Jornal Folha do Sul, 29 de maio de 2018

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João A.M.Filho

DO SUL

TERÇA-FEIRA 29.5.2018 R$ 2,00 Bagé, ano 8 , n° 2 443

S E M DATA PA RA ACA B A R

Parados há mais de uma semana no trevo de acesso a Bagé, motoristas de caminhão e agricultores garantem que a greve não acabará. A justificativa é que o governo federal ainda não atendeu as reivindicações da categoria pág. 13

COMUNICAÇÃO Repórter do Folha do Sul descreve participação em evento da Associação Rio-grandense de Imprensa pág. 2

POLÍTICA Vereadores manifestam, em sessão, contrariedade a pedidos por intervenção militar pág. 4

MUNICÍPIO Consumidores procuram postos e enfrentam longas filas para conseguir abastecer veículos

pág. 6

SOCIEDADE Economista analisa cenário econômico que levou à ação dos caminhoneiros em todo país

pág. 11

SERVIÇO Taxistas e mototaxistas comentam sobre a rotina de trabalho em meio à escassez de combustível pág. 13

PREVISÃO DO TEMPO IBagé-RSI Predomínio de sol, apenas com pouca variação de nuvens

24º 15º


2 FOLHA DO SUL

Terça-feira, 29 de maio de 2018

EDITORIAL

F A VA LO R I ZAÇÃO DO

J O R N A L I S MO DO INTERIOR

N

por Anderson Ribeiro os dias 25 e 26 de maio, aconteceu, no anfiteatro da Universidade de Santa Cruz do Sul, evento voltado a jornalistas e acadêmicos, promovido pela Associação Rio-grandense de Imprensa (ARI). Encontro esse denominado “Diálogos ARI de Jornalismo – experiências e inovações”, do qual, com as colegas Francine Leite e Bárbara Lignon, tive a oportunidade de participar - nós como representantes da equipe do jornal Folha do Sul. Durante o evento, vários painéis despertaram a atenção do público que lotou o anfiteatro. No primeiro dia, um dos responsáveis pelo editoria do Grupo RBS, Marcelo Rech, debateu sobre os caminhos do jornalismo e a certificação. No sábado, a carismática “querida das telinhas”, com uma presença que marca no vídeo, Kelly Costa, motivou a atenção e a curiosidade dos espectadores. Num papo descontraído, a jornalista falou sobre a sua responsabilidade como repórter da área esportiva, além de tratar sobre o “Papel social e a identidade do jornalista”. Kelly também abordou sobre o movimento #DeixaElaTrabalhar, que luta contra casos de assédio às mulheres na cobertura esportiva. Inclusive, em abril, o movimento foi tema de debate na ARI. Uma lição que fica é que o ser humano é plural. A realidade também. A sociedade está cada vez mais complexa. Constata-se que as matérias cumprem com o papel de proporcionar uma discussão através de indagações dentro das próprias reportagens, fazendo com que o público questione o que está acompanhando, ou seja, mostrar as diversas vozes presentes em uma mesma questão e a opinião de vários especialistas sobre o mesmo tema. Cabe ressaltar a importância da interação entre veículo de comunicação e leitores/seguidores. A segunda vice-presidente da ARI, jornalista e professora universitária, Cristiane Finger, explica que o evento Diálogos da ARI é o primeiro de uma série que a diretoria pretende realizar no RS. “Queremos levar a associação para o interior do Estado. Temos a convicção de que a imprensa e as faculdades de jornalismo do interior são muito importantes. Até então a concentração seria na capital. Conseguimos reunir palestrantes importantes e realizar um excelente evento”, relata. Cristiane trabalhou durante 30 anos no telejornalismo e enfatiza que um dos grandes desafios é retirar os palestrantes de suas rotinas. “Estou impressionada com a participação, principalmente, de estudantes. Assim, conseguimos ter outras visões para os dilemas do jornalismo. Na capital, às vezes ficamos com a mesma adesão, questões e perguntas. É uma troca rica”, ressalta. Sobre a participação no evento, a jornalista enfatizou o “ser jornalista”. “Em um momento como esse que o país está vivendo, todas as pessoas teriam várias justificativas para não estar aqui. Mas tivemos o auditório cheio. Isso significa paixão e talento jornalístico. O jornalismo só tem demonstrado que é cada vez mais relevante e importante para a sociedade”, comenta.

Qual o principal desafio do repórter que faz segurança? Vários outros debates foram apresentados, porém, enquanto repórter de segurança, tive a grata surpresa e a honra de encontrar e conversar com o jornalista Renato Dornelles. Já viu um novato quando encontra um mito? Então! Não perdi a oportunidade e conversamos sobre diversos pontos que envolvem a editoria de segurança, fontes e o jornalismo, tendo em vista que Dornelles atua há 32 anos na área. Também foi exibido o documentário “Central”. O filme retrata um sistema prisional que beira o caos, a partir da realidade do maior presídio do país. Dirigido por Tatiana Sager e codirigido por Renato Dornelles, o filme mostra as condições degradantes que levaram essa prisão a ser também considerada a pior do Brasil e definida como “A masmorra do Século 21” pela CPI do Sistema Carcerário do Congresso Nacional. “O principal desafio, certamente, é abordar o tema da criminalidade que interessa à sociedade como um todo. Quando comecei a atuar, parte da sociedade não dava importância para esse tema. Fazer um jornalismo sério, sem sensacionalismo, mas mostrando a realidade. Uma realidade que está nas ruas afetando a sociedade”, salienta Dornelles. Durante a entrevista, conversei com Renato sobre a censura no início da sua carreira e na atualidade. “Muitas vezes, organismos oficiais tentam censurar e limitar o nosso trabalho. Mas a gente tem esse desafio de buscar informações, além do que é informado pela polícia, para chegar a uma verdade. Não que nos informem mentiras. Mas nem sempre a versão oficial é a real. O desafio é ouvir todos os lados, muitas vezes até o lado criminoso”, destaca. Por isso, a importância de nós, jornalistas, fazermos nosso trabalho e não apenas reproduzirmos o que é passado pelos órgãos oficiais. É o que a sociedade quer e deve ser informada com seriedade e não apenas com o que os órgãos de segurança querem que saibam. Dornelles fala sobre o cuidado com a tecnologia. “Nessa área de segurança, temos que ter muito cuidado. A informação precisa ser checada. No on-line, até por competição, muitas vezes são publicadas informações sem checagem. Porém, isso pode causar um prejuízo muito grande para alguém, um grupo ou pessoas. Então, tem que ter cuidado. Tem que ser ágil, mas não se pode deixar de lado a qualidade da informação”, comenta. É notório que as mídias alternativas tem um papel importante, mas na era do fake news é preciso ter um cuidado especial, pois também existem aqueles que utilizam as redes sociais para passar notícias falsas. A ARI está de parabéns pelo evento promovido. Por mais eventos como este que, além de valorizar os profissionais jornalistas do interior do Estado, é uma excelente oportunidade para estudantes sanarem dúvidas sobre diversos temas. A equipe da Folha do Sul busca, sempre, a capacitação de seus colaboradores e o compromisso com a informação de qualidade. Vida longa a ARI e ao jornalismo!

