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JULHO2014

DIOCESEEMFOCO

Comunicadores diocesanos se preparam para o 4º Encontro Nacional da PASCOM em Aparecida-SP No dia 28 de junho, sábado, às 9h, no Centro pastoral paroquial São Miguel em Guanhães (MG), estiveram reunidas as pessoas que irão participar do 4º Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação, em Aparecida – São Paulo, nos dias 24 a 27 de julho de 2014. O encontro iniciou com oração e apresentação dos participantes. Após as apresentações fizeram um pequeno estudo sobre o tema do 4º Encontro: “Comunicação, desafios e possibilidades para evangelizar na era da cultura”. E por fim, passaram algumas comunicações e orientações sobre a viagem e encontro em Aparecida. Estiveram presentes as seguintes pessoas: Salete, Lafaiete – Santa Maria do Suaçuí Adenil – São João Evangelista Jose Aparecido de Miranda – Seminarista Marlene e Luciano – Paulistas Bruno – Seminarista Juliano, Simone, Arminda, Sônia e Mariza – Guanhães Por CATECOM

Manter a Folha Diocesana, sonho de padre Ismar, não é tarefa fácil, mas a equipe, liderada por padre Saint-Clair e por padre Adão, se sente fortalecida porque sabe que pode contar com muitos diocesanos e diocesanas que acreditam que esta é um meio de evangelizar e colaboram de diversas formas (com artigos, financeiramente, divulgando). Nossos agradecimentos, em especial, à secretária da paróquia São Miguel – Márcia Martins - que é uma das maiores divulgadoras da Folha Diocesana.

Uma Igreja ministerial, na alegria de servir A temática dos ministérios é muito rica, não apenas em sua dimensão teológica e documental, mas principalmente no aspecto experiencial das realidades dos ministérios ordenados e nãoordenados no ambiente eclesial, lugar de comunhão, de celebração e missão, serviço ao Evangelho através dos irmãos e irmãs em Cristo na comunidade de fé. Ao experimentar o Deus da vida que vem ao encontro do ser humano, os fiéis não ficam presos, tornam-se missionários dentro e fora de sua comunidade, porque se sentem enviados para partilhar a experiência libertadora. Compreende-se que, a partir do Concílio Vaticano II celebrado de 1962 a 1965, a Igreja procurou voltar às origens, resgatando seu significado de sacramento, ser sinal visível de salvação dos fiéis, pela entrega gratuita e amorosa de Cristo, bem como sua missão de dialogar com o mundo contemporâneo, a fim de proporcionar uma experiência sempre nova e atualizada com a vida e a mensagem de Jesus. Nesse processo de retorno aos ideais evangélicos, com o desejo de ser um sinal mais eficaz no anúncio da Boa Nova de Cristo, a Igreja chamou a atenção para duas realidades importantes de sua missão. A primeira, com base na experiência de um Deus que é comunhão trinitária, considerando o espaço eclesial como lugar de comunhão em todos os aspectos, quer na dimensão do mistério-celebrativo, quer na dimensão institucional-histórica. A segunda realidade diz respeito ao tema da ministerialidade, quando a Igreja destaca a necessidade de ser toda ministerial, valorizando os ministérios ordenados (bispos, presbíteros e diáconos) e os ministérios não-ordenados (leigos). Os ministérios têm natureza essencialmente para o serviço. Contudo, quando mal compreendidos, e pior, mal assumidos, eles podem ser exercidos como status e fonte de poder perdendo todo seu significado de comunhão e doação. Todos aqueles que vivem a fé no ambiente eclesial são enviados para anunciar e testemunhar a mensagem salvífica que nasce do amor do Pai, pela entrega fiel do Filho, na comunhão com o Espírito Santo. Atualmente a Igreja vive um ótimo momento de acolhida e evangelização com a presença humilde e carismática do Papa Francisco que vem provocando a todos para uma fidelidade maior ao Evangelho, na doação, no serviço e na fidelidade ao projeto de Jesus. Com suas palavras e com seu testemunho bonito, o Sumo Pontífice chama a atenção de todos, principalmente dos ministros ordenados para que sejam pessoas de uma entrega total e incondicional à missão que abraçaram de viverem in persona Christi e in persona Ecclésia (Na pessoa de Cristo e na pessoa da Igreja), isto é, viverem intimamente ligados a Cristo no seio da santa mãe Igreja. André Luiz Eleotério da Lomba Seminarista – 3° Ano de Teologia Diocese de Guanhães (MG)

O novo site da Diocese de Guanhães já está na net

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FOLHA

IOCESANA INFORMATIVO DA DIOCESE DE GUANHÃES | MG | ANO XVIII | Nº 217 | Julho de 2014

25 ANOS EM MISSÃO Pe. Saint-Clair

Pe. Ismar

ÂTÄxzÜtÜ@áx vÉÅ Éá Öâx áx tÄxzÜtÅ x v{ÉÜtÜ vÉÅ Éá Öâx v{ÉÜtÅAÊ

ÂgâwÉ ÑÉááÉ ÇæTÖâxÄx Öâx Åx yÉÜàtÄxvxAÊ

(Rm 12,15)

(Fp 4,13)

www.diocesedeguanhaes.com.br Faça-nos uma visita! Divulguem!

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Paróquia São Pedro comemora festa de seu padroeiro

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Comunicadores diocesanos se preparam para o 4º Encontro Nacional da PASCOM em Aparecida-SP


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Calendário Diocesano

Editorial

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DAREDAÇÃO

JULHO2014

É com imensa alegria que a Folha Diocesana, nesse mês de Julho, em comemoração dupla, anuncia e homenageia duas peças importantíssimas na caminhada da PASCOM: as bodas de Prata sacerdotais dos nossos queridos padres, Ismar e Saint-Clair. Pe. Ismar, grande sacerdote, que em meados dos anos 90, plantou uma das sementes da PASCOM, iniciou os trabalhos da Folha diocesana, iniciada bem pequenina em São João Evangelista , e hoje distribuída em todas as paróquias da diocese de Guanhães e online. Pe. Ismar continua firme na caminhada do nosso jornal, contribuindo mensalmente com seus sábios artigos. Pe. Saint-Clair, centrado nos seus ideais, há vários anos à frente da coordenação da PASCOM da Diocese de Guanhães, luta pela PASCOM, pelo Jornal Folha Diocesana, pelo site da diocese, pelo Festival da Música Cristã, entre tantos outros trabalhos voltados para comunicação da Igreja. Leia, na íntegra, a entrevista que ambos concederam à nossa equipe; veja também as notícias e artigos colhidos com muito carinho por todos os amigos da FOLHA DIOCESANA! Contribua você também com essa obra! Leia e anuncie aqui.

JULHO 04 Oitavas de Final 05 Quartas de Final 8 PASCOM 08 Quartas de Final 09 Semifinal da Copa 12 Disputa terceiro lugar da Copa 13 Final da Copa 15 Bodas de Prata do Pe. Saint Clair em S. João 20 Ordenação do Diac. José Geraldo em Tapera (10hs.) 27 Carisma Show da RCC em Sapucaia de Guanhães 30 Reunião dos padres

expediente

AGOSTO 2 a 3 Mini Semana Catequética em Guanhães 1 e 2 Terceiro Festival da Música Cristã 4 São João Maria Vianney 4 Aniversário de Ordenação Episcopal de D. Jeremias e Dia do Padre: Missa e confraternização em Peçanha 10 a 17 Semana Nacional da Família 10 Presença Equipe da Causa do Cônego em Dores 11 a 15 Semana Nacional do Estudante 12 PASCOM 17 Assunção de Nossa Senhora 16 Encontro Vocacional 16 Escola Teol.: Moral Fundam. II (Pe. Edu. Ribeiro) 24 Ordenação Presbiteral Dic. Ivani em R. Vermelho às 10hs. 25 a 28 Retiro dos padres em Conceição (começa com a janta e termina com o almoço) 29 a 31 Enc. da P. Carc. Micro Centro II em Conceição 30 a 31 Terceiro Encontro Formação para líderes da PJ 30 Ord. Sac. do Diac. Salomão em Paulistas às 16hs.

Conselho Editorial: Padre Adão Soares de Souza, padre Saint-Clair Ferreira Filho, Taisson dos Santos Bicalho Revisão: Mariza da Consolação Pimenta Dupim Jornalista Responsável: Luiz Eduardo Braga - SJPMG 3883 Endereço para correspondência: Rua Amável Nunes, 55 - Centro Guanhães-MG - CEP: 39740-000 Fone:(33) 3421-3331 folhadiocesana@gmail.com

Editora Folha Diocesana de Guanhães Ltda CNPJ: 11.364.024/0001-46 www.diocesedeguanhaes.com.br Produção Gráfica: Geração BHZ - 31 3243-3829 Av. Francisco Sales, 40/906 Floresta - Belo Horizonte - MG E-mail: geracaobhz@gmail.com www.folhadafloresta.com.br

O jornal Folha Diocesana reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração.Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

DIOCESEEMFOCO

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Paróquia São Pedro comemora festa de seu padroeiro

1 e 2 de agosto www.festivaldamusicacrista.com.br

a m o c a u b i contr A N A S E C O I D A H L O F Dados para depósito bancário: Editora Folha Diocesana de Guanhães Cooperativa: 4103-3 Conta Corrente: 10.643.001-7 SICOOB-CREDICENM

A FOLHA DIOCESANA PRECISA DE VOCÊ

COMEMORAÇÃO - JULHO/AGOSTO DE 2014 Padres, religiosas, consagradas e seminaristas da diocese de Guanhães Julho 02 04 06 10 13 13 15 23 24 27 Agosto 01 04 07 15 19 21 28 29 Julho 06 Agosto 03 05 15 27 Julho 07 10 Agosto 23

