Esse sucesso inicial foi, entretanto, seguido de um severo fracasso, quando sua Primeira Sinfonia recebeu acolhida glacial do público. Os ataques cruéis de críticos (como o teórico nacionalista César Cui) afetaram profundamente Rachmaninoff e agravaram suas tendências depressivas, a ponto de tornálo incapaz de compor. Submeteu-se, então, a um tratamento de hipnose e, três anos depois,
A Sinfonia nº 3 é bastante demonstrativa do estilo final de Rachmaninoff, quando sua linguagem, mantendo-se pessoal e anacronicamente romântica, se moderniza pela ciência dos timbres orquestrais e pelo senso admirável dos detalhes. começou a escrever o Concerto para piano nº 2 em dó menor, que dedicou a seu médico. Desde a primeira apresentação, em 1901, com o próprio compositor ao piano, a obra obteve enorme sucesso, marcando o início de novo e frutuoso período criativo. Rachmaninoff fez muitas e extensas turnês, temporadas na Alemanha e na Itália, consolidando a reputação de pianista inigualável, o Liszt do século que se iniciava. Em 1909 realizou sua primeira viagem americana, para a qual compôs o Concerto nº 3 em ré menor. Retornando à Rússia, entre 1910 e 1917, Rachmaninoff publicou os Prelúdios, os Études-tableaux e a Sonata nº 2, ampliando um repertório pianístico que, indubitavelmente, é a parte mais apreciada de sua obra. Entretanto, as lutas políticas e sociais se acentuavam no país e, dois meses após a Revolução de Outubro, por ocasião de um concerto em Estocolmo, o compositor, acompanhado da mulher e das duas filhas, exilou-se definitivamente. A Rússia que assistira à sua ascensão como pianista, compositor e regente não existia mais. No final de 1918, os Rachmaninoff partiram para os Estados Unidos, onde o artista viveu os últimos anos, dedicando-se primordialmente aos concertos, em detrimento da criação. Mais de três quartos da obra de Rachmaninoff foram escritos antes de 1917. A partir daí, o pianista ofuscava o compositor que, entretanto, sobretudo em períodos de férias europeias, ainda elaborou obras importantes – o Concerto nº 4, a Rapsódia sobre um tema de Paganini, as Variações sobre um tema de Corelli, a Sinfonia nº 3 e as Danças sinfônicas. A Sinfonia nº 3 divide-se em três movimentos e utiliza uma orquestra muito grande. Rachmaninoff, no entanto, prioriza a diversificação das sonoridades sobre os efeitos de massa. O movimento inicial é precedido de uma pequena introdução (Lento) que apresenta o tema cíclico da obra, de caráter austero e despojado, tocado em uníssono por clarinetes, trompa e violoncelo. Um repentino e breve fortíssimo precede o Allegro moderato, construído sobre dois temas. O primeiro, eslavo e melancólico, aparece nas madeiras. O segundo
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tema forma uma melodia nobre e lírica, cantada nos violoncelos e fagotes. O desenvolvimento é caracterizado por certo nervosismo, pela sucessão rápida das frases, por ritmos abruptos, numerosas síncopes e notas irônicas no xilofone. O tema cíclico reaparece nos metais antes que o movimento termine solene e heroico. O Adagio non troppo começa com o tema cíclico na trompa, sobre acordes da harpa. Segue-se uma longa e melancólica melodia, desenhada pelo violino solo, depois, por todos os violinos. Na sequência, é entregue à flauta e ao clarinete grave. A parte central, totalmente diversa, consiste em um scherzo denso, enérgico e ritmado. No retorno da primeira seção, a triste melodia aparece muito abreviada e com variantes. O tema cíclico adquire um papel importante em todo o episódio do Allegro final, que se inicia com caráter dançante e popular. Logo, porém, uma melodia em arpejos provoca uma sensação de languidez. Para fechar essa primeira seção, o trompete proclama o tema cíclico. Segue-se um fugato – Allegro vivace – com a citação do Dies Irae da missa de réquiem gregoriana. Esse cantochão medieval sempre fascinou o compositor (aparece em suas três sinfonias, na Ilha da Morte, em algumas peças para piano solo e na Paganini Rhapsody. E está presente ainda na Totentanz de Liszt, uma das peças de sucesso do pianista Rachmaninoff). Após a reexposição, o tema cíclico surge em uma variante ritmada no staccato das cordas e ornamentado nos arabescos da flauta.
