Folha diocesana ed254

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DIOCESANA INFORMATIVO DA DIOCESE DE GUANHÃES | MG | ANO XXII | Nº 254 | Janeiro de 2018

8 1 0 2 CF

PÁGINAS 4 e 5

Vocação sacerdotal:

Dia Nacional da Juventude (DNJ)

um chamado na liberdade para seguir a Cristo

2018 será em Guanhães

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Os seminaristas Daniel e Guilherme recebem os ministérios PÁGINA

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DIOCESANA

REDAÇÃO

Janeiro de 2018 EDITORIAL

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018: SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA problemática da violência não é uma realidade dos tempos atuais. Os episódios de agressividade acompanham a história humana. A própria Sagrada Escritura registra isso começando por Caim, lá nos primórdios da criação. A Campanha da fraternidade convida “a todos de boa vontade” a trabalhar pela superação da violência. O objetivo é “Construir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência” (CF 2018 Texto-Base). Alguns podem se questionar onde está Deus que permite que seu povo fique exposto a tanto horror. A verdade é que “A causa dos males da sociedade é a recusa do amor de Deus” (Pe Dehon). Quanto mais nos distanciamos de Deus, mais espaço vago deixamos para o mal agir em nossas casas, em nossa cidade, e princi-

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palmente em nosso coração. A Violência é tóxico e um dos passos para superação da violência é evitar a contaminação que a mídia produz em nossos lares e mentes: a televisão com seus filmes carregados de cenas de agressão, novelas com conteúdo de vingança e ódio. Noticiários que só disseminam maldade, compartilhamentos de fotos, vídeos e áudios com conteúdo censurável, agressivo, muitas vezes mentiroso, mas que cumpre com o objetivo de espalhar pânico aonde chega. Também provocações de cunho político-partidário. Quanto lixo é compartilhado, lotando o espaço no celular de coisa ruim! É por isso que o papa Francisco pro-

JANEIRO 01 - Sta MARIA MÃE DE DEUS e dia da PAZ 07-19 - Curso do IRPAC, Casa de Retiro São José 08-14 - PJ Missões, Santa Maria do Suaçuí/MG 09-14 - Ministério Jovem/RCC, em Janaúba/MG 23-27 - 14º Intereclesial das CEBs em Londrina/PR 27 - Reunião da coord. diocesana de catequese com Irpaquianos 2018 FEVEREIRO 03 e 04 - Juventude: Formação para líderes 06 - Reunião do Conselho Presbiteral, 09h

EXPEDIENTE

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09 - Ordenação Diaconal dos seminaristas André, Daniel e Edmilson; 19h 10-13 - RCC, RETIRO DE CARNAVAL nas paróquias pelos Grupos de Oração 13 - CARNAVAL 14 - CINZAS – Campanha da Fraternidade. Abertura da Quaresma e CF nas paróquias 15 - Reunião da Coordenação de Pastoral= coordenadores de Áreas, 10h 17 - ESCOLA DE TEOLOGIA. Introdução à Teologia e à Bíblia – Pe. José Martins 20 - Reunião do Clero, 09h 23 a 25 - Congresso do COMIRE em BH. 23 - Reunião da Cord. Diocesana de Catequese com os Irpaquianos 2018, à noite 24 - Encontro diocesano com Coordenadores paroquiais de catequese

DIOCESANA

Endereço para correspondência: Rua Amável Nunes, 55 - Centro Guanhães-MG - CEP: 39740-000

nos na apatia, gerando medos ou a impressão de não ser possível pôr limites ao mal. Aliás, num sistema comunicador onde vigora a lógica de que uma notícia boa não desperta a atenção e, por conseguinte, não é uma notícia, e onde o drama do sofrimento e o mistério do mal facilmente são elevados a espetáculo, podemos ser tentados a anestesiar a consciência ou cair no desespero.” Se queres a paz, reze o terço – disse Nossa Senhora de Fátima em 1917 – essa seria uma ótima alternativa: desligar a televisão no horário de programas cheios de conteúdo impróprio (no horário “nobre” de certos tipos de novelas) e reunir a família para a récita do terço antes de dormir. Certamente nossa realidade mudaria para melhor e as famílias estariam assim, entre outras formas de ação, colaborando para a superação da violência. Pe Bruno Costa Ribeiro, colaborador

