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Panorama Editorial Assinatura - 31 3224 - 3382 Ano 2 - Maio/Junho 2017 - n5

Cadê o meu dog?

Saiba por que o seu pet foge Pág. 8

Primeiros socorros: A importância da prática correta no dia a dia do seu pet. Confira na Pág. 6

Mortalidade em aquário, como evitá-la ? Pág. 21

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Funeral Pet Plan

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Todos que amamos merecem um funeral digno! Vantagens da contratação antecipada • Garantir um destino digno para o corpo do animal tão amado a qualquer tempo que ocorra. Não ter que se preocupar com o aumento de preços que possam ocorrer. Evitar despesas imprevistas em momentos de tão grande dor.

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EXPEDIENTE

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2017 - Ano 2 Nº 05 Rua Santa Rita Durão, 321, sl 209 - Funcionários - Belo Horizonte/MG - 30140-110 Telefone: (31) 3324.3382 revista@panoramapet.com.br | comercial@panoramapet.com.br EXPEDIENTE Diretor Responsável: Davi Teixeira de Melo - revista@panoramapet.com.br Designer: Gabriel Muniz de Melo Foto capa: Pixabay Colaboradores (colunistas): Marina Costa - Larissa Coelho - Sofia Diniz- Dr. Altamirano Pereira da Rocha Dr. Carlos Eduardo da Conceição - Bernardo Borges Ervilha - Mateus Augusto Silva Diniz Daniela Guimarâes Loures - Luisa Pires - Priscila Mitre - Pit Love BH - Rossana Magri Editado por: Panorama Editorial Ltda. Redação: redacao@panoramapet.com.br comercial@panoramapet.com.br | 31 3324.3382 Projeto Gráfico e Editoração: Panorama Editorial Impressão: Gráfica Formato Distribuição Gratuita

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EDITORIAL

Editorial

Nesta nova edição, a Revista Panorama Pet traz uma série de matérias com informações e curiosidades sobre a saúde, o bem-estar e comportamento dos pets para que você aprenda a lidar da melhor forma com seu bichinho. A capa dessa edição revela o pesadelo de muitos tutores, a fuga de seu cãozinho. Com relatos de pessoas que já tiveram essa experiência e opiniões de especialistas, a revista traz dicas sobre como agir nessa situação. Visando a saúde do seu animal,

a revista traz também, a importância dos primeiros socorros, ensinando conhecimentos básicos para não errar ou piorar sua situação quando seu pet está doente ou machucado. Para as futuras mamães que possuem gatos, o Dr. Altamirano Pereira explica que é permitido manter o convívio com seus bichinhos. Desde que possua os cuidados necessários com o animal, ele é perfeitamente capaz de permanecer na família. A revista traz uma sessão especial chamada galeria “eu

e meu pet”em que você, leitor, também pode participar enviando uma foto sua junto com seu pet, com seus nomes para o endereço redacao@panoramapet.com.br. Sua participação é muito importante para a equipe, conte sua história com seu animalzinho, assim como a Alexandra Pestana que compartilhou a emocionante história do resgate que fez do seu pet, Joaquim. São vocês leitores que nos incentivam a cada edição. Boa leitura e até a próxima edição! 5 PANORAMA PET - 2017


ESPECIAL

Primeiros socorros: a importância da prática correta no dia a dia do seu pet | por Marina Costa

Possuir conhecimentos básicos de primeiros socorros para os pets, e saber como usá-los, é tão importante quanto no caso dos seres humanos. Um procedimento mal realizado pode gerar grandes transtornos para o animal.

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ESPECIAL

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rota mais rápida é ir para o veterinário! - Esta é uma das regras básicas que têm a mais alta prioridade em qualquer situação de emergência com o seu animal de estimação. Mas o tempo, entre o evento e a chegada do veterinário, pode e deve ser usado para proteger o paciente e aumentar suas chances de sobrevivência. Segundo a Associação hospitalar

norte-americana para animais, 25% dos animais de estimação teriam sobrevivido a acidentes se tivessem sido aplicados os primeiros socorros, antes de ser atendido por um veterinário. Por isso, a maioria dos especialistas recomenda: • Conhecer e ter à mão os números de telefone de um veterinário e emergências

veterinárias mais próximas; • Guardar todos os documentos relacionados ao animal de estimação, incluindo a carteira de vacinação e os registros médicos; • Não é aconselhado mover os pets sem antes consultar um especialista, e se decidir manipulá-los, deve fazê-lo lentamente e com cuidado.

Envenenamento No caso de envenenamento, os proprietários costumam oferecer leite aos animais, mas, devido à possibilidade de haver aspiração do líquido, uma vez que estão com dificuldade de deglutição, pode agravar a situação da saúde do animal.

Atropelamento A especialista explica o cuidado necessário para socorrer este animal de forma adequada nesta situação até a chegada ao veterinário. “Tenha cuidado, pois o animal ferido pode estar em choque e avançar contra quem o socorre. A melhor maneira de lidar com um animal nessa situação é envolvê-lo, cuidadosamente, com um cobertor.

