Eixo de discussão I: Relações históricas entre a Saúde e a Geografia.

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DINTER

Disciplina: Saúde Pública: cenários e contexto social da Região Nordeste Eixo de discussão I: Relações históricas entre a Saúde e a Geografia.

Estrutura: 1. Iniciando a teia; 2. Saúde e ambiente – relações históricas; 3. Fatos que modificaram as concepções da relação entre o meio ambiente e a saúde;

4. Modificações na Legislação Brasileira; 5. Alguns geógrafos que trabalham a relação ambiente-saúde; 6. Linha do tempo. Profa. Dra. Martha Priscila Bezerra Pereira – outubro de 2009.


INICIANDO A TEIA

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Quando se pensa na relação entre a Saúde e a Geografia fala-se sobre doenças que tem relação com o meio ambiente. Mas,

De que saúde e doença estamos falando?

A qual Geografia e Ambiente estamos nos referindo? Em que tipos de ambientes a saúde e a doença estão presentes na discussão geográfica?


SAÚDE E AMBIENTE – RELAÇÕES HISTÓRICAS Séc. IV aC Grécia

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Aristóteles acreditava que as fases da Lua poderiam influenciar no curso das doenças. (TUAN, 2005, P. 151) www.biografiasyvidas.com/biografia/a/fotos/aristoteles.jpg&imgrefurl. Acesso em 20out09

Segunda metade do séc. V aC Grécia

Hipócrates elaborou um tratado que considerava critérios ambientais para analisar doenças, dentre os critérios pode-se considerar: • Estações do ano; • Ventos quentes e frios provenientes de outras região ou da própria região; • Propriedade das águas (e sua proveniência);

• Posição da cidade (à nascente ou à poente); • Situação dos solos; • Dieta (costumes) dos homens; www.usuarioscultura.com.br. Acesso em 20out09

(CAIRUS, 2005, p. 94.)


SAÚDE E AMBIENTE – RELAÇÕES HISTÓRICAS

Idade Média no Ocidente

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O ambiente relacional com o bem ou pessoas do bem, e com o mal ou pessoas do mal é que poderiam determinar estados de saúde ou doença.

Ex. Determinadas doenças eram atribuídas ao castigo de Deus, e outras calamidades que assolaram cristãos e não cristãos teriam sido piores entre povos não-cristãos. (TUAN, 2005, P. 149)

Séc. XIV - Europa

histriavirtual.blogspot.com. Acesso em 20out09.

Eventos incomuns no céu, seriam indícios de futuras calamidades, como ocorreu em 1348, antes da grande peste – “meteoros extraordinários foram noticiados em muitos lugares da Europa”. (TUAN, 2005, P. 151) www.papeldeparede.fotosdahora.com.br/ Acesso em 20out09


SAÚDE E AMBIENTE – RELAÇÕES HISTÓRICAS

Séc. XVI e início do XVII Até início do séc. XVII Europa

Além dos textos hipocráticos, ainda acreditava-se que os astros poderiam influenciar a saúde. Os médicos diziam que “o período de Lua Cheia estava repleto de diferentes riscos para o (TUAN, 2005, P. 151) blogs.jovempan.uol.com.br. Acesso em 20out09 doente.” Até o início do século XVII a relação entre Meio Ambiente e a Saúde Humana foi explicada principalmente pelos textos hipocráticos, e passa a ser ainda mais valorizada com o advento das grandes navegações (séc. XVI e XVII). www.educador.brasilescola.co m. Acesso em 20out09

Séc. XVII

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(ANDRADE, 2000, P. 152)

Até o século XVII a obra de Hipócrates ainda era lida e seguida praticamente na íntegra, sendo esta relação meio ambientesaúde preservada. (ANDRADE, 2000, P. 152)


SAÚDE E AMBIENTE – RELAÇÕES HISTÓRICAS

Séc. XVII Inglaterra

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O médico inglês Thomas Syndeham (1624-1689) sistematizou os textos hipocráticos para estudar uma epidemia que afetou Londres na década de 1660 sugerindo uma estreita relação entre certas doenças e o meio natural, a idéia higienista começa a ser argumentada. (ABREU, 1997, P. 38)

www.uab.edu/reynolds/MajMedFigs/Sydenham.htm. Acesso em 20out09

Séc. XVIII - Europa

Durante a Rev. Industrial, a precarização da qualidade de vida de grande parte da população européia forneceu mais argumentos ao pensamento higienista, pois as grandes cidades passaram a ser assoladas por epidemias. Um dos agentes da natureza mais culpabilizados foram os pântanos, que geravam vapores de doenças: miasmas http://www.pediaonline.com.br/2009/05/revolucao-industrial.html. Acesso em 20out09.

