Folha Diocesana

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DIOCESANA INFORMATIVO DA DIOCESE DE GUANHÃES | MG | ANO XXII | Nº 267 | Junho/Julho de 2019

PAPA FRANCISCO NOMEIA O 4º BISPO DIOCESANO DE GUANHÃES:

DOM OTACÍLIO PÁGINA

HOR N E S O D U E IL B JU 232º BOM JESUS:

O DÍZIMO COMO UMA EXPERIÊNCIA DE FÉ PÁGINA

IV ROMARIA DAS ÁGUAS E DA TERRA DA BACIA DO RIO DOCE

M JESUS NOS O B R O H N E S O E “QU LA JUSTIÇA” E P E O IT E IR D LO LIBERTE PE

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DIOCESANA

REDAÇÃO

Junho/Julho de 2019 EDITORIAL

ESTAMOS NA “IDADE DE CRISTO” maioria das pessoas associa “33 anos de vida” à idade da morte de Jesus Cristo. Apesar de que a Sagrada Escritura não menciona a idade exata de Jesus em sua morte, os evangelhos Lucas e João nos ajudam a entender isso. Em Lucas 3,23, nos é relatado que Jesus tinha 30 anos de vida quando iniciou seu ministério; somado a essa citação, temos no livro de João a menção de quatro festas da páscoa após o início do ministério de Jesus (Jo 2,13-23; Jo 5,1; Jo 6,4) e a última páscoa quando ele foi crucificado. Sabemos também que a páscoa dos judeus era realizada anualmente (Ex 34,18). Sendo assim, podemos chegar na idade de 33 anos. Se considerarmos que essa primeira páscoa (Jo 2,13-23) foi quando Jesus tinha 30 anos de idade, logo, com 31 anos foi a segunda páscoa (Jo 5,1); com 32 anos, a terceira páscoa (Jo 6,4) e com 33 anos a páscoa em que ele foi crucificado. Logo, nos parece razoável crer que Jesus tinha realmente por volta de 33 anos. Independente disso, esta idade marca não

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só a morte de Jesus, mas também a ressurreição. Podemos considerar a maturidade de sua missão: quando se cumpriu o tempo, Jesus retorna para o Pai; cumpriu um ciclo entre nós: veio do Pai e retorna ao Pai; desceu do céu e de novo sobe para lá (Jo 1,1-18; Jo 3, 13; 6, 62). Esta é a idade da nossa diocese! 33 anos! Esta é “nossa idade” como Igreja e recebemos pela primeira vez um “bispo pronto”, elementos que nos inspiram a vislumbrar um novo ciclo em nossa diocese. Os 3 primeiros bispos eram padres que assumiram o terceiro grau do sacramento da ordem se tornando bispos para ensinar, governar e santificar o povo de Deus nesta igreja particular. Realizaram 5 Assembleias Diocesanas, ajudaram a imprimir uma identidade. O quarto bispo vem com aproximadamente 2 anos e meio de ministério junto a Dom Walmor na capital mineira e vem “como Pastor da nossa Igreja Diocesana – conforme rezamos neste tempo de vacância – Que o Espírito Santo o ilumine e fortaleça para ser verdadeiramente um “Pastor que tenha o cheiro das ovelhas”, que caminha com

o seu Povo, a serviço da Sua Igreja e de maneira especial, os pobres e necessitados”. É oportunidade de iniciarmos um novo ciclo, amadurecermos, resgatarmos o que foi bom e corrermos atrás daquilo que ainda precisamos se concretizar. Em nossa prece, instruídos por Dom Darci José Nicioli - Adm. Apostólico -, rezávamos: “Estamos no tempo de esperança e mudança, mas também, vigilantes”. Continuemos assim: vigilantes e atentos às mudanças e nos configurarmos cada vez mais a Jesus Cristo, Sumo Sacerdote e Pastor Eterno e proclamarmos “para mim o viver é Cristo” – “mihi vivere Christus est” (Fl 1,21).

Seja bem-vindo, Dom Otacílio! Seguimos “unidos na fé e na oração, na comunhão fraterna e participação ativa, em todas as paróquias e comunidades”, no firme propósito de superar os desafios que nos interpelam (de ordem espiritual e da natureza humana frágil), de uma transformação e conversão do coração. Pedimos ao Pastor Eterno, Jesus Cristo, que ilumine o seu episcopado. Rezamos por um novo pastor e rezemos agora para que ele seja ajudado por Deus e Nossa Senhora em sua missão. A oração não pode parar. E não nos faltem a intercessão e a proteção de São Miguel Arcanjo, que é nosso padroeiro. Pe. Bruno Costa Ribeiro, Diretor

CALENDÁRIO DIOCESANO

COMEMORAÇÃO JULHO E AGOSTO DE 2019

JULHO

PADRES, RELIGIOSAS, CONSAGRADAS E SEMINARISTAS DA DIOCESE DE GUANHÃES

02 a 04 - Formação Permanente(Moral) 06 e 07 - Encontro diocesano de catequese com Ir Loredana Vigini 09 - PASCOM. Reunião da coordenação, às 15h30 14 - RCC, Carisma Show em Sapucaia de Guanhães 15 - Formação com a Equipe Diocesana da Pastoral do Dízimo em Sabinópolis 18, 19 e 20 - MUTICOM em Goiânia