Padres Pe. Antônio Amadeu Rocha Frei Geraldo Monteiro Pe. Itamar José Pereira Pe. Mário Gomes da Silva Pe. Eduardo Ribeiro Pe. José Adriano Barbosa dos Santos Pe. Saint-Clair Ferreira Filho Pe. José Adriano Barbosa dos Santos Pe. Vanderley Fonseca Clemente Pe. Antônio Amadeu Rocha Pe. Eduardo Ribeiro Dom Jeremias Antônio de Jesus Pe. Valter Guedes de Oliveira Dom Marcello Romano Dom Jeremias Antônio de Jesus Pe. Derci da Silva Pe. Hermes Firmiano Pedro Pe. Jacy Diniz Rocha Religiosas/Consagradas Carmen Helena P. de Oliveira (Guanhães – Coop. Família) Ir. Maria do C.Ferreira (Naná –Frei Lagonegro – Filha Mª) Maria das N. de Matos (Morro do Pilar – Coop. Família) Arminda de Jesus Batista (Guanhães – Coop. Família) Ir. Maria do Carmo Ferreira (Naná –Frei Lagonegro – Filha Mª) Funcionários Rosa Maria da Silva Bretas Simone Pinto Mendanha Maria Aparecida C. do Amaral

Ordenação Nascimento Ordenação Ordenação Ordenação Ordenação Ordenação Nascimento Ordenação Nascimento Nascimento Ordenação Episcopal Ordenação Nascimento Posse Canônica Ordenação Nascimento Nascimento Nascimento Profissão Religiosa Nascimento Profissão Religiosa Nascimento Nascimento Nascimento Nascimento

O povo de Deus da Paróquia de São Pedro estava em festa entre os dias 26 a 29 de junho de 2014. Como é do conhecimento de nossa Diocese, a Igreja Matriz de São Pedro do Suaçuí está interditada há mais de 1(um) ano e as celebrações estão ocorrendo em um local improvisado. Durante o tríduo e a festa, nossos paroquianos se reuniram em uma tenda armada em frente à Igreja que, para nossa alegria, teve suas obras iniciadas. Este ano meditamos o tema: COMO PEDRO, SOMOS CHAMADOS PARA O SEGUIMENTO DE JESUS. Foi bonito ver os irmãos chegarem de todas as partes para celebrar a Eucaristia na praça, num profundo silêncio e disposição para a escuta da Palavra do Senhor, diferente do que às vezes ocorre em Missas campais. Todos os dias ocorriam as tradicionais barraquinhas com comidas típicas, leilões, bingos e som. O dia 29 foi muito especial, celebramos a Solenidade de São Pedro e São Paulo e os vinte 29 anos de Ordenação Sacerdotal de nosso Administrador Paroquial Padre Pedro. A cerimônia teve a participação de uma grande multidão que lotou a praça para homenagear São Pedro e agradecer a

Deus pela vida e vocação de nosso pároco. Após a Procissão tivemos um lindo Show Pirotécnico, apresentação de uma quadrilha do grupo de jovens “KAIROS” de São João Evangelista e um show com “Doguinhas” do Forró patrocinado pela Prefeitura. Tudo contribuiu para que possamos nos manter animados nos esforços pela restauração e reforma de nossa Igreja Matriz. O projeto arquitetônico tem um orçamento inicial de R$ 313.000,00 (Trezentos e treze mil) e dispomos de apenas 1/3 do valor. O fato não nos desanima, pelo contrário nos encoraja a fazer como Pedro, abandonar as redes do comodismo e dedicarmos ao serviço do Reino. Estamos em campanha e contamos com o apoio financeiro e as orações de toda a nossa Diocese. A conta para doação é do Banco Bradesco, Agência 609-2 Conta Poupança 1003623-2. Os nossos agradecimentos aos padres da nossa paróquia, Pedro e Celso pelo entusiasmo e dedicação, ao Conselho Paroquial, a Equipe de Festa de 2014 e a todos os São pedrenses e colaboradores. Equipe de comunicação da Paróquia São Pedro do Suaçuí.

QUARESMA: UM GRANDE RETIRO No artigo anterior, fiz uma explanação geral do Ano Litúrgico. No presente texto irei abordar mais especificamente o Tempo da Quaresma. Como o Cristo realizou a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus principalmente pelo seu mistério pascal, quando morrendo destruiu a nossa morte e ressuscitando renovou a vida, o sagrado Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor resplandece como ápice de todo o ano litúrgico. Portanto, a solenidade da Páscoa goza no ano litúrgico a mesma culminância do domingo em relação à semana. O dom da vida nova, que foi celebrado pelo mergulho no Mistério Pascal, no dia do nosso batismo, muda radicalmente a nossa atitude em relação a todas as coisas. Mas, imersos em nossas ocupações cotidianas, facilmente nos esquecemos de quem no tornamos. Eis porque a Festa da Páscoa é retorno anual ao nosso batismo. A Quaresma é, então, o grande retiro anual da Igreja, desde a Quarta-feira de Cinzas, para preparar a páscoa. Prolonga-se por seis semanas, terminando na Quinta-Feira Santa. “A Igreja se une todos os anos, durante quarenta dias de quaresma, ao mistério de Jesus no deserto”. É o tempo de preparação para a maior festa dos cristãos. Começa em um dia da semana, a Quarta-feira de Cinzas, cuja data é móvel, dependendo da data de celebração da Páscoa, e termina na Quinta-feira Santa, antes da missa da Ceia do Senhor. Possui seis domingos; o sexto se chama Domingo de Ramos na Paixão do Senhor, e com ele começa a Semana Santa. A Quarta-feira de Cinzas é, junto com a Sexta-feira Santa, um dia de jejum, e a quaresma inteira, um tempo de conversão e penitência. Unir-se a Jesus em seus quarenta dias de deserto é, para a Igreja e cada cristão, uma oportunidade anual de entrar no íntimo do próprio coração para renovar-se na fé e no compromisso com o Evangelho. A cor roxa e o silêncio do “Aleluia”, louvação pascal, são dois símbolos que acompanham esse tempo até seu término, na missa da Ceia do Senhor

durante a Quinta-feira Santa. Durante esse tempo, ganha importância especial a preparação final dos catecúmenos que recebem os sacramentos da iniciação na Vigília Pascal. O itinerário de leituras da missa do ano A é batismal exatamente para acompanhar a catequese pré-sacramental dos catecúmenos e introduzir todos os cristãos no clima da renovação das promessas batismais que se realizará dentro da Vigília Pascal. Estruturada à luz do simbolismo bíblico dos “quarenta dias”, a quaresma é considerada tempo de purificação e iluminação para os catecúmenos eleitos para o batismo e “sacramento” de conversão e renovação para os batizados. “Por sua dupla característica [batismal e penitencial] reúne catecúmenos e fiéis na celebração do mistério pascal”, sendo um tempo de “recolhimento espiritual” (RICA, 152) para ambos, preparação para a grande celebração da Páscoa. Características desse “tempo de graça” são as práticas penitenciais, por excelência, da oração, do jejum e da esmola, palavras que hoje soam arcaicas a muitos ouvidos, mas que podemos traduzir por cultivo intenso e empenhado da espiritualidade cristã, que nos motiva para o seguimento apaixonado daquele que nos convida a tomar a cruz do amor maior; do autocontrole, que nos libera para a disponibilidade e entrega de nossas vidas a serviço dor irmãos e irmãs; da solidariedade, sobretudo, com os mais precisados. É nesse contexto e com esse espírito que participamos do canto do Ofício da Quaresma, da Via Sacra e, sobretudo, da Eucaristia dominical; que nos propomos a renunciar a gostos e comodidades do dia a dia; que nos dedicamos à Campanha da Fraternidade. Dessa forma, o exercício

da penitência prescrito pela Igreja expressa a nossa busca de crescimento espiritual: retiramo-nos de algumas coisas para poder experimentar outras com maior profundidade. São Bento sugere que cada um recuse a seu corpo alguma coisa da comida, da bebida, do sono, das conversas, das brincadeiras, e na alegria do desejo espiritual, espere a santa Páscoa. Na manhã da Quinta-feira Santa, celebra-se a missa crismal na qual o bispo abençoa os óleos que serão utilizados nos sacramentos do batismo, da confirmação e da unção dos enfermos. É a última celebração do tempo da quaresma, antes de começar o tríduo pascal. Após refletir sobre o Tempo da Quaresma, falta-nos, para concluir o Ciclo da Páscoa, a Semana Santa e o Tempo Pascal, que será o tema do próximo artigo. Jaciel Dias de Andrade Seminarista do 1° ano de Teologia Membro da Equipe Diocesana de Liturgia da Diocese de Guanhães – MG Bibliografia Básica Manual de Liturgia, CELAM, vol. IV: a celebração do mistério pascal: outras expressões celebrativas do mistério Pascal e a liturgia na vida da Igreja. Trad. Herman Hebert Watzlawich. SP: Paulus, 2007.


