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O ponto de interrogação nos provoca a uma reflexão
Dependendo da entonação (ou da pontuação) pode ser um ou outro o sentido das frases. Penso que o ponto mais adequado a estas frases não é a afirmação expressa pelo ponto final, mas sim o ponto de interrogação que nos provoca a uma reflexão. Estamos vivendo com o necessário? Sentimos falta dos outros? Somos gratos?
Temos consciência de que dependemos totalmente de Deus? Precisamos aprender.
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O Mestre Jesus nos ensina: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça
Bianca Mascarenhas
Psicóloga e formadora do Seminário São Pio X (mascarenhaspsi@yahoo.com.br)
Humanus
As dimensões do bem estar humano – 2
Iniciamos lembrando que a Constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicada em 1946, diz que a saúde é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou de enfermidade”.
É fato que já reconhecemos que vários problemas orgânicos como úlceras gástricas e intestinais, doenças da pele, diabetes e outras até mais graves, ocorrem como “respostas” a alterações como o estresse, a depressão, o medo, a ansiedade, a raiva, etc.São as chamadas doenças psicossomáticas, aquelas causadas por transtornos psicológicos e sociais. Mas, como cuidar da saúde integral?
Começamos pelos profissionais de saúde que devem entender a pessoa/paciente/cliente como o início de tudo e não a doença.
É comum profissionais que
Chiara Lubich Palavra De Vida
“Alegrai-vos, procurai a perfeição, encorajai-vos, tende um mesmo pensar, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco.”
(2Cor 13,11)
O apóstolo Paulo acompanhou com amor o desenvolvimento da comunidade cristã na cidade de Corinto, na Grécia; ele a visitou e lhe deu sustento em tempos difíceis.
A certa altura, porém, com essa Carta, Paulo teve de fazer sua própria defesa diante das acusações de outros pregadores, para os quais o seu estilo era questionável. Ele era considerado suspeito, porque não pedia retribuições pelo seu trabalho missionário; não falava de acordo com os padrões da eloquência; não se apresentava com cartas de recomendação atestando sua autoridade; proclamava que compreendia e vivia a própria fraqueza à luz do exemplo de Jesus. Mesmo assim, ao concluir a Carta, Paulo dirige aos coríntios um apelo cheio de confiança e esperança:
“Alegrai-vos, procurai a perfeição, encorajaivos, tende um mesmo pensar,vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco.”
A primeira particularidade que chama a atenção é que suas exortações são dirigidas à comunidade no seu conjunto, como um lugar em que se pode experimentar a presença de Deus. Existem as fragilidades humanas que dificultam a compreensão recíproca, a comunicação leal e sincera, a conciliação respeitosa nas diversidades de experiências e de pensamento. Mas todas podem ser remediadas pela presença do Deus da paz.
Paulo sugere alguns comportamentos concretos e coerentes com as exigências do Evangelho: visar à realização do desígnio de Deus para todos e para cada um, como irmãos e irmãs; fazer circular o mesmo amor consolador de Deus que
“reduzem” seu olhar para a doença e não para o ser humano que está ouvindo, acompanhando, acolhendo. Para entendermos isso é só lembrarmos de um atendimento recente que tenhamos passado...
Algum médico, por exemplo, já perguntou a você, leitor, em uma consulta: Você está bem hoje? Você está feliz? Ou o mais comum é perguntar: Onde está doendo?
E, ao que você conta sua dor, nós recebemos; cuidar uns dos outros, compartilhando as aspirações mais profundas; acolher-se mutuamente, oferecendo e recebendo misericórdia e perdão; estimular a confiança e a escuta.
São escolhas confiadas à nossa liberdade, que às vezes exigem de nós a coragem de sermos “sinal de contradição” diante da mentalidade reinante.
Por isso, o Apóstolo recomenda também que nos encorajemos, mutuamente, nessa lida. Para ele, o que vale é proteger e testemunhar com alegria o valor inestimável da unidade e da paz, na caridade e na verdade. Tudo, sempre, alicerçado na rocha do amor incondicional de Deus que acompanha o seu povo.
“Alegrai-vos, procurai a perfeição, encorajai-vos, tende um mesmo pensar, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco.” e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo” (Mt 6, 33). “Tudo quanto quereis que as pessoas vos façam, assim fazei-o vós também a elas, pois esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7,12). “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei” (Jo 15, 12). É a partir da Palavra de Deus que nós começamos a relacionar-nos com Ele como filhos e filhas e a viver como irmãos e irmãs entre nós. já começa, o profissional, a prescrever os exames e as medicações e pronto, atendimento feito, por vezes sem nem ao menos olhar para você... 10, 15 no máximo 20 minutos... a fila está esperando... Mas, quando nos sentimos verdadeiramente ouvidos, como pessoa, nos motivamos a procurar ajuda. É o chamado atendimento humanizado que todos queremos, precisamos e temos direito a ter.
Para viver esta Palavra de Vida, também nós devemos olhar, como fez Paulo, para o exemplo e os sentimentos de Jesus, que veio trazer-nos uma paz que só Ele tem1. É uma paz que, na verdade, “[...] não consiste só na ausência de guerras, de lutas, de divisões, de traumas […]: é plenitude de vida e de alegria, é salvação integral da pessoa, é liberdade, é fraternidade no amor entre todos os povos. [...] Mas o que fez Jesus para nos dar a ‘sua’ paz? Ele pagou em primeira pessoa.