COMEMORAÇÃO JANEIRO E FEVEREIRO 2018

CALENDÁRIO DIOCESANO

Conselho Editorial: Padre Adão Soares de Souza, Padre Saint-Clair Ferreira Filho, Padre Bruno Costa Ribeiro Revisão: Mariza da Consolação Pimenta Dupim Jornalista Responsável: Luiz Eduardo Braga - SJPMG 3883 Tiragem: 5.000 exemplares

pôs na mensagem para o 51º dia mundial das comunicações sociais de 2017: “Creio que há necessidade de romper o círculo vicioso da angústia e deter a espiral do medo, resultante do hábito de se fixar a atenção nas ‘notícias más’ (guerras, terrorismo, escândalos e todo o tipo de falimento nas vicissitudes humanas). Não se trata, naturalmente, de promover desinformação onde seja ignorado o drama do sofrimento, nem de cair num otimismo ingênuo que não se deixe tocar pelo escândalo do mal. Antes, pelo contrário, queria que todos procurássemos ultrapassar aquele sentimento de mau-humor e resignação que muitas vezes se apodera de nós, lançando-

Fone:(33) 3421-3331 folhadiocesana@gmail.com Editora Folha Diocesana de Guanhães Ltda CNPJ: 11.364.024/0001-46 www.diocesedeguanhaes.com.br Produção Gráfica: Geração BHZ - 31 3243-3829 Av. Francisco Sales, 40/906 Floresta - Belo Horizonte - MG E-mail: geracaobhz@gmail.com

O jornal Folha Diocesana reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração.Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

PADRES, RELIGIOSAS, CONSAGRADAS E SEMINARISTAS DA DIOCESE DE GUANHÃES JANEIRO 06 Maria das Neves de Matos (Morro do Pilar – Coop. Família) 10 Carmen Helena P. de Oliveira (Guanhães – Coop. Família) 10 Maria Célia A. Andrade (Santa Mª Suaçui – Coop. Família 13 Pe. Eduardo Dornelas da Cruz 14 Pe. Adão Soares de Souza 14 Pe. Salomão Rafael G. Neto 22 Maria Otília Nave Tourais (Guanhães – Coop. Família) 28 Pe. Hermes Firmiano Pedro 29 Pe. Adão Soares de Souza 30 Ir. Joanagélica de Mattos (C. Mato Dentro – Clarissa Francisc) 31 Pe. Osmar Batista Siqueira

Profissão Religiosa Profissão Religiosa Nascimento Nascimento Ordenação Nascimento Nascimento Ordenação Nascimento Nascimento Nascimento

FEVEREIRO 04 Dom Emanuel Messias de Oliveira Pe. Derci da Silva 04 07 Pe. Bruno Costa Ribeiro 24 Pe. Luiz Maurício Silva

Ordenação Presbiteral Nascimento Nascimento Nascimento

a m o c a u b contri A N A S E C O I D A H L O F A FOLHA DIOCESANA PRECISA DE VOCÊ

Dados para depósito bancário: Editora Folha Diocesana de Guanhães Cooperativa: 4103-3 Conta Corrente: 10.643.001-7 SICOOB-CREDICENM


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ARTIGOS

DIOCESANA

Janeiro de 2018

PALAVRAS DO PAPA FRANCISCO

POR QUE IR À MISSA AOS DOMINGOS? m audiência no Vaticano, Papa Francisco questionou: “Por que ir à missa aos domingos?” O Sumo Pontífice esclareceu que “foi no primeiro dia que Ele – Jesus – ressuscitou” e que “desde os primeiros tempos, os discípulos de Jesus celebravam o encontro eucarístico com o Senhor no dia que os judeus chamavam ‘o primeiro da semana’ e os romanos, ‘o dia do sol’. Depois da Páscoa, os discípulos de Jesus acostumaram-se a esperar a visita do seu divino Mestre no primeiro

