Metodologia Ilunina

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Falso Rosto

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Metodologia Ilunina Manual da oficina

Flávia Alves Gueblas

Trabalho de Conclusão de Curso Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

SÃO PAULO

2018


credito

Glรกucia Alves da Silva Orientadora Denize Zinetti Ceo da Cebrusa Daniel Mackzuk Braun e Financeiro Matheus Braun e Francielle Mackzuk Braun Valdir Santos CCA Heliรณpolis Unas Grรกfica Printi



sumário

Agradecimentos .......................................... 06 Problemática .................................................. 07 Observação ..................................................... 09 Introdução ........................................................ 11 Apresentação .................................................. 12 Capítulo 1

- Sobre desenhar ................................................. 13 Capítulo 2

- Personagens Representadas ........................... 15 Capítulo 3

- Personagens atuantes ...................................... 17 - Materiais ........................................................... 19 Capítulo 4

- Vamos começar? .............................................. 22 - Atuando 1° dia .................................................. 24 - Atuando 2° dia .................................................. 24 - Atuando 3° dia .................................................. 32 - Atuando 4° dia ................................................. 40 - Atuando 5° dia ................................................. 48 - Atuando 6° dia ................................................. 56 - Atuando 7° dia ................................................. 64 - Atuando 8° dia ................................................. 72 - Atuando 9° dia .................................................. 80 Capítulo 5

- Método de pintura .......................................... 89 - Fazendo a embalagem .................................... 91 - Regras do Jogo .................................................. 92


Agradecimento Aos alunos do CCA Heliópolis Unas, que colaboraram com a oficina e se dedicaram as pinturas e as orientações do projeto. Também a coordenadora Fernanda Terto e a professora da turma 3, Faelle que cederam espaço e recepção com cordialidade. A minha tia Glaucia que apoiou e cooperou com o projeto antes de vingar. Agradeço também à escola de idiomas Cebrusa, que disponibilizou com abundância os materiais para efetivação do projeto e permitiu a minha liberdade e flexibilizaram sem por menores os meus horários para a ministração do projeto.

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Problemática A periferia é parte da sociedade civil, como malha que é - uma parte depende da outra para ter o todo, e não somente o interesse próprio ou mercadológico. A transformação só ocorrerá se ambos os lados estiverem com pesos iguais com a da região central – que possui benefícios cooperar com a parte que possui desvantagem, essa relação só se conversa quando há a necessidade para oferecer seus serviços como trabalhador e por que não como pessoa? Carros blindados, casas protegidas, roupas compridas ou mesmo punições, nem de longe será suficiente enquanto houver um contingente de homens e mulheres fundamentados no seu padrão de pensamento patriarcal e machista e inseridos na miséria. Uma mudança de valores nos dois lados é fundamental para transformar a sociedade. Um lado sofre com a falta de convivência gerada pelo pré-conceito, o outro lado sofre decorrente a escassez em que a produção cultural e de bens que não são chegados até a eles. A empatia torna-se presente quando há convivência, seguido de generosidade, educação, amizade e respeito. Para haver mudanças e melhorias, é necessário atuar de forma preventiva, fortalecer quem recebe a agressão – não só no sentido da agressão física, claro, também, mas a agressão na forma mais sutil também, reorientar e desconstruir a cultura machista, mudar pela reflexão e unir os dois polos sociais que separo no conceito aqui – a periferia e a região central. Existe uma beleza-esta, não é observada por olhos de fora porque não arrisca adentrar, e é essa beleza que busco em cada pessoa que passará pela oficina, recebendo doses homeopáticas de empoderamento, de cultura com lazer, e o seu resultado visual, irá para a vida de quem não adentra e, para mostrar sua beleza interna e contribuir com o empoderamento de pessoas dos dois mundos, são as cartas informativas de histórias de mulheres importantes para a nossa sociedade. Elas, na sua maioria, caracterizam uma representatividade com a história de vida com as pessoas da comunidade. No desenvolvimento da metodologia, no seu final, houve a percepção que - para além do ensino em artes, é um universo rico em que, o sentimento de compartilhamento e de comunidade é intrínseco. Há muita beleza que não nos é percebida – a beleza verdadeira, a qual os pisos frios, brilhantes e previsíveis nos tomam toda e qual9


quer percepção da vida como ela é e nos ofusca do simples e velho ato de dizer bom dia olhando para o vizinho. Eu já disse observar? Cada pessoa tem personalidade, e é possível verificar o seu traço na exteriorização representada no papel: o ser mais tímido irá conter nos espaços a disposição da tinta, o que possui uma voz engraçada irá fazer uma charge – mesmo sem saber e criando em cima de uma fotografia, o que fala mais baixo - quase um sussurro, vai te olhar com olhos grande por atenção, num rosto magro, revelando o quadro Os retirantes de Candido Portinari, e a figura ilustrada será nitidamente a de uma caveira. Está no processo, antes de tudo, a vontade de doar-se, amar, deixar leve e observar, observar muito com o coração, são os primeiros e mais importantes pontos que estão antes mesmo de aplicar o método de ilustração e pintura da iLunina. Depois, a metodologia – que será pautada aqui, passo a passo com suas técnicas, personalidades representadas a serem contados para as crianças e os jovens, os materiais de baixo custo para serem utilizados e etc. Observou? Observa mais. O que a periferia precisa, é a atenção. O resto, a gente usa a criatividade, busca o que está disponível e cata os cacos e constrói um monumento grande e poderoso, como a Sagrada Família de Gaudí, só que com a própria, bela e exclusiva identidade.

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Observação Lazer é um conjunto de ocupações as quais o indivíduo se entrega por livre vontade, que pode ser atividades físicas, manuais, intelectuais, artísticas e sociais. O acesso aos jovens da periferia é reduzido não apenas pela distância de locomoção, como também pela política de preços e segurança. A indústria cultural do lazer não considera a população dos bairros de baixa renda como merecedores, não investindo em serviços e equipamentos que disponibilizam diversão para essas comunidades. Devido o acesso a educação e cultura não estarem presente, o índice de violência é alarmante e a comunidade carrega a carência de ensinamentos para o desenvolvimento humano. O estímulo intelectual ou de lazer e cultural está na região central, e não tem como falar em meritocracia se uma parte, que é a periferia, não receber estímulos personalizados de acordo com a realidade. Pesquisas mostram que jovens em uma situação desfavorável economicamente vivem inserido em um meio onde pessoas não se respeitam mutuamente, sentem-se excluídos da sociedade no geral, se veem apenas como usuários e não estão comprometidos com os problemas urbanos. Sendo assim, a tendência é viverem em círculos viciosos, sobrevivendo a hostilidades diárias e, fazendo um paralelo com o que Fiori diz, se uma pessoa estuda a dança, ela frequentará espetáculos, ou seja, há uma determinante que as pessoas reproduzem aquilo que pra ela de alguma forma faz sentido. Um dos problemas urbanos da região, além da escassez. Segundo a pesquisa realizada pela Agência Énois – Inteligência Jovem, em parceria com os Institutos Vladimir Herzog e Patrícia Galvão, procurou entender como a violência contra a mulher e o machismo atingem mulheres da periferia. A pesquisa revelou que 90% das mulheres ouvidas, que vivem nas periferias brasileiras, afirmam ter deixado de frequentar espaços públicos e de usar determinadas roupas por medo da violência e que o machismo afetou o desenvolvimento delas como pessoas. Por ser intrínseco, é difícil sentir o erro, fica mais fácil deixar de fazer algo do que corrigir. Medidas de prevenção precisam ser estimuladas para resolver questões culturais e de gênero na periferia. Viver momentos de lazer é essencial para alcançar qualidade de vida e desenvolvimento humano. Cultura e entretenimento estão diretamente relacionados 11


