Significado de Colossenses

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Significado de

Colossenses


Colossenses 1 1.1 - Paulo considera-se apóstolo, uma palavra cuja raiz significa enviar. Esse termo grego foi usado pela primeira vez como referência a um navio ou uma frota de carga, porém, mais tarde, como símbolo de um comandante de uma frota. O Novo Testamento emprega o vocábulo com o sentido de um porta-voz aprovado e enviado como um representante pessoal. Embora nem todo cristão seja chamado por Deus para ministrar como Paulo ou como os 12 apóstolos, todo cristão é enviado por Ele para representá-lo diante das pessoas com quem chega a ter contato. Pela vontade de Deus refere-se à designação divina de Paulo. Não foram os 12, os líderes religiosos ou sua família que o designaram - nem foi ele mesmo. Essa é uma afirmação de sua autoridade divina, uma declaração de sua independência de toda autoridade humana, e ele renuncia a qualquer mérito individual ou poder pessoal. E o irmão Timóteo. Timóteo não era um apóstolo, mas um irmão. Esse companheiro de confiança estava com Paulo em Roma. Como um gesto de cortesia, Paulo o inclui na saudação. Timóteo era filho espiritual de Paulo (1 Tm 1.2,18; 2 Tm 1.2; 1 Co 4.17). 1.2 - O termo grego traduzido por santos significa povo santo. A essência da santidade é estar separado para Deus. Todos os cristãos são santos, não porque sejam perfeitos, mas porque pertencem ao Altíssimo. A expressão em Cristo é a favorita do apóstolo Paulo, usada cerca de 80 vezes em suas cartas. Ele via toda a experiência cristã como fruto da posição do cristão em Cristo. Graça e paz. O apóstolo combina a palavra grega empregada para graça com a saudação hebraica padrão: paz. Ele amplia e aprofunda o que quer dizer ao lembrar seus leitores de que a maior fonte de graça e perfeição está em Deus, nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo (Rm 1.7). 1.3 - Paulo revela a cuidadosa preocupação que tem com estes cristãos, por quem ele está orando sempre. Essa expressão comum do apóstolo (Ef 1.16; Fp 1.4; 1 Ts 1.2), que combina oração intercessora e ações de graças, significa que, toda vez que orava, intercedia pelos colossenses e oferecia louvores pela obra do Senhor entre eles. 1.4-8 - Fé, caridade e esperança. Muitas vezes, Paulo usa esses três termos juntos (Rm 5.2-5; 1 Co 13.13; 1 Ts 1.3; 5.8). A fé está em Cristo – e esse é o tema principal da passagem. A fé que os colossenses possuíam estava

alicerçada na natureza e na obra de Jesus Cristo. A caridade flui da fé e prova a genuinidade da fé própria de alguém (Tg 2.14-26). O amor sacrificial dos colossenses para com todos os santos provava que eles, realmente, criam em Cristo. A esperança refere-se ao resultado da fé, a riqueza reservada nos céus, onde nossa fé encontrará seu cumprimento na presença de Cristo. Epafras também é mencionado em Colossenses 4-12 e Filemom 1.23. Epafras possivelmente era convertido e companheiro de Paulo na prisão. E muito provável que tenha dado início à igreja em Colossos, sua cidade natal. 1.9-12 - A oração de Paulo pelos cristãos colossenses é um modelo para nós. Assim que teve ciência da nova fé dos colossenses, o apóstolo começou a interceder a Deus por eles, pedindo-lhe que lhes desse conhecimento, sabedoria, força e alegria. Orou para que os novos cristãos em Colossos chegassem à maturidade cristã, a fim de poderem andar diante do Altíssimo agradando-lhe e realizando boas obras. 1.9 - A principal preocupação de Paulo era que os colossenses tivessem pleno conhecimento da vontade de Deus. O desejo de servirmos ao Senhor será em vão se não entendermos corretamente Aquele a quem queremos servir. Portanto, o apóstolo ora para que os colossenses sejam cheios do pleno conhecimento que inclui toda a sabedoria e inteligência espiritual. Sabedoria é a manifestação prática do conhecimento (Tg 3.17), e esse conhecimento não pode estar desvinculado da inteligência espiritual obtida pelo discernimento dado pelo Espírito Santo. 1.10 - Além do pleno conhecimento da vontade do Senhor mencionado no v. 9, Paulo deseja que os colossenses possam andar dignamente diante do Senhor. Ele queria que os irmãos de Colossos vivessem de um modo que refletisse adequadamente o que Deus havia feito por eles e estava fazendo na vida deles. Ser digno de Deus é uma expressão encontrada em inscrições pagãs antigas por toda a Àsia e descreve a vida de uma pessoa sendo pesada na balança para que seja determinado o seu valor. Se estes devotos de falsos deuses sabiam que tinham de andar de modo digno, sem dúvida os cristãos deveriam dedicar a vida ao Deus vivo a fim de lhe agradarem. 1.11 - A expressão segundo a força da sua glória significa que os cristãos são fortalecidos não em proporção às suas necessidades, mas segundo a