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dia da semana; foi nesse dia que Ele ressuscitou e veio encontrar-Se com eles no Cenáculo, falando e comendo com eles e dando-lhes o Espírito Santo. Este encontro se repetiria oito dias depois, já com a presença de Tomé. E assim, aos poucos, o primeiro dia da semana passou a ser chamado pelos cristãos ‘o dia do Senhor’, ou seja, o domingo”. Papa Francisco explicou que “A celebração dominical da Eucaristia está no centro da vida da Igreja: nós vamos à missa para encontrarmos o Senhor ressuscitado, ou melhor, para nos deixarmos encontrar por ele; É a missa que faz cristão o domingo. Ouvir a sua palavra, alimentar-nos à sua mesa e assim, nos tornar-

mos Igreja, o seu corpo místico vivo hoje no mundo. Por isso, o domingo é, para nós, um dia santo: santificado pela celebração eucarística, presença viva do Senhor para nós e entre nós. É a Missa que faz cristão o domingo”. Francisco recordou que “Infelizmente há comunidades cristãs que não podem ter Missa todos os domingos; mas também elas são chamadas a recolher-se em oração, nesse dia, ouvindo a Palavra de Deus e mantendo vivo o desejo da Eucaristia”. “Sem Cristo, estamos condenados a ser dominados pelo cansaço do dia a dia com as suas preocupações e pelo medo do futuro. O encontro dominical com Jesus dá-nos a força de que necessitamos para viver com coragem e esperança os nossos dias”.

“Não é suficiente responder que isto é um preceito da Igreja. Nós, cristãos, precisamos participar da missa dominical porque somente com a graça de Jesus, com a sua presença viva em nós e entre nós, podemos colocar em prática o seu mandamento e ser testemunhas críveis. A comunhão eucarística com Jesus ressuscitado antecipa aquele domingo sem ocaso em que toda a humanidade entrará no repouso de Deus”, reafirmou Papa Francisco. Fonte: Rádio Vaticano.

OPINIÃO

VOCAÇÃO SACERDOTAL: UM CHAMADO NA LIBERDADE PARA SEGUIR A CRISTO odo ser humano deseja algo mais. Seguir a Cristo é um jeito de dar resposta a esse desejo. Todavia, passar pelo sofrimento que Ele passou, poucos aceitam. Seguir a Cristo é uma missão difícil, mas não impossível. Quando decidi me ingressar no seminário, tive que desapegar-me de muitas coisas, pois Cristo nos chama à missão: "todos aqueles que tiverem deixado casa, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, ou terras por causa de mim e do meu Evangelho, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna" (Mt 19,29). Minha trajetória no Seminário Propedêutico, em Ubaporanga – MG, foi muito agradável, foi um tempo em que vivi e convivi com pessoas diferentes, especiais. Nesse curto período, aprendi muito com os formadores e também com os companheiros de Seminário; cresci muito na minha vida de oração. Sinto que evolui bastante e busco a cada dia evoluir ainda mais, tanto na vida espiritual, quanto na minha vida acadêmica.

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O ano de 2017 foi uma grande dádiva de Deus na minha vida e no meu discernimento vocacional e creio que também na vida dos outros quatro colegas que concluem a etapa junto comigo. Que São José, patrono do Seminário Propedêutico, juntamente com são Luiz Gonzaga e São Carlos Borromeu, patronos dos seminaristas, e a Virgem Maria, mãe de Deus e nossa, intercedam por mim, por todos os formadores, pelos meus companheiros de caminhada, para que a cada dia possamos dar o nosso Sim a exemplo da santíssima Virgem Maria. Termino lembrando do saudoso São João Paulo II, que dizia: " Querem ser bons padres? Sejam excelentes seminaristas”. Erlon Matheus M. Santos Seminarista da Diocese de Guanhães


CF2018

Janeiro de 2018

DURVAL ÂNGELO Deputado Estadual

DIOCESE DE GUANHÃES REALIZA ESTUDO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018 o dia 12 de dezembro, padres, religiosos, agentes de pastoral e o bispo da diocese de Guanhães, dom Jeremias Antonio de Jesus, participaram de um estudo da Campanha da Fraternidade 2018. O palestrante foi o deputado estadual Durval Ângelo. Com o tema “Fraternidade e supera-

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ção da violência”, a CF 2018, além de mapear a violência, colocará também em evidência as iniciativas que existem para superá-la, bem como despertar novas propostas com esse objetivo. O lema da CF “Vós sois todos irmãos” foi extraído do capítulo 23 do Evangelho de São Mateus, no qual Jesus repreende os fariseus e mestres da lei por suas práti-

cas não serem coerentes com os seus discursos. A Campanha da Fraternidade é realizada todos os anos pela Igreja Católica no Brasil durante o período da Quaresma, e coordenada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). A CF tem como principal objetivo despertar a solidariedade de todos os seus fiéis e tam-

bém da sociedade brasileira para um problema que envolve todos nós, buscando assim uma solução para resolver esses problemas. Ronny Barroso, da Vida Nova FM, emissora da Diocese Guanhães, entrevistou Durval Ângelo. A Folha Diocesana apresenta, a seguir (na página 5), parte da entrevista:

