COMENTÁRIO À REGRA DA
MILITIA SANCTAE MARIAE - Brasil - Capítulo de setembro de 2014 –
“Do serviço de Nossa Senhora” (IV, 7) Os Cavaleiros da Ordem serão ardorosos em promover o reino de Nossa Senhora nas almas como nas instituições. Serão sempre os defensores da sua honra, não se resignando a ver desconhecidos ou passados sob silêncio os títulos sagrados da Mãe de Deus. Em todo o lado em que Maria for rainha, Jesus Cristo será Rei. _______________________________________________________________________
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Salve Maria! Algumas vezes, como que querendo transformar o cristianismo em uma religião privada, esquecemos o conceito importantíssimo do reinado social e universal de Nosso Senhor. Vejamos que, não poucas pessoas, mesmo dizendo professar a fé católica em sua integridade, quando confrontadas com oportunidades de exprimir publicamente no que creem, não o fazem. Dão como argumento que professam a fé em sua integridade, mas privadamente. O reinado social de Cristo, neste caso e para essas pessoas, não existiria. Nosso Senhor pode reinar perfeitamente no coração dessas pessoas, mas elas não permitem que Ele reine verdadeiramente no mundo. Com o pecado original, toda a criação manchou-se. Tudo caiu em desordem. E ainda que mais tarde a própria Igreja tenha chamado, no precônio pascal, o pecado original de “felix culpa”, culpa feliz, ela o pôde fazê-lo apenas tendo em vista a Redenção operada por Cristo. Toda a criação, com o Sacrifício único e irrepetível de Nosso Senhor na Cruz, foi restaurada e, inclusive, elevada a uma dignidade superior à que havia anteriormente. Da mesma forma que existe uma diferença infinita entre as virtudes morais apontadas por Aristóteles (que baseiamse em um autocontrole humano) e as mesmas virtudes cristianizadas (e, neste caso, também infusas, porque cheias da Graça santificante e capazes de produzir mérito), também há uma infinita diferença na criação nova, operada por Nosso Senhor, daquela antiga.