Folha Independente Nº 169 03/02/2017

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BRASIL

ESPORTE

Desemprego atinge 12,3 milhões de pessoas

Elói Sur preside a Liga Catarinense de Judô

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Pancadas de chuva à tarde

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Min 17° Max 27°

Campos Novos (SC), sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017 • Ano 4 - Nº 169 • R$ 2,50

NOVA PROPOSTA DO ENSINO MÉDIO SERÁ IMPLANTADO EM 16 ESCOLAS DE SC Diferencial será ampliar as oportunidades de formação dos jovens e, além do ensino das disciplinas tradicionais, pretende desenvolver nos estudantes valores e competências essenciais para o sucesso na vida pessoal e profissional, como colaboração e responsabilidade, entre outras.

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SAÚDE DIVE ALERTA PARA IMPORTÂNCIA DE DIAGNÓSTICO PRECOCE DA HANSENÍASE Página 12

Balança Comercial de Campos Novos apresenta saldo positivo de US$ 23,9 milhões de dólares Página 3

FESTA JOÃO NETO E FREDERICO NOS 136 ANOS DE CAMPOS NOVOS Página 14


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Sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

DA REDAÇÃO

PREVISÃO DO TEMPO

TODO PODER AO PROFESSOR

Pancadas de chuva

DOMINGO

Max 28° Min 18°

Pancadas de chuva à tarde

Max 29° Min 18° Fonte: CPTEC-INPE

você fotógrafo

A majestosa Torre de Belém em Lisboa, Portugal. Registro do advogado Mayck Wilhan Fagundes

DESCE

SOBE CONSUMIDOR OTIMISTA O consumidor brasileiro iniciou o ano mais otimista que no final de 2016, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) aumentou 3,5% em janeiro de 2017 na comparação com dezembro do ano passado, passando de 100,3 pontos para 103,8 pontos. Quanto maior o índice, maior o percentual de respostas positivas, ou seja, maior o percentual de pessoas que apostam em queda da inflação ou desemprego, aumento da renda pessoal e aumento das compras de bens de maior valor, com melhor situação financeira ou menos endividado. Se comparado a janeiro de 2016, quando o índice ficou em 98,6 pontos, o crescimento registrado é de 5,3%. Mesmo assim, o número permanece 4,5% abaixo da média histórica, de 108,7 pontos. A pesquisa foi realizada pelo Ibope Inteligência e ouviu 2002 entrevistados em 141 municípios durante o período de 19 a 23 de janeiro de 2017.

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ORÇAMENTO UNIÃO A entrada em vigor da emenda constitucional que institui um teto para os gastos públicos (PEC 55) fará a equipe econômica do governo cortar R$ 4,7 bilhões do Orçamento Geral da União em 2017. Segundo o Ministério do Planejamento, o ajuste é necessário porque a lei orçamentária tinha sido aprovada com um valor maior que o novo teto. Do total dos cortes, R$ 1,81 bilhão virá do corte linear em 20% das emendas parlamentares não obrigatórias, R$ 1,8 bilhão virá da revisão para baixo das projeções de gastos com a Previdência Social e R$ 1,09 bilhão decorrerá da diminuição das projeções com o funcionalismo público. A portaria com os cortes foi publicada na quarta-feira, 1º de fevereiro no Diário Oficial da União. A lei orçamentária reservava R$ 1,307 trilhão nos gastos federais para este ano. No entanto, com o ajuste, os Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública federal poderão gastar até R$ 1,302 trilhão este ano.

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Esqueça os computadores e tablets, os laboratórios bem equipados, o nível socioeconômico do aluno, mais horas de aula e métodos inovadores de ensino. Nada, absolutamente nada, é mais importante para o desenvolvimento de uma criança – e consequentemente na vida profissional de um adulto – do que ter um bom professor. Ninguém nunca questionou o valor dos professores, inclusive afirmada pelas maiores pesquisas em educação. Ter um bom professor não só é importante para a educação do aluno, como esse é o fator de maior influência no aprendizado, em qualquer lugar do mundo, independentemente do método de ensino ou da idade da criança. A cada ano de aula com um bom professor, as crianças aprendem o equivalente a um ano e meio a mais de estudo na comparação com alunos que têm professores apenas medianos. Os estudantes de um professor ruim, por sua vez, aprendem metade ou menos do que deveriam em um ano. O impacto dos bons professores ecoa por toda a vida adulta dos estudantes. Eles têm mais chances de cursar uma faculdade, de ter um bom emprego, de levar uma vida mais saudável e de contar com rendimentos maiores ao longo da vida. Para chegar a essas conclusões, o professor neozelandês John Hattie, diretor do Instituto de Pesquisas em Educação da Universidade de Melbourne, na Austrália, fez uma meta-análise: cruzou informações de 65 mil grandes estudos realizados nos centros de pesquisa mais conceituados do mundo. Essa é a maior análise de dados já feita na área de Educação em toda a história acadêmica. As informações coletadas ao longo de mais de 20 anos permitiram aferir também uma análise de custo e eficácia de cada um dos fatores que podem ter impacto na Educação. Nessa relação, os professores também dão um banho na comparação com todos os outros fatores. O investimento em professores é mais eficaz e também mais barato do que uma série de outras medidas. Diminuir o número de alunos por sala de aula custa cinco vezes mais do que formar e manter um bom professor e dá quatro vezes menos retorno. Reforçar o ensino com aulas complementares fora do horário-padrão exige o dobro do investimento e é cinco vezes menos eficiente. A melhoria das instalações da escola também custa o dobro do valor do bom professor e é nove vezes menos eficaz. Saber dar uma boa aula é uma habilidade que deve ser desenvolvida, com treinamento, planejamento e acompanhamento. Assim como é possível formar superatletas com o preparo adequado, também é possível formar excelentes professores. Isso é o que fazem os países com os melhores resultados educacionais do mundo. Os países com melhores desempenhos educacionais são os que perceberam esse tipo de impacto e investiram pesadamente na formação de bons professores. O maior problema da educação brasileira está à frente do quadro-negro. E a solução, também.

A opinião expressa em artigos assinados é de responsabilidade de seus autores, não expressando necessariamente a opinião da Folha Independente.

Pancadas de chuva à tarde

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Circulação Campos Novos, Abdon Batista, Brunópolis, Celso Ramos, Ibiam, Monte Carlo, Vargem e Zortéa. Impresso na Gráfica Tipobel Tiragem 2 mil/semana

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Sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

OPINIÃO

COMÉRCIO EXTERIOR

Por Arthur Otto Niebuhr*

O ano de 2017 mal começou e já temos diversos acontecimentos históricos e marcantes em curso. Talvez, nesse momento, o fato mais impactante seja o final da “era Obama” e o começo da “era Trump”, nos Estados Unidos da América. Quanto ao governo Trump, pouco podemos afirmar, diante da recente ascensão do excêntrico republicano ao poder; apenas fica a impressão de que se trata, lato senso, de uma guinada à extrema direita e à intolerância com os que pensam diversamente do “consenso de Washington”. Já quanto ao governo Obama, cumpre-nos analisar com cuidado os seus oito anos de mandato, mesmo porque influenciaram não apenas os norte-americanos, mas o mundo inteiro. De forma geral, penso que o legado Obama foi bastante positivo, apesar dos erros cometidos. O primeiro aspecto que merece destaque, quanto ao estilo Obama, é a valorização da família. Barack e Michelle sempre demonstraram uma sintonia perfeita em diversos assuntos e um amor genuíno; longe das relações superficiais e fictícias que caracterizam boa parte dos casais presidenciais, Barack e Michelle demonstraram ter personalidades fortes, defenderam bandeiras importantes, sem, contudo, perder o vínculo familiar. Foram oito anos sem escândalos, sem amantes, sem fotos proibidas, sem filhos surpreendidos em situações constrangedoras. O segundo aspecto que entendo relevante é a preocupação de Obama com as questões sociais e com a melhoria da qualidade de vida das populações excluídas. Embora pudesse ter avançado muito mais nas reformas sociais e apostado as suas fichas no apoio popular (que era intenso), Obama acabou conseguindo fazer mudanças importantes. O “Obamacare” talvez seja o exemplo mais nítido: num país em que o acesso à saúde ocorria somente através de atendimentos particulares ou alguns tipos de seguros-saúde, a criação de um sistema público (um tímido embrião do nosso SUS) veio tornar as