força do Altíssimo. Assim, Paulo não deseja ver nada menos que o poder do próprio Deus agindo nos cristãos de Colossos. Como a força de Sansão (Jz 14.19), a força de um cristão é proveniente somente do Senhor. Ter paciência é permanecer debaixo de algo – o oposto de covardia e desânimo. É tolerância, constante persistência, firmeza e capacidade de ir até o fim. Significa permanecer sob as dificuldades sem sucumbir a elas. Longanimidade é o contrário de ira e vingança. É ter autodomínio e calma; é resistir por muito tempo. A longanimidade não revida, a despeito dos danos ou ofensas (compare com Tiago 5.7-11). Com gozo. Não com um semblante triste nem com um sorriso forçado, mas com salmos no meio da noite. A alegria do SENHOR é a vossa força (Ne 8.10). 1.12 - Fez idôneos. Esta expressão significa estar apto ou autorizado para uma tarefa. Sem a ajuda divina, os cristãos jamais poderão ser idôneos; é o Senhor quem deve torná-los suficientes por intermédio de Jesus Cristo. O tempo do verbo indica um ato no passado, e não um processo. Normalmente, para estarmos qualificados para um evento ou uma posição, temos de provar nosso valor. No entanto, a herança (v. 5) que os cristãos recebem não é algo que conquistaram, mas está baseada no fato de Deus têlos feito idôneos. O Pai nos qualifica para a vida eterna com Ele, enquanto o Filho nos recompensará no final da corrida (Ap 22.12). O termo santos provavelmente não se refere aos anjos de Deus, como em 1 Tessalonicenses 3.13. Pelo contrário, Paulo usa a palavra para se referir aos cristãos em Colossos. 1.13 - Tirou e transportou. Deus libertou os cristãos do domínio das trevas. O apóstolo usa o simbolismo comum da luz e das trevas como referência ao bem e ao mal, ao Reino de Deus e ao reino de Satanás, que é encontrado ao longo do Novo Testamento. O Reino das trevas é aquele do qual os cristãos foram resgatados (veja esta imagem em João 1.4-9; Efésios 5.8; 1 Tessalonicenses 5.5; 1 Pedro 2.9; 1 João 1.5).

Esse reino das trevas teve um aparente triunfo contra o nosso Senhor (Lc 22.53), mas a vitória final de Jesus na cruz traz vitória aos Seus santos sobre o reino das trevas. Esta libertação transferiu-os para um novo reino. Transportou é usado como referência ao reassentamento de colonos como cidadãos de um novo país. Ainda não se trata da consumação final, mas, de certo modo, os cristãos já são levados ao Reino de Cristo. Aqui, há uma tensão cuidadosamente equilibrada por Paulo em sua teologia. A manifestação do Reino na terra está próxima, mas já existe um antegozo da glória desse tempo futuro. 1.14 - A palavra grega para redenção indica naturalmente que um preço ou resgate é pago pela libertação de um escravo. A servidão da qual os cristãos são libertos não é física, mas espiritual. Eles estão livres da escravidão do pecado pela remissão dos pecados por meio do sangue de Jesus Cristo (Ef 1.7). Hoje, evita-se falar de pecado. Muitas vezes, quando uma pessoa comete erros ou até crimes, esses são considerados como doenças ou disfunções. No entanto, a Bíblia é direta ao falar de pecados pelos quais o homem deve ser perdoado. O salário do pecado é a morte (Rm 6.23). A única forma de libertação ocorre a partir do perdão de Deus com base na morte de Seu Filho (Rm 3.24,25). 1.15-20 - Paulo interrompe a descrição que faz de suas orações pelos colossenses com um cântico de louvor. Esses versículos normalmente são reconhecidos como um antigo hino cristão que celebra a supremacia de Jesus Cristo. 1.15 - O primogênito de toda a criação. Primogênito pode aplicar-se a uma prioridade em termos de tempo ou de posição. A palavra não descreve Cristo como o primeiro ser criado em se tratando de tempo, porque o hino proclama que todas as coisas foram criadas por Ele e que Ele é antes de todas as coisas. Jesus é o Eterno que existia antes de toda a criação. A ideia de primogênito na cultura hebraica não exigia que o filho tivesse sido o primeiro a nascer. Esse não era o caso de Isaque ou de Jacó. Mas eles eram os primogênitos no sentido de serem herdeiros legítimos da linhagem de seus pais. Ser primogênito referia-se mais à posição e ao privilégio do que à ordem de


nascimento. Sendo Deus, Cristo tem a posição mais alta em relação a toda a criação. Contudo, Ele não é apenas a divindade transcendente que nos criou; é Aquele que morreu em nosso favor (Fp 2.6-18) e, em seguida, ressuscitou dos mortos. Portanto, Ele também é o primogênito dentre os mortos (Cl 1.18), o primeiro a passar pela verdadeira ressurreição (1 Co 15.20).

hierarquia entre Deus e todas as pessoas. No entanto, Paulo empregou o termo plenitude para se referir à encarnação do Verbo de Deus. Cristo é o único mediador entre o homem e Deus e possui a natureza divina (1 Tm 2.5). Nenhum outro intermediário, seja pessoa ou grupo, pode colocar-se em nosso lugar diante do Pai. Somente Jesus pode fazê-lo.

