P rtilhando JORNAL
NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2019 | ANO 03 - NÚMERO 25
NATAL: O OLHAR QUE TRANSCENDE A SINGELEZA
Natal: Aceite, Adore, Anuncie! Natal, não como fato comemorado, Muito mais, fato a ser celebrado! Porque o Verbo, por nós, foi encarnado, Novo tempo, por Deus, inaugurado. Singeleza dos símbolos e dos fatos Tocam no fundo da alma de quem crê. Um Deus que Se fez criança, um menino... Nele contemplamos a presença do Divino!
Natal: Aceite, Adore, Anuncie! Simbolismo do presépio, ausência de morada, Vida que, impiamente, desde o início, rejeitada. Nasceu sem morada, sem abrigo, ao léu; Para garantir-nos uma morada no céu! Animais, pobres pastores contemplaram. Medo, escutando os anjos, superaram. Privilegiados, primeiros, do Verbo, acolhedores. Ao seu lado unamo-nos como fiéis seguidores.
Natal: Aceite, Adore, Anuncie! De manjedoura, Deus não mais precisa, Em cada Natal, nosso coração, o anjo avisa: Nasceu para nós o Salvador, eis a grande alegria! Quis fazer de nosso coração mais bela moradia! Escancaremos as portas de nosso coração! Deixemos o Verbo, Nele, morada encontrar. Amor, graça, luz, bondade, ternura vão transbordar Com cantos de alegria, com os anjos, o mundo, acordar!
ADVENTO Advento é o Tempo de Espera. Maria esperou tanto o nascimento do seu filho, o filho de Deus, o Salvador! Deus esperou tanto pelo encontro pleno com a humanidade, sua criação, através de Jesus, seu filho enviado! Por isso, a Igreja, nas quatro semanas que antecedem o Natal, convida a comunidade a experimentar um tempo de Advento, tempo de espera e de preparo. Advento é o tempo no qual nós nos preparamos espiritualmente para rememorar e celebrar a vinda do menino Jesus, a vinda de Deus criança, Deus humilde, Deus humano. É o tempo reservado em nossa vida para parar, refletir, meditar, contar e recontar a história do nascimento do menino Jesus, Deus conosco, entre nós. Advento é um tempo em que muitas luzes são acesas nas casas e nas ruas das cidades, revelando o grande desejo humano de luz sobre toda a vida. Que tal acendermos também uma luz em nosso coração? No advento, contemplamos e acompanhamos a gravidez da Virgem Maria; como um casal, onde o pai participa da gravidez da esposa e sente-se
também “grávido”, podemos dizer que no advento, nós também ficamos grávidos de Deus. “A grávida, geralmente, sente o bebê mexendo pela primeira vez na barriga entre a 16ª e a 20ª semana de gestação, ou seja, no final do 4º mês ou durante o 5º mês de gravidez. Porém, na segunda gravidez, é normal a mãe sentir o bebê mexer mais cedo, entre o final do 3º mês e o início do 4º mês de gestação. Durante esse período é comum o bebê golpear com os braços e as pernas a parede do útero materno, são os primeiros ‘chutes’ do bebê.” Assim, no ventre da humanidade grávida, Deus vai dando chutes. Vai esperneando. Vai se agitando. Ele está sendo esperado. Se há chutes doloridos, há chutes que são carícias. Assim é Deus, acarinhando a história e fazendo sentir a dor daquilo que não é bonito. Advento é chegada. Há de vir o Natal! A festa da mistura do divino com o humano. Como numa dança, Deus e a humanidade estão no mesmo passo, na mesma sincronia. Deus quis ser gente, menino, pequeno, frágil,
FELIZ NATAL! FELIZ ANO NOVO! EQUIPE PASCOM SÃO MIGUEL
Natal: Aceite, Adore, Anuncie! nascendo numa gruta. Junto com Maria, engravidamos. Junto com Maria, sentimos que “dentro de nós cresce Deus”. Na gravidez está sendo gestado um projeto. A vida é sempre um projeto. Engravidar-se de Deus é deixar que seu projeto cresça em nós. Engravidar-se de Deus é deixar-nos transformar por Ele. Advento é buscar caminhos novos. A gravidez transforma o corpo da mulher. O advento deve transformar nosso projeto de vida e nosso caminho de fé. Precisamos ter uma fé mais madura a cada advento. Entre chutes e pontapés que o corpo recebe, temos a certeza de que Deus não está longe. Ele está conosco. Ele é Deus-conosco. O advento é uma gravidez mais breve, nem por isso, menos importante. Deixemos nascer a novidade na nossa vida. Permitamos que Deus ocupe mais espaço em nós. O parto trará a maior de todas as alegrias.