JULHO 06 Carmen Helena P. de Oliveira (Coop. F Guanhães) 09 Anderson Alves Rocha (seminarista) 10 Pe. Mário Gomes da Silva 13 Pe. José Adriano Barbosa dos Santos 20 Pe. José Geraldo da Silva 23 Pe. José Adriano Barbosa dos Santos

Nascimento Nascimento Ordenação Ordenação Ordenação Nascimento

AGOSTO 03 Maria do Carmo Ferreira – Naná 04 Dom Jeremias Antonio de Jesus 05 Maria das Neves de Matos (MP) 07 Pe. Valter Guedes de Oliveira 15 Dom Marcello Romano 15 Arminda de Jesus Batista 19 Gabriel Ferreira de Oliveira (seminarista) 21 Pe. Derci da Silva 24 Pe. Ivani Rodrigues 27 Maria do Carmo Ferreira (RV) 28 Pe. Hermes Firmiano Pedro 29 Dom Jacy Diniz Rocha 30 Pe. Salomão Rafael Gomes Neto

Consagração Ordenação Nascimento Ordenação Nascimento Consagração Nascimento Ordenação Ordenação Nascimento Nascimento Nascimento Ordenação

20 e 21 - RCC, Encontro Estadual de Ministérios em Belo Horizonte 23 - Formação para os servidores paroquiais e diocesanos em Guanhães 27 - Encontro diocesano para formação CDL – Conselho diocesano de Leigos e leigas AGOSTO 06 a 10 - Semana Nacional dos Estudantes, nas Paróquias 10 - RCC, Escola de Pregadores, salão da catedral 11 a 17 - Semana Nacional da Família 13 - PASCOM. Reunião da coordenação, às 15h30 14 a 18 - Encontro Regional anual de catequese na casa de Retiro São José, em BH 17 - ESCOLA DE TEOLOGIA– Sacramentos II – Seminarista Guilherme 17 e 18 - RCC, Encontro Diocesano de Juventude, EDJ 20 - CNBB LESTE 2, Reunião da CEP, sede do Regional em BH 24 - RCC, Escola de Pregadores, Salão da Catedral

EXPEDIENTE

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31 - 3º Encontro Diocesano de Formação para Líderes Jovens, em Guanhães

DIOCESANA

Conselho Editorial: Padre Adão Soares de Souza, Padre Bruno Costa Ribeiro Padre Wanderlei Rodrigues dos Santos Revisão: Mariza da Consolação Pimenta Dupim Jornalista Responsável: Luiz Eduardo Braga - SJPMG 3883 Tiragem: 5.000 exemplares Endereço para correspondência: Rua Amável Nunes, 55 - Centro Guanhães-MG - CEP: 39740-000

Fone:(33) 3421-1586 folhadiocesana@gmail.com Editora Folha Diocesana de Guanhães Ltda CNPJ: 11.364.024/0001-46 www.diocesedeguanhaes.com.br Produção Gráfica: Geração BHZ - 31 99305-1127 Av. Francisco Sales, 40/906 Floresta - Belo Horizonte - MG E-mail: geracaobhz@gmail.com

O jornal Folha Diocesana reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração.Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

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ARTIGOS

DIOCESANA

Junho/Julho de 2019

PERGUNTE A ALGUÉM DA COMUNIDADE: AINDA HÁ ESPAÇO PARA AS COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE NA IGREJA? reciso de confirmação de testemunhas que viram nossa Igreja diocesana ser gestada, nascer, desenvolver-se e chegar à idade adulta, mas me resta um tiquinho de dúvida apenas sobre o que vou afirmar no início deste texto. Muitas lideranças sociais, políticas, religiosas nesta Diocese nasceram das experiências de fé das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Uma vivência que nasceu na zona rural, nas periferias, nas ruas e bairros das nossas cidades. Um protagonismo que encontra inspiração no Evangelho de Jesus de Nazaré. As CEBs não perderam força como pensam alguns agourentos. Hoje, vejo a força das comunidades a partir da historieta que vou contar. Na minha casa tem um pé de pimenta biquinho plantada em um vaso. Durante meses comemos dessa deliciosa pimenta! Um dia, percebi que a plantinha parou de dar frutos, as folhas secaram, o caule foi se enfraquecendo, até que

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morreu. Perguntei para minha esposa: “Flor, o pé de pimenta morreu”? Ela me disse:

experiência de partilha é, antes de tudo, uma experiência de fé, aliás, a segunda necessariamente precisa preceder à primeira: é pela fé que o cristão percebe a ação invisível da mão de Deus sobre a sua vida, tanto na ordem temporal como espiritual, em suas infinitas manifestações de misericórdia; e assim percebendo, pleno de gratidão, o homem numa atitude de fé, naturalmente busca partilhar; partilha que surge ipso facto, como uma necessidade de efusão indeclinável, decorrente, ela mesma, da natureza de uma autêntica experiência de fé. Assim foi a experiência do jovem Zaqueu (Lc 19-1-10). Ele a nada foi força-