ao estado de bem-estar e deve ser disponível a todos. As atividades de lazer podem aumentar a nossa rede de relacionamentos e nossas conexões sociais. O bem-estar psicológico ganha quando estamos em contato com a arte que tem a função de nos identificar como indivíduos, conhecer culturas e nos situar no mundo, além do mais, a arte nos ajuda a não nos sentir sozinhos, pois pode perceber que existem outras pessoas que compartilham os mesmos sentimentos que você. Ela tem o poder de ser comum, de conectar as pessoas no movimento de sentir algo.

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Introdução Este livro apresenta uma metodologia para formação da oficina de ilustração e pintura iLunina. Aberta e flexível no momento da pintura, é baseada em auto aprendizado, permite que cada um crie uma forma própria de estilização, de acordo com as suas características pessoais. Não é uma receita de bolo, mas por outro lado, contém toda a orientação para ser utilizada. A principal função da oficina é se ocupar do aprendizado e não do ensino no sentido tradicional, é inserir cultura no determinado local e empoderamento através da exposição das histórias das personalidades, ela serve a alunos de qualquer idade, mesmo sendo direcionada a um público restrito, jovens de 12 a 14 anos residentes da periferia. Portanto, a metodologia irá conter em si, o passo a passo para ser aplicado, desde a pré-organização ao encerramento com as cartas do jogo, a produção de conteúdo para disponibilizar ao ensino com as suas técnicas, as rodas de conversa e as etapas para o envio à gráfica. Assim, irá conter um norte para não haver dificuldades na sua efetivação. Como surgiu a metodologia?

Como o design pode ajudar a resolver as questões culturais e de identidade de gênero na periferia atingindo os jovens? A oficina foi concebida como resposta às necessidades do nosso país, onde a cultura e empoderamento não se manifesta de forma satisfatória, o que induz à uma vida com pouca qualidade e repercute na sociedade como um todo. Nasceu na área do Design Gráfico, no projeto de TCC da Universidade de Belas Arte de São Paulo, em 2018, onde a criadora viu a necessidade de inserir cultura e lazer para moradores da periferia e de aproximar com quem mora nos bairros que são melhor planejados.

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Apresentação A ilunina é um projeto de aprendizagem cultural que gera empoderamento para jovens de 12 a 14 anos que contém uma metodologia própria de pintura para retratar as personalidades que serão representadas dentro da oficina de criação para a elaboração de um jogo didático. A aplicação do método é voltada às crianças e jovens residentes da periferia, conta histórias de mulheres brasileiras notáveis para representá-las graficamente. Selecionadas, há um vínculo baseado na sua história de vida com o cotidiano da de quem reside na comunidade – sugerindo assim, a representatividade. Por ser uma iniciativa educativa e sustentável, os materiais utilizados são de baixo custo e o fechamento do projeto é o Jogo da Memória Histórico, que irá conter na capa as criações fornecidas pelos oficineiros e no verso, o seu respectivo resumo. O projeto visa levar empoderamento por intermédio da cultura e história de cada personalidade e lazer através da pintura e competição lúdica. O método é autoral, contém o resumo das histórias selecionadas e a orientação para a pintura e a aplicação gráfica para a efetivação das cartas do jogo, o Jogo da Memória Histórico, que é o fechamento da oficina. Por que? O acesso à cultura está ligado a informação e ao desenvolvimento humano, a arte é designada para todas as pessoas de todas as classes sociais e o aprendizado com atividade lúdica, ainda que superficial, ajuda na construção de conceitos sobre a dificuldade de mulheres e suas lutas para se inserir na sociedade e o seu resquício vindouros do pensamento machista. As mulheres citadas na oficina e posteriormente desenhadas e impressas nas cartas são personalidades fortes, elas indicam familiaridade com a vivência de quem é da região e também representam a importância na nossa história a qual não é citada em salas de aula, além do que, são exemplos para a igualdade dos gêneros e as reflexões devem existir para a sociedade evoluir a descontruir seus paradigmas. 14


CapĂ­tulo I

Sobre Desenhar e Pintar

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Capítulo I

Sobre Desenhar e Pintar. A capacidade de desenho e de pintura de cada um é resultado de que cada um consegue ver e se expressar, o traço representa a personalidade. Ensinar difícil com palavras é mais fácil mostrar do que orientar, como andar de bicicleta, é impossível dizer para se equilibrar, pedalar e manter-se constante, é mais viável andar e por meio da observação e tentativa individual. Aprender a ver – o método ensina a olhar e observar o que é tom, meio tom e sombra, o ideal é apontar e fazer ou demonstrar, muitas vezes você irá interferir para quebrar o medo do errar. O desenho é tido como talento ou misticismo, mas não é, com um erro pode ser revolvido e progredindo conforme a tentativa de acertos no papel. Desenhar é uma habilidade que pode ser aprendida por qualquer pessoa que tenha visão e coordenação motora operando normalmente. Portanto, aqui você aprenderá as propriedades básicas que nosso cérebro permite desenhar imagens que percebe. Você deve estar pensando: Como vou desenhar uma pessoa a qual precisa ser legível para inseri-la em uma carta de jogo? Calma, há um processo fácil que se seguido, consegue atingir o resultado esperado e mais, com os seus traços da sua personalidade, o que vai deixar o projeto visual ainda mais rico, será a marca daquele grupo. Aqui, o ato de desenhar ou representar, é prazeroso e gratificante, ajuda a expandir a capacidade de como a pessoa mediante uma percepção de sua própria mente e de como ela funciona. O efeito do exercício proposto destina a aumentar a confiança ao tomar decisões e resolver os problemas, o desenho irá ajuda-lo a se conhecer e visualizar o seu potencial com mais clareza e fazer com que outros a conheçam. Quase todos os participantes começaram a desenhar com pouquíssima habilidade, ao final, os que se esforçaram a pegar o método, se desenvolveram e então pode ver maravilhas acontecer.

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CapĂ­tulo 2

Personagens Representadas

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Quilombola

Jerônima

Dandara

Mesquita

Tarsila

DILMA

do Amaral

ROUSSEFF

Artilheira

LECI

Marta

BRANDÃO

Maria

LUISLINDA

Quitéria de Jesus ‘

VALOIS

Leila

MARINA

Diniz

SILVA

Roberta

NILMA

Close

LINO

Maria

FIRMINA

da Penha

DOS REIS

Zuzu

SoNIA

Angel

GUAJAJARA

Chiquinha

CHICA

Gonzaga

DA SILVA

Elza

Aracy de Carvalho Gui-

Soares

marães Rosa

Anita

LUIZA

Garibaldi

ERUNDINA

Leolinda

Ruth Cardoso

Daltro

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* Sobrenome geralmente é recebido pelo pai, aqui representei a personalidade com o seu nome.