coisas muito mais justas, sobretudo para os negros, latinos e todos os que se tornaram excluídos. O financiamento do sistema acabou sendo o grande X da questão, num cenário em que o Estado, via de regra, não se mostra intervencionista; aliás, Donald Trump explorou muito bem essa contradição, na sua campanha. Ademais, penso que o enfoque militar do governo Obama também foi diferenciado e muito positivo. Obama não teve os dois principais problemas de George Bush: o patrocínio das indústrias bélicas e a utilização das guerras para ocultar os problemas domésticos. Assim, foi muito mais assertivo e cirúrgico nas suas intervenções, como a eliminação de Osama Bin Laden, por exemplo; recusou-se a apoiar incondicionalmente os regimes sanguinários, como os da Rússia, Síria e Israel; e o mais importante: investiu seguidamente no estabelecimento de uma cultura de paz, cujo ponto máximo foi a restauração das relações com o governo de Cuba. Assim, Barack Obama tem todos os requisitos para figurar como um dos grandes estadistas do século 21, pois tornou o mundo um lugar melhor e mais seguro. Que Deus ilumine Donald Trump e lhe dê sabedoria para reconhecer e preservar as conquistas de Obama.

Arthur Otto Niebuhr é Servidor da Justiça Eleitoral

Indústrias de Campos Novos enviaram volume significativo de produtos para 30 países diferentes em 2016

A indústria é um dos principais setores produtivos do município de Campos Novos. Conforme dados detalhados da última divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios, referente ao ano de 2014, a indústria contribuiu com R$ 593,9 milhões para a economia camponovense. Embora registrando queda de 2,03% com relação ao ano anterior, a indústria é o setor de maior relevância para a economia camponovense, representando 35,94% do conjunto das riquezas geradas. Algumas empresas industriais do município, além de atender o mercado local e nacional, também abastecem o mercado externo, com volume significativo de produtos embarcados para inúmeros países e continentes. Em tempos de recessão econômica e contenções no mercado interno, o comércio exterior pode ser a alternativa para sair das dificuldades. De acordo com dados fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o setor em Campos Novos exportou em 2016 a quantia de US$ 25,76 milhões de dólares registrando queda de 26,93% no comparativo com 2015, onde o volume foi de US$ 35,2 milhões de dólares. O volume de importações também diminuiu 54,32% em relação ao ano anterior, somando US$ 1,8 milhões de dólares. Em 2015, o município importou quase US$ 4 milhões.

Divulgação

O LEGADO OBAMA

BALANÇA COMERCIAL APRESENTA SALDO POSITIVO DE 23,9 MILHÕES DE DÓLARES

BALANÇA COMERCIAL REGISTROU QUEDA DE 23,4% COM RELAÇÃO A 2015 O maior volume de bens exportados são produtos manufaturados com destino a 30 países. As principais indústrias de Campos Novos exportadoras em 2016 foram Iguacu Celulose Papel, Andreazza Madeiras, Desdobramento de Madeiras Santa Lucia, Planalto Indústria e Comércio, Bruno Industrial, BRF, Copercampos, Agroceres Pic Matrizes de Suínos e Syngenta Seeds. Elas são responsáveis pelo saldo positivo de US$ 23,96 milhões na balança comercial de Campos Novos, ou seja, quando as exportações são maiores do que as importações. O índice é de queda com relação a 2015, quando a balança comercial fechou em US$ 31,3 milhões de dólares. Até o ano passado, para o cálculo das exportações por municípios, levava-se em conta o domicílio fiscal da empresa exportadora, independentemente de onde a mercadoria foi produzida. Isso mudou no ano passado com o advento da lei n.º 16.597, sancionada pelo governo do Estado em 2015, onde os créditos

das transações internacionais ficam com os municípios produtores das mercadorias. Exemplo era a BRF, exportadora de carne suína que não entrava na lista, por conta que os produtos fabricados na unidade local eram embarcados pela Unidade de Itajaí. No total, mais de 40 produtos tiveram como destino a exportação, de acordo com a classificação da Secex. Os principais produtos exportados foram bens intermediários, como sacos e embalagens de papel e pasta de celulose, além de bens de capital, como madeira, máquinas e peças de máquinas para trabalhar madeira, além de soja, suínos vivos e carne suína. O volume exportado de carne suína foi de aproximadamente 267 toneladas e 12 toneladas de aninais vivos. Os principais países destinatários dos bens são respectivamente Estados Unidos, Venezuela, Senegal, Gana, Argentina, Togo, Uruguai, Costa Rica, Egito, Chile, Mali, México, Guine e Paraguai. Já 80,7% das importações correspondem a compra de soja e milho.


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Sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

RECURSOS

GOVERNO FEDERAL LIBERA R$ 156,7 MILHÕES PARA ÁREA DE SAÚDE DE SC Divulgação

Estado recebe recursos para subsidiar serviços hospitalares e atendimentos de média e alta complexidade

O governador Raimundo Colombo recebeu na sexta-feira (27), em Florianópolis, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, e o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Gilberto Occhi, que visitaram a Capital para atos no Conselho Regional de Contabilidade. Durante a conversa, Barros reforçou ao governador a liberação de R$ 156,7 milhões para Santa Catarina, e Occhi falou sobre as linhas de crédito via Caixa Hospitais e BNDES Saúde apresentadas às entidades filantrópicas do estado. Os recursos do Ministério da Saúde serão utilizados para o subsídio de serviços hospitalares e ambulatoriais, além de atendimentos de média e alta complexidade. Ao todo, serão contemplados 55 serviços em 35 municípios. Do valor liberado para Santa Catarina, R$ 30,5 milhões beneficiam serviços como leitos de Unidades de Terapia intensiva (UTI), voltados para o atendimento de urgência e emergência, custeio de atendimentos hospitalares e ambulatoriais voltados à

Ministro de Saúde em evento do Conselho Regional de Contabilidade de SC na semana passada assistência especializada, incluindo de média e alta complexidade. Os outros R$ 126,2 milhões são referentes a emendas parlamentares. Também foram liberados R$ 2 milhões destinados ao custeio anual de duas UPAs nos municípios de Araranguá e Canoinhas. “Conseguimos otimizar os gastos e alcançar uma eficiência econômica total no país, de R$ 1,9 bilhão. Isso possibilitou aumentar a assistência à população no âmbito da rede pública de saúde. Não haverá correção de tabela e dos valores pagos, mas nós estamos ampliando o número de serviços que passam a receber o aporte do Governo Federal. Todos os serviços que estavam com a documentação completa foram habilitados. Noventa por cento de tudo o que o estado de Santa

Catarina estava reivindicando nós autorizamos e já está publicado em Diário Oficial”, informa o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Para o secretário de Estado da Saúde, Vicente Caropreso, os recursos são fundamentais para a manutenção dos serviços oferecidos à população. Ele ainda considera importante o diálogo entre o Estado e o Ministério da Saúde não só no sentido da liberação de recursos, mas para a desburocratização do SUS. “É inaceitável que o dinheiro que poderia estar ajudando o cidadão seja aplicado para resolver problemas burocráticos do sistema. É necessário também uma responsabilidade coletiva quanto ao custeio dos novos serviços, para que o processo funcione e ajude as pessoas”, observa.

CAMPOS NOVOS

LINHAS DE CRÉDITO

Campos Novos será beneficiado com recursos de emenda parlamentar, somando aproximadamente R$ 400 mil. Segundo o governo, R$ 300 mil serão destinados para custeio do piso da atenção básica e R$ 99.920,00 será para a aquisição de equipamento e material permanente. Em visita a capital na semana passada, o prefeito Alexandre Zancanaro se encontrou com o Ministro da Saúde onde encaminhou algumas pautas como reformas e aquisição de equipamentos para o Hospital. Segundo Zancanaro, esses recursos anunciados ainda não foram liberados para o município.