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do. A graça o assistiu, o amor o preencheu; ele, deste modo, pleno de alegria e boa vontade (Ecl 35,7 -8), entregou livremente o que possuía, porque havia conhecido Aquele que, simplesmente entregou-se a si mesmo por amor. Não há maior alegria do que fazer as coisas com liberdade e simplicidade de coração. É Jesus, que sempre nos dá o cêntuplo (Mc 10, 28-31), isto é, infinitamente mais do que merecemos ou fazemos, se oferece para dormir na casa de Zaqueu, na sua morada, quer dizer no íntimo do seu ser; Jesus prepara a mesa e unge o seu coração de felicidade e amor por to-

Luís Carlos Pinto Professor de Educação Básica

GRATIDÃO, DEVOLUÇÃO, PARTILHA E SERVIÇO

DÍZIMO

O DÍZIMO COMO UMA EXPERIÊNCIA DE FÉ

“Não, não. Veja lá no vaso”. Quando me aproximei, vi muitas mudas, novinhas, vicejantes, que me saltaram aos olhos. Fiquei feliz e pensei: “Que bom! Logo, logo, novos frutos crescerão!”. Na Diocese de Guanhães, as CEBs passam por esse processo da pimenteira. Há muitos desafios que exigem uma resposta corajosa da Igreja: os modos de produção do sistema produtivo e improdutivo ceifadores do meio ambiente e das comunidades tradicionais, a crise econômica que atinge as famílias de baixa renda, levando-as à miséria e à fome, a política partidária que carece de representatividade íntegra, responsável e ética, os problemas da urbanização etc. Nossa Senhora! Há inúmeras situações que as nossas comunidades experimentam dia a dia. Fica a certeza de que das CEBs sempre surgem vozes proféticas, ações transformadoras e modos de organização social onde a solidariedade sinalize a força da fé e a presença de Deus.

dos os dias de sua vida(Sl 23,6). E é por essa experiência ontológica que Zaqueu sente o inevitável desejo de partilhar. O dízimo só pode ser partilha se for fruto de uma fé viva, tornando-se então, oferta perfeita. As nossas partilhas e ofertas são ações da vida do cristão que chegam ao coração do Pai, quando se tornam um verdadeiro culto em espírito e verdade, isso é, quando a experiência da fé precede a partilha numa dinâmica santificante pela qual o cristão faz da sua vida um sacrifício perfeito; “Fazei de nós uma perfeita oferenda” (Oração euca-

rística III). Deste modo, o dízimo se torna a expressão mais concreta e autêntica do fruto do nosso trabalho e, juntamente com o pão e o vinho, será apresentado na celebração eucarística para ser transformado por Cristo e ofertado ao Pai como oferenda agradável . (Maurílio Antônio Dias de Sousa – MEAC – Dias d’ Ávila – Bahia). Envido por Rosa Inácia e Silva, da equipe diocesana da pastoral do dízimo da diocese de Guanhães.


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DIOCESANA

Julho/Julho de 2019

PASTOR

PAPA FRANCISCO NOMEIA O 4º BISPO DIOCESANO DE GUANHÃES: DOM OTACILIO Papa Francisco nomeou na quarta-feira, dia 19 de junho, o bispo auxiliar dom Otacilio Ferreira de Lacerda para a Diocese de Guanhães (MG). O arcebispo dom Walmor agradeceu a dom Otacílio por seu trabalho dedicado ao Povo de Deus na Arquidiocese de Belo Horizonte. A seguir, a nota sobre a nomeação do bispo de Guanhães enviada por Darci José Nicioli, CSsR, arcebispo metropolitano de Diamantina e atual administrador apostólico de Guanhães:

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Caríssimos Irmãos e Irmãs, Sacerdotes, Seminaristas, Autoridades Civis e Militares, todo o Povo de Deus, lhes dou a grande notícia: Deus ouviu nossa oração e o Papa Francisco nomeou, hoje, Dom Otacílio Ferreira de Lacerda, como o 4º Bispo titular da Diocese de Guanhães. Dom Otacílio é mineiro da cidade de Palma, tem 58 anos de idade. Ainda adolescente, transferiu-se com a família para o Estado de São Paulo. Ordenou-se sacerdote na Diocese de Guarulhos, servindo aquela Igreja em várias e importantes missões, dentro e fora da Diocese. Ali foi eleito Bispo da Santa Igreja Católica, no ano de 2016. Até o dia de hoje, exercia o

ministério episcopal como Bispo Auxiliar de Belo Horizonte. Caríssimo Dom Otacílio, saiba que o senhor foi muito esperado e já é amado por todos nós! A Província Eclesiástica de Diamantina, neste Centro Norte das Gerais, os Irmãos Bispos de Araçuaí, Dom Marcelo; Almenara, Dom Cabral; Teófilo Ottoni, Dom Messias e eu, unidos ao Clero e a todo o Povo de Deus da Diocese de Guanhães, o acolhemos afetuosamente. Seja bem-vindo! Anunciamos, também, que a posse do novo Bispo será na manhã de sábado, dia 14 de setembro, às 09h30, na Catedral da Diocese de Guanhães. Bendito aquele que vem em nome do Senhor!

