JALDE-NEGRO Fotos: Divulgação/FS
João A. M. Filho
Bagé empata e leva decisão para Vacaria pág. 15
SEGUNDA-FEIRA Bagé, ano 9 , n° 2 712
22.4.2019
DO SUL
R$ 2,00
JORNADA Peregrino, que pretende atravessar os cinco continentes a pé, relata experiência ao Folha do Sul pág. 6
MORRE DANÚBIO GONÇALVES Aos 94 anos, morreu ontem, em Porto Alegre, Danúbio Gonçalves, o último remanescente do Grupo de Bagé. O prefeito Divaldo Lara decretou luto de três dias pela morte do pintor, gravurista, desenhista, professor e escritor. pág. 12
PRIVATIZAÇÕES Deputados votam amanhã PEC que acaba com plebiscito das estatais pág. 4
CINEMA Festival que ocorre em três cidades começa nesta semana pág. 11
VIOLÊNCIA Mãe agride e ameaça a própria filha de 13 anos de morte pág. 14
PERSEGUIÇÃO Motorista alcoolizado tenta atropelar policial, foge e acaba detido
pág. 14
ALVIRRUBRO Guarany celebra aniversário com vitória pág. 15 PREVISÃO DO TEMPO
Parcialmente nublado
22º 11º
2 FOLHA DO SUL
ROGER LERINA
JOÃO BATISTA MONTEIRO CAMARGO
Curador de longas-metragens do 11º Festival Internacional de Cinema da Fronteira
P
arece que foi ontem que o Festival Internacional de Cinema da Fronteira completou a primeira década. E faz pouco tempo mesmo: a décima edição do evento realizou-se no final de novembro e começo de dezembro de 2018, o festival de número 11 será realizado agora entre os dias 23 e 27 de abril. Se a proximidade entre as edições impôs desafios e urgências aos trabalhos da produção e das curadorias, essa mudança para o primeiro semestre do ano também contribuiu para fortalecer o sentido de continuidade, coerência e evolução do Festival da Fronteira – uma preocupação que, de resto, pauta a iniciativa desde seu surgimento, em 2009. Em 2019, o Festival da Fronteira repete o exitoso movimento de literalmente cruzar a fronteira iniciado no ano passado e de novo soma a Bagé a brasileira Santana do Livramento e a uruguaia Rivera como cidades sede do evento. Essa materialização prática de uma vontade de inclusão e diálogo empresta concretude a uma vocação de origem do festival, que sempre encarou o cinema como linguagem artística particularmente propícia para estreitar laços culturais, apontar afinidades históricas, borrar separações geográficas e espelhar nexos simbólicos entre diferentes sociedades, povos e nações. Consonante com esse vetor ideológico que busca ressoar diferentes vozes, o Festival da Fronteira coloca no cerne da programação da 11ª edição – que inclui oficinas, debates, encontros e atividades estudantis, comunitárias e formativas – uma seleção polifônica de filmes. São longas e curtas-metragens, em competição e fora de concurso, que representam características, ênfases e valores caros ao festival: o olhar crítico para a contemporaneidade, as diferentes visões de mundo a partir de um determinado contexto local, as problemáticas específicas brasileiras e latino-americanas, as ricas e conflitantes heranças de nossas origens ibéricas e africanas, a busca por um cinema de linguagem inquieta e ousada, o português e o espanhol como nossas determinantes matrizes idiomáticas e culturais. O 11º Festival da Fronteira reúne seis longas-metragens na mostra competitiva, com títulos em première nacional ou gaúcha: “Caminhos Magnétykos” (2018, Brasil/Portugal), de Edgar Pêra, “Domingo” (2018, Brasil), de Clara Linhart e Fellipe Barbosa, “Las Rutas en Febrero” (2018, Canadá/Uruguai), de Katherine Jerkovic, “Morto Não Fala” (2018, Brasil), de Dennison Ramalho, “Ocho de Cada Diez” (2018, México), de Sérgio Umansky Brener, e “Our Madness” (2018, Moçambique/Portugal), de João Viana. As duas produções brasileiras da competição foram filmadas no Rio Grande do Sul e encarnam com vigor e talento o cinema nacional contemporâneo. Aficionado do gênero horror, o diretor e roteirista gaúcho Dennison Ramalho debuta no longa com “Morto Não Fala”, filme rodado em Porto Alegre e inédito no Estado, cuja estreia realizou-se no Canadá, no Fantasia Film Festival. Os atores Daniel de Oliveira e Marco Ricca estão no elenco. Também inédito no Rio Grande do Sul, “Domingo”, de Clara Linhart e Fellipe Barbosa (de “Gabriel e a Montanha”), foi inteiramente filmado em Pelotas e será representado em Bagé pela gaúcha Ítala Nandi – premiada como melhor atriz no Festival do Rio por esse trabalho. A produção teve estreia no Festival de Veneza e retrata as ambíguas relações sociais entre a burguesia e a classe trabalhadora no Brasil a partir de um fim de semana no campo, filiando-se à tradição fílmica da crítica de costumes que vêm do clássico “A Regra do Jogo” (1939), de Jean Renoir, e chega a “Casa Grande” (2014) – também dirigido por Fellipe Barbosa. Os dois títulos de produção portuguesa da competição têm em comum a pesquisa de linguagem e o desejo por explorar as possibilidades e os limites do cinema. O drama “Our Madness”, de João Viana, é uma das raras produções inteiramente filmadas em Moçambique. O longa ganhou o prêmio de melhor filme no mais importante festival de Portugal, o IndieLisboa, além de ter estreado no Festival de Berlim. O angolano Viana participou do Festival da Fronteira na quinta edição, com o longa “A Batalha de Tabatô” (2013). Já “Caminhos Magnétykos”, do vanguardista realizador Edgar Pêra, foi selecionado para o Festival de Rotterdã e narra de maneira onírica a longa jornada noite adentro de um rico empresário que deambula pelas altas rodas e pelo submundo de Lisboa. O elenco é encabeçado pelo ator francês Dominique Pinon – astro de filmes como “Delicatessen” (1991) – e pelo cantor brasileiro Ney Matogrosso. A presença lusitana no festival inclui ainda a exibição fora do concurso de “Pedro e Inês” (2018), requintado drama histórico de António Ferreira – uma coprodução entre Portugal, Brasil e França que teve estreia no Festival de Cinema de Montreal. Completando os longas em competição, estão dois representantes de distintas vertentes da cinematografia latino-americana atual. “Las Rutas en Febrero”, da jovem realizadora canadense de origem uruguaia Katherine Jerkovic, teve sua première no Festival de Toronto, conquistando três prêmios. Ambientado em uma cidadezinha do Uruguai, em um cenário muito familiar ao interior gaúcho, o filme é um drama minimalista sobre o relacionamento de uma jovem e a avó pautado pela ausência paterna. Já “Ocho de Cada Diez”, do diretor e produtor mexicano Sérgio Umansky Brener, utiliza-se dos códigos do drama policial para contar a história de um homem simples que busca justiça para a morte do filho, vítima da violência do tráfico e da indiferença das autoridades. A produção foi selecionada para o Festival de Cinema de Varsóvia. Ainda dentro do escopo hispânico, o Festival da Fronteira também vai exibir fora da competição o inédito drama espanhol “Bernarda” (2018), de Emílio Ruiz Barrachina, baseado na obra de Federico García Lorca, com um elenco que inclui as conhecidas atrizes do cinema ibérico Assumpta Serna, Miriam Díaz-Aroca e Victoria Abril – famosa por estrelar filmes de Pedro Almodóvar como “Ata-me” (1989) e “Kika” (1993).