1.16 - Este antigo hino cristão enfatiza a superioridade de Cristo em relação a toda a criação. Jesus é Aquele que criou todas as coisas, materiais ou imateriais, visíveis ou invisíveis. Essa ideia contradiz diretamente o falso ensino, mais tarde conhecido como gnosticismo, que estava surgindo na igreja de Colossos. Em geral, os gnósticos acreditavam que vários seres angelicais eram os criadores da Terra e que Cristo estava entre muitos desses anjos.

1.20,21 - Reconciliasse consigo mesmo todas as coisas e agora, contudo, vos reconciliou. Essa expressão mostra o significado da obra de Cristo na cruz. Não quer dizer que todas as pessoas serão salvas, uma vez que muitas passagens claramente dizem que os incrédulos sofrerão a separação eterna de Deus (Mt 25.46). A obra de Jesus destruirá o mal causado pela queda e fará toda a criação passar de uma posição de inimizade para uma relação de paz e amizade (Rm 8.20-23; 2 Co 5.18-20).

Tudo foi criado por ele e para ele. Jesus não somente criou todas as coisas; tudo foi criado para Seus propósitos (Hb 1.2, segundo o qual Cristo é herdeiro de tudo). Mas a glória da terra, dos céus, do sol, da lua e das estrelas não pode ser comparada à da nova criação de Cristo (2 Co 5.17).

1.22 - Corpo da sua carne. Os falsos mestres em Colossos estavam dizendo aos cristãos que a redenção só poderia ser cumprida por meio de um ser espiritual. Eles rejeitavam a encarnação de Cristo, afinal, para eles, Jesus não poderia ter tido um corpo físico. Assim, Paulo usa dois termos, corpo e carne, para afirmar claramente que Cristo se fez homem e passou pela morte física. Santos, irrepreensíveis e inculpáveis. Nós, que antes éramos inimigos de Deus e estávamos alienados por causa de nossas obras más, seremos, um dia, apresentados como inculpáveis graças à morte de Jesus por nós.

1.17 - Antes de todas as coisas, tanto no sentido de tempo como no de supremacia. Graças à autoridade suprema e à supervisão de Cristo, todas as coisas subsistem (mantêm-se unidas). 1.18 - Após a celebração da autoridade de Jesus sobre toda a criação, este antigo hino cristão ainda proclama Sua autoridade sobre toda a Igreja. Cristo é a cabeça do corpo, que é a Igreja. Ninguém deve subestimar o significado da Igreja, pois ela é, na verdade, o Corpo de Cristo. O Criador soberano do universo, como Cabeça da Igreja, é quem a lidera e supervisiona. Não é de admirar que Ele tenha tanto zelo por ela (1 Co 3.16,17). Primogênito dentre os mortos. Cristo foi o primeiro a ressuscitar dos mortos. Sua própria ressurreição é garantia de que a Igreja, um dia, ressuscitará (1 Co 15.12-28). 1.19 - Plenitude. Parece que os adversários de Paulo - e, mais tarde, os gnósticos gregos – usaram essa palavra como um termo técnico para se referir à esfera entre céu e terra, onde vivia uma hierarquia de anjos. Os gnósticos viam Cristo como um dos muitos espíritos que existiam nessa

1.23 - Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé. A perseverança dos colossenses era prova da obra de reconciliação de Cristo em favor deles (v. 21,22). Toda criatura que há debaixo do céu. Aqui, Paulo usa essa forma extrema para ilustrar a rápida propagação do evangelho. Compare com Atos 17.6, que diz que os apóstolos causaram um alvoroço por todo o mundo, embora seu ministério, até aquele momento, estivesse limitado a uma pequena parte da região mediterrânea oriental. 1.24-29 - O apóstolo recebeu uma dispensação de Deus (v. 25) para pregar este Cristo divino (v. 9-18), que reconciliou o mundo (v. 19-23). Esse era o


ministério de Paulo, mas nós também temos a responsabilidade para com o Altíssimo de pregar as boas-novas de Cristo. 1.24 - Nesse versículo, Paulo não está dizendo que a morte de Cristo foi insuficiente (Cl 2.11-15) nem que, de algum modo, ele fez a obra de redenção com Cristo, mas está expressando a ideia de que um cristão suportará os sofrimentos (NVI) que Jesus estaria suportando se ainda estivesse no mundo (2 Co 1.5; 4-11). Cristo disse aos Seus discípulos que o mundo, se o odiasse, também odiaria Seus discípulos. Caso as pessoas o perseguissem, elas também perseguiriam Seus seguidores (Jo 15.19,20). O apóstolo acreditava que estava sofrendo as aflições que Deus queria que ele sofresse. Em vez de enfrentar suas dificuldades com temor, Paulo via suas tribulações como momentos de alegria (Rm 8.17;Fp 1.29; 1 Ts 1.6; 2.2; 3.35; 2 Tm 3.12), porque estavam gerando uma recompensa eterna (2 Co 4.17).

