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Projeto acolhe mulheres vítimas de violência doméstica
from Foca Livre 227
by Foca Livre
Camilasouza
Conforme dados apresenta‐dos pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP), a cada hora, seis mulheres sofrem vio‐lência física ou psicológica no Paraná. Foram mais de 28 mil casos desse tipo de violência re‐gistrados somente nos primeiros meses de 2022 De acordo com dados disponibilizados pelo Tri‐bunal de Justiça do Paraná, hou‐ve aumento no pedido de medi‐das protetivas de urgência no mesmo período, totalizando mais de 20 mil solicitações
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Tendo em vista o aumento do número de vítimas que precisam de ajuda, o Estado criou o Nú‐cleo Maria da Penha (NUMAPE), que, em parceria com as univer‐sidades públicas de cidades co‐mo Londrina, Maringá e Ponta Grossa, presta atendimento jurí‐dico e psicológico gratuito à mu‐lheres com renda de até três sa‐lários mínimos Entre seus obje‐tivos, visa informar sobre os ti‐pos de violências existentes e como a mulher pode identificá‐los. Alguns dos serviços oferta‐dos são: divórcio, reconheci‐ mento e dissolução de união es‐tável, regulamentação da guarda dos filhos, partilha de bens e pensão alimentícia
O projeto também busca prestar um atendimento humanizado, con‐forme conta a assistente social do NUMAPE‐UEPG, Adrielly Vieira: “A gente privilegia prestar atendimen‐tos agendados, porque a mulher precisa contar, chorar, desabafar Entendemos a mulher em toda a complexidade da vida dela e busca‐mos dar esse atendimento digno a ela, pois sabemos que muitas mu‐lheres desistem de denunciar por nãoterumatendimentoacolhedor”, afirma. Segundo a assistente social, a violência doméstica não parte so‐mente do marido ou namorado, ela pode vir através de qualquer pessoa quetenhavínculoafetivocomamu‐lher,sejasogro,irmãosoupais
Existem diversos tipos de vio‐lência. A advogada do NUMAPE‐UEPG, Camila Franzo, conta que a violência não parte somente de agressões físicas ou xingamentos “Registramos praticamente todos os tipos de violência aqui Tem aquele tipo de violência em que a mulher é impedida de acessar a sua conta bancária, também há casos que o agressor quebra obje‐toseatémesmorasgaasroupasda vítima”,afirmaCamila
Os tipos de violência mais regis‐trados no NUMAPE são a violência psicológica (93% dos casos), física (63,1%), moral (61,5%), e violência patrimonial (55,6%). Conforme o banco de dados dos atendimentos, das mulheres que buscam os servi‐çosdainstituição,54%seautodecla‐raram brancas e 28,9% se declara‐ram pardas, negras são 9,6% e 1,1% indígenas Das mulheres que busca‐ram pelo NUMAPE, 40,6% estão de‐sempregadas ou estão em situação de dependência financeira do mari‐do. A faixa etária que mais buscou ajuda foram mulheres de 36 a 40 anos (15%), seguido por 26 a 30 anos (14%), embora já tenham sido realizados atendimentos para mu‐lheres menores de 18 anos e de 60 anosoumais
As demandas para esses aten‐dimentos chegam em sua maioria por meio de encaminhamentos de advogados e delegacias, mas também parte de hospitais, con‐forme conta a assistente social Adrielly Ela considera que essas parcerias com órgãos públicos fortalecem a intersetorialidade do município: “As demandas tam‐bém chegam através dos hospi‐tais, inclusive agora estamos com um pedido da UPA Santana Essas parcerias com esses órgãos públi‐cos facilitam o acesso a esses ti‐posdecasos”,declara
Comobuscarajuda
Caso alguém sofra ou presencie alguma situação de violência do‐méstica, pode ligar gratuitamente para a Polícia Militar no telefone 190 Uma viatura se deslocará até o local e oferecerá suporte à vítima. Para ajudar outra pessoa ou prestar denúncias posteriores, basta telefo‐narparaaCentraldeAtendimentoà Mulher, nos números 180 ou 181 O serviço escuta e fornece uma aco‐lhida qualificada para essas vítimas, além de encaminhar denúncias de violênciaaosórgãoscompetentes JáoNúcleoMariadaPenhaaten‐de nas redes sociais e também no WhatsApp através do número (42) 99929‐2600, além de oferecer escla‐recimentos presenciais para poste‐riores agendamentos O NUMAPE‐UEPGatendenoprédiodoNúcleode Práticas Jurídicas (NPJ) localizado na RuaMariaRitaPerpétuadaCruz,nú‐mero111,atrásdaArenaMultiuso