Automedicação Os proprietários de cães, por exemplo, geralmente demoram a procurar o atendimento veterinário, e por acharem que só por estarem com a orelha e focinho quente, tem a impressão de que estão com febre e acabam dando medicamentos anti-inflamatórios, ato que pode mascarar os reais sintomas daquele pet, até mesmo o diagnóstico correto.

Lucíola ainda explica que medicar animais sem orientação médica pode ser fatal. “Os tutores costumam ministrar medicamentos para dor, utilizando anti-inflamatórios não adequados, correndo o risco de prejudicar ainda mais o estado de saúde do animal até mesmo levar o animal ao óbito, principalmente por causa da auto dosagem”, finaliza. 7 PANORAMA PET - 2017


MATÉRIA DE CAPA

Cadê o meu dog? | por Larissa Coelho

Folhetos, carros de som, rádios, posts no Facebook, Instagram? O desespero no desaparecimento de seus cães ainda é um fato que amedronta e deixa os donos sem saber o que fazer.

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MATÉRIA DE CAPA

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ngana-se quem pensa que ter um cachorro não requer uma responsabilidade imensa. Além de custos diversos, afeto e atenção são primordiais pra manter um animalzinho. O retorno é grande, aquele amor incondicional e o eterno ditado “o cachorro é o melhor amigo do homem”. Pois é: quem não quer cuidar do seu melhor amigo? Po-

rém, e quando em um “piscar de olhos”ele some? O que fazer? Segundo Cláudia Pizzolatto , treinadora profissional de cães, no seu artigo “Cachorros que Fogem”, publicado em 2008, os cachorros possuem essa tendência à fuga por motivos hormonais ou instintivos e não por falta de amor ou gratidão aos donos.Alguns dos

motivos citados: instinto de caça, cio da cadela ou o cão sente o cheiro dela pela vizinhança, novo território, medo e, infelizmente, também os maus tratos. Glaucia Dutra, dentista e sua filha Bruna, passaram por essa esperiência hà 6 anos e nunca se esqueceram. Morando no Bairro Planalto, Belo Horizonte, conta

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MATÉRIA DE CAPA

que era feriado do dia 1º de maio e estavam perto do Parque Lagoa do Nado passeando com a Shitzu Nina. Como havia muito trânsito, Nina escapou e não conseguiram alcançá-la. “Rodamos com o carro, fizemos panfletos e colamos em Pet Shops, Drogarias, rádio Itatiaia e até um carro de som nas redondezas. O pior de tudo é que a Bubu (Bruna) ia fazer aniversário de 7 aninhos, no dia 3 e não parava de chorar”, afirma Dutra. Com toda a repercussão, Dutra recebeu um telefonema do casal

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que estava com a Nina, a senhora expôs então que não queria devolvê-la, porém, com toda a pressão do carro de som falando sobre a criança chorando e do seu aniversário, puderam buscá-la. Hoje Nina está com 10 anos e nunca mais fugiu de casa. Cristina Paulino, arquiteta e uma das coordenadoras de adoção da SMPA (Sociedade Mineira Protetora dos Animais), explica que é sempre muito importante deixar o cão com a plaquinha de identificação contendo nome e tele-

fone. Algumas dicas importantes são posts no Facebook com foto, local perdido e comportamento do cão. Tomando todas as precauções possiveis, inclusive levando alguém com você quando ligarem falando que acharam o seu cão, pois, pode haver fraude. Fala ainda que não vale apenas postar, é preciso agir: compartilhar em páginas de resgate, marcar no post os bairros próximos do local da perda para maior abrangência, marcar amigos, entre outros. “As nossas maiores aliadas são as páginas no Face-


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book.”, afirma Paulino contando o fato que aconteceu com a Gabriela Ladeira, administradora de 24 anos, que também superou esse trauma e se tornou uma das voluntárias da SMPA. “Nem me lembre!”, foi a primeira primeira expressão citada por Ladeira ao recordar o fato de Farofa. Ladeira relata que adotou a cadela já demonstrando um comportamento de amedrontamento muito forte. Em uma terça-feira, a família inteira foi a uma sorveteria perto de casa no bairro Sion e, enquanto ela estava em um outro comércio, o irmão, de 5 anos, soltou

a guia ao tentar passá-la para outro parente. Como a guia era resistente, nova e “barulhenta”, Farofa se assustou quando ela caiu e correu, porém, ela continuou a fazer barulho e a cachorra não para de correr, logo, um ciclo vicioso. “Rodamos durante 4 horas de carro em toda a redondeza e não a encontramos. Fizemos um Post no Facebook e fomos compartilhando. Foram mais de 700 compartilhamentos de pessoas de todos os cantos.”, afirma. Como o Facebook é uma das ferramentas mais utilizadas, felizmente a história teve um final feliz quan-

do, na quarta-feira, a cadelinha entrou em uma loja na Savassi e, uma vendedora tirou uma foto, postou no Facebook e um dos internautas fez o elo entre os posts. Anote aì: 3 colheres de Facebook, 5 folhetos na padaria, um carro de som, uma ida ao vizinho, pronto, achou o cachorro! Não existe receita pronta para encontrar o seu cachorro, porém, existem diversas maneiras de procurar e, em um mundo globalizado, onde as pessoas estão interligadas, seja de forma online ou offline, tudo é válido para buscar traze-lo de volta. Vale tudo, até apelar para São Longuinho. Mas, não se esqueça dos três pulinhos! 11 PANORAMA PET - 2017


