UM HOSTEL NO CASARร O: Integrando espaรงos e conceitos
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Flávia Theodorovitz - 7597934 Orientação: Helena Aparecida Ayoub Julho|2017
“Um edifício não é o que machuca a paisagem, mas o que faz a paisagem ser mais bonita do que era antes do edifício ter sido construído” Frank Lloyd Wright
AGRADECIMENTOS
À minha amada mãe, Jucinete. Sem todo esforço e dedicação que ela teve por mim eu definitivamente não estaria aonde estou hoje. Vou sempre seguir na minha vida regada pela inspiração que você é para mim como mulher guerreira e batalhadora. À minha saudosa vó Maria, que sempre será um exemplo na minha vida por suas lutas e conquistas, e que com toda certeza estaria muito orgulhosa por mim hoje. Ao
meu
irmão
Fãbio
e
minha
cunhada
Marília,
por
todo
apoio
e
conselhos
que
sempre
me
deram.
À minha tia Jane Cristina por sempre querer e fazer o melhor pra mim. À professora Helena Ayoub que me deu todo o suporte durante a minha Iniciação Científica e agora mais uma vez. Aos
meus
colegas
do
FGMF
com
quem
aprendo
sempre
e
todo
dia
um
pouco
mais
sobre
arquitetura.
À Giovana, Beatriz e Fernanda, por serem as minhas melhores conselheiras e ouvintes desde o Ensino Médio e por torcerem por mim. À Giulia pelo trabalho lindo com as fotografias do Casarão.
SUMÁRIO
1. A escolha 2. Avenida Paulista 2.1 Desde o início 2.2 Permeabilidade da Avenida
3. Dos poucos sobreviventes: o casarão abandonado 4. O Lugar 5. Para abrigar viajantes, história e lazer 6. Referencias 7. Considerações Finais 8. Bibliografia
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A Escolha
O projeto apresentado neste Trabalho Final de Graduação irá unir dois
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estilos arquitetonicos contrastantes: Eclético e Contemporâneo. O primeiro, o estilo eclético, ficou conchecido por misturar diferentes estilos em uma mesma construção: clássico, barroco, renascentista ou medieval. As casas construídas durante o século XIX que seguiram este estilo possuíam fachadas com muitos detalhes, colunas de diferentes estilos e rococós. O segundo, é o contemporâneo, o qual cada vez mais está marcado pela utilização de materais como concreto, madeira e vidro dentre outros, em suas fachadas, além da volumetria mais simples e geométrica em relacão ao eclético. O ecletismo deste projeto estará presente no casarão Joaquim Franco de Mello, localizado em uma das avenidas mais importantes da cidade de São Paulo, a Avenida Paulista. Esta construção atualmente chama muita atencão dos transeuntes da avenida, visto que seu estado de má conservação faz as pessoas se questionarem quanto aos motivos para um palacete de tamanha proporção e com enorme valor histórico e arquitetônico estar tão deteriorado. A escolha deste casarão para esta internvenção justifica-se exatamente por eu também ser uma transunte da Avenida Paulista e diversas vezes me questionar a respeito da história que estava por trás das paredes descascadas, dos vidros quebrados e dos muros pixados. Encontrei então neste trabalho a oportunidade não apenas de estudar mais a fundo a história do casarão, mas também fazer a minha proposta de uso que viabilize a preservação e a manutenção deste patrimônio, além de facilitar o acesso de outras pessoas a este casarão que por tantas décadas esteve privado dos paulistanos e visitates de São Paulo.
Quanto ao estilo contemporâneo, será proposto um anexo ao casarão a ser construído nos fundos do terreno com fachada em elementos citados anteriormente: madeira, vidro e concreto aparente, para que desta forma fique evidente o princípio de distinguibilidade entre o antigo e o novo, e que esta diferença fique visível aos usuários deste espaço. Este projeto propõe a instalação de um Hostel no casarão, se extendendo ao anexo com dormitórios e um Restaurante e Bar abertos ao público que também atendem os hóspedes, proporcionando um espaço de convivência tanto para os hóspedes interagirem entre si, quanto como um meio de interação com os moradores da cidade de São Paulo e outros viajantes. Este espaço está intimamente responsável por tornar homogênea a divisão entre espaço público e privado. A decisão de construir um hostel nas denpedências do casarão, bem como o anexo, se dá ao fato de que a cultura de Hostels tem se expandido para além da Europa e EUA, chegando recentemente ao Brasil e cada vez mais e atraindo novos investidores na ideia. Este serviço proporciona aos seus usuários, que em sua maioria são mochileiros com gastos reduzidos, a opção de se hospedarem em quartos compartilhados ou com banheiros compartilhados que por serem uma opção mais barata, colaboram na economia de gastos que uma pessoa que está viajando para mais de uma cidade teria. Além da atracão economica e financeira que os Hostels vem se tornado, eles seguem um princípio que tem uma relacao muito mais profunda com o proósito deste projeto: a integracao. Quando comparados a Hotéis, além da opção de compartilhamento de dormitórios e banheiros, as diferencas entre os dois tipos de servicos (Hoteis e Hostels) vão além do espaco físico, pois nos Hostels está
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presente a cultura da socializacão e integracão entre os hóspedes. A
