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Me Apresento a Ti
Me Apresentarei a TI
Quando a última trombeta se fizer soar pelo espaço, E o Cristo voltando em glória se fizer uma realidade presente,
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Ali estarei, contemplando todo o seu poder e ME APRESENTAREI A TI
Quando surgir o mais belo arco-íris cortando os céus com suas cores E descer por ele o mais numeroso exército de anjos entoando Hosanas ao rei, eu ME APRESENTAREI A TI
Quando o leão ficar manso, e os cordeirinhos brincarem com os lobos, Quando não houver mais dia e nem noite, não existir cor e nem raça, Rico e nem pobre, aí sim, eu ME APRESENTAREI A TI
Quando se fizer a distinção entre trigo e joio, Quando o mal receber seu pago e o bem triunfar Quando Israel for restaurado e a glória de Deus brilhar, ME APRESENTAREI A TI
E quando a última lágrima se fizer rolar da face dos cansados e oprimidos E no momento em que o diabo ficar preso em sua insignificância, Aí sim, eu ME APRESENTAREI A TI
Quando os reis conhecerem O REI, quando os músicos ouvirem a pura música Quando os médicos virem O Médico, Quando os ricos contemplarem o que é riqueza Neste momento então, ME APRESENTAREI A TI
Quando o céu e o firmamento disserem seus mistérios e os cientistas ficarem impressionados Quando o mar e a terra devolverem os seus mortos, E quando a pura luz e o perfeito som se fixarem no seu criador, Eu, ME APRESENTAREI A TI
Quando Handel disser que seu Haleluia é nada diante da harmonia existente no esplendoroso coral entoando Glórias a Deus nas alturas, Quando Mozart espantado disser que jamais viu tantos instrumentos, aí sim, ME APRESENTAREI A TI
É, e quando todos puderem contemplar Sua glória, e os que o rejeitaram ouvirem sua doce voz dizendo tão amargas palavras: _ Apartai-vos de mim malditos! E quando rasgar o grito de arrependimento dos que não aceitaram o seu amor, eu ME APRESENTAREI A TI
Há, e como será maravilhoso contemplar o seu rosto e sentir mais que presente o seu amor Quando puder sentar ao lado dos arcanjos e querubins e quando eu também fizer parte dessa beleza, ME APRESENTAREI A TI
Contemplarei a cidade dourada e me banharei no profundo rio que corre debaixo do altar. Provarei do maná preparado para os que vencerem, Comerei do saboroso fruto da arvore da vida e neste cenário de sublime majestade então, ME APRESENTAREI A TI Quando todas as nações poderem ver o seu poder, Quando todo joelho se dobrar, e toda a língua confessar que Jesus Cristo é o Senhor, Só aí então, ME APRESENTAREI A TI E quando neste glorioso momento eu ouvir a voz do meu Senhor dizendo: _ Vinde benditos do meu pai! E enfim chamar aos seus filhos e filhas, pelo nome; Ai, sim, com meu ser rejubilando de prazer, ME APRESENTAREI A TI, E ENTÃO DIREI SOU NORDESTINA, FAÇO PARTE DE UM POVO FORTE CRIADO POR TI, OLHA PARA MIM COM TEU OLHAR DE AMOR E CANDURA. E NESTE SUBLIME CENARIO, EU GRITAREI, COM TODAS AS FORÇAS DOS MEUS PULMÕES EU GRITAREI : _ Eis-me aqui Senhor! Eis-me aqui!
autora Milca de Paula
O Calitério:
O Catador de Lixo do Cemitério
Um rapaz pobre e bom, de família muito humilde. Só existia um tio como parente, que ganhou na loteria, ficou rico e avarento e tinha apego demasiado ao dinheiro e as coisas materiais. o que era um obstáculo ao desenvolvimento do espírito imortal. O tio fazia o sobrinho de escravo que, para comer e dormir trabalhava de sol a sol na manutenção de toda mansão, e no final do dia se contentava com o empréstimo de um quartinho no fundo do quintal da casa, onde descansava e tinha sonhos. Sonhava com uma vida melhor sem humilhação e constituindo uma família.
O tio forte e poderoso que achava tudo possível e dizia que jamais morreria, caiu em desgraça e ficou muito doente. No seu leito de morte mandou chamar um velho conhecido de todos da cidade, um grande comprador de imóveis.
Fez uma proposta de venda da propriedade para não deixar para ninguém – se referia ao seu sobrinho -, e pediu ao comprador que quando morresse queria ser enterrado no melhor cemitério, com o melhor caixão e bastante coroas de flores, e que seu dinheiro com os seus objetos, relógios, canetas e colares de ouro fossem sepultados juntos com ele. O pedido do milionário foi atendido e o garoto foi jogado na rua “sem eira nem beira”, sem ter o que comer e onde morar.
Foi parar no cemitério onde o seu tio estava enterrado, olhando toda aquela riqueza em cima e em baixo da terra desperdiçada com alguém que não precisava mais daquilo para viver, e sim de orações das pessoas. Debruçado sobre a imponência da placa do jazido pensou em retirar todo àquele ‘lixo’ debaixo de sete palmos de terra, vender e dar o dinheiro para os pobres. Pegou uma pá e uma enxada e começou a exumação do lixo, catou tudo que podia e colocou em um grande saco, até ficar exausto e como de costume no fim do dia, foi descansar, neste caso, dentro do caixão.