CapĂ­tulo 3

Personagens atuantes

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Capítulo 3

Personagens atuantes A quem e como é destinado a receber a oficina? Jovens de 12 a 14 anos de idade, que residem em periferias ou em comunidade. Não há distinção entre os gêneros, meninos e meninas recebem a devida atenção. Participam da oficina a quantidade de até 15 pessoas, dividido em três grupos. O local deve ter disponibilizado, itens essenciais como carteiras ou cadeiras e mesas, local com iluminação, água, banheiro e pia, já que serão utilizadas tintas e também para a lavagem dos pincéis, mãos e etc.

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Materiais Os materiais por ser de de baixo custo, não necessariamente irá tirar a beleza do conteúdo produzido, muito pelo contrário, irá agregar riqueza e identificação com o mundo em que será inserido. - Papel carbono, tamanho A4, preto ou azul. Recomendável Pack com 50 folhas. - papéis: pode ser papelão, Kraft ou de diversas cores. Em torno de uma para cada pessoa e para cada em cada personalidade. Recomendável utilizar pacotes fechados, em tamanho A4 ou reduzir para A5, cortando-os, assim, fica melhor o manuseio e pintura e evita desperdício de papel. - Pincéis – 2 de cada para cada oficineiro, nos tamanhos: pequeno com cerda fina para contornos e médio para pintura geral. - Tinta Guache em 12 cores + uma especial, de cor próxima a da pele branca. São necessários potes grandes. - Pano utilizado na limpeza caseira para secagem do pincel ou papel absorvente. - copos plástico descartáveis de 200 ml, em torno de 2 packs com 50 unidades cada. - copos plástico descartáveis de 50 ml (café), em torno de 6 packs com 50 unidades cada. - canivete para reduzir as folhas A4 para A5 (opcional); - régua; - impressões coloridas de cada personalidade para o decalque, ou; - impressões preto e branca de cada personalidade, para o decalque a ser distribuído para cada participante ao longo da oficina + 01 colorido por mesa da personalidade para observação, será devida21


mente explicado na página tal. Pode haver divisão também pra cada 2 participantes, 01 impresso, reduzindo assim pela metade. Serão ao total, 24 personagens. OBS: A colorida não poderá ser utilizada para pintura, somente observação das cores. Exemplo: 15 participantes, divididos em 3 grupos = - 5 cópias impressas coloridas de 3 personalidades. Ou, - 3 cópias impressas PeB de 3 personalidades + 1 colorida. - Computador e retroprojetor. Para mostrar criações de artistas ao qual o projeto possui similaridade: - Basquiat - expressionista; - Henri Matisse - fauvista; - Van Gogh – impressionista e pós impressionista; - Tarsila do Amaral – modernista; - Picasso – cubista; - Bansk - subversivo.

Basquiat

Henri Matisse


Van Gogh

Tarsila do Amaral

Picasso

Bansk

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CapĂ­tulo 4

Vamos começar?

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Capítulo 4

Vamos começar? O que você vai fazer? Passo 1:

Apresentação do que se trata o projeto. Situar referente às ilustrações e para que serve, a de proporcionar as capas do jogo. Mostrar as imagens dos artistas citados acima em tal página. Essa explicação servirá como base para descontruir a ideia de que arte só é reconhecida se for a realista, não é esse o resultado que será obtido. Poderá ser realizada quantas vezes quiser ao longo da oficina, porém é essencial a apresentação no primeiro e segundo dia. Passo 2:

Rotina para todos os encontros. Deve começar a distribuir os copos menores na mesa, separando em grupos para cada cor, se há quatro grupos de pessoas, irá disponibilizar quatro recipientes para cada cor e preencher com 2 colheres de guache em cada, dentro de cada grupo. Preencher para cada cor. Separar as folhas de suporte, de impressão, o carbono e disponibilizar para cada integrante, assim como os pincéis, a toalha ou papel absorvente para o grupo, as tintas disponibilizadas nos potes e copos com água. Ler a história de três mulheres que estão dispostas a partir da página tal, uma para cada grupo formado, a leitura será para todos, apenas a separação será dessa forma, para organizar a dinâmica. As leituras serão de três personalidades por dia, totalizando 9 encontros com as 24 mulheres. 25


Atuando 1°Dia de Oficina Passo 1

2° dia de Oficina Passo 1

Passo 2

Personalidades: 1) Dandara 2) Tarsila do Amaral 3) Marta Vieira da Silva

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1) Dandara Guerreira do período colonial do Brasil, Dandara foi esposa de Zumbi, líder daquele que foi o maior quilombo das Américas: o Quilombo dos Palmares. Com ele, Dandara teve três filhos: Motumbo, Harmódio e Aristogíton. Valente, ela foi uma das lideranças femininas negras que lutou contra o sistema escravocrata do século XVII e auxiliou Zumbi quanto às estratégias e planos de ataque e defesa da quilombo. Não há registros do local onde nasceu, tampouco da sua ascendência africana. Relatos e lendas levam a crer que nasceu no Brasil e se estabeleceu no Quilombo dos Palmares enquanto criança. Ela foi uma das provas reais de que a mulher não é um sexo frágil. Além dos serviços domésticos, plantava, trabalhava na produção da farinha de mandioca, caçava e lutava capoeira, além de empunhar armas e liderar as falanges femininas do exército negro palmarino. Sempre perseguindo o ideal de liberdade, Dandara não tinha limites quando o que estava em jogo era a segurança do quilombo e a eliminação do inimigo. Ela defendia que a paz em troca de terras no Vale do Cacau, que era a proposta do governo português, seria um passo para a destruição da República de Palmares e a volta à escravidão. Suicidou-se depois de presa, em seis de fevereiro de 1694, para não voltar na condição de escravizada. Resumo da carta

Chamada irá compor a frente da carta e texto no verso. Frente: Líder feminina negra na luta contra o sistema escravo-

crata do século XVII. Verso: Guerreira do período colonial do Brasil foi esposa de Zumbi, líder do maior quilombo das Américas: o Quilombo dos Palmares. Valente, ela foi uma das lideranças femininas negras que lutou contra o sistema escravocrata do século XVII.