PA U L O S É R G I O M A L H E I R O S D O S S A N T O S Pianista, Doutor em Letras, professor na UEMG, autor dos livros Músico, doce músico e O grão perfumado – Mário de Andrade e a arte do inacabado.
FOTO ALEXANDRE REZENDE
A Sinfonia nº 3 em lá menor estreou em novembro de 1936, na Filadélfia, sob a regência de Leopold Stokowski. É bastante demonstrativa do estilo final de Rachmaninoff, quando sua linguagem, mantendo-se sempre pessoal e anacronicamente romântica, entretanto se moderniza pela ciência dos timbres orquestrais e pelo senso admirável dos detalhes.
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Ouro Preto, Brasil Sempre que penso na palavra "música", a primeira coisa que me vem à cabeça é minha família. Meu pai, um grande amante e conhecedor da música clássica, foi quem incentivou todos os filhos a seguirem a carreira de músico. Hoje me sinto uma pessoa totalmente realizada por poder trabalhar e viver da música.
VIOLINO
Paracin, Sérvia Música é a forma mais bonita de transmitir as próprias emoções, interpretando as obras de arte dos grandes compositores e criando assim uma ponte entre o criador e o ouvinte. Já com três anos de idade comecei a tocar acordeão e, aos sete, o violino. Foi muito natural continuar nesse caminho, e agora posso dizer que estou feliz porque tenho o privilégio de ter a música como uma parte importante da minha vida.
mateus
FREIRE VIOLINO
João Pessoa, Brasil A música sempre fez parte da minha vida. Antes dos estudos, já convivia com ela de perto com os meus pais, que, sendo músicos e "corujas", sempre me apoiaram. Quando não estou tocando, escuto, penso ou escrevo música. Vivo-a intensamente e me sinto privilegiado por ter seguido esse caminho. Não só pelo amor que tenho pelo meu trabalho, mas pelas pessoas, mestres e principalmente os amigos que ganhei e que me ensinam tanto até hoje.
rodrigo de
OLIVEIRA VIOLINO
Taubaté, Brasil Música é o dom mais precioso que Deus me confiou. É inexplicável a satisfação de tocar as mais belas composições e perceber, através dos aplausos, que pude despertar no público a mesma emoção que senti ao tocar. Este momento faz com que todo o empenho e estudo tenham valido a pena. Desde pequeno fui incentivado pela minha família. Foi com meus estudos e dedicação que pude construir minha trajetória e trilhar este caminho fascinante que é a carreira de músico.
tiago
ELLWANGER VIOLINO
Campo Bom, Brasil
FOTO RAFAEL MOTTA
Arte é, arte transforma, a arte se transforma. A arte é percebida por cada um de uma maneira peculiar e, por isso, pode ser tão complexa e simples ao mesmo tempo. Definir música seria como impor barreiras num mundo onde as mesmas não existem. Eu tive a sorte de nascer em uma família musical e desde muito cedo minha mãe me introduziu ao mundo da música. Dar vida a esta arte é um prazer, e eu sou grato por ter feito esta escolha.
rodrigo
BUSTAMANTE VIOLINO
Belo Horizonte, Brasil Quando criança, o que me levou a estudar música foi o gosto pelas obras que faziam parte da discoteca familiar. Conheci, assim, as sinfonias de Mahler, os quartetos de Beethoven e os incríveis violinistas dos anos 1950 e 1960, cujas composições e execuções me cooptaram de forma inexorável para a carreira musical. Desde então, música tornou-se fonte de experiências inesquecíveis, mas também de privações e conflitos pessoais decorrentes de um estudo contínuo.