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Fé & Política

ARTIGOS

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Juliano Nunes Jornalista -nunesjuliano@outlook.com

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Determinação passa pelo fato de uma pessoa não saber como fazer algo, apenas saber que vai fazer, não importa quanto tempo vai demorar, ainda que não tenha recursos disponíveis para executar a ação pretendida. A Martin Luther King Jr (1929 – 1968), pastor, ativista político e líder do movimento dos direitos civis dos negros norteamericanos, é atribuída uma citação que costumo dizer ser o resumo da determinação: se não puder voar, corra; se não puder correr, ande; se

| Padre Ismar Dias de Matos |

persistência, a certeza de que, mesmo errando ou ouvindo um não, não haverá desistência. Errar e ouvir não são as únicas certezas imagináveis quando se começa um projeto, um empreendimento, algo novo. Ser determinado é fundamental para se alcançar um resultado. Determinação pede disciplina, esforço constante, dedicação. Jesus, o líder dos líderes, foi a determinação em pessoa em sua passagem pela Terra e o foi ainda mais em seus três anos de vida pública. O filho do Criador enfrentou a cultura estabelecida, o poder de reis de doutores da lei, a descrença de povos. Entre milhares de discípulos,

NOTÍCIAS DA IGREJA NO MUNDO

Se não puder voar, corra; se não puder correr, ande; se não puder andar, rasteje; mas continue em frente de qualquer jeito. Martin Luther king Jr não puder andar, rasteje; mas continue em frente de qualquer jeito. Determinação é a boa teimosia, a

12 apóstolos foram chamados. Preparar essas 12 pessoas sem conhecimento, fé e didática foi uma tarefa árdua. Quase 2000 anos depois, vemos que foi bem sucedida. Nossa Igreja Católica Apostólica Romana continua firme sua caminhada. Pais e mães determinados sabem que educar filhos não é tarefa fácil, entretanto, ainda que o mundo ofereça milhões de tentações, eles persistem no acompanhamento à sua família. Jovens determinados não se contentam com a primeira tentativa; eles podem até se abater com os erros, isso é humano, porém, após o choro, erguem a cabeça e voltam à luta; pastores determinados são cientes quanto à dificuldade do trabalho comunitário, contudo, entendem que, pelo exemplo, humildade e chamado, sua causa se torna comum e é abraçada pelas ovelhas.

Apresentada a logo oficial e oração da JMJ Cracóvia 2016 Nesta quinta-feira, 3 de julho, foi divulgada a logomarca e a oração da Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia 2016. A chegada do Papa Francisco está prevista para o dia 28, enquanto a JMJ será realizada de 26 e 31 de julho de 2016. A logo é composta por três cores: azul, vermelho e amarelo que se referem ao tema da JMJ: “Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia” (Mt 5,7). A gráfica da logo representa o formato geográfico da Polônia, com uma cruz que retrata Jesus Cristo, centro do encontro. Os raios da Divina Misericórdia saem da cruz, com as mesmas cores e formas da pintura “Jesus confio em Ti”, realizada por pedido de Jesus quando de Sua aparição à Santa Faustina Kowalska. O ponto circular representa Cracóvia no mapa da Polônia. A oração da JMJ Cracóvia 2016 invoca a intercessão de João Paulo II, confira: “Deus, Pai misericordioso que revelastes o Vosso amor no Vosso Filho Jesus Cristo e o derramastes sobre nós no Espírito Santo Consola-

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São Tomé e sua linda profissão de fé

DETERMINAÇÃO nicia-se um projeto pessoal ou profissional, dedica-se a uma tarefa no trabalho, abandona-se a zona de conforto para conquistar algo. Em todas essas ações, uma coisa é certa: erros irão acontecer. Podem ser muitos, poucos ou apenas um; a quantidade deles pouco interessa. Nesse processo de busca, erro e tentativas uma palavra é essencial para a continuidade do que se propõem a fazer: a determinação. Uma das características fundamentais de um líder é ser determinado. Thomas Edison (1847 – 1931), inventor da lâmpada, fundador da GE, uma das maiores empresas do mundo, errou mais de 10 mil vezes no processo de criação da lâmpada, entretanto, é famosa uma citação dele: não errei mais de 10 mil vezes; descobri 10 mil formas de como aquilo não funcionaria.

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dor, confiamos a Vós hoje o destino do mundo e de cada homem.” Pai Celestial, concedei que possamos dar testemunho de Vossa misericórdia. Ensina-nos a transmitir a fé aos que estão em dúvida, a esperança aos que estão desanimados, o amor aos que se sentem indiferentes, o perdão aos que erraram e a alegria aos que estão descontentes. Permiti que a centelha do Vosso amor misericordioso acesa em nós torne-se fogo que transforma corações e renova a face da terra. Maria, Mãe de misericórdia, rogai por nós. São João Paulo II, rogai por nós. Fonte: Site www.zenit.org www.vatican.va

O apóstolo São Tomé, celebrado em 3 de julho, está presente nos Evangelhos Sinóticos (Mt 10, 3; Mc 3, 18; Lc 6, 15) e nos Atos (At 1, 13). O seu nome deriva de uma raiz hebraica, ta'am, que significa "junto" ou "gêmeo". De fato, o quarto Evangelho fala de Tomé várias vezes com o sobrenome "Dídimo" (Jo 11, 16; 20, 24; 21, 2), que em grego significa precisamente "gêmeo". São Tomé (ou São Tomás, em outras traduções) era pescador, como nos sugere a passagem de João (21,1-4), onde o vemos pescando no Mar da Galileia, ao lado de outros apóstolos, como Pedro e os filhos de Zebedeu. Na Última Ceia, quando Jesus estava falando de sua partida e anuncia que vai preparar um lugar para os discípulos para que também eles estejam onde Ele estiver, e esclarece: "E, para onde Eu vou, vós sabeis o caminho" (Jo 14, 4), Tomé intervém e diz: "Senhor, não sabemos para onde vais, como podemos nós saber o caminho?" (Jo 14, 5). Com es-

sas palavras Tomé dá a Jesus a ocasião para pronunciar a célebre definição: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14, 6). Portanto, Tomé é o primeiro a quem é feita esta revelação, válida também para todos nós, e para sempre! É muito conhecida a cena acontecida oito dias depois da Páscoa, que nos mostra um Tomé incrédulo. Num primeiro momento, ele não tinha acreditado em Jesus que apareceu na sua ausência: "Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito" (Jo 20, 25). Sobre essa cena, transcrevemos o que disse o então Papa Bento XVI: “No fundo, destas palavras [de Tomé] sobressai a convicção de que Jesus já é reconhecível não tanto pelo rosto quanto pelas chagas. Tomé considera que os sinais qualificadores da identidade de Jesus são agora sobretudo as chagas, nas quais se revela até que ponto Ele nos amou. Nisto o Apóstolo não se engana” (Audiência

geral, de 27/09/2006). Oito dias depois, Jesus aparece no meio dos seus discípulos, e desta vez Tomé está presente. E Jesus o interpela: "Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!" (Jo 20, 27). Tomé reage com a profissão de fé mais linda de todo o Novo Testamento: "Meu Senhor e meu Deus!" (Jo 20, 28). Continuando a reflexão sobre essa Profissão de Fé, valemo-nos agora de uma homilia de outro pontífice, São Gregório Magno, do século VI (Homi-

lia 26, Patrologia Latina): “Se Tomé viu e tocou, porque é que lhe diz o Senhor: Porque me viste, acreditaste? É que ele viu uma coisa e acreditou noutra. A divindade não podia ser vista por um mortal. Ele viu a humanidade de Jesus e fez profissão de fé na sua divindade, exclamando: Meu Senhor e meu Deus! Portanto, tendo visto, acreditou, porque tendo à sua vista um homem verdadeiro, exclamou que era Deus, a quem não podia ver”. As dúvidas de Tomé têm para nós um efeito pedagógico positivo, pois nos conduzem à fé, à proclamação de Jesus co-

TRIBUTO AO PE. SAINT-CLAIR E PADRE ISMAR Neste mês de julho gostaria de prestar a minha homenagem ao Pe. Saint-Clair Ferreira Filho e ao Pe. Ismar Dias de Matos. Penso que, e tenho certeza, são merecedores desta e tantas outras homenagens pelo que são e representam para a nossa querida Diocese de Guanhães. Quando a Pascom da Diocese me pediu que escrevesse alguma coisa para a Folha Diocesana para ser publicado neste mês, me vieram à mente estas duas pessoas. Vejo esses dois pastores, como Pedro e Paulo: temperamentos diferentes, modo de evangelizar diferente, gostos às vezes diferentes; porém, têm algo em comum: Amor incondicional pela nossa Diocese de Guanhães. Conheço os dois praticamente desde a ordenação sacerdotal deles. Esse amor pela diocese, para mim tem a sua marca reveladora quando da criação de nossa diocese que ambos estudavam no seminário de Diamantina, arquidiocese da qual a então cidade de Guanhães e tantas outras cidades faziam parte e foram des-

membradas para se criar então a nossa Diocese de Guanhães. Ali, naquele momento, ambos poderiam optar por permanecer na Arquidiocese de Diamantina, ou assumir a vida de seminaristas já da nova e recém-criada Diocese de Guanhães. Não deu outra, optaram por assumir juntos com o nosso saudoso Dom Filippe e outros padres que já trabalhavam nas paróquias que passaram a pertencer à nova diocese a caminhada dessa nova Igreja Particular que surgia no Centro Nordeste Mineiro. Merecem a minha homenagem porque em momentos difíceis pelos quais passou a nossa Diocese eles estavam ali presentes, dando a sua contribuição e até assumindo responsabilidade naquele momento consideradas pesadas para aqueles jovens Padres. Neste Mês de julho, celebram suas Bodas de Prata Sacerdotais. São 25 anos de muita dedicação, de muito empenho e de fato, de muito Amor pela nossa Diocese. Hoje, Padre Ismar presta relevantes serviços na

área de Educação na PUC MINAS, em Belo Horizonte. Deixou-nos um grande presente, a FOLHA DIOCESANA a qual eu utilizo neste mês para prestarlhe a minha homanagem. Pe. Saint-Clair continua a evangelizar como pároco, hoje na Paróquia de São João Evangelista. A este, a minha gratidão. Quando decidi partir para o Seminário, Fevereiro de 1990, o então jovem Padre Saint-Clair que me encaminhou. Era o então responsável pela Pastoral Vocacional. Por tudo o que vocês fizeram e que com certeza farão de bom para a nossa Diocese de Guanhães, o meu muitíssimo obrigado! Mesmo distante, me alegro com esse momento tão importante e siginificativo na vida sacerdotal de vocês. Parabéns pelos 25 anos de vida consagrada a Deus e à causa do Evangelho. Pe. Dilton Maria Pinto Do Clero da Diocese de Guanhães Missão na Diocese de Lichinga Moçambique – África.

mo Senhor e Deus de nossas vidas. Os que se dizem “discípulos de São Tomé” devem aprender isso dele, pois ele olhava a humanidade de Jesus e via Sua divindade. Diz a tradição que São Tomé evangelizou o Oriente Médio e a Índia, sendo reconhecido como fundador da Igreja dos Cristãos Sírios Malabares ou Igreja dos Cristãos de São Tomé. É padroeiro dos geólogos, geógrafos, geometristas, arquitetos e construtores. Que o seu exemplo nos ajude a reforçar sempre mais a nossa fé em Jesus Cristo, nosso Senhor e nosso Deus.


