Revista XIX .céS
O SÉCULO
HAUSSMANN
CERDÁ
Conheça a história do Barão Haussmann e confira a entrevista exclusiva
Fofocalizando sobre a vida de Cerdá e detalhes sobre o Plano de Expansão de Barcelona
RINGSTRASSE Confira mais informações aqui
EDIÇÃO ESPECIAL: Arts AND Crafts Vol. 18 Ed: Sacramento
Revista O SÉCULO
EDIÇÃO ESPECIAL: ARTS AND CRAFTS Vol. 18. Editora Sacramento, Ano 1885 , Maceió
JORNALISTAS E EDITORES
FLAVIANA NOGUEIRA TAINAH MELO
A NOVA CIDADE DE PARIS APÓS A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Prefeito e Imperador modificam a cidade de Paris, dando outra vida a ela
O desenvolvimento de Paris Há testemunhos da presença de seres humanos na região desde o paleolítico inferior. No século III a.C., a tribo celta dos Parísios, se estabeleceram em uma ilha do Sena devido à sua localização estratégica. Este primeiro povoado de pescadores e marinheiros caiu sob o poder dos romanos no ano 52 a.C., chamando-a de Lutécia. A cidade mudou seu nome para Paris somente no século IV e ganhou importância ao longo do século XI, por causa do comércio da prata e por formar parte da rota de peregrinos e comerciantes.
Seu crescimento é, inicialmente, bastante lento até o século XIII. A partir de então, sua população apresenta um aumento impressionante que a destacam em toda a Europa, algo entre 525 mil e 600 mil nos anos 1780, sendo a cidade mais povoada da Europa. Com esse crescimento, a malha da cidade se expande sem um planejamento, provocando um adensamento cada vez maior da área central, e posteriormente os outros bairros da cidade.
Paris de Napoleão II Napoleão Francisco José Carlos Bonaparte, intitulado Napoleão II, filho do Imperador Napoleão e de Maria Luisa de Áustria, nasceu em Paris em 20 de Março de 1811 e morreu de tuberculose em 22 de Julho de 1832, com 21 anos. Recebeu o título de “Rei de Roma” e se manteve a frente do governo por 17 anos, quando promoveu o crescimento urbanístico de Paris.
Problemas
O processo desencadeado pela Revolução Industrial provoca nas grandes cidades o funcionamento como imãs, atraindo populações que até então tinham o campo como referência. Consequentemente, surgem inúmeros problemas tais como o aumento muito acelerado da população, a ausência de infraestrutura, o aumento da circulação de pessoas e mercadorias congestiona as ruas estreitas e espaços vazios como parques e jardins são tomados por causa da saturação, da densidade do núcleo central. .
Amplificam-se a denúncia dessa situação e a necessidade de encontrar soluções para a cidade e aparecem propostas que buscam a remodelação urbana, que pensam a cidade como um todo interconectado. A ambiciosa intervenção do barão Haussmann é certamente a mais expressiva. Depois de 1830, muitos tem a sensação de que Paris já deixou de ser habitável agravada pelas epidemias de cólera.
A cidade Barão George-Eugène Haussmann
Transformações urbanas anteriores a Haussmann
Várias transformações são precedentes do Segundo Império, como a conformação das praças reais, a ampliação de ruas, a demolição de casas antigas, construção de edificações públicas como a Igreja Sainte Genevieve, e construção de muitos hotéis (mansões) particulares. Três administradores do départament de la Seine (denominação administrativa de Paris) implementaram modificações que deixam sua marca sobre a capital. São eles Nicolas-Thérèse-Benoit Frachot que administrou Paris de 1800 a 1812, Chabrol (Gilbert-Joseph-Gaspard), de 1812 a 1830, e Rambuteau (Claude-Philibert Barthelot) de 1833 a 1848. Construíram os arcos do triunfo, a igreja da Madeleine e o palácio para Bolsa de Paris; alargaram a rua de la paix, em 1806, a nova conformação da rua Rivoli com suas arcadas cobertas, abriram ruas e multiplicaram seus calçamentos; criação de um batalhão de bombeiros; construção da primeira rede de esgoto; instalação de fontes de abastecimento de água; surgimento das primeiras estações ferroviárias e galerias (passagens cobertas) mostrando uma cidade que cresce e se moderniza.