Então, para atender ao princípio da integralidade, a saúde deve envolver fatores sociais, financeiros, intelectuais, ocupacionais, culturais, políticos, econômicos, ambientais, comportamentais, biológicos e espirituais e, ao reconhecer a influência desses fa-
[...] Ele se colocou no meio dosr ivais, arcou com os ódios e as separações, derrubou os muros que separavam os povos.2 […]
A construção da paz exige também de nós um amor forte, capaz de amar até mesmo aqueles que não retribuem, capaz de perdoar, de superar a categoria do inimigo, capaz de amar a pátria alheia como a própria.
[...] Além disso, exige de nós coração e olhos novos para amar e ver em cada pessoa um candidato à fraternidade universal.
[…] ‘O mal nasce do coração do homem’, escrevia Igino Giordani3, e ‘para remover o perigo da guerra é preciso remover o espírito de agressão, de exploração, de egoísmo, do qual provém a guerra: é preciso reconstruir uma consciência’4”5
Bonita Park é um bairro de Hartswater, pequena cidade agrícola na África do Sul. Ali, assim como no resto do país, persistem os efeitos herdados do regime do Apartheid, sobretudo no âmbito da educação: os resultados acadêmicos dos jovens pertencentes aos grupos negros e mestiços são muito inferiores aos dos outros grupos étnicos, como conseqüente risco de marginalização social.
O projeto “The Bridge” (“A Ponte”) nasceu para criar uma mediação entre os diferentes grupos étnicos do bairro, superando as distâncias e as diferenças culturais com a criação de um programa letivo no tores, estamos mais preparados para prevenir doenças e para promover saúde, afinal, o equilíbrio do ser humano depende de vários aspectos da vida, que devem estar em harmonia para uma existência plena e realizada. Por isso, a definição de um indivíduo saudável depende de uma análise da saúde integral, com todas as suas necessidades e particularidades. contraturno escolar e a abertura de um pequeno espaço comum, como ponto de encontro entre culturas diferentes, para crianças e adolescentes. A comunidade demonstra uma grande vontade de trabalhar em conjunto: na hora de fabricarem as carteiras escolares, Carlos ofereceu sua velha caminhonete para buscar a madeira; o diretor de uma escola das proximidades ofereceu estantes, cadernos e livros, enquanto que a Igreja Reformada Holandesa doou cinqüenta cadeiras. Cada um tem feito a sua parte para que essa ponte entre culturas e etnias se torne cada dia mais forte.6
Observe-se e reflita: hoje, lendo essa Coluna, você consegue se ver em equilíbrio, leitor? Olhando para todos os fatores que envolvem a saúde, você pode se considerar em harmonia? Ou há alguma(s) área(s) que talvez necessite(m) de maior cuidado e atenção? Até a próxima!
Org.: LETIZIA MAGRI i com a Comissão da Palavra de Vida
1Cf. Jo 14,27.
2Cf. Ef 2, 14-18.
3Igino Giordani (1894-1980), escritor e político italiano, cofundador do Movimento dos Focolares.
4GIORDANI,Igino, L’inutilità della guerra. Roma: Città Nuova 20032,p.111.
5LUBICH, Chiara, A paz que é fraternidade. Palavra de Vida, janeiro de 2004.
6Cf.:https://www.unitedworldproject.org/workshop/sudafrica-un-ponte-tra-culture;Spazio famiglia, marzo 2019, pp.10-13.
Celebramos com grande alegria, fruto do Espírito, a Solenidade de Pentecostes. Nossa Igreja olha para frente e para o alto, como desejamos meditar e rezar na Grande Vigília, preparada com carinho por tantas pessoas que a ela se dedicaram. No Pentecostes, a Igreja saiu à vida pública, começando pelas ruas e praças de Jerusalém, destinando-se a alcançar os confins da terra, segundo o mandato do Senhor.
A Igreja parte do Cenáculo, onde se encontra em oração, meditação e louvor constante, como nos faz cantar “Pelas estradas da vida”, na certeza de que Santa Maria, Mãe de Jesus, Nossa Senhora de Pentecostes, vai co-
Dom Alberto Taveira Corr A
nhar, sabemos todos que abrimos caminho e outros nos seguirão! Tamanha coragem só se torna possível com a ação do Espírito Santo prometido e derramado sobre a Igreja. Para fazer navegar a Barca da Igreja pelas águas revoltas do mundo, ou voar em meio a ventos contrários, é necessário que se renove a acolhida do dom maior, o Espírito Santo, que faz as velas desse barco singrarem as águas e suscita voos cada vez mais audazes e corajosos. Recordemos que todos fomos feitos morada de Deus, e em nós habita seu Espírito Santo, desde a graça da Iniciação Cristã, Batismo, Crisma e Eucaristia, quando fomos inseridos de forma indestrutível no Corpo Místico de Cristo. Condição para participarmos desta Obra magnífica de Deus é a docilidade, prontidão para ouvir o sopro do Espírito que age em nossa consciência.