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DIOCESANA

FOLHA ENTREVISTA

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Ronny Barroso: Tendo em vista o tema da Campanha “Fraternidade e superação da violência” e o lema “Vós sois todos irmãos”, o que o senhor pode nos dizer a respeito desta iniciativa da CNBB? Durval Ângelo: O momento é oportuno. Temos visto isso com frequência ao longo desses últimos anos. Na realidade, a CF promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e algumas delas, como do ano passado, que são ecumênicas têm sido uma grande interpelação no período da quaresma e com o passar dos anos. Cada vez mais a mensagem social, o sentido econômico-político da missão sempre ficam expressos nas Campanhas da Fraternidade; e se olharmos bem a temática dos últimos anos ao falar de fraternidade, abordaram aspectos genéricos da violência: a desse ano, trabalhamos aspectos do meio ambiente; do ano passado e desse ano, nós trabalhamos a questão da violência ao meio ambiente, a questão dos nossos biomas no Brasil; como também em outros anos essa interpelação esteve sempre presente, certo? A de 2018 vai tratar especificamente do tema da violência. Interessante que a gente percebe desde 1968 que a CF sempre aborda temas mais atuais da realidade brasileira e provocando sempre gestos bem concretos. Estamos vivendo tempos muito duros, sombrios, onde a violência tem sido mais explicitada, vivemos a banalização da vida. Eu diria muito mais: vivemos uma cultura de morte, não precisa fazer uma ginástica muito grande para descobrir que os que mais sofrem com isso é o povo, são os mais pobres da população, são os mais desprotegidos em relação à violência. Acredito que a Igreja do Brasil e também as igrejas cristãs ao trazer esse tema estarão provocando um processo muito significativo, muito importante para que a gente possa provocar gestos concretos de superação da violência. As estatísticas mostram um quadro muito triste: morrem por ano, de forma violenta no mundo, excluindo o trânsito, 1,3 milhões de pessoas; desses, 800 mil é autoextermínio; e é interessante que a maior causa da morte tanto tem sido por armas de fogo; no momento em que o estatuto do desarmamento pelo qual a igreja lutou tanto anos atrás para que ele fosse realidade corre risco. Então eu acho que precisamos nos sensibilizar com isso e essa chamada da igreja católica no Brasil agora com as igrejas cristãs do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs vem nos provocar de forma significativa para que abordemos essa questão, tratemos dessa questão e aprofundemos cada vez mais a questão de uma cultura de paz; por ai que a gente tem que caminhar. Ronny Barroso: Quando se fala de violência, logo se pensa em pancadaria, arma de fogo. Mas não é só isso que provoca violência! Durval Ângelo: Sim. Esta é uma das questões que abordaremos nesse encontro com agentes de pastoral, com religiosos e com os padres para mostrar que há violência que é mais explicita, que tem causa física, mas existe uma violência ocul-

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ta e particularmente simbólica que é terrível, que gera problemas psicológicos gravíssimos, que gera, por exemplo, apartação social, afastamento do meio social e que pode levar, muitas vezes, ao autoextermínio. Existem violências que são mais específicas no âmbito familiar, daí a discussão hoje da Lei Maria da Penha, da questão da violência sexual contra crianças e adolescentes; existem violências que são causadas por questão de bullying, por questão de assédios morais que é muito grave, que gera um custo e é isso que vou apresentar, um custo para o mundo do trabalho muito grande, levando à falta de produtividade, à falta de motivação no mundo do trabalho. Aquilo que era para ser alegria, o mundo do trabalho para participar da obra da criação de Deus acaba sendo um peso, acaba sendo uma tortura. Então eu acho que até a violência explícita acaba gerando indignação maior essa que aparece, a física; já essa oculta não vê que a sociedade se mobilize de forma suficiente e ela acaba tendo uma consequência pior e mais ainda ela provoca posteriormente a violência física e muitas vezes ela não parece como causa disso. A gente vê, por exemplo, nos Estados Unidos casos de chacinas depois de bullying escolar, depois de processo de marginalização e apartação que uma pessoa viveu. E esta pessoa depois acaba indo para vias de fato, essa violência oculta; ela é a causa do mal-estar da civilização, da insatisfação das pessoas, da não pertença ao mundo dos sentimentos como se alguém tivesse apartado do mundo. Então eu acho que a gente tem que ver essa violência que aparece, a que é visível, sempre digo; assim é a ponta do iceberg. No mar, o iceberg só mostra 10% da sua ponta, 90% está escondido. Eu penso que a relação seria a mesma se se pensar uma violência física explícita e essa violência oculta ou simbólica. Ao final da entrevista”que Deus nos ajude cada vez mais para sermos realmente mensageiros da paz, como nos diz o profeta Isaías: como são belos os pés daqueles que conduzem a bandeira da paz. Eu acho que esse é o ideal nosso. Que todos nós somos irmãos, esse que é o desafio que a CF nos interpela...” Entrevista de Ronny Barroso, da Rádio Vida Nova FM 91,5. Colaboração de Pe Wanderley Rodrigues e Mariza Pimenta Dupin


