Foi à Feira #1

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Ilustração: Juliana Colli


INTRO

Jogamos tinta na parede. Dois anos de procura; mistura das texturas que pudessem traduzir um sentimento de expressão; nossas vontades estão aqui impressas – faz tempo que deixaram de ser intenções. Palavras, imagens e barreiras de som que nos atravessam a cabeça. O fone de ouvido sintoniza as histórias narradas nas próximas páginas; permite que ruídos se propaguem pelo que sobrou da mistura de linguagens. Não dizemos que aqui estão todas as intenções, mas o que sobrou da vontade de imprimir em páginas anos de motivação, a escrita dos nossos passos pela universidade, a conversa fiada, muito café. Tempo que desaguou nos cinco meses em que tivemos que dar conta de um edital de Núcleo de Criação do Programa Rede Cultura Jovem para grampear o Foi à Feira. O produto dessas divagações - perspectiva de caracteres e pixels, nosso futuro em uma mancha gráfica. É o que você pode acompanhar nas páginas foiafeira.com e @foiafeira. A barraca está armada! (brinks!)


Júlio Coelho, categórico, 7 de dezembro de 2033.

rer, sabe? Eram bons demais pra durar muito tempo.

A Fora do Ouvido era o tipo de banda que nasce pra mor-

por Rafael Abreu

Se bobear, a vocalista nem tinha tre-

pado ainda, quando o grupo começou.

Era tudo menino de ensino médio, a

maioria achando que sabia muito de

arte, música, o diabo a quatro. Arro-

gantes, mas acontece. Tem coisa pior

que adolescente humilde? Iam acabar

fazendo música de igreja. Um tédio só.

Frederico Domingues, ateu,

13 de março de 2035.

Não tenho a mínima idéia de quem foram, mas

escreveram em algum lugar que eles definiram

a minha geração.

Lázaro Pacheco, rápido, 15 de junho de 2035.

comentário sobre a discografia relançada da banda em questão.

Diego Barata, duas estrelas, no máximo, 17 de setembro de 2037, em

buns importantíssimos deles eram e são cópias, masturbação sonora.

do Fora do Ouvido era que aquilo tudo já tinha sido feito. Os três ál-

jando naquele cara falando “number nine” o tempo inteiro? O problema

Ou vai dizer que alguém coloca “Revolution 9” no repeat e fica via-

tranhos e tudo mais. Até os Beatles têm uma faixa impossível de ouvir.

e chegam a lugar nenhum. E não é porque eles fossem alemães e es-

a parte do álbum que são só uns ruídos metálicos que partem do nada

super avançado, super super. Mas ninguém tem saco pra ficar ouvindo

primeiro disco, capa branca? Pois é. Super importante, super influente,

do os discos deles de cabo a rabo mais que uma vez. Sabe o “Neu!”,

misturavam no próprio som. Não encontrei um imbecil que tenha ouvi-

Eles pegavam tudo que a maioria da gente nunca tinha ouvido falar e

perimentação era, na verdade. Tinha mais a ver com visibilidade, sabe?

dade de mil bandas, mas foi mais pela “experimentação”, que nem ex-

percebe? Tá que eles influenciaram muita gente, tão diluídos na sonori-

modinha que vem que nem brisa e nunca chega a ser vento forte,

Uma bosta. Uma completa e superestimada bosta. Eram a cara daquela


Fernando Cardoso, sintético, 18 de julho de 2037.

aparecia. Mesmo assim, eles eram geniais.

eriçavam exatamente quando esse tipo de coisa

ta nenhum passava ileso pelos mil radares que se

que tivesse ali, a verdade era que costume ou artis-

os oportunistas. Independente de qualquer racha

parte. Ou seja: de um lado os ingênuos e do outro

pra ser normal”. Não todos – óbvio – mas grande

os “contracultos” só eram um povo “legal demais

sim mesmo, como se não tivessem entendido que

naquele tempo eles pensavam em contracultura as-

deles tivesse que ser um movimento. Imagine só,

muito chato de consciência, como se a música

Um deles, não me lembro quem, tinha um papo

Leila Aldé, entendiada, 20 de outubro de 2036.

comum, mas diferente.