(ABREU, 1997, P. 38-39)


SAÚDE E AMBIENTE – RELAÇÕES HISTÓRICAS

Séc. XVIII

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Nos estudos da patologia médica, gradativamente foi introduzida a concepção mecanicista da análise da relação dos seres vivos com o meio ambiente. Surgem as bases científicas para o pensamento higienista.

(EDLER, 2001, P. 927 e 928)

As causas sociais também foram observadas como condicionantes de epidemias, algumas delas são: Séc. XVIII - Europa

Esses problemas facilitavam a - superlotação; ação de agentes naturais, segundo os médicos com - falta de ventilação; - pouca insolação na habitações; reflexão de caráter ecológico.

- sujeira dos logradouros públicos; - excesso de trabalho; - má alimentação.

(ABREU, 1997, P. 39)

http://www.pediaonline.com.br/2009/05/revolucao -industrial.html. Acesso em 20out09.


SAÚDE E AMBIENTE – RELAÇÕES HISTÓRICAS

Final do séc. XVIII1795 – Alemanha. Leipzig Alemanha

Publicação do primeiro trabalho na tradição das topografias médicas, por Leonard Finke na Alemanha. O autor afirmou que seu livro seria uma Geografia geral médico-prática e que seu único precursor foi Hipócrates. (PESSOA, 1978, P. 100 e 101) www.sights-and-culture.com/Germany/Leipzig. Acesso em 20out09

Séc. XVIII - Europa

De acordo com Abreu (1997) as topografias médicas seriam uma das melhores sistematizações do pensamento higienista. “Trata-se de trabalhos que pretendiam estudar as interações entre o meio físico e social e o estado de saúde de uma determinada população, procurando identificar, ademais, suas relações de causa e efeito.” (ABREU, 1997, P. 39)

Eram geralmente elaboradas em formato monográfico, servindo como uma gestão política e econômica direcionada à racionalização da sociedade.

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SAÚDE E AMBIENTE – RELAÇÕES HISTÓRICAS Humboldt No início do século XIX, na então Prússia, Alexandre Von Humboldt (geólogo e botânico) e Karl Ritter (filósofo e historiador) implementam Início do estudos ditos geográficos em que a relação séc. XIX entre o homem e a natureza se tornam mais Alemanha Ritter fortes do que estas com a saúde. Eles influenciam na posterior sistematização das escolas tradicionais da Geografia. Neste momento a Geografia passa a se distanciar um pouco da saúde. (MORAES, 1993, p. 44-51)

edgeographerblog.blogspot.com/2008/01/urban; www.anemone-japonica.de/index2.html . Acesso em 20out09.

Séc. XIX Inglaterra

John Snow, em 1855, associou aspectos naturais (ambientais), locacionais e sociais para entender a distribuição do cólera na Inglaterra: as regiões afetadas tinham relação com fontes de abastecimento contaminadas. (ANDRADE, 2000, P. 152)

http://users.rcn.com/jkimball.ma.ultranet/BiologyPages/E/Epidemiology.html.; www.joyceimages.com Acesso em 20out09.


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SAÚDE E AMBIENTE – RELAÇÕES HISTÓRICAS Ocorre a sistematização da Geografia (1871) juntamente com a formação do Estado Alemão, de característica prussiana (militar). Final do Séc. XIX Alemanha

Ratzel emerge como intelectual engajado no projeto estatal da Alemanha. Seu principal livro “Antropogeografia” (1882) “definiu o objeto geográfico como o estudo da influência que as condições naturais exercem sobre a humanidade. Estas influências atuariam primeiro na fisiologia (somatismo) e na psicologia (caráter) dos indivíduos, e, através destes, na sociedade” (MORAES, 1993, p. 55 – grifo nosso). Ratzel influenciou a formação da Escola Determinista. (MORAES, 1993, p. 52-60)

Ratzel

As relações entre a Geografia enquanto área do conhecimento, a natureza e a saúde mais uma vez estão relacionadas.

http://1.bp.blogspot.com/ratzel.jpg. Acesso em 20out09


SAÚDE E AMBIENTE – RELAÇÕES HISTÓRICAS

Final do Séc. XIX França

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As perdas militares da França frente à Alemanha fez surgir um movimento que buscasse ideologicamente combater o pensamento geográfico alemão (década de 1870)

Seu principal autor foi Vidal de La Blache. Fundou a escola francesa de Geografia e deslocou para este país o eixo da discussão geográfica. Objeto da Geografia para La Blache: - A relação homem-natureza (perspectiva da paisagem). - O homem sofre a influência do meio, porém tem capacidade de também atuar sobre ele, transformando-o. - Elaborou o conceito de gênero de vida – “relação entre a população e os recursos, uma situação de equilíbrio, construída historicamente pelas sociedades. A diversidade dos meios explicaria a diversidade dos gêneros de vida.” (MORAES, 1993, p. 68-69).