CF2018

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DURVAL ÂNGELO Deputado Estadual

DIOCESE DE GUANHÃES REALIZA ESTUDO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018 o dia 12 de dezembro, padres, religiosos, agentes de pastoral e o bispo da diocese de Guanhães, dom Jeremias Antonio de Jesus, participaram de um estudo da Campanha da Fraternidade 2018. O palestrante foi o deputado estadual Durval Ângelo. Com o tema “Fraternidade e supera-

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ção da violência”, a CF 2018, além de mapear a violência, colocará também em evidência as iniciativas que existem para superá-la, bem como despertar novas propostas com esse objetivo. O lema da CF “Vós sois todos irmãos” foi extraído do capítulo 23 do Evangelho de São Mateus, no qual Jesus repreende os fariseus e mestres da lei por suas práti-

cas não serem coerentes com os seus discursos. A Campanha da Fraternidade é realizada todos os anos pela Igreja Católica no Brasil durante o período da Quaresma, e coordenada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). A CF tem como principal objetivo despertar a solidariedade de todos os seus fiéis e tam-

bém da sociedade brasileira para um problema que envolve todos nós, buscando assim uma solução para resolver esses problemas. Ronny Barroso, da Vida Nova FM, emissora da Diocese Guanhães, entrevistou Durval Ângelo. A Folha Diocesana apresenta, a seguir (na página 5), parte da entrevista:

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Ronny Barroso: Tendo em vista o tema da Campanha “Fraternidade e superação da violência” e o lema “Vós sois todos irmãos”, o que o senhor pode nos dizer a respeito desta iniciativa da CNBB? Durval Ângelo: O momento é oportuno. Temos visto isso com frequência ao longo desses últimos anos. Na realidade, a CF promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e algumas delas, como do ano passado, que são ecumênicas têm sido uma grande interpelação no período da quaresma e com o passar dos anos. Cada vez mais a mensagem social, o sentido econômico-político da missão sempre ficam expressos nas Campanhas da Fraternidade; e se olharmos bem a temática dos últimos anos ao falar de fraternidade, abordaram aspectos genéricos da violência: a desse ano, trabalhamos aspectos do meio ambiente; do ano passado e desse ano, nós trabalhamos a questão da violência ao meio ambiente, a questão dos nossos biomas no Brasil; como também em outros anos essa interpelação esteve sempre presente, certo? A de 2018 vai tratar especificamente do tema da violência. Interessante que a gente percebe desde 1968 que a CF sempre aborda temas mais atuais da realidade brasileira e provocando sempre gestos bem concretos. Estamos vivendo tempos muito duros, sombrios, onde a violência tem sido mais explicitada, vivemos a banalização da vida. Eu diria muito mais: vivemos uma cultura de morte, não precisa fazer uma ginástica muito grande para descobrir que os que mais sofrem com isso é o povo, são os mais pobres da população, são os mais desprotegidos em relação à violência. Acredito que a Igreja do Brasil e também as igrejas cristãs ao trazer esse tema estarão provocando um processo muito significativo, muito importante para que a gente possa provocar gestos concretos de superação da violência. As estatísticas mostram um quadro muito triste: morrem por ano, de forma violenta no mundo, excluindo o trânsito, 1,3 milhões de pessoas; desses, 800 mil é autoextermínio; e é interessante que a maior causa da morte tanto tem sido por armas de fogo; no momento em que o estatuto do desarmamento pelo qual a igreja lutou tanto anos atrás para que ele fosse realidade corre risco. Então eu acho que precisamos nos sensibilizar com isso e essa chamada da igreja católica no Brasil agora com as igrejas cristãs do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs vem nos provocar de forma significativa para que abordemos essa questão, tratemos dessa questão e aprofundemos cada vez mais a questão de uma cultura de paz; por ai que a gente tem que caminhar. Ronny Barroso: Quando se fala de violência, logo se pensa em pancadaria, arma de fogo. Mas não é só isso que provoca violência! Durval Ângelo: Sim. Esta é uma das questões que abordaremos nesse encontro com agentes de pastoral, com religiosos e com os padres para mostrar que há violência que é mais explicita, que tem causa física, mas existe uma violência ocul-

