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LITURGIA

n 10/02 – SEXTA-FEIRA

Cor: Branco

1ª Leitura - Gn 3,1-8

Salmo - Sl 31(32),1-2.5-7

Evangelho - Mc 7,31-37 n 11/02– SÁBADO

Cor: Verde

1ª Leitura - Gn 3,9-24

Salmo - 89(90),2-6.12-13

Evangelho - Mc 8,1-10 n 12/02 – DOMINGO

Cor: Verde

1ª Leitura - Eclo 15,16-21

Salmo - 118,1-2.4-5.17-18.33-34

2ª Leitura - Cor 2,6-10

Evangelho - Mt 5,17-37 n 13/02 – SEGUNDA-FEIRA

Cor: Verde

1ª Leitura - Gn 4,1-15.25

Salmo - 49,1.8.16bc-17.20-21

Evangelho - Mc 8,11-13 n 14/02 – TERÇA-FEIRA

Cor: Branco

1ª Leitura - Gn 6,5-8;7,1-5.10

Salmo - 28,1--4.3b.9b-10

Evangelho - Mc 8,14-21 n 15/02 – QUARTA-FEIRA

Cor: Verde

1ª Leitura - Gn 8,6-13.20-22

Salmo - Sl 115,12-15.18-19

Evangelho - Mc 8,22-26 n 16/02 – QUINTA-FEIRA

Cor: Verde

1ª Leitura - Gn 9, 1-13

Salmo - 101, 16-18.19-21.29.22-23

Evangelho - Mc 8,27-33

Setorjuventude

Dom Ant Nio De Assis Ribeiro

CARACTERÍSTICAS e sinais de liderança (parte 2)

Introdu O

Parece uma questão desnecessária, mas na verdade, os fatos que contemplamos na sociedade e na vida pastoral da Igreja nos dizem que o conceito de liderança não é bem claro para muitas pessoas. Muitas vezes, não avançamos nas bases, sobretudo no dinamismo das comunidades, pastorais, grupos e movimentos, porque carecemos de líderes.

Devido a muitos sinônimos equivocados de líder e liderança, somos convocados a aprofundar essa questão tão importante. A nem todo líder tem posição de destaque, expressividade social, reconhecimento. Por outro lado, tampouco devemos identificar liderança com poder e nem com autoridade jurídica. Há muitos que tem poder, mas carecem de liderança, bem como há autoridades reconhecidas legalmente, mas vivem na mesma situação. Enfim, liderança não é cargo, não é coordenação, não é poder, não é uma responsabilidade específica, nem atribuição delegada. Liderança não é um sujeito! Não é uma realidade que vem de fora, que depende de uma situação, nem das circunstâncias... alguém, estando desempregado, ou aposentado. A liderança é sensibilidade, ardor interior, vivacidade mental, vigor espiritual, energia pessoal, sensibilidade socioafetiva, inquietude. Tudo isso leva a pessoa do líder a ser e viver de um modo diferente. sociedade, em geral, vive atualmente, numa situação de crise de lideranças, sobretudo na área da política tanto partidária, quanto de governo. Mas a liderança vai além da política e se faz necessária em todas as dimensões da vida da sociedade.

2O que é liderança?

Liderança é, antes de tudo, a capacidade que qualifica uma pessoa, um sujeito em qualquer contexto, profissão, vocação, idade. Liderança é um dinamismo pessoal, um conjunto de habilidades, virtudes e atitudes que destaca a vida de uma pessoa no lugar onde vive com seus semelhantes. Trata-se de uma realidade existencial, interna que que anima e sensibiliza uma pessoa e não a deixa viver acomodada.

1O que não é liderança?

Muitas vezes o povo, de modo geral, identifica liderança com cargo, encargo, função, serviço de coordenação, missão recebida!

Mas será que é isso mesmo? Há pessoas que tem cargos e não são líderes; há quem tem funções e atribuições e, no entanto, não sabem liderar. Há indivíduos com sérias responsabilidades de coordenação, mas são passivas e só agem quando empurradas!

Também não devemos confundir liderança com status, pois

A liderança por ser um conjunto de virtudes e atitudes, não depende de um cargo, função, responsabilidade particular. Ninguém se torna líder por causa de um cargo, pelo contrário, é o seu caráter de liderança que o capacita a gerir responsabilidades.

