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De “jardineiro” a secretário de Estado
A A nníbal deixaria o comando do plano de arborização de Maringá para assumir em 1978 as funções de diretor da Companhia Melhoramentos na cidade e ter mais tempo para dedicar-se à sua fazenda de café em Uniflor. Até 1972 colaborara diretamente com o poder público, atuando como um consultor e participando da implantação do Parque do Ingá, inaugurado naquele ano. Jamais, no entanto, deixaria de preocupar-se com os rumos da arborização da cidade, oferecendo sugestões, proferindo palestras e mesmo fazendo críticas quando necessário, mantendo seu nome, portanto, sempre associado a esse assunto.
Anníbal se transformaria naturalmente em uma sólida e respeitável liderança em Maringá. De junho de 1965 a fevereiro de 1966, ao final do primeiro mandato do governador Ney Braga, atendeu convite do mesmo para assumir o cargo de secretário de Estado da Agricultura em substituição a Paulo Cruz Pimentel, que deixara a função com o objetivo de disputar as eleições para o governo do Estado, vencidas por ele. No início de 1966, tornou-se o primeiro presidente da Cooperativa de Laticínios de Maringá Ltda (Colmar), resultado de sugestão do então gerente do Banco do Brasil de Maringá, Milton Mendes; foi também o primeiro presidente da Santa Casa de Misericórdia de Maringá; integrou a diretoria da Sociedade Rural de Maringá, fez parte do conselho de administração de outra cooperativa local, a Cocamar, e dos conselhos consultivos do Instituto Brasileiro do Café (IBC) e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).
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Em 1982, disputou a eleição para a Prefeitura de Maringá. Procurado por lideranças como João Paulino Vieira Filho, o então bispo diocesano dom Jaime Luiz Coelho e o ex-governador Ney Braga, Anníbal aceitou ser candidato pela Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido que contava com outros dois pretendentes, Antonio Facci e Ademar Schiavone, concorrendo com Said Felício Ferreira e Horácio Racanello Filho, ambos do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Foi o terceiro mais votado. Em sua campanha, utilizou como símbolo o ipêroxo, distribuindo cerca de 100 mil mudas a eleitores do município.
No final dos anos sessenta, assumiu a presidência do Sindicato Rural, sendo reeleito por várias gestões e deixando essa função em 2004.
No mês de junho de 2003, através de proposição do deputado Ricardo Maia, recebeu em Curitiba, na Assembléia Legislativa, o título de Cidadão Benemérito do Paraná, viabilizado, também, graças ao empenho da deputada Cida Borghetti. Aliás, como não poderia deixar de ser, desde 1965 é também Cidadão Benemérito de Maringá, honraria concedida a pedido do então vereador Silvio Magalhães Barros no período em que Mário Clapier Urbinatti presidia o Legislativo.