FOLHA DO SUL CNPJ. 11.381.681/0001-00

Endereço: Rua Bento Gonçalves, 49-E Fones: Assinaturas: (53) 3242-1020 Redação: (53) 3311-3915 jornalismo.folhadosul@gmail.com anunciosfs@gmail.com www.jornalfolhadosul.com.br Impressão Gráfica Jornal Zero Hora

EDIMAR FAGUNDES CARDOSO

Presidente da Câmara de Vereadores de Bagé

TODOS ESTAMOS CANSADOS DOS IMPOSTOS E DA CORRUPÇÃO

H

á oito dias vivemos uma situação diferente em nosso país: caminhoneiros demonstram toda sua insatisfação com os impostos e a política de preços dos combustíveis, entre outras demandas fundamentais que afetam diretamente seu trabalho. Eles mostram sua força e quão importante é sua atuação para o funcionamento da vida das pessoas. E têm o apoio da população, que sofre, diariamente, com a suba dos produtos de consumo maior que a inflação, como por exemplo o valor do litro de gasolina comum, que ultrapassa os R$ 5 aqui em Bagé. Eu apoio a ação dos caminhoneiros, que se mobilizam em prol de toda a sociedade. Na Câmara de Vereadores já demonstrávamos a preocupação com os valores abusivos dos combustíveis, inclusive com a criação da Comissão Especial sobre o Preço dos Combustíveis e Gás de Cozinha no município de Bagé, que realizou diversas atividades no último ano. Na manhã de ontem, também recebemos, em uma sessão especial, um dos representantes do movimento dos caminhoneiros, o senhor Edegar Mor. Ele explanou sobre a dificuldade que o setor de transportes vem enfrentando há tempos e também esclareceu que os caminhoneiros que transportam oxigênio e itens relacionados à saúde estão passando em todos os pontos de bloqueio. E o mais interessante é o apoio da população ao movimento, demonstrando toda a insatisfação do povo brasileiro com a quantidade de impostos e com a corrupção.

Inclusão Não posso deixar de falar no projeto lindo desenvolvido na Escola Municipal de Educação Infantil Filomena Kalil, o “Valorizando as Diferenças”. Eu fui até lá para acompanhar de perto o trabalho pedagógico desenvolvido com as crianças e fiquei encantado com a forma com que elas são educadas naquela instituição. Além do aprendizado previsto no plano de ensino, elas também aprendem a convivência, sem preconceito, sem exclusão. Toda a equipe da Escola Municipal Filomena Kalil está de parabéns pelo belo trabalho.

Direção Geral: Leisa Soria Editores: Marcelo Pimenta e Niela Bittencourt Coordenadora Comercial: Cláudia Jardim Comercial: Fabiana Rodrigues - Marcelo Camargo Gerente Financeiro: Tanise Ferreira Arce Assinaturas: Carlos Henrique Gerzson Revisão: Marialda Silveira Monteiro Reportagem: João Alberto de Miranda Filho - Maritza Costa - Francine Leite -Anderson Ribeiro -Yuri Cougo Política: Márcia Sousa Coluna Social: Gilmar de Quadros - Marcos Pintos Contemporâneo: Marcelle Ceolin Repórter Fotográfico: Francisco Bosco Colaboradores: Diones Franchi - Edgar Muza - César Jacinto -Antônio Almeida - Luis C.Albano - Ben Hur Munhoz- George Teixeira Giorgis - Cid Marinho - Divaldo Lara - Cássio Lopes - Edimar Fagundes Diagramação: Ben Hur Munhoz - Cristiano Lameira

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Terça-feira, 29 de maio de 2018

VITRINE EMPRESARIAL por Francine Leite

FOLHA DO SUL 3 INDICADORES ECONÔMICOS

francineleites@gmail.com

SENAC BAGÉ INSCREVE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO EAD

O

Senac atingiu a marca de 266 novos polos credenciados pelo Ministério da Educação (MEC) para apoiar atividades dos cursos de graduação a distância espalhados pelo Brasil. Desse total, o Rio Grande do Sul ganhou 55 deles. Agora, estudantes da região podem se inscrever em um dos 13 cursos da modalidade nas áreas de Comércio, Educação, Gestão, Informática ou Meio Ambiente. As inscrições podem ser feitas pelo site http://www.ead.senac.br/graduacao. Mais informações podem ser obtidas na unidade pelo telefone (53) 3242 7233 ou pelo site http://www.senacrs. com.br/bage. Todos os polos são credenciados pelo Ministério da Educação (MEC) e, por serem unidades próprias do Senac, contam com uma estrutura apropriada para as atividades presenciais da graduação da rede. As aulas são ministradas totalmente pela internet, mas é preciso realizar duas avaliações presenciais, por semestre, no polo escolhido. O formato a distância oferece flexibilidade nos horários de estudo, respeitando o ritmo de aprendizagem do aluno e desenvolvendo competências que são valorizadas no mundo do trabalho, como organização, próatividade e responsabilidade, além de

Modalidade Com mais de 70 anos de atuação em educação profissional, o Senac foi pioneiro no ensino a distância no Brasil. A primeira experiência nessa modalidade se deu em 1947, com a Universidade do Ar, em parceria com o Sesc, que ministrava cursos por meio do rádio. A partir de 2013, com o lançamento do portal Senac EAD, a instituição ampliou a sua atuação

Francisco Bosco

Até 20 de agosto para tentar vaga na instituição

possibilitar a conciliação entre a vida profissional e acadêmica. Para se inscrever no processo seletivo, basta acessar o portal do Senac EAD, escolher o polo de interesse, fazer o login e selecionar o curso à sua escolha, entre Tecnologia em Gestão Comercial, licenciatura em Pedagogia, bacharelado em Administração – Linha de Formação Específica em Administração de Empresas, Bacharelado em Ciências Contábeis, Tecnologia em Comércio Exterior, Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, Tecnologia em Gestão Financeira, Tecnologia em Gestão Pública, Tecnologia em Logística, Tecnologia em Marketing, em todo o país. Hoje, oferece um amplo portfólio de cursos livres, técnicos, de graduação, pós-graduação e extensão a distância, atendendo todo o Brasil e apoiados por mais de 300 polos presenciais para avaliações de cursos de pós-graduação e 266 para graduação. Acesse a programação completa de cursos do Senac EAD em www.ead.senac.br.

Tecnologia em Processos Gerenciais, Tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação, Tecnologia em Gestão Ambiental. Após optar pelo curso, o interessado pode utilizar a nota de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), além de ter opção de ingresso por portador de diploma, de modo que quem já possui diploma de graduação pode realizar a matrícula automaticamente. A entrada no curso também pode ser feita por meio da realização de uma redação on-line, sobre o tema sinalizado no edital, ou após processo de seleção de transferência interna de outras unidades do Senac.

SERVIÇO Para o segundo semestre Período: até 20/8/2018 Taxa de matrícula: isento Inscrições exclusivamente pelo site: www.ead. senac.br/graduacao

MOEDAS Dólar comercial Dólar turismo (em R$) Euro (em R$) Pesos ur.(em R$) Pesos arg.(em R$)

COMPRA

VENDA

3,727 3,580 4,332 0,119 0,150

3,728 3,880 4,335 0,119 0,150

SALÁRIO MÍNIMO [REGIONAL]

SALÁRIO MÍNIMO [NACIONAL]

R$ 1.196,47

R$ 954,00


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POLÍTICA por Márcia Sousa

Terça-feira, 29 de maio de 2018

marciasifa@hotmail.com

V E R E A D O R E S R E F U TA M P E D I D O D E I N T E RV E N ÇÃO M I L I TA R

A

mistura de indignação dos brasileiros com a leniência do governo frente às reivindicações dos caminhoneiros, desenterrou um dos capítulos mais tristes e nefastos do país: a ditadura militar. Avança pelo Brasil o pedido de intervenção militar. Esse tipo de manifestação só joga mais combustível no país que está às portas de uma eleição e só quem ganha com esse tipo de pensamento canhestro é o pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro(PSL), que “surfa nessa onda” de intervenção militar. Esse movimento dá claros sinais de que o povo quer uma mudança profunda, mas não por esse viés. Já basta o que fez o governo impopular de Michel Temer (MDB), que teve que convocar

as Forças Armadas para tentar fazer impor a ordem pelo que não conseguiu fazer pela política. Alguns vereadores de Bagé foram à tribuna, ontem, para refutar de forma veemente o pedido de intervenção militar. O vereador Augusto Lara (PDT) para contextualizar o significado do peso de uma ditadura, citou a famosa frase do escritor Ruy Barbosa: “A pior democracia é preferível à melhor das ditaduras”. O líder do governo, vereador Graciano Pereira (Dem), argumentou que pedir intervenção militar é a mesma coisa que pedir que a Câmara feche as portas. “Podemos até nos equivocar, mas a democracia, a qualquer custo, deve ser preservada”, sentenciou. O vereador Luís Alberto Silva – Chico (PSB) lembrou que

é preciso falar em liberdade, o que, segundo ele, foi duramente conquistada no Brasil. O socialista fez um resgate dos acontecimentos - desde a retomada do voto direto -, com o objetivo de apontar que, se hoje o Brasil vive essa grave crise, é devido à responsabilidade de escolha de cada um quando depositou o voto nas urnas. “Estamos irresponsavelmente querendo que os militares resolvam um problema que é nosso. Não podemos sucumbir à vontade de oportunistas”, pontuou. Ao abordar o tema, o vereador Geraldo Saliba (PTB) cutucou os que têm por hábito usar as redes sociais difamar e o que aconteceria em caso de uma ditadura militar. “Vocês serão os primeiros a ser banidos”, alfinetou.