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exemplo desta cultura está a realização de festas tanto para hóspedes como para pessoas que não estão hospedadas no Hostel e eventos no estilo “city tour” em grupos. Além disso os ambientes descontraídos e ao mesmo tempo confortáveis estimulam ainda mais este tipo de interação. Assim, mesmo os que viajam sozinhos encontram nestes ambientes novas companhias com as quais podem além de trocar experiências, ampliar o intercâmbio cultural. Voltado para a integração de espaços e pessoas, o projeto propões também a extensão da sua área para o terreno vizinho, aonde atualmente está o Parque Mario Covas, terreno no qual durante a primeira fase da Avenida Paulista foi construída a Vila Fortunada, residência contemporânea do casarão Franco de Mello, da qual falaremos com mais detalhes mais a diante. Como forma de integrar os dois terrenos será proposta a demolição do muro que os separam bem como a contrução de uma arquibancada que se extende do edifício anexo ao parque, convidando transeuntes do parque para o restaurante e praça de eventos do Hostel. A partir desta diretrizes, acredito que o partido deste trabalho está fortemente ligado ao conceito de INTEGRAÇÃO: entre estilos arquitetônicos de épocas completamente diferentes, entre pessoas, entre o espaço público e o privado, entre o antigo e o novo, entre o parque e o Hostel, entre a cidade e o casarão. Sendo a Avenida Paulista o lar do casarão e do projeto como um todo, também será abordado neste trabalho um estudo referente ao desenvolvimento da avenida, bem como um estudo a respeito do seu significado para a cidade, o que nos trás mais uma razão para esta construção ter
sido escolhida para abrigar este projeto que visa alcancar a integração de espaços e pessoas. Também será brevemente estudado o histórico dos casarões desde sua fase áurea até a fatídica década de 1980, marcada pela demolição de diversos deles, o que nos acarretou uma perda histórica, cultural e arquitetonica sem igual. A avenida que hoje é pólo econômico e cultural, teve um desenvolvimento mais veloz do que foi possível imaginar, de modo que a história de vida dos casarões foi muito breve, porém muito marcante. Atualmente a Avenida Paulista possuí uma localização privilegiada que nos permite fácil acesso tanto a diversos meios de transporte quanto a vários pontos culturais como museus, teatros e cinemas. Todos estes itens são fortes atrativos para um turista que busca fácil locomoção para diferentes pontos da cidade, além de buscar estar em um local que lhe porporcione variedade de serviços e entretenimento. O trabalho se inicia com um estudo histórico primeiramente sobre a Avenida Paulista e em seguida sobre o Casarão. Quanto aos próximos capítulos, estes irão tratar mais propriamente do projeto, começando pelo estudo do local, depois das referências e finalmente falaremos sobre o projeto em si.
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Avenida Paulista
2.1 Desde o Início
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Ao final do século XIX, a cidade de São Paulo apesar de pequena possuía empreendedores com muito capital acumulado provido do auge da produção cafeeira no Vale do Paraiba. São estes empreendedores os responsáveis por investir capital na cidade para melhorar a qualidade de vida na mesma, e dentre eles o engenheiro Joaquim Eugenio de Lima, que junto aos empresários José Borges de Figueiredo e João Augusto Garcia, idealizaram a construção de uma avenida que conectasse o Jabaquara ao Sumaré e que propiciasse empreendimentos imobiliários. Assim é inaugurada em 1891 a Avenida Paulista, com seus 2800m de comprimento e 38m de largura, possuía três faixas: uma para carroagens, outra para bondes e outra para os pedestres. O próprio Joaquim Eugenio se encarregou de convidar o paisagista francês Paul Villon para desenvolver o projeto dos jardins que percorriam a avenida, bem como um parque localizado em um lote no qual grande parte da vegetação natural foi mantida, seria este o Parque Tenente Sirqueira Campos Trianon. Devido a sua localização privilegiada próximo ao centro da cidade e as suas proporções, não demorou muito para que a avenida se tornasse um local atrativo para imigrantes estrangeiros enriquecidos e barões do café. Até 1894 a avenida ainda não contava com melhoramentos na infraestrutura das redes de água, luz e esgoto e era considerada um local agradável pela elite para um local de passeio, devido as largas faixas para caminhadas, os jardins do decorrer do trajeto e obviamente, os enormes palacetes construídos no estilo eclético.
Primeira Fase
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Avenida Paulista sentido Consolacão - 1912
Desde a sua inauguração até o início do século XX, mais precisamente em 1900, a avenida em fase de ocupação intensiva, já contava com cerca de 50 casarões construídos. Com a elite se interessando tanto pela construção de residências no local, os bondes chegam com mais intensidade à avenida, o que além de facilitar no deslocamento não incomodava os moradores pelo barulho ou movimentação devido ao recúo de cerca de 10m que as residência possuíam em relação à avenida. Com a intensificação do interesse pelo logradouro, em 1908 a avenida sofre a sua primeira reforma , na qual o eixo central que era destinado ao uso dos bondes foi duplicado, o passeio é alargado e as pistas são asfaltadas.
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A primeira fase de desenvolvimento da Avenida Paulista dura até meados da década de 1930. Nesta fase foram construídos tanto o casarão Joaquim Franco de Mello, como no terreno ao lado, a conhecida Villa Fortunata, em 1903. O terreno da residência Vila Fortunata ,que hoje abriga o parque Mário Covas, já foi morada de pessoas influentes na história da arte e arquitetura brasileira. A residência pertencente a família Thiollier, foi temporáriamente alugada durante 3 anos, enquanto seu proprietário foi para a França para um tratamento medicinal. Durante este período a casa foi alugada para uma família cuja esposa estava grávida, e foi nesta residência que nasceu o internacionalmente conhecido Roberto Burle Marx. Em 1913 a família Thiollier retoma à residência após o falecimento do pai da família, e um de seus herdeiros, René Thiollier é quem passa a morar nela. René foi um dos intelectuais responsáveis pelo desenvolvimento da Semana de Arte Moderna de 1922.