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2) Tarsila do Amaral Em 1920, foi estudar em Paris. Ficou lá até junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro de 1922) através das cartas da amiga Anita Malfatti. Quando voltou ao Brasil, Anita a introduziu no grupo modernista e Tarsila começou a namorar o escritor Oswald de Andrade. Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, e os escritores Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Agitaram culturalmente São Paulo com reuniões, festas, conferências. Tarsila disse que entrou em contato com a arte moderna em São Paulo, pois antes ela só havia feito estudos acadêmicos. Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente de aniversário ao seu marido, Oswald de Andrade. Pintou o ‘Abaporu’. Quando Oswald viu, ficou impressionado e disse que era o melhor quadro que Tarsila já havia feito. Batizou-se o quadro de Abaporu, que significa homem que come carne humana, o antropófago. Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico. A figura do Abaporu simbolizou o Movimento que queria deglutir, engolir, a cultura européia, que era a cultura vigente na época, e transformá-la em algo bem brasileiro. Valorizando o nosso país. Nesta fase ela usou bichos e paisagens imaginárias, além das cores fortes. A artista contou que o Abaporu era fruto de imagens do seu inconsciente, e tinha a ver com as histórias que as negras contavam para ela em sua infância. Em 1929 Tarsila fez sua primeira Exposição Individual no Brasil, e a crítica dividiram-se, pois ainda muitas pessoas não entendiam sua arte. http://tarsiladoamaral.com.br/biografia/

Resumo da carta

Chamada irá compor a frente da carta e texto no verso. Frente: Em 1928, criou o quadro Abaporu. Verso: O quadro Abaporu era fruto de imagens do seu incons-

ciente que estava ligado às histórias que as negras contavam para ela na sua infância. 31


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3) Marta Vieira da Silva Conhecida como Marta (Dois Riachos, 19 de fevereiro de 1986), é uma futebolista brasileira que atua como atacante. Atualmente, joga pelo Orlando Pride, dos Estados Unidos. Marta já foi escolhida como melhor futebolista do mundo por seis vezes, sendo cinco de forma consecutiva. Um recorde entre mulheres e homens. Foi considerada pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009. Em 2015, ela se tornou a Maior Artilheira da História das Copas do Mundo de Futebol Feminino, com 15 gols, e também se tornou a Maior Artilheira da História da Seleção Brasileira (contando a Masculina e a Feminina) com 101 gols. É considerada a maior futebolista de todos os tempos. Após grandes exibições recentes e, principalmente, nos Jogos Pan-americanos de 2007, a alagoana declarou que se emocionou ao saber que Pelé acompanhou os jogos da seleção feminina. Marta iniciou a carreira profissional no Vasco da Gama em 2000 aos 14 anos. Após três anos no time cruzmaltino, foi emprestada ao time mineiro Santa Cruz, onde jogaria por mais duas temporadas, antes de ser negociada pelo time carioca, para defender o Umeå IK, da Suécia. Por este clube, tornou-se muito mais conhecida na Europa e foi se destacando cada vez mais, até ser considerada a melhor jogadora do mundo. https://pt.wikipedia.org/wiki/Marta_(futebolista)#Campanhas_de_destaque

Resumo da carta:

Chamada irá compor a frente da carta e texto no verso. Frente: Considerada a melhor jogadora do mundo. Verso: Escolhida como a melhor futebolista do mundo por seis

vezes, sendo cinco de forma consecutiva. Um recorde entre mulheres e homens.

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Atuando 3° dia de Oficina Passo 2 Personalidades: 4) Maria QuitÊria de Jesus 5) Leila Diniz 6) Roberta Close

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4) Maria Quitéria de Jesus Em 1822, o Conselho Interino do Governo da Bahia passou a recrutar voluntários para as lutas de apoio à Independência. Maria Quitéria interessou-se pela proposta e pediu ao seu pai permissão para se alistar, mas foi proibida por ele. Decidida a lutar pela Independência, Maria Quitéria contou com a ajuda de sua irmã, e seu cunhado, Medeiros. Ela pegou o uniforme do cunhado emprestado, cortou seus cabelos e apresentou-se como homem ao Exército. O pai de Maria Quitéria procurou o batalhão e contou que ela era mulher. Como ela já era reconhecida por seus esforços, disciplina e facilidade com as armas, o major não permitiu que ela fosse desligada do Exército. Após adotar seu nome verdadeiro, Maria Quitéria trocou o uniforme masculino por saias e adereços. Sua coragem em ingressar em um meio masculino chamou a atenção de outras mulheres, as quais passaram a juntar-se às tropas e formaram um grupo comandado por Quitéria. Depois da declaração da Independência, as tropas portuguesas permaneceram combatendo no Brasil. Maria Quitéria, mais uma vez, destacou-se ao guerrear com as mulheres de seu grupo, na foz do rio Paraguaçu, na Bahia. Com a derrota das tropas portuguesas, em julho de 1823, Maria Quitéria foi promovida a cadete e reconhecida como heroína da Independência. Dom Pedro I deu a ela o título de “Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro”. Após o fim das guerras pela Independência, Maria Quitéria decidiu retornar à região onde morava. Dom Pedro I escreveu uma carta ao pai dela reconhecendo sua importância para o Brasil e pedindo que ela fosse perdoada por fugir de casa. Resumo da carta

Chamada irá compor a frente da carta e texto no verso. Frente: Reconhecida como heroína na luta pela Independência. Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro”. Verso: Decidida a lutar pela Independência, escondida e com a ajuda de sua irmã e de seu cunhado, pegou o uniforme do cunhado emprestado, cortou seus cabelos e apresentou-se como homem ao Exército. 37


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5) Leila Diniz Teve uma vida fugaz, faleceu aos 27 anos em julho de 1972, em um desastre de avião. Formada como professora, casou-se aos 17 anos com o cineasta Domingos Oliveira, após três anos se separaram e começou a trabalhar como atriz, no teatro, na televisão e no cinema. Casou-se com o diretor de cinema, Ruy Guerra, com quem teve uma filha. Tornou-se uma figura marcante com a sua personalidade ousada, inimiga de todas as convenções nas suas entrevistas. Conseguiu romper inúmeros tabus da sociedade brasileira vivendo sob a ditadura militar. Escandalizou o Brasil na época ao exibir sua gravidez na praia, usando um biquíni. Foi criticada pelos conservadores, pelas feministas, pela sociedade patriarcal e machista e a esquerda conservadora e pelas mulheres da época. Era preocupada apenas em ser fiel aos seus próprios valores. Leila Diniz tornou-se um ícone da liberdade, do hedonismo e da indignação que não abdica de sonhar e alegrar-se. Bibliografia: https://educacao.uol.com.br/biografias/leila-diniz.jhtm

Resumo da carta:

Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Atriz, conhecida pela sua personalidade ousada. Verso: Conseguiu romper inúmeros tabus da sociedade brasilei-

ra vivendo sob a ditadura militar. Escandalizou o Brasil na época ao exibir sua gravidez na praia, usando um biquíni.

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6) Roberta Close Seu nome registrado foi Luis Roberto, modificado para Roberta Gambine Moreira e seu nome artístico é Roberta Close que veio em função da extinta revista Close que a projetou nacionalmente. Foi símbolo sexual no Brasil e no mundo na luta contra o preconceito. Nasceu com genes masculinos e é considerada hermafrodita-feminina, onde os órgãos são masculinos porém se sente mulher. ”Hermafrodita é um termo da mitologia grega que nasceu da história de que dois deuses, Hermes e Afrodite, se uniram e formaram os dois sexos. Então, quando as pessoas nascem com ambiguidade, não se sabe se é do sexo masculino ou feminino, usa-se esse termo.” Os métodos para descoberta são através e exames físicos e laboratoriais para chegar a conclusão em termos médicos, porém não é mais usado na medicina. Roberta não é transexual ou travesti. Sofreu muito na infância, tendo que sair da casa dos pais aos 14 anos de idade, com castigos e violência física. Resumo da carta:

Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Nasceu com genes masculinos e é considerada herma-

frodito-feminina. Verso: Seu nome artístico ...Close, veio em função da extinta re-

vista Close que a projetou internacionalmente, a qual fez ensaios fotográficos.

