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Editorial

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Sipat 2022

Sipat discute sobre saúde mental e autoconhecimento

Nos dias 14, 15 e 16 de setembro aconteceu a 11ª Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho, a Sipat, que promoveu rodas de conversa com os colaboradores da Fiotec. O evento é organizado pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), que convidou profissionais de diversas áreas para discutir assuntos como saúde mental no trabalho e autoimagem.

O diretor executivo Hayne Felipe, que abriu o evento, falou sobre a preocupação da mente sã e corpo são, que está em pauta desde a 10ª edição da Sipat. Ele aproveitou para agradecer o trabalho executado pelos membros da Cipa neste último ano, que estão finalizando o mandato.

No primeiro dia de evento, o psicólogo Luis Felipe Fleury apresentou o tema “Ressignificar para viver melhor: a importância da compreensão das emoções”.

Segundo ele, se não for possível entender essas emoções, as pessoas se afastarão de seus propósitos.

Luis explica que o ser humano é dotado de três dimensões fundamentais interdependentes: biológica, psíquica e social, que se comunicam e influenciam mutualmente. “As emoções são as primeiras respostas às situações, mecanismos básicos que incluem alterações em nossa fisiologia, vivências e comportamentos”, disse.

O psicólogo ressaltou que o pior erro que se pode cometer sobre saúde mental é achar que vai passar sozinho: “temos uma cultura de não cuidar da saúde mental e de adiar o cuidado, até que um dia isso se intensifica e torna mais difícil de lidar. Por isso é importante falar sobre saúde mental sem tabu, sem medo, nas escolas, trabalhos e espaços públicos”.

Ao final da palestra, ele deixou uma indicação do livro “Inteligência Emocional”, do autor Daniel Goleman, e do filme “Melhor é Impossível”, disponível no Prime Video.

O profissional parte do princípio de que “se você não controla as emoções, elas te controlam”, afirmando que é importante que o indivíduo entenda o componente emocional para administrá-lo.

Veja a palestra aqui

Aprendendo sobre a importância da imagem pessoal dentro e fora do ambiente de trabalho

Priscila Araújo, consultora de imagem pessoal, promoveu a palestra “Repensar para refletir: aprendendo a me reconhecer para espelhar minha essência”. A profissional explicou sobre o conceito de imagem social, que engloba um conjunto de fatores que resulta na identidade do ser humano, e como ela pode afetar a vida da pessoa dentro e fora do trabalho. A consultora promoveu exercícios para que os profissionais refletissem sobre o impacto da imagem e como ela se comunica de forma sutil. Ela afirma que imagem é consistência, por isso, para alcançar o protagonismo a pessoa precisa ter em mente a integridade e autenticidade. Ela finalizou com a mensagem “cuidar da imagem não é futilidade, é amor-próprio”.

Veja a palestra aqui.

Reorganizar para reconstruir: como vencer a procrastinação

De acordo com Priscila, o autoconhecimento é o primeiro passo para uma imagem assertiva: “entender o que realmente faz parte de quem você é, da sua rotina e da sua realidade, te ajuda a fazer escolhas alinhadas à sua personalidade”, afirmou.

A psicóloga Renata Weber falou sobre a procrastinação e como o indivíduo pode se reorganizar após eventos significativos, como aconteceu durante a pandemia, que trouxe problemas já existentes para a superfície. Ela explica que um dos motivos para adiar as situações e decisões que precisam ser tomadas é o medo da mudança que, inconscientemente, para muitos pode significar uma tragédia.

A profissional afirma que, muitas vezes, é a fase da infância que irá definir se a pessoa será procrastinadora ou não, por receio de errar: “o indivíduo cresceu ouvindo a vida inteira ‘a culpa é sua’ ou ‘deu errado por sua culpa’ (...) Se a gente para na questão de não assumir responsabilidade, de não assumir nossas escolhas erradas, a gente não se humaniza. Não somos máquinas, somos pessoas”. Segundo ela, isso explica a diferença entre a pessoa que é uma procrastinadora, de forma patológica, e a pessoa que procrastina.

Renata revelou que descobriu o Transtorno de Déficit Atenção (TDA) quando adulta, e que durante muito tempo as pessoas não sabiam lidar com ela, por conta de seu hiper foco que a fazia estar presente em apenas uma atividade por vez.

“Eu cresci achando que os TDA’s não aprendiam, mas eu me enganei. Quando somos adultos, tomamos conta dele. Não deixe que o diagnóstico paralise você e comprometa sua história”, disse.

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