nem entediasse o público. O negócio era ser normal, mas esquisito,

Fora do Ouvido tinha que ter, enfim, alguma coisa que nem ofendesse

mundo achar que era só uma brincadeira. Ou uma ilusão de ótica. O

daquela época era ser só um pouquinho bizarro, exatamente pra todo

ca musical de “faça você mesmo” com muito interesse. O esquema

tinha feito isso há um tempão e ninguém mais encarava uma políti-

Bem, não dava pra ser extremamente estranho. O pessoal punk já

ilustração: Saulo Pratti

Não sei bem o estilo de som que eles faziam. Só lembro

da Mônica trazendo um povo meio estranho pra garagem

lá de casa e gravando uns demos que eu nunca ouvi. De

vez em quando, depois dos ensaios, ela conversava com

a gente, falando que eles tavam fazendo uma coisa inova-

dora, diferente, o papai dizendo no ato que as vanguardas

já tinham. Ele gostava de arte. Vivia comprando aquelas

coleções da Folha e d’O Globo que comentavam os ar-

tistas famosos e tal. Chato era quando teimava que, por

causa disso, ele fosse mais que um dentista que tinha uma

noção rasteira de arte e um pouquinho mais de conheci-

mentos gerais que a gente. E é claro que a Mônica ficava

puta, mas não dizia.

Rodrigo Vieira, sóbrio, na cozinha de sua casa,

13 de março de 2034.


Desculpe, Eduardo, mas não tenho muito contato com ninguém daquela época. Queria ajudar com a sua pesquisa, mas vou viajar amanhã e só volto daqui a duas semanas. Tenho certeza que se você ligar pro Murilo, ele fala com você sem problemas: o telefone dele é 3227 9750. Atenciosamente, Caio Bizo. De: caiobizo@yahoo.com.br, esquecido, Para: eduardofrasao@hotmail.com, desinformado, 15 de agosto de 2035.

Todo mundo morto ou de-

Calmaí, meu filho, que não tô te ouvindo direito. [...] Por que a

saparecido. Não desapa-

banda acabou? Ah, porque a gente cansou de tocar só por to-

recido desaparecido. Per-

car. Ganhar boas críticas e ser chamado de promessa era até

dido por aí, no anonimato.

legal, mas não dava pra viver daquilo. Ninguém ali compunha

Renato Guimarães, embria-

compulsivamente, ninguém acreditava muito em inspiração,

gado, bar do Cláudio, 31 de

entende? Foi por isso que, ao contrário dos mil grupos que

dezembro de 2037.

surgiam o tempo inteiro, o Fora do Ouvido começou sério. Podia até parecer que a gente fosse um pouco desleixado, de adolescentes metidos num terno, bem executivos, bem monocromáticos. Garotos de negócio. Por isso que o Caio se vestia daquele jeito, era uma piada interna que a gente tinha. Mariana Torres, espirituosa, 17 de novembro de 2035.

ting, seriam excelentes. Não é à toa que hoje eles são essenciais.

conhecido”. Dava pra ver que, com um pouquinho mais de marke-

e discutíveis. Pararam no terceiro, ficaram no “bom, mas des-

obra-prima lá pelo quarto disco e morrerem datados, ridículos

po de serem ingênuos e excitantes, no início, lançarem uma

É claro que eles tinham que começar novos, querido. Aí dava tem-

mas por baixo daquele visual excêntrico nós não passávamos

Sabe a história de que a gente tocava samples ao vivo, nos nossos shows? Então – era manobra. A gente não acreditava naquele papo de crise de originalidade, de morte do autor. O que a gente queria era pegar uma coisa meio morta, que tava mais pro lado de “recorte e cole”, e refazer de um jeito que parecesse virtuosismo musical. Fora a questão que era ter um projeto multimídia, com a música como destaque: aquilo não era novo. Desconhecido, sim. Não novo. O negócio é que, depois de um tempo, todo o trabalho de criar a banda não dava em nada. O que eu quero dizer é que a gente acabou mesmo porque o grupo não era rentável. A nossa intenção era mais ganhar notoriedade e dinheiro que fazer música boa, e parece que a primeira parte a gente conseguiu. Afinal, você me ligou, não é? Júlia Diniz, desencantada e desfeita, 12 de agosto de 2032.





fotografia: Paola Lougon Pasolini | produção e maquiagem: Luisa Mollo Joanna Ardisson | modelo: Sarah Vervloet



SemSom

imploro a surdez conserve minha lucidez

texto: Lívia Corbellari | ilustração: Pauto Prot


Ilustração: Camila Torres


ilustracao aline

fotografia: Marianna Schmidt | texto e ilustração: Aline Manente


ilustracao aline


Para a astrologia, Sérgio Sampaio é o ariano redimido de sua impulsividade depois quis,mas, mas aparentemente, de dar muitas cabeçadas em vida. Sempre soube o que quis sempre quis a coisa errada e por isso é o exemplar perfeito de artista falido. FoiaFeira Ressuscitado pela nova ordem musical capixaba, o Foi à Feiraresolveu resolveuabrir abriruma uma sessão descarrego para Sérgio dar seu parecer.