tualmente é Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte. Atua como Bispo referencial da Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida (Rensa), que abrange 6 cidades da Região Metropolitana de Belo HorizonteMG - (Belo Horizonte, Betim, Contagem, Esmeraldas, Ibirité, Sarzedo. Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte publicou mensagem saudando o “Caríssimo irmão dom Otacílio”: A disponibilidade para servir, abraçando a missão confiada a cada pessoa pelo mestre Jesus, é marca de sua trajetória na vida da Igreja, de modo particular na história quase centenária da Arquidiocese de Belo Horizonte. Desde 2016, dom Otacílio, o seu trabalho fortalece a ação missionária de nossa amada Arquidioce-

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se. Tudo graças ao seu ‘sim’ à Igreja. A partir desta disponibilidade para servir, o senhor seguirá novos caminhos na missão de anunciar a Palavra de Deus. E a Diocese de Guanhães ganha um incansável servidor, que cultiva a proximidade com todas as pessoas. O senhor, dom Otacílio, anuncia, com entusiasmo, o Evangelho, abraçando com coragem a missão de Proclamar a Palavra. Minha gratidão por seu ‘sim’ à Arquidiocese de Belo Horizonte e à Igreja. Deus continue iluminando os seus passos, o seu ministério e abençoe a sua caminhada na Diocese de Guanhães, sempre com a intercessão materna de Nossa Senhora da Piedade – a Padroeira do Estado de Minas Gerais. http://arquidiocesebh.org.br

diocesedeguanhaes.com.br

DOM OTACÍLIO FERREIRA DE LACERDA ENVIA NOTA SOBRE SUA NOMEAÇÃO PARA BISPO TITULAR DA DIOCESE DE GUANHÃES:


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JUBILEU

DIOCESANA

Junho/Julho de 2019

232º JUBILEU DO SENHOR BOM JESUS: “QUE O SENHOR BOM JESUS NOS LIBERTE PELO DIREITO E PELA JUSTIÇA” Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos é uma das maiores festas religiosas do Brasil. Iniciado oficialmente no distante ano de 1787 – de 13 (Santo Antônio) a 24 de junho (natividade de João Batista) –, em Conceição do Mato Dentro (MG) e chegando, neste ano, à sua 232ª celebração, recebendo devotos, turistas e pessoas do Brasil inteiro. O pregador deste ano foi o bispo emérito da Diocese de Paracatu, Dom Leonardo de Miranda Pereira, e abordou o tema “Que o Senhor Bom Jesus nos liberte pelo direito e pela justiça”, iluminado pela proposta da Campanha da Fraternidade que deve iluminar nossas ações não apenas na quaresma mas o ano – ou a vida - inteiro. Dentro das festividades do 232º Jubileu, recebemos a feliz notícia da nomeação de Dom Otacílio para bispo de Guanhães. Acompanhemos, a seguir, uma partilha do pregador sobre esses dias em Conceição do Mato Dentro.

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O JUBILEU DO BOM JESUS DE MATOSINHOS FÉ E DEVOÇÃO A história da devoção ao Bom Jesus de Matosinhos, em Conceição do Mato Dentro (MG), se perde um pouco na bruma da madrugada dos tempos. Já vai para mais de dois séculos desde que, segundo piedosa

lenda que todos admitem como pura realidade, ocorreu o inesperado aparecimento da bela, preciosa e bem talhada imagem do Bom Jesus do Matosinhos e que dá nome ao majestoso templo erguido pela piedade dos devotos no cimo de destacada colina. Ainda de acordo com relatos históricos, lá por volta de 1787, a preciosa imagem teria inexplicavelmente retornado ao cimo da colina, local de seu aparecimento, após ter sido levada para outro templo. Informação de devotos dando conta de milagres aí realizados correu meio mundo, atraindo fiéis de todos os lados, dando origem à grande concentração de fiéis. Daí que, de 13 a 24 de junho corrente, celebrou-se o 232° Jubileu do Bom Jesus de Matosinhos. É realmente uma grandiosa celebração de fé e piedade popular e que atrai milhares e milhares de fiéis. Vem gente – como se diz no jargão popular – dos quatro cantos do mundo. E agora que a internet – como preconizou Mac Luhan – transformou o mundo em aldeia global, muitos e muitos devotos do Bom Jesus acompanham o desenrolar do fervoroso Jubileu através das ondas da Radio Bom Jesus FM 98.7, sem precisar de sair de casa, aumentando consideravelmente o número de seus devotos. Assim é que tivemos contato com devotos das mais variadas e distantes cidade, inclusive do ex-