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Atuando 4° dia de Oficina Passo 2 Personalidades: 7) Maria da Penha 8) Zuzu Angel 9) Chiquinha Gonzaga

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7) Maria da Penha Numa manhã de 1983, Maria da Penha acorda com um estouro no seu quarto. Assustada, não conseguia se mexer. Havia levado um tiro. Seu pensamento foi: “O Marco me matou”. O homem foi encontrado no chão da cozinha da residência, com pijama rasgado e uma corda no pescoço, contara que quatro assaltantes invadiram a casa. Com três filhas pequenas, passou 4 meses entre a vida e a morte, até que descobriu que não conseguiria mais andar. Logo que voltou para a casa sofreu outro atentado: Marco tentou eletrocutá-la no chuveiro elétrico, mas conseguiu se salvar a tempo. Com o interrogatório da Secretaria de Segurança foi encontrada várias contradições e as autoridades concluíram que Marco era o autor da tentativa de homicídio. O economista foi julgado e condenado duas vezes, mas saiu em liberdade após entrar com recursos. Em 2001, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos condenou o Brasil por negligência e omissão pela demora da punição, que veio em 2002, Marco cumpriu menos de um terço da pena. Em 2006, o então Presidente Lula sancionou a lei 11.340, a Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência familiar contra a mulher. Entrou para o movimento feminista, se fortaleceu e não parou de lutar. https://catracalivre.com.br/cidadania/maria-da-penha-uma-mulher-que-sobreviveu-na-luta/

Resumo da carta: Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Em 2006, foi sancionada a lei que leva seu nome, no combate à violência doméstica contra mulheres no Brasil. Verso: Em 2006, o então Presidente Lula sancionou a lei 11.340, a Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência familiar contra a mulher. Entrou para o movimento feminista, se fortaleceu e não parou de lutar. 45


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8) Zuzu Angel No final dos anos 50, começou a trabalhar como profissional da costura, em 1970 abriu uma loja de roupas em Ipanema e com o tempo, expandiu seu trabalho e chegou ao mercado norte-americano. Na manhã de 14 de maio de 1971, seu filho, Stuart, estudante de economia e militante do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8) que combatia a ditadura militar, instalada em 1964, foi preso no Rio de Janeiro e levado para a base aérea de Galeão. Nesse mesmo ano, realizou um desfile em forma de protesto, usando nas roupas elementos que denunciavam a situação no Brasil para a imprensa e os órgãos internacionais: tanques de guerra, canhões, pássaros engaiolados, meninos aprisionados e anjos amordaçados. Entrou em uma luta incansável para achar o seu filho. Segundo o relato do preso político Alex Polari, relatou que Stuart havia sofrido tortura e faleceu no mesmo dia. Falece na madrugada de 1976, em um acidente de carro na estrada da Gávea. https://www.ebiografia.com/zuzu_angel/

Resumo da carta:

Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Lutou na procura pelo seu filho que havia sofrido tortura e falecido. Verso: Realizou um desfile em forma de protesto, usando nas roupas elementos que denunciavam a situação no Brasil: tanques de guerra, canhões, pássaros engaiolados, meninos aprisionados e anjos amordaçados.

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9) Chiquinha Gonzaga Foi uma pianista, maestrina e compositora carioca. Filha do então primeiro tenente com uma mestiça – neta de escrava e a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Sua vida foi marcada pelo sucesso na música, o desafio à sociedade patriarcal do período regencial e à luta abolicionista. A participação de Chiquinha Gonzaga no cenário artístico brasileiro foi fundamental para a definição da identidade musical do País no início do século XX. Era considerada desafiadora do padrão da época por declarar-se abolicionista. Chegou a vender partituras para arrecadar recursos que foram destinados à “Confederação Libertadora”. Um de seus músicos, José Flauta, era um escravo alforriado, cuja liberdade foi comprada por Chiquinha Gonzaga. A consagração com a música chega na virada do século, com a marchinha “Ó Abre Alas”. A canção foi repetida na passagem do século XIX para o século XX e é mantida no repertório carnavalesco até os dias atuais. Resumo da carta:

Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Verso: Neta de escrava, foi uma importante pianista, composi-

tora e maestrina no cenário artístico brasileiro para a identidade musical do país. Consagrada pela música O Abre Alas. Abolicionista, comprou a alforria de um dos seus músicos.

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Atuando 5 dia de Oficina Passo 2 Personalidades: 10) Elza Soares 11) Anita Garibaldi 12) Leolinda Daltro

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10) Elza Soares Foi casada aos 12 anos de idade forçada pela família, na tentativa de arrecadar dinheiro para seu filho doente, que faleceu mais tarde, escondida apareceu e cantou pela primeira vez na tv Tupi. O apresentador, fez um deboche perguntando de que mundo aquela menina vinha, por sua vestes que eram simples, e ela respondeu ao que calou a platéia:- Eu vim do planeta fome! Aos 21 anos velou três filhos e o marido, somente assim conseguiu virar estrela, sua rouquidão transformou em uma cantora singular. Na década de 60, no começo da carreira, em plena ditadura, se envolveu e casou com Garrincha, jogador de futebol famoso na época. Ela mulher sofreu com as condenações sociais da época. Permaneceram juntos por 15 anos, quando Garrincha se tornou alcoolatra e violento, chegou a quebrar os seus dentes numa ocasião. Na época, sofreu calada. Em 2015, conseguiu exteriorizar sua dor com a música Maria da Vila Matilde, com a frase “cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim”. A canção se tornou hino do movimento feminista, e nos seus shows convoca as vítimas denunciarem seus agressores. Encarou a fome, pobreza, o casamento na infância, o ódio das massas, a ditadura, a morte de quatro dos seus sete filhos, a violência doméstica e hoje um terrível problema de coluna com 87 anos de idade. Ganhou o prêmio do Grammy Latino por melhor disco “A mulher do fim do mundo” Resumo da carta:

Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Ganhou o prêmio do Grammy Latino por melhor disco “A

mulher do fim do mundo” Verso: É conhecida pela rouquidão na voz. Em 2015, conseguiu

exteriorizou sua dor com a música Maria da Vila Matilde, com a frase “cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim”. A canção se tornou hino do movimento feminista, e nos seus shows convoca as vítimas denunciarem seus agressores. 53


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11) Anita Garibaldi Ana Maria de Jesus Ribeiro, nascida em 1821 em Santa Catarina, casou se aos 14 anos por insistência da mãe com o sapateiro Manuel Duarte de Aguiar. No período de guerra dos farrapos, conheceu Joseph Garibaldi, revolucionário italiano, quando aportou na baia de laguna, onde Ana morava, para comandar as farroupilhas no processo proclamação de república Juliana, aos 19 anos abandou o marido e fugiu com Garibaldi que apelidou de Anita. Entusiasmada com os ideais democráticos e liberais armados, aprendeu a lutar com espadas e usar armas de fogo. Convertendo na guerrilha que acompanharia em todos os combates. Com o fim da republica Juliana, vão para o sul e em 1839 participaram da batalha dos curitibanos em que é presa, na cadeia os oficiais contam que o marido faleceu, grávida pediu que para encontrar o marido em meio aos mortos, aproveitou do descuido dos oficiais e fugiu em encontro dos seus, lançou no rio e vagou pela mata por 4 dias, encontrou o Garibaldi na cidade de Vacaria. Em 1841 mudou se para Montevidéu, Uruguai e lutaram contra o ditador da época e em 1842 se casaram. 5 anos depois foi a Itália para preparar o retorno de Garibaldi, para lutar na guerra contra a Áustria pela unificação do seu pais. Foram atacados em Roma por tropas franco austríacos, Anita grávida aos seis meses, devido as longas cavalgadas contrai febre tifoide e falecem 1849. Resumo da carta:

Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Participou na Revolução Farroupilha e no processo de unificação da Itália. Verso: Conhecida por seu envolvimento direto na Revolução Farroupilha e no processo de unificação da Itália, junto com o revolucionário e marido Giuseppe Garibaldi.