No ato com a presença do ministro da Saúde, o secretário de Estado da Saúde, Vicente Caropreso, prefeitos e presidentes de fundações hospitalares, foram apresentadas as linhas de crédito Caixa Hospitais e BNDES Saúde às entidades filantrópicas de Santa Catarina. O ministério da Saúde aumentou em 35% a margem consignável dos hospitais que atendem pelo SUS, e a Caixa admitiu ampliar o prazo em até 120 meses para pagar esses financiamentos. Isso abriu mais limite e essas linhas de crédito permitem que as entidades de saúde antecipem valores que têm a receber do Governo Federal aos serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde.

REPRESENTAÇÃO

PREFEITA DE VARGEM ASSUME PRESIDÊNCIA DA EGEM Órgão tem como principal objetivo a capacitação de servidores públicos

A Escola de Gestão Pública Municipal (EGEM) realizou na sexta-feira (27) a eleição e posse do Conselho Administrativo e Fiscal da entidade. A eleição ocorreu durante Assembleia Geral da entidade, realizada na Associação dos Municípios da Região da Grande Florianópolis (Granfpolis). Quem assume a presidência é a prefeita de Vargem, Milena Andersen Lopes Becher, que já

estava interinamente à frete da Escola desde o início de janeiro. O Conselho de Administração é composto ainda do prefeito de Rodeio, Paulo Roberto Weiss, como 1º vice-presidente e pelo prefeito de Rio do Sul, José Eduardo Thomé, como 2º vice-presidente. A EGEM congrega as 21 Associações de Municípios do Estado de Santa Catarina e a Federação Catarinense de Municípios (FECAM) e tem como principal área de atuação, a formação e capacitação dos servidores públicos municipais, além da promoção e difusão de conhecimento na área da gestão pública municipal e prestação de serviços de apoio aos municípios.

NOVA DIRETORIA DA FECAM Por aclamação, dezenas de prefeitos catarinenses elegeram na sexta-feira (27), a prefeita de São José, Adeliana Dal Pont, para comandar a Federação Catarinense de Municípios (FECAM) na Gestão 2017/2018. A prefeita de São José recebeu o cargo da prefeita de São Cristóvão do Sul, Sisi Bllind, que deixa a presidência, mas permanece no Conselho Executivo da entidade como 2ª vicepresidente. Quem completa o novo Conselho Executivo é o prefeito de Itajaí (AMFRI), Volnei Morastoni, como 1º vice-presidente; o prefeito de Caçador (AMARP), Saulo Sperotto, como 3º vice-presidente; o prefeito reeleito de Rodeio (AMMVI), Paulo Roberto Weiss,

como 1º secretário e o prefeito de Itapoá (AMUNESC), Marlon Roberto Neuber, como 2º secretário. As pautas prioritárias da nova gestão já foram definidas. Entre os temas que serão tratados neste início de ano estão a redistribuição do Imposto sobre Serviços de qualquer natureza (ISS) para os municípios; a discussão com o Governo do Estado sobre os valores do ICMS do FundoSocial não repassados às administrações municipais nos últimos anos; o reajuste no valor transferido para custear o transporte escolar de crianças do ensino fundamental e médio da rede estadual e avanços nos termos dos convênios da municipalização do trânsito.


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Sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

“Espalhar os líderes de uma quadrilha não adianta” David Skarbek, pesquisador sobre presídios

Para desarticular o crime nos presídios, autoridades no Brasil trocam líderes de quadrilhas de um lugar para outro. É uma boa estratégia? Trocar líderes de lugar deixou de ser uma estratégia razoável depois que os telefones celulares se popularizaram. É quase impossível impedir a entrada deles em presídios americanos, assim como nos brasileiros. Tenta-se barrar o funcionamento de linhas não autorizadas na área do presídio, mas a eficácia disso é limitada. Com a tecnologia moderna, o principal efeito da transferência de prisioneiros para outros lugares é espalhar a área de influência deles. Você acaba ajudando a gangue, em vez de atrapalhar. Qual é a relação entre o poder do crime dentro e fora dos presídios? Tendemos a pensar que as prisões isolam os prisioneiros da sociedade. Nos Estados Unidos ou no Brasil, não é o caso. Os muros dos presídios se mostram bastante porosos. Muito frequentemente, as quadrilhas na cadeia têm enorme influência do lado de fora dos presídios. Na Califórnia, elas conseguem exercer influência do lado de fora porque criminosos nas ruas sabem que correm grande risco de ser presos algum dia.

Eles se antecipam a essa possibilidade e passam a colaborar com as quadrilhas antes, como uma espécie de seguro contra maus-tratos na prisão. A insegurança do ambiente da prisão interfere no comportamento dos que estão presos e também nos criminosos que ainda têm ficha limpa. Então as prisões fortalecem as quadrilhas? Há uma relação de simbiose. Em Los Angeles, as gangues na prisão têm influência enorme no tráfico de drogas. Exigem que os vendedores nas ruas paguem uma taxa de 10% a 30% dos lucros da venda de entorpecentes. Dezenas de milhares de dólares por mês irrigam os bolsos dos prisioneiros. A criminalidade das ruas fortalece a criminalidade dentro do presídio, e a relação contrária funciona: quadrilhas dentro dos presídios, devido à capacidade delas de ameaçar pessoas, podem funcionar como uma autoridade reguladora. Uma gangue chamada Máfia Mexicana atua [na Califórnia] como mediadora de problemas entre traficantes rivais nas ruas. Eles têm credibilidade e controle sobre a comunidade de distribuidores. A habilidade deles e os procedimentos de punição que adotam facilitam a atividade ilegal e o comércio de drogas. A população carcerária no Brasil mais que dobrou nas últimas décadas. Como isso muda a prisão? A menos que você também dobre os recursos e o controle exercido pelas autoridades, esse influxo cria instabilidade na comunidade prisional. Cada aumento da população carcerária deve corresponder a um aumento de recursos, instalações, funcionários... senão você aumenta a instabilidade e incentiva os prisioneiros a se organizar em quadrilhas. A sociedade deve evitar prender demais, mesmo sob o risco de parecer suave no combate ao crime? O que sabemos de estudos sobre o comportamento de criminosos é que eles respondem mais rapidamente, mais significativamente, a punições ágeis e certeiras. A combinação de penas severas em lei e alta impunidade não muda muito o comportamento dos criminosos. Quando a chance de o criminoso ser punido é de 90%, mesmo que seja com seis meses de prisão, o poder de dissuasão é enorme. Para evitar superlotação carcerária, sem parar de punir, a maneira é adotar penas de encarceramento curtas e certeiras, mais do que muito severas e muito incertas.

Reprodução

Quando presos inventam hierarquias e regras de conduta dentro do presídio e para se relacionar com o crime organizado do lado de fora, estão criando “instituições informais” – área de interesse do americano David Skarbek, doutor em economia e professor de economia política (a interface da economia com a política, o direito e os costumes) na King’s College de Londres. Skarbek chamou a atenção de especialistas em segurança pública com o lançamento, em 2014, do livro The social order of the underworld – How prison gangs govern the American penal system (A ordem social do submundo – Como as gangues de prisão governam o sistema penal americano, ainda sem edição em português). Para seu artigo acadêmico mais recente, publicado em novembro, ele comparou dados de prisões de Brasil, Bolívia, Finlândia, Inglaterra, Noruega, Suécia e Estados Unidos (especificamente da Califórnia, estado natal do autor). Entre outros achados interessantes, conclui que presídios grandes representam uma falsa economia para o governo, por sempre oferecer terreno mais fértil para o crime organizado – o que acarreta custos para a sociedade e para as finanças públicas, dentro e fora da cadeia.

ordem [dentro da cadeia] e o Estado não é capaz de atender. O segundo é que gangues emergem porque detentos querem itens proibidos. Outro ponto parece ser que gangues no Brasil e na Califórnia são bem estruturadas. Têm regras escritas, procedimentos padronizados, métodos específicos, distribuem regras para os presos, dedicam-se a monitorar quem segue as regras e punem os que não seguem. São formas semelhantes. Quando há monopólio, há menos violência aparente. Violência irrompe quando há guerra pelo controle. Quando o conflito é resolvido, com a vitória de um lado, a violência se acalma. Prisioneiros não usam violência como um gosto, eles usam para resolver a disputa por controle. Onde se conseguiu derrotar essas quadrilhas? Nos Estados Unidos, o problema das quadrilhas nas prisões persiste. Creio que é porque o problema dos prisioneiros foi encarado como uma questão [apenas] de fornecimento de drogas.