Por Por que que você você não não deu deu certo? certo? Acha Acha que que faltou faltou

Mas Masnão nãoexiste existeum umcerto certocharme charme

beleza, rostinho bonito, comporta- em beleza, serser umum rostinho bonito, umum serser comportaemser serum um“maldito” “maldito”dadaMPB? MPB?VêVêo o do? Tenho certeza, não nada disso. Caetano do? Tenho certeza, não foifoi nada disso. Caetano eraera Macalé, Macalé,tira tiradedeletra... letra...Que Quecharme charmeo o é feio caramba e olha aí... acabou aclamado e ée feio prapra caramba e olha aí... acabou aclamado

quê!É Élegal legalver veruns unsmeninos meninoscantando cantando quê!

sido exilado. que aconteceu comigo porpor terter sido exilado. OO que aconteceu comigo é é

umamúsica músicasua suaem emcada cadaesquina esquinae e uma

a praga Janeiro... 1978, a praga dede terter idoido propro RioRio dede Janeiro... emem 1978,

saberque quevocê vocênão nãotem temdinheiro dinheiropra pra saber

gato preto cruzou o meu caminho. umum gato preto cruzou o meu caminho. Ah,Ah, sese eueu

comprarcafé cafénonooutro outrodia? dia?AAgente gente comprar

tivesse Brasília seria bem mais feliz, tivesse idoido prapra Brasília seria bem mais feliz, ia ia terter

meninofazer fazerfama famacom comasas sósóvêvêmenino

conhecido o Renato Russo e impedir que o Dinho conhecido o Renato Russo e impedir que o Dinho

músicasdos dosoutros, outros,vem vemcom comaquela aquela músicas

Ouro Preto avacalhasse com suas letras. Ouro Preto avacalhasse com asas suas letras.

históriadedemúsicas músicasraras, raras,dedeque quetátá história


resgatando a cultura e etc. Compor que é bom nin- Como Como a sua estadia Bahia? resgatando a cultura e etc. Compor que é bom ninfoifoi a sua estadia nana Bahia? guém quer mais. pelo menos deles pagasse Dizem Dizem que você largou drogas, guém quer mais. SeSe pelo menos umum deles pagasse que você largou asas drogas, minha conta boteco, sim, seria massa. minha conta nono boteco, aí aí sim, seria massa. Mas você também nunca conseguiu levar uma Mas você também nunca conseguiu levar uma vida compositor profissional, a ponto vida dede compositor profissional, a ponto dede ganhar dinheiro e tudo o mais... Músico que ganhar dinheiro e tudo o mais... Músico que ganha dinheiro Brasil compositor ganha dinheiro nono Brasil sósó sese forfor compositor dede jingles... olha,sinceramente sinceramente quero uma cruz jingles... E, E, olha, quero uma cruz dada grã-ordem kavernista cravada meu peito antes grã-ordem kavernista cravada nono meu peito antes que ouvir minhas músicas idiotas a cada vez dede terter que ouvir minhas músicas idiotas a cada vez que o Faustão para o comercial. que o Faustão forfor para o comercial.

mudou vida... é verdade? que mudou dede vida... é verdade? OO que aconteceu é que entendi todo aconteceu é que eueu entendi todo aquele papo sobre a Sociedade Alteraquele papo sobre a Sociedade Alternativa... arrumei uma mulher que bebe nativa... arrumei uma mulher que bebe mais uísqueque queeu, eu,não nãoliga liganem nemum um mais whisky pouco pro meu corte cabelo e que pouco pro meu corte dede cabelo e que ainda ensinar a jogar capoeira ainda vaivai meme ensinar a jogar capoeira qualquer dia... não. qualquer qualquer dia... ouou não. DeDe qualquer jeito, fiquei subnutrição por muito jeito, fiquei nana subnutrição por muito