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12) Leolinda Daltro Na tentativa de levar educação laica para indígenas do brasil, se vê impedida ao obter cargo oficial por ser mulher. A lei, na época, determinava que só um cidadão pleno tivesse o direito ao voto, conceito formado por quesitos como ser alfabetizado, se interessar pela vida pública, defender a coletividade e ter condições de ir à luta armada. Por que mulheres não eram consideradas cidadãs plenas? Formou uma fundação com suas alunas, inspiradas no movimento sufragistas da Grã-Bretanha, o PRF, não podia receber votos, já que era composto apenas por mulheres, a agremiação era na verdade, uma um anti-partido. Em 1917 levou 90 mulheres a favor do sufrágio universal as ruas de Salvador e Rio de Janeiro, mas foi em 1921 que o projeto foi votado pela primeira vez. Após a sua morte, o protagonismo na militância pelo voto feminino ficou em outro grupo, comandada por Bertha Lutz. A aprovação do voto feminino no Brasil data de 1932 e foi exercido pela primeira vez em 1935. O Código Eleitoral Provisório foi aprovado e deu o direito ao voto às mulheres, mas ainda com ressalvas: “Que passou a permitir o voto feminino com a imposição de que só as casadas com o aval do marido ou as viúvas e solteiras com renda própria teriam permissão para exercer o direito de votar e serem votadas”. Em 1934, foi consolidado do Código Eleitoral, que reformava outro marco na luta pelos direitos das mulheres e retirava as exigências do Código Eleitoral Provisório de 1932. Resumo da carta:

Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Professora, sufragista e indigenista brasileira que lutou pela autonomia das mulheres. Verso: Foi Professora, sufragista e indigenista brasileira que lutou pela autonomia das mulheres. Em 1910, juntamente com outras mulheres, fundou o Partido Republicano Feminino. Em 1917 liderou uma passeata exigindo a extensão do direito ao voto às mulheres. 57


Atuando 6 dia de Oficina Passo 2 Personalidades: 13) JerĂ´nima Mesquita 14) Dilma Rousseff 15) Leci BrandĂŁo

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13) Jerônima Mesquita Foi estudar aos 17 anos na França, lá pode presenciar a luta feminina pela igualdade. se casou por imposição da família com um primo e se separou dois anos depois. Quando surgiu a primeira guerra mundial, ingressou como voluntária na Cruz Vermelha de Paris e da Suíça. Ao retornar para o Brasil, tornou-se uma ativista dos direitos das mulheres. Foi uma das pioneiras na luta pelo voto feminino, atuando no movimento sufragista de 1932, com Bertha Lutz e Maria Eugênia. Resumo da carta: Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Enfermeira e líder feminista brasileira. Verso: Voluntária na primeira guerra mundial pela Cruz Verme-

lha. No retorno ao Brasil, foi uma das pioneiras na luta pelo voto feminino, atuando no movimento sufragista de 1932.

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14) Dilma Rousseff Nascida em Belo Horizonte, aos 16 anos começa a militar em grupos de esquerda, lado político que a fez ser a primeira mulher presidenta do país em 2010 e por duas vezes consecutivas. Lutou contra a ditadura e foi torturada, pois não podia se opor ao governo. Devido à prisão, Dilma ficou impossibilitada de concluir os estudos na federal de Minas. Por isso, em 1973 ela prestou vestibular para Economia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, graduando-se quatro anos depois. Sofreu impeachment por acusações de pedalada fiscal, porém não foi punida com a inabilitação para funções públicas, sendo assim, se candidatou ao cargo de senadora de Minas Gerais em 2018. Resumo da carta:

Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Primeira presidenta no Brasil – 2011 a 2016. Verso: Sofreu impeachment por acusações de pedalada fiscal,

porém não foi punida com a inabilitação para funções públicas, sendo assim, se candidatou ao cargo de senadora de Minas Gerais em 2018.

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15) Leci Brandão Em fevereiro de 2010, Leci Brandão filiou-se ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e candidatou-se ao cargo de Deputada Estadual pelo estado de São Paulo, tendo sido eleita com mais de 85 mil votos e reeleita em 2014.[5] Como parlamentar, Leci Brandão afirma se dedicar à promoção da igualdade racial, ao respeito às religiões de matriz africana e à cultura brasileira. Segunda deputada negra da história da Assembleia Legislativa de São Paulo, Leci também levanta a questão das populações indígena e quilombola, da juventude, das mulheres e do segmento LGBT. Resumo da carta: Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Segunda deputada negra da história da Assembleia Legislativa de São Paulo. Verso: Dedica-se à promoção da igualdade racial, ao respeito às religiões de matriz africana e à cultura brasileira. Segunda deputada negra da história da Assembleia Legislativa de São Paulo, Leci também levanta a questão das populações indígena e quilombola, da juventude, das mulheres e do segmento LGBT.

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Atuando 7 dia de Oficina Passo 2 Personalidades: 16) Fernanda Montenegro 17) Luiza Erundina 18) Marina Silva

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16) Fernanda Montenegro Pisou no palco aos 8 anos de idade para participar de uma peça na igreja, mas foi em dezembro de 1950 que estreou oficialmente no teatro, no espetáculo 3.200 Metros de Altitude, de Julian Luchair. Um papel que marcou sua vida foi a italiana Luiza, da novela Esperança (2002), de Benedito Ruy Barbosa, pois pode ter contato com a origem de seus avós que eram imigrantes italianos e vieram para o Brasil no fundo de um navio, em 1897. Foi criada pela avó até os seus 18 anos de idade. Foi protagonista de um filme notório: Central do Brasil e foi um sucesso: indicado aos Oscar na categoria de filme estrangeiro, porém ganhou apenas nessa mesma categoria no Globo de Ouro e Urso de Prata do Festival de Berlim pelo mesmo papel: a escritora de cartas, Dora, que se dispõe a partir em uma longa jornada em busca do pai do pequeno José (Vinícius de Oliveira). O longa-metragem colocou o cinema nacional de volta ao topo dos principais festivais internacionais e reconheceu o talento de uma atriz que já tinha uma bagagem uma coleção de outros prêmios. Bibliografia: http://memoriaglobo.globo.com/perfis/talentos/ fernanda-montenegro/trajetoria.htm https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2018/03/03/interna_diversao_arte,670747/20-anos-de-central-do-brasil.shtml

Resumo da carta:

Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Considerada uma das melhores atrizes brasilei-

ras. Referenciada como a grande dama do teatro brasileiro. Verso: É considerada uma das melhores atrizes brasileiras. Protagonista do filme indicado ao Oscar Central do Brasil, que colocou o cinema nacional de volta ao topo dos principais festivais internacionais.