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Em julho de 1989 a recém criada Diocese de Guanhães pela imposição das mãos de dom Antônio Felippe da Cunha, contemplava a ordenação sacerdotal de dois novos padres. Em 6 de julho daquele ano, em Santa Maria do Suaçuí, Dom Felippe ordenava Pe. Ismar Dias de Matos, que em meados dos anos 90 criaria o informativo para paróquia de São João Evangelista e que logo evoluíra para dimensões diocesanas, se tornando a nossa querida FOLHA DIOCESANA. Já em 15 de julho de 1989, foi a vez de Saint-Clair Ferreira Filho se tornar presbítero na cidade de Coluna, desde então, firme em suas decisões, Pe. Saint-Clair segue sua missão incentivando a evangelização através dos meios de comunicação.

BODASDEPRATA

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Hoje(2014), ambos presentes na PASCOM, Pe. Ismar, atualmente professor universitário contribui todo mês com seus textos com palavras sábias. Pe. Saint-Clair segue sua missão como pároco de São João Evangelista, sendo também o coordenador diocesano da Pastoral da Comunicação e faz parte do conselho editorial da Folha Diocesana. Por esses motivos e muitos outros, a Folha Diocesana se orgulha em contar um pouco de suas histórias e fazer parte das bodas de prata sacerdotais. Ambos são hoje, peças importantes no desenvolvimento das comunicações diocesana. Veja na íntegra as entrevistas concedidas por nossos queridos padres Saint-Clair e Ismar:

25 ANOS EM MISSÃO Entrevista com Pe. Saint-Clair Ferreira Filho, por ocasião de suas bodas sacerdotais

Entrevista comemorativa das bodas de prata de Pe. Ismar Dias de Matos

O que tem na mente e no coração ao celebrar as suas bodas de prata sacerdotais? Alegria e serenidade por ter procurado sempre responder a minha vocação, apesar dos desafios. Gostaria que nos falasse sobre a palavra bíblica inspiradora de seu ministério, “Alegrar-se com os que se alegram e chorar com os que choram. Rm 12,15”. Como esta palavra foi vivida ao longo destes anos? A frase entrou na minha vida ainda no Seminário. A mesma tem ajudado bastante no exercício do ministério. Conviver com as pessoas é conviver com a alegria e a tristeza e participar delas. Há pouco tempo declarou para o Jornal Folha Diocesana o seu amor à diocese de Guanhães. O que é a diocese de Guanhães em sua vida sacerdotal? A diocese de Guanhães é quase tudo na minha vida presbiteral. Não imagino ser padre fora dela. Como está vivendo esta nova experiência como novo Pároco de São João Evangelista? Ainda está cedo para falar da experiência. É um tempo de conhecimento. Por tantos anos atua nas comunicações da diocese de Guanhães, especialmente, como diretor da Rádio Vida Nova FM. Fale sobre a importância da comunicação em nossa diocese nos meios disponíveis que usamos? Rádio, jornal, internet. Já dizia o Chacrinha: quem não comunica se estrumbica. Eu diria quem não se adéqua aos novos tempos, aos novos meios vai ficar na beira da estrada. Internet é algo que chegou para ficar. O Evangelho tem que se fazer presente nos novos meios. Sou apaixonado pelos meios de comunicação. Partilhe conosco a história de sua vocação. Como surgiu? Como se desenvolveu? Desafios encontrados nos caminho e de tudo vivido, o que valeu a pena? O mediador da minha vocação foi o arcebispo de Diamantina, Dom Sigaud. O convite, surpreendente, para eu ir para o Seminário partiu dele. A partir daí foi seguir o processo. Em termos de desafios não consigo destacar nada. Foram os desafios comuns da caminhada vocacional. Tudo valeu a pena. O presbiterato me realiza. Quais os desafios de ser igreja nos dias de hoje? Como o futuro se abre de diante dos cristãos nos tempos em que vivemos? O mundo passa por transformações radicais e profundas. Se não tivermos coragem de encará-las ficaremos na beira da estrada – como dizia Dom Helder Câmara: ‘É preciso mudar todo dia para continuar sendo o mesmo’. Quais ensinamentos guarda de Dom Antônio Filippe da Cunha, seu bispo ordenante? Duas grandes coisas: a simplicidade e o sonho de presbitério. O que diria aos jovens de hoje que sentem no coração o chamado à vocação sacerdotal? Por causa de Jesus Cristo e do Reino Vale a pena.

O que é para você comemorar 25 anos de caminhada sacerdotal? É momento de muita alegria, de agradecimento a Deus por todo o bem que Ele fez em minha vida, em todo o tempo. Nestes 25 anos, quais foram os maiores desafios? E as maiores conquistas? O maior desafio foi ser pároco de Guanhães com apenas seis meses de ordenação. Eu perdia o sono, à noite, preocupado. Depois padre Saint-Clair veio trabalhar comigo. Alegreime com isso. Penso que não há uma conquista específica, pois elas são muitas, como: aprender a respeitar a caminhada do povo, conhecer os paroquianos, integrar a Paróquia à vida da Diocese etc. Como é ser membro do presbitério da Diocese de Guanhães, vivendo em Belo Horizonte e atuando como professor universitário?Fale-nos de suas experiências? Estou na Arquidiocese de BH e tenho “Uso de Ordem” para atuar. Apresento-me como padre diocesano de Guanhães. Não tenho uma paróquia, mas sou bem acolhido pelos colegas que me solicitam uma contribuição para celebrar missas, batizados e casamentos. Atuo bastante na Paróquia S. Judas Tadeu, em Nova Lima. Ser professor tem me dado muitas experiências, pois conviver diariamente com a juventude universitária é desafiante e, ao mesmo tempo, engrandecedor; aprendo a não me acomodar com o que sei e com o que faço. Fale-nos de sua família e como esta acompanha sua caminhada sacerdotal? Recebo de minha família um carinho enorme. Todos se alegram com os meus trabalhos, rezam por mim e torcem por mim. Desde 2009, minha mãe e minha única irmã, Gislene, e minhas sobrinhas mudaram-se para BH e nossa convivência, então, tornou-se ainda maior. Isso faz muito bem para mim. Como é ser padre nos tempos de hoje? O que identifica o sacerdote nos tempos em que vivemos? Ser padre sempre foi algo desafiador. Eu procuro, com toda a Igreja, viver a dimensão do Sagrado e levar as pessoas a fazê-lo também. Se perdermos essa dimensão, nós nos tornaremos desumanos e materialistas. Sacerdócio é isso, para mim. Acho que sempre foi isso. De todas as histórias vividas qual a que mais o marcou como pessoa em sua vida? O que mais me alegra é poder, no exercício diário do ministério, contribuir para o alívio do fardo de muita gente, seja no atendimento individual orientando, confessando, convivendo. Esse trabalho me faz mais humano, mais compreensivo e, portanto, mais pastor. Gostaria de saber como vê a Folha Diocesana, o jornal de nossa Diocese, que foi criado por você em 1995? Está satisfeito em ver que a semente lançada frutificou? Estou muito satisfeito, sim, pois sempre quis contribuir com os meios de comunicação. Que o jornal chegue, cada vez mais, às pessoas e às suas famílias. Parabéns aos que dão continuidade ao trabalho. A Igreja deve ser mestra no exercício da comunicação. Como foi celebrar suas bodas de prata nas paróquias em que exerceu seu ministério? Foi maravilhoso! Voltar aos lugares por onde passei foi uma experiência gratificante. Recebi energias para poder trabalhar por muitos e muitos anos. O povo de Deus nos impulsiona no exercício sacerdotal. Eu agradeço a Deus por isso. Gostaria que nos falasse sobre sua participação no processo de canonização do Servo de Deus Lafayette da Costa Coelho, um pouco desta caminhada, dos livros que escreveu sobre sua vida e como tudo isto influenciou ou marcou a sua vida como sacerdote? Eu sempre pensei em divulgar o Cônego Lafayette além das fronteiras paroquiais e diocesanas, por isso escrevi, em 1986, o livro “Cônego Lafayette: exemplo de vida”. Dom Antônio Felippe, nosso primeiro bispo queria iniciar o processo e, a pedido dele, fiz um novo livro: “Cônego Lafayette: sacerdote para sempre”, em 1994. Mas Dom Felippe morreu pouco depois desse livro. Foi com Dom Emanuel Messias que a causa ganhou força. Ele me nomeou Postulador, que é uma espécie de advogado da causa. Eu escrevi, então, em 2001, uma biografia mais caprichada, com mais detalhes e rigor metodológico e científico, que foi enviada a todos os bispos dos Brasil. O livro – “A grandeza na simplicidade” – tem a apresentação feita pelo Cardeal Dom Serafim, e o prefácio feito por Dom José Maria Pires, Arcebispo emérito da Paraíba. Dedico-me à causa do Cônego Lafayette porque aprendi a admirá-lo desde criança, com a histórias que meus pais me contavam. Eu não o conheci, mas pelo que já pesquisei, posso dizer que ele foi um sacerdote que influencia minha vida presbiteral.