A direção do parlamento gaúcho cancelou, ontem, reuniões na casa e suspendeu as votações em plenário nesta semana. As reuniões da manhã de hoje foram canceladas para permi-

tir a participação do presidente da Assembleia Legislativa, Marlon Santos (PDT), e dos deputados integrantes da mesa diretora e líderes de bancadas na reunião do Gabinete de Crise do governo do

Estado, que acontece às 10h, na Secretaria da Segurança Pública. Sem a realização da reunião de Por meio das redes sociais, pondendo aos questionamentos líderes, não ocorre a definição da o prefeito Divaldo Lara se mani- sobre minha posição a respeito do pauta de matérias que devem ser festou, ontem, em apoio à parali- assunto, digo que sempre estive ao apreciadas. sação dos caminhoneiros quem ele lado dos trabalhadores e isso inclui chamou de “guerreiros”. O chefe aqueles que, literalmente, movem do Executivo justificou que não nosso país. Por que seria diferente, participou das manifestações, neste justo agora que vejo, com orgulho, final de semana, porque tinha com- a classe mobilizada, unida e lutangraças às investigações da opera- promissos agendados, inclusive do por um país inteiro?”, escreveu ção Lava Jato. O Brasil vive uma envolvendo caso de saúde. “Res- o prefeito. Arquivo/FS situação extrema a cinco meses da eleição. O assunto não poderia ser outro, ontem, na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Bagé. O movimento dos caminhoneiros ganhou apoio maciço nas manifestações dos edis na tribuna. Além disso, o legislativo bageense tomou a iniciativa de fazer uma moção de apoio ao movimento. Antes da sessão ordinária, o representante dos caminhoneiros na região, Edegar Mór, fez uma explanação na tribuna sobre a os motivos da categoria que culminaram com a paralisação. “É um momento grave e histórico no país, queremos uma mudança radical”, disse. Mór foi convidado a falar, na Câmara, pela vereadora Lia Rejane (PTB), que preside a comissão especial que trata sobre os preços dos combustíveis em Bagé. Lara justificou ausência nas manifestações

Assembleia legislativa suspende atividades

Inoperância dos governos culmina em grave crise Fotos: Márcia Sousa/FS

Mór disse que categoria quer mudança radical

O Brasil vive uma das crises mais graves de toda a sua história. O país mergulhou numa situação caótica sem precedentes, com uma recessão profunda e prolongada, altos índices de desemprego e descrédito da classe política. Tudo isso, fruto da inoperância dos últimos governos na condução do país. Os partidos que sustentam o presidente Michel Temer, tão

criticado por direita e esquerda em relação ao movimento dos caminhoneiros, sãos os mesmos que estavam dentro dos governos petistas. A crise que eclodiu agora com a paralisação dos caminhoneiros é uma sucessão de erros cometidos há 13 anos. Os brasileiros assistem ao desfile de escândalos e corrupção trazidos à luz do dia

Manifestações exaltaram democracia

Prefeito declara apoio aos caminhoneiros


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EDGAR MUZA

FOLHA DO SUL 5

POLÍTICA VISÃO GERAL

O ENTENDIMENTO ACONTECEU NA MARRA

Q

uando o bom senso não entra na discussão sobre determinados temas, acontece o que aconteceu na greve dos caminhoneiros. Quem afirmar que a greve não foi política, penso, está enganado. Toda a greve tem sua conotação política. Se no início são os verdadeiros prejudicados que resolvem paralisar suas atividades, no meio do caminho sempre entram grupos que querem mudanças. Não importa que as mudanças propostas não sirvam à maioria. O movimento grevista dos caminhoneiros era reivindicatório. Eles defendiam seu trabalho que, de uns tempos para cá, vinha sendo prejudicado por decisões governamentais. Os leitores sabem dos reflexos danosos do aumento do combustível, quase que diariamente. Reflete em toda a atividade econômica. Já tratei muitas vezes desse tema. A carga tributária todos os brasileiros pagam. Ela está embutida nos preços de qualquer produto. Em tempo de crise, quando o consumo foi o mínimo possível para a capacidade econômica de cada brasileiro, o mercado vinha reagindo e se enquadrando na realidade. Basta atentar para as promoções de venda que acirraram a concorrência. E isso ajudou a “peteca” a não cair. Os desempregados, quase 13 milhões de brasileiros, compravam o necessário para sua sobrevivência. Grande parte deles partiu para a economia informal e conseguiu sobreviver. Mesmo na informalidade, eles pagavam os impostos que “estão embutidos” nos preços finais. É claro que a arrecadação do bolo que abastecia o caixa dos governos diminuiu. Um administrador, por mais incompetente que seja, diminui sua folha de pagamento para enquadrar em sua receita. E isso aconteceu nas empresas privadas do Brasil. A prova é o desemprego. E o governo fez sua parte? Claro que não. Os indicadores econômicos atestam que, ao contrário, o gasto público aumentou. A ideia ‘mirabolante” de todo o administrador público, quando falta dinheiro no caixa, é aumentar impostos. Aqui no Brasil não cabe mais aumento. Já somos “líderes” mundiais em carga tributária. Então, os “gênios” encontraram a maneira de compensar suas perdas. Criaram, na Petrobras, o aumento dos combustíveis pela variação do dólar. É tão verdade que, nos balancetes publicados pelas revistas e jornais

especializados, só no primeiro trimestre deste ano (janeiro, fevereiro e março) o lucro da Petrobras foi de sete bilhões. Então, no discurso do governo, enaltecendo as medidas tomadas e o bom momento que vive a população, ele atribui às suas decisões. Não mesmo. O povo, vendo “a barba do vizinho arder, botou a sua de molho”. Aprendeu a pechinchar, a buscar o menor preço. Pois bem, mas a greve dos caminhoneiros acendeu a lâmpada vermelha na cabeça dos dirigentes. No domingo, publicou, no Diário Oficial da União, a redução de 0,46 centavos no preço do óleo diesel e cortes (não se sabe de qual percentual) no Cide, PIS/Cofins. Afirma, como sempre afirmou, que “no preço final são os postos de serviço que tabelam”. Eu tenho dúvida sobre a baixa no preço final de cada produto. Na gasolina não haverá modificação. Segue o mesmo valor da indústria para os postos. No diesel, pode até haver uma pequena variação. Explico o porquê. Com o aumento quase diário no valor de venda da Petrobras para os distribuidores, muitos postos não acompanharam a alta. Então ficaram quase no empate técnico. Ninguém trabalha para não ter lucro. Em Brasília, há uns dois meses, o sindicato dos distribuidores resolveu não modificar seus preços, quando o governo baixou 1,06 na fonte. A justificativa foi exatamente esta: muitos e seguidos aumentos da Petrobras “eles não teriam repassado aos consumidores”. E isso constatamos aqui por Bagé. Muitas vezes toquei no mesmo tema neste espaço. Agora, é bem verdade, a diminuição dos tributos que incidem sobre os combustíveis, é um pouco maior. O que não garante a recuperação das perdas que os proprietários de postos vem acumulando. É tudo uma questão de cálculo em cima dos custos que são elevados. Estou apenas antecipando o que poderá acontecer. É a nossa realidade. Como o mercado é livre e não existe controle de preços, é o mercado, e só ele, que irá determinar o valor final. Eu defendo o livre comércio. O governo não deveria se meter em coisa que não lhe compete. A reação da economia, nos últimos tempos, só aconteceu porque o governo não meteu sua mão. Enquanto isso, como o combustível é quase de sua exclusividade, a Petrobras aumentou do jeito que quis os produtos derivados do petróleo. Agora, está pagando pelo que fez. Só em ter concordado em não aumentar os preços por 30 dias já vai dar uma folga no bolso. É o que me compete analisar. Você concorda?

