Folha Independente Nº 270 01/03/2019

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ESPORTE

MUNICIPALISMO

Município cria programa bolsa atleta

FECAM e TCE tratam de estudo sobre fusão de municípios

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Parcialmente nublado

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Min 15° Max 26°

Campos Novos (SC), sexta-feira, 1° de março de 2019 • Ano 5 - Nº 270 • R$ 3,50

SANCIONADA LEI MUNICIPAL QUE PUNE COM MULTAS MAUS-TRATOS A ANIMAIS Sancionada neste mês pelo prefeito Silvio Alexandre Zancanaro e autoria do vereador Marciano Dalmolin, infratores que cometerem maus-tratos e abandono de animais serão punidos com multa que variam até R$ 650 reais. Executivo ainda precisa expedir um decreto regulamentando a lei para sua efetiva aplicação.

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CONTAS PÚBLICAS

Prefeitura apresenta balanço das contas de 2018

SHOW TECNÓLOGICO Esse é o nome que o Dia de Campo Copercampos passará a se chamar em 2020, condizente a difusão de tecnologia para o campo

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AGRO Página 13

Fórum Mais Milho é realizado em Campos Novos Página 14


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Sexta-feira, 1° de março de 2019

DA REDAÇÃO

PREVISÃO DO TEMPO HOJE

PONTOS NEVRÁLGICOS

Sol com poucas nuvens

DOMINGO

Ensolarado

Max 27° Min 15°

Max 28° Min 16° Fonte: weather.com/Google

você fotógrafo

Anna Paola Cordi fotografou um dos cartões postais de Campos Novos, a Fazenda São Domingos.

DESCE

SOBE

VIOLÊNCIA

DENGUE O número de casos prováveis de dengue registrados no Brasil em janeiro deste ano mais que dobrou em comparação ao mesmo período de 2018. De acordo com o Ministério da Saúde, até o dia 2 de fevereiro, o aumento era de 149%, passando de 21.992 para 54.777 casos prováveis – uma incidência de 26,3 casos por 100 mil habitantes. Ainda segundo a pasta, foram registradas, até o momento, cinco mortes provocadas pela doença, sendo uma no Tocantins, uma em São Paulo, duas em Goiás e uma no Distrito Federal. Em 2018, foram notificados 23 óbitos por dengue. Por meio de nota, o ministério avaliou que os dados epidemiológicos alertam para a necessidade de intensificação das ações de eliminação de focos do Aedes aegypti em todas as regiões do país. “São ações que envolvem gestores estaduais, municipais, governo federal e a população”.

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Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública estima que mais de 16 milhões de mulheres, cerca de 27,35% das brasileiras, sofreram algum tipo de violência durante o ano passado. De acordo com a pesquisa, 536 mulheres são agredidas por hora no país, sendo que 177 sofrem espancamento. A pesquisa do Instituto Datafolha ouviu 2.084 pessoas em 2018. Mais da metade (52%) das entrevistadas declarou que não procurou ajuda após as agressões; 15% falaram sobre o assunto com a família; 10% fizeram denúncia em delegacias da mulher; 8% procuraram delegacias comuns; 8% procuraram a igreja e 5% ligaram para o telefone 190 da Polícia Militar. A violência foi cometida, em 76,4% dos casos, por conhecidos, como cônjuge (23,9%), ex-cônjuge (15,2%), irmãos (4,9%), amigos (6,3%) e pais (7,2%).

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A proposta de emenda constitucional da reforma da Previdência tramitará primeiro na Câmara dos Deputados, e o presidente da casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já disse, na segunda-feira, quais devem ser os pontos que causarão mais atrito com os parlamentares. Segundo o deputado, as novas regras para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e para a aposentadoria rural, além do novo tempo mínimo de contribuição, serão entraves na discussão da proposta. À primeira vista, pareceria até que, removidos esses obstáculos, teríamos tudo para prever uma tramitação fácil da reforma na Câmara, mas o país inteiro sabe que não será bem assim. É natural, em qualquer negociação, que as partes iniciem com demandas “impossíveis” para que se consiga o desejado. A reforma da Previdência certamente tem dispositivos dos quais o governo pode abrir mão, e alguns deles podem ter sido desenhados com essa dinâmica de negociação em mente. Seriam os “bois de piranha”, elaborados sob medida para atrair a oposição dos parlamentares e da opinião pública, levando o governo a recuar, demonstrando flexibilidade sem que tenha de mexer no que está na essência da reforma. A questão é saber até que ponto os itens elencados por Maia estão nessa categoria, ou se também são importantes para a reforma. O BPC e a aposentadoria rural, no entanto, não são as únicas pedras no sapato do governo, já que o corporativismo também já começou a se manifestar. Servidores públicos muitíssimo bem remunerados pretendem ir ao Supremo Tribunal Federal, se for preciso, contra a alíquota de 22%, que consideram “confisco” – isso apesar de a alíquota incidir apenas sobre o valor que superar os R$ 39,3 mil, e não sobre o salário total. Um dos que já prometeram recorrer à via judicial é o presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Guilherme Feliciano. O governo não pode ignorar a suscetibilidade dos parlamentares às pressões do funcionalismo, que tentarão minar o princípio de que quem recebe mais terá de contribuir mais – este, sim, um pilar essencial da reforma. A oposição a itens específicos da reforma e a fome de cargos do “Centrão” – que Bolsonaro não saciou quando montou seu primeiro escalão – são os grandes desafios que o governo terá no Congresso. Rodrigo Maia acredita que os deputados podem ser convencidos com o argumento de que, se não houver reforma, também não haverá dinheiro nos cofres públicos para as emendas parlamentares que os políticos tanto amam. Mas não deixa de ser desanimador perceber que, a julgar pelo que diz o presidente da Câmara, apenas o apelo à responsabilidade pura e simples não bastará para conseguir apoio a uma proposta que é essencial para o futuro do Brasil.

A opinião expressa em artigos assinados é de responsabilidade de seus autores, não expressando necessariamente a opinião da Folha Independente.