tempo praticar exercícios físicos tempo prapra praticar exercícios físicos E você tem músicas idiotas? claro que tenho! agora. E você tem músicas idiotas? Ah,Ah, claro que tenho! agora. Mas quem sabe fico Mas quem sabe umum diadia eueu fico Todos nós, compositores, temos! ImaTodos nós, osos compositores, asas temos! Imasarado? sarado? gina, Beatles fizeram a música mais idiota gina, osos Beatles fizeram a música mais idiota dodo mundo quando compuseram “Ob-la-di, mundo quando compuseram “Obla di OblaOb-la-da”. dá”. E E ainda gente é harmonicamenainda tem tem gente que que achaacha que que é harmonicamente te perfeito! Rapaz, tão revoltado quando perfeito! Rapaz, fiqueifiquei tão revoltado quando li issoli isso atétuberculoso... fiquei tuberculoso... foi o cigarro que atéque fiquei ou foi ooucigarro ea e a cachaça, tantoMas faz.teve Masláteve suas coisas cachaça, tanto faz. suaslá coisas boas... boas... a vez primeira vezpra que CTI eu“Que compus a primeira que fui CTIfuieupro compus “Que Loucura!”. Agoraesperando estou esperando alguém Loucura!”. Agora estou alguém dizer dizer que ée genial e aífinalmente vamos finalmente lançar que é genial aí vamos lançar um LP um LPvai que vaiuma serbrasa. uma brasa. que ser Falando ‘brasa’, você tentou compor para Falando emem ‘brasa’, você atéaté tentou compor para o Robertão. Por que não deu certo? Aquele filho o Robertão. Por que não deu certo? Aquele filho mãe ainda teve coragem procurar dada mãe ainda teve coragem dede meme procurar prapra compor “bloco à la jovem guarda” ele. compor umum “bloco à la jovem guarda” prapra ele. Compus blocode- cimento de cimento, desta Compus umum bloco, desta vez,vez p - para ara atirar janela casa dele, que ficava a uns 300 atirar nana janela dada casa dele, que ficava a uns 300 metros minha. Fulica, que meu vizinho metros dada minha. Fulica, que eraera meu vizinho dede longa data, dizia que pecado acabar longa data, dizia que eraera umum pecado acabar nana concretude das letras Roberto... concretude das letras dodo Roberto...

Que tipo musica você tem escutaQue tipo dede musica você tem escutaultimamente? Meu sobrinho mais dodo ultimamente? Meu sobrinho mais novo - ele tem anos - andou novo - ele tem 1414 anos - andou meme mostrando umas coisas novas, meio mostrando umas coisas novas, meio coloridas... pedi umas dicas algo coloridas... eueu pedi umas dicas dede algo meio depressivo e vanguardista meio depressivo e vanguardista nana contracultura hoje dia, sabe contracultura dede hoje emem dia, sabe c


“Desde a década deera 70do que eu já estou na compartilhamento” com como é, né, é, né, a gente a gente precisa precisa sese atualizar. atualizar.Ele Elediz dizque que

quevocê vocêtem temfeito feitoem emtodos todosesses esses OOque

quetem temdedemais maismoderno modernoe emais maisrebelde rebeldehoje hoje é éo oque

anosdedeostracismo? ostracismo?Eu Eutotôtentando tentando anos

emdia. dia.Raulzito, Raulzito,que queé épra pramim mimo orebelde rebeldemaior, maior, em

mededicar dedicarmais maisàsàsartes artesplásticas, plásticas, me

imensamentemonocromático... monocromático...não nãoentendi entendi é éimensamente

umacoisa coisaque queeueujájátinha tinhavontade vontadedede uma

certoa apoesia poesiadas dascores. cores.Cor Cordemais demaisofusca ofusca aoaocerto

fazerháhámuito muitotempo. tempo.Pra Pramim mimum umararfazer

meusolhos, olhos,não nãoque queeueuesteja estejasempre sempresóbrio sóbrio ososmeus

tistatem temque queser sercompleto, completo,sabe? sabe?Tem Tem tista

paraprestar prestaratenção, atenção,mas... mas...como comoé éque queeueuposso posso para

queentender entendera aArte Artecomo comoum umtodo... todo... que

sentarnum numboteco botecoe etomar tomarpinga pingaouvindo ouvindofalsete falsetee e sentar

algunsquadros quadrosaqui aquinanacomunicomuniJáJáfizfizalguns

autotune? tune?Não Nãodá... dá... auto

dadedodoCemitério CemitériododoCaju Cajuque queforam foram dade

rataria,asasvendas vendasdedediscos discoscaíram caíramsignificativasignificativarataria, mentee emuitos muitosartistas artistasforam forama àfalência. falência.Como Como mente vocêencara encaraessa essasituação? situação? você

muitoaplaudidos, aplaudidos,apesar apesardedenão nãoter ter muito vendidoquase quasenada. nada.Acho Achoque queé éum um vendido carma,mas mastudo tudobem, bem,eueutotôacostuacostucarma, mado.Também Tambémtotôquerendo querendoinvestir investirno mado. no meu potencial de escritor... já temeu potencial de escritor... já tenho