(MORAES, 1993, p. 61-72)

Seu pensamento influencia um de seus colaboradores franceses no século XX: Max Sorre, que relaciona gênero de vida e saúde. www.britannica.com. Acesso em 20out09


SAÚDE E AMBIENTE – RELAÇÕES HISTÓRICAS

Final do Séc. XIX

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Na área da saúde, o desenvolvimento da microbiologia fez com que a doença fosse relacionada apenas ao agente infeccioso, deixando de lado os aspectos ambientais e sociais. (ANDRADE, 2000, p. 152)

www.fop.unicamp.br/microbiologia/Pasteur.jpg&imgrefurl. Acesso em 20ago09

Séc. XX

O advento da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) fez emergir a necessidade de estudos de Geografia Médica (relacionando ambiente e saúde humana). A climatologia médica passa a ser importante para a proteção de soldados em guerra nos diferentes ambientes. (ANDRADE, 2000, P. 152)


SAÚDE E AMBIENTE – RELAÇÕES HISTÓRICAS Maximilien

Sorre publicou

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“Fundamentos

biológicos da Geografia humana: ensaio de uma ecologia do homem” que estuda um enfoque 1947 França

geográfico da relação entre o meio ambiente e sua influência na saúde. Desenvolveu o conceito de Complexo Patogênico. (SORRE, 1955; SOUZA & SANT’ANNA NETO, 2008)

http://age.ieg.csic.es/hispengeo/imagen/Max_Sorre.jpg. Acesso em 15out09

Déc de 1940-1950 - Rússia

Pavlovsky preocupou-se com o ambiente natural modificado pelo homem e sua relação com o aparecimento de vetores tendo por consequência o aparecimento de endemias. Desenvolveu o conceito de Focos naturais (PAVLOVSKY, 196-) Vila da República Tadjik, país da Ásia Central que pertenceu À URSS onde havia muitos focos naturais de doenças.


SAÚDE E AMBIENTE – RELAÇÕES HISTÓRICAS Após a Segunda Guerra Mundial muitas concepções foram modificadas, e, por consequência, o que se concebia sobre meio ambiente e saúde.

http://sgm.galeon.com/logosgm.jpg. Acesso em 25out09.

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FATOS QUE MODIFICARAM AS CONCEPÇÕES DA RELAÇÃO ENTRE O MEIO AMBIENTE E A SAÚDE Déc de 1930-40 – II Guerra Mundial

A Segunda Guerra Mundial causou vários tipos de impactos, dentre eles os sociais, ambientais, econômicos e para a saúde. Surgem daí, iniciativas em vários países da Europa e nos EUA com o objetivo de preservar o meio ambiente, melhorar as condições de vida e garantir a paz – foi a base para a criação de movimentos ecológicos. (MENDONÇA, 1998, p. 33-34)

1949 Portugal

Uma das consequências da Segunda Guerra Mundial foi a criação da Comissão de Geografia Médica durante o Encontro da União Geográfica Internacional (UGI) realizada em Lisboa - Portugal. (ROJAS, 1998)

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FATOS QUE MODIFICARAM AS CONCEPÇÕES DA RELAÇÃO ENTRE O MEIO AMBIENTE E A SAÚDE

Déc de 1960-70 – Explosão demográfi ca

Após a II Guerra registrouse uma explosão demográfica principalmente nos então denominados “Países de Terceiro Mundo”. Iniciou-se a discussão sobre a finitude dos recursos naturais e a dissonância com o crescimento acelerado da população. (MENDONÇA, 1998, p. 38-42)

http://www.vivaterra.org.br/superpopulacao_ 2.1.jpg. Acesso em 20out09

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FATOS QUE MODIFICARAM AS CONCEPÇÕES DA RELAÇÃO ENTRE O MEIO AMBIENTE E A SAÚDE

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Áreas próximas ao deserto do Saara – Sahel sofreram acentuada seca. O aumento populacional (devido expulsão de grupos humanos para estas áreas) se constituiu um grande impacto nessa região com um ecossistema tão frágil.

