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JULHO, mês do Preciosíssimo Sangue de Jesus A FONTE
Omês de julho foi estabelecido pela Igreja como o mês dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Jesus. A piedade cristã sempre manifestou, através dos séculos, especial devoção ao Sangue de Cristo derramado para a remissão dos pecados de todo o gênero humano, por ocasião da Paixão e Morte de Jesus e atravessando a história até hoje com Sua presença real no Sacramento da Eucaristia.
A fonte desta devoção está no lado aberto de Jesus na cruz, no trono glorioso, loucura para os homens e vitória para Deus: “Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água”. (Jo 19,33-34)
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Quereis conhecer o poder do Sangue de Cristo? repara de onde começou a correr e de que fonte brotou”, sugere São João Crisóstomo. Desde tempos muitos remotos, a devoção ao preciosíssimo Sangue de Jesus sempre esteve presente e floresceu cada vez mais em meio ao clero e aos fiéis, através de solenidades, preces públicas e ladainha própria, com o fim de pedir a Deus perdão dos pecados, afastar os fiéis dos justos castigos, implorar as bençãos do céu sobre os frutos da terra e prover nossas necessidades espiritu- ais e temporais.
A devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus surgiu no século passado, foi São Gaspar de Búfalo admirável propagador desta insigne devoção tendo o merecimento da aprovação da Santa Sé e por isto até hoje é conhecido como o “Apostólo do Preciosíssimo Sangue”. Foi por ordem do Papa Bento XVI que foram compostos a Missa e o ofício em honra ao Sangue de Jesus para finalmente ser estendida à Igreja Universal por decreto do Papa Pio IX.
O Papa João XXIII, cuja família desde sua infância foi fiel devota ao Preciosíssimo Sangue, também penetrou esta santa devoção, ten- do logo no início de seu pontificado escrito a Carta Apostólica Inde a Primis, a fim de promover o seu culto, conforme fez menção o Papa João Paulo II em sua
Carta Apostólica Angelus Domini, onde frisa o convite de João XXIII sobre o valor infinito daquele Sangue, do qual “uma só gota pode salvar o mundo inteiro de qualquer culpa”. Nós vos agradecemos senhor, por vosso Preciosíssimo sangue, pelo qual nós fomos salvos e preservados de todo mal. Amém!
CONGRESSO Latino-Americano dos Institutos Seculares do Brasil em SP
A Conferência Nacional dos Institutos Seculares do Brasil (CNISB) vai sediar o XIII Congresso dos Institutos Seculares da América Latina e Caribe que acontecerá em São Paulo, de 1 a 6 de agosto de 2023. O tema que vai nortear o Congresso é “Mística e Profecia na Secularidade” buscando escutar os novos apelos da América Latina e do Caribe e, ao mesmo tempo, des- cobrir novas formas de ação e fortalecimento da identidade da consagração secular. Reunindo Institutos de todo o continente latino-americano e caribenho, o Congresso terá como lema bíblico o Evangelho de São João 8, 26: “O que ouvi Dele é o que eu falo ao mundo” e será uma oportunidade de fortalecimento da identidade e missão de consagrados seculares.
Estão sendo esperados cerca de 130 participantes. Em sua décima terceira edição, desde 1975, os Institutos Seculares, reunidos nesse espaço de discussão, tem tratado de assuntos que envolvem o crescimento e expansão, bem como a divulgação da Vida Consagrada Secular e os carismas presentes na América Latina e Caribe. Nessa tradição, emerge sempre a preo- cupação de refletir sobre a identidade, missão e sobre o sentido desse estilo de consagração. Os Institutos Seculares são uma das formas de vida consagrada reconhecidas juridicamente pela Igreja através da Constituição Apostólica Provida Mater Ecclesia do Papa Pio XII em 2 de fevereiro de 1947. Seus membros, como consagrados seculares, vivem no meio do mundo,
Padre Romeu Ferreira
HOMILIA DOMINICAL
A)Texto:Mt13,24-43
24Jesus contou outra parábola à multidão:
“O reino dos céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. 25Enquanto todos dormiam, veio o inimigo, semeou joio no meio do trigo e foi embora.... Queres que vamos arrancar o joio?
29 O dono respondeu:
Não! Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo... 31Jesus contoulhes outra parábola: “O reino dos céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo...” 33Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola: “O reino dos céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado” ...
37 Jesus respondeu:
“Aquele que semeia a boa semente é o Filho do homem. 38O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao reino. O joio são os que pertencem ao maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifeiros são os anjos. O Filho do homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu reino todos os que fazem outros pecarem e os que praticam o mal; 43 Então os justos brilharão como o sol no reino de seu Pai.
“Quem tem ouvidos ouça”
B) COMENTÁRIO
O capítulo 13 do evangelho de Mateus, é pleno de parábolas. No domingo passado versava sobre o que é “a Palavra de Deus” e hoje, trata sobre o que é “o Reino de Deus” anunciado por Jesus. No texto apresentam-se três parábolas explicando o que seja o Reino de Deus.
A primeira das parábolas nos conduz à situação de Jesus no meio judaico; (os fariseus se admiravam de que Jesus não se isolasse do mundo pecador, numa comunidade à parte) e no meio da Igreja primitiva (escandalizava a muitos de que nela nem todos fossem santos). Portanto não devemos espantar-nos, pois a Igreja não é a comunidade de santos e sim, o “local de salvação”.
Ora, o tema eclesiológico indicado, está presente na parábola como o do juízo final. Entre os servos dedicados existem os impacientes, que são aqueles que querem antecipar o juízo final (v.28) e os humanos não devemos julgar as consciências por dois motivos: O primeiro, é porque Deus estabelece o tempo de julgamento e o ser humano não deve apressar, para antecipá-lo; e o segundo, porque o homem não sabe julgar o interior de alguém sem incorrer no erro, no equívoco. nas condições ordinárias da vida (secularidade) e professam os conselhos evangélicos de Pobreza, Castidade e Obediência (Con- sagração), visando transformar o mundo a partir de dentro, santificá-lo e enriquecê-lo com o Espírito do Evangelho.
A expressão: “Enquanto dormiam...” revela a nossa preguiça ou “corpo mole”, na devida ação vigorosa da evangelização. É mais fácil atribuir a satanás, do que assumir nosso descuido, ou mesmo pouco interesse na luta pelo triunfo do bem. Jesus descreve satanás, mais como instigador que como autor do mal. É mais fácil fazer o exame de consciência no outro, no inimigo, que assumir a própria culpa.
As outras duas parábolas têm um ângulo comum, que é o surpreendente contraste entre a pequenez do ponto de partida, com a grandeza do ponto de chegada. Também aponta o Reino grandioso já presente na pequena semente (o minúsculo grupo dos discípulos), e sua força já operante neste punhado de fermento. E nós, que faremos?