Houve um tempo em que os grupos organizados não tinham o poder que exibem hoje no Brasil. Eles ganharam força por causa da superlotação dos presídios? Esses grupos também não existiam nos Estados Unidos. O que encontrei nos Estados Unidos é que, antes, as prisões eram pequenas. Detentos não precisam de um grupo para conviver em ordem. Podem fazer isso de maneira informal. Mas o aumento na população carcerária americana pôs uma tremenda pressão sobre os recursos na capacidade de administração e nas instituições. As grandes populações carcerárias geram instabilidade e, por isso, os prisioneiros se dedicaram a criar organizações para facilitar a ordem entre eles. Uma prisão grande fica fora do controle de qualquer governo? Quanto mais poderoso o Estado, maior pode ser o presídio, sem que se formem gangues. Quanto menos guardas, quanto menos recursos, quanto menos o Estado for capaz de garantir a segurança e as condições básicas, maior a lacuna em governança que os próprios presos podem ocupar. Quais são os pontos em comum entre o problema carcerário no Brasil e nos Estados Unidos? Há muito em comum. O primeiro ponto é que as quadrilhas emergem porque os detentos querem

Como sufocar financeiramente os negócios ilícitos que alimentam as organizações criminosas? Enquanto houver demanda significativa por produtos e serviços ilegais, é impossível eliminar o submundo da economia. Há demanda por drogas, por contrabando. Enquanto essas coisas forem proibidas na cadeia e desejadas por presidiários, gangues vão lucrar com o fornecimento. A proibição cria uma reserva de mercado que favorece pessoas perigosas. Para reduzir a importância do submundo da economia, as autoridades devem fazer o máximo possível para atender às demandas pela economia formal. Com a legalização de produtos como as drogas, o Estado pode monitorar e controlar. Um problema é a sociedade talvez não querer legalizar tudo. Não podemos atender a todas as demandas apenas para esvaziar o poder dos criminosos. Não é prático nem prudente. Mas é algo a discutir sempre. Muitos no Brasil comemoram as mortes causadas nos confrontos entre presidiários. O que o senhor acha dessa reação da sociedade? Rebeliões nos presídios minam o ambiente de negociação entre facções. Um grupo tenta avançar nos negócios e no espaço geográfico dominado pelo outro. A instabilidade cresce e leva a ainda mais violência.


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Sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

CRISE

DESEMPREGO ATINGE 12,3 MILHÕES DE BRASILEIROS Dados divulgados pelo IBGE relevam que país atingiu em 2016 a maior taxa de desemprego desde o início da série histórica, iniciada em 2012 O Brasil fechou 2016 com 12,3 milhões de pessoas desempregadas, com a taxa média móvel encerrando o 4º trimestre em 12%, mostrando estabilidade em relação aos 11,8% relativos ao 3º trimestre móvel do mesmo ano (julho, agosto e setembro), mas ainda assim tem a maior taxa da série histórica, iniciada em 2012. Em relação ao 4º trimestre móvel de 2015 (9%), a taxa de desemprego cresceu 3,1 pontos percentuais. Os dados fazem parte da pesquisa nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnade Contínua) e foram divulgados na terça-feira (31), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população ocupada do país no fechamento de 2016 chegou a 90,3 milhões de trabalhadores, crescendo 0,5% em relação ao trimestre anterior, chegando 2,1% (2 milhões de pessoas) em relação ao quarto trimestre de 2015. Cerca de 34 milhões de pessoas ocupadas no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, número que ficou estável no último trimestre móvel do ano, mas recuando nos 12 meses de 2016, com 3,9% (ou menos 1,4 milhão de pessoas).

CAI NÚMERO DE EMPREGADOS NO SETOR PÚBLICO Outra constatação importante da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua diz respeito ao contingente de pessoas ocupadas por grupamentos de atividade que caiu no trimestre móvel de outubro a dezembro de 2016, em relação ao trimestre de julho a setembro do mesmo ano, em setores importantes da economia brasileira e, em geral demandadores de mão de obra. Segundo a pesquisa, entre os dois últimos trimestres do ano passado, houve retrações em setores como o da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais, que juntos registraram queda de 1,3% na taxa média móvel de desocupação, o equivalente a 199 mil pessoas. Houve expansão no emprego no grupamento de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, cuja taxa cresceu 3,3%, o equivalente a 559 mil pessoas; transporte, armazenamento e correio (2,5%, ou seja, mais 110 mil pessoas), alojamento e alimentação (3,1%, ou seja, mais 145 mil pessoas). Os demais grupamentos se mantiveram estáveis.

RENDIMENTO MÉDIO Apesar do aumento do desemprego ao longo do ano passado, que bateu recorde da série histórica iniciada em 2012, com mais de 12 milhões de pessoas sem empregos, o rendimento médio real habitualmente pago aos trabalhadores brasileiros se manteve estável entre 2015 e 2016. Segundo a publicação do IBGE, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou em R$ 2.043 ao longo de 2016, mostrando estabilidade em relação aos R$ 2.026 pagos no trimestre imediatamente anterior (junho a setembro), bem como em relação aos R$ 2.033 pagos no mesmo trimestre de 2015. A massa de rendimento real habitual pago em 2016 ficou em R$ 180 bilhões, acusando aumento de 1,2% frente aos R$ 177,8 bilhões pagos no trimestre anterior, mas ficando estável em relação ao mesmo trimestre de 2015 (R$ 182,2 bilhões).

TAXA MÉDIA DE DESOCUPAÇÃO Os dados indicam que a taxa de média de desocupação em 2016 foi 11,5%, ficando 3 pontos percentuais acima dos 8,5% relativos à taxa média de desocupação de 2015. A população desocupada passou de 8,6 milhões, na média de 2015, para 11,8 milhões, em 2016, uma alta de 37%, o equivalente a uma taxa média de desocupados de 3,2 milhões de trabalhadores. A população média ocupada caiu de 92,1 milhões de pessoas para 90,4 milhões, o equivalente a menos 1,7 milhões de trabalhares ocupados em média ao longo do ano passado.

CARTEIRA ASSINADA O país perdeu em 2016, 1,4 milhões de postos de trabalho com carteira assinada no setor privado. Dados indicam que o número de empregados com carteira assinada no setor privado caiu 3,9% no ano passado, passando de 35,7 milhões, em 2015, para 34,3 milhões em 2016. Mesmo assim, o contingente de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada, estimado em 34 milhões de pessoas, apresentou estabilidade em comparação com o trimestre de julho a setembro de 2016. Na outra ponta, no período de outubro a dezembro de 2016, as categorias dos empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (10,5 milhões de pessoas) apresentou elevação (2,4%) em relação ao trimestre de julho a setembro de 2016 (mais 248 mil pessoas). A categoria dos trabalhadores por conta própria (22,1 milhões de pessoas) registrou expansão (1,3%) frente ao trimestre de julho a setembro de 2016 (mais 274 mil pessoas). Em relação ao mesmo período do ano anterior o movimento foi de queda (3,4%, ou seja, - 784 mil pessoas). O contingente de empregadores, estimado em 4,1 milhões de pessoas, apresentou estabilidade frente ao trimestre imediatamente anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, esse contingente registrou elevação de 4,8% (mais 190 mil pessoas). A categoria dos trabalhadores domésticos, estimada em 6,1 milhões de pessoas, se manteve estável tanto em relação ao trimestre de julho a setembro de 2016 quanto frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2015.