As Transformações
A cidade de Paris vivenciou importantes transformações que se tornaram intensas durante o Segundo Império, na gestão administrativa da cidade do barão Haussmann. Essas alterações foram muito mais profundas que a mera rearticulação do tecido viário da cidade. O centro foi reconstruído, seus muros foram destruídos e o território metropolitano se expandiu. Consideraram-no um dos maiores prefeitos de todos os tempos. George-Eugène, barão de Haussmann, um homem que viera de Var, do sul da França, nomeado prefeito do departamento do Sena por Napoleão III, em 1853, tornou-se o maior modernizador urbano que se conheceu até agora no Ocidente imprimindo seu nome para sempre numa das mais belas cidades do mundo.
Barão George-Eugène Haussmann Seus domínios de intervenção são diversos, entre eles: geográfico, administrativos, estéticos, viários, edificatórios e sanitarista, implementados sincronicamente, a partir de um olhar que prioriza a cidade como um corpo único.. Esquema de trabalhos de Haussmann em Paris – linhas mais grossas, novas ruas – tracejado quadriculado, novos bairros – tracejado horizontal, os dois grandes parques periféricos: o Bois de Boulogne (à esquerda) e o Bois de Vincennes (à direita).
A cidade Barão George-Eugène Haussmann Por vezes a cidade parecia ter sido acometida por um terremoto, como se verifica nas várias fotografias tiradas por Charles Marville, contratado pela Comissão histórica de Paris, em 1860, especialmente para documentar as obras e que as imortalizou. Toda a Paris aos poucos foi se tornando uma obra de arte, uma autentica cidade- luz, sendo que o morango da torta foi a construção da nova Ópera por Charles Garnier, inaugurada em 1875.
Grand Opera House
Planta de Paris em 1853, antes dos trabalhos de Haussmann.
Divisão de 3 Paris em 20 arrondissements – a linha mais grossa define o antigo cinturão alfandegário do século XVIII.
Entrevista Exclusiva com o Barão George-Eugène Haussmann REPÓRTER - Quais os motivos e motivações que você teve para a reforma urbana de Paris? HAUSSMANN - O corpo da cidade entrou em contradição com os problemas de infraestrutura viária, sanitária e habitacional decorrentes de seu próprio crescimento demográfico, comercial e industrial. O foco principal é a melhoria da circulação, o acesso rápido a toda a cidade como visão estratégica, estabelecendo uma imagem geral de modernidade. Esta mudança de imagem envolve também a questão da insalubridade. Para isso são eliminados bairros considerados degradados, as ruas são arborizadas e recebem sistema de iluminação. REPÓRTER - Quais outras razões o motivaram, junto ao imperador, em sua política de reforma urbanística? HAUSSMANN - Trata-se, para o imperador, de colocar Paris lado a lado, ou melhor, na frente de outras grandes capitais europeias. Nossas transformações viárias valorizaram os terrenos dos arredores, impulsionando a construção imobiliária. Queremos também manter a ordem, eliminamos os becos, as ruas estreitas e sinuosas, a trama irregular da cidade, substituindo-os por grandes e espaçosas avenidas.
Entrevista Exclusiva com o Barão George-Eugène Haussmann Saneamento e espaços verdes Tão presente quanto as alterações na malha da cidade são as modificações na infraestrutura, visando tanto o saneamento como o arejamento e ampliação das áreas verdes de Paris. REPÓRTER - Você soube montar uma equipe bastante eficiente não é mesmo? HAUSSMANN - Sim, muitos técnicos (engenheiros e arquitetos) vieram de prestigiosas escolas de Engenharia como a de Ponts et chaussées, ou ainda a École polytechnique , com uma rigorosa e competente formação com uma nova consciência da dimensão sanitarista e de suas implicações na cidade. As intervenções da equipe de Haussmann na infraestrutura são múltiplas. Entre outros trabalhos, no plano das instalações hidráulicas, verifica-se a construções de novos aquedutos e reservatórios, o aumento da quantidade de fontes públicas e a duplicação da rede hidráulica. Outro ponto explorado por Haussmann foi o aumento das áreas verdes de Paris, os pulmões da cidade que até então contava, basicamente, com o Jardim das Tulheiras, o Champs-Élysées, o Campo de Marte, o jardin des Plantes e o Jardim de Luxemburgo.
Entrevista Exclusiva com o Barão George-Eugène Haussmann HAUSSMANN - O Bois de Boulogne é reestruturado e recuperado, com influência do chamado jardim inglês. Próximo do Champs-Élysées, este parque constitui em um espaço identificado com os setores mais abastados da sociedade. No outro lado de Paris, é implementado o Bois de Vincennes, também no estilo inglês, destinado aos setores mais populares, com o intuito de demonstrar a solicitude do imperador com as classes populares. São ainda organizados três parques menores, dois ao sul, o outro ao norte – o Jardim Ranelagh, o parque Montsouris e o Buttes-Chaumont – bem como 24 squares (jardins pequenos) que expressam a preocupação com uma maior oxigenação da cidade, mas, também com a oferta de novos espaços de lazer para a população.