Villa Fortunata
Segunda Fase
Edifício Nações Unidas
Edifício Savoy
Em 1929, com a crise economica que abalava o mundo, muitos dos proprietários dos casarões se vêem obrigados a vendê-los, e seus compradores no geral tem a intenção de adquirir a propriedade para verticalizá-la o que não era possível até o ano de 1936 quando é autorizada a construção de edifícios residenciais e instalações comerciais na Avenida Paulista. Com a morte de Matarazzo,em 1937, dono da maior propriedade da avenida e grande desenvolvedor da industrialização brasileira, é marcado o fim da primeira fase da avenida, marcada pelos luxuosos casarões. A partir das décadas de 1940 e 1950, com a verticalização autorizada, começam a ser construídas as primeiras construções modernistas, como por exemplo o Edifício Savoy, Paulicéia e Nacoes Unidas.
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Paulista Comercial Em 1953 foi comprada e demolida a residência Horácio Sabino, localizada entre a Rua Augusta e Rua Padre João Manuel, por um empreendedor argentino: José Tjurs, que idealiza uma Avenida Paulista semellhante à 5a Avenida de Nova Iorque, e dá início a construção do primeiro edifício comercial na avenida, com desenho arquitetônico de David Libeskind. O Conjunto Nacional foi o primeiro passo para a valorização dos terrenos na avenida e contribuiu para a consolidação da sua vocação comercial, e grandes empresas comecam a se estabelecer por lá, como por exemplo: Compania Brasileira de Projetos e Obras, Banco de Tóquio, Banco Sul Americano do Brasil e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo 22
Rino Levi - Banco Sul Americano do Brasil Banco Sul Americano - Rino Leve
Muitos desses edifícios foram projetados por arquitetos renomados, como foi o caso do projeto de Rino Levi para o Banco Sul Americano. O final desta fase fica marcado com a inauguração do MASP de Lina Bo Bardi. A Década de 1970 Este período ficou marcado pelas transformações em larga escala e impactantes que se sucederam na avenida. Com o seu desenvolvimento acelerado, e o estabelecimento de grandes empresas, foi possível observar uma redução significativa dos casarões que vinham sendo substituídos por altas torres comerciais, visto que os herdeiros destas casarões não encontravam mais condições de manter um patrimônio em um logradouro super valorizado, cujo valor dos impostos atingia valores exorbitantes. Enquanto as condições burocráticas e financeiras para manter os casarões desanimavam seus proprietários, por outro lado o interesse de novas empresas em se estabelecer no local através da construção de edifícios altos em locais que até então ocupavam os casarões parecia como que uma solucão muito bem vinda por aqueles que não queriam ou não podiam mais manter o palacete. Além dos casarões sendo cada vez mais engolidos pelos arranha-céus, a avenida também passou por uma grande reforma que implicou no aterramento das instalações de gás, luz e telefone, a contrução das estações de metrô, alargamento dos passeios para pedestres(bem como a instalacão do desenho preto e branco com o mapa do estado de São Paulo) e alargamento também nas vias para os automóveis. Neste mesmo período, durante tantas reformas, foi proposto um projeto de aterramento da avenida que previa a passagem dos carros no subsolo e uso de pedestres no nível térreo. Apesar de as escavações para
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a execução desta proposta terem sido realizadas, devido às mudanças políticas de poder, o projeto ficou parado e até hoje a avenida ainda conta com um grande vazio no seu subsolo, ora ocupado por estacionamentos, ora ocupado pelos edifícios para depósitos, ou simplesmente abandonados e sem nenhuma previsão de projeto para recuperação e reúso deste espaco que é público. O fim dos Casarões
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Conforme mencionado anteriormente, devido a valorização dos terrenos e ao mesmo tempo a alta nos custos dos impostos referentes as construções na Av.Paulista, o custo para a manutenção dos casarões existentes passou a se tornar inviável para muitos proprietários. No ano de 1982 a prefeitura de São Paulo em conjunto com o Condephaat declarou que ocorreria o tombamento dos 31 casarões existentes até então na avenida. Os proprietários seriam então responsáveis pela manutenção dos casarões ou deveriam encontrar compradores comprometidos a manter a construção limitados às alterações que poderiam ser executadas dentro dos padrões estabelecidos pelo tombamento. Foi a partir deste aviso prévio que alguns dos 31 casarões foram demolidos pelos próprios proprietários, afim de descaracterizar a obra e inviabilizar o tombamento da mesma. Desde então a Avenida conta hoje com apenas 5 casarões tombados, dos quais 4 possuem algum uso estabelecido como por exemplo a Casa das Rosas, último casarão a ser construído na avenida em 1935 e com projeto assinado por Ramos de Azevedo, que hoje abriga diversos eventos culturais.