EXÓTICO

Miniporco | por Sofia Diniz

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EXÓTICO

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or mais estranho que possa parecer, um dos pets exóticos favoritos é o Mini Pig. O Mini Pig, também conhecido por Micro Pig, Miniporco, ou porco de estimação doméstico, é tão dócil e companheiro quanto os cães e inteligente como os gatos, tornando-o o escolhido para fazer parte da família, pela possibilidade de criá-lo dentro de casa. Por ser um animal tranquilo, o bichinho é a alegria da criançada, ‘’Um fato curioso é que ao coçar a parte de trás das patas, próximo a barriga, eles tendem a deitar e ficar quietinhos recebendo carinho, o que é fantástico para convivência com crianças de todas as idades, que podem interagir sem problemas”diz Rafael dos Santos, criador. Diferente dos porcos convencionais, que vimos em fazendas, ilustrações e histórias, como os três porquinhos, os porcos de estimação vivem em média 18 anos, podendo pesar 50 quilos, enquanto o porco comum pode chegar a 500 quilos; o mini pig, pode medir aproximadamente 40 cm, sendo comparado com um cão da raça Buldogue. A pe-

lagem do microporco pode variar de coloração em uma mesma ninhada, não sendo apenas rosinhas, como conhecemos, e seu pelo não se solta como é convencional em cães e gatos, sendo ideal para pessoas alérgicas. Ao pensar em ter um miniporco, é recomendado que faça pesquisas na internet sobre os prós e contras, conheça histórias de quem tem um, assista a vídeos, reportagens e procure um criador de confiança. Como dissemos, pode-se criar o micro pig em apartamento, mas o criador, Rafael, recomenda “É possível tê-los em casas, apartamentos e sítios, porém é preciso entender que seu tamanho é como de um cão de médio para grande porte , e apesar de gordinho, o miniporco tem muita energia e precisa se exercitar, por uma questão de saúde e também para evitar problemas de estresse, trazendo uma boa qualidade de vida pro animal’’. Ao preparar a casa para a chegada do porco de estimação, é preciso reservar um local para que ele possa se alimentar. Sua ali-

mentação consiste em 60% ração para coelhos e 40% em verduras, tubérculos e frutas. Os cuidados diários são muito simples ‘’Em geral o miniporco é muito tranquilo. Dois problemas comuns que ocorrem por falta de cuidado é o excesso de peso e o ressecamento da pele, portanto é ideal passar hidratante para que não aconteça’’. O criador disse também que, ao contrário do que muitos pensam, eles adoram tomar banho, sendo indicado dar uma vez por semana. A vacinação, vermifugação e outros cuidados devem ser tratados com um veterinário de confiança que entenda de suínos. O preço de macho e fêmea variam em, 250 reais, sendo que, o macho custa R$1.250,00, e a fêmea R$1.500,00. Existem pouquíssimos criadores no Brasil . Alguns cuidados devem ser tomados ao comprar em pequenos criadores, como comprar um filhote de porco comum, no lugar do mini pig. A castração é um procedimento comum, assegurando a saúde do animal, evitando cruzamento mal planejado ou sem preparo. 13 PANORAMA PET - 2017


GATOS

Gatos e grávidas. Pode ou não pode? | por Dr. Altamirano Pereira da Rocha CRMV-MG 1170

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ão frequentes os questionamentos a respeito da convivência de mulheres grávidas com gatos. Realmente existem alguns perigos nessa relação, mas é importante esclarecer que eles não são limitadores.

dos. Assim, a contaminação direta via felino apresenta uma das menores taxas entre as causas de toxoplasmose em humanos; a ingestão de carne suína contaminada é a maior delas.

Com certos cuidados, é perfeitamente possível que as donas de gatos mantenham o convívio com seus bichinhos durante a gravidez. A toxoplasmose é uma grave doença neurológica que pode ser transmitida da mãe para o feto. Essa é a doença que mais contribui para a fama dos gatos serem perigosos para as grávidas. Isso se deve ao fato de os felinos serem os únicos hospedeiros definitivos do Toxoplasma gondii.

A contaminação pela carne comumente acontece pelo seguinte ciclo: o gato contaminado defeca em meio aos grãos a serem utilizados para produção de ração; os grãos são moídos juntamente com as fezes; o porco come a ração e passa a hospedar o Toxoplasma gondii; o homem ingere a carne mal passada e se contamina. Sendo assim, mulheres grávidas devem ter extremo cuidado no preparo de carnes e optar sempre pelas bem passadas.