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GERAL

CONSUMIDORES ENFRENTAM FILAS PARA ÚLTIMA RESERVA DE COMBUSTÍVEL NA CIDADE

O

s postos de combustíveis da bandeira Ipiranga, na cidade, foram palco, durante todo o dia de ontem, de extensas filas de motoristas. Conforme explicou a administração de um dos estabelecimentos que recebeu o produto, a liberação do pouco que ainda tinha de gasolina no terminal da bandeira, na entrada de Bagé, gerou mobilização intensa nos postos. O carregamento foi liberado e o combustível escoltado até os estabelecimentos. Pelo menos quatro postos ofereceram gasolina ontem. Em um deles, na avenida General Osório, a fila se estendeu por diversos quilômetros, até o final da rua. “O combustível durou apenas cerca de duas horas. “Hoje (ontem) foi uma exceção, porque era o que tinha na base. Se a greve continuar, não teremos previsão de retorno de combustível nas bombas”, explicou o gerente financeiro do local, Chailon Jardim. Se pela manhã a correria se dividiu em cerca de três estabelecimentos, à tarde um posto na Emílio Guilain concentrou as filas, que chegavam até o estádio do Guarany. A primeira cliente a chegar ao local, às 11h, foi Diauner Soares, de 46 anos. Por volta de 15h, ela disse à reportagem que ficaria na fila até o posto fechar. Proprietária de uma lancheria, contabiliza a perda de mais de mil reais em vendas, somente pela falta de tele-entrega. “Além disso, alguns ingredientes para os lanches já estão faltando nas prateleiras, como horti. Preciso do combustível para carregar a mercadoria.

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Na Osório, mais de 100 carros aguardavam por abastecimento

Estou disposta a esperar até o posto fechar”, garantiu. O eletricista Diego Borin, de 32 anos, não faz mais atendimentos na zona rural pela falta de combustível. Com o carro na reserva, já aguardava há cerca de duas horas na fila. “Não sou contra a greve, sou a favor. Mas preciso do combustível para trabalhar. Já estou parado”, comentou, enquanto aguardava.

Proprietária de dois postos - um deles o da Emílio Guilain -, Luana Castro informou que o combustível já estava liberado, apenas aguardando a escolta da Brigada Militar para chegar ao local. “No outro posto, próximo ao Tênis, tínhamos uma reserva maior e conseguimos trabalhar por mais tempo. Nem calculei ainda o prejuízo destes dias sem o produto”, avaliou.


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Terça-feira, 29 de maio de 2018

F

ORAM dias de muita atividade para os diretores do Instituto Municipal de Belas Artes, Flávio Dutra e Beth Infantini. Organizar um concerto em poucos dias não é tarefa fácil. Ainda mais difícil quando os cantores residem em outros países, outras cidades. Foi corre-corre pra lá, pra cá, trocas de mensagens pela internet, idas e vindas aos colaboradores, ufa! ÁRIAS, duetos e canções, sábado, na Sociedade Espanhola, consagração total, aplausos em pé de uma plateia emocionada. Vale lembrar que bageense só aplaude se, realmente, o espetáculo tiver qualidade. “Grandes momentos são pensados em seus pequenos detalhes, para que eles nem sejam percebidos.” Todos os detalhes bem pensados e bem executados, coordenação do regente, pianista Renato Paim. Após o concerto, Beth Infantini convidou para coquetel no Imba. Aplausos! QUEREM SABER? O palco da Sociedade Espanhola, desta vez, foi da soprano Raquel Fortes e do tenor Flávio Leite. E da pianista Liliana Michelsen também, meus queridos! Agora, quando Magali Nocchi Collares e José Artigas dividiram cena em “ Você”, Roberto Carlos, o público levantou para aplaudi-los. Magali deixou o piano de cauda pequenininho, uau!

Pianista Renato Paim, tenor Flávio Leite, clic Fábio Lucas

FALAR ALTO, para prevalecer, ou baixo demais, que ninguém escute... AO VOLANTE, há os que estão em 10º lugar na fila, mas buzinam no segundo seguinte ao sinal ficar verde... GRUPO de WhatsApp é a coisa mais torturante do momento. Deve servir apenas como fórum de discussões importantes. Não para trocar ofensas, mandar correntes de qualquer tipo; nem bom dia, boa tarde e boa noite. Tudo isso é muito jeca. Tenor Fabian Bassi, contratenor José Artigas; tenores Getúlio Vares e Flávio Leite, clic Fábio Lucas

OUTRO momento marcante, Tânia Saralegui e Getúlio Vares, dueto: “A viúva alegre” que relembrou o grupo operístico de Bagé. Passados 30 anos daquela festa dos 90 de Edison Perez, pai de Maritza, quando o Coral Auxiliadora, regido por Gilca Nocchi Collares, apresentouse ali naquele palco. O tenor Flávio Leite e o contratenor José Artigas eram adolescentes e despontavam no mundo artístico. Gilmarzinho estava lá e aplaudiu a todos eles há 30 anos, oba! PALPITE. Para que o programa “Árias, duetos e canções” ficasse completo faltaram mais duas ou três versões da “Ave Maria”; só Getúlio Vares cantou a de Pietro Mascagni. Afinal, maio é o mês de Maria. Com tantas vozes preciosas no mesmo palco, imaginem o resultado. Mas, ano que vem tem mais, quem sabe todos eles ...

Pianista Magali Nocchi Collares, contratenor José Artigas, clic Fábio Lucas

NA FILA para cumprimentar os cantores, Maria Azambuja Contreiras e Miriam Rossel Romero, que não flertam com luxos supérfluos. Duas gurias muito simples e com a inteligência da modéstia. A Contreiras viajou, ontem, à Itália, no grupo de Tânia Bispo, Cristina Brasil, Nica Dalé. Voltando ao concerto, Gládis Wolf Suñe estava na companhia da sobrinha Gislaine Wolf Calvete, geóloga, que já trabalhou no exterior e, agora, atua na Secretaria de Gestão e Planejamento, obra da barragem da Arvorezinha. Gislaine é muito simpática, descomplicada e, sobretudo, profissional competente. Aplausos!

CASAMENTO de Megan Markle com o príncipe Harry. A novidade é que a nova duquesa de Sussex terá que fazer treinamento, durante seis meses, de como se comportar na corte britânica. Aliás, há muita gente precisando fazer esse cursinho básico de etiqueta social. PESSOAS que chegam atrasadas aos compromissos sociais. HOMENAGEADO que tem que chegar primeiro na recepção, para receber junto com o anfitrião, e, às vezes, é o último a chegar. ACEITAR CONVITE para uma recepção de lugares marcados, não comparecer e não dar satisfação.