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HORÓSCOPO

CINEMA

SITE CHECA GRAU DE VERACIDADE DE FILMES ‘BASEADOS EM FATOS REAIS’ Um dia o jornalista e designer inglês David McCandless acordou com uma dúvida. Quanto há de verdade e de ficção nos filmes “baseados em fatos reais”? Seria possível quantificar isso? McCandless então convidou uma dupla de amigos — a pesquisadora Stephanie Smith e o programador Omid Kashan— para analisar um total de 14 blockbusters lançados na última década. Colocaram na lista filmes como “O Lobo de Wall Street”, “O Discurso do Rei”, “A Rede Social”, “A Grande Aposta” e “Spotlight”, que analisaram segundo uma metodologia: assistiram a todos os filmes e, numa planilha, registraram informações de cada uma de suas cenas. Ao longo de semanas, confrontaram o material com dados de acesso público: livros, biografias, sites, entrevistas e registros históricos. Em dezembro, o trio britânico publicou o resultado no site Information Is Beautiful — o nome, que diz que “a informação é linda”, reflete a capacidade da plataforma de transmitir os dados por meio de belos infográficos. A equipe do site defende a checagem não só na cultura mas também em outras áreas. “Com certeza tem espaço para o ‘fact-checking’ na cultura. Temos outras

21/03 a 20/04

Coordenar tantas pessoas não é tarefa fácil, pois cada uma tem opinião própria e, mesmo que seja igual à de outra pessoa, não está nem aí com isso, quer ser ouvida e levada em conta. Tenha paciência, as coisas precisam ser administradas com sabedoria e muita paciência.

Reprodução

Pesquisadores criam site dedicado à ‘verdade’ dos filmes de Hollywood

Áries

Touro

21/04 a 20/05

Faça o que estiver ao seu alcance para avançar nos seus projetos de vida. Não se importe, por enquanto, com os resultados desses movimentos porque, de imediato, poderá parecer que nada acontece, ou pior, que o tiro saiu pela culatra. Mesmo assim, haverá avanço.

Gêmeos

21/05 a 20/06

Uma coisa é você enxergar claramente a verdade, outra é encontrar as palavras certas para se comunicar com as pessoas. Por enquanto, fica difícil fazer essa coordenação, por isso, não seria interessante você se precipitar. Aguarde por uma melhor oportunidade.

Câncer

FICÇÃO E A REALIDADE: ‘O LOBO DE WALL STREET´ TEM 74,6% DE VERDADE, SEGUNDO SITE iniciativas, como o Common Mythconceptions (sobre grandes mitos da história), que usam visualização de dados para ajudar as pessoas a descobrirem novas perspectivas sobre assuntos que poderiam ser complexos ou confusos.” Na página dedicada à verdade dos filmes de Hollywood, o leitor pode navegar pelas cenas de cada um dos 14 filmes e saber se ela condiz ou não com a verdade. Os pesquisadores foram detalhistas. Os filmes foram decupados praticamente minuto a minuto. “O Lobo de Wall Street”, por exemplo, tem 139 checagens de cenas. Basta clicar no gráfico azul (verdadeiro) e rosa (falso) para ver a descrição da cena, o que aconteceu de fato e as fontes usadas na checagem. Há no final um link para que qualquer um possa

21/06 a 20/07

ver as planilhas originais das centenas de cenas analisadas. Encontra-se ainda um cálculo curioso: a porcentagem de realidade de cada filme. O dado serve não só para ilustrar conversas de bar como para lembrar a diferença entre documentários e filmes “baseados em fatos reais” — que muitas vezes se valem de mecanismos da ficção para adaptar a história ao tempo de duração e a outras necessidades dramatúrgicas. “A Grande Aposta”, por exemplo, tem 91,4% de verossimilhança e está nas primeiras posições do ranking (“Selma”, sobre a luta pelos direitos civis dos negros nos EUA tem 100%). Já “O Discurso do Rei” tem um quarto de cenas questionáveis: 74,4% das informações são reais.

SUGESTÃO DE LEITURA

OS ANOS DE APRENDIZADO DE WILHELM MEISTER

Johann Wolfgang von Goethe

A curiosidade é o combustível que leva a alma a conhecer mais, porém nem todo conhecimento é libertador. Por isso, procure antecipar-se e, se necessário, conter o movimento de certa curiosidade que busca se intrometer na vida alheia sem ter nada a ver com isso.

Leão

21/07 a 22/08

Administre bem as diferenças de opiniões, pois mesmo que se transformem em conflitos, poderão servir para você se esclarecer sobre os acontecimentos em marcha. Ninguém tem domínio completo da verdade, todas as informações precisam ser combinadas.

Virgem

23/08 a 22/09

Diga suas verdades, não deixe passar a oportunidade, porém sem ofender ninguém, para que sejam ouvidas com atenção e não passem despercebidas. Este é o momento em que você pode abrir passagem e marcar território para que, no futuro, não precise voltar a antigos conflitos.

Libra

23/09 a 22/10

Será melhor escolher um dentre os muitos desejos que fazem seu coração ferver. Este é um momento em que seria muito fácil você se dispersar e, no fim, ficar a ver navios por ter perdido tempo indo atrás de muita coisa sem obter nenhum resultado. Um pouco mais de foco.

Escorpião 23/10 a 21/11

Faça poucos movimentos, mas procure ter o melhor desempenho possível na administração dos detalhes. Poucas e boas coisas farão a mágica que as grandes tentativas recentes não conseguiram. É hora de prestar atenção ao que normalmente você deixaria na mão de outrem.

Sagitário 22/11 a 21/12

A coerência vai ajudar bastante na comunicação. Ainda que se sinta livre para mudar de opinião e que você não goste que ninguém faça qualquer cobrança a respeito, neste momento vai ajudar muito você preservar mínima coerência para que as tarefas sejam completadas.

Capricórnio 22/12 a 20/01

Defenda seus interesses, mas não permita que isso tome todo seu tempo, porque há, também, a oportunidade de você dar o pontapé inicial em algumas coisas novas. Tente administrar seu tempo para que tudo seja feito com o mínimo de estresse e o máximo de alegria.

Aquário O livro de Johann Wolfgang von Goethe “criou”, segundo Marcus Vinicius Mazzari, “o gênero que mais tarde foi chamado de ‘romance de formação’ (Bildungsroman), a mais importante contribuição alemã à história do romance ocidental. (…) Goethe empreendeu a primeira grande tentativa de retratar e discutir a sociedade de seu tempo de maneira global, colocando no centro do romance a questão da formação do indivíduo, do desenvolvimento de suas potencialidades sob condições históricas concretas”.

21/01 a 19/02

Você não precisa ter sempre razão, mas tampouco seria o caso de ficar fazendo concessões o tempo todo. Assuma seus princípios e os defenda, sem fazer acordos. Este é um momento em que você, apesar das contrariedades, precisa marcar seu território sem buscar simpatias.

Peixes

20/02 a 20/03

Antes de tentar esclarecer alguém sobre algum assunto, procure aprofundar suas informações, pois este não seria um período em que emitir opiniões superficiais sairia impune. Nesta parte do caminho, seria melhor você silenciar do que se expor fazendo comentários que seriam questionados.


Sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

15ª CONFRATERNIZAÇÃO

DO MOTO CLUBE BIXO DO MATO Para celebrar as conquistas de mais um ano que passou e abrir oficialmente o calendário de eventos de 2017 com o pé direito, o Moto Clube Bixo do Mato reuniu cerca de 300 convidados, entre patrocinadores e amigos, domingo (29) no sítio São Sebastião, no Distrito de Bela Vista. A 15ª edição do almoço, como tradicionalmente acontece, foi regado a muita cerveja, churrasco e música. O Moto Clube reúne 48 membros e envolve ainda o trabalho de inúmeros colaboradores. Confira alguns momentos da festa:

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EDUCAÇÃO

Nova proposta começa a ser aplicada em 16 escolas da rede estadual este ano e objetivo é ampliar relação em 2018