Eles se contaminam ao comerem hospedeiros intermediários, como camundongos, ratos e aves, ou carnes que contenham cisto de toxoplasma. Porém, menos de 50% dos gatos eliminam os cistos após serem engeri-

Voltando aos gatos, uma recomendação é que, assim que for detectada a gravidez da mulher, seja feito teste para garantir que seu gato não é portador de toxoplasmose. Ainda, não se recomenda deixar que o gato

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vá para a rua, a fim de evitar que ele se contamine nesse período, já que não existe vacina contra toxoplasmose. O contato de mulheres grávidas com gatos desconhecidos também não é recomendado. Outra doença que pode ser transmitida por gatos é a esporotricose, uma micose úmida provocada pelo fungo Sporothrix schenckii. Esse fungo é encontrado na natureza, muito comum em materiais em decomposição, como cascas e galhos de árvore. O gato pode transmitir a doença por meio de arranhões, mordidas ou até contato com uma pele lesionada. Assim, é fundamental que se tenha muito cuidado com a higiene dos gatos, limpando bem suas patas e unhas e verificando se existem feridas na pele. É importante destacar que, apesar de essa ser uma doença complexa, ela tem tratamento e não é transmitida ao feto.


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GUIA DE RAร AS

Guia de raรงas: Pitt Bull | por Sofia Diniz

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GUIA DE RAÇAS

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raça que conhecemos hoje, teve origem no século XVII, a partir do cruzamento entre raças, sendo as mais importantes o Antigo Bulldog Ingles e o Old English Terrier, dando origem ao American Pitt Bull Terrier. Na época as lutas entre Bulldogs e ursos ou touros divertiam as massas e o novo cão combinava força física e agilidade, ideal para tal propósito. Com o processo de colonização, esses cães foram levados para os Estados Unidos, chamando a atenção de fazendeiros, que os usavam para proteger contra predadores, na captura de porcos e gado, cães de caça, pastoreio e principalmente companhia para a família, principalmente para as crianças, tornando-se popular como ‘’ cão de família’’. Por muitos anos o Pit Bull manteve a fama de ‘’cão da família’’, mas nos últimos anos essa imagem mudou, gerando problemas para a raça. A utilização irresponsável e o cruzamento indevido, geraram desvios de comportamento, afastando-se das características do cão puro. É aceitável a intolerância com outros animais, por uma característica que eles carregam, mas jamais com humanos.

De porte médio, suas características físicas mais marcantes são o focinho preto (Black Nose), característico da linhagem original; ou vermelho (Red Nose), mais comum da raça no Brasil. Com altura média entre 43 e 53 cm, o peso das fêmeas e dos machos varia entre 13 e 22kg e 15 e 27kg, respectivamente, com musculatura bem definida. Sua pelagem curta não tem uma cor definida, sendo comuns o chocolate, branco, vermelho-alaranjado, preto, buckskin (fulvo). O Pit Bull é um cão robusto que dificilmente precisa de cuidados específicos, além do comum, como uma alimentação balanceada, idas regulares ao veterinário. Não existe restrição quanto ao local onde criá-lo, mas por serem animais atléticos, eles precisam de uma atenção especial com o gasto de energia. O criador Gerson Davi Tavares Silva, do canil Fauzibulls adverte ‘’é preciso focar em atividades e passeios para que gastem energia e evitem um cão estressado dentro de casa’’ Como dissemos anteriormente, é uma raça minimamente agressiva com o ser humano, adoram brincadeiras, especialmente com crianças, por terem muita energia. ‘’Não é o cão adequado para cão de guarda.

Se por ventura usá-lo para tal, deveria ser feito um adestramento específico. Por ser amável, ele certamente iria embora com o ladrão’’ brinca o criador. Ele também explica que ‘’o comportamento agressivo é um desvio provocado pelo ser humano, ora por ter cruzado com outros cães sem temperamento adequado, ora pela própria condução do dono.’’ Dos últimos 15 anos para cá, houve um aumento considerável de cães no Brasil. Entretanto, por sua fama de agressivo, o animal foi proibido de circular pelas ruas do Rio de Janeiro antes das 23 horas. Em todo o país pessoas ficaram assustadas com a determinação e abandonaram seus cachorros. Gerson conta que nessa época ele resgatava esses cães, chegando a ter 28 cães até arranjar novos donos. ‘’Mesmo sendo mal tratados, estando em situações deploráveis, porque o ser humano os fez, dificilmente tratam o novo dono com agressividade’’. O preço médio de um Pitt Bull é de R$2.500,00 e R$3.000,00. O preço pode variar de acordo com o número de filhotes na linhagem dos padreados. Caso você tenha o privilégio de adquirir um cão resgatado, o criador aconselha a castração, evitando os cruzamentos indevidos, que no futuro podem prejudicar a sociedade e a própria raça. No demais, terá um companheiro para toda a vida. 17 PANORAMA PET - 2017


