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Três povoados, uma cidade
ARevista Maringá Ilustrada, de agosto de 1957, trouxe algumas curiosidades sobre os pioneiros. O primeiro escritório de contabilidade - Organização Mercúrio - foi instalado por Waldomiro Cordeiro da Silva. A primeira bicicleta que correu em Maringá foi a de Francisco Machado Homem. O Cinema Primor foi o primeiro do Maringá Velho, e quando se incendiou, no dia 2 de novembro de 1949, exibia o filme “Brutalidade”. Quando a cidade desceu para a planície, Ernesto Paiva foi o proprietário da primeira padaria, Arco-Íris. Américo Granado adquiriu o bilhete número 1 da Rede Viação A
Quando foi concebida, a área de Maringá abrangia 600 alqueires, com cerca de 5 km de comprimento, por 3 km de largura - isto já somados os 2 bosques (Parque do Ingá e Bosque dos Pioneiros), com 22 alqueires cada um. Maringá Velho, Maringá Novo e Vila Operária
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Paraná Santa Catarina, na estação de Maringá. O primeiro vagão para escoamento de safra, da RVPSC, foi requisitado por Antônio Úngaro, da Máquina Santa Mônica. O primeiro casamento realizado em Maringá, entre Deocleciano Rotta e Ângela Carniato, foi no dia 2 de julho de 1949. O primeiro trem de passageiros chegou às 12 horas do dia 31 de maio de 1954. Tinha como maquinista José Mariano, José Glade como foguista e Edgar Damiani como chefe-de-trem. Apitou, festivamente, a máquina número 608. Alfredo Martins foi o primeiro chefe-de-estação de Maringá: João Crescêncio o primeiro faxineiro; o primeiro bilheteiro da RVPSC foi José Benedito Corrêa; o telegrafista, José Rúbio; o primeiro praticante, Amândio Antônio de Sena e, o primeiro guarda-chave, Alcebíades Mileu. A Ermelindo Boso pertenceu a primeira relojoaria. Olímpio Prompt foi fundador do primeiro jornal de Maringá. A história registra o nome de Lafayete Costa Tourinho como o primeiro médico da cidade. O primeiro farmacêutico, Mário Siqueira Jardim, também primeiro delegado. Esmeraldo Leandro, além de primeiro tabelião, foi também o primeiro churrasqueiro que a cidade conheceu. A primeira bomba de gasolina de Maringá foi a de Ângelo Planas. O primeiro coletor, Onésimo Ferraz. O primeiro criminoso de Maringá foi o indivíduo alcunhado “Paraguai”, que estripou Arlindo Viana.
Maringá se dividiu, assim, em três povoados distintos: Maringá Velho, Maringá Novo e Vila Operária. Somente com o passar dos anos, em razão da venda dos terrenos e a expansão para os lados é que as localidades finalmente se fundiram para formar uma cidade única.
Bonita no papel, pois obedecia a um planejamento, Maringá era um lugar onde a devastação do verde acabou produzindo um quadro pouco agradável de intensa insolação. Para onde se caminhasse, havia pouca sombra, pois todas as grandes árvores da floresta que ali existiu haviam sido derrubadas. Seria uma insensatez, afinal, preservar alguns poucos daqueles grandes espécimes pelas ruas da cidade. Em mata fechada, como se sabe, o enraizamento da vegetação acaba sendo apenas superficial, de maneira que árvores centenárias, preservadas isoladamente, significavam um grande risco de acidente para a população quando de tempestades e fortes ventanias.
A saída encontrada pela Companhia seria implementar um projeto de arborização do lugar. Ou seja: plantar novas espécies de forma organizada pelas ruas, protegendo dessa maneira a cidade do sol escaldante, que, por muitas horas diárias esquentando a terra, produzia um mormaço quase insuportável. O único problema é que as novas espécies demorariam alguns anos para crescer e proporcionar sombreamento.
“Maringá é uma jovem bonita que precisa ser vestida”, diziam, à época, os homens da companhia.
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Abaixo, movimento com a primeira eleição de Maringá (1953)