SaĂşde e normalidade
Sem os conceitos de normal e patológico o pensamento e a atividade do médico são incompreensíveis. Georges Canguilhem
A importância de discernir normal de anormal é separar observações clínicas que podem requerer tomada de ação daquelas que podem simplesmente ser anotadas.
Fletcher & Fletcher , 2003
ANORMALIDADE
DECISÃO
PROSSEGUIR A AVALIAÇÃO ou AGUARDAR
SELECIONAR UM TRATAMENTO
Aferição clínica
Dados nominais
dicotômicos
sim/não presente/ausente vivo/morto
Aferição clínica
Dados ordinais
ordem ou graduação
pequeno a grande bem a mal
Exemplo: força muscular de 1 a 5
Aferição clínica
Dados intervalares
escala
dados contínuos dados discretos
Dados ordinais e intervalares
Quando o normal passa a ser anormal? Variação na aferição Variação biológica Variação total
Distribuições: tendência central e dispersão TENDÊNCIA CENTRAL
Média
Soma dos valores das observações Número de observações
Mediana
Número de observações acima igual ao número de observações abaixo Valor mais freqüente
Moda
DISPERSÃO
Intervalo de variação
Do valor mais baixo ao mais alto
Desvio-padrão
Média das diferenças entre valores individuais e suas médias
Percentil
Proporção de valores que caem entre valores especificados
A distribuição normal ou gaussiana
A teoria do „homem médio‟ de Quêtelet, as críticas e a relação do homem com o meio
O anormal
ANORMAL = INCOMUM ANORMAL = ASSOCIADO COM DOENÇA ANORMAL = TRATÁVEL
O anormal
JUÍZO DE VALOR • •
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A relatividade do conceito de normal As normas vitais A normatividade
A monstruosidade Viabilidade – “negação do vivente pelo não viável” O imaginário
Renascimento: censo; celebração Idade Média: identificação ao diabólico Antigüidade: o Oriente; os Gregos Século XIX: o monstro „ensina‟ a norma
Os milagres sempre acontecem na vida de cada um e na vida de todos. Mas, ao contrĂĄrio do que se pensa, os melhores e mais fundos milagres nĂŁo acontecem de repente, mas devagar, muito devagar.
Paulo Mendes Campos