Parcialmente nublado

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Sexta-feira, 1° de março de 2019

OPINIÃO AUTOPESQUISA: POR QUE OLHAR PARA SI? Por Jairo Nunes dos Santos Júnior É comum que prestemos atenção às atitudes e discursos dos outros. Observamos e, muitas vezes, julgamos. Por vezes ficamos aborrecidos, espantados e indignados, impressões que se tornam tema de conversas, foco dos pensamentos e atenções. É possível transformar este comportamento não benéfico em algo positivo, olhar para o outro nos ajuda a analisar problemas encontrados e buscar paralelos em nós mesmos. Em algum momento, paramos de observar o exterior e focamos a atenção no que pensamos, sentimos e fazemos. Da observação surgirá uma pergunta simples, muitas vezes associada ao comportamento infantil: Por quê? Com esta interrogação básica, caminharemos para a autopesquisa, que nos trará autoconhecimento. Tudo é passível de ser observado e questionado. Quando conseguirmos as respostas, mesmo incompletas e insatisfatórias, surgirão novas perguntas e observações sobre quem somos, como um quebra-cabeça pouco a pouco, as peças se encaixam. Não raro os achados ferem o ego e mostram que não somos tão bons ou evoluídos quanto pensamos, mas também evidenciaram qualidades e forças desconhecidas. Os traços positivos, uma vez reconhecidos, associados à vontade firme e o respeito ao tempo individual poderão ser usados para o próprio crescimento. Como exercício peça a alguém indicar três traços positivos e negativos que observa em você. O importante é refletir sobre as reações ao receber o parecer do outro, não se estão certas ou erradas. Quais sentimentos foram despertados? Houve o impulso de se defender? Por quê? O que pensamos, sentimos e fazemos ao receber tais informações, é uma rica fonte de dados para autopesquisa. Podemos criar hipóteses passíveis de serem testadas. Nos tornarmos cobaias, laboratório e pesquisadores ao mesmo tempo. A autopesquisa é uma alavanca para o crescimento pessoal e, pela força do exemplo, ferramenta para a evolução do grupo no qual vivemos. Sejamos todos pesquisadores autocríticos.

Jairo Nunes dos Santos Júnior, dentista, voluntário Orthocognitivus, uma Associação Internacional para Implantação da Cognópolis em SC. Para informações, acesse: orthocognitivus.org

CONTAS PÚBLICAS

PREFEITURA TEM INCREMENTO DE 10,98% NAS RECEITAS DE 2018 Arrecadação foi de R$ 130,537 milhões para suprir uma despesa de R$ 126,596 milhões em 2018

As receitas da prefeitura de Campos Novos, composta pela arrecadação de impostos e transferências correntes de outras entidades governamentais cresceu 10,98% em 2018, em comparação com o ano anterior. Em relação a meta orçamentária prevista na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018, a prefeitura superou em 6,46%, fechando o ano com receitas de R$ 130,537 milhões, sendo a previsão inicial de R$ 122,622 milhões. Os números foram apresentados durante a audiência pública sobre as metas fiscais do 3º quadrimestre de 2018, realizada na noite de segunda-feira (25), na Câmara de Vereadores. Em relação as despesas liquidadas em 2018 (despesas de serviços já executados pelos fornecedores), a prefeitura disse que gastou R$ 126,596 milhões, com um superávit orçamentário de R$ 3,941 milhões. Para cumprir os restos a pagar que ficaram para 2019, em torno de R$ 4,780 milhões, a prefeitura disse que existem recursos garantidos em caixa para quitar os compromissos com os fornecedores. Outro valor em caixa, vem de um fundo de reserva de pouco mais de R$ 6 milhões, composto pela antecipação de depósito referente ao valor do processo judicial movido contra a Enercan e no caixa desde a gestão de Nelson Cruz. Esse fundo não pode ser utilizado e serve para garantir a restituição de parcelas, caso a Enercan obtenha vitória no processo judicial que ainda está em fase de recurso. Quanto as aplicações em saúde, a Administração disse que investiu acima do percentual exigido em lei, mínimo de 15% da arrecadação bruta dos impostos. Conforme a prefeitura, os investimentos em saúde alcançaram a soma de R$ 23,442 milhões, sendo que a receita dos impostos para a base de cálculo atingiu R$ 90,945 milhões, fechando um percentual de 25,78%. Em 2017, os gastos com saúde foram de R$ 30,1 milhões.

Já na educação, onde o mínimo constitucional é 25%, o município disse que investiu 36,72% da receita dos impostos, o que chega a R$ 33,397 milhões. Em 2017, os investimentos em educação somaram R$ 37,6 milhões. Quanto a aplicação obrigatória de 60% dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) na remuneração dos profissionais do magistério da educação básica, a prefeitura apresentou investimentos de 93,02% dos recursos. Esse fundo teve receita total de R$ 18,781 milhões e investimentos de R$ 17,471 milhões. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), 60% da receita corrente líquida (RCL) dos últimos 12 meses é o máximo que uma prefeitura pode gastar com a folha, incluindo a Câmara de Vereadores. Em 2018, Legislativo e Executivo de Campos Novos destinaram 56,29% da receita para o pagamento do funcionalismo, permanecendo dentro do limite prudencial permitido pela lei (57%). O valor para efeito do cálculo informado foi de R$ 128,498 milhões de RCL. No entanto, se contabilizar somente o Poder Executivo, o limite máximo com gastos do

funcionalismo foi extrapolado. A LRF estabelece o limite de 54% da receita corrente líquida apurada nos últimos 12 meses e os gastos com funcionalismo da prefeitura alcançaram 54,47%, com gastos de R$ 69,996 milhões. Já os gastos com folha de pagamento na Câmara de Vereadores foram de R$ 2,329 milhões em 2018. Questionado sobre a extrapolação dos limites da LRF pelo Executivo, o secretário de finanças, Dari Oreste Scaraboto esclareceu que com as rescisões dos contratos dos servidores temporários no fim do ano, impactou na elevação do índice da folha. De outro lado, o secretário disse que a prefeitura espera um incremento nas receitas, tendo em vista que o índice está relacionado diretamente com as receitas arrecadadas. “Uma das formas de diminuir o índice é aumentar a arrecadação. O georeferenciamento vai proporcionar um incremento das receitas, sem aumentar impostos. Vai atualizar a planta imobiliária e essas 5 mil unidades residenciais que não estavam pagando o IPTU adequadamente, estimamos que se todos pagarem, haverá um incremento em torno de 40% do valor do IPTU deste ano”, explicou Dari. A receita do IPTU em 2018, foi de R$ 2,077 milhões.

EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO Órgão Administração Educação Assistência Social Agricultura Habitação Industria Transportes Comércio e Turismo Urbanismo Esporte e Lazer Cultura SAMAE Saúde Gestão Ambiental Poder Legislativo Segurança Pública Encargos Especiais Total

Previsão 2018 (R$) 5.979.572,00 41.059.440,00 3.776.928,00 1.431.000,00 561.000,00 1.024.600,00 8.133.600,00 280.000,00 7.999.000,00 2.070.000,00 520.000,00 8.764.000,00 32.518.460,00 203.000,00 3.600.000,00 832.000,00 3.869.000,00 R$ 122.622.000,00

Realizado 2018 (R$) 8.640.885,29 40.416.083,59 4.162.433,55 1.660.900,83 117.067,72 1.461.946,45 8.920.007,33 274.372,33 7.921.566,98 1.710.858,00 409.759,31 9.106.906,81 34.181.579,85 143.449,43 2.363.440,64 736.904,12 4.368.094,32 R$ 126.596.256,55


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Sexta-feira, 1° de março de 2019

JUSTIÇA ELEITORAL

MAIS DE 2,6 MILHÕES DE ELEITORES PODERÃO TER O TÍTULO CANCELADO Eleitores faltosos precisam regularizar situação entre 7 de março a 6 de maio

Um total de 2.645.785 eleitores identificados como faltosos pela Justiça Eleitoral poderão ter o título cancelado caso não regularizem sua situação no período de 7 de março a 6 de maio. Desde a semana passada, os cartórios eleitorais disponibilizam ao público as relações contendo os nomes e os números dos títulos desses cidadãos. Em Santa Catarina, a relação de eleitores identificados pelo TSE como faltosos em três eleições consecutivas pode ser conferida no site do TRE/SC. Eleitor faltoso é aquele que não votou nem justificou a ausência nos três últimos pleitos (regulares ou suplementares), sendo cada turno considerado uma eleição. Conforme previsto no parágrafo 1º do artigo 7º da Lei nº 4.737/1965 (Código Eleitoral), enquanto não regularizar sua situação junto à Justiça Eleitoral, o eleitor estará sujeito a uma série de impedimentos (veja lista abaixo). Os prazos para a execução dos procedimentos relativos ao cancelamento dos títulos eleitorais, bem como para a regularização da situação dos eleitores que deixaram de votar nas três últimas eleições e de justificar o voto, estão previstos na Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 23.594/2018. Ainda segundo o cronograma, a Justiça Eleitoral cancelará, no período de 17 a 20 de maio, as inscrições dos eleitores que não tiverem regularizado sua situação até a data-limite estabelecida. Enquanto os cancelamentos estiverem sendo efetuados, não serão feitas atualizações no cadastro eleitoral. A partir do dia 21 de maio, as atualizações cadastrais serão retomadas, e a Justiça Eleitoral divulgará, a partir do dia 24 do mesmo mês, as relações contendo os nomes dos eleitores e os números dos respectivos títulos cancelados por ausência aos três últimos pleitos.

Conforme a Justiça Eleitoral, comunicados não são enviados por e-mail e que os eleitores devem redobrar os cuidados ao receber mensagens nesse sentido. Mensagens falsas começaram a circular contendo comunicados de cancelamento do documento e, em geral, pedem a atualização de dados cadastrais com link de origem duvidosa. Para se certificar de que não há pendências em seu documento, o eleitor deve consultar sua situação na página do TSE ou no cartório eleitoral mais próximo de sua residência. Dados estatísticos divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que o maior número de faltosos foi

registrado na região Sudeste, somando um total de 1.319.454 eleitores. São Paulo foi o estado brasileiro com mais cidadãos nessa condição (717.653), seguido do Rio de Janeiro, com 312.783. Em terceiro lugar, está Minas Gerais, com 239.710 eleitores faltosos, seguido do Rio Grande do Sul, com 126.255, e do Paraná, com 114.625. Roraima foi a unidade da Federação com menos eleitores faltosos: 5.836. Já a faixa etária com mais cidadãos na situação de faltoso foi a de 25 a 34 anos, com 838.890 pessoas. Em seguida, estão os eleitores de 35 a 44 anos, com 609.616 eleitores faltosos; de 45 a 59 anos, com 489.339; e de 21 a 24 anos, com 421.089.

CONHEÇA OS IMPEDIMENTOS PARA O ELEITOR QUE NÃO REGULARIZAR A SITUAÇÃO • Obter passaporte ou carteira de identidade; • Receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou paraestatal, bem como de fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição; • Participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos estados, dos territórios, do Distrito Federal, dos municípios ou das respectivas autarquias; • Obter empréstimos nas autarquias, nas sociedades de economia mista, nas caixas econômicas federais e estaduais,

nos institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades celebrar contratos; • Inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, e neles ser investido ou empossado; • Renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; • Praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda; • Obter certidão de quitação eleitoral, conforme disciplina a Resolução-TSE nº 21.823/2004; • Obter qualquer documento perante repartições diplomáticas a que estiver subordinado.


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Sexta-feira, 1° de março de 2019

“É preciso endurecer a lei antiterrorismo” Camilo Santana, governador do Ceará governo, enfrentei uma greve de agentes penitenciários. Começaram a acontecer motins nos presídios. Na época, para que não houvesse carnificina nos presídios, a secretaria decidiu fazer uma separação por facções. Foi uma decisão momentânea pela necessidade de resguardar os presos dentro das unidades. Agora, corrigindo isso, começamos a fazer uma nova ação, em que não reconhecemos as facções e tratamos presos como presos. Estamos separando-os por nível de condenação, que é o correto, que é o que a lei diz que tem que ser feito. Os presos de maior gravidade são separados, o que permite isolar os líderes, mas não há mais divisão por facção dentro dos presídios do Ceará.

Durante o mês de janeiro, o Ceará sofreu 283 ataques de facções criminosas em 56 dos seus 184 municípios. A violência afetou principalmente a região metropolitana de Fortaleza e foi uma reação das facções à decisão do governo de mudar os critérios para a alocação dos detentos nos presídios do estado. Diariamente, ônibus e carros eram queimados, postos de saúde, atacados, e viadutos, bombardeados. A Força Nacional foi enviada para ajudar o governador Camilo Santana (PT) a debelar a crise. Mas a situação ainda é muito instável e novos crimes e atentados podem acontecer a qualquer momento. Os presídios cearenses estão superlotados e há um esforço permanente de aliciamento de jovens sem passagem pela polícia para cometer os ataques. “O Ceará deu um passo importante no combate ao crime organizado”, diz Santana em entrevista à ISTOÉ. “Mas é fundamental que o Brasil esteja unido nessa luta. Não podemos mais permitir que bandidos tenham regalias e deem ordens e comandos de dentro do presídio, o que acontece no País inteiro.” Santana cumpre seu segundo mandato à frente do governo do Ceará.

