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Esse Bianchini
O jornalista Luiz Carlos Rizzo, assessor de Anníbal Bianchini nos tempos de Sindicato Rural de Maringá e seu amigo de muitos anos, o descreve como um homem de muita sensibilidade.
Tem pessoas na vida que a gente gosta de graça. Você não precisa conhecê-la e nem com ela conviver mais de perto para nutrir simpatia, respeito e carinho, tendo-a como referencial em diversas áreas. Agora, quando esta pessoa se aproxima mais de você, então esta afirmação se consolida. T
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Dentre muitas pessoas com as quais convivo – e me toleram -, está Annibal Bianchini da Rocha, que, do alto de sua vida extremamente produtiva, é exemplo de luta, fé cristã, determinação e coragem para enfrentar novos desafios. Não importa o tamanho.
Quem o conhece, ainda que superficialmente, sabe disto.
O marido de dona Cida e pai de Antônio Carlos, Júlio, Carmem e Annibal Azevedo e avô de um punhado de netos nunca abriu mão de um traço de sua personalidade: no caráter, na conduta, no estilo, em todas as coisas, a simplicidade é a sua maior virtude.
Ele é assim mesmo. Afável, culto, tolerante, sabe compartilhar seus conhecimentos. Quem vê a Maringá de hoje talvez desconheça que o projeto de arborização reflete os seus ideais de vida: respeito absoluto ao meio ambiente. Afinal, conforme costuma dizer, o solo é a base de tudo. E sobre o solo há que se ter o verde preservado, lógico.
Bianchini está convicto: a vida só pode ser compreendida olhando-se para trás. Mas, só pode ser vivida olhando-se para a frente. Tal como o filósofo Plutarco, este personagem – uma verdadeira reserva moral e ética de Maringá e do Paraná – reconhece: é preciso viver, não apenas existir.
Mais do que uma frase filosófica, uma lição de vida que emana de Bianchini. Engenheiro agrônomo, ele se orgulha de ter apenas um registro em sua carteira de trabalho. Foi na Companhia Melhoramentos Norte do Paraná que exerceu sua profissão por mais de 50 anos. E, por mais de 30 anos, foi presidente do Sindicato Rural de Maringá.
Muito bom conhecer Bianchini. A gente aprende, tal como o filósofo grego Aristóteles, que a grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.
É apenas com o coração que se pode ver direito; o essencial é invisível aos olhos. A exemplo de Antoine de Saint-Exupéry, Bianchini – pessoa extremamente sensível – vai às lágrimas facilmente ao falar das coisas que lhe são mais caras: seus familiares e amigos.
Com o semblante sereno da missão cumprida, quem o procura sempre encontra um conselho marcado pela sabedoria de vida e serenidade. Assim como o apóstolo Paulo, Annibal Bianchini da Rocha pode dizer sem medo de errar: “Combati o bom combate. Guardei a minha fé!”. Eis aí uma receita infalível de uma vida voltada para o bem e que só assim vale a pena ser vivida.
Agradeço todos os dias ao Criador pela oportunidade de ter participado do projeto de arborização, que começou com o Dr. Luiz Teixeira Mendes, do qual fui assistente. Portanto, participei praticamente desde o início, quando ainda havia tudo por fazer. Considero-me um privilegiado.
Quando ando pelas ruas, fico olhando para as portentosas árvores, como as figueiras brancas da Avenida Dr. Luiz Teixeira Mendes. Elas, como muitas outras, são do meu tempo. Conheço sua história. Emociona-me, também, toda vez que as diversas espécies ficam floridas. É como uma saudação. Em 2001, os ipês-roxos da Avenida Brasil tiveram uma das mais bonitas floradas de todos os tempos, até mandei fazer um quadro.