DESEMBARGADOR Jorge Luiz Dall’Agnol assumiu, semana passada, a presidência do TER-RS. Em 1982, Dall’Agnol foi nomeado juiz de Direito e veio atuar no Fórum de Bagé, ali no atual prédio da Biblioteca Otávio Santos. Naquela época, advogado Eric Silva, oficial escrevente, era assessor direto do juiz Dall´Agnol. Aplausos! O SECRETÁRIO de Gestão, Planejamento e Captação de Recursos, Eduardo Deibler, comemora a pavimentação da zona leste e do anel rodoviário, em andamento. A pasta é responsável pela captação, gerenciamento e administração da verba advinda de recursos federais e de administração indireta. O VISUAL, plateia Moda Cobame, domingo, Cantegril Clube, jornalista Marcelle Ceolin, boina rosa, mantô branco, um luxo! Ah, esse foi outro grande evento do finde passado. Leia alguns comentários na próxima edição desta social. Aplausos!

Artigas e Flávio com Dea Dini, Roseli Torrescasana, Helena Ollé, Diná Leite, Gilca Collares, clic Fábio Lucas

Sopranos: Tânia Saralegui, Raquel Forte, pianista Liliana Michelsen, clic Fábio Lucas

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SOCIAL


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HORÓSCOPO

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Você estará em sua melhor forma, então aproveite esta oportunidade para ficar alerta a certos maus hábitos em seu estilo de vida.

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L I Y T M M A T E R I A R D

C O M E Ç A R R O W H A T I E L

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N G L O Ã S I V

P E R G U N T A E S

L I R D E E D A M Ç A Ã T O E R I M E R B A

Solução

J

oana diz que Abiú está louco e sai correndo. Arão dá uma bronca no filho e diz que ele deve pedir desculpas a moça. Yarin e Noemi suspiram por Quenaz e Calebe. Radina comenta com Jerusa que ainda não se resolveu com Hur.

L I D E R L R D Y T L B R H

33

ilustração: candi

J

tratado. É a chamada estrutura da PIRÂMIDE invertida, método de REDAÇÃO que consiste em COMEÇAR um texto com as informações mais importantes para o LEITOR. Essa característica do TEXTO jornalístico ficou consagrada, pois os leitores têm PRESSA para saber o que é mais importante quando ABREM um jornal para ler.

L I Y T M M A T E R I A R D

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L T A F S I S T S M T T B N

R L W D M L N S F T F C N L

21/02 a 20/03

Y D H C L Q U E M C M I L A

Solução

PEIXES

Você está exagerando as coisas, mas desacelerar vai parecer mais difícil do que continuar nesse caminho.

R L W D M L N S F T F C N L

A L M P R E S S A N C I T N

Sua autoconfiança está em uma trajetória crescente e sua sede de vida está iluminando a atmosfera ao seu redor.

A L M P R E S S A N C I T N

Ç F R Y R N R G B D D A N I

21/01 a 20/02

Ç F R Y R N R G B D D A N I

E L E D I M A R I P I T D S

AQUÁRIO

E L E D I M A R I P I T D S

M C T R R F B L C M B D N I

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01 Psicologicamente, você está em sua melhor forma! Retomar alguma atividade de lazer nãofísica seria uma boa escolha.

M C T R R F B L C M B D N I

O T G W H E R E F T F T T G

Não hesite em dar a sua opinião, o seu realismo não vai decepcioná-lo. Você está abusando da sorte sem perceber.

O T G W H E R E F T F T T G

C O H B F Y L I N H A S Y L

22/11 a 21/12

C O H B F Y L I N H A S Y L

anuário se incomoda com o comportamento de Ludmila. O médico explica a Rômulo e Felisberto os procedimentos terapêuticos por que Cecília será submetida. Ernesto afirma a Elisabeta que deseja namorar Ema.

H T T E X T O H R H D R D A

SAGITÁRIO

H T T E X T O H R H D R D A

Q U E M

23/10 a 21/11

P R E S S A

ESCORPIÃO

Seu bom humor hoje será primordial,você se sentirá como um peixe na água.Você faz muito pelos outros...e não o suficiente para você mesmo!

L

23/09 a 22/10

V

irgílio comenta com Otávio que Delano pode conhecer o paradeiro de Augusto. Afonso aprova a ideia de Catarina de rezar uma missa para as pessoas que sobreviveram à peste.

E

LIBRA

Você vai surpreender as pessoas em torno de você com sua ousadia. Você precisa de relaxamento, tanto físico como psicológico.

A

23/08 a 23/09

D

VIRGEM

O passado voltará sob a forma de um encontro, de uma carta ou de um telefonema. Sinais de cansaço se aproximarão de você.

T O N

Uma ajuda exterior vai auxiliá-lo a lidar com um problema de uma vez por todas. Sua moral vai voltar com força.

LOTOMANIA 29.05.18 12 13 18 20 21 26 27 30 32 33 36 41 43 48 49 65 75 83 95 96 DUPLA-SENA 1793 1º PRÊMIO 03 13 18 24 29 31 2º PRÊMIO 01 03 05 07 25 46

FEDERAL 26.05.2018 1º 55969 2º 30087 3º 38163 4º 55779 5º 70118 LOTOFÁCIL 1667 01 02 03 04 08 10 11 13 16 18 20 22 23 24 25 MEGA-SENA 2044 07 14 47 54 56 60 QUINA 4689 07 13 49 65 80

I

LEÃO

22/07 a 22/08

LOTERIAS

L A N R O J

Você vai ser motivado por jovens a seguir em frente. Oscilações dramáticas no seu ritmo diário vão deixar você cansado.

C

21/06 a 21/07

I

CÂNCER

B

A

21/05 a 20/06

Você está se sentindo no topo do mundo, mas está começando a se sentir cansado. Você não está dormindo o suficiente.

Você sabe o que é um LEAD? O lead (ou LIDE, na versão em português) corresponde às primeiras LINHAS de uma matéria de JORNAL, a parte em que estão contidas as informações mais importantes de uma NOTÍCIA. Para se certificar de que está escrevendo um bom lead, o jornalista deve tentar responder a seis PERGUNTAS básicas em seu texto: “O quê?”, “QUEM?”, “Quando?”, “Onde?”, “Como?” e “Por quê?”. São os famosos 5W e 1H, SIGLA referente a como são chamadas essas perguntas em INGLÊS (“WHAT?”, “Who?”, “When?”, “WHERE?”, “How?” e “Why?”). Respondendo à maioria dessas perguntas em seu texto, o jornalista garante ao leitor, logo no início da MATÉRIA, uma VISÃO geral do assunto que será tratado. É a chamada estrutura da PIRÂMIDE invertida, método de REDAÇÃO que consiste em COMEÇAR um texto com as informações mais importantes para o LEITOR. Essa característica do TEXTO jornalístico ficou consagrada, pois os leitores têm PRESSA para saber o que é mais importante quando ABREM um jornal para ler.

eto não consegue alcançar Luzia. Roberval se declara para Cacau e afirma que nunca a esqueceu. Valentim discute com Karola por causa de Beto. Beto garante a Clóvis que lutará por Luzia.

E D I M A R I P

Você está continuando como começou. Siga o entusiasmo de ontem e os seus horizontes vão aumentar.

GÊMEOS

Matéria de jornal

21/04 a 20/05

S

TOURO

© Revistas COQUETEL

Procure e marque, no diagrama de letras, as palavras em destaque no texto.