4.3; 1 Co 2.7; 4.1; Ef 3.4,9; 5.32; 6.19; 1 Tm 3.9,16), mas que, agora, estava sendo revelado pelo Altíssimo. O Senhor revelou esse mistério a Paulo e chamou-o para ser o despenseiro desse mistério (Ef 3.5). O mistério é que Cristo agora vive no coração dos cristãos gentios. Cristo em vós, esperança da glória. Isso está de acordo com Efésios, em cuja carta o apóstolo afirma que o mistério é a união de judeus e gentios em um Corpo, a Igreja de Cristo (Ef 3.6). 1.28 - Este é um ótimo versículo de disciplina. Paulo não estava satisfeito somente em ver as pessoas nascerem de novo. Ele assumiu a responsabilidade de levá-las à maturidade; tirou-as da ―infância‖ e levou-as à ―infantaria‖. Os bebês espirituais têm grande potencial, mas se tornam um sério dreno na Igreja e uma fonte de problemas incalculáveis, caso permaneçam para sempre no berçário.

1.25 - Eu estou feito ministro significa tornar-se um servo. A designação de Paulo transformou-o em um ministro do evangelho (Ef 3.7; Cl 1.23); um ministro de Deus (2 Co 6.4); um ministro de Cristo (1 Co4-l) e um ministro da Nova Aliança (2 Co 3.6).

Perfeito. O conceito de perfeição no Novo Testamento significa completude ou maturidade. Aqui, é provável que a referência seja à volta de Cristo, quando todo cristão conhecerá nele próprio o término da obra de Cristo (1 Co 13.10).

Dispensação é ordenação divina (gr. oikonomia), administração, curadoria. Era o grande privilégio e a confiança sagrada de Paulo, o qual era um despenseiro na obra de Deus; um mordomo na casa do Altíssimo e um administrador dos assuntos divinos. O apóstolo estava cuidando daquilo que dizia respeito ao Rei.

1.29 - Paulo esforçava-se e agonizava pela perfeição de seus irmãos cristãos (v. 28), não em sua própria força, mas pelo poder de Deus operando nele.

Concedida. Não usurpada. Para convosco. Para seu beneficio e sua bênção. Para cumprir a palavra de Deus. O propósito de Deus era o propósito de Paulo, e a Palavra do Senhor era a mensagem do apóstolo. Portanto, o que Paulo pregava era puro e não estava contaminado por falsos ensinos (Rm 15.19; 2 Tm 4.2-5).

Colossenses 2

1.26,27 - O mistério em questão nesses versículos é similar ao mencionado em Efésios 3.8-10. Nas religiões pagãs gregas, mistério era um ensino secreto reservado para alguns mestres espirituais que haviam sido iniciados em um círculo privado. Paulo usa a palavra para se referir ao conhecimento que esteve oculto desde todos os séculos e em todas as gerações (Cl 2.2;

2.1-5 - O ministério de Paulo incluía cristãos como os colossenses que nunca o viram. Ele tinha um grande combate por eles no sentido de cuidado, desejo e oração (v. 1-3). Sua preocupação era que ninguém os enganasse (v. 4), e ele estava regozijando-se na firmeza deles (v. 5). Esse apóstolo é um modelo de preocupação como pastor. 2.1 -Laodicéia era uma cidade-irmã de Colossos, a qual ficava a quase 18 quilômetros de distância. As duas igrejas deveriam compartilhar as cartas que receberam de Paulo (Cl 4-16).


2.2,3 - Embora os falsos mestres em Colossos falassem em iniciar pessoas em um conhecimento superior, Paulo diz aos seus leitores que eles podem entender o mistério (Cl 1.26,27) de Deus sem esta falsa filosofia. Os gnósticos procuravam o conhecimento como um fim em si mesmo, mas o apóstolo lembra os colossenses de que o verdadeiro conhecimento se manifestará quando unir as pessoas na caridade cristã na Igreja. Observe como Paulo une Deus e Cristo, enfatizando a divindade e a unidade comum. Os gnósticos viam Jesus somente como uma emanação vinda do Pai, dividindo uma parte dos atributos da divindade. Paulo não só enfatiza a divindade de Cristo, mas também explica que Ele possui toda a sabedoria e o conhecimento. Os gnósticos acreditavam que somente determinadas pessoas entendidas poderiam juntar-se ao seu grupo de elite. Já Paulo ensina que qualquer cristão tem acesso a toda a sabedoria encontrada em Jesus. 2.4 - Não deixe que as palavras persuasivas, mas enganosas, dos falsos mestres desviem você da verdadeira sabedoria (v. 3) em Cristo. 2.5 - Ausente e convosco. Embora Paulo não conhecesse os colossenses de nem os laodicenses pessoalmente (Cl 2.1), os sentimentos fortes que tinha por eles e o vívido relato de Epafras (Cl 1.7) fizeram-no sentir-se presente com eles em espírito (1 Co 5.3-5). 2.6,7 - Assim como os cristãos colossenses começaram com Cristo, Paulo incentivou-os a continuar a viver (NVI), ou a andar, em Cristo. Paulo emprega quatro palavras para descrever a caminhada dos colossenses em Cristo. O tempo do verbo traduzido como arraigados indica (no particípio) uma ação completa; os cristãos foram arraigados em Cristo. Os três verbos seguintes - edificados, confirmados e crescendo - também indicam o crescimento contínuo que deveria ser característica da caminhada de todo cristão em Jesus. 2.8 - Esse versículo é usado às vezes para ensinar que os cristãos não se devem ater a filo* sofias, mas não é isso que Paulo está dizendo. O próprio apóstolo era perito em filosofia, o que fica evidente por causa de sua interação com os filósofos estoicos e epicuristas de Atenas (At 17.1-34). Paulo estava advertindo os cristãos a não se deixarem levar por nenhuma