Natal, tríplice atitude fundamenta nossa vida: Equilíbrio, justiça e piedade vão, cada gesto, marcar. Na prática do bem, empenhados sem cansar, Iluminada mente e coração, novo modo de pensar! Luz que veio ao mundo uma decisão nos pede: Aceitá-Lo com alegria, sem sombra de rejeição por ignorância. Será Natal para quem, o Verbo e Seu Projeto, aceitar, Sem medo de, com Ele, morrer para um dia Ressuscitar!
Natal: Aceite, Adore, Anuncie! Adorá-Lo, acima de tudo e de todos, a cada instante, Sem medo, sem pusilanimidade, sem sermos vacilantes. Adorá-Lo com a boca, a vida e o coração, Da noite do nascimento à madrugada da Ressurreição! Anunciá-Lo ao mundo carente de alegres notícias! Anunciá-Lo a quem nada mais crê, do Verbo, Suas delícias! Anunciá-Lo para que um dia apenas nos livros encontremos Conflitos, morte, violência... Lembranças tantas que jamais teremos!
Pe Hermes Firmiano Pedro
Natal: Aceite, Adore, Anuncie! Imperativos de Deus para cada um de nós: Quando o Verbo Se encarnar em nosso meio, Com os anjos alegres exultemos, sem pranto, luto ou dor: “Aceite, Adore, Anuncie: Veio ao mundo o Salvador!” Dom Otacilio Ferreira de Lacerda https://peotacilio.blogspot.com/search?q=Natal%3A+O+olhar+que+transcende+a+singeleza
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COMO OS CRISTÃOS VIVEM O PERÍODO DE FIM DE ANO?
PREPAREMOS A CHEGADA DO
MENINO DEUS “O Verbo Se fez carne e habitou entre nós, e nós vimos a Sua glória” (Jo 1, 14)
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proxima-se a tão es- tos de oração e espiritualidade perada Festa da Ce- na comunidade, motivados e lebração do Nasci- enriquecidos pela Leitura Oranmento do Menino te da Palavra de Deus (leitura, Deus, o Verbo de meditação, oração e contemplaDeus, que vem fazer morada en- ção). tre nós, comunicando Sua luz, Celebremos o Natal do Seamor, vida e paz. nhor com este espírito, e tão soNão bastam amigos secretos, mente assim, teremos comunipresépios, mesas fartas, pisca- dades vivas e fecundas, com os piscas acesos, e troca de presen- pilares da Palavra, do Pão da tes apenas na noite do Natal, Eucaristia, da Caridade e da motivados pelas propagandas Ação Missionária, fortalecidos, natalinas. Natal é uma Festa in- como nos orientam as novas Difinitamente maior e mais signifi- retrizes Gerais da Ação Evangecativa. lizadora da Igreja do Brasil. Como Igreja, devemos nos Então, nossos votos de Feliz empenhar ao máximo na sua Natal, não serão vazios de conpreparação para que recupere- teúdo, mas a comunicação da mos o verdadeiro sentido cristão Luz de Deus brilhando mais fordo Natal, de modo especial, a te em nosso coração, onde Ele dimensão Pascal do Natal: o faz Sua morada. Menino que nasce pela ação do Concluo, desejando ao povo Espírito, no ventre de Maria, é o de Deus das Comunidades Mismesmo que anuncia a Boa No- sionárias da Paróquia São Miva do Reino, e na Cruz, vive o guel e Almas, um Feliz e Santo mistério da Paixão e Morte, co- Natal do Senhor. mo expressão máxima de amor por nós, mas vencedor da morte porque o Pai o Ressuscitou. Deste modo, é preciso Dom Otacilio que fortaleçamos os grupos F. Lacerda Bispo de de novena de Natal, em que Guanhães as famílias se encontram para reflexão e oração; momen-