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Andes e depois do CasarĂŁo Josephina Lotaif demolido em 1982
2.2 Permeabilidade da Avenida
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O espaço livre para circulação dos pedestres ao longo da Avenida Paulista vai além das largas calçadas ao longo de sua extensão, pois se prestarmos atenção podemos perceber que existe uma grande quantidade de edificios cujo pavimento térreo é uma extensão da rua para os pedestres. Em sua dissertação de mestrado, o arquieteto Joel Bages fez um estudo a respeito da permeabilidade existente na cidade de São Paulo, e entre os espaços estudados por ele encontra-se a Avenida Paulista. A abordagem tomada por ele se refere exatamente sobre identificar estes espaços que propiciam aos pedestres uma experiência que não encontramos em outras avenidas pela cidade de São Paulo. Não estamos falando aqui apenas de lojas e serviços cujas portas estão voltadas diretamente para a rua, mas sim de galerias, parques e museus cujo espaço interno está integrado com o externo criando uma homogeneidade entre espaço público e privado. Observamos a integração destes ambientes não apenas pelas portas abertas, mas também pela extensão de um elemento arquitetônico em comum: o piso. A exemplo do Conjunto Nacional, observamos que o conceito de calçada continua presente dentro do pavimento térreo do edifício, onde encontramos uma galeria com restaurantes, lojas e livraria. É este elemento que ajuda na integracao dos espaços e convida o pedestre a permear por este local, quase que como indicando para ele que ali também é seu espaço. Foi pensando nesta permeabilidade e na integração dos espaços que
o projeto desenvolvido neste Trabalho Final de Graduacão propõe além do reúso de um patrimônio histórico a integração deste espaco tanto com a avenida quanto com o parque no terreno vizinho.. Atualmente o casarão encontra-se cercado por rmuros, através dos quais curiosos tentam enchergar um pouco mais da arquitetura escondida. Como forma de abrir mais um espaço para os usuários da avenida, como forma de tornar o projeto mais convidativo, como forma de facilitar o acesso ao projeto e ampliar a vista que se tem do casarão, seguindo o princípio da integração entre espaços públicos e privados é que proponho para este projeto a remoção dos muros que limitam o terreno com o Parque Mário Covas, mantendo apenas os muros que fazem divisa com o terreno do Shopping Market Paulista e da torre comercial Parque Paulista na Alameda Santos, 1950. A retirada destes muros tem muito mais a agregar para a cidade do que mantê-los e privar do público mais uma área para circulacão e lazer, além do acesso e vista mais privilegiada do casarão Joaquim Franco de Mello. Quanto ao muro frontal da residência, apesar de estar muito danificado e de limitar o acesso dos pedestres à residência, devido ao seu tombamento o mesmo deve ser mantido por lei. Devido às vantagens que a etirada deste muro poderia prover à sociedade em relação à prposta de integração de espaços proposto neste trabalho, a proposta para este muro é de que ele seja retirado.
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Dos poucos sobreviventes:
O CasarĂŁo Abandonado
Projetado por Antonio Fernandes Pinto, o casarão foi construído em
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1905 num terreno de 4720 m2 com 35 cômodos em 600 m2 de ãrea construída, nos quais viveram a Joaquim Franco de Mello, agricultor e fundador da cidade de Lavínia, sua esposa Lavínia (homenageada com a fundação da cidade de mesmo nome) e seus três filhos: Raphael, Raul e Rubens Franco de Mello. Atualmente quem toma conta do casarão é Renato Franco de Mello, neto de Joaquim Franco de Mello, o qual chegou a ter um antiquario na região dos Jardins em São Paulo, e viveu muitos anos de sua vida na França. Renato conta que por ser o único da família a gostar de antiguidades, foi solicitado para ocupar novamente o casarão como forma de evitar invasões de “moradores de rua” ao casarão abandonado. Apesar de alegar que vive no casarão, o proprietário não vive lá de fato, quem cuida e abriga a residência dos Franco de Mello é o caseiro e sua família, que cuidam do casarão em troca da moradia no lugar. Apesar de diversas tentativas infelizmente não consegui adentrar no casarão, mas enquanto esperava para ser atendida pelo filho do caseiro, sempre alguém que passava por mim comentava algo sobre a casa ou sua situacão atual. O casarão foi tombado no ano de 1992 pelo Condephaat e desde então a família enfrenta uma batalha na justiça contra o Estado para ser indenizada pelos seus direitos. Todas as tentativas de intervenção e reúso da propriedade foram barradas pelo Estado que alegou não estarem apropriadas às normas do tombamento. Já funcionaram na residência: uma feira de animais, uma lanchonete, uma balada e até mesmo uma tentativa de uso para estacionamento nos arredores da casa, e todos estes serviços foram barrados pelo Estado.
Em 2000 o herdeiro e então proprietário Rubens Franco de Mello entrou com um processo contra o estado pedindo a indenização de 55 milhões de reais. Apesar de o Supremo Tribunal dar causa ganha para ele, o Estado de São Paulo recorreu e ganhou a causa. Segundo o STF o valor de 118 milhões de reais para indenização da família está garantida desde 2012, porém tanto a defensoria do casarão quanto a Procuradoria Geral do Estado negam essas informações. Além deste caso, a Justiça jã chegou a estipular um prazo e 90 dias emd eterminada data para que os proprietários apresentassem um projeto de restauro para o casarão enquanto que os mesmo alegam que o casarão pertence ao Estado e não a eles e por isso não arcariam com as reformas necessárias. Enquanto que a Justiça estipulou uma multa diária de 5 mil reais para execução do restauro, porém não serviu de nada. E assim vão se passando os anos e o casarão permanece abandonado
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ao tempo. Devido a falta de uma política de tombamentos mais coerente tanto ao patrimônio quanto ao proprietário, é desta forma que estamos perdendo aos poucos a chance de manter tanto para a cidade quanto para a nossa história uma construção tão significativa. Abaixo uma citação do jornalista Douglas Nascimento para um artigo do site São Paulo Antiga que ilustra muito bem a atual situação do casarão e seu abandono:
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“É inegável que este imóvel é um bem histórico da Cidade de São Paulo e precisa ser tombado e preservado. Mas não é possível que seus proprietários sejam reféns de seus imóveis e de uma política de preservação arcaica e arbitrária. Tão logo qualquer imóvel seja tombado o poder público precisa dar uma rápida destinação ao mesmo e caso a família não possa arcar, que seja indenizada com valores justos.”