Parque Montsouris
Entrevista Exclusiva com o Barão George-Eugène Haussmann Haussmann se designa como um “artista demolidor” pela drástica remodelação de vários bairros, com milhares de novas edificações. HAUSSMANN - Minhas reformulações não decorrem de um olhar parcial, mas, sim, de uma visão de conjunto sobre a cidade, protagonizando uma verdadeira revolução nas relações espaciais, com raízes em fases anteriores, mas produzindo “um salto qualitativo entre o ritmo da mudança, a escala espacial e a extensão geográfica após 1852”. REPÓRTER – Como se desenvolveu o seu planejamento? HAUSSMANN – O plano foi concebido e executado em três fases, incluía a demolição de 19.730 prédios históricos e a construção de 34 mil novos. Antigas ruas foram substituídas por grandes e amplas avenidas, caracterizadas por fileiras de prédios neoclássicos em tons de creme alinhados e proporcionais.
Curiosidade Nenhuma outra grande cidade, antes ou desde então, sofreu uma transformação tão radical quanto Paris em tempos de paz. Ela devolveu a saúde à cidade após anos de cólera e tifo. Deu a parisienses de todas as classes parques onde brincar e relaxar.Palácio parisiense construído na época de Haussmann – padronização de fachadas.
Palácio parisiense construído na época de Haussmann – padronização de fachadas.
Planta de Paris em 1873
De Olho no Futuro Ninguém como Haussmann mudou inteiramente a face de uma cidade como durante sua longa administração (de 1853 a 1870), servindo como modelo e inspiração para os que mais tarde reformaram tanto Buenos Aires (Torquato de Alvear), o Rio de Janeiro (Pereira Passos), como Nova York (Robert Moses).
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Ildefonso Cerdá
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Ildefonso Cerdá
Chegou a hora da verdade, vamos descobrir tudo sobre a vida de Ildefonso Cerdá!! Os senhores devem está se fazendo diversas perguntas, como:
z? a ? f é u? e o l m e h e l e ba Qu O qu a r ? t o sad o que são a c é Com an m p e x u e q de o n Com la p e s a? s n e o l é e rc ue a q B O de Então, todas essas perguntas e outras serão respondidas no decorrer desta matéria
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Ildefonso Cerdá
Engenheiro de Caminho, Canais e Portos, Ildefonso Cerdà nasceu em 23 de dezembro de 1815 na fazenda El Cerda de Centelles. O quarto dos seis irmãos, teve que se rebelar contra o futuro que havia sido reservado como padre e depois de estudar latim e filosofia no seminário de Vic começou a estudar arquitetura e matemática em Barcelona. Em 1835 mudou-se para Madrid para estudar na Escola de Engenheiros Civis, Canais e Portos, onde obteve o título seis anos depois.
Já como engenheiro, ingressou no Corpo Estadual de Estradas, encarregado da construção de obras públicas e durante oito anos foi designado para várias províncias espanholas, onde acumulou importante experiência profissional participando da construção de rodovias e infra-estruturas de serviços. e transporte.
Ildefonso Cerdá
Além de ser um pioneiro do urbanismo, Ildefonso Cerdá também é um político progressista: deputado às Cortes em Madri, conselheiro da Câmara Municipal de Barcelona em várias etapas e até presidente da Diputación de Barcelona em 1873.
A morte de seus dois irmãos mais velhos e seu pai fez dele o herdeiro da fortuna da família. Casado com Clotilde Bosch, com quem ele teria quatro filhas, tomou uma decisão que seria decisiva: renunciar em 1849 ao cargo oficial de se dedicar exclusivamente ao estudo do que chamou de "idéia urbanizadora". Seus esforços se cristalizariam em 1859 em um projeto-chave para o nascimento do urbanismo moderno: o Plano de Reforma e Ampliação de Barcelona. A enorme produção teórica que acompanhou permanentemente o seu trabalho foi sintetizada em 1867 com a obra Teoria Geral da Urbanização.
Vamos conhecer o Plano Cerdá
O Plano
Cerdá escreve o primeiro Tratado sobre Urbanização onde faz uma análise urbana da cidade. Neste Tratado, discorre sobre temas como a capacidade das edificações, o funcionamento viário, a circulação e a clareza do traçado.