Janeiro de 2018

ta e particularmente simbólica que é terrível, que gera problemas psicológicos gravíssimos, que gera, por exemplo, apartação social, afastamento do meio social e que pode levar, muitas vezes, ao autoextermínio. Existem violências que são mais específicas no âmbito familiar, daí a discussão hoje da Lei Maria da Penha, da questão da violência sexual contra crianças e adolescentes; existem violências que são causadas por questão de bullying, por questão de assédios morais que é muito grave, que gera um custo e é isso que vou apresentar, um custo para o mundo do trabalho muito grande, levando à falta de produtividade, à falta de motivação no mundo do trabalho. Aquilo que era para ser alegria, o mundo do trabalho para participar da obra da criação de Deus acaba sendo um peso, acaba sendo uma tortura. Então eu acho que até a violência explícita acaba gerando indignação maior essa que aparece, a física; já essa oculta não vê que a sociedade se mobilize de forma suficiente e ela acaba tendo uma consequência pior e mais ainda ela provoca posteriormente a violência física e muitas vezes ela não parece como causa disso. A gente vê, por exemplo, nos Estados Unidos casos de chacinas depois de bullying escolar, depois de processo de marginalização e apartação que uma pessoa viveu. E esta pessoa depois acaba indo para vias de fato, essa violência oculta; ela é a causa do mal-estar da civilização, da insatisfação das pessoas, da não pertença ao mundo dos sentimentos como se alguém tivesse apartado do mundo. Então eu acho que a gente tem que ver essa violência que aparece, a que é visível, sempre digo; assim é a ponta do iceberg. No mar, o iceberg só mostra 10% da sua ponta, 90% está escondido. Eu penso que a relação seria a mesma se se pensar uma violência física explícita e essa violência oculta ou simbólica. Ao final da entrevista”que Deus nos ajude cada vez mais para sermos realmente mensageiros da paz, como nos diz o profeta Isaías: como são belos os pés daqueles que conduzem a bandeira da paz. Eu acho que esse é o ideal nosso. Que todos nós somos irmãos, esse que é o desafio que a CF nos interpela...” Entrevista de Ronny Barroso, da Rádio Vida Nova FM 91,5. Colaboração de Pe Wanderley Rodrigues e Mariza Pimenta Dupin


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DIOCESANA

GERAL

Janeiro de 2018

INICIA NA DIOCESE A VISITAÇÃO DA IMAGEM DA SAGRADA FAMÍLIA DO ANO NACIONAL DO LAICATO o dia 26 de novembro, na Solenidade de Cristo Rei, celebrou-se em todo o Brasil, a Abertura do Ano Nacional do Laicato. Ficou acertado durante a Reunião do Clero que o estandarte com a imagem da Sagrada Família, criado para o Ano Nacional do Laicato, visitará todas as paróquias da Diocese. A imagem ficou do dia 26 até o dia 16 de dezembro na catedral de São Miguel, na paróquia São Miguel, e no domingo, 16, pe Hermes e

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um grupo de fiéis da Paróquia São Miguel conduziram a imagem à paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Pito/Guanhães. O estandarte foi entregue ao pe Adão e permanecerá na paróquia Nossa Senhora Aparecida até o dia 29 de dezembro. Durante o período da visitação realizar-se-ão encontros dos cristãos leigos para estudo do Documento 105 da CNBB, como também momentos de oração na comunidade; depois será conduzido para outra paróquia. Que os cristãos leigas e leigos

de toda a Diocese compreendam sua vocação e identidade, espiritualidade e missão e atuem de forma organizada na Igreja e na sociedade.