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JULHO2014

Em julho de 1989 a recém criada Diocese de Guanhães pela imposição das mãos de dom Antônio Felippe da Cunha, contemplava a ordenação sacerdotal de dois novos padres. Em 6 de julho daquele ano, em Santa Maria do Suaçuí, Dom Felippe ordenava Pe. Ismar Dias de Matos, que em meados dos anos 90 criaria o informativo para paróquia de São João Evangelista e que logo evoluíra para dimensões diocesanas, se tornando a nossa querida FOLHA DIOCESANA. Já em 15 de julho de 1989, foi a vez de Saint-Clair Ferreira Filho se tornar presbítero na cidade de Coluna, desde então, firme em suas decisões, Pe. Saint-Clair segue sua missão incentivando a evangelização através dos meios de comunicação.

BODASDEPRATA

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Hoje(2014), ambos presentes na PASCOM, Pe. Ismar, atualmente professor universitário contribui todo mês com seus textos com palavras sábias. Pe. Saint-Clair segue sua missão como pároco de São João Evangelista, sendo também o coordenador diocesano da Pastoral da Comunicação e faz parte do conselho editorial da Folha Diocesana. Por esses motivos e muitos outros, a Folha Diocesana se orgulha em contar um pouco de suas histórias e fazer parte das bodas de prata sacerdotais. Ambos são hoje, peças importantes no desenvolvimento das comunicações diocesana. Veja na íntegra as entrevistas concedidas por nossos queridos padres Saint-Clair e Ismar:

25 ANOS EM MISSÃO Entrevista com Pe. Saint-Clair Ferreira Filho, por ocasião de suas bodas sacerdotais

Entrevista comemorativa das bodas de prata de Pe. Ismar Dias de Matos

O que tem na mente e no coração ao celebrar as suas bodas de prata sacerdotais? Alegria e serenidade por ter procurado sempre responder a minha vocação, apesar dos desafios. Gostaria que nos falasse sobre a palavra bíblica inspiradora de seu ministério, “Alegrar-se com os que se alegram e chorar com os que choram. Rm 12,15”. Como esta palavra foi vivida ao longo destes anos? A frase entrou na minha vida ainda no Seminário. A mesma tem ajudado bastante no exercício do ministério. Conviver com as pessoas é conviver com a alegria e a tristeza e participar delas. Há pouco tempo declarou para o Jornal Folha Diocesana o seu amor à diocese de Guanhães. O que é a diocese de Guanhães em sua vida sacerdotal? A diocese de Guanhães é quase tudo na minha vida presbiteral. Não imagino ser padre fora dela. Como está vivendo esta nova experiência como novo Pároco de São João Evangelista? Ainda está cedo para falar da experiência. É um tempo de conhecimento. Por tantos anos atua nas comunicações da diocese de Guanhães, especialmente, como diretor da Rádio Vida Nova FM. Fale sobre a importância da comunicação em nossa diocese nos meios disponíveis que usamos? Rádio, jornal, internet. Já dizia o Chacrinha: quem não comunica se estrumbica. Eu diria quem não se adéqua aos novos tempos, aos novos meios vai ficar na beira da estrada. Internet é algo que chegou para ficar. O Evangelho tem que se fazer presente nos novos meios. Sou apaixonado pelos meios de comunicação. Partilhe conosco a história de sua vocação. Como surgiu? Como se desenvolveu? Desafios encontrados nos caminho e de tudo vivido, o que valeu a pena? O mediador da minha vocação foi o arcebispo de Diamantina, Dom Sigaud. O convite, surpreendente, para eu ir para o Seminário partiu dele. A partir daí foi seguir o processo. Em termos de desafios não consigo destacar nada. Foram os desafios comuns da caminhada vocacional. Tudo valeu a pena. O presbiterato me realiza. Quais os desafios de ser igreja nos dias de hoje? Como o futuro se abre de diante dos cristãos nos tempos em que vivemos? O mundo passa por transformações radicais e profundas. Se não tivermos coragem de encará-las ficaremos na beira da estrada – como dizia Dom Helder Câmara: ‘É preciso mudar todo dia para continuar sendo o mesmo’. Quais ensinamentos guarda de Dom Antônio Filippe da Cunha, seu bispo ordenante? Duas grandes coisas: a simplicidade e o sonho de presbitério. O que diria aos jovens de hoje que sentem no coração o chamado à vocação sacerdotal? Por causa de Jesus Cristo e do Reino Vale a pena.

O que é para você comemorar 25 anos de caminhada sacerdotal? É momento de muita alegria, de agradecimento a Deus por todo o bem que Ele fez em minha vida, em todo o tempo. Nestes 25 anos, quais foram os maiores desafios? E as maiores conquistas? O maior desafio foi ser pároco de Guanhães com apenas seis meses de ordenação. Eu perdia o sono, à noite, preocupado. Depois padre Saint-Clair veio trabalhar comigo. Alegreime com isso. Penso que não há uma conquista específica, pois elas são muitas, como: aprender a respeitar a caminhada do povo, conhecer os paroquianos, integrar a Paróquia à vida da Diocese etc. Como é ser membro do presbitério da Diocese de Guanhães, vivendo em Belo Horizonte e atuando como professor universitário?Fale-nos de suas experiências? Estou na Arquidiocese de BH e tenho “Uso de Ordem” para atuar. Apresento-me como padre diocesano de Guanhães. Não tenho uma paróquia, mas sou bem acolhido pelos colegas que me solicitam uma contribuição para celebrar missas, batizados e casamentos. Atuo bastante na Paróquia S. Judas Tadeu, em Nova Lima. Ser professor tem me dado muitas experiências, pois conviver diariamente com a juventude universitária é desafiante e, ao mesmo tempo, engrandecedor; aprendo a não me acomodar com o que sei e com o que faço. Fale-nos de sua família e como esta acompanha sua caminhada sacerdotal? Recebo de minha família um carinho enorme. Todos se alegram com os meus trabalhos, rezam por mim e torcem por mim. Desde 2009, minha mãe e minha única irmã, Gislene, e minhas sobrinhas mudaram-se para BH e nossa convivência, então, tornou-se ainda maior. Isso faz muito bem para mim. Como é ser padre nos tempos de hoje? O que identifica o sacerdote nos tempos em que vivemos? Ser padre sempre foi algo desafiador. Eu procuro, com toda a Igreja, viver a dimensão do Sagrado e levar as pessoas a fazê-lo também. Se perdermos essa dimensão, nós nos tornaremos desumanos e materialistas. Sacerdócio é isso, para mim. Acho que sempre foi isso. De todas as histórias vividas qual a que mais o marcou como pessoa em sua vida? O que mais me alegra é poder, no exercício diário do ministério, contribuir para o alívio do fardo de muita gente, seja no atendimento individual orientando, confessando, convivendo. Esse trabalho me faz mais humano, mais compreensivo e, portanto, mais pastor. Gostaria de saber como vê a Folha Diocesana, o jornal de nossa Diocese, que foi criado por você em 1995? Está satisfeito em ver que a semente lançada frutificou? Estou muito satisfeito, sim, pois sempre quis contribuir com os meios de comunicação. Que o jornal chegue, cada vez mais, às pessoas e às suas famílias. Parabéns aos que dão continuidade ao trabalho. A Igreja deve ser mestra no exercício da comunicação. Como foi celebrar suas bodas de prata nas paróquias em que exerceu seu ministério? Foi maravilhoso! Voltar aos lugares por onde passei foi uma experiência gratificante. Recebi energias para poder trabalhar por muitos e muitos anos. O povo de Deus nos impulsiona no exercício sacerdotal. Eu agradeço a Deus por isso. Gostaria que nos falasse sobre sua participação no processo de canonização do Servo de Deus Lafayette da Costa Coelho, um pouco desta caminhada, dos livros que escreveu sobre sua vida e como tudo isto influenciou ou marcou a sua vida como sacerdote? Eu sempre pensei em divulgar o Cônego Lafayette além das fronteiras paroquiais e diocesanas, por isso escrevi, em 1986, o livro “Cônego Lafayette: exemplo de vida”. Dom Antônio Felippe, nosso primeiro bispo queria iniciar o processo e, a pedido dele, fiz um novo livro: “Cônego Lafayette: sacerdote para sempre”, em 1994. Mas Dom Felippe morreu pouco depois desse livro. Foi com Dom Emanuel Messias que a causa ganhou força. Ele me nomeou Postulador, que é uma espécie de advogado da causa. Eu escrevi, então, em 2001, uma biografia mais caprichada, com mais detalhes e rigor metodológico e científico, que foi enviada a todos os bispos dos Brasil. O livro – “A grandeza na simplicidade” – tem a apresentação feita pelo Cardeal Dom Serafim, e o prefácio feito por Dom José Maria Pires, Arcebispo emérito da Paraíba. Dedico-me à causa do Cônego Lafayette porque aprendi a admirá-lo desde criança, com a histórias que meus pais me contavam. Eu não o conheci, mas pelo que já pesquisei, posso dizer que ele foi um sacerdote que influencia minha vida presbiteral.