terior, por exemplo, de Boston e de uma cidade da Flórida USA. O Jubileu do Bom Jesus de Matosinhos é edificante e fervoroso momento de fé, de oração e de muita evangelização. É de impressionar a demonstração de fé e piedade dos fiéis, indistintamente de qualquer idade ou posição social, e o relato das dificuldades e privações suportadas que trouxeram tamanha multidão de romeiros e romeiras aos pés da dolorida e linda imagem do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Para os fervorosos devotos não contam o frio da madrugada nem o aperto da multidão nem o desconforto das Missas campais. E por mais demorados que sejam os atos religiosos, ninguém arreda pé antes do final de cada celebração, sem a mínima demonstração de cansaço ou impaciência. Vê-se perfeitamente que mesmo crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, todos indistintamente estão como que envolvidos numa nuvem de intensa piedade e profundo respeito, na mais edificante demonstração de fé e religiosidade, naquela firme convicção de que ninguém retorna pra casa da mesma maneira que aqui chegou, mas volta em grande paz e com a consoladora bênção do Bom Jesus de Matosinhos. Dom Leonardo de Miranda Pereira Bispo emérito de Paracatu MG

Fotos: Marques Orlando de Souza

PEREGRINAÇÃO DA JUVENTUDE E DA PASTORAL CATEQUÉTICA A CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO

No domingo, 23 de junho, celebrou-se conforme a programação do 232º jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos em Conceição do Mato Dentro/MG, o dia da peregrinação da Juventude e da Pastoral Catequética da diocese que se realiza há três anos consecutivos. Iniciou-se com a concentração no pátio da Igreja do Rosário e, a seguir, caminhada para o Santuário onde foi presidida por pe Salomão -assessor da Juventude- a Celebração Eucarística concelebrada por pe Osmar - padre assessor da catequese-, pe Ivani, pe José Geraldo e pe José Adriano. Foram momentos realmente abençoados: muita oração, reflexão, alegria pelo encontro ou reencontro de catequistas e coordenadores paroquiais; momentos fortes de espiritualidade, mas também de lazer, de passeio, de fortalecimento dos laços de amizade, além de nos unirmos em preces, juntamente com tantos

outros romeiros , rendendo graças e recebendo as bênçãos do Senhor Bom Jesus . Como disse pe Salomão em sua homilia: Que alegria estarmos aqui hoje nesta festa tão bonita! Como é bom ver no rosto das pessoas esta alegria, esta energia que só pode vir mesmo do Bom Jesus! O que nos contagia, o que nos faz estarmos aqui é a alegria que brota do seu coração. Todos nós, batizados que somos, indistintamente somos peregrinos, somos romeiros do Senhor Bom Jesus. Foi uma homilia muito especial, uma celebração abençoada. Saímos desta celebração mais alegres, mais fortalecidos e agradecidos ao Nosso Senhor Bom Jesus por tantas bênçãos derramadas. Eliana Maria de Alvarenga Guimarães Membro da Comissão Diocesana da Pastoral Catequética.


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DIOCESANA

ROMARIA

Junho/Julho de 2019

IV ROMARIA DAS ÁGUAS E DA TERRA DA BACIA DO RIO DOCE ealizou-se no dia 02 de Junho, em Itabira - Diocese de Itabira/Coronel Fabriciano-, a 4° edição da Romaria das Águas e da Terra, neste ano com o tema: “Vão-se os bens da Criação, ficam a miséria e destruição! E agora, José?” A Diocese de Guanhães enviou representação para a atividade. A concentração com a acolhida foi próxima ao Campo do Valério e reuniu uma “multidão de romeiros vindos de diversas paróquias, comunidades, pastorais, movimentos sociais, sindicatos e mandatos coletivos. O grupo foi acolhido com um café da manhã e a animação, com a participação da pastoral da juventude, de diversos cantores, entre eles, Zé Vicente. Logo após, iniciou-se a caminhada em direção ao portão principal da empresa “Vale”. No canteiro central, em frente à entrada principal, foi prestada homenagem às vítimas do rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho. Cruzes com os nomes dos falecidos foram fincadas e afixadas

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na entrada da mina da empresa e a caminhada seguiu para a igreja Matriz Nossa Senhora da Piedade. Durante o percurso, foram gritadas palavras de ordem e cânticos que animavam os participantes. Em frente à igreja, fincou-se a cruz da Romaria e, em seguida, no altar montado, celebrou-se a Eucaristia. Como gesto concreto e na semana do Meio Ambiente, a Pastoral da Juventude entregou diversas mudas de plantas e árvores com os nomes de todos os mortos em Brumadinho para serem cultivadas em memória deles. Mães de duas vítimas receberam, em nome de todas as mães, o abraço dos bispos de Itabira, do bispo auxiliar de Belo Horizonte e de todos os padres presentes. Concluiu-se a 4ª Romaria das Águas e da terra com um almoço comunitário. Alessandro Gomes - Paróquia São Pedro de São Pedro do Suaçuí Madalena Santos - Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Guanhães – Pito

4ª ROMARIA DAS ÁGUAS E DA TERRA DA BACIA DO RIO DOCE A Diocese de Guanhães esteve lá. Nós estivemos lá. Eu revi padre João Batista (Bidu), Kátia Magalhães, Frei Gilvander Moreira, ouvi a voz poética e profética do Zé Vicente. Mais do que isso: nos unimos em milhares de vozes para dizer NÃO a todo

sistema produtivo que destrói nossa casa comum, que assassina pessoas, que soterra histórias com lama. “Vão-se os bens da Criação, ficam miséria e destruição! E agora, José?” Luís Carlos Paróquia São Miguel e Almas/ Guanhães