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Segunda-feira, 22 de abril de 2019
OPINIÃO
Endereço: Rua Bento Gonçalves, 49-E Fones: Assinaturas: (53) 3242-1020 Redação: (53) 3311-3915 jornalismo.folhadosul@gmail.com anunciosfs@gmail.com www.jornalfolhadosul.com.br Impressão Gráfica Jornal Zero Hora
U
COELHINHOS DA PÁSCOA NÃO EXISTEM, INDÍGENAS SIM
m dos momentos simbólicos da nossa infância é quando começamos a saber que o coelho da Páscoa e o papai Noel, tais como vistos nas propagandas, não existem. As datas em si quase sempre são dias especiais, família e amigos reunidos, troca de regalos, mesa farta, receitas de família. Contudo, é relativo quando refletimos sob um viés diferente, se pararmos para pensar a importância maior da data é para o comércio, o capitalismo faz questão de vincular os sentimentos ao consumo. Eu não gosto de doce, então nem me importo muito com as novidades da Cacau Show, me importava quando pequeno com o que vinha dentro dos ovos, acredito que isso não tenha mudado, meus irmãos comiam o chocolate que eu não dava bola depois de tirar o “presente”. As crianças de hoje em dia também estão à espera das porcarias surpresa que estão dentro dos chocolates. Me recordo de um episódio mais interessante envolvendo a Páscoa, foi em uma aula de religião, sim, eu tinha aula de religião no colégio. Na educação pública, com a professora que era uma “irmã católica”, eu não sei como se chama, irmã ou freira, mas era efetivamente uma aula de religião católica. À época, eu tinha um colega, que era e permanece sendo meu melhor amigo. Ele era espírita, o que também permanece sendo, de família espírita, que frequenta o centro e ele estudava a doutrina em um grupo de outras crianças espíritas no mesmo dia que eu fazia a catequese. Em que pese a tenra idade, eu pensava em como ele interpretava aquilo, aulas de religião, até não me conter e perguntar, o tema era símbolos da Páscoa, o ovo, o coelho, o ramo... Ele respondeu quando perguntei, eu não acredito da mesma forma e em quase nada disso, mas vou pintar, é para pintar. Gostamos de feriados, feriados santos, inclusive, independentemente em qual religião, crença, fé. Não respeitamos pela homenagem, mas por ser um dia de “não trabalho” ou trabalho melhor remunerado. Gostamos de estar na praia e do movimento da festa de Iemanjá, gostamos de comer peixe na Sexta-feira Santa, época que temos feiras ótimas, com muito mais variedade e no geral melhores preços para os pescados. Achamos lindo visitar o Cristo e tirar foto para as redes sociais, um mosteiro, algumas ainda quando em viagem fazem questão de tirar fotos de véu. Mas a que passo reconhecemos a laicidade do nosso país e, principalmente reconhecemos as outras formas de crença, religiosidade e fé. Sim, somos laicos, podemos crer e podemos cultuar, inclusive qualquer crença. Podemos acreditar que temos esse direito respeitado? Falamos na escola sem partido, a mesma escola pública que doutrinava crianças para a religião católica no meu tempo, que passam batido a discussão das demais religiosidades e de outras culturas. Nesta semana, vimos a polêmica na televisão e na internet da mãe que introduziu a filha desde cedo em sua religião, de cunho africanista, não interpretamos da mesma forma que outras crianças introduzidas em outras religiões, o espanto é grande, mas esse espanto não é o mesmo para crianças de cabelos cumpridos de saia com uma bíblia embaixo do braço. Nas salas de aula, essa semana, provavelmente terão infindas atividades voltadas à Páscoa. Será que a mesma importância dada na comemoração do “Dia do Índio”, e não estou falando aqui de pintar um cocar bobo e cantar a música da Xuxa, mas, sim, de ensinar, de fato, o que são as comunidades tradicionais e o que elas representam para o Brasil, para nossa cultura e nossa história. A questão nem é que não podemos fazer algo em detrimento de outra coisa, mas, sim, que podemos muito bem dimensionar nossa crítica e nosso fazer para contemplar a diversidade, no mínimo reconhecê-la. Não é porque somos de uma religião x que devamos endemoniar outras. Esse ponto de vista seletivo está ultrapassado, além de representar uma face feia antes não mostrada, a face da discriminação, do preconceito e da intolerância, que a cada dia mais se faz naturalizar. Com a desculpa de que estamos na geração “mimimi” que não se pode nem fazer uma piada, que tudo é problematização tentam perpetuar a discriminação. Axé para quem for de axé, aleluia para quem for de aleluia e amém para quem for de amém. Que os indígenas tenham seu dia marcado pela nossa consciência e pelo refletir do mal que estamos fazendo para nossa comunidade primeira, criticando que alguns deles têm iphone, andam de uber e comem Mc Donald’s, usam “até roupa” ou que há aqueles que vivem mais isolados, contudo, sem lembrarmos que a eles é dado o direito de escolher entre estar aqui ou lá e o que não pode é ser retirada essa opção, mas para, muito além disso, seguirmos tentando ser a voz da vontade deles e os tratando como animais em zoológico. Tanto a religiosidade que envolve a Páscoa quanto a simbologia do “Dia do Índio” estão previstos na nossa Constituição Federal, não dessa forma, mas como garantias ao culto e credo e garantia a diversidade étnica e racial, portanto que esses dias sejam de reflexão para o que é mais importante pensar, no coelho que não existe ou no indivíduo que existe, na minha religião que prega o amor ou o ódio ao outro por crer em algo diferente, ou só por ser diferente, em não comer carne vermelha ou não fazer mal ao outro? Eu não acredito em inferno, mas se ele existisse iríamos encontrar tantas pessoas “de bem” lá...
RICARDO BELLEZA Músico e cinéfilo
A
Bem-Vindos À Marwen
Drama baseado em fatos, dirigido por Robert Zemeckis.
pós sofrer uma agressão que lhe deixou com amnésia, Mark Hogancamp (Steve Carell) passa a tirar fotos de bonecos para exibir em galerias de arte. Filme muito sensível desse diretor que foi um precursor da computação com animação gráfica no cinema. A produção é rebuscada e deve ter dado uma trabalheira para fazer, só isso já vale para quem assistir o longa-metragem. Doses de romance, violência e aventura recheiam o roteiro protagonizado por Steve Carell, com as participações de Leslie Mann, Diane Kruger, Merritt Wever, Janelle Monáe, Eiza González, no elenco principal. A produção também critica a homofobia, pois o protagonista mesmo sendo heterossexual, gosta de calçar sapatos femininos e por isso é agredido. Um grande abraço a todos.
Direção Geral: Leisa Soria Gerente Administrativo: Carlos Henrique Gerzson Neto Gerente Comercial: Cláudia Jardim Gerente Financeiro: Tanise Ferreira Arce
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Advogado e professor da Ideau
Editora Geral: Márcia Sousa Subeditor: Marcelo Pimenta Revisão: Lucimar Camargo Nunes Diagramação: Ben Hur Munhoz - Cristiano Lameira
Reportagem: Niela Bittencourt - João Alberto de Miranda Filho - Anderson Ribeiro - Francisco Bosco Coluna Social: Gilmar de Quadros - Marcos Pintos Papo de elevador: Gladimir Aguzzi Conteúdo online: Francine Leite - Carlos Barbieri
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Segunda-feira, 22 de abril de 2019
INDICADORES ECONÔMICOS
VITRINE EMPRESARIAL
por Francine Leite
MOEDAS Dólar comercial Dólar turismo (em R$) Euro (em R$) Pesos ur.(em R$) Pesos arg.(em R$)
francineleites@gmail.com
INTUIÇÃO ACESSÓRIOS TEM TUDO PARA INCREMENTAR O VISUAL E ARRASAR NO ESTILO
Francine Leite
Forte tendência em 2019, o animal print está dominando as produções de inverno
L
enços, echarpes, mantas, cachecóis, capas, ruanas e ponchos. A temporada mais charmosa do ano chegou na Intuição Acessórios. Peças que variam o uso de acordo com o estilo de quem veste. Mesmo dependendo da personalidade e mensagem que se quer passar, uma coisa não se pode negar: esses elementos são os mais polivalentes dentro do guarda-roupa. Além da versatilidade, esses acessórios são muito úteis nos dias de temperaturas mais baixas, seja para encarar aquele friozinho durante a manhã, na hora de sair
de casa, ou para dar uma cara mais moderna e estilosa ao visual. Para quem procura praticidade, além de looks mais quentinhos, a dica é ir conhecer a nova coleção de inverno da Intuição. A variedade desses produtos é bem grande, com cores, estampas e materiais diferenciados. A loja disponibiliza linhas novas e completas de colares, brincos, anéis, pulseiras, pingentes, acessórios para o cabelo, peças que complementam qualquer produção, independente da estação do ano. Além disso, com a proximi-
dade do Dia das Mães, há diversas opções de presentes para a data. Um item muito procurado nesta época são as correntes com pingentes de filhos, um mimo mais do que especial, que demonstra todo o afeto e gratidão para as mães e que elas adoram. Sem falar das bolsas, um xodó entre o público feminino. A indicação da Intuição são os kits compostos por duas bolsas, escolha certeira de presente. Há inúmeros modelos na loja, assim como de carteiras, uma linha bem variada em estilo, tamanhos, formatos e ocasiões.
de nunca e na Intuição está traduzida em diversos acessórios, como cintos, pulseiras, colares, relógios, bolsas, lenços, entre tantas outras possibilidades de brincar com a forma única de se produzir que a esta moda traz. Há também uma linha de solares, acessórios que são indispensáveis para se proteger, bem como para dar aquele toque especial na finalização do look. A empresa tem crediário próprio, além de aceitar
cheque e as principais bandeiras de cartões de crédito em até cinco vezes, sem juros, com parcela mínima de R$ 30. A loja fica aberta, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h30min às 19h. Aos sábados, atende das 9h às 12h30min e das 14h30min às 19h. Está localizada na avenida Sete de Setembro, 1 171. O telefone é (53) 3241 0003. Nas redes sociais, acompanhe no Facebook e no Instagram @intuicaoacessorios.
