Topologia: “pensar de outra forma” Foucault por Gilles Deleuze
Os estratos
O saber é um agenciamento prático, um “dispositivo” de enunciados e de visibilidades.
A “função sujeito”.
O problema da verdade
“(...) o verdadeiro só se dá ao saber através de problematizações e as problematizações só se criam a partir de práticas, práticas de ver e práticas de dizer.”
“É o mesmo homem que se pode ver no asilo e enunciar como louco? Por exemplo, é fácil ver a loucura paranóica do presidente Schreber e interná-lo no asilo, mas é preciso retirá-lo dali porque é difícil „enunciar‟ sua loucura.”
“É possível falar da boa saúde mental de Van Gogh que, no curso de toda a sua via, apenas assou uma das mãos e, fora isso, não fez mais que amputar a orelha esquerda.” Artaud,1974
VAN GOGH, 1853-1890
“Foi assim que a sociedade estrangulou em seus asilos todos aqueles aos quais ela quis se livrar ou se proteger, por terem se recusado a se tornar cúmplices dela em algumas de suas safadezas.”
“Nunca ninguém escreveu ou pintou, esculpiu, construiu, inventou, a não ser para sair do inferno.”
ANTONIN ARTAUD,1896-1948
“Van Gogh queria juntar-se àquele infinito para o qual embarcamos, diz ele, como num trem para as estrelas.”
Antonin Artaud
O conteúdo, a forma e a substância
“...a prisão, por exemplo, e os que nela estão encerrados, os presos (quem? por quê? como?)”
o direito penal e a „delinquência‟ enquanto objeto de enunciados
“Cada vez mais superlotadas e sem oferecer qualquer condição de ressocialização dos detentos, o sistema prisional é altamente oneroso e ineficiente. O custo médio mensal de um preso no Brasil gira em torno de 1,2 mil reais. Por outro lado, as taxas de reincidência dos ex-presos variam entre 50 a 80%. Ou seja, nosso sistema prisional é caro, ineficiente e não cumpre sua finalidade social.” Robson Sávio
http://malemolente.wordpress.com/2009/05/10/a-realidade-das-prisoes-brasileiras/
“Cada vez mais superlotadas e sem oferecer qualquer condição de ressocialização dos detentos, o sistema prisional é altamente oneroso e ineficiente. O custo médio mensal de um preso no Brasil gira em torno de 1,2 mil reais. Por outro lado, as taxas de reincidência dos ex-presos variam entre 50 a 80%. Ou seja, nosso sistema prisional é caro, ineficiente e não cumpre sua finalidade social.” Robson Sávio
Vigiar e Punir: o poder no século XVIII
dividir no espaço ordenar no tempo compor no espaço-tempo O poder não é essencialmente repressivo. As forças afetam outras forças: o poder de afetar e o poder de ser afetado. O poder não passa por formas, mas por pontos: o diagrama, o poder como exercício".
As instituições
Há uma multiplicidade de integrações locais, parciais, cada uma em afinidade com tais relações, tais pontos singulares. O biopoder: a vida como novo objeto de saber “A vida se torna resistência ao poder quando o poder toma como objeto a vida: o homem como conjunto das forças que resistem.”
A subjetivação
As relações formadas, formalizadas sobre os estratos: Saber As relações de força no nível do diagrama: Poder A relação com o lado de fora: o Pensamento a “existência estética”
O sujeito: o apego de cada um à própria individualidade
o apego de cada um à própria infidelidade
a “existência estética” a parte material ou o corpo e seus prazeres
A subjetivação do homem livre se transforma em sujeição
a dobra da relação de forças a dobra do saber ou da verdade a dobra do lado de fora: o impensado
O sujeito: apego de cada um à própria identidade mediante a consciência e o conhecimento de si.
“Pensar é experimentar, é problematizar.”
“Pensar é emitir singularidades, é lançar dados. “Pensar é dobrar, é duplicar o fora com um dentro que lhe é coextensivo.”
O que posso ver e o que posso dizer hoje?
Talvez a fala, a comunicação estejam apodrecidas. (...) É preciso desviar da fala. Criar foi sempre coisa distinta de comunicar. O importante talvez venha a ser criar vacúolos de nãocomunicação, interruptores, para escapar ao controle.
DELEUZE.Conversações. p.217