Assim como o Brasil está se mobilizando para criação e estudo de novas propostas para o Ensino Médio, Santa Catarina também vem articulando a construção de novos currículos e estruturas para tornar o ensino mais atrativo para o jovem. Com os resultados apresentados pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2015, a redução das taxas de reprovação e abandono são as maiores preocupações. A partir de 2017, a Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina, o Instituto Ayrton Senna e o Instituto Natura começam a levar para a rede estadual de ensino uma proposta de educação integral e que segundo o Governo, vem apresentando excelentes resultados no Rio de Janeiro. Neste ano, 16 escolas da rede estadual terão aulas em período integral por quatro dias na semana e o objetivo é introduzir o novo método para outras escolas a partir de 2018. A proposta de Ensino Médio Integral vem sendo desenvolvida com sucesso no Colégio Estadual Chico Anysio, no Rio de Janeiro, onde é aplicada há quatro anos. Nesse período, o número de alunos com bons resultados em matemática foi 10 vezes maior que nas outras escolas da rede. Em português, o número foi 4 vezes maior. Pelos altos níveis de aprendizagem, o Colégio se destacou entre as melhores escolas públicas no Enem 2016, sendo o primeiro colocado entre as escolas de mesmo nível socioeconômico. Em 2015, nenhum aluno abandonou o ensino médio no Colégio Estadual Chico Anysio. A matriz curricular do novo ensino médio prevê matérias mais vinculadas ao cotidiano. Além das disciplinas obrigatórias, os novos alunos terão aulas de línguas estrangeiras (duas) — uma moderna e outra optativa —; projetos de vida (planejamento da própria carreira, inclusive no momento posterior à esco-

la, com a entrada em uma universidade, por exemplo); projetos de intervenção e pesquisa (resolução de problemas existentes na comunidade onde vivem ou na própria escola); e estudos orientados (uma espécie de grupo de estudos). A proposta é mesclar os conhecimentos em todas as aulas em contraponto ao formato “fragmentado, conteudista e pouco atento ao desenvolvimento e interesses dos jovens”, de acordo com o gerente de projetos na área de educação do Instituto Ayrton Senna, Helton Lima. “O aluno vai ter a experiência de um currículo totalmente integrado, em que os professores trabalham uma perspectiva de desenvolvimento de competên-

Divulgação

NOVA PROPOSTA DO ENSINO MÉDIO INICIA ESSE ANO EM SC cias cognitivas [matérias tradicionais] e socioemocionais [“novas” matérias] em todas as aulas. Quando eles podem escolher problemas que querem resolver na escola ou onde vivem, como um projeto de leitura na comunidade, eles estão sendo protagonistas, colaborativos, exercitam o pensamento crítico e ainda aprendem, porque terão a orientação dos professores”, explica.

Currículo também inclui um núcleo com novas disciplinas com projetos voltados a planejar o próprio futuro

PRINCIPAIS PROPOSTAS INTEGRAÇÃO DAS DISCIPLINAS As disciplinas tradicionais não são trabalhadas de modo separado, elas são organizadas em quatro áreas de conhecimento. O objetivo é articular teoria e prática. Há horários para cada aula, mas as diferentes matérias são aprendidas de modo articulado.

EDUCADORES INSPIRADORES Gestores e professores são preparados no aprimoramento de suas práticas pedagógicas e de gestão para que somem esforços no aprendizado dos alunos.

NÚCLEO DE PROJETOS O currículo inclui também um núcleo com novas disciplinas em que os alunos trabalham em projetos voltados a: planejar seu futuro, melhorar a realidade em que vivem, pesquisar e estudar. Nesses projetos, eles aprendem a trabalhar em equipe, usar o conhecimento para resolver problemas e concretizar seus sonhos.

ESTUDANTES PROTAGONISTAS Nessa escola, os jovens são reconhecidos como agentes de transformação que podem assumir um papel de corresponsabilidade pelo próprio desenvolvimento, de seus colegas e suas realidades. Para tanto, são convidados a ser, conviver, agir e aprender em colaboração com os adultos.

COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO 21 O desenvolvimento de competências socioemocionais envolve aprender a lidar com as próprias motivações e emoções; interagir com os outros; ter objetivos e persistir em alcançá-los; lidar com incertezas, diferenças e novidades; tomar decisões responsáveis. Essas competências são um poderoso canal para melhorar a qualidade da educação e diminuir as desigualdades dentro do sistema educativo.

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS A proposta de educação integral está orientada por um conjunto de competências, que articulam aprendizagens cognitivas e socioemocionais. Essa matriz é a referência de todas as práticas de ensino e atividades que ocorrem no dia a dia das escolas. Dessa forma, as ações têm sempre um guia para realizar uma intenção comum: a formação para autonomia dos estudantes, ou seja, sua capacidade de fazer escolhas bem fundamentadas para realização de seus projetos de vida.

COMO SERÁ A EDUCAÇÃO INTEGRAL PARA O ENSINO MÉDIO Dentro das 45 horas de programação semanal, os alunos terão 11 aulas por dia, das 7h30min às 17h15min, com intervalos de 15 minutos para lanche de manhã e à tarde, além de pausa para almoço por uma hora. Nas quintas-feiras, o horário é reduzido: das 7h30min às 12h15min. Nesse dia, os professores vão fazer reuniões e focar na parte pedagógica no período da tarde. As disciplinas tradicionais serão integradas em quatro áreas de conhecimento: matemática, linguagens, ciências humanas e ciências da natureza. Haverá um núcleo de projetos responsável por articular as disciplinas tradicionais aos projetos de vida dos alunos, relação com a comunidade e desenvolvimento das habilidades socioemocionais.

ESCOLAS COM NOVA PROPOSTA EM 2017

EEB Dom Jaime de Barros Câmara (Florianópolis); EEM Elfrida Cristiano da Silva (Itajaí); EEB Governador Ivo Silveira (Palhoça); EEB Nereu Ramos (Santo Amaro da Imperatriz); EEB Eng. Annes Gualberto, EEB Senador Rodrigo Lobo e EEB Presidente Médici (Joinville); EEB Prof. Heleodoro Borges (Jaraguá do Sul); EEB Mater Dolorum (Capinzal); EEB Almirante Barroso (Canoinhas); EEB São Vicente (Itapiranga); EEB Prof. Padre Schuler (Cocal do Sul); EEB Caetano Bez Batti (Urussanga); EEB Cordilheira Alta (Cordilheira Alta); EEB Leonor Lopes Gonzaga (Guatambu); EEB Coronel Ernesto Bertaso (Chapecó).


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SAÚDE

DIVE ALERTA PARA IMPORTÂNCIA DE DIAGNÓSTICO PRECOCE DA HANSENÍASE A hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito no SUS

Em alusão ao Dia Mundial de Combate à Hanseníase, celebrado no último domingo do mês de janeiro (29), a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) faz um alerta à sociedade para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento da hanseníase. Trata-se de uma doença infecciosa, crônica e contagiosa, que acomete principalmente a pele e os nervos periféricos, incluindo as orelhas, nariz, braços, mãos, perna e pés, e que também pode atingir outros órgãos. A hanseníase tem cura, mas, se não for diagnosticada e tratada, pode causar deformidades físicas. Santa Catarina é um estado considerado como de baixa endemicidade pelo Ministério da Saúde (MS), apresentando taxa de detecção de 2,5 por 100 mil habitantes. Em 2015, foram diagnosticados 170 casos novos de hanseníase em território catarinense. No mesmo ano, o percentual de cura dos novos casos foi de 92%. E 83,1% dos contatos domiciliares dessas pessoas foram examinados. Dos 170 novos casos notificados, 10,9% eram do grau 2 de incapacidade física - percentual considerado alto e que sugere diagnóstico tardio da doença e com sérias incapacidades físicas. “No ano passado, as ações desen-

volvidas para controlar a hanseníase no estado foram a busca ativa de portadores e dos contatos domiciliares dessas pessoas, tratamento oportuno e adequado, monitoramento, capacitação e a divulgação de informações sobre a doença à sociedade. Ressaltamos, também, a importância da intersetorialidade e a integração das ações da Vigilância Epidemiológica e da Atenção Básica”, disse Nadmari Céli Grimes, técnica responsável pela Divisão de Doenças Crônicas Transmissíveis da DIVE/SC, na qual está inserido o setor de hanseníase.

