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PADRE ROMEU FERREIRA
HOMILIA DOMINICAL
Pai, do Filho e do Espírito Santo” (v 19).
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A mensagem está vinculada ao movimento, próprio de quem vive. Aqui tal movimento está no início e meio do texto, através do verbo “ir”, quando diz que “os discípulos foram para a Galileia...” (v 16); e logo destaca
Jesus falando: “ide e fazei discípulos meus todos os povos” (v 19).
Na vida há o moverse por si mesmo, decisão própria; e o moverse por ordem de outro.
Aqui, a ordem vem de Jesus, daquele que tem poder, toda a autoridade (v.18). E que ordena Jesus aos seus, a nós hoje? Que manda aquele que pode?
Manda: ide e fazei discípulos meus todos os povos. Não se trata de quaisquer discípulos, mas ao vê-los saibam todos que eles são de Cristo. Aqui há um desafio enorme, como discípulo de Jesus: corremos o risco de fa- lar de nossas próprias ideias em lugar das ideias do Senhor. As ideias são dele, os discípulos são dele;esta é a verdade! Jesus fala com propriedade e transparência: fazei discípulos meus. O verdadeiro discípulo de Jesus é quem não faz discípulos para si, mas para o Mestre. E Paulo nos lembra: “quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor”.
Acena Jesus: ide e ensinai – “ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei” (v 20). Logo é instrução integral: repassar tudo às novas gerações. Nada fique fora da observância, pois tudo é tudo. Aqui vem o eco na voz da mãe de Jesus, aos discípulos de seu filho com igual ideia, nas palavras: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,12). Conclui João, dizendo: “... e seus discípulos creram nele”. Maria mãe Jesus, nos leva à fé nele. Hoje o texto fala que vendo Jesus “alguns duvidaram” (v 17). A dúvida faz parte da vida do discípulo que recorre ao mestre, e ele nos toma pela mão, como fez com Pedro “homem fraco na fé, por que duvidaste?” (Mt 14,31). teticamente a Mariologia do santo encontrada no livro Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem e viabilizar uma atualização do Magistério da Igreja a respeito da consagração proposta pelo autor da obra.
“Fazei discípulos meus todos os povos”. É dever do discípulo; o missionário é enviado a multiplicar multiplicadores das ações de Jesus. Eis a missão, como outrora dissera o apóstolo Paulo: “já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).
E conclui: ide e eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo; é a “Shequiná hebraica”. Jesus ao dizer:“estarei convosco”, assevera: “eu sou Deus convosco”; é, pois o “Emanuel” do profeta (Is 7,14). Jesus é cumprimento das profecias, realização e garantia da presença divina na ação de quem é seu discípulo.
Assim, é valorizado o papel de Maria no Mistério de Cristo e da pró- pria Igreja, promovendo cada vez mais as devoções marianas na realidade eclesial, especialmente a consagração a Maria pelo método de São Luís, que oferece um ideal de santidade. Por meio da “santa escravidão”, o crente é ingressado num processo evolutivo espiritual e moral de sua fé.