O SOM DO SILÊNCIO
“Os instintos podem muito bem falar, fazer barulho, agitar-se, não podem é recobrir este silêncio mais profundo, nem esconder aquilo de que saem e no qual entram de novo”, Gilles Deleuze
FIM DE FEIRA
No hipermercado aberto de detritos, ao barulhar de caixotes em pressa de suor, mulheres magras e crianรงas rรกpidas, catam a maior laranja podre, a mais bela batata refugada, juntam ao passeio seu estoque de riquezas, entre risos e gritos. (Carlos Drummond Andrade, 1978)