I

21/03 a 20/04

RESUMO DE NOVELAS

CAÇA-PALAVRA

T E W X H T E O L R I E N H A S

ÁRIES

ANIVERSÁRIOS

ENTRETENIMENTO

Reinaldo Eikoff Filho Renan da Rosa Marques Renata Melo da Silva Rosa Lúcia Domenech Rosana Pereira Oliveira Valdiva Ceschini Wesley Wendes Pinto

Ézio Minotto Pereira José Naziazeno Barcellos Mari Francy Dantas Vernetti Maria de Lurdes Soares Maria Lydia Morais Azevedo Norberto Jardim Cimirro Pedro Magalhães Cimirro

Andressa Ferraz da Costa Bruno da Rosa Marques Carlos Alberto dos Santos Júnior Clarice Irizaga Pereira Daniela Simões Pereira Elci Diana Teixeira Nogueira Elizabeth Postiglioni

A L G

10 FOLHA DO SUL

ilustração: candi

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Terça-feira, 29 de maio de 2018

FOLHA DO SUL 11

GERAL

“O S CA M I N H O N E I R O S N ÃO S ÃO O S C U L PA D O S D E T U D O”, AVA L I A E CO N O M I S TA

U

Arquivo/FS

Yuri Cougo

m histórico de medidas político-econômicas e de planejamento da infraestrutura do país são motivos que levam o economista Eduardo Palmeira a descrever como os principais para a instabilidade vivenciada em solo brasileiro. Fator que gera preocupação direta na população, o desabasteci-

mento, segundo ele, é reflexo de toda conjuntura que assola o país, e não simplesmente dos bloqueios feitos por caminhoneiros nas rodovias estaduais e federais. O jornal Folha do Sul entrevistou o profissional, que fez um balanço dos motivos da crise e as alternativas para que a população se mantenha estável perante o impasse.

Em meio aos bloqueios nas estradas, discute-se a falta de alternativas para locomoção de produtos e mercadorias, no que se refere às transações comerciais. Nesse contexto, Palmeira aponta que a falta de um planejamento decorre de fatos históricos da década de 60. “Quando iniciou a produção de carros no Brasil, o governo se comprometeu muito com as montadoras. Quanto

será que elas faturaram, por ano, em vendas de caminhões, manutenção e comercialização de peças? O Brasil é muito grande e conseguimos sucateá-lo. Alguém ganhou com isso. Poderíamos investir no transporte marítimo e ferroviário, mas não nos dedicamos a fazer isso. Para mudar, talvez precisem algumas décadas. Isso se tomarmos uma decisão agora”, projeta.

Profissional aponta que ato é reflexo de problemas de décadas

Em relação às consequências resultantes do processo de desabastecimento, em diversas áreas comerciais, Palmeira critica a linha de pensamento de que tais episódios têm como culpa o bloqueio dos caminhoneiros. Neste caso, o economista contextualiza o panorama do país nos últimos

anos. “Medicamentos e materiais nos hospitais já faltavam antes, em alguns momentos. Tenho medo de apontar os caminhoneiros como a única causa. E nós não nos programamos para isso. Quantas pessoas poderiam ter hortas nas propriedades rurais. Será que plantam? E aqueles que

plantam, será que conseguiriam abastecer? Não seria esse o momento da população saber quem são os produtores que poderiam suprir, ao menos, minimamente? É o momento da população auxiliar a própria população”, ressalta. Palmeira reforça o pensamento de cooperação ao afirmar

que todos estão passando pelos mesmos problemas, desde a população até o empresário. “A sociedade como um todo é afetada. Imagine tudo que deixou de ser vendido e que não irá gerar a arrecadação de impostos. Não havendo arrecadação, e ainda o governo prometendo auxílio para

a companhia de economia mista, de onde vai sair o recurso? Possivelmente da educação, saúde e segurança. A educação é tratada como irrelevante no país. Outro detalhe: após o desabastecimento, vai levar, no mínimo, 15 dias para normalizar; alguns produtos, de 60 a 90”, observa.

Questionado sobre como deve ser a postura do consumidor perante essa conjuntura, Palmeira aconselha a população a evitar desperdícios, principalmente com a ali-

mentação. “O desperdício de um dia pode suprir a necessidade em outro. Tem que haver consciência, baseada na filosofia japonesa, que é comer para suprir suas necessidades, e não

para ficar ‘enfarado’. Em qualquer situação, alguém ganha, estando bem ou mal. Se não precisar de uma viagem, não faça. E os caminhoneiros, de repente, se puderem deixar

passar uma quantidade mínima de combustível para não parar tudo de vez, talvez fosse uma grande jogada. Como se costuma dizer em greve, mantendo 30% do funcio-

namento, o movimento poderia ser mais prolongado, para a população mostrar seu descontentamento com a maneira com que o país está sendo governado”, finaliza.

Infraestrutura

Desabastecimento

Consumidor

Palmeira sugere que população evite desperdícios


12 FOLHA DO SUL

Terรงa-feira, 29 de maio de 2018


Terça-feira, 29 de maio de 2018

FOLHA DO SUL 13

GERAL

CA M I N H O N E I RO S E P R O D U T O R E S D E B AG É G A RA N T E M: PA RA L I S AÇÃO VA I CO N T I N U A R

A

João A. M. Filho

pós completar uma semana de movimento grevista, caminhoneiros e produtores rurais garantem que reivindicações não foram atendidas pelo governo federal e a paralisação do transporte de cargas vai continuar. Em Bagé, cerca de 60 profissionais e agricultores permanecem mobilizados na rótula da avenida Santa Tecla (BR-293), acesso ao Distrito Industrial (BR-153) e também no trevo de São Domingos (BR-293). De acordo com Erlei Marques, 51 anos, motorista profissional há 30, a categoria ainda aguarda propostas que sejam concretas não só para os caminhoneiros, mas que contemplem a sociedade. “Não é só pelo preço do diesel que estamos aqui. Queremos a desoneração dos impostos para os derivados de petróleo. São vários tributos, taxas e contribuições embutidas nos preços de insumos essenciais que não foram contemplados”, destacou. Marques se referia ao anúncio do governo federal que prevê a redução no preço por litro do diesel de R$ 0,46

pelos próximos 60 dias e reajustes mensais; além de propor Medida Provisória de isenção de pedágio para caminhões vazios; 30% dos transportes para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a profissionais autônomos e preço mínimo de frete. “Em uma semana foram três aumentos seguidos e os R$ 0,46 propostos não cobrem as perdas anteriores. Quando passarem os 60 dias, voltam os reajustes e também os aumentos. Nós e os produtores não aceitamos, pois o governo não atendeu às reivindicações”, sustentou. Para o presidente da Associação dos Agricultores da Região da Campanha, Gesiel Porciúncula, o momento é crucial para mostrar a força do movimento: “O preço do diesel foi somente o estopim. Nossa insatisfação tem se acumulado a cada medida tomada pelo governo que recai somente na população. Hoje, a cadeia produtiva tem custos tão altos que estamos pagando para trabalhar. Vamos manter nosso apoio aos caminhoneiros até que as demandas sejam realmente atendidas”, expressou.

Integrantes destacaram coesão do movimento

Conforme enfatizou o motorista autônomo Alex Corrêa, 42 anos, a categoria não busca apenas atender a demandas dos caminhoneiros: “Nossas metas abrangem os impostos vinculados aos combustíveis, todos eles”. E acrescentou: “Se falta combustível e comida, a culpa não é

de quem transporta. É o governo, que insiste em não atender às reivindicações e usa a mídia para nos atingir”. Corrêa, caminhoneiro há 22 anos, disse que o grupo mantém contato em tempo real com outros motoristas bageenses que estão em vários pontos do país, participando dos protestos.

“A resposta ao pronunciamento de ontem é clara. Vamos continuar paralisados até que propostas concretas sejam apresentadas para beneficiar não só os motoristas, mas o conjunto da sociedade”, frisou. Segundo os entrevistados, veículos com medicamentos, oxi-

Grupo esclarece

gênio para hospitais, escoamento da safra, alimentos perecíveis, cargas vivas, carros de passeio e ambulâncias têm trânsito livre: “Somente solicitamos apoio aos caminhoneiros. Cabe a eles decidir se querem aderir ou não”, explicou Marques. Ele reiterou a coesão do

movimento e o apoio dos colegas: “Muitos que estão aqui pararam há uma semana e estão sem receber por serem autônomos. Isso mostra que lutamos por mais do que somente a nossa categoria. Não queremos medidas provisórias. O que buscamos é melhoria permanente”.