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AVES

Carência nutricional em aves | por Dr. Carlos Eduardo da Conceição CRMV-MG 1630

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uando nos dispomos a criar uma ave, é importante consultar um veterinário especializado para nos informar sobre os cuidados específicos que devemos ter com a espécie escolhida, inclusive os tipos de alimentos indicados. Uma alimentação com pouca variedade, diferente do que a ave encontraria em seu habitat, pode gerar carências nutricionais graves, levando até ao óbito. É preciso ficar atento a alguns sintomas que indicam essa carência, como emagrecimento, penas fracas, quebradiças e sem brilho, e diminuição da taxa de reprodução. Ainda, a troca de penas, que usualmente acontece no verão, pode atrasar ou ser lenta. Durante esse processo de troca é indicado, inclusive, que sejam ministrados complexos vitamínicos para garantir uma empenação saudável. Assim, sempre que notar qualquer alteração física ou comportamental de sua ave procure um veterinário especializado, para que ele avalie a alimentação que ela está recebendo e também seus sintomas, e possa indicar o tratamento mais adequado.

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PEIXE

Mortalidade em aquário, como evitá-la ?

| por Bernardo Borges Ervilha; Mateus Augusto Silva Diniz

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aquarismo é a prática de manter, em ambientes controlados peixes, plantas e outros organismos aquáticos a título de pesquisa ou ornamentação, visando o bem-estar das espécies implantadas na comunidade, que com o passar dos anos tem se tornado cada vez mais comum e de fácil acesso devido as tecnologias e pesquisas desenvolvidas. Admirar um ecossistema em sua residência é mais simples do que pensamos. As opiniões negativas sobre a dificuldade em manter um aquário, muitas vezes tem sua origem por hobbystas que, por falta de alguns conhecimentos, disciplina e ações imediatistas não obtiveram sucesso na atividade. Considera-se alguns pontos cruciais para o sucesso do seu aquário, desde a aquisição dos animais até a estabilização e manutenção do meio. Índices de mortalidade desestimulam a continuidade do aqua-

rista no hobby, estes devem ser evitados. Conhecer o estabelecimento fornecedor dos animais é fundamental. No mercado é comum a venda de animais debilitados que, certamente chegarão a óbito. Então, adquira animais que se apresentem saudáveis e em locais de sua confiança. O condicionamento é um fator de extrema importância. Não se deve simplesmente liberar o animal diretamente na água do seu aquário, lembre-se, ele não está familiarizado com o ecossistema presente, dessa forma o animal deve ser apresentado ao novo ambiente progressivamente. Uma boa maneira é adicionar gradualmente a água do aquário dentro do local onde os peixes foram transportados, logo, introduza apenas os animais, a água deve ser descartada. O prévio conhecimento da faixa de pH da espécie adquirida, bem como o de seu aquário, é extre-

mamente importante para garantir a saúde do animal, para isso existem uma série de testes de fácil aquisição que podem servir de auxílio para a estabilização. Ao se tratar da manutenção do aquário, considera-se a Troca Parcial de Água (TPA), essa vai variar de acordo com o seu tipo de sistema. É importante ressaltar que a TPA deve ser realizada retirando cerca de 30% da água, e repondo com água limpa e desclorada, isso evita com que a microbiologia do meio se perca por completo. Além disso, é fundamental, rações de qualidade, ofertadas em tempo e quantidade correta. Conclui-se que é fundamental uma boa prevenção visando aquisição de animais saudáveis, condicionamento adequado, manutenção oferecendo parâmetros ideais e uma boa nutrição. Dessa forma você terá animais saudáveis em ambiente favorável por muitos anos. 21 PANORAMA PET - 2017


GALERIA

Galeria Eu e Meu Pet

Minha história de resgate Alexandra Pestana estava a procura de um pet, foi em uma feira de adoção, mas saiu sem cachorro algum. Para ela, é o cachorro que escolhe o tutor. Somado a isso, a filha de Alexandra tinha pedido um cachorro da raça Shih Tzu de presente. Nessa mesma época, em um dia chuvoso, um colega de trabalho de Alexandra resgatou um cachorro de rua que estava todo machucado. O cachorro estava em um estado tão sofrido que não era possível saber a cor do pêlo. A história tocou o coração de Alexandra e ela resolveu adotá-lo. Alexandra fala que quando viu o Joaquim (nome dado para o pet adotado), ela ficou apaixonada, reação semelhante da filha dela. Elas não viram os ferimentos, apenas se encantaram com o bichinho. Joaquim precisou ficar 10 horas no petshop só para desembolar o pêlo e passou por 45 dias de tratamento para ficar bem. Isso aconteceu há quatro anos. Hoje, Joaquim, um cachorro Shih Tzu é o xodó da família.