Mesmo com a interrupção dos ataques, o senhor pediu a permanência da Força Nacional no Ceará por mais 30 dias. Por quê? Nós continuamos com nossas forças de prontidão e, caso ocorra alguma coisa, estamos preparados para reagir. O que aconteceu no Ceará foi uma tentativa do crime organizado de intimidar o Estado por conta da intervenção que fizemos no sistema prisional. Como essa intervenção continua, ninguém sabe o que pode acontecer. Embora não haja nenhuma ação, nenhum ataque, há quase um mês, a gente permanece com toda a estratégia, com a inteligência trabalhando e funcionando. A presença da Força Nacional, a esta altura, é mais simbólica do que numérica, ela tem um efeito moral muito grande. Temos 29 mil homens das forças de segurança do estado e recebemos 408 homens da Força Nacional. A notícia de que a Força Nacional deixaria o Ceará poderia fragilizar todas nossas ações. Quantas pessoas foram presas na operação? Nós prendemos quase 500 pessoas. É um trabalho contínuo. Qual é o apoio que pedi para o governo federal neste momento? Além da Força Nacional, pedi a abertura de

vagas nos presídios federais para que os líderes das facções pudessem ser transferidos. Transferimos 39 líderes para presídios federais. Eu também pedi o apoio de agentes penitenciários mais experientes de outros estados para ajudar no treinamento dos agentes que convoquei no último concurso. Mas quando falo da necessidade de construção de uma ação mais forte, lembro que os estados são muito cobrados em relação à segurança e, ao mesmo tempo, engessados em relação a muitas iniciativas. Como assim? Por exemplo, não posso legislar sobre temas de segurança. Em 2016, nós fizemos uma lei no Ceará, que mandei para a Assembleia e foi aprovada, obrigando as operadoras de celulares a bloquear o sinal nas unidades penitenciárias do estado. A Assembléia sofreu ameaças, mas nem a colocação de um carro-bomba na frente da Casa nos impediu de aprovar a medida. Daí veio o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubando a lei, sob a alegação de que a competência para legislar sobre esse assunto não é dos estados, mas do Congresso Nacional. No ano passado, nós prendemos 18 narcotraficantes e o Superior

Tribunal de Justiça (STJ) concedeu uma liminar e soltou todos. Há uma necessidade de envolvimento do Poder Judiciário e do Executivo nessa crise. E quem tem que coordenar isso é a União, chamando os estados, por meio do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), que foi aprovado em 2018. Um em cada três presos nesse ciclo de atentados é adolescente, sem passagem pela polícia. Por quê? É um problema no Brasil inteiro. O País não cumpriu o papel de proteger essa faixa etária de jovens. A forma que tem de proteger é dar oportunidade para essa meninada, é combater a desigualdade social nos aglomerados urbanos. Esse é um trabalho de médio e longo prazo. Estamos trabalhando para ter uma política mais eficiente, mais fortalecida, com mais inteligência. Depois, buscamos ter um sistema prisional com controle absoluto do Estado. E o Ceará vai continuar investindo naquilo que é mais precioso, a educação dos jovens. O senhor está se sentindo apoiado pelo governo de Jair Bolsonaro, de quem seu partido foi adversário nas eleições passadas? Está havendo um alinhamento de interesses?

Estou recebendo muita atenção desde o primeiro dia do ministro da Justiça, Sergio Moro, que atendeu o pleito do envio da Força Nacional e a abertura de vagas nos presídios federais. Também solicitei apoio de recursos do Fundo Nacional de Segurança, mas até agora não fui atendido. Estou aguardando uma posição. Tem sido uma relação institucional, uma relação importante e acho que é um pontapé inicial. As eleições já passaram. Sou governador de todos os cearenses e o presidente é presidente de todos os brasileiros. Em janeiro, o senhor aprovou uma série de leis de combate ao crime organizado. Isso já está tendo efeitos? A minha principal necessidade naquele momento era garantir uma maior presença policial nas ruas. Como eu só podia dar hora extra para policial até 42 horas eu resolvi dobrar isso por meio de uma lei. Chamei todos os policiais que entraram na reserva nos últimos quatro ou cinco anos e convocamos de volta para aumentar o efetivo. Por que seu governo decidiu parar de separar os presos segundo a facção criminosa a que pertencem? Em 2016, no segundo ano do

É preciso endurecer a lei antiterrorismo? Sim. Alguns atos que aconteceram no Ceará são terrorismo, não apenas episódios de vandalismo. Uma das primeiras observações que fiz no dia da apresentação do pacote anticrime pelo ministro Sérgio Moro é que faltou a revisão da Lei 13.260, de antiterrorismo. É preciso endurecê-la para incluir esse tipo de vandalismo que aconteceu no Ceará como ato de terrorismo. E dar penas mais duras contra esses criminosos. Usar bombas para derrubar viadutos ou torres de energia é terrorismo. Como os criminosos têm acesso a bombas? Na reunião com Moro fiz uma observação em relação ao controle de explosivos. Quem controla, quem fiscaliza e quem autoriza o uso de explosivos no Brasil é o Exército. Mas a capacidade de fiscalização é pequena. É preciso criar mecanismos mais inteligentes de rastreamento desses artefatos. Em dezembro do ano passado, quase 6 toneladas de explosivos foram roubados no Ceará. Ninguém sabia onde tinham ido parar. E eram justamente esses explosivos que estavam sendo utilizados para cometer os atos terroristas.

O Ceará enfrenta questões específicas de segurança por ser rota do tráfico internacional. Como enfrentá-los? É claro que a posição geográfica do estado favorece a ação do crime organizado, mas quem é responsável pela proteção das fronteiras marítimas, das fronteiras terrestres, dos aeroportos? É a União. Quem é responsável pelo combate ao narcotráfico? É a Policia Federal. Não é o estado. Esse é o problema. O governo federal nunca assumiu essas responsabilidades. Basta lembrar que 100% dos gastos com segurança no Ceará vêm de recursos próprios. Não recebemos um centavo de Brasília. Hoje existe superlotação nos presídios do Ceará? Alguns presídios estão com 30% de superlotação, outros com 20%. Mas a situação do Ceará é menos grave do que a de outros estados no Brasil. Eu construí três mil novas vagas nos últimos anos e estou entregando mais de 3 mil novas vagas este ano. Por outro lado, fechei, neste mês, 67 cadeias antigas, velhas, no interior do Ceará e em cidades da região metropolitana. A gente identificou que era dessas unidades frágeis que estavam partindo as ordens das facções. Apesar da crise de segurança, durante o mês de janeiro houve uma redução no número de homicídios no estado. Como se explica isso? Nós estamos com dez meses de redução de homicídios no Ceará seguidos. Todos os indicadores do Ceará melhoraram, latrocínio, furto, roubo a carro, assalto a banco, entre outros. É claro que em janeiro houve uma redução maior, por causa da presença mais forte da polícia, do enfrentamento. No Brasil inteiro, a grande maioria dos homicídios envolve disputas do crime organizado. O Ceará não é uma ilha isolada no Brasil.


