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Flávio Costa
Quem sou eu além daquele que fui? Perdido entre florestas e sombras de ilusão Guiado por pequenos passos invisíveis de amor Jogado aos chutes pelo ódio do opressor Salvo pelas mãos delicadas de anjos Reerguido, mais forte, redimido, Anjos salvei Por justiça lutei E o amor novamente busquei Quem sou além daquele que quero ser? Puro, sábio e de espírito em paz Justo, mesmo que por um instante, Forte, mesmo sem músculos, E corajoso o suficiente para dizer “tenho medo” Mas quem sou eu além daquele que aqui está? Sou vários, menos este. O que aqui estava, jamais está E jamais estará Sou eu o que fui e cada vez mais o que quero ser Mudo, caio, ergo, sumo, apareço, bato, apanho, odeio, amo… Mas no momento seguinte será diferente Posso estar no caminho da perfeição Cheio de imperfeições Sou o que você vê… Ou o que quero mostrar. Mas se olhar por mais de um segundo, Verá vários “eus”, Eu o que fui, eu o que sou e eu o que serei.