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17) Luiza Erundina Com projeto para a reforma política que visa coibir os desvios éticos que têm marcado historicamente, a vida política brasileira e também, coordena a Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular (Frentecom), onde, dentre os principais pontos tratados, estão a garantia do exercício da liberdade de expressão e do direito a comunicação, além da reformulação do Marco Regulatório do setor. Destaca-se ainda na luta pela ampliação da participação das mulheres na política, pela democratização dos meios de comunicação no Brasil e pela reforma do sistema político brasileiro. Resumo da carta:

Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Luta pela reforma política para corrigir as distorções do

sistema partidário e eleitoral. Verso: É deputada federal e coordenadora da Frente Parlamentar pela Reforma Política com Participação Popular que, luta por uma reforma política ampla, capaz de corrigir as distorções do sistema partidário e eleitoral.

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18) Marina Silva É historiadora, professora, psicopedagoga, ambientalista e política brasileira filiada à Rede Sustentabilidade. Ao longo de sua carreira política, exerceu os cargos de senadora da República pelo Acre entre 1995 a 2011 e ministra do Meio Ambiente de 2003 a 2008, além de candidatar-se em 2010, 2014 e 2018 à Presidência da República. Nascida em um seringal no Acre, Marina mudou-se para a capital do estado ainda na adolescência, onde foi alfabetizada com 16 anos. Concluído o ensino médio, graduou-se em história pela Universidade Federal do Acre. Desenvolveu interesse pela política e vinculou-se ao Partido Revolucionário Comunista, organização marxista que se abrigava no Partido dos Trabalhadores, posteriormente ajudando a fundar a Central Única dos Trabalhadores do Acre. Juntamente com Chico Mendes, ajudou a liderar o movimento sindical, elegendo-se para o seu primeiro cargo público, o de vereadora de Rio Branco, em 1988. Resumo da carta: Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Ministra do meio ambiente em 2003, é ligada à causa ecológica. Verso: Alfabetizada aos 16 anos e senadora aos 36 anos - a mais jovem no cargo da história do país. Em 2003 foi ministra do Meio Ambiente, é fortemente ligada à causa ecológica.

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Atuando 8 dia de Oficina Passo 2 Personalidades: 19) Nilma Lino 20) Firmina dos Reis 21) Sonia Guajajara

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19) Nilma Lino É uma pedagoga brasileira. Tornou-se a primeira mulher negra do Brasil a comandar uma universidade pública federal, ao ser nomeada reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), em 2013. Tem se posicionado, frequentemente, na luta contra o racismo no Brasil. Em 2 de outubro de 2015 foi nomeada pela presidente Dilma Rousseff para ocupar o novo Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, que uniu as secretarias de Políticas para Mulheres, Igualdade Racial, Direitos Humanos e parte das atribuições da Secretaria-Geral. Permaneceu no cargo até o dia do afastamento de Dilma pelo Senado Federal. Resumo da carta: Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Primeira mulher negra do Brasil a comandar uma uni-

versidade pública federal. Verso: Primeira mulher negra do Brasil a comandar uma universidade pública federal. Posicionou-se na luta contra o racismo. Nomeada por Dilma Rousseff, ocupou o novo Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.

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20) Firmina dos Reis Em 1859, publicou o romance Úrsula, considerado o primeiro romance de uma autora do Brasil. Em 1887, publicou na Revista Maranhense o conto “A Escrava”, no qual descreve uma participante ativa da causa abolicionista. Aos 54 anos de idade e 34 de magistério oficial, anos antes de se aposentar, Maria Firmina fundou, em Maçaricó, a poucos quilômetros de Guimarães, uma aula mista e gratuita para alunos que não podiam pagar: conduzia as aulas num barracão em propriedade de um senhor de engenho, à qual se dirigia toda manhã subindo num carro de boi. Lá, lecionava às filhas deste, aos alunos que levava consigo e a outros que se juntavam. Participou da vida intelectual maranhense: colaborou na imprensa local, publicou livros, participou de antologias, e, além disso, também foi música e compositora. A autora era abolicionista: ao ser admitida no magistério, aos 22 anos de idade, sua mãe queria que fosse de palanquim receber a nomeação, mas a autora optou por ir a pé, dizendo a sua mãe: “Negro não é animal para se andar montado nele.” Chegou também a escrever um “Hino da Abolição dos Escravos” Resumo da carta:

Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Negra, escreveu Ursula – primeiro romance de uma

autora do Brasil. Verso: Negra, escreveu Ursula – primeiro romance de uma auto-

ra do Brasil. Ministrou aula gratuita para alunos que não podiam custear os estudos e escreveu o Hino da Abolição dos Escravos.

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21) Sonia Guajajara Foi lançada como vice-presidente da república na chapa do PSOL com Guilherme Boulos, tornando-se a primeira pré-candidata de origem indígena à presidência da república. Sônia Guajajara tem voz no Conselho de Direitos Humanos da ONU e já levou denúncias às Conferências Mundiais do Clima (COP) e ao Parlamento Europeu. Resumo da carta:

Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Primeira candidata indígena a vice-presidência do Brasil pelo partido do PSOL com Guilherme Boulos em 2018. Verso: Primeira candidata indígena a vice-presidência do Brasil pelo partido do PSOL com Guilherme Boulos. Tem voz no Conselho de Direitos Humanos da ONU e já levou denúncias as conferencias mundiais do clima e ao Parlamento Europeu.

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Atuando 9 dia de Oficina Passo 2 Personalidades: 22) Chica Da Silva 23) Aracy de Carvalho GuimarĂŁes Rosa 24) Ruth Cardoso

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22) Chica Da Silva Foi uma escrava, posteriormente alforriada, que viveu no Arraial do Tijuco, atual Diamantina, Minas Gerais, durante a segunda metade do século XVIII. Manteve durante mais de quinze anos uma união consensual estável com o rico contratador dos diamantes João Fernandes de Oliveira, tendo com ele treze filhos. O fato de uma escrava alforriada ter atingido posição de destaque na sociedade local durante o apogeu da exploração de diamantes deu origem a diversos mitos. Resumo da carta:

Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Ex-escrava, conviveu com um rico contratador de dia-

mante em 1754. Verso: Chica da Silva foi comprada e posteriormente alforriada pelo novo explorador de diamantes, passou a viver com o contratador, ainda que nunca tivessem se casado oficialmente. Tiveram 13 filhos.