frank
HAEMMER VIOLINO
Demmin, Alemanha Música é tudo para mim. Desde os seis anos estou envolvido de diversas maneiras, seja com o instrumento, coral ou teoria musical. É um modo de viver e conviver. Com o tempo, minha perspectiva de ver e fazer música mudou de um hobby para uma carreira, até terminar como músico profissional de orquestra. Aos quatorze anos precisei escolher entre o esporte e a música e tive grandes colaboradores que me ajudaram na decisão. O caminho já estava feito para eu me tornar o que sou hoje.
valentina
GOSTILOVITCH VIOLINO
Minsk, Bielo-Rússia Aos cinco anos de idade vi um violino na TV e falei para minha mãe que gostei do som daquele instrumento, e ela me colocou numa escola de música. E aqui estou eu agora. Como sou uma integrante de orquestra, eu só entrego as músicas, como um carteiro entrega as cartas. "Música é constante renovação. Cada vez que alguém toca, traz ao mundo um novo som." (Daniel Barenboim)
marcus julius LANDER CLARINETE
FOTO RAFAEL MOTTA
São Paulo, Brasil Ser músico é um privilégio muito grande e uma responsabilidade maior ainda! Quando eu tinha cinco anos, acompanhava meu tio César nos ensaios da Banda da igreja, onde ele tocava saxofone. Eu me sentava ao lado dele e “tocava” meu sax invisível. Três anos mais tarde, entrei no curso de música da mesma igreja, para aprender saxofone (dessa vez o de verdade). Entretanto, o instrumento mais parecido no acervo da Banda era um clarinete. Nunca mais quis trocar.
jonatas BUENO CLARINETE
São Paulo, Brasil Música é mais que combinação de som, ritmo e harmonia; é a arte de despertar, envolver e expressar sentimentos sem que sejam necessárias palavras, dádiva de Deus. Meu relacionamento com a música iniciou-se quando ainda era criança, e meu interesse foi crescendo mais e mais com o passar do tempo, até que visualizei a possibilidade de unir o agradável ao útil, convergindo na decisão de seguir carreira de músico.
alexandre SILVA
ney campos FRANCO
CLARINETE
CLARINETE
Nazaré da Mata, Brasil
São João del-Rei, Brasil
A música, manifestação imanentemente humana, é capaz de atingir, sem permissão, os sentimentos mais íntimos de cada um de nós; é tão diversa quanto diversos são os grupos sociais, e foi em uma sociedade repleta de variedade cultural que tive os primeiros contatos com ela. Vi maracatus, ciranda e frevo, e a paixão pela comunicação através da arte vem daí. Música, para mim, é tudo aquilo para o que dedico, desde os onze anos, minha atenção, pensamentos e energia.
Tive a sorte de nascer em uma cidade onde a cultura da música erudita é algo quase que inerente à vida de seus cidadãos. A admiração por Mozart foi a janela por onde, ainda jovem, visualizei o mundo da música. Mas o estudo da clarineta foi a porta para que toda a paixão incondicional pela arte se materializasse através de anos de dedicação e orgulho de tornar um sonho real. Ser músico é ir além do ato de se fazer arte; é um estilo de vida, estilo de ser feliz.
FICHA TÉCNICA
ACOMPANHE A FILARMÔNICA EM
OUTROS CONCERTOS
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS OUTUBRO 2013
CONCERTOS PARA A JUVENTUDE
LABORATÓRIO DE REGÊNCIA
Realizados em manhãs de domingo, são concertos dedicados aos jovens e às famílias, buscando ampliar e formar público para a música clássica. As apresentações têm ingressos a preços populares e contam com a participação de jovens solistas.