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Sexta-feira, 1° de março de 2019

PÁSCOA

CDL LANÇA CAMPANHA DE ARRECADAÇÃO DE CASQUINHAS DE OVOS Arrecadação será para a oficina de pinturas de ovos de Páscoa, que será realizada em março na Praça Lauro Müller

Para assegurar a realização de oficinas de pintura de ovos na Praça Lauro Müller, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos Novos, lançou uma campanha para arrecadar casquinhas entre a comunidade. A cada dúzia de cascas de ovos de galinha, limpas e secas, dão direito a um cupom para concorrer a um sorteio de um ovo de chocolate. O material deve ser trocado na sede da CDL, em horário comercial. A oficina de pintura de ovos de páscoa será realizada na Praça Lauro Müller, nos dias 23 e 24 de março (sábado e domingo) em dois horários: das 10h ao meio dia e das 14h às 17h, prioritariamente direcionada ao público infantil. A decoração de casquinhas de ovos é uma das várias tradições de Páscoa trazidas pelos imigrantes alemães. A oficina terá apoio das acadêmicas do Curso de Pedagogia da UNOESC Campos Novos, que estarão coordenando os trabalhos, onde as crianças poderão vir e se divertir com a pintura das casquinhas. Posteriormente essas casquinhas serão repassadas a equipe de instrutoras dos Clubes de Mães que utilizarão na decoração de Páscoa em nossa Praça. A abertura da Páscoa na Praça será no dia 30 de março e a programação ainda está sendo finalizada. Esse projeto tem como realizadora a CDL e apoio da UNOESC, Sindicom e Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Indústria Comercio e Turismo.

Casquinhas serão para a oficina de pintura de ovos de Páscoa que posteriormente serão utilizadas na decoração de Páscoa da Praça OUTROS EVENTOS No mesmo fim de semana da oficina de pintura, dias 23 e 24, ocorre mais um Feirão CDL de Bons Negócio na Praça Lauro Müller, com a participação de revendas de veículos, motos e vistoria. Sete empresas estão confirmadas e o Feirão funcionará no sábado e domingo com condições especiais para quem deseja trocar o automóvel ou moto. Na próxima quarta-feira (6), ocorre o Happy Hour com Elas, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, um evento em parceria da CDL com o Jornal Folha Independente e a NHouse. A partir das 18h30, as convidadas participam de um workshop com a apresentadora de TV Sibele Cristina com o tema: “Mulher, a bela cada vez mais fera”, trabalhando a autoestima e a sensualidade da mulher. Após será servido um coquetel e muitas outras surpresas que estão sendo preparadas. Os ingressos são limitados e estão sendo comercializados a R$ 15 para associadas e R$ 20 para não associadas a CDL. O evento será na NHouse, BR-282, em frente ao Posto Tropeiro.

A CDL, ACIRCAN e a Prefeitura Municipal de Campos Novos, em parceria com a Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc), realizarão no dia 12 de março, a palestra “As 5 engrenagens do sucesso financeiro: uma fórmula simples e efetiva para aumentar os lucros e o valor da sua empresa”, tendo como mediador, André Silva, gerente regional de negócios do Badesc. A recepção será a partir das 19 horas. O ingresso será um quilo de alimento não perecível. As vagas também são limitadas e os empresários deverão confirmar suas presenças na CDL ou Acircan. Entre os conteúdos que serão abordados, estão as cinco engrenagens que determinam o resultado financeiro do seu negócio, como gerenciar ações de marketing e vendas, como é calculado o valor de uma empresa e o que você pode fazer para aumentar o valor da sua; qual o papel das Agências de Fomento no desenvolvimento das empresas brasileiras e o que você tem a ganhar com isso.

ESTIVEMOS PRESENTES NO DIA DE CAMPO COPERCAMPOS A Planjo Máquinas Agrícolas é revendedora autorizada das marcas Genius Plantadeiras e Jan Implementos Agrícolas. Juntas, as três empresas participaram do Dia de Campo Copercampos nesta semana. Nos dias 26, 27 e 28, tiveram a oportunidade de mostrar aos visitantes, os melhores equipamentos agrícolas do agronegócio. A exposição foi sucesso, por isso, a equipe Planjo, Genius e Jan agradecem a visita dos produtores rurais. Muito Obrigado.


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LEGISLAÇÃO

NOVA LEI MUNICIPAL PREVÊ MULTA PARA QUEM MALTRATAR ANIMAIS Maus-tratos e abandono de animais serão punidos com multa de até R$ 650 reais Muito comum nas cidades, o abandono e os maus-tratos a animais é crime previsto em lei e passível de pena. Só acompanhar as redes sociais das entidades de apoio a causa animal, para acompanhar as centenas de casos noticiados todas as semanas. Entretanto, em Campos Novos, infratores terão uma punição financeira em comprovados atos de abuso, maus-tratos, abandono de animais e as multas podem chegar em até R$ 650. O projeto de autoria do vereador Marciano Dalmolin, foi aprovado por unanimidade dos vereadores e sancionada pelo prefeito Silvio Alexandre Zancanaro neste mês (Lei Municipal nº 4.521/19). O Executivo ainda precisa expedir um decreto regulamentando a lei para sua efetiva aplicação, como de quem será a responsabilidade de fiscalizar e formas de aplicação das multas. Pela lei, são passíveis de punição as pessoas físicas, inclusive detentoras de função pública, civil ou militar, bem como toda organização social ou empresa com ou sem fins lucrativos, de caráter público ou privado. Consideram-se crueldade e maus-tratos, toda e qualquer ação ou omissão que implique em sofrimento, abuso, ferimentos de qualquer natureza, mutilação, transtornos psicológicos ou estresse de animais silvestres, nativos ou exóticos, domésticos e domesticados. A lei determina ainda que o infrator pague o valor referente aos custos do tratamento e recuperação do animal