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omo você se sente ao perceber que o ano já chega ao fim? Revisa os objetivos alcançados? Pensa nos projetos a serem realizados no ano vindouro? Indagações comuns nesse período, que, direta ou indiretamente, afetam a todos; alguns mais animados, esperançosos, e, outros nem tanto. Há quem se volte apenas para as questões pessoais: conquistas, fracassos e preocupações com o futuro; e há os que vivem o momento, se envolvem nas questões práticas, como preparar enfeites, comprar presentes, participar das confraternizações na empresa, na igreja e etc. Nessa época, também os gestos de solidariedade e partilha se multiplicam, talvez motivados pelo cunho religioso do período cujo centro é o Natal de Jesus. Mas, logo em seguida, cede espaço para as festas da virada, com simpatias e superstições para o ano novo ser melhor. Final de ano é sempre assim, a festa do natal com as famílias reunidas e a festa da virada, com a “torcida” por um ano melhor. Sempre igual, exceto para os cristãos que vivem realmente a fé que professam. Para os cristãos, esse perío-
do não encerra um ciclo; na verdade inicia em acordo com o calendário da Igreja, o Litúrgico, cujo objetivo é levar os cristãos a participarem de todo o mistério de Cristo no decurso de um ano. Assim, o Natal não é uma festa isolada, está inserida em um contexto, uma história. A Páscoa e o Natal do Senhor são os dois fatos mais importantes do Mistério de Cristo, tendo suas festas estendidas por oito dias seguidos, sendo precedidas por um Tempo cuja finalidade é preparar os fiéis para melhor celebrá-las. O Advento, que precede o Natal, é o Tempo de preparação para a vinda de Cristo. Ele chama a refletir e a viver comportamentos essenciais à vida cristã; sua liturgia faz reacender a esperança e a alegria da promessa da vinda do Messias na certeza de sua realização! Educa a esperança, à confiança em
Deus libertador e fiel! Pede uma profunda conversão que torne o coração manso e humilde, capaz de renunciar aos bens terrenos e assumir a pobreza efetiva. Enfim, ao vivenciar o Advento e buscar a conversão, o cristão celebra o Natal como o mistério da encarnação do Cristo que se faz pobre; do Deus que se faz homem e caminha conosco, em nós! Para o cristão não há repetição, preocupação ou monotonia, pois a cada ano que prossegue no itinerário de fé, que vive o Mistério e participa do projeto de Deus, ele se renova, se alegra e alimenta sua esperança; se torna mais consciente e confiante a ponto de fazer sua, a Missão de Cristo no mundo. Karla Bianca Catequista da Arquidiocese de BH
GRATIDÃO, DEVOLUÇÃO, PARTILHA E SERVIÇO
DÍZIMO
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“O AMOR DE CRISTO NÃO É AMOR DE TELENOVELA”. PAPA FRANCISCO Papa Francisco convida-nos a entender a ternura do amor de Deus em Jesus por cada um de nós: somente assim podemos compreender realmente o amor de Cristo. “Que o Espírito Santo nos faça compreender ‘o amor de Cristo por nós’ e prepare os nossos corações para ‘nos deixarmos amar’ pelo Senhor”; recomendação do Pontífice na Missa da manhã de 31/10, na Casa Santa Marta, detendo-se na primeira leitura (Rm 8,31b-39). Na sua homilia, Papa Francisco “explica como o Apóstolo dos gentios poderia até parecer ‘um pouco orgulhoso’, ‘demasiado confiante’ ao afirmar que nem ‘a tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada’ conseguirão separarnos ‘do amor de Cristo’”. “No entanto, o Papa afirma, lendo São