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Em 2014, o Governo do Estado de São Paulo viabilizou um concurso entre os escritórios de arquitetura da cidade para propôr o projeto para o novo Museu da Diversidade Sexual a ser instalado nas dependências do casarão que passarã para posso da Secretaria da Cultura. O escritório vencedor, Hereñú + Ferroni Arquietetos, propôs uma edificação para o anexo que se organiza de fora para dentro, respeitando as árvores de grande porte existentes, tendo como premissa a importância de preservação tanto do casarão quanto da vegetação que o circunda. O projeto ainda não está em andamento e também não existe uma previsão de quanto será executado devido a todos os tramites e processos envolvidos com a Justiça.
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O Lugar
Entorno
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Localizado no número 1919 na Avenida Paulista, o Casarão está inserido numa área muito movimentada, além da proximidade com pontos de transporte público o local também está a poucos metros de distância de edificios significativos como o Conjunto Nacional e o MASP. Além de estar muito próximo de uma das ruas mais badaladas da cidade, a Rua Augusta, famosa pela grande quantidade de bares e baladas que atraem milhares de pessoas de diferentes estilos nas noites paulistanas. Também há o fato de que desde junho de 2016 a avenida vem sido aberta aos domingos para os pedestres das 10 às 19h, criando um parque linear aonde familias e amigos passeiam entre apresentações livres de arte, dança e música. Quanto as questões mais técnicas, o terreno apresenta um desnível de 1m entre o fundo do terreno e a calçada da Avenida Paulista. Com pouca vegetação de grande porte, o contraste entre o casarão e as árvores se dá devido a grande quantidade de árvores no parque Mário Covas.
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Mobilidade Para se locomover ao longo da cidade de São Paulo e afim de desbravar seus principais pontos turísticos é fundamental o fácil acesso ao transporte público. Quanto estamos tratando de usuários de Hostel, falamos de pessoas que num modo geral buscam alternativas mais econômicas para se locomover na cidade durante a sua estadia, e para tanto, nada melhor do que o uso do metro e onibus. Próximo do terreno estão as estacões Trianon-MASP e Consolacão da linha 3-Verde a a estacão Paulista da linha 4-Amarela. Além disso os usuários contam com mais de 10 pontos de onibus a menos de 1km de distância do Hostel. A proximidade com estes meios de transporte é um fator fundamental na hora da escolha do Hostel que acaba por valorizá-lo ainda mais.
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Cultura Apesar de estarmos tratando de um local com fácil acesso ao transporte público, os arredores do casarão estão repletos de opcões culturais para os turistas se entreterem. Além de a própria avenida em si ser um passeio turístico, num raio de 1km é possível encontrar diferentes teatros, e cinemas além do Museu de Arte de São Paulo. Na hora de escolher por um Hostel, a proximidade com pontos turísticos e servicos atrai o viajante por ser mais um fator que vai ser mais econômico no quesito deslocamento. Além dos pontos culturais citados acima, a região está regada com llivrarias, lojas. servicos em geral e uma infinidade de restaurantes que agrada a todos os gostos.
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Hotelaria Por ser um dos pontos turísticos mais visitados na cidade, a Avenida Paulista recebe milhares de visitantes ao longo do ano, e por ser um ponto da cidade rodeado por facilidades como serviços, transportes e eventos, consequentemente a região também se torna ponto de procura para hospedagem. Ao contrário do que espera, pelas indicações no mapa ao lado é possível observar que apesar da grande procura não hã uma quantidade tão grande de hoteis ou hostels nas redondezas, e mesmo os hostels existentes são mais afastados da avenida em si. No mapa ao lado estão representados em roxo os Hostels e em Amarelo os Hotéis da região.
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Para abrigar:
Viajantes, Histรณria e Lazer
Partido
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Com o partido de, em diversos aspectos, proporcionar para a cidade um espaço integrado com a Avenida Paulista e o Parque Mário Covas, o projeto desenvolvido trata-se de um Hostel, cujo dormitórios e áreas técnicas e administrativas ocupam os cômodos do Casarão Franco de Mello, bem como a construção de um edifício anexo que além de conter mais alguns dormitórios, também possuí um Restaurante e Bar que são tanto para atender aos hóspedes durante as refeições básicas ou ao longo do dia e da noite, bem como para atender usuários de fora, sejam eles, outros turistas ou mesmo moradores da cidade. O inutuíto tanto desde Restaurante & Bar quanto da Praça de Eventos que se formará entre o edifício anexo e a Av.Paulista, é de criar um espaço atrativo, aonde tanto os turistas quanto moradores da cidade tenho a oportunidade de se conhecer e também de vivenciar um patrimônio histõrico.
