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Reportagem

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Lugar de mulher: como a Fiotec contribui para o avanço da luta feminina

No mês das mulheres o Comunica traz a trajetória de quatro colaboradoras da Fiotec: Aline Reis (Tecnologia da Informação), Eliza Faria (Administração Financeira e Contábil), Maria Aparecida Ferreira (Projetos) e Raquel Raad (Gerência de Pessoas). As profissionais falam sobre a importância da representatividade feminina em lugares predominantemente masculinos e os desafios de ser mulher dentro e fora do mercado de trabalho.

Comemorado internacionalmente, o Dia das Mulheres teve origem no movimento operário que, em 1908, exigia redução das jornadas de trabalho, salários mais justos e o direito ao voto. Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) oficialmente em 1975, a data luta atualmente pela igualdade de gênero nos âmbitos social, político e econômico, assim como o fim da violência de gênero.

Na contramão do retrocesso na luta global pelos direitos das mulheres, a Fiotec possui uma frente feminina ativa. Hoje, a instituição conta com um total de 59% de colaboradoras e, na liderança das áreas, pelo menos 60% dos cargos são ocupados por mulheres. Além disso, são promovidas palestras e ações de incentivo à igualdade e respeito dentro do espaço de trabalho.

Agora, conheça as histórias de nossas colaboradoras que, mesmo sendo únicas, podem inspirar e se assemelhar com a de outras mulheres: Aline Reis (Tecnologia da Informação) conta que conheceu a desigualdade ainda quando adolescente, no ensino médio: em uma turma de 40 jovens, eram apenas duas meninas. Ela conta que o interesse pela tecnologia nasceu dentro da Fiotec, enquanto ainda trabalhava na área de Projetos, diante do uso diário de ferramentas para a área. Em TI, Aline aceitou o desafio de traduzir a necessidade de melhoria, correção e manutenção em soluções dos sistemas a seus desenvolvedores.

A colaboradora acredita que a escolha pela área tem se tornado mais atrativa para o público feminino, ainda que seja um número mais baixo quando comparado ao número de homens. E isso é confirmado em dados, uma vez que, segundo uma pesquisa do Banco

Ocupando espaços “de homem”

Nacional de Empregos (BNE), no primeiro semestre de 2021, houve um crescimento de 22% no interesse de mulheres em cargos na área de Tecnologia.

“Para a Fiotec, o que importa é o histórico profissional da pessoa e como ela irá ajudar para o cumprimento das expectativas do setor. Inclusive, atualmente, temos uma desenvolvedora mulher, a Nathalia Araujo, além de outras colegas que contribuem para o andamento do setor”, finaliza.

Superar obstáculos para crescer profissionalmente Caminho até a liderança

Raquel Raad, da Gerência de Pessoas, precisou recomeçar do zero em 2005, quando ficou viúva e perdeu seus pais. No ano seguinte, Raquel percebeu que era hora de recomeçar e procurar alçar novos voos: “Vi um anúncio no O Globo para a Fiotec - na época ainda era anúncio de jornal - para assistente administrativo de Recursos Humanos. Eu me encaixava na vaga. Mandei meu currículo, pois os benefícios me chamaram atenção e o valor era competitivo com o mercado”, relembra.

Após a fase de entrevistas, Raquel foi aprovada e, três anos depois, passou para analista. A área estava se atualizando e precisava de um trabalho ativo para crescer, por isso, como reconhecimento de seu esforço, em 2010 se tornou coordenadora da área. No fim daquele mesmo ano, tornou-se subgerente e, em 2011, gestora de Pessoas. De acordo com ela, essa é a característica mais marcante da instituição: ser dinâmica e implementar novos desafios a seus colaboradores.

“Hoje a luta das mulheres não é só sobre igualdade salarial, mas passa pela violência, pelo machismo, em busca do respeito e aceitação das diversidades. A Fiotec não se enquadra nesse limbo, pelo contrário, os números comprovam o reconhecimento das profissionais mulheres”, conta. Ela complementa dizendo que a instituição está procurando sempre a evolução, para adequar o ambiente para que Maria Aparecida (Projetos) começou sua carreira na Fiotec como estagiária, em 2003. Após ser efetivada, tornou-se assistente de Projetos: “passei por todos os degraus. De estagiária para assistente, de assistente para analista, depois coordenadora e subgerente. Estou como gerente desde 2011”.

Ela conta que o caminho percorrido não é fácil, referindo-se às dificuldades do alcance da igualdade de gênero no mercado de trabalho. Entretanto afirma que, graças aos valores da instituição, mesmo sendo uma mulher em um lugar de liderança, ela compartilha boas experiências com as demais líderes e colegas de trabalho , o que torna sua função mais leve e reconhecida.“Ser líder e mulher nos traz muitos desafios, afinal são

várias jornadas: sou gestora, mãe, esposa. A lista é extensa! Isso requer de nós organização e equilíbrio”, complementa, falando sobre a importância do cuidado da saúde mental. “Acredito que o sucesso de uma liderança é alcançado pelo respeito, cooperação, comunicação e entusiasmo para cumprir as metas”, finaliza.

Os desafios de ser uma mulher negra

Eliza Faria (Administração Financeira e Contábil) conta sobre os desafios de ser uma mulher negra em um País que, além da desigualdade de gênero, é conhecido pelo preconceito racial: “Me sinto honrada por ter este espaço para falar um pouco da minha trajetória. Esta atitude nos tira da posição de exclusão, nos dá voz e tem poder simbólico contra a invisibilidade que muitas mulheres ainda ocupam”.

Como Maria Aparecida, ela começou como estagiária de administração, aos 18 anos. A colaboradora conta que os desafios fizeram seu caminho profissional, e que teve o privilégio de estar rodeada de grandes profissionais que a estimulavam. Mesmo com os desafios, era a maneira de encará-los que a fazia aprender cada vez mais. Eliza afirma que o cenário da mulher negra é marcado por uma luta diária e, na maioria das vezes, solitária. “Até minha adolescência, minha mãe fez muita faxina e passou muita roupa para garantir que eu tivesse condições adequadas para estudar, sendo assim, a minha maior incentivadora”, finaliza. Contudo, segundo ela, a instituição mantém seus esforços para seguir suas diretrizes, olhando para os colaboradores sem distinção.

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