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Fé & Política

ARTIGOS

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Juliano Nunes Jornalista -nunesjuliano@outlook.com

I

Determinação passa pelo fato de uma pessoa não saber como fazer algo, apenas saber que vai fazer, não importa quanto tempo vai demorar, ainda que não tenha recursos disponíveis para executar a ação pretendida. A Martin Luther King Jr (1929 – 1968), pastor, ativista político e líder do movimento dos direitos civis dos negros norteamericanos, é atribuída uma citação que costumo dizer ser o resumo da determinação: se não puder voar, corra; se não puder correr, ande; se

| Padre Ismar Dias de Matos |

persistência, a certeza de que, mesmo errando ou ouvindo um não, não haverá desistência. Errar e ouvir não são as únicas certezas imagináveis quando se começa um projeto, um empreendimento, algo novo. Ser determinado é fundamental para se alcançar um resultado. Determinação pede disciplina, esforço constante, dedicação. Jesus, o líder dos líderes, foi a determinação em pessoa em sua passagem pela Terra e o foi ainda mais em seus três anos de vida pública. O filho do Criador enfrentou a cultura estabelecida, o poder de reis de doutores da lei, a descrença de povos. Entre milhares de discípulos,

NOTÍCIAS DA IGREJA NO MUNDO

Se não puder voar, corra; se não puder correr, ande; se não puder andar, rasteje; mas continue em frente de qualquer jeito. Martin Luther king Jr não puder andar, rasteje; mas continue em frente de qualquer jeito. Determinação é a boa teimosia, a

12 apóstolos foram chamados. Preparar essas 12 pessoas sem conhecimento, fé e didática foi uma tarefa árdua. Quase 2000 anos depois, vemos que foi bem sucedida. Nossa Igreja Católica Apostólica Romana continua firme sua caminhada. Pais e mães determinados sabem que educar filhos não é tarefa fácil, entretanto, ainda que o mundo ofereça milhões de tentações, eles persistem no acompanhamento à sua família. Jovens determinados não se contentam com a primeira tentativa; eles podem até se abater com os erros, isso é humano, porém, após o choro, erguem a cabeça e voltam à luta; pastores determinados são cientes quanto à dificuldade do trabalho comunitário, contudo, entendem que, pelo exemplo, humildade e chamado, sua causa se torna comum e é abraçada pelas ovelhas.

Apresentada a logo oficial e oração da JMJ Cracóvia 2016 Nesta quinta-feira, 3 de julho, foi divulgada a logomarca e a oração da Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia 2016. A chegada do Papa Francisco está prevista para o dia 28, enquanto a JMJ será realizada de 26 e 31 de julho de 2016. A logo é composta por três cores: azul, vermelho e amarelo que se referem ao tema da JMJ: “Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia” (Mt 5,7). A gráfica da logo representa o formato geográfico da Polônia, com uma cruz que retrata Jesus Cristo, centro do encontro. Os raios da Divina Misericórdia saem da cruz, com as mesmas cores e formas da pintura “Jesus confio em Ti”, realizada por pedido de Jesus quando de Sua aparição à Santa Faustina Kowalska. O ponto circular representa Cracóvia no mapa da Polônia. A oração da JMJ Cracóvia 2016 invoca a intercessão de João Paulo II, confira: “Deus, Pai misericordioso que revelastes o Vosso amor no Vosso Filho Jesus Cristo e o derramastes sobre nós no Espírito Santo Consola-

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São Tomé e sua linda profissão de fé

DETERMINAÇÃO nicia-se um projeto pessoal ou profissional, dedica-se a uma tarefa no trabalho, abandona-se a zona de conforto para conquistar algo. Em todas essas ações, uma coisa é certa: erros irão acontecer. Podem ser muitos, poucos ou apenas um; a quantidade deles pouco interessa. Nesse processo de busca, erro e tentativas uma palavra é essencial para a continuidade do que se propõem a fazer: a determinação. Uma das características fundamentais de um líder é ser determinado. Thomas Edison (1847 – 1931), inventor da lâmpada, fundador da GE, uma das maiores empresas do mundo, errou mais de 10 mil vezes no processo de criação da lâmpada, entretanto, é famosa uma citação dele: não errei mais de 10 mil vezes; descobri 10 mil formas de como aquilo não funcionaria.

DIOCESEEMFOCO

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dor, confiamos a Vós hoje o destino do mundo e de cada homem.” Pai Celestial, concedei que possamos dar testemunho de Vossa misericórdia. Ensina-nos a transmitir a fé aos que estão em dúvida, a esperança aos que estão desanimados, o amor aos que se sentem indiferentes, o perdão aos que erraram e a alegria aos que estão descontentes. Permiti que a centelha do Vosso amor misericordioso acesa em nós torne-se fogo que transforma corações e renova a face da terra. Maria, Mãe de misericórdia, rogai por nós. São João Paulo II, rogai por nós. Fonte: Site www.zenit.org www.vatican.va

O apóstolo São Tomé, celebrado em 3 de julho, está presente nos Evangelhos Sinóticos (Mt 10, 3; Mc 3, 18; Lc 6, 15) e nos Atos (At 1, 13). O seu nome deriva de uma raiz hebraica, ta'am, que significa "junto" ou "gêmeo". De fato, o quarto Evangelho fala de Tomé várias vezes com o sobrenome "Dídimo" (Jo 11, 16; 20, 24; 21, 2), que em grego significa precisamente "gêmeo". São Tomé (ou São Tomás, em outras traduções) era pescador, como nos sugere a passagem de João (21,1-4), onde o vemos pescando no Mar da Galileia, ao lado de outros apóstolos, como Pedro e os filhos de Zebedeu. Na Última Ceia, quando Jesus estava falando de sua partida e anuncia que vai preparar um lugar para os discípulos para que também eles estejam onde Ele estiver, e esclarece: "E, para onde Eu vou, vós sabeis o caminho" (Jo 14, 4), Tomé intervém e diz: "Senhor, não sabemos para onde vais, como podemos nós saber o caminho?" (Jo 14, 5). Com es-

sas palavras Tomé dá a Jesus a ocasião para pronunciar a célebre definição: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14, 6). Portanto, Tomé é o primeiro a quem é feita esta revelação, válida também para todos nós, e para sempre! É muito conhecida a cena acontecida oito dias depois da Páscoa, que nos mostra um Tomé incrédulo. Num primeiro momento, ele não tinha acreditado em Jesus que apareceu na sua ausência: "Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito" (Jo 20, 25). Sobre essa cena, transcrevemos o que disse o então Papa Bento XVI: “No fundo, destas palavras [de Tomé] sobressai a convicção de que Jesus já é reconhecível não tanto pelo rosto quanto pelas chagas. Tomé considera que os sinais qualificadores da identidade de Jesus são agora sobretudo as chagas, nas quais se revela até que ponto Ele nos amou. Nisto o Apóstolo não se engana” (Audiência

geral, de 27/09/2006). Oito dias depois, Jesus aparece no meio dos seus discípulos, e desta vez Tomé está presente. E Jesus o interpela: "Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!" (Jo 20, 27). Tomé reage com a profissão de fé mais linda de todo o Novo Testamento: "Meu Senhor e meu Deus!" (Jo 20, 28). Continuando a reflexão sobre essa Profissão de Fé, valemo-nos agora de uma homilia de outro pontífice, São Gregório Magno, do século VI (Homi-

lia 26, Patrologia Latina): “Se Tomé viu e tocou, porque é que lhe diz o Senhor: Porque me viste, acreditaste? É que ele viu uma coisa e acreditou noutra. A divindade não podia ser vista por um mortal. Ele viu a humanidade de Jesus e fez profissão de fé na sua divindade, exclamando: Meu Senhor e meu Deus! Portanto, tendo visto, acreditou, porque tendo à sua vista um homem verdadeiro, exclamou que era Deus, a quem não podia ver”. As dúvidas de Tomé têm para nós um efeito pedagógico positivo, pois nos conduzem à fé, à proclamação de Jesus co-

TRIBUTO AO PE. SAINT-CLAIR E PADRE ISMAR Neste mês de julho gostaria de prestar a minha homenagem ao Pe. Saint-Clair Ferreira Filho e ao Pe. Ismar Dias de Matos. Penso que, e tenho certeza, são merecedores desta e tantas outras homenagens pelo que são e representam para a nossa querida Diocese de Guanhães. Quando a Pascom da Diocese me pediu que escrevesse alguma coisa para a Folha Diocesana para ser publicado neste mês, me vieram à mente estas duas pessoas. Vejo esses dois pastores, como Pedro e Paulo: temperamentos diferentes, modo de evangelizar diferente, gostos às vezes diferentes; porém, têm algo em comum: Amor incondicional pela nossa Diocese de Guanhães. Conheço os dois praticamente desde a ordenação sacerdotal deles. Esse amor pela diocese, para mim tem a sua marca reveladora quando da criação de nossa diocese que ambos estudavam no seminário de Diamantina, arquidiocese da qual a então cidade de Guanhães e tantas outras cidades faziam parte e foram des-

membradas para se criar então a nossa Diocese de Guanhães. Ali, naquele momento, ambos poderiam optar por permanecer na Arquidiocese de Diamantina, ou assumir a vida de seminaristas já da nova e recém-criada Diocese de Guanhães. Não deu outra, optaram por assumir juntos com o nosso saudoso Dom Filippe e outros padres que já trabalhavam nas paróquias que passaram a pertencer à nova diocese a caminhada dessa nova Igreja Particular que surgia no Centro Nordeste Mineiro. Merecem a minha homenagem porque em momentos difíceis pelos quais passou a nossa Diocese eles estavam ali presentes, dando a sua contribuição e até assumindo responsabilidade naquele momento consideradas pesadas para aqueles jovens Padres. Neste Mês de julho, celebram suas Bodas de Prata Sacerdotais. São 25 anos de muita dedicação, de muito empenho e de fato, de muito Amor pela nossa Diocese. Hoje, Padre Ismar presta relevantes serviços na

área de Educação na PUC MINAS, em Belo Horizonte. Deixou-nos um grande presente, a FOLHA DIOCESANA a qual eu utilizo neste mês para prestarlhe a minha homanagem. Pe. Saint-Clair continua a evangelizar como pároco, hoje na Paróquia de São João Evangelista. A este, a minha gratidão. Quando decidi partir para o Seminário, Fevereiro de 1990, o então jovem Padre Saint-Clair que me encaminhou. Era o então responsável pela Pastoral Vocacional. Por tudo o que vocês fizeram e que com certeza farão de bom para a nossa Diocese de Guanhães, o meu muitíssimo obrigado! Mesmo distante, me alegro com esse momento tão importante e siginificativo na vida sacerdotal de vocês. Parabéns pelos 25 anos de vida consagrada a Deus e à causa do Evangelho. Pe. Dilton Maria Pinto Do Clero da Diocese de Guanhães Missão na Diocese de Lichinga Moçambique – África.

mo Senhor e Deus de nossas vidas. Os que se dizem “discípulos de São Tomé” devem aprender isso dele, pois ele olhava a humanidade de Jesus e via Sua divindade. Diz a tradição que São Tomé evangelizou o Oriente Médio e a Índia, sendo reconhecido como fundador da Igreja dos Cristãos Sírios Malabares ou Igreja dos Cristãos de São Tomé. É padroeiro dos geólogos, geógrafos, geometristas, arquitetos e construtores. Que o seu exemplo nos ajude a reforçar sempre mais a nossa fé em Jesus Cristo, nosso Senhor e nosso Deus.