Atividade inédita no Brasil, este laboratório é uma oportunidade para que jovens regentes brasileiros possam praticar com uma orquestra profissional. A cada ano, quinze maestros, quatro efetivos e onze ouvintes, têm aulas técnicas, teóricas e ensaios com o regente Fabio Mechetti. O concerto final é aberto ao público.
DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
CLÁSSICOS NO PARQUE
Realizados em parques e praças da Região Metropolitana de Belo Horizonte, os concertos proporcionam momentos de descontração e entretenimento, buscando democratizar o acesso da população em geral à música clássica.
CONCERTOS DE CÂMARA
Realizados para estimular músicos e público na apreciação da música erudita para pequenos grupos. A Filarmônica conta com grupos de Metais, Cordas, Sopros e Percussão.
CONCERTOS DIDÁTICOS
Concertos destinados exclusivamente a grupos de crianças e jovens da rede escolar, pública e particular, bem como a instituições sociais mediante processo de inscrição junto ao Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado. Seu formato busca apoiar o público em seus primeiros passos na música clássica.
TURNÊS ESTADUAIS
As turnês estaduais levam a música de concerto a diferentes cidades e regiões de Minas Gerais, possibilitando que o público do interior do Estado tenha o contato direto com música sinfônica de excelência. Dez municípios são contemplados em 2013. TURNÊS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
FESTIVAL TINTA FRESCA
Com o objetivo de fomentar a criação musical entre compositores brasileiros e gerar oportunidade para que suas obras sejam programadas e executadas em concerto, este Festival é sempre uma aventura musical inédita. Como prêmio, o vencedor recebe a encomenda de outra obra sinfônica a ser estreada pela Filarmônica no ano seguinte, realimentando o ciclo da produção musical nos dias de hoje.
Com essas turnês, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais busca colocar o Estado de Minas dentro do circuito nacional e internacional da música clássica. Em 2013, a Orquestra volta a se apresentar no Festival de Campos do Jordão, nos Concertos Paulínia e na Sala São Paulo.
FABIO MECHETTI REGENTE ASSOCIADO
MARCOS ARAKAKI PRIMEIROS VIOLINOS
ANTHONY FLINT spalla ROMMEL FERNANDES concertino Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Dante Bertolino Eliseu Martins de Barros Hyu-Kyung Jung Marcio Cecconello Mateus Freire Megumi Tokosumi Rodrigo Bustamante Rodrigo Monteiro Rodrigo de Oliveira SEGUNDOS VIOLINOS
Frank Haemmer * Leonidas Cáceres ** Gláucia Borges Jovana Trifunovic Leonardo Ottoni Luka Milanovic Marija Mihajlovic Martha de Moura Pacífico Radmila Bocev Rodolfo Toffolo Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch VIOLAS
João Carlos Ferreira * Roberto Papi ** Cleusa de Sana Nébias Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Marcelo Nébias Nathan Medina Katarzyna Druzd William Barros
VIOLONCELOS
TROMBONES
Elise Pittenger *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Lina Radovanovic Matthew RyanKelzenberg Robson Fonseca Emilia Neves ****
Mark John Mulley * Wagner Mayer ** Renato Lisboa
CONTRABAIXOS
Colin Chatfield * Nilson Bellotto ** Brian Fountain Hector Manuel Espinosa Marcelo Cunha Pablo Guiñez William Brichetto