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GALERIA

Tutora: Carol Tonim Pet: Lila e Snoopy

Tutores: João Paulo e Michelle Pet: Nutella e Cookie

Tutora: Lilian Pet: Pituquinha

Tutora: Sheila Pet: Pitoco e Bidu

Tutores: Mario e Fernanda Pet: Batata

Tutora: Fernanda Pet: Cherry

Tutora: Mayelle Pet: Margô

Tutora: Denise Pet: Nina

Tutora: Sofia Pet: Luke - 2017 2016 23 PANORAMA PETDE 23 PANORAMA PET - NOVEMBRO/DEZEMBRO


GALERIA

Tutora: Lúcia Helena Pet: Duquesa

Tutora: Rita Vidigal Pet: Eva

Tutora: Naiana Pet: Paçoca

Tutora: Aline Pet: Bob e Amy

Tutor: Jorge Pet: Reverendus

Tutor: Kevin Pet: Sofia

Tutora: Marri Pet: Mel

Tutora: Adriana chaves Pet: Olavo

Allan Matias

Tutor: Diego Pet: Apolo

PANORAMA PET PET -- NOVEMBRO/DEZEMBRO 2017 DE 2016 24 24 PANORAMA


O 1° ENCONTRO DE CÃES DO CONDOMÍNIO NOSSA FAZENDA

GALERIA O 1° Encontro de cães realizado dia 12 de fevereiro, no condomínio Nossa Fazenda em Esmeraldas, reuniu centenas de peludos de todas as raças e portes. Organizado por Paloma Dias, autora do blog de viagens DIÁRIO DE TURISTA e equipe, o encontro proporcionou um dia de lazer, socialização e descontração.

Paloma, Heron e Pandora (Dog)

Valentina e dog: Michele. Bella e dog: Nívia

João, Ana, Pedro e Wallace. Dogs: Koyote, Alice e Luigi

Deusdedit e dog: Príncipe

Claudio e Jardel. Dogs: Liza, Duck e Bold

Edilane, Zarife, Sara. Dogs: Hector e Brisa

Cícero, dog: Valentina, Maria Emília e dog Sky

Celi, Daniel, dogs: Belinha e Lincon

Lorena Dog Principe

Renan Debarry, Fernanda Vargas e dog Cléo

Yuri e Dog Jully

Edson, Frederico, Silvia e dogs: Aron e Ryan

Giordani, 1carla, Regina e a dog Billa

Daniel, Camila o dog Jon Snow

Warley e dog Mike. Mari e dog Nina

Nathally e Eder- Dogs: Jully e Maya

Deisy, Erick e dog: Pandora

Poliane e Jully

Marian e dog Anabella. Daniel e dog Lincon.

Paloma e dog Pandora

Galeria “Eu e Meu Pet” Você e seu pet podem participar da nossa galeria também. Basta você nos enviar uma foto bonita, de boa resolução, sua com o seu pet, para o email: revista@panoramapet.com.br, ou ir a uma das blitz realizadas pela equipe Panorama Pet, nas praças de BH (você se informa sobre datas e locais acompanhando as nossas redes socias). - 2017 2016 25 PANORAMA PETDE 25 PANORAMA PET - NOVEMBRO/DEZEMBRO


DIREITO ANIMAL

Companhias aéreas e o transporte de animais de estimação | Daniela Guimarâes Loures

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ão é incomum encontrar pessoas que desistam de ter a companhia de seu animal de estimação durante uma viagem quando tomam conhecimento das normas e condições impostas pelas companhias aéreas para efetuarem o transporte. A falta de profissionalismo e regras claras para a prestação desse tipo de serviço faz com que as companhias quase sempre vejam nossos animais de estimação como simples mercadorias. Ainda sim, elas possuem total 26 PANORAMA PET - 2017

responsabilidade pelo transporte do animal desde a entrega ao funcionário no guichê, antes do embarque, até a devolução ao dono no destino final.

Constatado algum problema, o ideal é procurar a delegacia mais próxima e fazer o registro da ocorrência relatando os fatos e eventual omissão da empresa.

Qualquer complicação que ocorra durante ou em decorrência de um serviço mal executado implica em ressarcimento ao consumidor.

Em não sendo possível reaver os prejuízos de forma amigável diretamente com a companhia aérea, de posse dos documentos que comprovem a contratação do serviço e do Boletim de Ocorrência.

A título de compensação, os donos passam a ter direito à indenização, principalmente em relação aos danos morais, devido à grande frustração de ferir ou perder o animal de estimação.

O ideal é procurar um advogado que lhe auxiliará em uma eventual ação judicial.