Estampa animal print A grande sensação da estação são, sem dúvidas, peças em animal print. As estampas, sejam de onça, zebra, cobra, leopardo são atemporais, poderosas e demonstram toda a personalidade de quem as escolhe. Quem adora usar oncinha, por exemplo, tem a impressão de empoderamento, já que passa uma mensagem ligada a uma imagem de determinação, força, agilidade e poder para enfrentar medos. A tendência está mais forte
COMPRA
VENDA
3,928 3,770 4,412 0,114 0,093
3,929 4,090 4,413 0,114 0,093
FOLHA DO SUL 3 SALÁRIO MÍNIMO [REGIONAL]
SALÁRIO MÍNIMO [NACIONAL]
R$ 1.196,47
R$ 998,00
Comércio em foco Empreendedor também precisa fazer a Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física A reta final da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF) está aí. O prazo final para entrega é 23h59min do dia 30 de abril. Para quem é empreendedor e não sabe se deve ou não declarar o IRPF, a resposta é: sim! Muita gente têm dúvida, pois crê que, já que é obrigatório que a empresa faça sua declaração de IR Pessoa Jurídica, talvez isso pudesse evitar que o empreendedor fizesse a declaração de pessoa física. Mas não é o caso. A DIRPF é obrigatória também. Veja alguns pontos que o Sebrae RS esclarece: De acordo com a Receita Federal, está obrigado a fazer a declaração de imposto de renda pessoa física quem recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma anual foi superior a R$ 28 559,70; recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 000,00; obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja destinado à aplicação na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da celebração do contrato de venda; com relação à atividade rural: obteve receita bruta anual em valor superior a R$ 142 798,50; e/ou pretenda compensar, no ano-calendário de 2018 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio anocalendário de 2018; teve a posse ou a propriedade, em 31 de dezembro de 2018, de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 000,00; passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição se encontrava em 31 de dezembro de 2018. Lembre-se: estas são apenas algumas orientações básicas. O melhor é procurar suporte com um contador, que vai indicar como preencher corretamente os campos, incluindo todos os valores relativos à empresa. Saiba todos os pontos de como é a declaração para quem tem empresa nos links https://conube.com.br/blog/imposto-de-renda-para-quem-temempresa/ http://receita.economia.gov.br/interface/cidadao/irpf/2019
4 FOLHA DO SUL
Segunda-feira, 22 de abril de 2019
POLÍTICA por Márcia Sousa
marciasifa@hotmail.com
EDGAR MUZA VISÃO GERAL
O
Não se pode gastar mais do que se arrecada que mais me atrai nas leituras que faço, sobre declarações de grandes economistas brasileiros, é exatamente o que o trabalhador, pai de família, pratica no dia a dia. É um tema que me motiva a comentar sobre economia, mesmo não sendo especialista. A prática popular, que tem seu fundamento, é “não gastar além de seu salário”. Então, a economia praticada pela população deveria servir de exemplo aos eleitos para enquadrar a despesa na receita. E isso em todos os níveis. Li uma entrevista, ontem, no Correio Brasiliense (CB), com o presidente do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Carlos Von Doellinger, em que faz análise sobre os problemas brasileiros. Respondeu diversas perguntas que compilei o que considero o “resumo da ópera”. Leiam: “Estado brasileiro está disfuncional e inchou. Os gastos não pararam de crescer. Gasta-se muito e gastase mal”. Como sou repetitivo, insisto em me espelhar no consumidor brasileiro. Em todas as crises econômicas acontecidas no Brasil, por má gestão pública, ele eliminou os gastos considerados supérfluos, procurou “pechinchar” preços dos produtos essenciais à vida e acabou derrubando a arrecadação. Até aí o cidadão comum, aquele que realmente paga os impostos, deu o recado aos governos. Mas não foi entendido. Tanto é verdade que, nos últimos dois anos, a arrecadação do bolo nacional diminuiu, enquanto o governo aumentou o gasto em quase 25%. Baixa o bolo e aumenta o gasto. É claro que o comércio e a indústria sentiram o peso e passaram a diminuir a máquina. O desemprego aumentou (são 13 milhões de brasileiros) diminuindo ainda mais, a arrecadação com a Previdência. Antigamente, era necessário quatro trabalhadores, com carteira assinada, para pagar um aposentado. Agora, pelo que se sabe, está um por um. É claro que a Previdência está estourada. É claro que isso não se corrige de uma hora para outra. Precisamos de ações concretas, entre elas, a redução da máquina pública, que trará redução do gasto público. Aí entra a velha política. Como irão deixar de lado “os parceiros políticos”, que lhe darão respaldo nas reformas? Pois bem, o mesmo cidadão presidente do IPEA, afirma que a privatização é necessária, porém ressalvando que a Caixa, Banco do Brasil e Petrobras devem ficar de fora porque são estratégicos. Agora, afirma: “O governo, por exemplo, tem R$ 700 bilhões de ativos imobiliários que não rendem nada. Isso também faz parte da realização. É o ajuste patrimonial”. E aí que está o problema: Quantos “cabos eleitorais” estão alocados nestes patrimônios, recebendo salários vultuosos (alguns deles) e só causam gastos? Não arrecada nada? Diminuir a máquina é solução.
A disputa de vaidade e poder continuam
Não analiso de outra maneira o que está acontecendo no Brasil. Cada um quer mostrar (ou parecer?), ser um ente superior, acima da lei, tomando decisões que não estão a altura do cargo. Foi o caso do ministro Alexandre de Moraes, ao querer impor censura à imprensa. O bicho pegou e o pau comeu. Isso prova, outra vez, que nossas instituições estão funcionando. Não há ambiente para “golpe” como algumas cabecinhas, viúvas da ditadura, estão sonhando. A prática usada pelos ditadores é conhecida, censurar a imprensa. Não é exclusividade brasileira. Quando o cidadão não pode opinar e muito menos não sabe o que está acontecendo, fica vinculado apenas às notícias oficiais. Aliás, para não sermos injustos, o Lula tentou “regular” a prática jornalística. Não conseguiu. A imprensa já tem uma lei que a regule. Muitos jornalistas e órgãos de imprensa, já sofreram sanções da lei. Pois bem, para não fugirmos do tema em apreço, a repercussão foi tão grande que Alexandre voltou atrás na “decisão autoritária”. A democracia funcionou com a reação das instituições que se posicionaram contrárias à decisão estapafúrdia. Opinião de Celso de Mello: “A decisão é ilegítima e incompatível com o regime de liberdades fundamentais consagrado pela Constituição da República”. Marco Aurélio Mello se referiu a decisão de Alexandre como: “Mordaça, mordaça”. Deu um conselho: “acho salutar que o ministro reveja a decisão antes que ela chegue ao Plenário do Supremo”. Para um bom entendedor, meia palavra basta. Lá, ela será derrubada. Apenas para relembrar, Alexandre de Moraes fez parte de governo do PSDB, partido ao qual foi filiado. E assumiu o Ministério da Justiça, de Temer, que o indicou para o Supremo, porque PMDB e PSDB se uniram na cassação de Dilma Rousseff. Tirem as conclusão. Certo?
SEMANA DECISIVA PARA REALIZAÇÃO OU NÃO DO PLEBISCITO DAS ESTATAIS
A
semana começa com as atenções voltadas para a Assembleia Legislativa. Está em pauta para ser votada amanhã, no plenário, em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 272 2019, do governo de Eduardo Leite, que retira da Constituição Estadual a obrigatoriedade de realizar plebiscito para a venda da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e Sulgás. A matéria já está apta a ser apreciada depois de ter o processo de tramitação concluído nas comissões parlamentares. Embora a oposição no parlamento gaúcho defenda com veemência a realização da consulta popular, o governo entende desnecessário o plebiscito, pois Eduardo Leite fez defesa pública e incisiva das privatizações durante a campanha para o governador e foi eleito, tendo essa como uma de suas principais bandeiras de mandato. O governo tem maioria no plenário para votar favorável para acabar com o plebiscito. Na semana passada, lideranças e sindicalistas entregaram na Assembleia Legislativa, em
Márcia Sousa/FS
Companhia Riograndense de Mineração está no pacote de privatizações
torno de 80 mil assinaturas pedindo a consulta popular a respeito da privatização das estatais. No pacote das privatizações está a CRM. Na edição do dia 4 de abril, o Jornal Folha do Sul publicou entrevista sobre o assunto com o prefeito de Candiota, Adriano Castro dos Santos (PT). O chefe do Executivo defendeu com veemência a realização do plebiscito e falou sobre a importância da mineração para o município. “Candiota existe por causa da CRM”, disse, com firmeza, o prefeito.
