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2.5. COVID-19 E SAÚDE MENTAL: SUGESTÕES PARA FAMILIARES E DEMAIS PROFISSIONAIS

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REFERÊNCIAS

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interrompida, principalmente as que fazem uso regular de psicotrópicos. As equipes

multidisciplinares devem tentar a melhor forma de estabelecer a manutenção e a prioridade na atenção desse grupo, como os atendimentos remotos, evitando cenários de agudização e

internações. (FIOCRUZ, 2020; VIGO et al., 2020)

• Cuidados hospitalares: em caso de internação pediátrica durante a pandemia, as visitas de familiares

e a presença de acompanhante estão restringidas. O forte e prolongado estresse pode aumentar o

risco de desordens psiquiátricas. Estratégias como a construção de diários e a visita virtual garantindo

a comunicação com pais e familiares podem ajudar (LIU et al, 2020).

• Comportamento suicida: a conjuntura da crise econômica e seu imediato impacto na dinâmica

familiar, o isolamento social, a temática de morte e do adoecimento são elementos que podem se

configurar como gatilhos no espectro suicida, principalmente nos jovens com transtornos mentais.

Uma escuta ativa e um questionamento ético sobre ideação suicida e sobre autolesões devem ser

feitos na presença de problemas emocionais (REGER; STANLEY; JOINER, 2020; VIGO et al., 2020).

2.5. COVID-19 e saúde mental: sugestões para familiares e demais profissionais

Reconhecer o inédito, o difícil momento por que passamos é fundamental. Nesse período de exceção e de isolamento, a comunicação, a escuta e o acolhimento das diferentes percepções podem contribuir para

ajudar as crianças e adolescentes a compreenderem que há momentos difíceis que envolvem sofrimento;

que não estão sozinhos e que os adultos estão tomando providências possíveis.

Toda criança tem sua própria maneira de expressar emoções. Elas geralmente seguem as pistas

emocionais dos adultos importantes em suas vidas; portanto, o modo como estes respondem à crise faz diferença. É importante que os adultos procurem gerenciar suas próprias emoções. As cobranças não devem se sobrepor à tolerância e à consciência de que não será possível cumprir perfeitamente todas as atividades

(WANG et al., 2020).

Dosar quantidade e qualidade de informações é fundamental. Há risco de superexposição doméstica

a notícias gerando pressão psicológica. A conectividade atual representa vantagens no compartilhamento

de conhecimento e de estratégias. A inserção digital tem sido um importante recurso para encontros virtuais,

contribuindo com a manutenção dos laços sociais e afetivos. Embora o tempo diante de telas precise ser

observado, bem como a adequação e a qualidade do conteúdo, neste momento, há de se ter mais flexibilidade em seu uso (ORGILÉS et al, 2020; SBP, 2017).

A construção conjunta de acordos e de regras de convivência, claras e constantes, pode evitar

conflitos decorrentes de medidas restritivas. A construção de rotinas familiares é um fator protetivo e

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