A DOENÇA, OS SINTOMAS E O TRATAMENTO A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, causada pela bactéria Mycobacterium leaprae, que tem atração por pele e nervos, podendo causar atrofias e áreas de insensibilidade. Caso a bactéria atinja o nervo, pode causar incapacidades muitas vezes irreversíveis. A transmissão se dá pelas vias aéreas, por meio do contato entre uma pessoa infectada com uma saudável suscetível. As manchas causadas não doem e não coçam e o período de incubação da doença é de cinco anos. No entanto, a doença pode gerar sérias incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou o tratamento não for realizado adequadamente pelo período preconizado. A doença se desenvolve dependen-

do das condições do sistema imunológico do indivíduo ao qual foi transmitido o bacilo. Entre os principais sintomas, que podem demorar de 2 a 7 anos para se manifestar, estão manchas na pele com alterações de cor e de sensibilidade (a pessoa pode se queimar ou cortar sem sentir dor), dormência, queda de pelos e o comprometimento de nervos periféricos, levando à perda da força dos músculos inervados por tais nervos. Além do diagnóstico, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para hanseníase, disponível em todas as unidades públicas de saúde. A poliquimioterapia (PQT), uma associação de medicamentos que evita a resistência do bacilo, deve ser administrada por seis meses ou um ano a depender do caso. Os pacientes deverão ser submetidos, além do exame dermatológico, a uma avaliação neurológica simplificada e sempre receber alta por cura. O tratamento da hanseníase é feito por via oral, com a administração de um coquetel de antibióticos, cujas doses e tempo variam conforme a classificação da doença (Paucibacilar-PB ou Multibacilar-MB). O paciente deve tomar uma dose mensal na Unidade de Saúde (dose supervisionada) e as demais serão autoadministradas (pelo paciente em sua moradia), adotando, ao mesmo tempo, cuidados com olhos, mãos e pés para prevenção de incapacidades. A pessoa que convive com o doente também dever ser examinada.

CASOS NO BRASIL Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), foram registrados mais de 213 mil casos de hanseníase em 2014 em todo o mundo. Aproximadamente 94% desse total foram detectados em apenas 13 países e o Brasil é um deles. Os dados da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram ainda que Brasil, Índia e Indonésia juntos, são responsáveis por 81% dos casos da doença em todo o mundo. Endêmica no Brasil, a hanseníase ainda é um problema de saúde pública e está no rol das doenças negligenciadas. Apesar disso, o último balanço sobre a doença – divulgado em 2015 – trouxe resultados positivos. A análise de 2003 a 2013 mostrou que o número de novos casos no país caiu 40%. As taxas de prevalência da doença em dez anos caíram em 68% e o percentual de cura aumentou para 80%.


Sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

INCENTIVO

GOVERNO LANÇA NOVA EDIÇÃO DO PROGRAMA TERRA-BOA Com investimentos de R$ 50,9 milhões, Governo de SC lança nova edição do Programa Terra-Boa em Pinhalzinho

O Governo do Estado deve beneficiar 70 mil agricultores com o Programa Terra-Boa neste ano. Os investimentos serão de R$ 50,9 milhões para subsidiar a aquisição de 220 mil sacos de sementes de milho, 300 mil toneladas de calcário, 1,1 mil kits forrageira e 350 kits apicultura. O programa foi lançado oficialmente na quarta-feira (25), pelo secretário de Estado da Agricultura e Pesca, Moacir Sopelsa, durante a abertura da Itaipu Rural Show, em Pinhalzinho, no Oeste catarinense. O convênio foi firmado entre a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de Santa Catarina (Fecoagro). Com o programa, o Governo do Estado quer aumentar a produtividade nas lavouras catarinenses, além de incentivar os investimentos na melhoria de pastagens e na apicultura. Os produtores têm acesso, ainda, a sementes de milho de alta tecnologia, obtendo maior produtividade por área plantada. O secretário da Agricultura destacou que, mesmo com apenas 1,12% do território nacional, Santa Catarina se consolida como grande produtor de alimentos. Conforme Sopelsa, o estado tem quase 90% das propriedades rurais classificadas como de agricultura familiar e é o primeiro produtor nacional de suínos, cebola, maçã, ostras, mexilhões e pescados. “Isso prova que as pequenas propriedades podem gerar renda e desenvolvimento. Nosso estado consegue produzir muito, porque as pessoas trabalham incansavelmente. E o programa Terra-Boa atua para apoiar e desenvolver ainda mais a atividade”, salientou. Em 2016, o Terra-Boa distribuiu 206 mil sacas de semente de milho, maior volume em 20 anos. Foram disponibilizadas também mais de 220 mil toneladas de calcário. Ao todo, aproximadamente 70 mil agricultores catarinenses foram beneficiados. Para participar do Programa Terra-Boa os agricultores devem procurar o escritório da Epagri e retirar um documento chamado aviso de retirada. Com o documento fornecido pela Epagri em mãos, o produtor deve ir até uma cooperativa ou casa agropecuária credenciada para retirar o calcário, semente de milho ou forrageira.

A DISTRIBUIÇÃO DO TERRA-BOA CALCÁRIO: A distribuição de calcário é feita em duas modalidades: via cooperativa ou direto das minas. Com o calcário direto das minas, o produtor fica responsável pelo transporte. No caso do calcário via cooperativa o produtor paga o equivalente em sacos de milho consumo tipo II (60 kg), pelo preço de referência fixado no início de cada ano - o produto é disponibilizado para ser retirado próximo à propriedade rural. Cada família rural tem direito a uma cota de 30 toneladas de calcário que serão pagas no próximo ano com o produto da colheita. SEMENTES DE MILHO: As sementes que podem ser adquiridas pelo produtor incluem sementes de médio até altíssimo valor genético, seguindo as relações de troca. Para cada saca de 20kg de sementes, classificadas nos determinados grupos, o produtor deverá ressarcir a diferença entre o preço de venda menos os respectivos valores dos subsídios, cujo montante será convertido em quantidade de sacas de produto de 60kg de milho consumo tipo II, utilizando como base o preço unitário de referência fixado em R$ 25. KIT FORRAGEIRA: O kit forrageira é formado por mais de 80 produtos fornecidos a partir de um projeto técnico elaborado pela Epagri. O valor do kit é R$ 6 mil, e pode ser pago em três parcelas anuais, sem juros, ou caso o produtor queira pagar no primeiro ano terá um desconto de 30% incidente sobre a segunda parcela e 60% sobre a terceira. KIT APICULTURA: Cada kit é composto por seis colmeias, com ninho e duas melgueiras; cera alveolada para seis colmeias; formão; dois macacões completos com máscara; dois pares de luvas e um fumegador, cobertura ecológica, arames, esticador de arame, rainha, núcleo Langstoth, alimentador de cobertura, luvas e jaleco. O kit custa cerca de R$ 2 mil, e o produtor terá dois anos de prazo para pagamento, com parcela anual. Se o pagamento for único, haverá subvenção de 60% sobre o valor da segunda parcela. Abelhas rainhas: Fornecimento de no máximo 150 rainhas por produtor, limitado a R$ 8 por rainha.

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FESTA

MUDANÇA

JOÃO NETO E FREDERICO NOS 136 ANOS DE CAMPOS NOVOS

EUA MUDAM REGRAS DE EMISSÃO DE VISTO PARA OS BRASILEIROS

O decreto de controle imigratório assinado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também trouxe mudanças na concessão do visto para brasileiros que quiserem viajar ao país. Segundo a assessoria de imprensa da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, grupos que eram isentos da entrevista pessoal, agora terão de passar pelo procedimento. Com as novas regras, solicitantes que renovassem os vistos na mesma categoria, até 48 meses após o vencimento; brasileiros e argentinos, entre 14 e 15 anos, e entre 66 e 79 anos, que solicitavam vistos pela primeira vez, terão de fazer a entrevista. Antes, esses grupos eram isentos. As exceções são para solicitantes de vistos diplomáticos e oficiais de governos estrangeiros e organizações internacionais, pessoas com idade inferior a 14 anos ou superior a 79 anos e aqueles que anteriormente tinham um visto na mesma categoria e que expirou menos de 12 meses antes do

novo pedido. “O governo dos Estados Unidos está empenhado em facilitar viagens legítimas de visitantes internacionais e ao mesmo tempo garantir a segurança de suas fronteiras”, informou a embaixada, em nota. A embaixada orienta aos solicitantes de vistos que revisem as alterações anunciadas no decreto presidencial, incluindo o programa de entrevista de visto, para saber se estas mudanças afetarão a categoria de visto. O decreto está disponível, em português, na página da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Na sexta-feira (27), Trump determinou novos mecanismos de con-

O GOVERNO DOS EUA ESTÁ EMPENHADO EM FACILITAR VIAGENS DE VISITANTES E TAMBÉM GARANTIR A SEGURANÇA DE SUAS FRONTEIRAS, INFORMOU A EMBAIXADA

trole de imigrantes e refugiados nos Estados Unidos, para, segundo ele, impedir a entrada de terroristas no país. Uma das medidas barra a entrada de cidadãos do Iraque, Síria, Irã, Sudão, Líbia, Somália e Iêmen por 90 dias. O decreto suspende, a entrada de refugiados por 120 dias, até que os procedimentos de admissão sejam revistos.