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ARTIGO ESPECIALISTA

Nossa energia na hora de comunicar | por Luisa Pires

Nós humanos, por sermos seres intelectuais, acabamos por nos comunicar principalmente através da fala. Isso facilita para que caiamos na armadilha de pensar que os cães entendem a nossa linguagem. As pessoas costumam pensar que os cães associam algumas palavras a ações especificas, mas na verdade eles estão respondendo à intenção que colocamos ‘por trás’ daquela determinada palavra. Os cães estão mais focados na nossa energia do que na palavra que estamos dizendo. É através da energia que os cães se comunicam entre eles. A palavra energia pode soar confusa. Energia é como qualquer Ser se apresenta para o mundo. Você pode entender energia como personalidade, temperamento, disposição ou o que fizer mais sentido pra você. É importante ter em mente que Energia é a fusão entre nossa intenção e nossa emoção. Mas como adquirir a energia correta? Muitas vezes temos a intenção correta mas a emoção instável. Por exemplo, quando uma mãe pede ao filho adolescente ir passear com seu cão. A intenção está correta, porém ele vai se sentindo obrigado, com má vontade. Essa soma projeta uma energia ruim e o passeio 28 PANORAMA PET - 2017

não traz os benefícios que poderia trazer para o animal. O contrário também acontece, quando temos a emoção correta porem não mentalizamos a intenção. É preciso você ter em mente o que deseja que aconteça, associado à emoção adequada para aquela situação. Por isso dizemos que o estado calmo e assertivo é a melhor energia para trabalhar com os animais. É quando nossas emoções estão em equilíbrio e nossa intenção está clara. Ao mesmo tempo, emoções negativas e intenção sem clareza projetam energia fraca e isso confude os cães. Este é o motivo de um cão não obedecer quando gritamos nervosos para ele parar de latir. Ele entende que estamos nos juntando a ele no latido e seu excitamento aumenta. O instinto do cão pede a ele que siga apenas energia equilibrada. Depende de nós, donos, projetar calma, assertividade e equilíbrio. Costumo dizer que somos a melhor ferramenta para trabalhar nosso animal. Estamos acostumados no mundo de hoje a comprar soluções prontas, a clicar no Google e termos respostas imediatas pra tudo.

Mas não é assim que a natureza funciona. E esse é o x da questão. A comunicação assertiva com nosso animal é o alicerce para um relacionamento com harmonia. Você pode ter uma casa com um acabamento de primeira, mas se a base não for sólida, a casa não é segura. A mesma coisa caso você contrate o melhor adestrador, saiba qual técnica deve utilizar com seu cão para resolver um problema especifico, se você não se comunica com clareza, não terá um cão equilibrado. Devemos primeiro aprender a comunicar com nosso cachorro, entender suas necessidades, pois caso contrário vamos sempre perpetuar em consertar desvios de comportamento e correr atrás do seu bem estar de forma errada. Podemos ter um cão bem treinado e não necessariamente equilibrado. Antes de aplicar qualquer técnica devemos primeiro nos capacitar como donos para criar nossos animais de forma equilibrada. Portanto, lembre-se de equalizar sua intenção e emoção para que projete a energia correta. Qual energia você está projetando?


Você pode eternizar todos os momentos em que fica babando. Foto de um ensaio real realizado pelo PetBook

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CÃO CIDADÃO

A importânciada da socialização | por Priscila Mitre.

Quando falamos em sociabilização para os pets, falamos em apresentar a ele uma grande quantidade de estímulos, pessoas de diversas idades, tamanhos, gêneros, barulhos diferentes que ouvimos no dia a dia, outros animais e tudo o que for possível apresentar, que vá fazer parte do seu dia a dia. Essa apresentação, feita aos poucos e com cuidado, faz com o que o cão vá se acostumando com as diversas situações do cotidiano e se sinta cada vez mais seguro, evitando possíveis problemas de comportamento. É importante lembrar que aquele cãozinho que sai de casa ou do canil pela primeira vez, ainda não conhece o mundo lá fora e algumas coisas podem parecer assustadoras para ele. Neste caso, um susto mais forte, por exemplo com o barulho 30 PANORAMA PET - 2017

de uma moto, pode vir a causar um trauma permanente. O cãozinho tem algumas janelas de aprendizagem no cérebro que vão de acordo com a sua idade e, com isso, as usamos a nosso favor para que consigamos fazer com que ele se torne o mais sociável possível, respeitando os seus limites. Por exemplo: já nos primeiros dias de vida, quando o cão nasce até por volta dos 60 dias, ele já começa a aprender muitas coisas como disciplina e relacionamento com o contato que tem com a mãe e irmãozinhos. Desta forma, o ideal é que o filhote não seja retirado da mãe antes deste período. Entre dois e três meses de vida, inicia-se a primeira fase da sociabilização, quando precisamos apresentar os estímulos diversos ao filhote, pois é quando o cérebro dele está aberto a novos

aprendizados. Em casa, aproveitamos para apresentar a ele os “barulhos da casa”, como aspirador de pó e máquina de lavar, objetos diversos como vassoura, rodo etc. Na rua, como o pet ainda não está imunizado, uma dica para apresentar os estímulos do lado de fora de casa (como barulhos de carros, motos, gritos de pessoas, cheiros de outros animais) é passear com o cão no colo. Faça breves passeios pelos arredores de sua residência, com ele no colo, e sempre recompense positivamente para que ele associe o passeio a coisas boas. Para todas essas situações, caso você não se sinta seguro o suficiente para fazer as apresentações com a cautela necessária ao seu companheiro, peça a ajuda de um adestrador profissional com bom conhecimento em comportamento animal para ajudar.