O Plano Para o concurso do Plano de Barcelona, realiza estudo topográfico da área considerada para a expansão, idealiza esquema de urbanização com vegetação, leva em consideração o clima da região, dando início a esse tipo de estudo nos projetos urbanísticos. Na sua forma de pensar o urbanismo, preocupa-se em como pensar a cidade e no que pensar primeiro destacando conceitos fundamentais como: homogeneidade, coerência espacial, circulação, convívio social (enfatizando a preocupação com quem vai habitar a cidade) (diferente da reforma de Paris, onde a questão principal é a estética). Além desses aspectos, Cerdá realiza estudo de qualidade ambiental e adota traçado retilíneo.
O Plano
O Plano para Barcelona foi colocado em prática e, essa é a primeira vez que aparece o termo ‘urbanização’. Cerdá cria uma metodologia processual enfatizando aspectos relacionados à questão da coordenação dos aspectos espaciais e físicos, funcionalidade, destacando relações sociológicas, econômicas e administrativas da cidade; lembrando que vários fatores influenciam a cidade e isso define quais os que serviços deverão ser fornecidos. A partir desses aspectos, fez uma relação dos edifícios com o número de usuários (exemplo: hospital para tantas pessoas que moram perto do edifício).Em relação à tipologia a ser adotada, Cerdá defende que deveria ter uma única fisionomia, com ocupação periférica do lote e o miolo sendo utilizado para jardins. Os edifícios deveriam ter sempre o mesmo gabarito de altura e chanfrados nas quinas.
O Plano
Cria áreas de parques e permeia todo o plano por praças e parques. Cria uma grelha ortogonal definida em estruturas rígidas que se desenvolvem a partir de módulos quadrados (grelha 9×9 –com várias formas de ocupação), cria hierarquia de vias relacionando-as diretamente à tipologia habitacional, com limite de ocupação da quadrícula. A circulação representa um meio fundamental de facilitar o contato e a relação entre pessoas e o quarteirão, produz uma ruptura formal com a ocupação periférica das quadras. A ocupação da superfície é definida a partir da habitação, que deve ocupar no máximo 2/3 da área do quarteirão, o restante do terreno deve ser ocupado apenas por jardins. Define duas formas de ocupação periférica do lote: em forma de L ou de U.
Entre 1876 e 1886 ocorre o desenvolvimento da expansão da cidade. A especulação imobiliária faz pressão e a quadrícula definida por Cerdá, passa a ser ocupada totalmente fugindo do plano inicial e descartando as áreas verdes internas, destinadas aos jardins.
De Olho no Futuro No Plano Piloto de Brasília, que será projetado por Lucio Costa., existe a figura da Unidade de Vizinhança que configurará exatamente o aspecto do Plano de Cerdá.
WILLIAM ENXOVAIS, TUDO EM UM SÓ LUGAR!
Ringstrasse
O cinturão livre ao redor do núcleo de Viena foi o centro da reconstrução urbana, e ficou conhecido como Ringstrasse. O termo mais utilizado para descrever a reforma de 1860 é o “embelezamento da imagem da cidade”. Os vienenses ricos e profissionais liberais foram os controladores do planejamento de Ringstrasse. O programa de desenvolvimento da Ring excluiu todo o resto da cidade, deixado nas mãos de construtoras particulares, onde a administração publica apenas regulava a altura dos edifícios e a largura das ruas.
Ringstrasse Em Dezembro de 1857 foi criada a comissão de expansão da cidade, que tinha a missão de transformar área militar em uso civil. A primeira construção na área foi uma grande igreja, a Votivkirche, que simbolizava o laço indissolúvel entre Igreja e Estado.
O exercito também teve seu lugar nesse planejamento. Foram construídos dois quarteis e um arsenal. A via principal que circunda o núcleo central, assim como os Boulevars franceses, foi aberta privilegiando a largura .
Inicio da ocupação Ringstrasse. .
Arts and Crafts
Edição Especial
Arts and Crafts O ARTESANATO CRIATIVO COMO ALTERNATIVA À MECANIZAÇÃO E À PRODUÇÃO EM MASSA. Composto por: teóricos e artistas Ocorreu de 1860 a 1880 Objetivo: revalorizar o trabalho manual, mostrar a sociedade o valor e a qualidade do trabalho manual, unir os artistas-artesãos, produzir e divulgar objetos manualmente. Quer solucionar os males da Revolução Industrial, levar cultura a todos e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. A expressão "artes e ofícios" deriva da Sociedade para Exposições de Artes e Ofícios, fundada em 1888.
Arts and Crafts O que é? Movimento estético iniciado na Inglaterra na época em que a produção industrializada estava em grande ascenção.
Foi fundado pelos ingleses William Morris e John Ruskin.