Com a possibilidade de que o plebiscito seja “sepultado” na Assembleia Legislativa, já que o governo gaúcho tem maioria na casa, o prefeito de Candiota garantiu que se isso ocorrer não vai desistir da luta. No dia 12 de abril, Bagé sediou audiência pública da Assembleia Legislativa. O evento no Complexo Cultural do Museu Dom Diogo de Souza, lotou de políticos e sindicalistas. Entre os assuntos, estava em debate as privatizações.
Mesmo com uma renovação histórica na Câmara dos Deputados, na eleição do ano passado, isso não representou mudanças de hábitos no que diz respeito a gastança por parte do parlamentares. A Revista IstoÉ desta semana publica reportagem com as extravagância com o dinheiro pago pelo contribuinte. De acordo com levantamento da revista, na hora de se tratar sobre
o uso do dinheiro, eles estão longe de zelar pela moralidade. Conforme a publicação, no primeiro mês da nova legislatura, alguns parlamentares usaram e abusaram da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), o chamado “cotão”. Cada deputado recebe um salário de R$ 33,7 mil. Mas, além disso, eles têm direito a uma verba que varia de estado para estado, con-
forme a distância para Brasília. Conforme o levantamento, um deputado do Acre pode gastar até R$ 44 mil. Um deputado do Distrito Federal até R$ 30 mil. Basta a apresentação da nota fiscal. Assim, os parlamentares usam desse limite para bancar despesas estritamente pessoais, como cursos de inglês, bebida alcoólica (saquê) e barra de chocolate.
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado promove reunião na quarta-feira (24), às 11h, com oito itens na pauta de votações. Entre eles, o projeto de lei que cria a Política Nacional de Incentivo à Ovinocaprinocultura. O objetivo é desenvolver raças mais produtivas e aumentar a
rentabilidade dos rebanhos de ovelhas e cabras. De acordo com a Agência Senado, a política nacional também promoverá a regularização do abate e do comércio de produtos derivados, como carne, lã, couro e laticínios, bem como o estímulo ao processamento industrial,
familiar e artesanal desses produtos. Entre os princípios e diretrizes da política de incentivo estão a desburocratização e a simplificação de procedimentos regulatórios e administrativos; a redução de disparidades regionais; e a elevação da produtividade do trabalho.
As extravagâncias dos deputados
Projeto crias incentivos para criadores de cabras e ovelhas
Segunda-feira, 22 de abril de 2019
GERAL
DA QUIETUDE DA SEXTA-FEIRA SANTA ÀS COMPRAS DE SÁBADO
Fotos: Márcia Sousa/FS
Celebração da Paixão e Morte de Cristo
O
feriadão em Bagé foi marcado pelo silêncio de Sexta-feira Santa – dia reservado para orações nas igrejas e praticamente nenhum movimento na rua. Os fiéis saíram de casa com destino as paróquias às 15h, para celebração da Paixão e Morte de Cristo. Em algumas igrejas, aconteceram procissões, no caso da Paróquia Nossa Senhora da Conceição ocorreu a caminhada com a imagem do Senhor Morto. Na noite de sexta-feira, os caminhos levaram para o Centro de Evento Batista, na zona norte da cidade. No local, aconteceu a encenação dos últimos passos de Cristo, desde sua prisão, condenação, crucificação e ascensão ao céu. Foi uma noite de fé, arte e espetáculo. A Orquestra Filarmônica Batista e o Coral abrilhantaram o evento, com a regência do maestro Joab Muniz. Depois da quietude do dia anterior, o sábado foi dia de ir às compras. O movimento intensificou no Centro da Rainha da Fronteira, no período da tarde. As lojas especializadas em vendas de chocolates e brinquedos foram as mais procuradas. A proprietária de um comércio especializado em chocolates disse que as vendas foram supe-
Joanes Araújo/Especial FS
Encenação dos últimos passos de Jesus
riores ao ano passado. O gerente de uma empresa que trabalha com confecção contou que embora o segmento seja outro, em anos anteriores na Páscoa, as vendas eram boas, mas desta vez foi o contrário. “Está tudo quieto”, resumiu. Para os supermercados, as expectativas positivas, que antecediam a data, não se concretizaram. O balanço divulgado, na manhã de ontem, pelo presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, apontou para uma estagnação na comercialização de itens
Movimento no dia que antecedeu a Páscoa
típicos para o feriado, como ovos de chocolate, bombons e outros alimentos para as comemorações em família. De acordo com o balanço da Agas, mesmo que em linhas gerais as vendas de Páscoa não tenham crescido, alguns produtos registraram boa procura e atingiram as expectativas de incremento em vendas: as caixas de bombom (+4%), a carne para churrasco (+4%) e as bebidas (+3,5%), além dos pescados comercializados na Sexta-feira Santa (+5%), foram alguns dos destaques.
FOLHA DO SUL 5
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Segunda-feira, 22 de abril de 2019
GERAL
Do norte do Chile
PEREGRINO, QUE ESTÁ ATRAVESSANDO O MUNDO A PÉ, RELATA CURIOSIDADES DA JORNADA PELA VIDA
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a terra referida por Pablo Neruda, em um poema, na obra Cem Sonetos de Amor, Taltal no norte do Chile, frei Marcelo Monti Bica, 40 anos, conversou com a reportagem do Folha do Sul. Com a formação inicial em Bagé, o religioso, já caminhou 4 080 quilômetros. A jornada solitária que pretende atravessar os cinco continentes do planeta em 10 anos, teve como ponto de partida Porto Alegre, em agosto do ano passado. Em outubro, Bica pisou no solo da Rainha da Fronteira, apenas empurrando o carrinho com os materiais básicos para se manter pelo percurso. O propósito dessa longa travessia, por cidades, povoados, pântanos e desertos, é alertar sobre a prevenção do vírus do HIV, esclarecer dúvidas, ouvir e levar apoio aos soropositivos. O frei perdeu uma irmã de 28 anos com a doença. Do país banhado pelo Oceano Pacífico, Bica fez um relato sobre a jornada que já percorreu quatro países e está na iminência de chegar no quarto. No Chile, ele terá que solicitar mais um período de permanência, além dos três meses permitido, para poder ter tempo suficiente para chegar até a fronteira da Bolívia. Somente no país dos Andes, Bica já caminhou em torno de mil quilômetros. O outro objetivo, além da conscientização a respeito do HIV, é de cunho pessoal. Ou seja, ter uma vida de encontros com pessoas e em lugares diferentes, o que, segundo ele, a meta está sendo atingida. Em relação ao HIV, nem sempre consegue atingir o objetivo, como foi o caso do Uruguai, onde só teve a chance de falar sobre o assunto em entrevistas
Fotos: Divulgação/FS
para os veículos de comunicação. Lá, ele não teve a oportunidade de ter contatos com grupos soropositivos. Experiência diferente ocorreu em uma pequena cidade no interior da Argentina. Enquanto concedia uma entrevista coletiva, Bica pôde conversar com a diretora do hospital sobre o tema e tudo foi transmitido ao vivo. Segundo o frei, essa é a parte importante da jornada, quando o assunto está sendo pauta na mídia e as pessoas o procuram e pedem para que as escutem. A acolhida que recebe por onde passa é uma das coisas que mais o peregrino enaltecceu. Desses mais de quatro mil quilômetros percorridos, ele destacou a acolhida que recebeu por parte de uma senhora de mais de 70 anos, no interior da Argentina. Bica disse que já tinha sido hospedado pelo filho dela, três cidades antes. Ao chegar no lugar onde mora a idosa, ele se deparou com uma casinha de apenas duas peças. Com duas camas no quarto, a idosa o convidou para dormir naquele cômodo. “Uma pessoa com mais de 70 anos dividir o quarto comigo me senti muito honrado, porque quando se fala em quarto está se falando de intimidade, do seu mundo e ela abriu esse mundo para acolher um desconhecido. Para mim, isso foi uma das coisas mais bonitas que vivi”, relatou. Outro fato curioso, para o frei, que é franciscano, foi no interior do Chile. Ele já caminhava durante dois dias e só encontrou duas casas – uma em cada dia. Cansado, num entardecer chegou em uma delas e se deparou com um amontoado de peças separadas e percebeu que havia uma cruz no lugar.