filosofia que não estivesse de acordo com um conhecimento adequado de Cristo. Os falsos mestres em Colossos haviam combinado pensamentos mundanos com o evangelho, os quais são mencionados por Paulo como os rudimentos do mundo, que alguns interpretam como espíritos, ou anjos, que, supostamente, controlam a vida de alguém (Gl 4.3,9). É mais provável que o termo rudimentos se refira às regras e ordenanças elementares que determinados mestres procuravam impor aos cristãos de acordo com os ditames de filosofias humanas. A acusação mais séria de Paulo contra os hereges foi que o ensino deles não era segundo Cristo e, portanto, eles não estavam andando em Cristo (Cl 2.6,7). 2.9 - Nesse versículo, Paulo claramente proclama a encarnação, o fato de Deus se tornar um homem corporalmente. Isso contradiz a ideia gnóstica do mal inerente ao corpo físico e a afirmação de que Jesus é simplesmente um espírito. Os gnósticos acreditavam que a plenitude divina havia sido dividida entre vários seres angelicais, os quais eram os responsáveis pela criação do mundo material. Em contrapartida, o apóstolo diz que a plenitude de Deus existe em Cristo. 2.10 - Paulo ilustra a suficiência de Jesus ao demonstrar como os cristãos colossenses são perfeitos. Em Cristo, os irmãos de Colossos haviam abandonado o poder do pecado e da carne (Cl 2.11), recebido a nova vida (v. 12,13), sido perdoados, libertos das exigências impostas por tradições humanas (v. 14) e libertos dos poderes de seres espirituais (v. 15). Não há nada que o cristão precise acrescentar ao que foi recebido em Cristo no momento da conversão. O apóstolo enfatiza a suficiência de Jesus para refutar os gnósticos e os judaizantes, os quais, respectivamente, acreditavam que o conhecimento especial e as obras eram necessários para tornar um cristão perfeito. 2.11 - Enquanto se exigia que todos os homens judeus recebessem a circuncisão física, a circuncisão proveniente de Cristo não é feita por mão (Dt 10.16). Em vez de uma simples remoção de carne, a circuncisão cristã é a remoção espiritual do pecado que está no coração, participando da N ova Aliança de Jesus Cristo.


2.12,13 - Sepultados com ele no batismo. O batismo é o símbolo da associação do cristão com a morte de Cristo na cruz. O batismo nas águas não traz perdão de pecados, mas Paulo usa o ritual para explicar a obra do Espírito. A Igreja do primeiro século jamais teria entendido a ideia de um cristão que não foi batizado, afinal, batismo e fé eram considerados as realidades externa e interna de um cristão (At 2.38; 10.47,48; 16.33; Rm 6.3-5). Alguns enfatizaram a associação próxima que Paulo faz do batismo e da circuncisão nessa passagem como uma indicação de que o batismo nas águas é um sinal da Nova Aliança, assim como a circuncisão era um sinal da aliança abraâmica. 2.14 - Cravando-a na cruz. Não apenas nossos pecados pessoais foram perdoados na cruz, mas também estas regras que nos condenavam foram eliminadas pela morte de Cristo. 2.15 - Principados e potestades aludem a Satanás e aos anjos caídos. Paulo está descrevendo a vitória de Cristo na cruz sobre as potestades que se opunham a Ele e que eram contra o povo fiel de Deus. Para descrever esse êxito, o apóstolo usa a cena do triunfo militar, quando prisioneiros de guerra eram despidos e desfilavam atrás do general vitorioso diante do povo. O diabo e suas forças acreditavam que a cruz seria a vitória deles e a derrota de Cristo. Na realidade, na cruz, o Senhor venceu Seus inimigos, tirou-lhes as armas e os expôs publicamente. E um contraste impressionante com a vitória que o inimigo teve sobre nossos primeiros pais no jardim. Satanás foi o vencedor naquele caso, mas, na cruz, ele foi claramente o perdedor. Diante dessa conquista que obtemos por intermédio de Cristo, devemos ter cuidado com os que enfatizam o demonismo ou chamam a atenção dos cristãos para o poder dos espíritos malignos. Ao darmos reconhecimento ao diabo, nós lhe damos poder. Isso não significa negar as forças malignas; somente manter na perspectiva correta o fato de que o poder deles sobre o reino de Cristo está limitado agora e de que seu destino no fim do mundo será o fim. 2.16-19 - Diante da vitória de Cristo sobre Seus inimigos, não devemos ser controlados por aquelas potestades e práticas sobre as quais Ele já triunfou. Os falsos mestres em Colossos estavam tentando os colossenses a prender-