DNJ 2018

DIA NACIONAL DA JUVENTUDE (DNJ) 2018 SERÁ EM GUANHÃES Juventude, ou melhor, as juventudes de nossa diocese trabalham pesado o ano todo. Muitos trabalhos de pastorais e movimentos têm a presença preciosa e frutuosa de nossos jovens fazendo com que assim nossa Igreja diocesana tenha um rosto jovem. Para comemorarmos essa presença juvenil no espaço eclesial, a Igreja do Brasil criou há 32 anos o DNJ (Dia Nacional da Juventude): Um dia inteiro para celebrar a presença e conquistas juvenis durante o ano todo em cada expressão juvenil que o jovem faz parte. Por isso, podemos dizer que é o Dia Nacional das “Juventudes”. O dia escolhido é o quarto domingo do mês de outubro. Nesse ano a festa/celebração realizou-se na paróquia de Santo Antônio em Peçanha... foi uma festa linda e empolgante. A paróquia de Santo Antônio está de Parabéns: deu show na organização do evento! E a juventude diocesana correspondeu com muita alegria e entusiasmo. Ao final das festividades foi sorteada a paróquia de Nossa Senhora do

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Pilar, em Morro do Pilar, para sediar o 33º DNJ. No entanto, após muito pensar, o bispo e o clero decidiram, em comum acordo, por mudar o local do evento para a cidade de Guanhães. Será uma parceria entres as paróquias de São Miguel e Almas e Nossa Senhora Aparecida (Pito). A mudança ocorreu por diversas questões práticas, tais como: por ser um período (provavelmente) chuvoso; por ser uma paróquia (Morro do Pilar) muito distante da maioria das outras etc. A celebração do 33° DNJ será no dia 21 de outubro de 2018 (excepcionalmente 3° domingo). Temos a certeza de que o DNJ 2018 será, como em todos os outros anteriores, marcado pela a alegria e empolgação dos nossos jovens. Por tanto, avante, Juventudes!! Pe. Salomão Rafael Gomes Neto Presbítero da Diocese de Guanhães e Assessor diocesano do setor juventude


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FORMAÇÃO

DIOCESANA

Janeiro de 2018

AGENTES DE PASTORAL INICIARÃO CURSO DE TEOLOGIA EM 2018 Escola Diocesana de Teologia Pastoral voltará suas atividades no dia 17 de fevereiro de 2018, acolhendo agentes de pastoral de várias paróquias e comunidades da diocese que foram inscritos para o Curso de Teologia para Leigos. Tal formação terá duração de 3 anos, de 2018 a 2020. Serão cursadas 14 disciplinas, distribuídas em 28 módulos de 8h/a que serão desenvolvidos mensalmente, aos terceiros sábados, exceto nos meses de janeiro e julho. O curso é coordenado pelo seminarista André Lomba e tem como professores padres e seminaristas da diocese. A Escola Teológica agradece a cada padre que inscreveu os leigos atuantes nas comunidades eclesiais e deseja a cada estudante um ótimo percurso de amadurecimento na fé. Bem-vindos!

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Calendário previsto para 2018 17/02/2018 – Introdução à Teologia – Pe. José Martins 17/03/2018 – Introdução à Bíblia – Dom Jeremias 21/04/2018 – Bíblia II (Formação do povo: Pentateuco e Livros Históricos) – Pe. Wanderlei 19/05/2018 – Bíblia III (Formação do povo: Sapienciais e Proféticos) – Pe. Wanderlei 16/06/2018 – Bíblia IV (Introdução aos sinóticos) – Pe. Wanderlei 18/08/2018 – Bíblia V (Lucas e Atos) – Pe. Bruno 15/09/2018 – Bíblia VI (Escritos Joaninos) – Pe. Bruno 20/10/2018 – Bíblia VII (Escritos Paulinos e Cartas Católicas) – Pe. Bruno 17/11/2018 – Trindade e criação – Dom Jeremias 15/12/2018 – Mariologia – Pe. Valter

'o melhor instrumento para evangelizar o jovem é outro jovem' (Papa Francisco)

#Programa Nova Geração Um canal de comunicação com a juventude.