Às vezes, acampamento é em lugares isolados
Travessia pelo deserto no Chile
Um homem o atendeu. Depois de se apresentar, foi acolhido. Lá, ficou sabendo que aquela família, que vive no meio do nada, cria cabras, tem um filho vegetativo e é devota de São Francisco de Assis. Tamanha é a veneração pelo santo, que eles mantêm uma capelinha e fizeram uma promessa para São Francisco, que se as cabras não morressem iriam manter a tradição de cantar durante a noite inteira uma vez por ano. A promessa se mantém, inclusive, com a presença de músicos de fora. “Ele tem um conhecimento incrível da vida de Francisco”, comentou o frei. Para chegar ao intento fi-
nal, nessa passagem pelos cinco continentes, o religioso precisa de auxílio. Nem sempre ele teve as mãos estendidas por parte de amigos, por onde passou. E nesse contexto lembrou, que antes de iniciar a jornada, uma canadense lhe disse que se ele tivesse coragem de deixar tudo para fazer essa caminhada, ia ter o necessário. Em Bagé, teve a companhia do esposo de uma professora sua, que o acompanhou até uma pequena cidade do Uruguai. No país vizinho, foi recebido por jovens que também o acompanharam por um tempo durante a caminhada. Mas, no que diz respeito
ao auxílio, mesmo com a negativa por parte de muitos, para quem escreveu pedindo ajuda financeira, como foi o caso para a compra de umas botas, hoje Bica conta com o apoio de 31 amigos que repassam, cada um, a quantia R$ 20 por mês. Além disso, conta com a boa vontade e a generosidade das famílias que o hospedam e oferecem alimentação. No Uruguai e na Argentina, foram os lugares que mais recebeu alimentos, enfatizou. Quem quiser colaborar pode fazer contato pelo WhatsApp (51) 9 8508 6678 ou pelo Facebook – Caminho de Aline volta ao mundo a pé pela vida contra a Aids.
Jornada registra passagem por lugares com vistas exuberantes
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Não há problema algum em usar beleza e “Todosglamour falhamos. Reconhecer é preciso. Perdoarde como ferramentas à construção e pedir perdão, a melhor de seguirmos a vidas melhores para oforma próximo. Preocupante caminhada humana sem pesosseria estagnantes” a inércia...” MP
Eleonora Menezes de Salles, Francisco Moraes Nicoloso, Alessandra Lo Iacono Loureiro de Souza, Ana Paula Rocha Nicoloso, Alexandre Pons Suñé e Anninha, Custódio Moreira Magalhães e Fernanda, Marcelo Goskes, Eduardo Moglia Pons, Renata Brasil Vidal, Eugênio Carlos Ramos Montano e Eduardo Loureiro de Souza, na animada comemoração ao cumple de Alexandre Suñé, na Estância Santa Martina
Luísa e Felipe Mário Martins em noite do bem no Gabana
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Nova geração em vibração de elegância: Conrado Pereira Zanferari entre os gêmeos Rick e Eduardo Leal
Eixo Bagé/Punta del Este: Rogério Estrázulas e Adriana Meneghini
Salve a amizade! Rodrigo Capiotti Obino e Cíntia Deibler
Pablo Velasques e Rafaela Torrealba escolheram a paradisíaca Angra dos Reis para curtir o feriado de Páscoa. Na foto, o casal na Praia do Dentista
João Olavo Egas Taborda com toda sua beleza e Luiza de Albuquerque Ungaretti e Antônio Pedro alegria em tarde de vinho branco no Cantegril Paiva Azambuja entre os novos casais do high Clube jovem gaúcho
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ENTRETENIMENTO
ANIVERSÁRIOS
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Marcelo Nunez Alves Marcelo Tupaíba Maria Dias Rodrigues Maria Marina Gonçalves Tavares Michel Perrone Simão Rodrigo da Silva Loureiro Sílvia Elizete Cesarino
Catarina Ercolani Gomes Clarisse Costa Claudino José Dalmolin Elena Velloso Lucas Felipe Ratto Nunes Gabriela Simões Pieres Helena Lucas Letícia Araújo
RESUMO DE NOVELAS
HORÓSCOPO ÁRIES
21/03 a 20/04
Você pode contar com a confiança e o entendimento hoje, consolide as coisas, especialmente no plano das amizades.
TOURO
O
21/04 a 20/05
A influência de um amigo próximo será benéfica e eliminará as suas dúvidas, por isso não se desligue. Vocêvaiestarcheiodevitalidadeenadavaiimpedi-lo.
GÊMEOS
21/05 a 20/06
O ambiente é descontraído e você está se voltando para novos prazeres sem perder a cabeça.Você se sente em forma para atacar o seu estilo de vida.
CÂNCER
21/06 a 21/07
Você vai enfrentar as tarefas que esperam por você hoje. Não se deixe ser indevidamente influenciado por coisas que você ouve.
LEÃO
22/07 a 22/08
Você vai ser o centro das atenções e não tem nenhum problema em convencer as pessoas a trabalhar com você em seus projetos.
VIRGEM
23/08 a 23/09
As pessoas ao seu redor vão admirar você pela sua generosidade . Seu estilo de vida não está deixando você cuidar de si mesmo corretamente.
LIBRA
23/09 a 22/10
Chegou a hora de tomar uma decisão importante. Seu senso de liberdade interior o guiará no caminho certo.
ESCORPIÃO
23/10 a 21/11
Você sabe como aproveitar a vida ao máximo e as pessoas querem ser como você. Use isso a seu favor para se dar melhor com as pessoas.
SAGITÁRIO
22/11 a 21/12
Seus pensamentos estão conduzindo você à distração. Não embarque em tarefas difíceis. Você pode sentir sua resistência melhorar. 22/12 aa 20/01 20/01 CAPRICÓRNIO 22/12 O dia parece estar em movimento rápido. Você vai ter que se movimentar, mas isso vai ser satisfatório.
AQUÁRIO
FEDERAL 20.04.2019 1º 44460 2º 52431 3º 67720 4º 61696 5º 43825 LOTOFÁCIL 1803 03 04 05 06 07 09 11 15 17 18 19 20 21 23 24 MEGA-SENA 2144 07 16 21 33 55 60 QUINA 4955 0649 1352 36 37 39 74 52 53
LOTOMANIA 20.04.19 00 01 07 13 21 24 25 32 34 36 37 50 54 60 61 73 80 92 93 98 DUPLA-SENA 1925 1º PRÊMIO 08 17 19 29 44 46 2º PRÊMIO 02 04 05 19 35 41
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anessa tenta afastar Larissa de Diego. Diego é preso ao brigar com Quinzinho. Quinzinho confessa ao pai que ama outra mulher. Ticiano pede a Dandara para pensar na possibilidade de os dois ficarem juntos.
P
adre Zoran revela a Youssef que Laila está grávida. Zuleika avisa a Elias e Missade sobre a ligação recebida por Jamil, e Bruno os convence de procurar a polícia. Benjamin confessa a Caetano sua paixão por Laila.
21/01 a 20/02
Sua autoconfiança está em uma trajetória crescente e sua sede de vida está iluminando a atmosfera ao seu redor.
PEIXES
LOTERIAS
ndina pede que Murilo lhe dê informações concretas sobre sua filha. Gabriel manda Judith aumentar a segurança do casarão. Murilo questiona Sóstenes sobre a noite em que ele encontrou Luz.
21/02 a 20/03 Você precisa ser delicado para poder obter satisfação. Será essencial controlar a sua impaciência, acima de tudo.
A
emissora não divulgou o resumo do último capítulo
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GERAL
FESTIVAL DE CINEMA DA FRONTEIRA ACONTECE EM TRÊS CIDADES
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agé, Santana do Livramento, Rivera (Uruguai) sediam, nesta semana, o 11º Festival Internacional de Cinema da Fronteira. Com entrada franca, o evento começa nos dias 23 e 24 de abril, na Fronteira da Paz e prossegue de 25 a 27 de abril, em Bagé. A atriz gaúcha Araci Esteves é a grande homenageada deste ano. A Rainha da Fronteira, também receberá a atriz e escritora Ítala Nandi. Esta edição apresenta um recorte temático intitulado “O Renascer do Patrimônio”. A seleção deste ano reúne seis longas em competição e seis fora de competição, com títulos em première nacional ou gaúcha, além das mostras competitivas de curtas internacionais e regionais. Os longas da mostra competitiva são “Caminhos Magnétykos” (2018, Brasil/Portugal), de Edgar Pêra, “Domingo” (2018, Brasil), de Clara Linhart e Fellipe Barbosa, “Las Rutas en Febrero” (2018, Uruguai), de Katherine Jerkovic, “Morto Não Fala” (2018, Brasil),
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Arquivo/FS
Projeções acontecem no Centro Histórico de Santa Thereza
de Dennison Ramalho, “Ocho de Cada Diez” (2018, México), de Sérgio Umansky Brener, “Our Madness” (2018, Moçambique/ Portugal), de João Viana. A seleção de curtas é composta por filmes de 15 países e revela a diversidade da produção contemporânea. O 11º Festival da Fronteira é uma realização da Associação Pró-Santa Thereza e Centro Histórico Vila de Santa Thereza, com financia-
mento do Sistema Pró-Cultura, da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac-RS). A produção é da Anti Filmes, com apoio das prefeituras de Bagé, Livramento e Rivera e apoio institucional da Urcamp, Unipampa e Udelar. O jornalista Roger Lerina assina a curadoria de longas-metragens. O evento tem direção artística de Zeca Brito e produção de Frederico Ruas e Maristela Ribeiro.