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Grupos que eram isentos da entrevista pessoal, agora terão de passar pelo procedimento

Atração principal foi confirmada nesta semana pela Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo

A prefeitura de Campos Novos confirmou nesta semana, a contratação da atração principal da festa de 136 anos de Campos Novos. A dupla sertaneja João Neto e Frederico irão se apresentar em palco montado na praça no dia 30 de março, finalizando a programação de aniversário. A íntegra da programação deve ser divulgada nas próximas semanas, segundo a Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo. As comemorações devem iniciar desde as 8h na Praça Lauro Müller, com apresentações de artistas da região, encerrando com o show nacional, além de um bolo de 136 metros e mateada. Durante o mês de março, a Secretaria ainda programa outras

atividades em alusão aos 136 anos de Campos Novos. O orçamento para realização da festa foi anunciado em R$ 150 mil, sendo a contratação da dupla em R$ 98 mil. Em maio, a secretaria está programando uma feira da indústria, comércio e agronegócio no Parque Leônidas Rupp, em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Acircan e Sindicato dos Produtores Rurais. A feira, nos moldes da extinta Expocampos, será nos dias 19 a 21 de maio, com programação gratuita. Haverá shows nacionais e apresentações de artistas da região, além de exposição de gado e leilão, em mais uma edição da Feira do Terneiro e da Terneira.


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AGRONEGÓCIO

COOCAM REALIZA DIA DE CAMPO EM BARRACÃO E LEBON RÉGIS

Em 2017, a Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam) realiza dois eventos especiais para apresentar aos produtores rurais, as inovações tecnológicas do agronegócio. A 10ª edição do Dia de Campo de Barracão acontece no dia 11 de fevereiro e no dia 04 de março, é a vez de Lebon Régis sediar o evento. Com a participação de empresas de sementes de soja e híbridos de milho, defensivos e fertilizantes, os eventos da Coocam buscam aproximar o homem do campo à cooperativa, repassar informações sobre novos produtos das empresas parceiras e também apresentar na lavoura, as novidades de cada empresa. Neste ano, uma das novidades presentes nos eventos, será a apresentação de novas cultivares de sementes de soja da empresa Bayer.

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10ª Edição do Dia de Campo no Campo Demonstrativo de Barracão acontece em fevereiro. Evento em Lebon Régis será em março

• Recanto Vista Azul do Distrito de Bela Vista – Campos Novos convida para almoço e Torneio de Pênaltis, dia 12 de fevereiro. Cardápio: Porco Paraguaia, carne de gado, mandioca, farofa, pão e saladas. Valor R$ 20,00. Levar talheres. Às 13h30 - início do Torneio (duplas e individual). Premiação: 1º lugar: Um boi de 250 quilos; 2º lugar: Um boi de 150 quilos; 3º lugar: Um porco de 50 quilos; 4º lugar: Um porco de 40 quilos. Valor da inscrição: R$ 25,00. Haverá Gaita e viola com os amigos. • A Comunidade da Capela Santa Rita Sarandi convida para tradicional Festa em Honra Santa Rita. Será dia 05 de março. Programação: às 10h30 – Santa missa; 12h – almoço com churrasco, saladas e bebidas em geral; à tarde jogos e diversões. Desde já a comunidade agradece.

COOCAM E PARCEIROS APRESENTARÃO AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS DO AGRONEGÓCIO Segundo o Engenheiro Agrônomo Helan Paulo Paganini, a equipe da Coocam e os representantes das empresas apresentarão também um reposicionamento de aplicação e manejo de lavouras com alguns defensivos que fazem parte do portfólio de produtos da Cooperativa. Os eventos de Barracão e de Lebon Régis terão início às 9h30 e seguem por todo o dia, com a for-

FACILIDADE

mação de pequenos grupos, que recebem orientações e apresentação do portfólio de cada uma das empresas participantes. As empresas parceiras da Coocam na realização dos Dias de Campo de Barracão e de Lebon Régis são: Basf, Bayer CropScience, Syngenta, Fecoagro, Microquímica, Brasmax, FMC, Agroeste, Sementes Santa Helena e Pioneer Sementes.

BOLETO BANCÁRIO PODERÁ SER PAGO EM QUALQUER AGÊNCIA APÓS VENCIMENTO Boletos serão registrados em uma única plataforma até o fim do ano

SAFRA DE UVAS DE ALTITUDE DE SC TERÁ INCREMENTO DE 30%

A safra de uvas de altitude de Santa Catarina em 2017 será 30% maior do que no ano passado, com um total previsto de 1,6 milhão de toneladas colhidas. “O inverno mais rigoroso e as estações mais definidas garantiram a dormência correta dos parreirais e a boa maturação dos frutos”, explica Guilherme Grando, presidente da Vinho de Altitude – Produtores Associados e proprietário da Vinícola Villaggio Grando, de Água Doce. Para comemorar a colheita, entre 3 e 26 de março acontece a 4ª Vindima de Altitude, circuito cultural itinerante e gratuito realizado no centro de São Joaquim e nas vinícolas da Serra e do Meio Oeste catarinense, sempre nos fins de semana (de sexta-feira a domingo). O incremento na safra é uma boa notícia para os produtores que, em 2016, também em função do clima – geada tardia em setembro e excesso de chuvas –, viram a colheita ser 30% menor do que no ano anterior, alcançando 1,2 milhão de tonelada.

Divulgação

Safra de uvas de altitude será 30% maior do que no ano passado, com um total previsto de 1,6 milhão de toneladas colhidas em SC

PREVISÃO É DE QUE COLHEITA DA UVA ATINJA 1,6 MILHÃO DE TONELADAS Segundo Grando, o potencial de colheita para as uvas de altitude é de 2 milhões de toneladas, volume que deve ser alcançado em 2018, se permanecer o mesmo clima favorável. As principais uvas produzidas são Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay e Sauvignon Blanc, mas a partir deste ano começam também ser colhidas variedades italianas (Sangiovese e Montepulciano) e portuguesas (Touriga Nacional), que se adaptaram muito bem ao clima da Serra e Meio Oeste catarinense e cujos rótulos devem chegar ao mercado até 2018. O cenário, conforme Grando, está muito favorável para o vinho

catarinense de altitude. “Existe um interesse cada vez maior pelo nosso produto, que está focado em qualidade, não em volume”, afirma. “O consumo vem aumentando cerca de 15% ao ano nos últimos dois anos, o que tem motivado o incremento na produção e o lançamento de novos rótulos, além de investimentos no enoturismo”, argumenta. Das 35 vinícolas produtoras de uva da área de atuação da Vinho de Altitude, 20 produzem e comercializam cerca de 160 rótulos, alguns deles premiados no Brasil e no exterior. São 1,4 milhão de garrafas, com um faturamento estimado em R$ 150 milhões.

A partir de março, boletos bancários poderão ser pagos em qualquer agência após o vencimento. A novidade, que deve facilitar a vida de muita gente, foi divulgada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A entidade está desenvolvendo um sistema que busca garantir mais segurança e evitar fraudes milionárias ­ possibilitando que todos os boletos passem a ser registrados em uma única plataforma até o fim do ano. A mudança também trará o benefício do pagamento do boleto em qualquer agência. Segundo a Febraban, o número de boletos emitidos no país

chegou a 3,7 bilhões em 2015. A quantidade chamou a atenção de quadrilhas especializadas em fraudes, que conseguiram aplicar golpes no ano passado que somam R$ 320 milhões. A nova plataforma também deve evitar problemas como erro no preenchimento de informações e o pagamento de títulos em duplicidade. As mudanças ocorrerão de forma gradual até o fim do ano. Em março, entrarão no sistema os boletos com valor acima de R$ 50 mil. Após dois meses, será a vez da fatura a partir de R$ 2 mil. Até dezembro, todas as faturas, independentemente do valor, entrarão no sistema. Reprodução

VITICULTURA


Sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017


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