Paulo, ‘somos mais do que vencedores’ com o amor do Senhor. São Paulo foi um deles porque, explica Francisco, desde o momento em que ‘o Senhor o chamou na estrada de Damasco, começou a compreender o mistério de Cristo’: ‘tinha-se apaixonado por Cristo’, tomado - observa o Papa - de ‘um amor forte’, ‘grande’, não uma ‘trama’ de ‘telenovela’. Um amor ‘sincero’, a ponto de ‘sentir que o Senhor sempre o acompanhava em coisas belas e feias’”. “Ele sentia isto com amor. E eu me pergunto: eu amo o Senhor assim? Quando chegam os maus momentos, quantas vezes sente-se o desejo de dizer: ‘O Senhor abandonou-me, já não me ama mais’ e gostaria de deixar o Senhor. Mas Paulo estava certo de que o Senhor nunca abandona. Compreen-
dera o amor de Cristo em sua própria vida. Este é o caminho que Paulo nos mostra: o caminho do amor, sempre, no bom e no mau, sempre e avante. Esta é a grandeza de Paulo”. “O amor de Cristo, acrescenta o Pontífice, ‘não se pode descrever’, é algo muito grande”. “Foi Ele quem foi enviado pelo Pai para nos salvar e o fez com amor, deu a vida por mim: não há amor maior do que dar a vida por outra pessoa. Pensemos em uma mãe, o amor de uma mãe, por exemplo, que dá a vida pelo filho, acompanha-o sempre, a vida toda, nos momentos difíceis, mas ainda é pouco… É um amor próximo de nós, o amor de Jesus não é um amor abstrato, é um amor eutu, eu-tu, cada um de nós, com nome e sobrenome”.
“No Evangelho de Lucas, o Papa nota ‘algo do amor concreto de Jesus’. Falando de Jerusalém, Jesus recordou quando tentou recolher seus filhos ‘como a galinha com seus pintinhos debaixo das asas’, e lhe foi impedido. Então ‘chorou’”. “Portanto Francisco exorta a nos perguntar se Jesus chora por nós, ele que nos deu ‘tantas coisas’ enquanto nós, muitas vezes, decidimos ‘tomar outro caminho’. O amor de Deus ‘se faz lágrima, se faz pranto, pranto de ternura em Jesus’, reitera. Por isso, conclui o Pontífice, São Paulo ‘tinha se apaixonado por Cristo e nada podia separá-lo d’Ele’”. Por Mariza Pimenta (Leia mais em: https://www.vaticannews.va.)
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EXPEDIENTE
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INFORMATIVO DA PARÓQUIA SÃO MIGUEL E ALMAS - PRAÇA JK, 12 – CENTRO – GUANHÃES - MG Fone: (33) 3421-1651 - E-mail: jornalpartilhando@gmail.com - Página:@paroquiasaomiguel Pároco: Pe. Hermes Firmiano Pedro Responsáveis: Pe. Hermes Firmiano Pedro e Pe. Wanderlei
Rodrigues dos Santos Colaboradores: Eliana Alvarenga, Geraldo Júnior, Luís Carlos Pinto, Mariza Pimenta, Mariza Silva, Poliana de Jesus, Simone Mendanha, Vera Pimenta e lideranças das
comunidades rurais e urbanas Diagramação: Vander Cardoso (31) 99305-1127 – geracaobhz@gmail.com Revisão: Eliana Alvarenga, Mariza Pimenta e Vera Pimenta
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CONTECEU
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Programa Hora da Família. Rádio Vida Nova FM.
Missa no Dia 12 de outubro, na Catedral, presidida por Dom Otacilio. Homenagem a Nossa Senhora pelas crianças da catequese.
Missa celebrada na comunidade Santa Tereza. Cada mês na casa de uma família com barraquinhas no final.
Café da manhã no dia do aniversário natalício de Dom Otacilio.
Celebração Eucarística no Cemitério.
Curso de Preparação de Noivos para o Sacramento do Matrimônio.
Encontro com os pais dos adolescentes do EAC.
Encontro de Espiritualidade do Grupo do EAC.
Encontro de formação de catequistas. Avaliação e Planejamento.