CARTA DA 4ª ROMARIA DAS ÁGUAS E DA TERRA DA BACIA DO RIO DOCE BACIA DO RIO DOCE, NOSSA CASA COMUM Vão-se os bens da criação, ficam miséria e destruição! E agora, José? Somos um povo peregrino, povo em romaria, em busca da terra prometida, construtor do reinado de Deus, que é um reino “de justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14, 17). Por isso, caminhamos na força de um sonho maior, solidário com todas as pessoas que têm “fome e sede de justiça”, a justiça do Reino, sempre por ser atingida e realizada. Trazemos nossa solidariedade com todas as vítimas dos acidentes/crimes socioambientais provocados pelas empresas mineradoras em nossas Minas Gerais e outras regiões deste planeta, anunciando-lhes uma boa notícia: “felizes os que choram”. Suas lágrimas fecundam toda criação, pois “também a própria criação espera ser libertada da escravidão da corrupção, em vista da libertação que é a glória dos filhos de Deus” (Romanos 8, 21). Caminhamos pelas terras sagradas de Itabira que contêm “noventa por cento de ferro nas calçadas e oitenta por cento de ferro nas almas”, como canta o poeta. Itabira é a síntese de nosso Estado, a terra mineira prometida por Deus ao seu povo de ontem e de hoje, conforme descrita, de forma minuciosa, na Bíblia, em Deuteronômio 8,7-14; 8,19; 29,21-23. Nesse texto sagrado, Deus garante que o seu povo vai encontrar uma terra boa e com muita água. Terra boa para agricultura e até para a mineração. E Deus mesmo estabelece um limite para a sua exploração, mediante normas de conduta que garantam o bem comum, promovam as pessoas e assegurem a natureza. Quando essas regras são

descumpridas, vem a maldição (29,21-23). “Olhe! Javé seu Deus vai introduzir você numa terra boa: terra cheia de ribeirões de água e de fontes profundas que jorram no vale e na montanha; terra de trigo e cevada, de vinhas, figueiras e romãzeiras, terra de oliveiras, de azeite e de mel; terra onde você comerá pão sem escassez, pois nela nada lhe faltará; terra cujas pedras são de ferro e de cujas montanhas você extrairá o cobre. Quando você comer e ficar satisfeito, bendiga a Javé seu Deus pela boa terra que lhe deu. Contudo, preste atenção a si mesmo, para não se esquecer de Javé seu Deus e não deixar de cumprir seus mandamentos, normas e estatutos, que hoje eu ordeno a você”. Diante da Palavra de Deus, de sua promessa e de suas advertências, entendemos que, neste momento histórico, somos desafiados a assumir uma responsabilidade crítica e

propositiva sobre as atividades mineradoras em nossa região e em nosso planeta. Conscientes de que somos herdeiros das promessas divinas e de que “O Senhor Deus é nossa força, Ele nos dá pés ligeiros como os da gazela e nos faz caminhar nas alturas”(cf Habacuc 3,19), subimos ao Pico do Amor, no bairro Campestre e chegamos à Paróquia Nossa Senhora da Piedade, trazendo os gritos de toda a população da Bacia do Rio Doce, nossa Casa Comum e os gritos da mãe terra, assumindo uma verdadeira “conversão ecológica”, como nos adverte o Papa Francisco: “As religiões têm um papel fundamental a desempenhar, pois, para garantir um futuro sustentável corretamente, precisamos reconhecer nossos erros, pecados, faltas e falhas, o que leva a um sincero arrependimento e desejo de mudança. Dessa forma, podemos nos reconciliar com os outros, com a criação e com

o Criador”. Somente assim, podemos “nos comprometer a promover e implementar um desenvolvimento sustentável, apoiados pelos nossos mais profundos valores religiosos e éticos, considerando que o desenvolvimento humano não é apenas uma questão econômica ou dos especialistas: é uma vocação, um chamado que requer uma resposta livre e responsável de todos, que se desenvolvam em conjunto com a nossa irmã Terra e nunca contra ela”. Condenamos o atual modelo econômico devastador e destruidor, que é voraz, orientado apenas para o lucro: Vão-se os bens da criação, ficam miséria e destruição! Propomos uma mudança de paradigma em todas as nossas atividades econômicas, incluindo a mineração, pois somos responsáveis por entregar às gerações futuras um mundo melhor do que este que recebemos. Temos conhecimentos e condições suficientes para reorganizar a vida em sociedade para além do sistema extrativista, materialista, individualista e consumista, que quer a todos devorar. Somos também solidários com a Igreja Pan Amazônica em seu Sínodo a se realizar em outubro, na busca de novos caminhos para a Igreja e por uma ecologia integral. De Itabira, sob as bênçãos de Deus, renovamos, com esta Romaria, nossas forças e organização, nosso compromisso com a vida, em todas as suas expressões e dimensões, a partir de nossa Bacia do Rio do Doce, nossa Casa Comum. Itabira-MG, 02 de junho de 2019. Romeiros e soleiras da quarta romaria das águas e da terra da bacia do Rio Doce.