TUBA
Eleilton Cruz * TÍMPANOS
Patricio Hernández Pradenas * PERCUSSÃO
Rafael Alberto * Daniel Lemos ** Werner Silveira Sérgio Aluotto Rafael Mattos **** HARPA
Giselle Boeters *
FLAUTAS
TECLADOS
Cássia Lima * Renata Xavier ** Alexandre Braga Elena Suchkova
Ayumi Shigeta * Patricia Valadão ****
OBOÉS
Alexandre Barros * Ravi Shankar ** Israel Silas Muniz Moisés Pena CLARINETES
Marcus Julius Lander * Jonatas Bueno ** Ney Campos Franco Alexandre Silva FAGOTES
Catherine Carignan * Andrew Huntriss Cláudio de Freitas TROMPAS
GERENTE
Jussan Fernandes
Marlon Humphreys * Érico Fonseca ** Daniel Leal
CONSELHO ADMINISTRATIVO PRESIDENTE EMÉRITO
Jacques Schwartzman PRESIDENTE
Roberto Mário Soares CONSELHEIROS
Berenice Menegale, Bruno Volpini, Celina Szrvinsk, Fernando de Almeida, Ítalo Gaetani, Marco Antônio Drumond, Marco Antônio Pepino, Marcus Vinícius Salum, Mauricio Freire, Octávio Elísio, Paulo Paiva, Paulo Brant, Sérgio Pena DIRETORIA EXECUTIVA DIRETOR PRESIDENTE
Diomar Silveira
DIRETORA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA
Márcia Cristina de Almeida DIRETORA DE COMUNICAÇÃO
Jacqueline Guimarães Ferreira DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS
Zilka Caribé
DIRETOR DE PRODUÇÃO MUSICAL
Marcos Souza
EQUIPE TÉCNICA GERENTE DE COMUNICAÇÃO
Merrina Godinho Delgado GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL
Claudia da Silva Guimarães ASSESSORA DE PROGRAMAÇÃO MUSICAL
Carolina Debrot PRODUTORES
INSPETORA
Karolina Lima ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
Débora Vieira ARQUIVISTA
Sergio Almeida ASSISTENTES
Ana Lúcia Kobayashi Claudio Starlino Jônatas Reis SUPERVISOR DE MONTAGEM
Rodrigo Castro
Alma Maria Liebrecht * Evgueni Gerassimov ** MONTADORES Gustavo Garcia Trindade Igor Araujo José Francisco dos Santos Jussan Meireles Risbleiz Aguiar Lucas Filho Fabio Ogata TROMPETES
INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA
Felipe Renault, Luis Otávio Amorim, Narren Felipe ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO
Andréa Mendes / Imprensa Marciana Toledo / Publicidade Mariana Garcia / Multimídia Renata Romeiro / Design gráfico ANALISTA DE MARKETING DE RELACIONAMENTO
Mônica Moreira
ANALISTA DE MARKETING E PROJETOS
Mariana Theodorica
ASSISTENTE DE COMUNICAÇÃO
Renata Gibson
EQUIPE ADMINISTRATIVA ANALISTA ADMINISTRATIVO
Eliana Salazar
ANALISTA CONTÁBIL
Graziela Coelho ANALISTA FINANCEIRO
Thais Boaventura ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS
Quézia Macedo Silva SECRETÁRIAS EXECUTIVAS
Flaviana Mendes, Luiza Fonseca AUXILIARES ADMINISTRATIVOS
Cristiane Reis, João Paulo de Oliveira, Vivian Figueiredo RECEPCIONISTA
Lizonete Prates Siqueira AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS
Ailda Conceição, Claudia Cristina Sanches MENSAGEIROS
Jeferson Silva, Pablo Faria MENOR APRENDIZ
Pedro Almeida CONSULTORA DE PROGRAMA
Berenice Menegale
* CHEFE DE NAIPE ** ASSISTENTE DE CHEFE DE NAIPE *** CHEFE/ASSISTENTE SUBSTITUTO **** MÚSICO CONVIDADO
PRÓXIMOS
PARA APRECIAR O CONCERTO
CONCERTOS
APARELHOS CELULARES
Confira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.
TOSSE
Perturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha.