Déc de 1960-70 – Seca, fome e desertifica ção na África

Surgiram movimentos de luta pela vida com qualidade, pelo ambiente sadio e pelo direito de todos a uma vida melhor.

Houve mortes, fome e maior precariedade de higiene e alimentação – houve agravamento das condições de subdesenvolvimento. (MENDONÇA, 1998, p. 42-43)

matematica-na-veia.blogspot.com/ Acesso em 20out09.


FATOS QUE MODIFICARAM AS CONCEPÇÕES DA RELAÇÃO ENTRE O MEIO AMBIENTE E A SAÚDE

Déc de 1950-60 – Movimen tos sociais gerais

Dentre os movimentos sociais, preocuparam com o meio ambiente.

alguns

deles

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se

•movimento hippie (comportamentos voltados à natureza); •movimento estudantil (avanços no processo ensinoaprendizagem) – inclusão de idéias relacionadas à educação ambiental e afins. (MENDONÇA, 1998, p. 44-51)

raquelfrota.multiply.com/journal/item/4/Hippi...; carlosscomazzon.wordpress.com Acesso em 20out09.

Déc de 1960 – abertura do conheci mento científico

As ciências foram fortalecidas em termos ideológico-filosóficos, deixando de estar pautadas exclusivamente pelo positivismo. Na Geografia o marxismo fez emergir a discussão de concepções ideológico-políticas que estão implícitas no discurso. (MENDONÇA, 1998, p. 51-54)


FATOS QUE MODIFICARAM AS CONCEPÇÕES DA RELAÇÃO ENTRE O MEIO AMBIENTE E A SAÚDE

Déc de 1970-80 – Geografia crítica

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Na Geografia Humana, a geografia crítica pautada no marxismo teve grande influência, porém, a discussão da natureza (do ambiente) foi deixada de lado na maioria dos trabalhos científicos. Na Geografia Física, o marxismo não teve êxito, porém a abordagem ambiental foi colocada em evidência. (MENDONÇA, 1998, p. 56-68)

Desta forma, a abordagem ambiental inicialmente esteve mais relacionada à Geografia Física. Porém, com a abordagem humanística da Geografia crítica, o discurso ambiental também foi incorporado pela Geografia Humana.

Relacionando o ambiente e a saúde, a discussão esteve pautada no ambiente em que o trabalhador é submetido e suas consequências para a saúde.


FATOS QUE MODIFICARAM AS CONCEPÇÕES DA RELAÇÃO ENTRE O MEIO AMBIENTE E A SAÚDE Déc de 1970-80 – Conferênci as pelo meio ambiente

•1972 - Primeira Conferência Mundial do Desenvolvimento e Meio Ambiente, em Estolcomo (primeira tentativa mundial de pensar o meio ambiente e contabilizar a degradação ambiental); •1992 - Segunda Conferência Mundial do Desenvolvimento e Meio Ambiente, no Brasil (buscaram rever o que havia sido acordado em Estolcomo para tentar colocar em prática a partir de então); (MENDONÇA, 1998, p. 44-51)

Déc de 1970-00 – Conferênci as pela promoção da saúde

•1974 – Relatório do ministro da Saúde e Bem Estar do Canadá – Relatório Lalonde, discutiu sobre a necessidade de vários fatores para que se atinja a saúde, seriam os fatores de promoção da saúde; •1986 – Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (carta de esclarecimento conceitual, de distribuição de responsabilidades e de intenções para se atingir a saúde);

•1988-2005 – Neste intervalo de tempo já ocorreram pelo menos cinco grandes conferências internacionais no intuito de se promover a saúde. (PEREIRA, 2008, p. 220-231)

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FATOS QUE MODIFICARAM AS CONCEPÇÕES DA RELAÇÃO ENTRE MEIO AMBIENTE E A SAÚDE

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Em meio a essas conferências internacionais, em 1992... A comissão da União Geográfica Internacional (UGI) que denominavase “Geografia Médica” passa a denominar-se “Comissão pelo

Ambiente, Saúde Desenvolvimento”.

e

(ROJAS, 1998, p.703)

http://www.igu-net.org/. Acesso em 21out09.