maltratado. O dinheiro arrecadado com as multas, será revertido para programas municipais de controle populacional através da esterilização cirúrgica, identificação e registro permanente do animal. Segundo o vereador Marciano Dalmolin, que também é policial civil, a nova lei tem por objetivo maior tentar inibir os inúmeros casos de abandono e de maus-tratos a animais em Campos Novos, pois a imposição de multas servirá para preencher uma lacuna deixada pela legislação federal, a qual impõe penas muito brandas. A atual legislação, que trata de maus-tratos a animais (Lei 9605/98 – Art. 32) pune casos de abusos e maus-tratos com pena de detenção de três meses a um ano. Outra lei que passou a vigorar em 2006 (Lei 9099/06) caracterizou maus-tratos contra animais, entre outros crimes com punição de até dois anos, como “crime de menor potencial ofensivo”, ou seja, a punição é de penas alternativas como pagamento de cestas básicas e multas, ou seja, é muita benevolência, que gera impunidade e alimenta novas investidas violentas contra os animais. “Nesses dois últimos anos, tanto na Câmara de Vereadores como na Polícia Civil, me deparei com inúmeros casos de maus-tratos de animais, principalmente negligência por parte dos proprietários. Temos legislação federal, mas senti a necessidade de criar uma legislação local mais efetiva, com penalidades de multas administrativas aplicadas pela prefeitura. Além de penalizar administrativamente, a lei tem um caráter educativo visando com que o cidadão sinta no bolso o peso da irresponsabilidade e que outros não venham a cometer a mesma infração administrativa”, explicou Dalmolin.

MIGRAÇÕES

PESQUISA REVELA 450 IMIGRANTES HAITIANOS EM CAMPOS NOVOS Maioria é acompanhada pela Pastoral do Migrante da Paróquia São João Batista

CONFIRA OS VALORES DAS MULTAS • Soltar ou abandonar animais em vias e logradouros públicos e privados - multa de 90 Unidade Fiscal Municipal (UFM) por animal (R$ 324); A multa dobra de valor (R$ 648) nos seguintes casos: I. No caso de abandono de animais doentes, feridos, idosos e debilitados; II. No caso de atropelamento do animal, seguido de fuga do condutor do veículo sem prestar a devida assistência médico veterinária; III. No caso de animais abandonados dentro de imóveis, cabendo ao locatário ou ao fiador o seu pagamento. (Não sendo encontrados os responsáveis descritos no inciso III caberá ao proprietário do imóvel o pagamento da multa) • No caso de abandono de animais de grande porte, independentemente de seu estado de saúde - multa de 180 UFM por animal (R$ 648); • Manter animais em condições inadequadas de alojamento, alimentação, saúde, higiene e bemestar – multa de 90 UFM (R$ 324) por infração, dobrando o valor para cada reincidência; Na mesma pena incorre quem mantém animais presos em correntes, cordas ou qualquer outro similar curto, ou espaços pequenos

Pesquisa realizada pela Pastoral do Migrante da Paróquia São João Batista identificou em torno de 450 imigrantes haitianos na cidade de Campos Novos. Eles residem em vários bairros e trabalham com carteira assinada, em sua maioria em empresas ligadas ao setor agroindustrial. Na cidade, os imigrantes haitianos estão concentrados no Bairro Aparecida e na comunidade São José. Quanto ao gênero, a maioria são homens, jovens que já têm trabalho formal. As mulheres, cerca de 40 haitianas, ainda enfrentam dificuldades em conquistar oportunidades de trabalho. As informações são do missionário scalabriniano, Anselmo Cristófori, vigário de Campos Novos, que coordena uma série de serviços aos migrantes e é responsável pela Pastoral do Migrante na Diocese de Joaçaba. “Primeiro auxiliamos

que lhes impeçam a respiração, sua movimentação adequada, o descanso, ou os privem de ar ou luz, que comprometa seu bem-estar. • Conduzir animais em vias públicas sem usar coleira e guia adequadas ao seu tamanho e porte - multa de 15 UFM (R$ 54). Para os cães, fica proibido o uso dos enforcadores de metal com garras e de focinheiras não adequadas ao bem-estar do animal. • Comercializar animais em vias e logradouros públicos – Multa de 90 UFM (R$ 324); • Comercializar cães e gatos não esterilizados cirurgicamente, exceto entre criadores oficiais – Multa de 90 UFM (R$ 324); • Distribuir animais vivos a título de brinde ou sorteio – Multa de 90 UFM (R$ 324); • Comercializar animais silvestres sem a devida autorização do IBAMA – Multa de 90 UFM (R$ 324); • Manter animais destinados à venda em locais inadequados ao seu porte, que lhes impeça a movimentação adequada, que não proporcionem todo o necessário para o seu bem-estar, bem como animais debilitados e doentes – Multa de 90 UFM (R$ 324);

com a documentação (Passaporte, CPF e CTPS), também com a alimentação e oportunidade de trabalho”, destacou o padre. Outra iniciativa da Pastoral concentra-se na escola de língua portuguesa criada a mais de um ano e, frequentada por cerca de 160 haitianos. Padre Anselmo comentou que segue em tratativa de diálogo com a prefeitura do município, para busca de apoio na causa e reforçou ainda que a comunidade pode auxiliar os imigrantes haitianos, se integrando, por exemplo, no trabalho dos Leigos Scalabrinianos, ou participando diretamente da Pastoral do Migrante. Os leigos scalabrinianos atendem e recebem donativos na antiga sala da Pastoral da Criança, em anexo ao Salão Paroquial.

Fonte - Rádio Cultura FM


Caderno i

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HORÓSCOPO

MÚSICA

VENDAS DE DISCOS DE VINIL TEVE CRESCIMENTO DE 15%

Áries

21/03 a 20/04

Há momentos em que tudo fica tão desordenado que dá a impressão de que se perderá o controle e os grandes projetos ruirão. Evite reações desmesuradas diante desse cenário, pois, através delas você só agregaria problemas.

Touro

21/04 a 20/05

Michael Jackson, Prince e até Panic! At The Disco estão entre os artistas que mais venderam vinil no ano passado

Enquanto o mundo continuar se convencendo de que você está fora da jogada, continue você abrindo passagem e se preparando para tomar iniciativas efetivas que demonstrem exatamente o contrário, que o jogo continua.