Taxistas e mototaxistas se adaptam à escassez de combustíveis e apoiam mobilização Fotos: Francisco Bosco

Profissionais disseram economizar para manter atendimento

Bagé amanheceu, ontem, em clima de feriado. É que o desabastecimento ocorrido em razão da paralisação nacional dos caminhoneiros causou redução ou suspensão nos horários de funcionamento de instituições públicas e privadas da cidade. Contudo, para outras duas categorias de motoristas profissionais - mototaxistas e taxistas -, a jornada seguiu o padrão. O trânsito tranquilo contrastava com a movimentação de motos e táxis no centro, que era igual ao de um dia normal de trabalho.

Mesmo com as dificuldades enfrentadas com a falta de combustíveis nos postos, todos os trabalhadores entrevistados manifestaram apoio ao movimento dos transportadores de cargas. É o que conta José Aílton Veloso, 61 anos, mototaxista desde 2004. Ele enfrentou filas para abastecer na quinta-feira, encheu o tanque da moto, mas disse ainda ter reserva para somente dois dias de trabalho: “Nossa demanda aumentou por ter menos ônibus rodando. Essa greve é bem-vinda, pois só assim pode-se ter controle nos

Veloso relata aumento de serviços

preços. Cada vez que se vai ao posto, tem um preço diferente. Não tem como trabalhar assim. Estamos pagando o preço da roubalheira”, relatou. Há 18 anos atuando com táxi, Misael Malaguez, 40, trabalha durante o dia e economiza o que pode para continuar sua rotina. “Rodo 10 dias com o tanque cheio e, por enquanto, a semana tá garantida. Por causa da época (fim de mês), o movimento está calmo”, explicou. No calçadão, o mototaxista Jéferson Ramires, 35, destacou

que metade dos colegas não foi trabalhar porque ficaram sem gasolina: “Dos 13 colegas, somente sete vieram hoje”. Ramires, que trabalha há seis anos no ramo, disse que o fluxo seguia o ritmo normal, porém, afirma que alguns colegas sobretaxaram clientes: “Infelizmente, alguns tentaram tirar proveito da situação, por isso, é sempre bom que o cliente pesquise antes de contratar o serviço”. Ele abasteceu a moto na quinta-feira e declarou que, se não conseguir gasolina, pode parar. “Um tanque cheio dura até cinco dias de trabalho. Como abasteci na última quinta-feira, se não conseguir hoje (ontem), vou ter que parar também”, disse. O taxista Dionatan Coelho Machado, 34, contou que tem reserva até quinta-feira para trabalhar e ressaltou apoio à paralisação: “O governo tinha que sofrer a reação. Por mim, pode ter mais uma semana de greve. Quem sabe assim muda alguma coisa”. Machado tem 12 anos de profissão e destacou que o anúncio do governo federal relativo à redução nos preços ao consumidor ficou somente no papel: “Ninguém baixou um centavo no preço dos combustíveis”. Aliás,

essa foi a reclamação de todos os entrevistados. Segundo eles, nos poucos postos onde se conseguia abastecer, ainda não se percebeu diminuição nos valores cobrados. Ânderson Arruda, 43, mototaxista há cinco anos, defendeu a mobilização dos caminhoneiros: “Eles estão fazendo a parte deles e de muitos outros que não estão participando”. Arruda contou à reportagem que tirou gasolina do carro da família para trabalhar. “Nunca tinha presenciado movimento com tamanho impacto. Tá difícil para quem não conseguiu vir trabalhar, mas a greve é necessária. Muita coisa tem que mudar”, sustentou. Para o integrante da comissão provisória do Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários (Sincaver), Rafael Feres, os taxistas têm poupado combustível para manter o trabalho em funcionamento: “Evito trânsito pesado das vias principais e não ligo o ar -condicionado. Alguns colegas tiveram que trabalhar em horário reduzido para não ficar sem reservas. Considero justa a manifestação dos caminhoneiros, porque o governo quer jogar o rombo da Petrobras nos ombros da população”.


14 FOLHA DO SUL

Terça-feira, 29 de maio de 2018

SEGURANÇA Um taxista que trabalha no ponto da estação rodoviária de Bagé compareceu na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), durante o final de semana, para registrar que indivíduos solicitaram uma corrida e estavam com atitudes suspeitas dentro do veículo. Conforme o registro, dois homens e uma mulher solicitaram uma corrida até a Cohab. Porém, durante o percurso, começaram a

ter atitudes suspeitas e fazer perguntas sobre o veículo. O condutor, que relatou já ter sido assaltado outras vezes, parou o automóvel em um lugar com movimento e alegou ter acabado a gasolina. Segundo ele relatou ao plantonista, temia que, ao chegar no destino, fosse assaltado. Eles não pagaram nem a parte do trajeto que foi realizado. Consta que os indivíduos pareciam estar se cuidando e tensos.

Homem entra em agência bancária com arma de brinquedo Na tarde de domingo, por volta das 14h20min, a Brigada Militar foi acionada a comparecer na avenida Sete de Setembro, centro da cidade, para atender uma ocorrência no interior de uma agência bancária. O caso foi registrado na DPPA.

De acordo com o boletim de ocorrência, quando a guarnição chegou ao local encontrou o suspeito deitado no chão, portando uma arma de brinquedo, tipo pistola. Não houve nenhum dano material na agência. Ele foi encaminhado à delegacia para registro.

Operação Narcos

Dois presos em São Gabriel por tráfico de drogas Uma operação policial foi deflagrada em São Gabriel. A Delegacia de Polícia da Terra dos Marechais, que faz parte da 9ª Delegacia de Polícia Regional do Interior, com sede em Bagé, prendeu dois indivíduos durante a operação Narcos. O objetivo, conforme o delegado José Enilvo Soares de Bastos, foi combater o tráfico de drogas na cidade. A investigação durou cerca de quatro meses. No domingo, foi preso

Daniel Marinho Vieira, 40 anos, conhecido como Pateta, que é suspeito de distribuir drogas a outros traficantes na cidade. Já ontem de manhã, a PC prendeu Diego Jobim Moreira, 35 anos, de alcunha Borrego, que também é investigado por ameaçar e extorquir devedores, em face de dívidas de drogas. O delegado enfatizou que são duas prisões importantes para combater o tráfico de entorpecentes.

A

as PCs do país, desde o mês de abril, com delegacias criadas especialmente para atender a demanda de crimes rurais: as Delegacias de Polícia Especializadas na Repressão aos Crimes Rurais e de Abigeato (Decrabs). Este ano, duas delas já foram inauguradas. A criação dessas especializadas visa atender uma das principais demandas do setor produtivo gaúcho. O foco central é o abigeato - crime que envolve furto de animais no campo, tanto gado bovino como equino. Também serão investigados crimes de receptação e furto/roubo de maquinário agrícola. O decreto de criação foi assinado pelo governador José Ivo Sartori em 31 de agosto de 2017. Segundo o decreto, as unidades têm como sedes principais os municípios de Bagé, Camaquã e Santiago e sedes complementares em Cruz Alta e Rosário do Sul. A escolha das sedes partiu de uma decisão técnica da chefia da Polícia Civil. As delegacias ficarão subordinadas ao Departamento de Polícia do Interior (DPI) e atuam, também, a partir da utilização de bases itinerantes nas operações realizadas em todo o Estado. A primeira Decrab foi inaugurada em 13 de abril, em Bagé, e tem como titular o delegado André Mendes. O prédio, localizado na rua Rodrigues Lima, 290, foi adquirido pelo governo do Estado e contou com uma obra no valor de mais de R$ 130 mil, advindo do Fundo Estadual de Segurança Pública. Poder Judiciário e Ministério Público também contribuíram com o mobiliário da nova delegacia pertencente a nona região policial.