Arquitetura do Casarão Datado da época em que o estilo Eclético era o mais utilizado nas fachadas das construções, o casarão não podia ser diferente. Com telhado no estilo renascentista, janelas ornamentadas com rococó e capitéis no estilo provençal urbano, além de possuir um porão alto, característico dos edifícios parisiences e raros no Brasil. Os jardins da residência foram colocados para as laterais aumentando a distância entre os loteamentos vizinhos, e para valorizar a fachada frontal da residência tem maior proximidade com o passeio da avenida. Com um terreno de aproximadamente 860m2 e 35 cômodos o casarão
passou por uma reforma de ampliação em 1921, e recebeu o habite-se em 1932. Nas plantas abaixo é possível analisar em vermelho as áreas construídas em 1905 e em azul as áreas que foram construídas na ampliação feita em 1921:
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Pavimento Superior Sem Escala
Pavimento Inferior Sem Escala
Um dos desejos do atual proprietário é que fosse mantido o mobiliário e decoração da época. PAra isto será proposto no Pavimento Térrio uma sala para exposição dos móveis e artes contemporâneos da residência.
Terreno
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O terreno possuí aproximadamente um metro de desnível entre a frente na Avenida Paulista e os fundos, estando a 1m para cima do nível da avenida. Estamos trabalhando com uma área dentro do perímetro de zoneamento ZM-3b/18 - Zona Mista de Alta Densidade: - Coeficiente de Aproveitamento Máximo = 4,0 - Taxa de Ocupação Máxima igual a 0,5 - Lote mínimo de 125 m² - Frente Mínima 5m - Recúo Frontal Mínimo 5m - Recúos Laterais e Fundos M~inimo 3m - Altura sem Limite - Taxa de Permeabilidade 0,15/ terreno - índice de Ajardinamento 0,5 da área permeável
Projeto Primeiramente, algumas adequações foram necessárias de serem feitas no casarão para abrigar o Hostel. A primeira delas foi a proposta do rebaixamento do piso do Pavimento Inferior em 40cm, isso devido ao fato de que a altura do pé direito hoje deste pavimento é de 2,10m , uma altura que além de deixar o ambiente insalubre, é muito baixa para circulação dos visitantes, e impossibilita a utilização de beliches, mobiliário fundamental dentro de um hostel. Outra modificação é a proposta de um recúo escavado em uma das laterais do casarào devido ao fato de no Pavimento Inferior haver muitos
quatos , como forma de tentar manter manter a privacidade daqueles que estáo utilizando estes espaços. Além do recúo também foi propostoa a utilização de vegetação alta, fazendo a separação de espaços entre o casarção e a praça de eventos. Então, no casarão ficaram dispostos no pavimento inferior dormitórios, banhos e salas de descanso, enquanto que no pavimento térreo estáo poucos dormitórios, priorizando as áreas sociais: Lobby, Recepção, Sala de Integração, Administração e Cozinha Comunitária. Quanto ao Edifício Anexo, sua volumetria foi pensada de forma que abrigasse mais dormitórios de uma forma simples mas bem organizada, ao fundo do terreno, com um acesso apenas por dentro do casarão. Enquanto que parte desde Edifício se desloca diagonalmente pela lateral do casarão, proporcionando agora ao restaurante, uma vista tanto da Avenida Paulista quanto do Parque Mário Covas. A idéia de um volume que se desloca na diagonal, é proposta para além de proporcionar uma vista mais ampla e de ter um volume masi a frente que seja convidativo aos transeuntes da avenida, mas para destacar ainda mais esta diferenca entre volumes e estilos arquitetonicos. A diferença entre estilos se distingue não apenas pela volumetria geométrica, mas também pelos elementos utilizados na fachada que remetema arquitetura contemporânea, a qual em sua grande maioria vem fazendo uso de concreto aparente, madeira e vidro em suas fachadas, em contraposição ao estilo eclético com suas fachadas super ornamentadas e volumetria ortogonal. Referente ao modo que busquei para integrar casarão-anexo-parte, entre o casarão e o anexo foi proposto um acesso por meio de escada entre Pavimento Inferior do Casarão e o Pavimento Térreo do Anexo. Para
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o acesso entre o Pavimento Superior do Casarrão e do Anexo, foi
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proposta uma passareala passando por uma das janelas do casarão, prevendo o mínimo de interferência na fachada do casarão, de forma que a passarela ficara sobre o peitoril, e terá uma escada para que o usurário chegue ao nível do pavimento de fato. Optei por fazer a construção do Anexo no nível do terreno (1m acima do nível da Avenida), de forma que o Anexo ficará então com o seu Pavimento Térreo 1,40m (1,00 desnível + 0,40m rebaixo do piso inferior) acima do Pavimento Inverior do casarão. Acredito que desta forma o acesso de pedestres até o restaurante fique mais fluído, e evita a movimentação de terra muito grande que pode abalar a estrutura do casarão. v A integração entre o parque e o projeto será feita de duas formas: a primeira com a retirada do muro que separa os dois terrenos. A segunda através de uma arquibancada em concreto que conecta o parque à varanda do Edifício Anexo, a qual terá uma área aberta ao público e uma área separada para o restaurante por um muro baixo apenas para separação de espaços mas que consiga manter a livre circulação de pessoas e a integração entre os espaços. Nos diagramas ao lado estão representados os fluxos de pessoas e o trajeto do sol pelo terreno. Quanto ao fluxo, a construção foi pensada de modo a possibilitar espaços abertos e convidativos para quem vem de qualquer lado da avenida ou do parque. Em relação à ensolação do terreno foram previstos brises verticais e horizontais na fachada oeste do anexo prevedo uma proteção devido às grandes aberturas de vidro para o restaurante.