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23) Aracy de Carvalho Guimarães Rosa Foi uma poliglota brasileira que prestou serviços ao Ministério das Relações Exteriores. Agraciada pelo governo de Israel com o título de “Justa entre as Nações” pela ajuda que prestou a muitos judeus a entrarem ilegalmente no Brasil durante o governo de Getúlio Vargas. A homenagem de inclusão do nome de Aracy de Carvalho no Jardim dos Justos entre as Nações do Yad Vashem (Museu do Holocausto), em Israel, foi prestada em 8 de julho de 1982. Ela é uma das pessoas homenageadas também no Museu do Holocausto de Washington (EUA). É conhecida pela alcunha de O Anjo de Hamburgo. Casou com o escritor João Guimarães Rosa. Resumo da carta:

Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Recebeu título de “Justa entre as Nações” pelo governo

de Israel. Verso: Poliglota brasileira prestou serviços ao Ministério das

Relações Exteriores. Foi agraciada pelo governo de Israel com o título de “Justa entre as Nações” pela ajuda que prestou a muitos judeus a entrarem ilegalmente no Brasil durante o governo de Getúlio Vargas.

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24) Ruth Cardoso Na década de 1950, se envolveu no estudo de movimentos feministas, étnico-raciais e de orientação sexual classificado por ela como “novos movimentos sociais”. Doutora em antropologia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, Ruth Cardoso atuou como docente e pesquisadora na USP e em várias instituições universitárias de diferentes países, tais como a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais, a Universidade do Chile, a Maison des Sciences de L’Homme [Casa das ciência do homem] em Paris, a Universidade de Berkeley e a Universidade de Colúmbia. Ruth Cardoso, quando primeira-dama do Brasil, criou o programa Comunidade Solidária, de combate à exclusão social e à pobreza, dentro de uma perspectiva emancipatória. Em 2000, ela criou a organização não governamental Comunitas, na qual atuou até sua morte. A 14 de março de 2000 foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal. Foi precursora de um dos maiores programas sociais da história do país, o Bolsa Família, inclusive por meio do Comunidade solidária. Resumo da carta:

Chamada que irá compor a frente da carta e texto do verso. Frente: Precursora do programa social Bolsa Família. Verso: Atuou como antropóloga e professora universitária brasi-

leira. Casada com Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil, foi precursora do programa social Bolsa Família, por meio da Comunidade solidária.

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CapĂ­tulo 5

MĂŠtodo de pintura

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capítulo 5

Método de pintura Após disponibilizar todos os materiais e ler as histórias de cada personalidade, irá aplicar o método de pintura, explicando a todos e após, mostrando a cada grupo. - Coloque sobre a folha o papel carbono e na sequência o impresso. Faça o decalque com um lápis grafite. O método de pintura a ser empregado: Meio tom, sombra e luz.

Meio Tom: No decalque, pinte ás áreas demarcadas com a cor que prevalece de acordo com o impresso demonstrativo, exemplo: Pele branca: rosa claro, ou bege ou amarelo; cabelo – marrom para castanhos, preto e assim por diante. Essa primeira etapa deve ser aplicada em cada parte do desenho: Rosto, mãos, pescoço, roupas, acessórios e etc, Obs: A tinta guache por ser vistosa, tira a visualização do decalque que ficará por baixo da tinta, pode ser resolvido de duas formas: controle da quantidade de tinta, controle do pincel em relação ao desenho para não invadir a marcação ou, contorno com lápis após o traço desaparecer. Sombra

Observe no impresso onde as partes escuras estão aparente, serão essas a serem pintadas. O volume será menor do que o meio tom. As cores podem ser diversas, evite o uso do marrom, preto ou cinza! Utiliza cores que são mais escuras do que os de meio tom, exemplo: Uma área pintada com a cor laranja como meio tom, para a sombra, pode ser utilizado o verde (claro ou escuro), roxo, azul, vermelho e etc... A preferência sempre será para cores não tão usuais. A sombra colorida agrega valor e estiliza a peça. Luz

Observe no impresso onde as partes mais claras estão aparentes, serão essas a serem pintadas. As cores empregadas serão sempre 91


mais claras do que ao meio tom, pode ser utilizado azul claro, verde claro, amarelo, bege, laranja e etc... O gran finale, será o arremate com o branco, esse será usado com cautela em espaços que possui extrema claridade. Sempre será esse jogo de tons. Pode usar diversas cores para cada categoria, porém com cuidado para não exagerar na mistura no papel para que não fique cinza. Faça contornos como preferir usando o pincel mais fino, se não for possível, utilize caneta ou lápis em contornos menores como óculos, anéis, colares e etc. Olho e boca não são frequentemente pintados, orientar para que isso ocorra. Processo pré-impressão Os desenhos obtidos deverá ser escaneado em 300 dpis. Fazer uma pré seleção dos desenhos. Será ao total 24 cartas, frente e verso. Em um arquivo aberto, redimensionar com a melhor parte do desenho numa área de 6,5 x 8 cm de altura. Frente: Agregar campo de marcação para o nome (superior), descrição do resumo (abaixo), logo e nome do jogo, Jogo da memória Histórico. Verso: Campo para a nomeação do jogo, espaço para o resumo de cada personalidade e abaixo, o logo. Diagramação Disponibilizar as capas compostas obtidas da explicañ{ao acima em uma prancheta do InDesign, na outra prancheta ficará os versos correspondentes. Utilizar formato A2. A resolução será sempre em 300 dpis. Serão 2 arquivos, para ter ao total 48 cartas para obter os pares. Processo pós-impressão Após impressão, refilar as 48 cartas. 92


Embalagem Serão três embalagens ao total: A primeira de proteção (caixa) e mais dois suportes para as cartas.

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Regras do Jogo Componentes: 48 cartas N. jogadores: 3 a 6 jogadores Tempo de jogo: 15 minutos

Passo a passo para jogar: 1. Posiciona-se o baralho na mesa. 2. Cada participante recebe 5 cartas na mão, a frente das cartas (o rosto das mulheres) não pode ficar visível para quem as segura. Não é permitido olhar a frente de suas próprias cartas e nem mostrar a descrição (texto no verso) das suas, para outros jogadores. 3. Inicia o jogo a mulher mais nova, a partir dela, segue-se o jogo em sentido horário. 4. Cada carta que está no jogo tem um par. O seu desafio é combinar a descrição que tiver em sua mão com a mulher correta, na mão de outros jogadores, como um jogo da memória. 5. Quando encontrar o par, a jogadora ou o jogador que encontrar o par, pega e abaixa as duas cartas. A pessoa de quem a carta foi pega deve comprar mais uma carta da pilha. 6. Fim de jogo: Ganha o jogo quem abaixar - fizer as combinações todas as cartas que estão em sua mão primeiro. Regras: • Achei uma combinação! Na vez de cada participante, o desafio é fazer uma combinação. Para isso é necessário primeiro ler em voz alta a descrição de sua carta e depois pegar a outra carta de alguém, lendo o nome que está na carta. Confere-se a resposta (olhando se correspondem à mesma mulher), caso esteja correta: abaixa-se as cartas e temos uma combinação na mesa. Errei a combinação: as cartas voltam para as mãos dos jogadores. • Pegaram minha carta e fizeram a combinação antes de mim: compre mais uma carta. • “Não sei o que fazer, saí com uma combinação logo de cara”, você está com sorte! É só ler a descrição e abaixá-la. • É permitido: 1. Abaixar mais de uma combinação por vez; 2. Descartar uma carta, desde que se compre mais uma do bolo de cartas; 3. Comprar uma carta que já foi descartada, desde que ela esteja na superfície. 94




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