MODIFICAÇÕES NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

Déc de 1980-90 – Normatiza ção de atividades no BRASIL

Com a promulgação da Constituição Federal de 1988 a legislação ambiental passou a se consolidar no Brasil. Algumas exigências legais relacionadas ao ambiente: •EIA= Estudo de Impacto Ambiental; •RIMA= Relatório de Impacto Ambiental;

Algumas frentes de trabalho do profissional da Geografia:

•Laudos técnicos; •Diagnósticos ambientais; •Trabalho na recuperação de áreas degradadas; (MENDONÇA, 1998, p. 56-68)

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MODIFICAÇÕES NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

Déc de 1980-90 – Normatiza ção de atividades no Brasil

A promulgação da Constituição Federal de 1988 também facilitou a implementação do Sistema Único de Saúde, que, dentre outras coisas, defende o ambiente saudável para que o ser humano possa ter saúde. Algumas exigências legais relacionadas à promoção da saúde e que o profissional da Geografia pode trabalhar com elas: •Distritalização da saúde (regionalização da saúde com base em barreiras geográficas <ambientais> e culturais); •Territorialização de programas de saúde (ESF; PSA) – com base em barreiras geográficas <ambientais> culturais, etc); •Educação ambiental para a Saúde; Algumas frentes de trabalho do profissional da Geografia: •Espacialização das doenças e sua relação com outros elementos da paisagem; •Conhecimento geográfico dos profissionais de saúde voltado para o ambiente e sua correlação com doenças;

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LINHA DO TEMPO SÉC. IV e V SÉC. XVI aC Influência grega

Grandes navegações

Aristóteles/ Hipócrates Ambiente como causa de doenças

Revalorização do ambiente enquanto causador de doenças

SÉC. XVIII

SÉC. XIX

Industrialização, degradação e epidemias

Sistemat. da Geografia Descobertas na microbiologia

SÉC. XX

Guerras Mundiais e suas consequências

Causas sociais Relação homemcondicionante natureza de doenças

Estudos geográficos da relação homemambiente

Teoria Miasmas

Complexo patogênico

Topografias médicas

dos

Ambiente causador de doença x agente infeccioso

Focos naturais

Cond. de trabalho e de vida a partir de ambiente saudável Grandes conferências (ambiente e saúde).


REFERÊNCIAS ABREU, Maurício de Almeida. Pensando a cidade no Brasil do passado. In: SILVA, José Borzacchiello da; COSTA, Maria Clélia Lustosa; DANTAS, Eustógio Wanderley C. (org). A cidade e o urbano: temas para debates. Fortaleza: Editora UFC, 1997, 318p. P. 27-52.

ANDRADE, Maria Eliane Brito de. Geografia Médica: origem e evolução. In: BARATA, Rita Barradas; BRICEÑOLEÓN, Roberto (org). Doenças endêmicas: abordagens sociais, culturais e comportamentais. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2000, 376p. CAIRUS, Henrique F. Ares, águas e lugares. In: CAIRUS, Henrique F.; RIBEIRO JR, Wilson A. Textos hipocráticos: o doente, o médico e a doença. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2005, 252p (Coleção História e Saúde). EDLER, F. C.”De olho no Brasil: a geografia médica e a viagem de Alphonse Rendu’. História, Ciências , Saúde – Manguinhos, vol. VIII (suplemento), 925-43, 2001. MENDONÇA, Francisco. Geografia e meio ambiente. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1998, 74p. (Caminhos da Geografia) MORAES, Antônio Carlos Robert. Geografia: pequena história crítica. 12. ed. São Paulo: Hucitec, 1993, 129p. * PAVLOVSKY, E.N. Natural nidality of transmissible diseases. Moscow: Academician YN Pavlovsky, 196-, 229p. PEREIRA, Martha Priscila Bezerra. Conhecimento geográfico do agente de saúde: competências e práticas sociais de promoção e vigilância à saúde na cidade do Recife – PE. Presidente Prudente – SP: [s.n.], 2008, 255f. Tese (doutorado). UNESP/ FCT. PESSOA, Samuel. Ensaios médico-sociais. São Paulo: CEBES-HUCITEC, 1978, 380p. ROJAS, Luisa Iñiguez. Geografia e salud: temas y perspectivas en América Latina. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro 14(4): p. 701-711, out-dez, 1998. SORRE, Max. Fundamentos biológicos de la geografía humana: ensayo de una ecología del hombre. Provenza – Barcelona: Editorial Juventud, AS. 1955, 337p. SOUZA, Camila Grosso; SANT’ANNA NETO, João Lima. Geografia da saúde e climatologia médica: ensaios sobre a relação clima e vulnerabilidade. Hygeia. 3(6):p. 116-126, junho de 2008. TUAN, Yi-fu. Paisagens do medo. São Paulo: Ed. UNESP, 2005, 345p.

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