Gêmeos

21/05 a 20/06

Os Beatles, Pink Floyd e David Bowie foram os grandes responsáveis pelo crescimento de 15% na venda de disco de vinil em 2018. O dado foi divulgado pela Nielsen Music, organização que calcula e compartilha anualmente um relatório sobre vendas e consumo na indústria fonográfica. Esse crescimento na popularização da mídia criada em 1948 fez com que o vinil atingisse seu maior pico de vendas desde 1991, ano em que a empresa começou a levantar as estatísticas. A tr ilha sonora do filme Guardiões da Galáxia conquistou a primeira posição no Top 10 das vendas, acompanhado mais abaixo por Michael Jackson, Fleetwood Mac, Prince e até Panic! At The Disco. O relatório mostra que um total de 16,8 milhões de discos de vinil foram vendidos em 2018, sendo que 321 mil foram apenas em trabalhos do Beatles, com Abbey Road, White Album e Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.

Considere o seguinte, está tudo bagunçado mesmo e não haveria forma, por enquanto, de encontrar uma solução definitiva. Por isso, se desobrigue de encontrar essa solução, use apenas métodos paliativos e temporários.

Câncer

21/06 a 20/07

DISCOS DE VINIL MAIS VENDIDOS EM 2018 1. Soundtrack, Guardians of the Galaxy: Awesome Mix Vol. 1 (84 mil cópias) 2. Michael Jackson, Thriller (84 mil cópias) 3. Fleetwood Mac, Rumours (77 mil cópias) 4. The Beatles, Abbey Road (76 mil cópias) 5. Prince and the Revolution, Purple Rain (71 mil cópias) 6. Pink Floyd, The Dark Side of the Moon (67 mil cópias) 7. Bob Marley and The Wailers, Legend: The Best Of … (61 mil cópias) 8. Queen, Greatest Hits (60 mil cópias) 9. Amy Winehouse, Back to Black (59 mil cópias) 10. Panic! at the Disco, Pray for the Wicked (59 mil cópias)

Capa de Abbey Road dos Beatles - o quinto mais vendido em 2018, com 76 mil cópias

ARTISTAS QUE MAIS VENDERAM VINIL EM 2018 1. Beatles (321 mil cópias) 2. Pink Floyd (177 mil cópias) 3. David Bowie (150 mil cópias) 4. Panic! At the Disco (148 mil cópias) 5. Fleetwood Mac (139 mil cópias) 6. Led Zeppelin (138 mil cópias) 7. Michael Jackson (131 mil cópias) 8. Jimi Hendrix (119mil cópias) 9. Metallica (116 mil cópias) 10. Queen (113 mil cópias) Fonte – Rolling Stone

O medo antecipa desastres que nunca acontecerão. Chegou a hora de você dominar seu medo, porque ainda que o continuar sentindo, pelo menos você não seguirá seus conselhos. Só isso importa, orientar-se pelo atrevimento.

Leão

21/07 a 22/08

Está tudo de pernas para o ar, mas em marcha, é isso que importa, afinal. Por isso, evite gastar tempo especulando que tudo deveria ser diferente, porque isso seria perda de tempo e de recursos energéticos preciosos.

Virgem

23/08 a 22/09

Está começando a parecer que tudo que você investiu no passado dará os resultados pretendidos e, talvez, maiores ainda do que o imaginado. As aparências, neste caso, não enganam, mas surgem meio atrapalhadas.

Libra

23/09 a 22/10

Nada é como você tinha imaginado que seria, mas isso não há de servir de suporte para você iniciar uma ladainha de queixas que, na prática, não seria pertinente, já que tudo continua andando da melhor forma possível.

Escorpião 23/10 a 21/11

Melhor você não esperar que as parcerias que estão em andamento sejam desprovidas de conflito. Isso não seria realista de sua parte, mesmo porque os conflitos são oportunidades de aprimorar todo o processo.

Sagitário 22/11 a 21/12

FILME EM CARTAZ MINHA VIDA EM MARTE Fernanda está casada com Tom, com quem tem uma filha de cinco anos, Joana. O casal está em meio ao desgaste causado pelo convívio por muitos anos, o que gera atritos constantes. Quem a ajuda a superar a crise é seu sócio Aníbal, parceiro inseparável durante a árdua jornada entre salvar o casamento ou pôr fim a ele.

SUGESTÃO DE LEITURA UMA DOBRA NO TEMPO “Uma linha reta não é a distância mais curta entre dois pontos.” Esta ideia está por trás da incrível história da família Murry, traçada em Uma dobra no tempo, ganhador do Newbery Award em 1963 e ainda capaz de fascinar uma nova geração de leitores. Uma verdadeira viagem, com dissolução e reconstituição de corpos no espaço, através de atalhos que fogem do longo caminho dos anos-luz.

Ainda que não seja natural você se dedicar a organizar os pequenos assuntos do dia a dia, se tomar essa iniciativa, porque o cenário está muito bagunçado, criará assim um precedente que servirá no futuro.

Capricórnio 22/12 a 20/01

Delimite seu território tomando atitudes firmes quando sentir que alguém o invadir. Mesmo que suas ações pareçam um tanto exageradas, ainda assim isso será melhor do que fazer concessões exageradas.

Aquário

21/01 a 19/02

Valerá a pena você tomar algumas atitudes concretas para virar o jogo ao seu favor. Mesmo que você não saiba muito bem o que fazer, valerá mesmo assim agir, porque sobre a marcha encontrará formas de aprimorar tudo.

Peixes

20/02 a 20/03

A desordem incomoda, mas ao mesmo tempo não se poderia exigir que tudo fosse organizado num momento como o atual, em que muitas novidades precisam ser assimiladas ao mesmo tempo. Tolere e veja os bons sinais.


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ACAMPS Quem esteve de aniversário dia 21 de fevereiro foi o Vitor Scolaro. Para comemorar teve acampamento no sítio da família, no Condomínio Bahia São Francisco, interior de Campos Novos. Ele reuniu os amigos e passaram momentos agradáveis e especiais. Parabéns Vitor!

LOOP 360° TROLLZINHA MAIS LINDA! Uma criança alegre, inteligente e muito cativante... Maravilhosa. Essa é a Alice, filha do Fernando Weis e Patrícia Dalmolin e aniversariante do último dia 24 de fevereiro. A comemoração já começou no sábado (23) em uma festa encantadora preparada com muito amor e carinho. Feliz 6 anos Alice. Parabéns!