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Calendário Diocesano

Editorial

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DAREDAÇÃO

JULHO2014

É com imensa alegria que a Folha Diocesana, nesse mês de Julho, em comemoração dupla, anuncia e homenageia duas peças importantíssimas na caminhada da PASCOM: as bodas de Prata sacerdotais dos nossos queridos padres, Ismar e Saint-Clair. Pe. Ismar, grande sacerdote, que em meados dos anos 90, plantou uma das sementes da PASCOM, iniciou os trabalhos da Folha diocesana, iniciada bem pequenina em São João Evangelista , e hoje distribuída em todas as paróquias da diocese de Guanhães e online. Pe. Ismar continua firme na caminhada do nosso jornal, contribuindo mensalmente com seus sábios artigos. Pe. Saint-Clair, centrado nos seus ideais, há vários anos à frente da coordenação da PASCOM da Diocese de Guanhães, luta pela PASCOM, pelo Jornal Folha Diocesana, pelo site da diocese, pelo Festival da Música Cristã, entre tantos outros trabalhos voltados para comunicação da Igreja. Leia, na íntegra, a entrevista que ambos concederam à nossa equipe; veja também as notícias e artigos colhidos com muito carinho por todos os amigos da FOLHA DIOCESANA! Contribua você também com essa obra! Leia e anuncie aqui.

JULHO 04 Oitavas de Final 05 Quartas de Final 8 PASCOM 08 Quartas de Final 09 Semifinal da Copa 12 Disputa terceiro lugar da Copa 13 Final da Copa 15 Bodas de Prata do Pe. Saint Clair em S. João 20 Ordenação do Diac. José Geraldo em Tapera (10hs.) 27 Carisma Show da RCC em Sapucaia de Guanhães 30 Reunião dos padres

expediente

AGOSTO 2 a 3 Mini Semana Catequética em Guanhães 1 e 2 Terceiro Festival da Música Cristã 4 São João Maria Vianney 4 Aniversário de Ordenação Episcopal de D. Jeremias e Dia do Padre: Missa e confraternização em Peçanha 10 a 17 Semana Nacional da Família 10 Presença Equipe da Causa do Cônego em Dores 11 a 15 Semana Nacional do Estudante 12 PASCOM 17 Assunção de Nossa Senhora 16 Encontro Vocacional 16 Escola Teol.: Moral Fundam. II (Pe. Edu. Ribeiro) 24 Ordenação Presbiteral Dic. Ivani em R. Vermelho às 10hs. 25 a 28 Retiro dos padres em Conceição (começa com a janta e termina com o almoço) 29 a 31 Enc. da P. Carc. Micro Centro II em Conceição 30 a 31 Terceiro Encontro Formação para líderes da PJ 30 Ord. Sac. do Diac. Salomão em Paulistas às 16hs.

Conselho Editorial: Padre Adão Soares de Souza, padre Saint-Clair Ferreira Filho, Taisson dos Santos Bicalho Revisão: Mariza da Consolação Pimenta Dupim Jornalista Responsável: Luiz Eduardo Braga - SJPMG 3883 Endereço para correspondência: Rua Amável Nunes, 55 - Centro Guanhães-MG - CEP: 39740-000 Fone:(33) 3421-3331 folhadiocesana@gmail.com

Editora Folha Diocesana de Guanhães Ltda CNPJ: 11.364.024/0001-46 www.diocesedeguanhaes.com.br Produção Gráfica: Geração BHZ - 31 3243-3829 Av. Francisco Sales, 40/906 Floresta - Belo Horizonte - MG E-mail: geracaobhz@gmail.com www.folhadafloresta.com.br

O jornal Folha Diocesana reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração.Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

DIOCESEEMFOCO

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Paróquia São Pedro comemora festa de seu padroeiro

1 e 2 de agosto www.festivaldamusicacrista.com.br

a m o c a u b i contr A N A S E C O I D A H L O F Dados para depósito bancário: Editora Folha Diocesana de Guanhães Cooperativa: 4103-3 Conta Corrente: 10.643.001-7 SICOOB-CREDICENM

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COMEMORAÇÃO - JULHO/AGOSTO DE 2014 Padres, religiosas, consagradas e seminaristas da diocese de Guanhães Julho 02 04 06 10 13 13 15 23 24 27 Agosto 01 04 07 15 19 21 28 29 Julho 06 Agosto 03 05 15 27 Julho 07 10 Agosto 23

Padres Pe. Antônio Amadeu Rocha Frei Geraldo Monteiro Pe. Itamar José Pereira Pe. Mário Gomes da Silva Pe. Eduardo Ribeiro Pe. José Adriano Barbosa dos Santos Pe. Saint-Clair Ferreira Filho Pe. José Adriano Barbosa dos Santos Pe. Vanderley Fonseca Clemente Pe. Antônio Amadeu Rocha Pe. Eduardo Ribeiro Dom Jeremias Antônio de Jesus Pe. Valter Guedes de Oliveira Dom Marcello Romano Dom Jeremias Antônio de Jesus Pe. Derci da Silva Pe. Hermes Firmiano Pedro Pe. Jacy Diniz Rocha Religiosas/Consagradas Carmen Helena P. de Oliveira (Guanhães – Coop. Família) Ir. Maria do C.Ferreira (Naná –Frei Lagonegro – Filha Mª) Maria das N. de Matos (Morro do Pilar – Coop. Família) Arminda de Jesus Batista (Guanhães – Coop. Família) Ir. Maria do Carmo Ferreira (Naná –Frei Lagonegro – Filha Mª) Funcionários Rosa Maria da Silva Bretas Simone Pinto Mendanha Maria Aparecida C. do Amaral

Ordenação Nascimento Ordenação Ordenação Ordenação Ordenação Ordenação Nascimento Ordenação Nascimento Nascimento Ordenação Episcopal Ordenação Nascimento Posse Canônica Ordenação Nascimento Nascimento Nascimento Profissão Religiosa Nascimento Profissão Religiosa Nascimento Nascimento Nascimento Nascimento

O povo de Deus da Paróquia de São Pedro estava em festa entre os dias 26 a 29 de junho de 2014. Como é do conhecimento de nossa Diocese, a Igreja Matriz de São Pedro do Suaçuí está interditada há mais de 1(um) ano e as celebrações estão ocorrendo em um local improvisado. Durante o tríduo e a festa, nossos paroquianos se reuniram em uma tenda armada em frente à Igreja que, para nossa alegria, teve suas obras iniciadas. Este ano meditamos o tema: COMO PEDRO, SOMOS CHAMADOS PARA O SEGUIMENTO DE JESUS. Foi bonito ver os irmãos chegarem de todas as partes para celebrar a Eucaristia na praça, num profundo silêncio e disposição para a escuta da Palavra do Senhor, diferente do que às vezes ocorre em Missas campais. Todos os dias ocorriam as tradicionais barraquinhas com comidas típicas, leilões, bingos e som. O dia 29 foi muito especial, celebramos a Solenidade de São Pedro e São Paulo e os vinte 29 anos de Ordenação Sacerdotal de nosso Administrador Paroquial Padre Pedro. A cerimônia teve a participação de uma grande multidão que lotou a praça para homenagear São Pedro e agradecer a

Deus pela vida e vocação de nosso pároco. Após a Procissão tivemos um lindo Show Pirotécnico, apresentação de uma quadrilha do grupo de jovens “KAIROS” de São João Evangelista e um show com “Doguinhas” do Forró patrocinado pela Prefeitura. Tudo contribuiu para que possamos nos manter animados nos esforços pela restauração e reforma de nossa Igreja Matriz. O projeto arquitetônico tem um orçamento inicial de R$ 313.000,00 (Trezentos e treze mil) e dispomos de apenas 1/3 do valor. O fato não nos desanima, pelo contrário nos encoraja a fazer como Pedro, abandonar as redes do comodismo e dedicarmos ao serviço do Reino. Estamos em campanha e contamos com o apoio financeiro e as orações de toda a nossa Diocese. A conta para doação é do Banco Bradesco, Agência 609-2 Conta Poupança 1003623-2. Os nossos agradecimentos aos padres da nossa paróquia, Pedro e Celso pelo entusiasmo e dedicação, ao Conselho Paroquial, a Equipe de Festa de 2014 e a todos os São pedrenses e colaboradores. Equipe de comunicação da Paróquia São Pedro do Suaçuí.