A liderança é algo da pessoa e não uma realidade delegada. Ninguém delega a “liderança” a ninguém! Pode, sim, delegar um cargo, uma função, uma tarefa, atribuições. A liderança é muito mais que um serviço conferido, é um modo de ser testemunhado que depende do carisma da pessoa e do seu caráter. Os cargos são temporários, periódicos, mas a liderança nos acompanha sempre enquanto temos vida, saúde e consciência.

Dessa forma, quem é líder o será sempre e em todas as circunstâncias, também estando sem função específica conferida por

3O lugar da liderança

Muitas pessoas para justificarem seus fracassos na função de coordenar determinadas funções, quando cobradas, apelam para as condições inadequadas de trabalho, falta de colaboração, lugar inadequado, carência de incentivos, rejeição dos outros, dificuldade financeira, etc. São justificativas externas. Mas na verdade, na maioria das vezes, falta na pessoao senso de liderança. O foco das preocupações do líder são as pessoas.

Visto que liderança não depende de cargos, não vem de fora, mas é um complexo de sensibilidades, virtudes e atitudes que distinguem um sujeito e que o acompanham sempre e o seguem no dinamismo existencial, então, ela reside em sua mente (inteligência), nos olhos (visão), no coração (sentimentos), na língua

(palavras) e em seus membros (gestos, atitudes...); ou seja, em sua pessoa, e pode ser estimulada, promovida, desenvolvida. A capacidade de testemunhar liderança é fruto de conquistas, crescimento, formação pessoal. Isso não significa estudo acadêmico. Há muitas pessoas com múltiplos títulos de PhD e não são líderes! Não há exercício de liderança sem o desenvolvimento humano pessoal. Dessa forma, liderança se aprende, não se compra, não se vende, não se empresta; liderança não se aluga, não se delega, não se negocia, não se inventa, não se doa, não se transmite! Onde não há investimento no desenvolvimento das pessoas, há uma grave limitação no serviço de liderança.

4Manifestações de liderança

Quando observamos o relacionamento entre crianças, logo somos capazes de perceber o dom da liderança de alguns em relação aos seus colegas. Quem trabalha em escola, ou contextos semelhantes, percebe muito bem esse fenômeno. Há crianças que desde cedo já manifestam forte espírito de liderança: vão ao encontro das outras, conversam, envolvem, reúnem, animam, reclamam, falam, inventam, questionam, tomam decisões... São crianças desembaraçadas! tros. Nesse compromisso de atenção para com os outros, o líder testemunha e estimula atitudes como a promoção do sentido de pertença, comunhão, solidariedade, ação conjunta, corresponsabilidade, proteção, unidade, estimulando os liderados à consecução de um objetivo comum, beneficiando a todos. A liderança humanista torna-se virtuosa e se alicerça em princípios éticos como o zelo pela justiça, a paz, o respeito, etc. A liderança se manifesta através do espírito de iniciativa. O líder é uma pessoa proativa, que está sempre antenada às necessidades e age em favor dos outros, sobretudo, quando surgem situações imprevistas, dramas, ameaças, crises. O líder tem espírito de iniciativa porque é portador de uma profunda sensibilidade perceptiva. Dessa maneira, o líder é sujeito, não é um expectador da realidade que, passivamente, espera solução. Mas tendo consciência das possibilidades e recursos, dá sua contribuição para a transformação do mundo em que vive. A inquietude se revela como um importante aspecto da identidade de um líder!

O “desembaraço” é uma das primeiras manifestações da beleza da liderança! Assim sendo, a liderança se manifesta desde a mais tenra idade em nós como maneira de ser, pensar, agir, sentir a própria vida, relacionarmo-nos com os outros e buscar soluções para os problemas.

A liderança se manifesta, preliminarmente, na relação da pessoa consigo mesma!

PARA A REFLEXÃO

PESSOAL:

1O que não é liderança?

2Por que liderança não é um cargo?

3Quais outras manifestações de liderança você percebe nas pessoas com as quais convive?

Liderança: capacidade que qualifica uma pessoa

O líder é “sujeito” da própria história e não nega a sua subjetividade onde chega e dá a sua contribuição para melhoria do seu ambiente de vida e no cuidado com os outros.

O líder é um sujeito que vive internamente num barulhento solilóquio! Ou seja, em contínuo monólogo, antes do diálogo. O líder desenvolve, continuamente, a virtude da reflexibilidade.

O senso de alteridade é uma das mais significativas demonstrações de autêntica liderança. Consequentemente, liderar é cuidar dos ou-

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