Polícia Civil-RS/Especial FS

Taxista desconfia de passageiros DECRAB É PIONEIRA NAS POLÍCIAS CIVIS DO PAÍS Polícia Civil do Rio Grancom atitudes suspeitas de do Sul é pioneira entre

Expectativa é que os números de abigeato diminuam nos próximos meses

“Essas duas delegacias contam, hoje, com quatro policiais civis. Os policiais que trabalham nessas delegacias, em Bagé, por exemplo, já trabalhavam na forçatarefa. Foram feitos treinamentos, qualificações na parte sanitária, de documentos, e em tudo que envolve essa questão de animais. O projeto é de capacitação de todos eles. Mas todos são policiais que já tinham conhecimento, em razão da sua experiência profissional. Quanto à próxima Decrab e sedes complementares, não há previsão de instalação ainda. A próxima que possivelmente seja instalada será a de Camaquã, que é a que está mais organizada”, salienta o coordenador das Decrabs, delegado Cristiano Ritta. Elas não estão administrativamente vinculadas às Delegacias de Polícia Regionais do Interior (DPRIs) nas quais estão instaladas, porque têm uma atuação um pouco diferenciada em relação às demais delegacias. A atribuição das Decrabs é em todo o Rio Grande do Sul, não ficando ligadas aos limites das Delegacias Regionais às quais estão vinculadas. Elas atuarão, preferencialmente, no interior do

Estado, onde normalmente ocorrem os crimes, mas também podem atuar na região Metropolitana e em Porto Alegre. Por conta disso, o Estado não foi dividido entre as três. O sistema de atuação das delegacias vai ser uniforme. “As Decrabs vão atuar em todo o RS, justamente porque a Força-Tarefa nos mostrou que o crime organizado acaba tendo uma atuação muito difundida em todo o Estado. Uma organização criminosa atua não só na região de Pelotas, de Rio Grande, mas também em direção à região Metropolitana, em direção à região da Campanha, eles acabam atuando em todo o Estado. Então, por conta disso, não vai haver nenhuma limitação geográfica, pelo menos a priori na área de atuação das Decrabs”, explica Rita. Em 2017, os casos de abigeato registraram queda de 25,53%. Foram 10 451 ocorrências desse tipo registradas em 2016 e 7 783 em 2017. Com a criação das novas delegacias a expectativa é de que esses números caiam ainda mais. Essas delegacias vêm em continuidade ao trabalho realizado pelo projeto da Força-Tarefa de Combate aos Crimes Rurais e Abigeato.

considerados prioritários para a população, como remédios, alimentos perecíveis e insumos químicos para o tratamento da água. Até as 17h de domingo, foram escoltados 13 caminhões carregados com combustível. A operação adentrou a noite e foi retomada cedo, ontem pela manhã. Dos 13 caminhões que já saíram dos depósitos das distribuidoras, oito foram para Porto Alegre, três para a Serra e dois para o Litoral Norte. Não houve nenhum inciden-

te. “Não queremos que faltem produtos para atender as necessidades básicas da população. Esta é nossa grande preocupação. Por isso, temos aqui representantes das secretarias da Saúde, da Agricultura, dos Transportes, da Segurança Pública e também dos setores de transporte público”, afirmou Cairoli. Além de combustível, a Brigada Militar também escoltou quatro caminhões carregados com gás (para a Susepe) e 54 caminhões com ração para aves e suínos.

BM escolta caminhões com combustível, gás e ração O Gabinete de Crise do governo do Estado apresentou, no domingo, um balanço das ações para minimizar os impactos da greve dos caminhoneiros no Rio Grande do Sul. Em entrevista coletiva à imprensa, o vice-governador José Paulo Cairoli e o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Alexandre Martins, que estão à frente do trabalho no gabinete, informaram que a Brigada Militar está fazendo a escolta de caminhões carregados com combustível e outros itens


Terça-feira, 29 de maio de 2018

FOLHA DO SUL 15

ESPORTES por Yuri Cougo Dias

BAGEENSE É ÚNICA MULHER A COMPLETAR ULTRAMARATONA NO URUGUAI

A

ultramaratona, por contar com trajetos extensos, é uma modalidade seleta. E completar uma prova desse cunho é um desafio por si. Este patamar foi alcançado pela bageense Lidiane da Luz, a única mulher a finalizar o percurso de 110 quilômetros, entre Treinta y Tres e Melo, no Uruguai, com 14 horas e 55 minutos – o tempo máximo era de 15 horas. Em âmbito geral, apenas nove dos 30 inscritos concluíram. Nos últimos 20 minutos, Lidiane conta que faltavam, ainda, três quilômetros. “Se chegasse depois, seria desclassificada. O Ricardo, meu marido, foi o maior responsável por eu ter conseguido chegar. Agradeço também aos meus pais que foram para me dar apoio”, relata.

Divulgação/FS

A Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel) promove, pelo segundo ano consecutivo, a Copa de Vôlei. No final de semana, os jogos ocorreram somente com as equipes locais, em virtude da falta de combustível para locomoção dos times de Pinheiro Machado e Dom Pedrito. Os resultados foram os seguintes: Renegados do Vôlei 2X0 IFSul, Sulvôlei 2X1 3ª BDA C MEC

(masculino A), Carlos Kluwe 1X2 Academia Sejel B (masculino B), Sulvôlei 2X0 MC Voleibol (feminino B) e Publimar CCGPAC 2X0 Vôlei União Urcamp (misto B). As próximas partidas estão previstas para o final de semana, contudo, o coordenador do campeonato, Alex Peçanha, alerta que se a situação do abastecimento não for normalizada, automaticamente serão transferidas.

Noite para definição de finalistas

Atleta percorreu trajeto de 110 quilômetros

Roberto Alcalde fica em segundo na Itália Washington Alves/Especial FS

Nadador volta a competir em Sheffield

O bageense Roberto Alcalde competiu, durante o final de semana, pela quarta etapa da World Series, em Lignano Sabbiadoro, na Itália. O nadador participou das provas de 100 metros livre, 100m peito e 50m borboleta, contabilizando duas medalhas de prata. Na quinta-feira, Alcalde retorna às piscinas, em mais uma etapa, só que em Sheffield, na Inglaterra. Além de computar pontos para o circuito internacional, a competição funciona como classificatória para o Parapan-Pacífico, que acontece na Austrália, em agosto. O calendário do conterrâneo abrange, ainda, a primeira etapa do Circuito Loterias Caixa, na próxima semana.

Dia do Desafio é transferido Devido às manifestações que acontecem em todo o país, o Serviço Social do Comércio (Sesc) comunica que as atividades relacionadas ao Dia do Desafio, que ocorreriam, amanhã, em 492 cidades gaúchas, foram transferidas para

Sejel divulga resultados da Copa de Vôlei 2018

27 de junho. Com a alteração da data, o Sesc reforça a ampliação do Desafio Social, que consiste em uma campanha para doação de calçados esportivos. Os itens poderão ser entregues nas unidades do Rio Grande do Sul até o

dia 27 de junho. Na edição de 2018, Bagé vai duelar com a cidade cubana Pinar del Rio, que possui 191 701 habitantes. Mais esclarecimentos podem ser obtidos diretamente com o Sesc/Bagé, pelo telefone (53) 3242 7600.

Hoje à noite, no ginásio Graciano Pereira, serão conhecidos os finalistas da Copa Triunfo Master 35 Anos de Futsal. Às 21h, pelo jogo de volta da semifinal, o HD Lanches/Clínica Gervásio tem a vantagem do empate, após

ter goleado a Abaf, por 7X2, na semana passada. Às 22h, a situação é a mesma para o Palácio das Chaves, que venceu a Celeste/ York, por 4X2, na partida de ida. O torneio é uma realização da AM Eventos Esportivos.


FOLHA DO SUL

Terça-feira, 29 de maio de 2018 ASSINATURAS E ANÚNCIOS: 3242 1020 REDAÇÃO: 3311 3915


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