QUARESMA: UM GRANDE RETIRO No artigo anterior, fiz uma explanação geral do Ano Litúrgico. No presente texto irei abordar mais especificamente o Tempo da Quaresma. Como o Cristo realizou a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus principalmente pelo seu mistério pascal, quando morrendo destruiu a nossa morte e ressuscitando renovou a vida, o sagrado Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor resplandece como ápice de todo o ano litúrgico. Portanto, a solenidade da Páscoa goza no ano litúrgico a mesma culminância do domingo em relação à semana. O dom da vida nova, que foi celebrado pelo mergulho no Mistério Pascal, no dia do nosso batismo, muda radicalmente a nossa atitude em relação a todas as coisas. Mas, imersos em nossas ocupações cotidianas, facilmente nos esquecemos de quem no tornamos. Eis porque a Festa da Páscoa é retorno anual ao nosso batismo. A Quaresma é, então, o grande retiro anual da Igreja, desde a Quarta-feira de Cinzas, para preparar a páscoa. Prolonga-se por seis semanas, terminando na Quinta-Feira Santa. “A Igreja se une todos os anos, durante quarenta dias de quaresma, ao mistério de Jesus no deserto”. É o tempo de preparação para a maior festa dos cristãos. Começa em um dia da semana, a Quarta-feira de Cinzas, cuja data é móvel, dependendo da data de celebração da Páscoa, e termina na Quinta-feira Santa, antes da missa da Ceia do Senhor. Possui seis domingos; o sexto se chama Domingo de Ramos na Paixão do Senhor, e com ele começa a Semana Santa. A Quarta-feira de Cinzas é, junto com a Sexta-feira Santa, um dia de jejum, e a quaresma inteira, um tempo de conversão e penitência. Unir-se a Jesus em seus quarenta dias de deserto é, para a Igreja e cada cristão, uma oportunidade anual de entrar no íntimo do próprio coração para renovar-se na fé e no compromisso com o Evangelho. A cor roxa e o silêncio do “Aleluia”, louvação pascal, são dois símbolos que acompanham esse tempo até seu término, na missa da Ceia do Senhor

durante a Quinta-feira Santa. Durante esse tempo, ganha importância especial a preparação final dos catecúmenos que recebem os sacramentos da iniciação na Vigília Pascal. O itinerário de leituras da missa do ano A é batismal exatamente para acompanhar a catequese pré-sacramental dos catecúmenos e introduzir todos os cristãos no clima da renovação das promessas batismais que se realizará dentro da Vigília Pascal. Estruturada à luz do simbolismo bíblico dos “quarenta dias”, a quaresma é considerada tempo de purificação e iluminação para os catecúmenos eleitos para o batismo e “sacramento” de conversão e renovação para os batizados. “Por sua dupla característica [batismal e penitencial] reúne catecúmenos e fiéis na celebração do mistério pascal”, sendo um tempo de “recolhimento espiritual” (RICA, 152) para ambos, preparação para a grande celebração da Páscoa. Características desse “tempo de graça” são as práticas penitenciais, por excelência, da oração, do jejum e da esmola, palavras que hoje soam arcaicas a muitos ouvidos, mas que podemos traduzir por cultivo intenso e empenhado da espiritualidade cristã, que nos motiva para o seguimento apaixonado daquele que nos convida a tomar a cruz do amor maior; do autocontrole, que nos libera para a disponibilidade e entrega de nossas vidas a serviço dor irmãos e irmãs; da solidariedade, sobretudo, com os mais precisados. É nesse contexto e com esse espírito que participamos do canto do Ofício da Quaresma, da Via Sacra e, sobretudo, da Eucaristia dominical; que nos propomos a renunciar a gostos e comodidades do dia a dia; que nos dedicamos à Campanha da Fraternidade. Dessa forma, o exercício

da penitência prescrito pela Igreja expressa a nossa busca de crescimento espiritual: retiramo-nos de algumas coisas para poder experimentar outras com maior profundidade. São Bento sugere que cada um recuse a seu corpo alguma coisa da comida, da bebida, do sono, das conversas, das brincadeiras, e na alegria do desejo espiritual, espere a santa Páscoa. Na manhã da Quinta-feira Santa, celebra-se a missa crismal na qual o bispo abençoa os óleos que serão utilizados nos sacramentos do batismo, da confirmação e da unção dos enfermos. É a última celebração do tempo da quaresma, antes de começar o tríduo pascal. Após refletir sobre o Tempo da Quaresma, falta-nos, para concluir o Ciclo da Páscoa, a Semana Santa e o Tempo Pascal, que será o tema do próximo artigo. Jaciel Dias de Andrade Seminarista do 1° ano de Teologia Membro da Equipe Diocesana de Liturgia da Diocese de Guanhães – MG Bibliografia Básica Manual de Liturgia, CELAM, vol. IV: a celebração do mistério pascal: outras expressões celebrativas do mistério Pascal e a liturgia na vida da Igreja. Trad. Herman Hebert Watzlawich. SP: Paulus, 2007.


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JULHO2014

DIOCESEEMFOCO

Comunicadores diocesanos se preparam para o 4º Encontro Nacional da PASCOM em Aparecida-SP No dia 28 de junho, sábado, às 9h, no Centro pastoral paroquial São Miguel em Guanhães (MG), estiveram reunidas as pessoas que irão participar do 4º Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação, em Aparecida – São Paulo, nos dias 24 a 27 de julho de 2014. O encontro iniciou com oração e apresentação dos participantes. Após as apresentações fizeram um pequeno estudo sobre o tema do 4º Encontro: “Comunicação, desafios e possibilidades para evangelizar na era da cultura”. E por fim, passaram algumas comunicações e orientações sobre a viagem e encontro em Aparecida. Estiveram presentes as seguintes pessoas: Salete, Lafaiete – Santa Maria do Suaçuí Adenil – São João Evangelista Jose Aparecido de Miranda – Seminarista Marlene e Luciano – Paulistas Bruno – Seminarista Juliano, Simone, Arminda, Sônia e Mariza – Guanhães Por CATECOM

Manter a Folha Diocesana, sonho de padre Ismar, não é tarefa fácil, mas a equipe, liderada por padre Saint-Clair e por padre Adão, se sente fortalecida porque sabe que pode contar com muitos diocesanos e diocesanas que acreditam que esta é um meio de evangelizar e colaboram de diversas formas (com artigos, financeiramente, divulgando). Nossos agradecimentos, em especial, à secretária da paróquia São Miguel – Márcia Martins - que é uma das maiores divulgadoras da Folha Diocesana.

Uma Igreja ministerial, na alegria de servir A temática dos ministérios é muito rica, não apenas em sua dimensão teológica e documental, mas principalmente no aspecto experiencial das realidades dos ministérios ordenados e nãoordenados no ambiente eclesial, lugar de comunhão, de celebração e missão, serviço ao Evangelho através dos irmãos e irmãs em Cristo na comunidade de fé. Ao experimentar o Deus da vida que vem ao encontro do ser humano, os fiéis não ficam presos, tornam-se missionários dentro e fora de sua comunidade, porque se sentem enviados para partilhar a experiência libertadora. Compreende-se que, a partir do Concílio Vaticano II celebrado de 1962 a 1965, a Igreja procurou voltar às origens, resgatando seu significado de sacramento, ser sinal visível de salvação dos fiéis, pela entrega gratuita e amorosa de Cristo, bem como sua missão de dialogar com o mundo contemporâneo, a fim de proporcionar uma experiência sempre nova e atualizada com a vida e a mensagem de Jesus. Nesse processo de retorno aos ideais evangélicos, com o desejo de ser um sinal mais eficaz no anúncio da Boa Nova de Cristo, a Igreja chamou a atenção para duas realidades importantes de sua missão. A primeira, com base na experiência de um Deus que é comunhão trinitária, considerando o espaço eclesial como lugar de comunhão em todos os aspectos, quer na dimensão do mistério-celebrativo, quer na dimensão institucional-histórica. A segunda realidade diz respeito ao tema da ministerialidade, quando a Igreja destaca a necessidade de ser toda ministerial, valorizando os ministérios ordenados (bispos, presbíteros e diáconos) e os ministérios não-ordenados (leigos). Os ministérios têm natureza essencialmente para o serviço. Contudo, quando mal compreendidos, e pior, mal assumidos, eles podem ser exercidos como status e fonte de poder perdendo todo seu significado de comunhão e doação. Todos aqueles que vivem a fé no ambiente eclesial são enviados para anunciar e testemunhar a mensagem salvífica que nasce do amor do Pai, pela entrega fiel do Filho, na comunhão com o Espírito Santo. Atualmente a Igreja vive um ótimo momento de acolhida e evangelização com a presença humilde e carismática do Papa Francisco que vem provocando a todos para uma fidelidade maior ao Evangelho, na doação, no serviço e na fidelidade ao projeto de Jesus. Com suas palavras e com seu testemunho bonito, o Sumo Pontífice chama a atenção de todos, principalmente dos ministros ordenados para que sejam pessoas de uma entrega total e incondicional à missão que abraçaram de viverem in persona Christi e in persona Ecclésia (Na pessoa de Cristo e na pessoa da Igreja), isto é, viverem intimamente ligados a Cristo no seio da santa mãe Igreja. André Luiz Eleotério da Lomba Seminarista – 3° Ano de Teologia Diocese de Guanhães (MG)

O novo site da Diocese de Guanhães já está na net

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FOLHA

IOCESANA INFORMATIVO DA DIOCESE DE GUANHÃES | MG | ANO XVIII | Nº 217 | Julho de 2014

25 ANOS EM MISSÃO Pe. Saint-Clair

Pe. Ismar

ÂTÄxzÜtÜ@áx vÉÅ Éá Öâx áx tÄxzÜtÅ x v{ÉÜtÜ vÉÅ Éá Öâx v{ÉÜtÅAÊ

ÂgâwÉ ÑÉááÉ ÇæTÖâxÄx Öâx Åx yÉÜàtÄxvxAÊ

(Rm 12,15)

(Fp 4,13)

www.diocesedeguanhaes.com.br Faça-nos uma visita! Divulguem!

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Paróquia São Pedro comemora festa de seu padroeiro

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Comunicadores diocesanos se preparam para o 4º Encontro Nacional da PASCOM em Aparecida-SP


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