As atividades começam a partir das 10h de terça-feira (23), no salão nobre da Prefeitura de Santana do Livramento, com entrevista coletiva com convidados e autoridades. A partir das 15h, no Sesc, acontece a exibição do drama adolescente “Guigo Offline” (2017), de René Guerra, seguido da primeira sessão da Mostra Internacional de Curtas-Metragens, às 16h30min. À noite, o Festival cruza a fronteira para homenagear
Araci Esteves, com a exibição do drama histórico gaúcho “Anahy de Las Misiones” (1997), de Sérgio Silva (1945-2012), às 20h, na Casa de Cultura de Rivera. O longa protagonizado pela atriz é considerado uma obra fundamental da cinematografia gaúcha e nacional. Na quarta-feira (24), às 15h, no Sesc, será exibida a comédia nacional “O Sonho de Rui” (2019), de Cavi Borges e Ulisses Mattos. A partir das 16h30min,
será projetada a segunda sessão da mostra de curtas. Às 20h, a Casa de Cultura de Rivera, exibirá o terceiro e último programa de filmes curtos. As atividades na Fronteira da Paz encerram-se às 21h, com o inédito drama espanhol “Bernarda” (2018), de Emílio Ruiz Barrachina, baseado na obra de Federico García Lorca, com a Victoria Abril (“Atame!”) no elenco. Victoria é famosa por seus papéis nos filmes de Pedro Almodóvar.
De quinta (25) a sábado (27), o Festival da Fronteira prossegue em Bagé com a mostra competitiva de longas, premiações e outras atrações. As projeções acontecem no Centro Histórico Vila de Santa Thereza. Na quinta, das 9h30min às 12h30min, será ministrada a oficina Cinema na Sala de Aula: Como usar filmes, com a crítica de cinema Fatimarlei Lunardelli, no salão de atos da Universidade da Região da Campanha (Urcamp). Às 15h, “Guigo Offline” (2017) passa fora de competição e às 17h, é a vez do drama histórico “Pedro e Inês” (2018), de António Ferreira, coprodução entre Portugal, Brasil e França, que teve estreia no Festival de Cinema de Montreal. À noite, serão projetados os títulos da mostra competitiva de longas: o drama “Las Rutas en Febrero” (2018), de Katherine Jerkovic, às 19h, e “Morto Não Fala” (2018), de Dennison Ramalho, às 21h. Uma das promessas do cinema uruguaio, a produção da jovem realizadora Katherine teve sua première no Festival de Toronto, conquistando três prêmios. O filme gaúcho de horror “Morto Não Fala” é inédito no Estado e também teve estreia no Canadá, no Fantasia Film
Festival. Daniel de Oliveira e Marco Ricca estão no elenco. Na sexta-feira (26), das 9h30min às 12h30min, acontece o segundo dia da oficina Cinema na Sala de Aula. Às 15h, é a vez da sessão especial com recursos de acessibilidade do filme gaúcho “Bio” (2017), de Carlos Gerbase, que mistura documentário com ficção e está atualmente em cartaz nos cinemas do país. Fora de competição, às 17h, passa o documentário experimental “Yorimatã” (2014), de Rafael Saar, exibido nos festivais de Trieste (Itália) e São Paulo. À noite, será exibido em competição, às 19h, o drama “Our Madness”, de João Viana, uma das raras produções inteiramente filmadas em Moçambique. O longa ganhou o prêmio de melhor filme no mais importante festival de Portugal, o Indie Lisboa, além de ter estreado no Festival de Berlim. Às 21h, também em competição, será exibido o longametragem “Domingo” (2018), de Clara Linhart e Fellipe Barbosa. Inteiramente rodado em Pelotas e inédito no Rio Grande do Sul, o filme terá como representante em Bagé a atriz gaúcha Ítala Nandi, premiada melhor atriz no Festival
do Rio por este trabalho. A produção teve estreia no Festival de Veneza. No dia 27 (sábado), ainda em competição, o longa mexicano “Ocho de Cada Diez” (2018), de Sérgio Umansky Brener, às 14h30min. A produção foi selecionada para o Festival de Cinema de Varsóvia. Às 16h30min, será projetada a coprodução entre Brasil e Portugal “Caminhos Magnétykos” (2018), de Edgar Pêra, selecionado para o Festival de Rotterdam, encerrando a mostra competitiva. A homenagem à Araci Esteves acontece às 18h, com a projeção de “Anahy De Las Misiones” (1997). Os títulos da mostra competitiva regional ganham as telas às 20h. Logo após, às 21h, show de encerramento com a dupla musical carioca Jhasmyna & Fidelis, com participação de Rodrigo Garcia. Os vencedores serão anunciados às 22h, com a cerimônia de premiação. “O Festival da Fronteira nasceu em torno da revitalização de um Centro Histórico e é fruto da valorização do patrimônio e da memória da região do Pampa Gaúcho. Este ano nossos olhos se voltam para a Vila de Santa Thereza e seu renascimento artístico no Século XXI”, explica Zeca Brito.
Em Livramento
Na Rainha da Fronteira
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Fotos: Divulgação/FS
Danúbio Gonçalves
MORRE O ÚLTIMO REMANESCENTE DO GRUPO DE BAGÉ
O
artista plástico Danúbio Villamil Gonçalves, 94 anos, morreu, ontem, em Porto Alegre. Conforme uma das filhas do bageense, Sandra Gonçalves, a morte foi de causas naturais. Ele vivia em uma clínica geriátrica da capital gaúcha. O prefeito Divaldo Lara decretou luto de três dias pela morte do bageense, que fez história como pintor, gravurista, desenhista, professor e escritor. Aluna de Danúbio Gonçalves, com quem tinha uma relação de amizade, a diretora da Casa de Cultura Pedro Wayne, Heloísa Beckman, disse que a morte do artista plástico é uma perda inestimável para a arte e cultura do Rio Grande do Sul e do Brasil. “Com Danúbio parte o último representante do Grupo de Bagé”, lamentou. O Grupo de Bagé, composto por Danúbio Gonçalves, Glauco Rodrigues e Glênio
Bianchetti, ficou conhecido por introduzir a linguagem moderna das artes no Rio Grande do Sul. Heloísa lembra que, além de ser um excelente artista, Gonçalves era um grande mestre - ele lecionou em inúmeros cursos. A diretora contou que como escritor tinha posicionamentos fortes e era um questionador da arte contemporânea. E acrescentou que, além de um artista exigente, tinha um grande conhecimento crítico e era um questionador. “Mesmo não estando entre nós, sempre viverá pelo legado artístico e cultural”, asseverou. O desembargador aposentado, Juca Teixeira Giorgis, mesmo não tendo convivido com o artista, era um admirador do trabalho dele. “É uma grande perda para Bage”, falou. Giorgis lembrou que Danúbio Gonçalves é de uma família tradicional, na sua Francisco Bosco
maioria de médicos e que ele se dedicou a arte de forma original. Citou, como exemplo, as gravuras que tinham enfoque especial nas charqueadas. Giorgis recordou que, na época, o artista tinha uma inclinação social, onde por meio da arte transmitia uma mensagem sobre os mais pobres, os mais sofridos. “Ele levou o nome da nossa arte muito longe”, acentuou o desembargador. O escritor, compositor e publicitário Luiz Coronel descreveu Danúbio com um artista fiel e um mestre de gerações. “Danúbio, era um artista em conúbio com as cores; uma captação ágil do movimento; um conflito com o embuste que tenta invadir o mundo das artes; um andar interiorano, porém uma atualização permanente com a dinâmica velocidade das expressões estéticas; um artista fiel à arte, um mestre de gerações”.
Bageense morreu aos 94 anos
Nas páginas do Folha do Sul Na edição do dia do dia 30 de janeiro de 2018, o Folha do Sul publicou coluna de autoria de Heloísa Beckman, por ocasião dos 93 anos de Danúbio
Gonçalves. Em homenagem ao artista que levou o nome de Bagé ao mundo, por meio da arte, o Folha do Sul reproduz a coluna na edição de hoje.