Morris acreditava que um bom design representava uma elevação e que contribuiria para uma sociedade mais feliz, foi o principal líder do movimento. Acredita na transformação do operário em artista.
Morris
Morris
John Ruskin defendia a arte decorativa, beleza como materialização do bem. Fala “Arte feita pelo povo para o povo” O movimento caracterizava-se por referências medievais e góticas. Suas inspirações buscavam formas mais simples e orgânicas encontradas na natureza. Considerado um movimento reformista, por ter gerado uma reforma social, que, recorrendo de valores medievais, aonde o artesanato, a arte e a beleza obtinham uma certa valorização O Arts and Crafts é uma arte sóbria e equilibrada que se fixou na história por suas linhas inspiradoras de paz e por não ter deixado morrer a produção artesanal.
Como surgiu? Depois da realização da “Grande Exposição dos Trabalhos da Indústria de todas as Nações”, ou “Grande Exposição”, realizada em 01 de Maio de 1851 em Londres. Esta foi a primeira exposição internacional da indústria e é considerada o primeiro fórum internacional do mundo moderno. A exposição foi um sucesso, mas a apresentação dos objetos industriais foi um fracasso, tanto em gosto, quanto em qualidade. Hyde Park (1851) local da Grande Exposição
Na crítica e na rejeição a este tipo de produção industrial é que está a origem do movimento. Era contrário a algumas práticas marcantes da época: à imitação de modelos históricos pela indústria, ao ecletismo, aos produtos falsificados O movimento teve um único pecado: não conseguiu conciliar o artesanal à produção industrial, mas, de qualquer forma, abriu caminho. E pelo bem da arte, outros ousaram, como o Bauhaus e Deutsche Werkbund. Arts and Crafts não teve grande duração, mas é considerada raiz: do movimento francês Art Nouveau, do modernismo no desing gráfico e industrial, da arquitetura, do movimento contra a produtividade anônima dos objetos da revolução industrial. Princípios do movimento: Complexidade no ornamento, acabamento artesanal. Qualidade: matéria prima nobre; Função: praticidade do objeto; Design: Beleza e harmonia; Técnica: processo unificado de produção, viabilizando condições dignas de trabalho. Contradição: ideais socialistas e alto custo dos objetos produzidos.
Arquitetura
A Casa Vermelha foi projetada para parecer uma relíquia da Idade Média, é o lar arts and crafts do Morris
William Morris tinha a intenção de, com sua própria casa, mostrar que era possível a produção de objetos funcionais, produzidos manualmente, que apesar de sua simplicidade ainda mantinham a qualidade necessária para que se tornassem totalmente usuais e necessários.
Arquitetura A casa Perrycroft, em Colwall, Herefordshire projetada por Charles Francis Annesley Voysey.
Obtém design vitoriano tardio, interiores claros expressando harmonia pela solidez da estrutura e pelos detalhes feitos à mão como: trincos de janela, maçanetas e lareiras.
Hall de entrada da casa Perrycroft
Arquitetura
Obtém design vitoriano tardio, interiores claros expressando harmonia pela solidez da estrutura e pelos detalhes feitos à mão como: trincos de janela, maçanetas e lareiras. O tom sempre mais escuro, lembrando madeira, das pinturas e papéis de parede era intencional, uma vez que o Arts and Craftstinha a intenção de representar os tons naturais da terra.
Uma das características mais marcantes do Arts and Crafts é a lareira na sala de estar, praticamente em todos os projetos ela está presente. Normalmente feita de tijolo ou de pedra tem a função de criar um ambiente aconchegante, propício para receber convidados e familiares. Assim como as lareiras, os móveis embutidos eram quase que obrigatórios em uma construção típica do Arts and Crafts. Armários, bancos, cristaleiras, todo tipo de mobiliário podia ser construído dessa forma, e sempre em madeira que conferia ao projeto o tom mais rústico, artesanal do período.
Arquitetura Os detalhes eram muito focados nesse período: vitrais e pinturas nas paredes que pareciam verdadeiras obras de arte eram, muitas vezes, o diferencial do ambientes que sempre tinham uma planta ou flor natural como ornamento, reforçando a idéia da natureza presente dentro de casa.
A iluminação dos ambientes, como não poderia deixar de ser, se valia da luz natural aliada à luz artificial, o que criava um ambiente mais confortável e aconchegante.
Decoração
De Olho no Futuro Bauhaus foi uma escola de design fundada em 1919 por Walter Gropius
Palácio de Westminster – Augustus Pugin auxiliou na construção, sendo o responsável por grande parte da decoração interior
Papel de parede Morris PARA DEIXAR NOSSA MARCA REGISTRADA EM VOCÊ
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