Entrega da moto ao ganhador (Ação Beneficente - Festa de São Miguel).
Estruturação da Equipe do Movimento Fé e Política.
Crianças do Setor Catedral participando das Missas após a Iniciação Eucarística.
Presença do EAC no DNJ 2019.
Reunião na Comunidade do Correntinho - Criação do Conselho Comunitário CPC.
Encontro de formação com Lideranças das Comunidades Rurais e Urbanas. Avaliação e Planejamento.
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CONVERSANDO SOBRE LITURGIA ARTIGO II
OS DIAS LITÚRGICOS
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o artigo anterior, falávamos sobre o Ano Litúrgico de modo geral e a diferença entre o Ano Litúrgico e o Ano Civil. Nesse novo artigo, ressaltamos os dias consagrados a Deus, dentro da dinâmica do Ano Litúrgico. No decorrer do Ano litúrgico, a Santa Igreja, a cada dia, comemora a obra salvífica de Jesus Cristo, nossa Páscoa. Cada semana, no dia chamado “Domingo”, ou “Dia do Senhor”, nós recordamos a Ressurreição de Cristo, que se celebra também uma vez por ano, com a bem- aventurada Paixão, na solenidade máxima da Páscoa. O Ano Litúrgico é formado por diversos tempos, a saber: Tempo do Advento, Tempo do Natal, Tempo Comum, Tempo da Quaresma - Tríduo Pascal, Coração do Ano Litúrgico- e Tempo Pascal. Dentro desses tempos, temos as Solenidades, Memórias Obrigatórias, Memórias Facultativas, os Santos, os fiéis Falecidos e outras celebrações para diversas circunstâncias. Mas a pergunta é: O que é, e quais são os dias litúrgicos? A Igreja nos ensina que todos os dias
são santificados pela celebração litúrgica do povo de Deus, principalmente pelo sacrifício Eucarístico e pelo Ofício Divino. O Domingo, primeiro dia de cada semana - por tradição dos apóstolos, que tem origem no próprio dia da Ressurreição de Jesus - celebra o mistério pascal. Por isso, é o dia principal de cada semana, dia festa; é o dia em que celebramos nossa Páscoa semanal. O Domingo tem a excelência e só cede espaço para algumas celebrações, como solenidades, e festas dedicadas ao Senhor. Contudo, os domingos do Advento, Quaresma e da Páscoa gozam dessa precedência sobre as outras festas e solenidades. Algumas festas e solenidades que ocorrem nesse tempo são antecipadas; outras, pela importância para a igreja, são mantidas no dia próprio, com ofício próprio. Por exemplo, - Imaculada Conceição, no Tempo do Advento; São José, no tempo da Quaresma. Já a Solenidade da Anunciação do Senhor no Tempo da Quaresma é transferida ou, caso contrário, por determinação da conferência episcopal de cada país, segue outro cronograma. Entretanto, o Domingo exclui por natureza a fixação definitiva de qualquer outra ce-
lebração. A precedência é do domingo. As solenidades, festas e memórias também têm sua organização de precedência. Celebrando o mistério de Cristo, a Igreja venera, com particular amor, a Virgem Maria, e propõe aos fiéis as memórias dos mártires e outros Santos. Os santos de importância universal são celebrados em toda a igreja; são celebrações chamadas de “Memória Obrigatória”; os outros santos são celebrados de acordo com a designação de cada país, continente ou igreja local, ficando facultativo (opcional) em outras regiões ou países. As celebrações caracterizadas “Solenidades” são de primeiro grau na igreja e são enriquecidas por Primeiras Vésperas na Liturgia das Horas; algumas ainda têm até uma vigília e missa vespertina, como o do Natal, Pentecostes, Assunção. Umas carregam em si características bem particulares: as duas maiores solenidades do Ano Litúrgico - Páscoa e Natal - seguem por uma oitava. Celebram-se oito dias como se fossem um único dia, e seguem leis próprias no calendário litúrgico. Há um costume de celebrar Nossa Senhora constantemente. Sendo assim,
nos Sábados do Tempo Comum, não tendo solenidade ou celebração obrigatória, pode-se celebrar a memória facultativa da Santa Virgem Maria. O sábado, por tradição, é dedicado a ela. Já os dias de semana seguem o domingo e são celebrados segundo a sua importância própria. A Quarta-feira de Cinzas e os dias da Semana Santa, de segunda a quinta, têm a preferência. Os dias de semana do advento - de 17 a 24 de dezembro inclusive os dias de semana da Quaresma, têm preferência e são memórias obrigatórias. Sendo assim, entendemos que todos os dias são litúrgicos. Cada dia com sua celebração, santificando o povo de Deus e o conduzindo à Páscoa plena, a partir da caminhada na páscoa semanal, plenificada no dia do Senhor, o Domingo.