A DANÚBIO GONÇALVES
Homenagem na concha acústica da praça de Esportes Maria Heloísa Pestana/Especial FS
Artista percorreu o mundo com exposições
Hoje (30 de janeiro de 2018), completa 93 anos um dos bageenses mais importantes na área das Artes Plásticas e da Cultura no Brasil. Nasceu em nossa cidade no dia 30 de janeiro de 1925. Sua infância foi entre o campo e a cidade, onde morou no Palacete da Bento Gonçalves, esquina Marcílio Dias. Quando tinha 10 anos, sua mãe morreu e ele foi morar com a irmã, que já residia no Rio de Janeiro. Lá, fez cursos com Portinari e Iberê Camargo. Posteriormente, foi residir em Paris. Mas as férias eram sempre em Bagé. A partir de 1945, participou de reuniões na casa de Pedro Wayne, em companhia de Glauco, Bianchetti, Maraschin, Bonorino, Ernesto Costa, Edy Lima e Ernesto Wayne, entre outros. Junto a Glauco Rodrigues, Glênio Bianchetti e Carlos Scliar formaram o Clube Amigos da Gravura de Bagé e o Clube da Gravura de Porto Alegre. O grupo ganhou o prêmio nacional Pablo Picasso da Paz, sendo concedido aos Clubes de Gravura de Porto Alegre e de Bagé, pela coleção de gravuras em defesa da Paz e da Cultura, em 1950. Passaram, definitivamente, a serem chamados e reconhecidos como “Grupo de Bagé”, que ganhou, hoje, relevância mundial. Em 1953, Danúbio documentou cenas da Charqueada de São Domingos. Hoje, sua série
“Xarqueada” é o registro mais importante da “era do charque”. O nome dado à série é uma homenagem a Pedro Wayne, que em 1937 publicou o livro “Xarqueada”. No final de 2017 foi lançado, em Porto Alegre, uma segunda edição pela Editora Movimento, assinalando 80 anos do lançamento no Rio de Janeiro. Danúbio, artista de renome nacional, mesmo percorrendo o mundo com suas exposições e recebendo premiações, sempre se dedicou ao ensino da Arte, lecionando no Atelier da prefeitura de Porto Alegre por muitos anos e na UFRGS. Veio a Bagé inúmeras vezes para repartir conhecimento,
cultura e afeto. Recebeu , com o “grupo”, muitas homenagens em sua terra natal. Gostava de reunirse com os amigos e relembrar as muitas histórias de Bagé. Carregava a Rainha da Fronteira e os amigos no coração. Na memória, o campo, a cidade, essa luz que sempre fascinou e que tantas vezes registrou. Hoje (30 de janeiro de 2018), Danúbio, Bagé te homenageia e ainda sonha com a “Fundação Grupo de Bagé”, com a Lei Municipal 3776/2001, sendo realidade e, consequentemente, serás homenageado ainda em nosso presente e para sempre, ao lado de Glauco, Glênio e Scliar. Que assim seja!
Heloísa foi aluna e mantinha uma relação de amizade
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14 FOLHA DO SUL
SEGURANÇA
Menor agredida e ameaçada de morte pela mãe no bairro Ipiranga Um membro do Conselho Tutelar registrou ocorrência de agressão e maus-tratos a menor de 13 anos, no bairro Ipiranga. Segundo o registro de ocorrência, ao entrar no local, na sexta-feira, teriam sido constatados ferimentos nos braços, costas e ombros da vítima. A mãe da adolescente teria admitido a autoria da agressão e
TRÊS PRESOS EM FLAGRANTE POR TRÁFICO EM BAGÉ
Fotos: João A. M. Filho
ameaçado de morte a própria filha diante de representante do Conselho Tutelar. A vítima reiterou a ocorrência de maus-tratos, inclusive, a oficial teve de solicitar apoio da Brigada Militar para garantir a segurança da ação. O caso será investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).
Motorista alcoolizado é detido após fuga e tentativa de atropelamento a policial
Um homem de 30 anos foi preso, após a Brigada Militar receber chamado referente à conduta perigosa no trânsito, na rua Caetano Gonçalves, nas proximidades da praça da Estação, na sexta-feira. De acordo com o registro, os agentes tentaram abordar o veículo GM/Corsa, mas o motorista não obedeceu e entrou em fuga em direção à zona norte de Bagé. Em alta velocidade, ele teria passado por várias ruas centrais, até que em um beco sem saída, próximo à rua Vereador Pinto Machado, a guarnição parou a viatura e desceu do veículo para abordar os suspeitos. No entanto, após a
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descida do segundo ocupante, o motorista teria investido com o carro contra a guarnição, sendo necessária a realização de disparos para evitar que um policial militar sofresse atropelamento. No trajeto, o homem ainda teria jogado vários objetos não identificados para fora do carro. A fuga em alta velocidade seguiu até o bairro Arvorezinha, quando várias viaturas cercaram e finalmente prenderam o homem, que ao fazer o teste do etilômetro, registrou 0,24mg/L de álcool no sangue e na contraprova, 0,15mg/L. O caso será investigado pela Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA).
ÓBITOS Neusa Maria da Cunha Cartier, 67 anos, secretária, divorciada. Residia na rua Barão do Triunfo, 827. Deixa os filhos Thaís e Thiago. Rosalina Sampaio Alonso, 80 anos, dona de casa, solteira. Residia na rua Adolfo Luís Dupont, 245, bairro Ivone. Deixa os filhos Luiz Maria, Luís Fernando, Paulo e Cármen. Antônio Flores Porto Moraes, 63 anos, pedreiro, viúvo. Residia no Residencial Charrua, apartamento 130. Deixa as filhas Ana Cláudia e Susélia. Delmar Gomes Jardim, 73 anos, aposentado, em união estável com Maria Clair Soares. Residia na rua Luiz Maria Ferraz, 35, bairro Tarumã. Deixa os filhos Florentino, Andréia, Edison, Eliane, Marco, Eberson, Jeferson, Rafael e Igor. Mara Regina Moreira Leyes, 44 anos, dona de casa, em união estável com Leonardo Fábio Tomaz Lemos. Residia na rua José Antônio Santos Ferreira, 1 096. Deixa o filho Leandro. Valdi Araújo Rodrigues, 86 anos, aposentado, casado com Gleci Abreu Rodrigues. Residia na rua Nei Ribeiro Flores, 711. Deixa os filhos Lucinda, Regina e Marco. Nilza Fontana Camponogara, 63 anos, dona de casa, casada com Élio Camponogara. Residia na rua Floriano Bittencourt, 630, bairro Getúlio Vargas. Deixa dos filhos Ederson, Emerson e Angelita. Paulo Jacinto Coelho Duarte, 66 anos, aposentado, divorciado. Residia na rua XV de Novembro, 1 122, bairro Santa Flora. Deixa os filhos Paulo e Ana.
Na casa, foram encontrados dinheiros, drogas e outros itens ligados ao crime
N
Silva foi detido e encaminhado ao presídio
o feriado de Páscoa, três homens foram presos pela Brigada Militar. A guarnição do Pelotão de Operações Especiais (POE) realizava patrulhamento em locais conhecidos do tráfico de drogas no bairro Ivone, quando abordou Pablo Correia Mila-
no, 24 anos. Com ele, foram encontradas duas porções de maconha. Aos policiais, ele indicou a localização da residência onde morava. No local, foram apreendidos dois celulares, três porções de maconha, pesando 17 gramas; espingarda de pressão, quatro munições intactas de calibre
.22, cinco munições intactas do calibre.32, quatro munições intactas de festim do calibre.32, 16 estojos deflagrados calibre .32 e R$ 34. Foi dada voz de prisão em flagrante. Milano foi conduzido à Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) e recolhido à detenção.
A segunda prisão ocorreu durante atendimento a ocorrência de agressão na praça de Esportes, por volta de 21h30min de sextafeira, quando os agentes prenderam em flagrante por tráfico de drogas Pedro de Nazaré Franco Silva, 18 anos. Os policiais militares foram chamados devido uma briga entre dois homens, inclusive, uma vítima de esfaqueamento teria sido encaminhada ao hospital com um ferimento na cabeça ocasionado por
golpe de arma branca. Durante as buscas, dois suspeitos teriam fugido do local e foram abordados, um menor de 17 anos, usuário de drogas, com quem foram localizados um celular e uma bucha de cocaína. Silva também possuía uma celular e uma bucha de cocaína. Ele admitiu ter vendido a droga ao menor, além de ter confessado que teria agredido o outro homem por uma dívida de entorpecente. Além disso, após interrogado pelos agentes, ele teria relatado que possuía mais
drogas em casa. Acompanhado dos policiais, o homem foi até a casa no bairro Floresta, onde foram apreendidos um facão, 15 pedras de crack, 10 gramas de cocaína, uma porção de maconha, R$ 178,80, extrato de depósito em dinheiro a terceiros e um chip de celular. Silva foi levado à Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento e autuado em flagrante junto à Polícia Civil. A vítima, segundo relato dos agentes em serviço, não corria risco de morte e foi liberada do hospital.