Numaótima! ótima!Eu Eunasci nascifalido! falido!Pior Piornão nãodádápra praficar. ficar. Numa

nho um pro títulomeu proromance meu romance até umaté título “Eu

atéfaz fazparte partedodomeu meuestilo estilo“artista “artistamarginal” marginal” EEaté

“Euaquele sou aquele que disse”... é sobre sou que disse”... é sobre um

nãovender vendermuitos muitosdiscos, discos,não nãoganhar ganharmuito muito não

um músico profeta é renegado músico profeta que éque renegado três

dinheiro.Até Atévirei vireivegetariano vegetarianopra praeconomizar economizarnos nos dinheiro.

três vezes antesdedeser ser santificado. veze s antes santificado.

gastosdedecasa. casa.EEacho achoque quetem temuma umareal realbeleza beleza gastos emcompartilhar... compartilhar...Quer Querdizer, dizer,desde desdea adécada décadadede em queeueujájáestou estounanaera eradodocompartilhamento. compartilhamento. 7070que compartilhamentoaoaovivo. vivo.Em Emcada cadabar barque queeueu OOcompartilhamento pareipra pratomar tomaruma umapinga pingaeueudeixei deixeiuma umacanção, canção, parei umahomenagem homenagemaoaogarçom garçomque queme mearrumava arrumava uma umquartinho quartinhonos nosfundos... fundos...acho achoque quemúsica músicaboa boa um boapra pratudo. tudo.As Asvezes vezeseueulembro lembrodadaAngélica, Angélica, é éboa umatravesti travestique quedividiu dividiuquarto quartocomigo comigoem em7171que que uma diziaque quea aminha minhamúsica músicaera eraboa boadedeescutar escutarenendizia quantoela elatrabalhava... trabalhava...por porisso issosempre sempreme mepedia pedia quanto pratocar tocaruma umapra praela. ela. pra

Vocêestá estánuma numafase fasedederevalorização revalorização Você enquantoartista. artista.Como Comovocê vocêenxerga enxerga enquanto essa“onda “ondasampaiófila”? sampaiófila”?SinceraSinceraessa mente,acho achoum umtédio. tédio.Mas Masque quesese mente, fazer?Só Sóespero esperoque quecontinue continue háhádedefazer? rendendodireitos direitosautorais... autorais... rendendo

texto: Carol Ruas | ilustração: Juliana Lisboa

Hojeem emdia, dia,com comososdownloads downloadsem emmp3 mp3e ea apipiHoje





Criação coletiva produzida na Tábua de Carne (coletivo Foi à Feira + grupo Cronópio).





texto: Haroldo Lima | ilustração: Juliana Colli e Rayza Mucunã


fotografia: IzaĂ­as Buson


ilustração: Thiago Sales






ilustração: Priscilla Martins



Ilustração: Juliana Lisboa

Este desenho fez parte de uma intervenção urbana com lambe-lambes em Olinda, Recife e Vitória. (set/out 2010)


fotografia e criação: Jorge Pena


COLABORADORES DO FOIÀFEIRA#1 Cristiano Rezende: estuda Design Gráfico,

Paulo Prot: designer free lancer, músico e

tem interesse em revistas, fotos e moda.

surdo de um ouvido. Curte tipografia, ilustração

Izaias Buson: estudante de Comunicação Social da Ufes, adora andar de bicicleta. Joanna Ardisson: faz Design de Moda, gosta

e música instrumental. Priscilla Martins a.k.a. catastrophize: designer, notívaga e tia. movida a café e metáforas.

de tudo quanto é novidade sobre maquiagem

Rafael Abreu: aspirante a jornalista cuja

e música pop.

