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A Bela Adormecida
Lucas da Silva Santos
Os pais de Aurora se esqueceram de convidar uma fada para o banquete especial que dariam e, no batismo da princesa, ela lançou um feitiço sobre a criança. Quando ela chegasse aos dezesseis anos, iria furar o dedo e morrer. Outra fada tentou contornar a situação de modo que ela não morreria, apenas cairia num sono profundo e só despertaria com o beijo do amor verdadeiro.
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Um príncipe de outro país ficou sabendo do ocorrido e foi até lá salvar o reino. Apaixonado pela beleza da princesa, o jovem a beijou e toda a maldição foi quebrada. O reino todo despertou e eles foram felizes para sempre.
Ou melhor, felizes quase sempre. Meses depois eles foram morar juntos no seu castelo e, nesse período, era muita briga e ciúmes entre eles. Um certo dia, Aurora saiu e não avisou o príncipe. Ela foi dar uma volta no seu jardim chorando muito. O príncipe correu até lá e perguntou: ̶ Por que está chorando, minha princesa?
Ela respondeu: ̶ Às vezes, me sinto insegura com você. Nós brigamos todos os dias, não posso sair daqui, fico presa o dia todo nesse castelo.
Então, ela confessou: ̶ Estou gostando de outra pessoa, não quero mais ficar com você!
Assim eles terminaram. Mas eles não sabiam que iriam ter um filho. Depois de meses, Aurora descobriu que estava esperando um bebê do príncipe. Ela foi correndo ao castelo dele para contar a novidade. O príncipe gritou que o filho não era seu e mandou a princesa ir embora do castelo. Ela saiu correndo e escorregou na poça de lama e bateu a barriga, sangrando muito. O príncipe a pegou e levou até o hospital. Chegando lá, a princesa recebeu a notícia de que perdeu o seu bebê.
Passadas umas três semanas de recuperação, a princesa voltou para o seu próprio castelo, ainda muito abalada, e o príncipe ficou sozinho. Ambos se tornaram amigos e foram felizes quase sempre.