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Não diria que a colonização do Norte do Paraná tenha sido melhor que em outras regiões, mas, definitivamente, os ingleses conduziram o projeto dentro da maior seriedade possível, e isto foi importante. Um exemplo: jamais alguém ouviu falar de problema com terras, e olhe que, no começo, eram 515 mil alqueires paulistas. Quando alguém adquiria lotes da Companhia, ficava tranqüilo. Da mesma
forma, as cidades foram projetadas a partir de um planejamento inicial. Com o tempo, obviamente, e o rápido processo de desenvolvimento, ocorreram inevitáveis mudanças.
Por que a opção pela sibipiruna? Por ser uma espécie que, ao contrário das outras, cresce rapidamente e proporciona sombreamento com dois anos e meio a três anos. Quando iniciamos o plano de arborização, era preciso que se tivesse sombra logo. Não poderíamos plantar uma árvore que demorasse sete, oito, dez anos para crescer.
É preciso não apenas ir fazendo a reposição de árvores mortas, mas seguir o que manda a natureza. Entender, por exemplo, que elas têm um ciclo de vida, médio, de 50 anos, e grande parte do arvoredo da cidade já tem ou ultrapassou essa idade. Temos pela cidade toda, muitos espaços vazios. Necessário se faz dar tratamento adequado à conservação e à expansão do verde. Se a reposição não for feita à risca, as falhas logo começarão a ser percebidas. Somando a arborização de praças e reservas florestais, Maringá oferece 26 metros quadrados de área verde por habitante. Mas este patrimônio corre o risco de minguar se o poder público não der a devida atenção.
Depois que a Companhia transferiu o plano de arborização ao poder público, diria que por alguns anos esse trabalho foi acontecendo nos moldes do que havia sido estabelecido pela Companhia. Mas, aos poucos, foi perdendo sua essência, até acabar. Hoje, infelizmente, Maringá não conta mais com um plano de arborização como antes. Vemos que até mesmo o Horto Florestal, onde antigamente eram produzidas as mudas, encontra-se relegado ao abandono e, desprotegido, está sendo destruído pela erosão.
O poder público precisa priorizar o diferencial que representa o verde para Maringá. É a marca registrada da cidade. Não podemos permitir que isto deixe de ser importante para os maringaenses. É triste quando vemos, por exemplo, árvores sendo drasticamente mutiladas por causa da rede elétrica, o que acontece todo dia pela cidade. Faz-se necessário criar um organismo que valorize e proteja a arborização e até, quem sabe, resgatar o plano nos moldes do que havia antigamente. Sei que instituições de ensino como o Cesumar estão preocupados com isto e falam até em criar a Fundação da Árvore. Talvez isto seja um sinal de reação da sociedade.
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Maringá é uma cidade arborizada, mas a cobertura florestal no município e região à volta, atingindo apenas 7% da área, é considerada insignificante. Vejo isto com muita preocupação. Houve uma grande devastação em nome da exploração agrícola e até mesmo as matas ciliares acabaram. Com isso, todo o meio ambiente é prejudicado. Sabemos que rios como o Pirapó estão ameaçados e, se nada for feito, o próprio abastecimento de Maringá estará comprometido em poucos anos.
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1 - Na Assembléia Legislativa, em junho de 2003, com a família, ao receber o título de Cidadão Honorário do Paraná. 2 - Na mesma oportunidade, ao lado do vice-governador Orlando Pessuti. 3 - Com o companheiro Ágide Meneguette, presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP). 4 - Recebendo a visita do ministro do Superior Tribunal do Trabalho (STT), Almir Pazianotto.
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A c e r v o S i n d i c a t o R u r a l d e M a r i n g á
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5 - Annibal presidiu o Sindicato Rural de Maringá por mais de 30 anos. 6 - A certificação ISO foi uma importante conquista para a entidade. 7 - O casal Annibal e Apparecida com o secretário executivo do sindicato, Valdecir Mocwa. 8 - Após ter deixado a presidência, na inauguração da sala de treinamento que empresta seu nome, na mesma entidade, ao lado dos dirigentes Marco Bruschi Neto, José Antonio Borghi (presidente) e Antônio Gomes Neto.
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R o g é r i o R e c c o