necessidade básica (além de comer e dormir) é

João Oliveira: estuda Publicidade e faz alguns quadrinhos nas horas vagas. Jorge Pena: designer gráfico e fotógrafo. Juliana Tinoco: graduanda em Jornalismo. Apaixonada por comunicação visual e aspirante a designer. Lívia Corbellari: faz Jornalismo, interessa-se por literatura e é colaboradora da @revistagraciano

ouvir música. Escreve para o bloodypop.com. Sarah Vervloet: faz Letras e Relações Internacionais, se amarra em Literatura Brasileira e Literatura Fantástica. Thairo Pandolfi: ex engenheiro e aspirante a arquiteto, arrisca numas fotos de fim de semana. Thiago Sales: pesquisador de relações de frequências, tocando guitarra e aplicando design; iluminador cênico e ilustrador.

Luisa Mollo: faz Design Gráfico, Moda e curso de maquiagem. Participa do blogue

REVISÃO

mulamula.com.br.

Joyce Castello: estudante de Jornalismo,

Manoel Ricardo: estuda design, gosta de

mantém o blogue pedecarona.wordpress.com.

desenhar e tocar contrabaixo. Escreve para

Rodolpho Paixão: conterrâneo de Zé Mayer,

o blogue sobre HQs acabandoaquartafeira.

estuda Jornalismo e participa do Observatório

wordpress.com

da Mídia Regional.

Marianna Schmidt: estuda design e fotografia, não sabe desenhar. Nathália Vargas: graduanda em artes plásticas, gosta de fazer ilustrações e colagens. Paola Lougon Pasolini: faz Design Gráfico, se formou em fotografia, escreve para o blogue de besteirices Mulamula junto de Luisa Mollo.

Naturalmente, existem muitas digitais perdidas entre as páginas deste zine - mãos que deixaram traços e qualidades indissociáveis ao objeto que você tem agora . À todos que acompanharam, de perto ou de longe, o nosso processo criativo e que não couberam em duas ou três linhas de descrição, agradecemos por todos os palpites, críticas e toda e qualquer palavra de incentivo.


EXPEDIENTE

COLETIVO FOIÀFEIRA

Todos os textos, ilustrações, colagens

ALINE MANENTE_ alinemanente@gmail.com

e experimentações são fruto de

Estuda Design Gráfico e Moda. Ouve Florence and the

colaborações entre os membros

Machine pra se exorcizar nas madrugadas enquanto devora

do Coletivo e os colaboradores que

uma barra de chocolate ao leite e surta no Facebook.

toparam doar um tanto de criatividade

CAMILA TORRES_ camila.lombardi@gmail.com

e compartilhar experiências para que

Designer que, enquanto rolam playlists, emite sua própria

o Foi à Feira pudesse ser publicado.

trilha onomatopaica.

Contato: foiafeira@gmail.com

CAROL RUAS_ carolina.ruasp@gmail.com

O Foi à Feira é uma publicação do

Escuta Mestres da Guitarrada nos domingos em que pensa

Coletivo Foi à Feira – contemplada

em amazônia, xamãs, caboclos, tucupis, bebe cachaça e

pelo edital de Núcleo de Criação

come sururu debaixo de um sol de rachar.

do Programa Rede Cultura Jovem,

HAROLDO LIMA_ haroldolia@gmail.com

2009/2010.

Faz do Gal Fa-Tal a oração da manhã de sábado - a proposta de recomeço que todo fim de noite de sexta pede. JULIANA COLLI_ contato@juuz.com.br Bolotas, designer e malabarista. Costuma estourar os tímpanos com Daft Punk para potencializar trabalhos mecânicos nas segundas, pela manhã. JULIANA LISBOA_ contato@juuz.com.br Para ouvir com um fanzine e uma limonada sem açúcar na

Programa Rede Cultura Jovem

mão, Foge Foge Bandido! RAYZA MUCUNÃ_ rayzamucuna@gmail.com Gosta de ouvir Funeral do Arcade Fire imaginando estar dentro de Edward Mãos de Tesoura fazendo esculturas de gelo e maquiando o Johnny Depp. SAULO PRATTI_ sppratti@gmail.com Designer, curioso, zen e esquecido; ouve Bryter Layer só com a lâmpada do abajur acesa enquanto o mundo inteiro acaba lá fora.

Impressão: Gráfica Jep | Tiragem: 1000 exemplares | Vitória, maio/novembro de 2010 | www.foiafeira.com


Xepa em:

ilustração: Manoel Ricardo



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