OUTUBRO Dia 10 Abertura da exposição Primeiros Passos na Música Clássica quinta, 9h, Centro Cultural Usiminas, Ipatinga Funcionamento: de 10/10 a 09/11, das 9h às 21h
Dias 10 e 11 Turnê Estadual Ipatinga quinta, 15h e sexta, 9h, Centro Cultural Usiminas MARCOS ARAKAKI, regente
SANTORO / DVORÁK TCHAIKOVSKY / ROSSINI STRAVINSKY
Dia 11 Turnê Estadual Belo Oriente sexta, 19h, Praça do INSS MARCOS ARAKAKI, regente
SANTORO / DVORÁK TCHAIKOVSKY / ROSSINI STRAVINSKY
Dias 17, 18 e 19 Sala São Paulo quinta e sexta, 21h e sábado, 16h30 FABIO MECHETTI, regente CONRAD TAO, piano
WAGNER / BRITTEN RACHMANINOFF
Dia 26 Laboratório de Regência sábado, 20h30, Sesc Palladium Fabio Mechetti, regente Alba Christina Bomfim Souza, Luciano de Freitas Camargo, Paulo Vinícius Panegacci dos Santos e Sergei Eleazar de Carvalho, regentes
WAGNER / BEETHOVEN
Dia 27 Concertos para a Juventude domingo, 11h, Sesc Palladium MARCOS ARAKAKI, regente
Dia 17 Concertos para a Juventude domingo, 11h, Sesc Palladium MARCOS ARAKAKI, regente MARLON HUMPHREYS, trompete
MOZART / HAYDN / GRIEG BORODIN
Dia 21 Série Allegro quinta, 20h30, Palácio das Artes JOHN NESCHLING, regente convidado NICOLAS KOECKERT, violino
MIRANDA / GOMES / DVORÁK DUKAS / CHAVEZ
SIBELIUS / TCHAIKOVSKY
Dias 28 e 29 Concertos Didáticos
DEZEMBRO
segunda, 14h30 e terça, 9h30 e 14h30, Sesc Palladium (concerto fechado) MARCOS ARAKAKI, regente
MIRANDA / GOMES / DVORÁK DUKAS / CHAVEZ
NOVEMBRO Dia 12 Série Vivace terça, 20h30, Palácio das Artes FABIO MECHETTI, regente KYOKO TAKEZAWA, violino
C. SANTOS / ELGAR BRAHMS
Dia 3 Série Vivace terça, 20h30, Palácio das Artes FABIO MECHETTI, regente BENEDETTO LUPO, violino
LEVY / DVORÁK / STRAVINSKY
Dia 19 Série Allegro quinta, 20h30, Palácio das Artes FABIO MECHETTI, regente DENISE DE FREITAS, alto CORAL LÍRICO DE MINAS GERAIS – Coro Feminino CORAL INFANTOJUVENIL DO PALÁCIO DAS ARTES
MAHLER
APLAUSOS
Aplauda apenas no final das obras, que, muitas vezes, se compõem de dois ou mais movimentos. Veja no programa o número de movimentos e fique de olho na atitude e gestos do regente.
PONTUALIDADE
Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.
CRIANÇAS
Caso esteja acompanhado por crianças, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.
FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEO
Não são permitidas na sala de concertos.
COMIDAS E BEBIDAS
Seu consumo não é permitido no interior da sala de concerto.
CUIDE DO SEU PROGRAMA DE CONCERTOS Solicitamos a todos que evitem o desperdício, pegando apenas um programa por mês. Se você vier a mais de um concerto no mês, traga o seu programa ou, se o esqueceu em casa, use o programa entregue pelas recepcionistas e devolva-o, depositando-o em uma das caixas colocadas à saída do Grande Teatro. O programa mensal impresso é elaborado com a participação de diversos especialistas e objetiva oferecer uma oportunidade a mais para se conhecer música, compositores e intérpretes. Ele também está disponível em nosso site: www.filarmonica.art.br. Desfrute da leitura e estudo.
PAT ROCÍNIO
D I V U LG A Ç Ã O
INCENTIVO
APOIO INSTITUCIONAL
w w w. i n c o n f i d e n c i a . c o m . b r
REALIZAÇÃO
www.filarmonica.art.br R. Paraíba, 330 | 120 andar | Funcionários Belo Horizonte | MG | CEP 30130-917 Tel. 31 3219 9000 | Fax 31 3219 9030 | contato@filarmonica.art.br