Michel Hoguinele hoguinelle@ hotmail.com
COMO LIDAR COM O SENTIMENTO DA PERDA
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VISITA DO DOM OTACILIO ÀS COOPERADORAS DA FAMÍLIA
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o dia 16 de novembro, o Instituto Secular das Cooperadoras da Família foi agraciado com a visita de Dom Otacilio, nosso bispo diocesano, que celebrou a Sagrada Eucaristia. Durante a homília exortou as Cooperadora da Família a terem uma vida de oração intensa para viverem com alegria a sua vocação e missão. Hoje o mundo tem necessidade de pessoas contemplativas que veem o belo em meio às vicissi-
tudes e catástrofes naturais; que sejam pessoas confiantes e perseverantes na bondade e misericórdia de Deus; que motivam a realização da missão, movidas pela sabedoria de Deus. Agradecimentos a Deus pelo dom do nosso Pastor, pela sua disponibilidade, alegria, cordialidade e generosidade. Arminda Jesus Batista, pelo grupo das Cooperadoras da Família
aber como lidar com sentimento de perda é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo ser humano. A verdade é que ninguém gosta de perder, seja pela morte de um ente querido, um relacionamento amoroso que chegou ao fim ou mesmo um emprego. Lidar com o fim de algo do qual não tínhamos a intenção de nos despedir pode ser desafiador, mas existem formas de transformar a dor em aprendizado e entender melhor os sentimentos e as emoções geradas por eles e encontrar um caminho para seguir em frente. Quando uma perda acontece na vida de uma pessoa, ela pode experimentar diversos sentimentos, como tristeza, medo, culpa, raiva, arrependimento. Mas quando colocamos Deus à frente, o caminho para enfrentar essa dor se torna mais fácil. Para superar a situação, precisamos VIVER O LUTO. Tentar disfarçar a tristeza não ajuda neste momento de grande perda. O luto é para ser vivido, ou seja, se você estiver com vontade de chorar, chore. BUSQUE APOIO. Ir à igreja gera uma sensação de pertença, agradecimento. Um atendimento psicológico ajuda a elaborar tudo o que aconteceu, assim como visualizar o futuro. O TEMPO, o primeiro ano sem aquela pessoa ou sem o emprego será difícil. Se você viveu realmente o luto, a tendência é que a dor da perda diminua com o passar
do tempo. Deus coloca tudo no lugar. É preciso Se REDESCOBRIR, praticar atividades prazerosas, escrever, fazer artesanatos, cuidar das plantas, animais ou praticar esportes. São várias as atividades que se pode fazer para diminuir os sentimentos da perda, pois a satisfação de fazer algo por nós mesmos ajuda a lidar com a sensação do vazio. Por mais que pareça que não terá forças para suportar, você terá. As pessoas só reconhecem a força que têm, quando precisam usá-la, mas a verdade é que todos a possuem. Superar a dor da perda e todos os sentimentos que ela traz é um grande desafio; mas é possível vencê-lo sim. Para isso, ao invés de manter o foco no que foi perdido, procure enxergar o que ficou e o que ainda pode vir. Lembre-se de que a vida nos oferece inúmeras possibilidades para sermos felizes. Então, segure na mão de Deus e aproveite a vida!
Letícia Grazielle de Souza Lelis Psicóloga