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ADOÇÃO

Cuidar, amar e respeitar Pit Love BH

O

Grupo PIT LOVE BH foi criado em dezembro de 2015, por voluntários que amam a raça, a partir do resgate de um pit de 10 anos, Tyson, em condições de maus tratos no bairro Santa Terezinha em BH. O mascote do grupo tinha dez anos e, apesar de possuir dono, foi encontrado vagando pelas ruas, muito magro e doente. A mobilização pelo caso foi grande e, com a ajuda do grupo PIT LOVE BH e padrinhos, Tyson foi encaminhado para tratamento. Esse caso foi o início de vários outros resgates do grupo. “Mike, Gohan, Jully, Tyson, Chacal, Hera, Cyborg, Jupiter, Eros, Thor, Zeus, Cookie, Fusca, Thorin, Kate e muitos outros”, lembra Daniela Souza, voluntária do grupo.

uma raça extremamente atlética e ativa é necessário muita disciplina, exercícios físicos de alta intensidade diariamente e contato constante com pessoas e animais, para termos um pit equilibrado e feliz”, explica a médica veterinária Thabata Garcia, voluntária do grupo.

O Grupo PIT LOVE BH entende que a raça pit bull exige de seus tutores conhecimento específicos, responsabilidade e muito amor. “Por ser

As ações do grupo são extensas e vão desde resgates de pit´s em condições de maus tratos e abandonados pelas ruas a campanhas

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Por ser uma raça extremamente atlética e ativa é necessário muita disciplina, exercícios físicos de alta intensidade diariamente e contato constante com pessoas e animais, para termos um Pit equilibrado e feliz

de conscientização de posse responsável da raça, encaminhamento de pit´s para cuidados veterinários e castrações a baixo custo em clínicas parceiras e a adoção responsável.

A castração é um dos pontos chave do trabalho do grupo. “Muitos mitos existem sobre a castração de cães e gatos, mas essa atitude é um ato de amor e extremamente importante para controle de ansiedade, prevenir crias indesejáveis e consequentemente mais abandonos pela ruas da nossa cidade, doenças indesejáveis (como vários tipos de câncer em machos e fêmeas) e também no controle das zoonoses”, diz Thabata. O grupo organiza encontros periódicos em praças da cidade para os seguidores de sua página no Facebook e para amantes da raça. “Nesses encontros são escolhidos par-


ADOÇÃO ceiros de alimentos, cuidados de higiene e cuidados de saúde para apresentarem seus produtos. Dessa forma podemos aproximar os proprietários de pit bulls e incentivá-los a conhecer melhor sobre as necessidades específicas da raça.”, fala Daniela. Mas como nem tudo são flores, o grupo passa por muitas dificuldades financeiras para sustentar o projeto. Sem ajuda dos órgãos públicos, para conseguir pagar as contas, o grupo realiza rifas periódicas e conta com venda de produtos exclusivos (mouse pad, bandanas, canecas) pela internet e nos encon-

tros. “Através de uma parceria com a linha de produtos naturais Natupet também vendemos produtos para banho de cães e gatos e um shampoo exclusivo para pit bull´s.”, lembra Giulia Marques, voluntária do grupo. “Nosso objetivo maior é desmitificar a raça e combater o preconceito e o sensacionalismo com os pit´s. Com cuidados específicos qualquer Pit Bull pode viver uma vida feliz e equilibrada, mesmo quando houve histórico de maus tratos. Temos o caso do Chacal, Pit Bull de 10 anos, resgatado em 2016 pelo grupo. Chacal viveu

toda sua vida sem contato com pessoas e era extremamente agressivo. Com carinho, disciplina e cuidados, Chacal foi capaz de conviver com outros animais sem nenhum histórico de acidentes e ainda desenvolveu um amor profundo e incondicional por seus novos donos.”, reforça Thabata Garcia. “Quem se interessar em conhecer os casos e as ações do grupo PIT LOVE BH ou quiser nos ajudar pode entrar no nosso facebook para saber como. Juntos somos mais fortes!”, completa Juliana, voluntária do grupo.

“Quem se interessar em conhecer os casos e as ações do grupo PIT LOVE BH ou quiser nos ajudar pode entrar no nosso facebook para saber como. Juntos somos mais fortes!”

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Táxi Dog BH Transporte Internacional e Interestadual de Animais Domésticos em Belo Horizonte - MG Desembaraço aduaneiro de Importação/Exportação; Castração nos CCZs de Belo Horizonte e Contagem; Controle/Remoção de animais em empresas; Consulta ao veterinário; Remoção de cadáveres; Crematório/Cemitério; Viagem/Mudança; Resgate. Agende seu horário: 3383.2566 31 97361.4001 �.com�taxidogbh www.taxidogbh.wordpress.com 31

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