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Programa AMBIENTE LOBBY RECEPÇÃO LAVANDERIA HOSTEL LAVANDERIA HÓSPEDES DML COZINHA COMUNITÁRIA SALA DE RELAXAMENTO DORMITÓRIO SUÍTE BANHO RESTAURANTE&BAR COZINHA ADMINISTRAÇÃO ARMAZENAMENTO DE BAGAGENS
QUANTIDADE 1 1 1 1 1 1 2 6 16 6 1 1 1 1
ÁREA TOTAL 59,32 53,72 16 25,58 10,8 47,24 44,1 105 322,89 48,59 391 29,4 20,9 21 ,3
Com relação à separação dos Dormitórios e Suítes temos: 52
TIPO
USO
SUÍTE DORMITÓRIO
COMPARTILHADO
SUÍTE PRIVATIVO
DORMITÓRIO
HÓSPEDES 10 8 6 6 6 2 2 2 2 2 3 3 4 4 4 4 2 2 2 2 2 2 6
SEXO FEMININO MASCULINO MISTO MISTO MISTO MISTO MISTO MISTO MISTO MISTO MISTO MISTO FEMININO FEMININO MASCULINO MASCULINO MISTO MISTO MISTO MISTO MISTO MISTO MISTO
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Dados Área Total construída = 1000 m² Área Construída Casarão = 450 m ² Área Construída Anexo = 555m² Área do Terreno = 2000 m² Taxa de Ocupação = 0,5 Coeficiente de Aproveitamento = 1,00
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01 - Dormitรณrio 02 - Banho 03 - Sala de Descanso 04 - Lavanderia Hรณspedes 05 - Lavanderia Hostel 06- Sala Interativa e Relaxamento
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01 - Dormitório 02 - Banho 03- Lobby 04 - Administrativo 05 - Bagagens 06- Sala de Exposição 07- DML 08 - Cozinha 09 - Depósito 10 - Restaurante/Bar 11- Varanda Restaurante 12 - Varanda Público 13 - Arquibancada
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01 - Dormitรณrio 02 - Banho 03- Sanitรกrio Masculino 04 - Sanitรกrio Feminino 05 - Restaurante / Bar 06- Arquibancada 07 - Espaรงo Aberto para Eventos e Circulacรฃo
Layout
Abaixo uma proposta para o layout dos dormitórios tanto compartilhados quanto privativos. Na imagem abaixo um dos quartos da famosa rede de hostels Generator, no qual o armário individual está embutido no móvel da beliche na parte de baixo: um gavetão para cada hóspede. Em casos de hostel com dormitórios compartilhados, por questão de segurança são oferecidos armários com senha eletrônica ou dispositivo de cartão magnético. No geral cada cama comntém também uma prateleira própria e uma luminária individual. 60
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Uma proposta para o layout do Restaurante & Bar, com mesas redondas na sua maioria por serem mais interativas e uma decoração mais lúdica através das luminárias, que atrai não apenas os usuários do proprio hostel como também os visitantes vindos da rua. Uma das propostas no layout deste ambiente é também, a utilização de mesas compartilhadas, que auxiliam na integração entre os viajantes. Na imagem acima o restaurante dos hostel Genarator Barcelona.
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Acima, a referência de um lounge para os hóspedes do Hostel Generator da Dinamarca. A proposta é de que estes ambientes contenham um mobiliário mais jovem e moderno, mas ao mesmo tempo confortável. Assim o espaço se torna atraente para os jovens (grande maioria dos usuários dos hostels) e também confortável para horas de descanso ou para aguardar o horário do próximo vôo ou apenas para passaro tempo, sentar nos sofás e interagir com outros viajantes.
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ReferĂŞncias
The Hostel - São Paulo O projeto deste hostel localizado na Vila Mariana em São Paulo, segue um estilo extremamente similar ao proposto neste trabalho. O hostel, voltado para mochileiros, foi instalado num antigo casarão do século XX e apesar da utilização de mobiliário contemporâneo, os frisos, vitrais e ornamentos daresidência foram restaurados e se mantiveram intactos. Outra característica é o cuidado com a utilização de revestimentos no interior do casarão que remetem aos utilizados na época. Abaixo a descrição fornecida pelo site oficial do Hostel:
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“O The Hostel Vila Mariana oferece uma viagem no tempo quando você cruza nossos portões. Isso porque fizemos um Hostel dentro de um castelo de 1926. O “Castelinho”, como é carinhosamente chamado, é um ícone aqui da Vila Mariana - bairro boêmio no coração de São Paulo. Sua arquitetura única mistura elementos de época, como colunas rococó, vitrais, afrescos... Mas infelizmente esta experiência não conseguiremos descrever aqui: você precisa ver e viver! O The Hostel Vila Mariana é a mais nova unidade da rede The Hostel, inaugurada no segundo semestre de 2014. Com uma estrutura incrível, aqui você pode contar com um espaço novinho em folha e toda a facilidade que um The Hostel oferece! Além do espaço incrível, o The Hostel Vila Mariana está localizado a poucos passos do metrô Ana Rosa, e está perto dos principais pontos de São Paulo para você ir e vir com toda a tranquilidade.”