OS SEMINARISTAS DANIEL E GUILHERME RECEBEM OS MINISTÉRIOS Durante a Santa Missa do segundo domingo do advento (10/12), os seminaristas da Diocese de Guanhães, Guilherme Lajes Soares e Daniel Bueno Borges, foram instituídos nos ministérios de leitor e acólito pelas mãos do nosso bispo Dom Jeremias Antonio de Jesus e com a presença de muitos membros do clero e leigos das paróquias de origem ou por onde estiveram em estágio pastoral. A instituição de leitor e acólito são etapas importantes da formação presbiteral, são passos gradativos ao futuro exercício do ministério presbiteral. Conferidos aos candidatos às Ordens Sacras, os ministérios do Leitorato e do Acolitato podem ser conferidos também aos leigos por um tempo determinado. O ministério do Leitorado permite que o candidato, ao longo da Liturgia da Missa, proclame oficialmente pela Igreja as Sagradas Escrituras. Além disso, é dever do Leitor instituído ler a Palavra de Deus nas assembleias litúrgicas; instruir na Fé as crianças, jovens e adultos; anunciar o Evangelho da salvação; ler e meditar com as-

siduidade a Sagrada Escritura e adquirir cada vez mais intenso amor e conhecimento da Palavra de Deus, de modo a tornar-se discípulo mais perfeito do Senhor. O ministério do Acolitato é a permissão para auxiliar ao sacerdote e ao diácono no altar e na distribuição da Eucaristia. Uma vez tornado acólito, ele passa a ser ministro da eucaristia ordinário de modo mais permanente na arquidiocese.

A Pastoral da Juventude exerce sua missão de evangelizar os jovens também através do #Programa Nova Geração. Todos os sábados, às 15:00 horas na Rádio Vida Nova Fm 91,5 Mhz ou pela internet em www.vidanovafm.com.br. Curta e acompanhe a nossa página no facebook e nos dê sua opinião e sugestão!

Dr. Marco Aurélio de Assis Otorrinolaringologista/Alergologista

Pastoral da Juventude Diocese de Guanhães/MG

CRM-MG: 29104

Dra. Renata Coelho Argolo Assis Endodontista/ Tratamento de canal CRO-MG: 23126

Dra. Georgia R. Oliveira Carvalhaes Fonoaudióloga CRFA-MG 8.160

Dr. Fábio de Morais Ramos Endocrinologista CRM-MG: 29753

Dr. Marco Lino do Carmo Vieira Gastroenterologia clínica/ Endoscopia digestiva

Dra. Marina Coelho Argolo Vieira Dermatologista

CRM-MG: 47248

CRM-MG: 47459

Dr. Rodrigo Magalhães Otorrinolaringologista/Cirurgia de cabeça e pescoço CRM-MG: 46174

Rua das Flores, 43 Centro – Capelinha/MG CEP: 39680-000 Fone: (33) 3516.1556 Cel.: (33) 99146.5453

Praça Batista Lopes, 30 Centro – Santa Maria/MG CEP: 39780-000 Fone: (33) 3431.1360

Rua Dr. Odilon Behrens, 164 – 2 andar Centro – Guanhães/MG CEP: 39740-000 Fone: (33) 3421.1804 (33) 3421.1645


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DIOCESANA NOVENA DE NATAL UNE FAMÍLIAS NAS PARÓQUIAS DA DIOCESE DE GUANHÃES 8

Janeiro de 2018

ercebe-se que, a cada ano, aumenta o número de famílias empenhadas em vivenciar a Boa Nova de Jesus. A participação dos jovens e das crianças nos encontros de preparação para o Natal tem sido exemplo para muitos adultos, conforme relatos de nossos diocesanos. Em Guanhães, Rodrigo, de apenas nove anos, assessorado por sua mãe Rosilene e pela irmã Amanda, se ofereceu para ser o dirigente da novena por dois dias. Com capacidade de leitura limitada, mas avançada, Rodrigo desempenhou bem a função. Amanda, que serve à Igreja como acólita e se prepara para receber o sa-

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cramento da Crisma, vivencia o catecumenato, testemunhou um bom exemplo de iniciação à Vida Cristã, modelo proposto pelo Doc. 107 da CNBB: Iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários. O conteúdo dos fragmentos do Doc. 107 contribuíram para o reconhecimento, pelos participantes, da importância de uma catequese continuada em nossa vida cristã. Mariza Pimenta Dupim – Equipe de Comunicação da Diocese de Guanhães.

FÉ “O Natal é uma festa sentida, participada, capaz de aquecer os corações mais frios, de remover as barreiras da indiferença em relação ao próximo, de encorajar à abertura ao outro e ao dom gratuito. Porque também hoje há a necessidade de difundir a mensagem de paz e de fraternidade precisamente no Natal; existe a necessidade de representar este acontecimento exprimindo os sentimentos autênticos que o animam”. Papa Francisco, por Rádio Vaticano


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