O terceiro detido foi Endriel Lucas Chaves, 25 anos, conduzido à delegacia após ser abordado por agentes de segurança saindo de um local conhecido como “boca da Vera”, no bairro Floresta, às 2h28min de sábado. Ele teria
tentado fugir dos policiais, que o perseguiram e tiveram de conter o criminoso com o uso moderado da força. Com ele, foram apreendidos um telefone celular, carregador de celular, R$ 52, 5,2 gramas de cocaína e 10 buchas de cocaína. Ele foi
autuado em flagrante e conduzido ao presídio. Chaves responde a outros dois inquéritos policiais vinculados a tráfico de entorpecentes. Os três casos terão investigação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).
No sábado, policiais militares, que exerciam a guarda externa no Presídio Regional de Bagé (PRB), interceptaram três volumes arremessados acima dos muros da casa prisional. De acordo com registro, as câmeras
de videomonitoramento registraram que um homem, que estava na carona de uma motocicleta, teria descido do veículo e lançado os materiais sobre os muros. Um dos agentes em serviço teve de realizar disparos de munição
antimotim. Foram apreendidos cinco tablets, oito celulares, 15 carregadores de celular e um ferro de soldar com estanho. O caso será averiguado pela Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA).
Cerca de 30 aparelhos celulares, 10 tablets e várias peças de reposição foram levados de uma loja, localizada na
Tupy Silveira. Segundo o relato do empresário, na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), a grade teria sido que-
brada e a porta de vidro aberta. A investigação ficará a cargo da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP).
Praça de Esportes
Floresta
Agentes interceptam arremesso de objetos ao PRB
Estabelecimento comercial arrombado na Tupy Silveira
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ESPORTES
BAGÉ EMPATA CONTRA O GLÓRIA E DECIDIRÁ VAGA EM VACARIA
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Coração é um órgão nobre, O músculo mais perfeito, Que bate do mesmo jeito, No rico como no pobre”. A Payaja do Safenado, de Jayme Caetano Braun ilustra bem o clima da Pedra Moura, neste domingo bagual, quando o Abelhão taura doutrinador enfrentou o Leão da Serra, o Grêmio Esportivo Glória, de Vacaria. Todos os corações, ricos ou pobres, bateram em uníssono e quase pararam com a tensão da partida, que teve gol aos 10 minutos e o empate do visitante em jogada que confundiu até os homens da capa preta. O primeiro jogo das quartas de final da Divisão de Acesso pegou fogo, com a presença massiva do enxame, que apoiou até o fim o Jalde-negro, quando, aos 10 minutos, Welder recebeu no meio da área e carimbou a rede do Leão. A peleia bagual entre as duas equipes se concentrava na meia cancha, onde cada centímetro de campo era dis-
Terceirona gaudéria
putado numa batalha de guerreiros, com leve vantagem para o Glória, enquanto o Bagé trabalhava a bola em contra-ataques perigosos à meta do Leão da Serra. Até os 30 minutos, a situação era de equilíbrio, quando numa cobrança de escanteio, a pelota escorregou na cabeça do zagueiro Júnior e morreu na rede do Abelhão. Gol? Segundo a confusa arbitragem, não. O juiz e o bandeirinha bateram cabeça, para desespero do time da serra, até que o tento foi validado. Num jogo de estádio lotado, foi o que bastou para inúmeros protestos do enxame e a paralisação do jogo por cinco minutos, que terminou no primeiro tempo já passando de 53 minutos. Na etapa final, o Abelhão espremeu a defesa do Glória, que recuou as linhas de defesa e foi aos poucos sendo dominado no campo de defesa. A partir dos 20 minutos, só dava Bagé no Pedra Moura, que
Fotos: João A. M. Filho
Welder marcou o gol jalde-negro aos 10 minutos da primeira etapa
tremia com o zumbido do enxame. Com o relógio a seu favor, o Leão amorcegava a bola satisfeito com o resultado. Nos minutos finais, o gol
da vitória esbarrava na afobação do ataque Jalde-negro, que cometia erros, na ânsia de retomar a vantagem. Nos acréscimos, num contra-ataque
perigoso, Pablo, do Glória, carimbou a trave do Abelhão. Placar final, 1 a 1 e o Abelhão buscará a classificação nos Altos da Glória, em Vacaria.
Guarany vence e comemora 112 anos ao som de parabéns da torcida RESUMO Guarany FC 1 X 0 GE Sapucaiense – Segunda Divisão – 4ª rodada – 19.04.2019 – Estádio Antônio Magalhães Rossell Guarany FC – Eder, Josué, Roger, Diego Rocha e Kevin; Baggio e Jaime; Maykson (Bruno Meuer), Diego Santos (Igor), Itamar (Vagner) e Andrei (1 Gol). Treinador: Vanderson Pereira. GE Sapucaiense – Wellerson, Tailor, Ivan, Cristian e Vítor (Luís Carlos); Airton (Vasconcellos), Patryck, João Pedro, Leonardo e Anderson (Cláudio); Isaias. Treinador: Fernando Agostini. Arbitragem – Tiago Staduto, Haury Tump, Pablo Sebastian de Mello, Jeferson Eduardo Moraes, Paulo Ricardo Soller Camacho. Cartões amarelos – Eder, Roger, Baggio, Jaime e Igor (Guarany); Tailor, Airton, João Pedro e Leonardo (Sapucaiense) Cartão vermelho – Diego Rocha (Guarany)
Índio guerreiro peleou e venceu, mesmo com um a menos na cancha
Na ensolarada tarde da Sexta-feira Santa, Dia do Índio e dos 112 anos do velho Alvirrubro, a peonada soltou o garrão e deu a vitória de 1 a 0 de presente aos torcedores do Guarany Futebol Clube, no estádio Antônio Magalhães Rossell. Em termos de futebol, o time ficou devendo, especialmente na primeira etapa; porém, as mudanças após o intervalo e a entrega do grupo selou o destino do Grêmio Esportivo Sapucaiense, que não conseguiu melar a festa do Índio xucro vingador dos pampas, líder isolado do grupo A da Segunda Divisão, a terceirona gaudéria. Num primeiro tempo que mais parecia paleteada contra a bola, a gurizada do Guarany parecia ter acordado de ressaca e pouco fez para chegar ao ataque. O centro da cancha virou campo de batalha, onde aos chutes e safanões, os dois times disputavam quem mais errava passes. Era visível a lentidão e a falta de opções de infiltração na meta do Sapucaiense, que se fechava e armava um salseiro na meia cancha,
com direito a sucessivas faltas para ambos os lados. Enquanto a redonda manhosa sofria aos pés do tropel, a torcida reclamava a cada erro de passe de meio metro e ataque perdido pelo Guarany, que chegou uma única vez ao gol do Sapucaiense, num testaço de Diego Rocha, defendido pelo goleiro. Foi o mesmo Diego Rocha, logo depois, aos 39 minutos, que acertou um chute na volta da paleta do jogador do Sapucaiense. Levou direto o vermelho e deixou o time com um a menos em campo. Faltava futebol, mas sobrava confusão em campo. Foram cinco cartões somente na primeira etapa e a refrega quase saíra do controle, quando o homem da capa preta sinalizou no intervalo. Era visto que o capataz Vanderson Pereira teria um “problemaço” para resolver. Tirou Maikson e colocou Bruno Meurer no jogo, para dar mais apoio nas laterais. Foi aí que a partida virou a favor do Índio xucro, que apostou na velocidade do contragolpe. Aos 18 minutos, numa arrancada a galope de Andrei pela direita, que
tabelou com o Meurer na outra ponta e recebeu a redonda na cara do gol, mandando a pelota para o fundo da rede do valente, mas frágil, Sapucaiense. O Guarany, mesmo com um a menos, dominava a cancha com autoridade e vale ressaltar que teve poucos sobressaltos, muito pela consistência da defesa e das mãos do goleiro Éder, que não deixou passar nem pensamento pela pequena área. Ao final, o Guarany segurou com firmeza na chincha o Sapucaiense e conquistou a terceira vitória em quatro jogos e 10 pontos em 12 possíveis. Ao comentar sobre a campanha, o técnico enfatizou a entrega do time que jogou boa parte do tempo com um a menos. “Essa é a melhor arrancada do Guarany numa competição e nosso compromisso é melhorar o time. Temos mais reforços chegando e vamos corrigir as falhas para o jogo decisivo contra o Real, na próxima semana”. Ao final, a torcida do Índio guerreiro reconheceu a garra do time e cantou os parabéns para o único bicampeão Gaúcho do interior.
FOLHA DO SUL
Segunda-feira, 22 de abril de 2019 ASSINATURAS E ANÚNCIOS: 3242 1020 REDAÇÃO: 3311 3915