se às observâncias externas do judaísmo, como, por exemplo, as restrições judaicas acerca da dieta. Essas eram simplesmente sombras de Cristo. O judaísmo e seus ritos apontavam para Jesus. Paulo adverte os cristãos em Colossos a não deixarem outros os prenderem a ordenanças das quais Cristo já os havia libertado. Pretexto de humildade. Aqueles que não defendem a salvação somente em Cristo muitas vezes parecem ser humildes. Contudo, ao buscarem uma nova experiência espiritual ou defenderem certas obras como sendo necessárias para a salvação, eles revelam, na verdade, o orgulho humano, pois não querem submeter-se ao plano de salvação divina revelado na Bíblia. 2.20-23 - Ordenanças. Uma vez que os cristãos foram libertos de observâncias ritualistas, por que deveriam deixar que outros os prendessem a elas novamente (Rm 6.3-14)? Nenhuma atitude humana pode ser acrescentada ao mérito da morte de Cristo, a qual é a única obra aceitável aos olhos de Deus. Os mandamentos legalistas de outros são devoção voluntária e não são de valor algum para a salvação.

Colossenses 3 3.1-4 — As exortações de Paulo no capítulo 3 são aplicações práticas da doutrina que ele apresentou no capítulo 2. Se já ressuscitastes com Cristo. O apóstolo associa seu ensino ético (v. 5) à doutrina da ressurreição (Cl 2.12, 13). Pensai nas coisas que são de cima. Os falsos mestres estavam instruindo os colossenses a concentrar-se em observâncias temporais; em contrapartida, Paulo os instruía a concentrar-se nas realidades eternas do céu.


O verbo grego usado para pensai enfatiza uma decisão contínua. Os cristãos devem ter a disciplina constante de concentrar-se nas realidades eternas, e não nas temporais, desta terra. A vida de um servo do Senhor não é mais ditada por este mundo, mas está escondida com Cristo. A palavra grega usada para escondida indica que Deus fez isso no passado para que fosse uma realidade presente. 3.5-8 — Embora a obediência às ordenanças não possa trazer salvação, os que são salvos devem levar uma vida digna dessa salvação. Portanto, Paulo transmite aos colossenses instruções acerca da conduta correta. Ele afirma em termos negativos e positivos o tipo de vida que Deus deseja que os Seus servos levem. Embora estivessem antes fascinados com as práticas do mal listadas nos versículos 5, 8 e 9, os cristãos em Colossos deveriam abandonar tais práticas. 3.9 — As analogias entre o velho homem e nossas velhas práticas de pecado e o novo [homem] e nossa nova vida em Jesus Cristo fazem um paralelo com a discussão de Paulo em Romanos 6 sobre a questão de morrer para o pecado e viver para Cristo. As duas palavras - velho homem e novo homem - não se referem às naturezas carnal e espiritual do cristão. Pelo contrário, o apóstolo descreve nossa velha vida não redimida como o velho homem, e nossa vida como filhos de Deus como o novo homem. O velho homem carrega a imagem de nossa natureza caída e está sob a autoridade de um velho senhor, Satanás. Já o novo homem tem a imagem da nova criação em Cristo e possui um novo Senhor, o Espírito de Deus, que vive dentro dele. 3.10 — Vestir-se do novo significa pôr a roupa do novo homem, quem o indivíduo passa a ser depois de ter sido salvo. Você recebe de Cristo o novo homem - o homem regenerado, a nova natureza - no momento do segundo nascimento. Se renova. Esse tempo verbal (gr. anakaineo) indica que a pessoa está sendo sempre renovada, o que denota um processo contínuo, afinal, o novo homem ainda não amadureceu e encontra-se continuamente em estado de desenvolvimento. 3.11 — Bárbaro. No império romano, quem não falasse grego era desprezado. Citas eram pessoas incultas que vinham da região em torno do mar Negro. Grego, judeu, servo e livre. Essa lista é similar à encontrada em