PUBLICADAS AS DIRETRIZES GERAIS DA AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA NO BRASIL 2019-2023 A Conferência Nacional dos Bispos Brasil (CNBB) publicou, por meio das Edições CNBB, o Documento com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) para o quadriênio 2019 – 2023. A publicação integra a série Documentos da CNBB sob o nº 109. Trata-se do principal documento que o episcopado brasileiro aprovou durante a sua 57ª Assembleia Geral, realizada em Aparecida (SP), de 1º a 10 de maio. Para o quadriênio 2019-2023, as diretrizes foram estruturadas a partir da concepção da Igreja como “Comunidade Eclesial Missionária”, apresentada com a imagem da “casa”, “construção de Deus” (1Cor 3,9). Em tudo isso, as Diretrizes – aprovadas pelos bispos do Brasil– convidam todas as comunidades de fé a abraçarem e viven-

ciarem a missão como escola de santidade. Na apresentação da publicação, a presidência da CNBB ressalta que as diretrizes são o caminho encontrado para responder aos desafios do Brasil, “um país que, na segunda década deste século XXI, experimenta grandes transformações em todos os sentidos”. A introdução da publicação defende que as diretrizes constituem uma das expressões mais significativas da colegialidade e da missionariedade da Igreja no Brasil. O Documento nº 109, de 93 páginas, é organizado em quatro capítulos. No primeiro, cujo título é o “Anúncio do Evangelho de Jesus Cristo”, o texto aprofunda os desafios do contexto urbano e o papel das comunidades eclesiais missionárias neste contexto. O capítulo 2 fala do

“O olhar dos discípulos missionários” sobre os desafios presentes na cidade. O terceiro capítulo, “A Igreja nas Casas”, apresenta a ideia de casa, entendida como “lar” para os seus habitantes, acentua as perspectivas pessoal, comunitária e social da evangelização, inserindo no espírito da Laudato Si’, a perspectiva ambiental. Essa casa é a comunidade eclesial missionária que, por sua vez, é sustentada por quatro pilares: Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária. O quarto capítulo, cujo título é “A Igreja em Missão” apresenta encaminhamentos práticos de ação para cada um dos pilares. cnbb.org.br


PRESTAÇÃO DE CONTAS CENTRO SOCIAL DE FORMAÇÃO E PROMOÇÃO HUMANA SÃO JOAQUIM

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DIOCESANA

O HORA DA FAMÍLIA 2019 RECORDA OS 25 ANOS DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 1994 Comissão Nacional da Pastoral Familiar convida toda a Igreja, em especial os agentes de Pastoral Familiar a fazer essa pergunta diante da realidade da família no momento atual. Depois de um Sínodo sobre a Família, que discutiu os desafios pastorais da família no contexto da evangelização, é urgente encontrar meios eficazes para acompanhar os casais e as famílias afastadas da comunidade eclesial, como também manter viva a fé e o compromisso dos que já vivenciam a vida comunitária. “Somos convidados a refletir sobre a iniciação à vida cristã que deve começar no seio da família, pois é nela que devemos, por primeiro, conhecer e aprender a amar a Deus”, destaca o assessor. O tema deste ano é uma retomada da reflexão que marcou a Campanha da Fraternidade de 1994. Ao voltar ao passado e ver o quanto a Pastoral Familiar já cresceu, percebe-se que a família busca e precisa aprofundar cada vez mais a sua missão na Igreja e na sociedade para conquistar um papel decisivo e central. “Esse desejo de estar no centro das ações eclesiais aparece neste Hora da Família, ligando-o à Iniciação à Vida Cristã, às Políticas Públicas, ao envolvimento com as questões contemporâneas da vida urbana e à missão em meio a outras famílias”, pontua o presidente da Comissão Vida e Família, Dom João Bosco. O subsídio vem com os tradicionais encontros que nesta edição refletem sobre os temas: Família e iniciação à vida cristã; Família, vocação e juventude; Família e Políticas Públicas; Família, defensora da vida; Matrimônio e Família no plano de Deus, e por fim, o tema central: A família, como vai? Além dos encontros, o material traz

#Programa Nova Geração Um canal de comunicação com a juventude.

NOTA SOBRE O VIII FESTIVAL DA MÚSICA CRISTÃ Guanhães, 27 de Junho de 2017 “Cantarei ao Senhor enquanto eu viver; cantarei ao meu Deus enquanto eu existir.” (Sl 104,33)