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Rehabilitación de una Masía - Girona
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Este Projeto desenvolvido pelo escritório catalão Arquitectura G, trata do restauro e recuperação de uma fazenda nos arredores de Barcelona, localizada em um vilarejo aonde as construções são tipicamente construídas em pedra. A complexidade de execução deste tipo de restauro é um tanto quanto delicado e foi executado atravez de elementos arquitônicos com uma forma lima, que apesar de referentes aos tempos atuais (como o uso do aço), mantémos traços característicos do estilo da construção, e elementos antigos e contemporâneos dialogam em harmonia. Além da conservação de estilo de revestimentos, houve uma preocupação acerca da de entrada de ventilação e luz nos ambientes, de modo que o escritório precisou intervir com algumas aberturas para entrada de luz natural em ambientes que antes eram totalmente enclausurados. “El primer acercamiento fue entender el funcionamiento de una casa de tres plantas, que sumaba innumerables estancias, a veces encadenas entre sí, y otras aisladas incluso de luz y ventilación. Se alternaban espacios con un pasado agrícola con otros de uso doméstico. En estas condiciones, el corazón de la casa era el espacio más marginal y lúgubre de todo el conjunto. Los antiguos propietarios, habían abandonado la casa y solamente utilizaban tres estancias de la planta baja. La principal intervención parte de esponjar el volumen aprovechando un patio existente en planta baja, y abriendo uno nuevo de generosas dimensiones en la segunda. Este último, deja al descubierto los dos espacios más voluminosos y perjudicados del centro de la casa.
Estos espacios, contiguos entre sí, se convertirán en el distribuidor central de la casa y en la piscina.”
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Considerações Finais
A cidade de São Paulo tomadas as suas proporções é muito carente e
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precária de Áreas de Lazer abertas ao público, e das poucas que tem, muitas não são valorizadas ou recebem alguma manutenção, Vejamos pelo exemplo da Paulista Aberta, quantas centenas de pessoas não vem usufruindo deste benefício propiciado pela Prefeitura. Há um ano o projeto têm funcionado com grande êxito e em absolutamente todos os domingos a avenida fica lotada de turistas, pessoas passeando com suas famílias ou cães e artistas de rua em peso fazendo apresentações diversas. O que quero dizer através deste exemplo é que foi a Paulista ganhar espaço para o pedestre que o mesmo instantaneamente a ocupou. Esta ocupação se dá exatamente pelas faltas de opções que temos destes ambientes para lazer, outro exmeplo também é o Minhocão, que também cede suas vias para os pedestres aos finais de semana. Por isso acho tao fundamental este grande espaco aberto e integrado ao Parque como mais uma área para integração nao só dos turistas mas como da própria população paulistana também. Com relação à ocupação do casarão, no Brasil os patrimonios históricos são precariamente valorizados, o casarão é o exemplo perfeito disso. Uma briga que dura mais de quatro décadas sem nenhum tipo de postura por parte do Governo que avalie a importância não só do casarão mas também do diálogo com o proprietário e aceitar a devida indenização que ele merece. Enquanto continuamos com esta politica de tombamentos decifitária, quantas outras construções de significado histórico para o nossos país não vão ruir? Este trabalho é apenas uma de diversas possibilidades de uso que poderiam ver a ser aplicadas ao casarão, seja como Hostel, como Museu
ou como Lanchonete como já foi utilizado anteriormente. O mais importante é que este bem seja preservado por ser parte da nossa história e da memória de São Paulo. Talvez a ausência de um nacionadlismo ou de um orgulho da nossa história esteja por trás desta política deficitária e de tanta burocracia. Talvez se tivéssemos um pouco mais de orgulho e respeito pelo nosso passados tanto este quanto outros patrimonios não estariam do jeito que estão. Acredito que a proposta de intervenção deste trabalho engloba diversos aspectos que envolve o casarão além do seu restauro. Neste trabalho consegui juntas o desejo pela sua recuperação, com a viabilidade de acesso à ele e vivência por pessoas tanto de São Paulo quanto de fora, e ainda através de seu espaço e da integração com o terreno vizinho, a proposição de mais uma área para eventos voltada para a cidade. Considerando todo o entorno e a região em que o casarão se encontra procurei encontrar um uso que fosse privilegiado pela grande quantidade de serviços que encontramos por perto, favorecendo o principal usuário do Hostel que seriam os mochileiros.
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Bibliografia
Websites http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,ERT972 07-15565,00.html http://www.saopauloantiga.com.br/franco-de-mello/ http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/10/aberturadaav-paulista-no-domingo-muda-24-linhas-de-onibus-vejaquais. html http://www.thehostelvilamariana.com.br/ http://www.archdaily.com.br/br/783463/guest-urban-hotelsubestudio https://arquitecturag.wordpress.com/ 86
http://piaui.folha.uol.com.br/materia/o-grito-do-casarao/ http://netleland.net/hsampa/mansoesPaulista/mansoes.htm https://catracalivre.com.br/geral/urbanidade/indicacao/o-ultimo-casarao-residencial-da-avenida-paulista-franco-de-mello/ http://www.cultura.sp.gov.br/StaticFiles/SEC/Condephaat/Bens%20 Tombados/Processo/Res.%2036%20de%2016.11.92,%20DOE%20 17.11.92%20-%20pg.%2032.pdf
Livros: ANDRADE, Nelson – HOTEL: Planejamento e Projeto HERTZBERGER, Herman – Lições de Arquitetura SOUKEF, Antonio - Avenida Paulisya - A Síntese da Metrópole URISSINI, Marcelo Luiz - Entreo Público e o Privado: os espaços francos na Avenida Paulista DE CAMILLO, Olair Falcirolli - Avenida PaulisyaÇ Um projeto de Paisagem BAGES, Joel - São Paulo: Urbanidade, Projeto e Oportunidade 87
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