Gálatas 3.28. Nas duas passagens, a questão não diz respeito às funções das pessoas no Corpo de Cristo, mas ao fato de todos os grupos serem igualmente aceitos na família de Deus. 3.12 — Eleitos de Deus. O Senhor chama todas as pessoas à salvação; aquelas que a aceitam são os eleitos desde a fundação do mundo (compare com Efésios 1.3-14), tornando-se o povo especial de Deus. Uma vez que o Senhor é santo, nós, que somos amados pelo Pai, também devemos ser santos e revestir- nos de Suas características. Explorar os outros fazia parte do antigo modo de vida, enquanto a característica do novo deve ser o cuidado. 3.13 — Perdoando-vos. O espírito dado ao perdão é uma característica essencial para quem foi perdoado por Cristo. 3.14 — E, sobre tudo isto. Sobre todas estas coisas, como uma peça de roupa. Revesti-vos de caridade, a qual é a base e o manto de todas as graças (1 Co 13.13). O vínculo é o que une os outros. Perfeição significa completo, desenvolvido, maduro. 3.15 — A paz de Deus domina nosso coração quando estamos completamente entregues à vontade divina, e, assim, todo o nosso ser se une em obediência a Ele. A obra de reconciliação de Cristo é o que possibilita essa entrega. 3.16 — Ao que parece, a frase a palavra de Cristo habite em vós abundantemente traça um paralelo com a afirmação de Paulo em Efésios 5.18, passagem na qual o apóstolo diz: Enchei-vos do Espírito. Tanto em Colossenses como em Efésios, estar cheio do Espírito ou da palavra de Cristo resulta em cânticos (Ef 5.19-21). Os salmos são aqueles encontrados no Antigo Testamento, o hinário da Igreja do primeiro século como também de Israel. Os hinos seriam os cânticos da Igreja que refletiam a nova verdade em Cristo. Exemplos deles são encontrados em Colossenses 1.1520; Filipenses 2.5-11 e 1 Timóteo 3.16. Os cânticos espirituais talvez tenham sido outros tipos de cânticos em louvor a Deus.


3.17 — Nesta passagem, Paulo resume como os cristãos devem viver: temos de entregar a Jesus tudo o que fazemos ou dizemos e sempre agradecer a Deus por todas as Suas dádivas (Ec 12.13,14).

ou praticada hoje, a admoestação para que o indivíduo se dedique ao seu senhor como se estivesse trabalhando para Deus, e não para pessoas, aplicase aos empregados.

3.18—4.1 - Esses versículos mostram aos cristãos como fazer tudo no lar em nome do Senhor Jesus (Cl 3.17). Todos os membros da casa têm responsabilidades para com Cristo. Há três pares equilibrados de exortações: às mulheres e maridos (v. 18,19); aos filhos e pais (v.20,21) e aos servos e senhores (v.22—4.1).

O galardão da herança. A forte motivação para servir bem a alguém é encontrada no futuro galardão que Jesus concede àqueles que são fiéis nesse serviço. Normalmente, pensamos que recebemos recompensas eternas graças a práticas espirituais como leitura bíblica, oração ou evangelismo. Aqui, Paulo afirma que todo trabalho feito para a honra de Cristo trará uma recompensa eterna.

3.18,19 — Com base no tipo de vida cristã para o qual os cristãos são chamados, Paulo fornece algumas orientações práticas. Aplicações gerais como fazer o bem e amar todas as pessoas são muito difíceis de serem seguidas; por isso, o apóstolo procura aplicar verdades morais à vida diária dos colossenses (Ef 5.21—6.9). Normalmente, o lar colossense era formado por pai, mãe, filhos e servos. Paulo concede instruções a cada grupo. A primeira delas diz que as mulheres devem estar sujeitas. Sujeitar-se significa pôr-se debaixo da autoridade de outro e indica uma submissão voluntária, não uma obediência impensada. Obviamente, a submissão não denigre quem está submisso. Já a ordem ao marido é que ele ame (NVI) sua esposa (segundo Efésios 5.25, como Cristo amou a Igreja). Em sua posição de cabeça, o esposo deve procurar o bem maior de sua companheira – em vez de seu próprio bem-estar - , honrando-a e sendo atencioso com ela, não sendo amargo nem áspero. 3.20,21 — Filhos e pais também recebem admoestações do apóstolo. Os filhos devem obedecer. Porém, nem tudo deve ser tido como absoluto. Quando a verdade do Senhor e as exigências de uma pessoa entram em conflito, o filho deve obedecer a Deus. Além disso, o pai precisa ser razoável - e não arbitrário -, educando os filhos do mesmo modo que o Pai celeste o disciplina e ensina a ele. 3.22-25 — Servos, obedecei... a vosso senhor. Talvez a questão dos escravos e dos senhores pareça ultrapassada e inaplicável à sociedade moderna, mas, se considerada pela segunda vez, há princípios importantes nesta passagem. Ainda que a escravidão não possa ser oficialmente aceita