Prezados irmãos,

No ano de 2012 realizou-se o primeiro Festival da Música Cristã da Diocese de Guanhães. Uma ideia que nasceu de uma conversa na casa paroquial entre o Pe. Saint-Clair (in memoriam) e o Músico-Cantor Robertinho Zier. Era o desejo do novo! Um incentivo aos artistas anônimos que traziam no coração muita fé e o desejo de expressar a sua gratidão e o seu amor ao Deus por meio de Louvores e Ações de Graças, fosse cantando, tocando um instrumento ou simplesmente compondo um poema. Os anos passaram e, com a Graça do Bom Deus, chegamos à oitava edição do Festival que será realizada em 2020. Isso mesmo! Precisaremos nos preparar melhor para a próxima edição e por isso a oitava edição do Festival da Música Cristã não será realizado em 2019, mas, sim, em 2020. O Festival foi tomando corpo e passou a ser um dos eventos mais aguardados na região. Músicos e cantores de muitos lugares, fiéis católicos e de outras denominações cristãs, de perto e de longe, das Minas Gerais e de outros estados, têm marcado a sua presença ao longo das sete edições. É por isso que tomamos tal a decisão para melhor celebrar a próxima edição, sem regredir em qualidade, sem atropelos devido a imprevistos que antes não nos abordavam. Cada festival é um desafio muito grande abraçado pela equipe organizadora composta de membros da PASCOM Diocesana, Rádio Vida Nova FM 91,5 e demais parceiros – empresários, padres e paróquias – de nossa diocese. À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus, do Perpétuo Socorro – cuja memória fazemos hoje – e no empenhamos para concretizar a realização do VIII Festival da Música Cristã.

A

'o melhor instrumento para evangelizar o jovem é outro jovem' (Papa Francisco)

GERAL

Junho/Julho de 2019

Padre Bruno Costa Ribeiro, Assessor diocesano da PASCOM

VATICANO: PAIS SÃO PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS PELA EDUCAÇÃO SEXUAL DE SEUS FILHOS

três celebrações temáticas para realizar no Dia das Mães, Dia dos Pais e uma celebração e consagração à Sagrada Família.

COMO ADQUIRIR? PROCURE NO ESCRITÓRIO PAROQUIAL DE SUA CIDADE E PARTICIPE! www.cnpf.org.br

A Pastoral da Juventude exerce sua missão de evangelizar os jovens também através do #Programa Nova Geração. Todos os sábados, às 15:00 horas na Rádio Vida Nova Fm 91,5 Mhz ou pela internet em www.vidanovafm.com.br. Curta e acompanhe a nossa página no facebook e nos dê sua opinião e sugestão!

Pastoral da Juventude Diocese de Guanhães/MG

Publicou-se na segunda-feira, 22 de junho, o novo documento da Congregação para a Educação Católica Homem e Mulher o qual será útil para "orientar e apoiar os envolvidos na educação das novas gerações" (n. 5). O documento aborda a ideologia de gênero (questão de “gender”) desde suas origens e adverte que esta "apresenta uma sociedade sem diferenças de sexo e esvazia o fundamento antropológico da família", exposta a “ondas e levados aqui e ali por qualquer vento de doutrina" (Ef 4, 14) Diante dessa carência antropológica que determina a "desorientação antropológica que caracteriza difusamente o clima cultural de nosso tempo" (n. 1), a Igreja, com este novo documento, assume e convida a assumir uma atitude de escuta, de reflexão e de proposta para "empreender a via do diálogo sobre a questão do “gender” na educação" (n. 6). E é precisamente por esta razão que o documento está dividido em três seções: Ouvir n. 823; Refletir, n. 24-29; Propor, n. 30-51: - “Ouvir” do perfil histórico, dos pontos de encontro e das críticas na questão do “gender” (n. 24), bem como da "partilha e apreciável exigência de lutar contra qualquer expressão de injusta discriminação"(n. 15); - Reflexão crítica sobre os aspectos da “liquidez e fluidez pós-moderna” (n. 19) subordinados à ideologia do “gender” que levam a propor, em nível antropológico, “uma identidade pessoal e uma intimidade afetiva radicalmente desvinculada da diferença biológica entre masculino e feminino. A identidade humana é entregue a uma opção indi-

vidualista, mutável com o tempo, expressão do modo de pensar e agir, hoje difundido, que confunde “a liberdade genuína com a ideia de que cada um julga como lhe parece, como se, para além dos indivíduos, não houvesse verdades, valores, princípios que nos guiam, como se tudo fosse igual e tudo se devesse permitir” (n. 22); - Proposta de um cuidadoso discernimento sobre a verdade da pessoa e sobre o significado da sexualidade humana, através de uma clarificação antropológica que tem o seu núcleo naquela “ecologia humana que procura o reconhecimento da dignidade peculiar do ser humano”. Dignidade que o homem mesmo "deve respeitar e não pode manipular como lhe apetece". (n. 30). E é à luz desta ecologia humana que a mulher e o homem podem “aprender [...] qual é o significado do corpo em toda a verdade original da masculinidade e da feminilidade; para se poder reconhecer a si mesmo no encontro com o outro que é diferente [...], e enriquecer-se mutuamente” (n. 35). O documento enfatiza que a família é “o lugar natural no qual a comunhão entre homens e mulheres encontra plena atuação” (36) e, portanto, deve ser o grande ponto de referência para a educação. A família terá como parceira as “escolas católicas”. Aos educadores católicos, o documento pede que mesmo atuando em escolas não católicas, devem dar “testemunho da verdade sobre a pessoa humana e estar a serviço da sua promoção” (40). vaticannews.va


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