Colossenses 4 4.1 - Senhores. Paulo não se preocupa somente com os servos. Os patrões também têm o dever de não se aproveitarem dos empregados. Eles devem oferecer um salário justo, benefícios cabíveis e descanso adequado. N a sociedade contemporânea, muitos desses benefícios são exigidos por leis governamentais. Contudo, é muito melhor quando os patrões cristãos tratam bem seus funcionários por amor ao Senhor, sabendo que eles também têm um Senhor nos céus. 4.2 - Paulo encoraja os colossenses a serem diligentes na ação de graças e na oração, especialmente orando por ele e por seus colaboradores enquanto eles trabalham na propagação do evangelho. Até o apóstolo pediu intercessões de outros e precisava delas para sustentá-lo. 4.3 - Mesmo na prisão, Paulo sente a necessidade de orar a fim de que Deus abra a porta - conceda uma oportunidade para propagar o evangelho. Mistério de Cristo. As boas-novas da salvação para todos podem ser conhecidas e experimentadas somente por intermédio de Cristo. 4.4 - Para que o manifeste. A principal preocupação do apóstolo é transmitir a mensagem clara e simples.


Como me convém falar. Conforme é meu dever e me é necessário falar (1 Co 2.4; 2 Co 2.14,17). 4.5 - Andai com sabedoria para com os que estão de fora. Muitas vezes, os primeiros cristãos eram vistos com suspeita, desconfiança e desdém. Eram considerados ateus porque não adoravam os deuses de Roma e da Grécia. Muitos os rotulavam de antipatriotas por não queimarem incenso diante da imagem do imperador. Alguns os acusavam de participar de orgias pois falavam em festas de caridade (Jd 12). Outros fomentavam suspeitas de que os cristãos eram, na verdade, canibais, que comiam e bebiam do sangue e do corpo do Senhor. Com essas deturpações das crenças e das práticas cristãs proliferando-se, era muito importante que mal-entendidos fossem esclarecidos por meio da vida virtuosa e impecável dos servos de Deus. 4.6 - A vossa palavra seja sempre agradável. Cristo era repleto de graça e verdade (Jo 1.14). Da mesma forma, os cristãos devem ser bondosos, agradáveis, simpáticos e amáveis. Temperada com sal. Não insípida nem insossa, mas com sabor, com gosto. Os servos de Deus devem ter vitalidade e apresentar a marca da pureza, da salubridade e de uma perspicácia santa. Para que saibais... responder a cada um, a fim de que adaptemos a mensagem à situação e falemos de modo apropriado com cada pessoa. 4.7,8 - Tíquico era um amigo íntimo de Paulo vindo da província da Ásia. Ele havia acompanhado o apóstolo em parte de sua terceira viagem missionária. É provável que tenha entregado esta carta e respondido às perguntas sobre o estado de Paulo na prisão. 4.9 - O escravo Onésimo provavelmente acompanhou Tíquico a Colossos. A epístola de Paulo a Filemom teria sido levada junto com a carta aos Colossenses. Tratava de uma situação pessoal entre Filemom e seu escravo Onésimo; por isso, Paulo escreveu uma missiva à parte para ele. 4.10-15 - Paulo saúda diversos amigos, além de apresentar e recomendar vários que trabalham com ele. O grande afeto e o verdadeiro apreço do apóstolo por seus amados cooperadores são notórios nesses versículos. Isso deveria lembrar-nos de que ninguém é uma ilha, afinal, todos precisamos do apoio uns dos outros na obra de Deus. Aristarco, um judeu de Tessalônica,

estava viajando com Paulo desde o tumulto que ocorreu em Éfeso em sua terceira viagem missionária (At 19.29; 20.4). E óbvio que ele permaneceu com Paulo mesmo estando o apóstolo preso em Roma (At 27.2). Marcos é o autor do evangelho de Marcos. No começo de sua segunda viagem missionária, Paulo recusou-se a levá-lo com ele (At 15.37-40). E óbvio que os dois se reconciliaram, pois Paulo o recomenda aqui e em 2 Timóteo 4.11. Lucas é o autor do evangelho que leva seu nome e do livro de Atos. Acompanhou Paulo em muitas de suas viagens missionárias. Demas, mais tarde, abandonaria Paulo (2 Tm 4.10). 4.16 - Há inúmeras teorias sobre a identidade da carta de Laodiceia mencionada nesse versículo. Talvez não seja possível precisar se ela é uma das outras cartas do Novo Testamento, como 1 ou 2 Tessalonicenses ou Efésios, nem se é uma epístola perdida. 4.17 - E dizei a Arquipo. Ele é mencionado em Filemom 2 de modo a sugerir que era membro da casa de Filemom, provavelmente seu filho. Atenta significa vigia. Recebeste no Senhor. Arquipo foi chamado pelo Senhor, e é muito provável que tivesse alguma responsabilidade ministerial na igreja em Colossos. Para que o cumpras. A fim de que continue a desempenhá-lo ao máximo, a realizá-lo plenamente. Trata-se de um trabalho para toda a vida. Deus não demite Seus servos. 4.18 - Saudação de minha mão. O apóstolo ditava suas cartas a um secretário, mas, no final, tinha o costume de fazer uma saudação de próprio punho (2 Ts 2.1,2; 3.17), o que servia para personalizar e autenticar a carta.

Fonte: https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2015/09/significado-decolossenses-1.html


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