O casal de empresários Júlio Wagner e Cleide Skarosky inauguraram mais um empreendimento na última sexta-feira (22). O Loop 360° é um barzinho no centro de Campos Novos e chegou para atender aquelas pessoas que gostam de curtir um happy hour com os amigos ou curtir uma música ao vivo à noite. Sucesso para o casal e muitas realizações.

+beleza DELINEADO PERFEITO Como fazer delineado gatinho de forma fácil: Basta fazer vários pontinhos alinhados rente aos cílios, seguindo até onde terminar o puxadinho. Depois, usando o mesmo delineador, ligue os pontos com pequenos traços começando do canto interno até finalizar o puxadinho. O segredo para que ele fique perfeito é manter os olhos sempre abertos.

TENDÊNCIA Os acessórios de búzios, popular no início dos anos 2000, está de volta e com força total! O mais legal é que podem ser usados em looks na cidade, não apenas na praia. É baratinho e fácil de combinar.

Arrase nesse carnaval, usando os acessórios disponíveis na Moça Biju. Corre pra cá! Rua Dom Daniel Hostin, Nº 477, centro. Telefone: 35410033 | Whats: 49. 99995-2775

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ESPORTE

MUNICÍPIO CRIA PROGRAMA BOLSA ATLETA Projeto de lei com as diretrizes do programa foi encaminhado para aprovação da Câmara de Vereadores

Com objetivo de incentivar e criar mecanismos de apoio aos atletas e paratletas amadores ou profissionais, a administração municipal lançou na semana passada, o programa bolsa atleta. O programa garantirá auxílio financeiro para os atletas e paratletas que representam o município de Campos Novos em diversas modalidades, para apoio na alimentação, saúde, transporte, aquisição e manutenção de material e equipamentos esportivos, custeio de despesas para participação em eventos, taxas de federações. O projeto de lei com a proposta deve ser aprovado pela Câmara dos Vereadores e deve entrar na pauta de votações nos próximos dias. Pelo projeto, para participar do programa, os atletas deverão verificar se atendem a todos os pré-requisitos específicos determinados em edital de chamamento público que será lançado pela prefeitura, como as modalidades contempladas, quantidade de beneficiários, entre outros itens. Mas o texto da lei fornece critérios genéricos de participação, com ter colocação do 1º ao 3º lugar em eventos esportivos oficiais; ter participado de competição esportiva em âmbito regional, estadual, nacional e/ou no exterior no ano imediatamente anterior àquele em que tiver sido pleiteada a concessão da bolsa

ESPAÇO DA POESIA

CASA VELHA Autora: Dona Elza Ribeiro - Butiazinho, Brunópolis Atletas profissionais e amadores participaram do lançamento do programa bolsa atleta ou ser convocado para representar seleções estaduais e nacionais da sua modalidade esportiva. O benefício será concedido ao atleta que comprovadamente residir ou trabalhar em Campos Novos há mais de um ano. O atleta residente em outro município, ou que tenha competido por outro município, poderá receber a bolsa atleta desde que passe a treinar e competir pelo município no período em que receber o benefício. Se o atleta representar outro município, ele perderá a bolsa, devendo restituir os valores integrais aos cofres públicos. Menores de 18 anos, devem estar regularmente matriculados em instituição de ensino pública ou privada, devendo apresentar semestralmente atestado de frequência escolar. Após lançado o edital, as solicitações de concessão do benefício deverão ser encaminhadas pela entidade de prática desportiva ao qual o atleta está vinculado ou pelo atleta individual, acompanhadas de plano de aplicação e de trabalho e outros documentos que comprovem os requisitos previstos. Uma

comissão será designada com o fim de avaliar a concessão, a renovação e o desligamento dos beneficiários. As solicitações levarão em conta as prioridades de atendimento definidas pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer e as disponibilidades orçamentárias e financeiras do município. Presente na coletiva de lançamento, o diretor técnico da Associação Camponovense de Basquetebol (ACAMB), Nereu Sutil, comemorou a conquista para o esporte camponovense. “Isso marca a história do esporte camponovense, pois fazemos o atleta, ele vai pra seleção e perdemos ele. Agora teremos condições de segurar o atleta aqui e colher os frutos do nosso trabalho de base”, disse o professor. “Me sinto honrado de estar a frente da Secretaria de Esportes e ver esse momento do município de valorizar esses atletas e tentar segurá-los aqui”, disse o secretário de esportes, João Nilso Oliveira. A secretaria estima que num primeiro momento, 20 atletas terão direito ao benefício em Campos Novos.

CATEGORIAS A bolsa atleta será concedida por um período de até um ano, com pagamentos mensais. O atleta bolsista deverá apresentar à Secretaria Municipal de Esportes e Lazer a prestação de contas até 30 dias após o recebimento da última parcela. Praticamente a concessão utilizará o mesmo sistema do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC). Conforme o projeto, os atletas interessados em concorrer a bolsa precisam se enquadrar em uma das cinco categorias: estudantil, estadual e regional, nacional, internacional e olímpico, com valores diferenciados para cada uma. • CATEGORIA BOLSA ESTUDANTIL - 27 UFM (R$ 97,20) Para atleta que tenha obtido no mínimo 3ª colocação nas modalidades individuais ou coletivas e que continuam treinando para futuras competições; Para atleta selecionado dentre os 24 melhores atletas das suas respectivas modalidades e que continuam treinando para futuras competições; possuir idade mínima de 12 anos; • CATEGORIA ATLETA ESTADUAL E REGIONAL - 83 UFM (R$ 298,80) Atletas que tenham participado do evento estadual e/ou que integrem o ranking estadual da moda-

lidade, tendo obtido no mínimo 3ª colocação e que continuem a treinar para futuras competições; Ter idade mínima de 14 anos; • CATEGORIA ATLETA NACIONAL - 138 UFM (R$ 496,80) Atletas que tenham participado do evento nacional e ou que integrem o ranking nacional da modalidade, tendo obtido no mínimo 3ª colocação, em qualquer uma das situações, e que continuem a treinar para futuras competições; Ter idade mínima de 14 anos; • CATEGORIA ATLETA INTERNACIONAL 222 UFM (R$ 799,20) Atletas que tenham integrado a seleção nacional de sua modalidade esportiva representando o município em Campeonatos Sul-Americanos, Pan-Americanos ou Mundiais, obtendo no mínimo 3ª colocação, e que continuem a treinar para futuras competições internacionais; Ter idade mínima de 14 anos; • CATEGORIA ATLETA OLÍMPICO E PARAOLÍMPICO - 277 UFM (R$ 997,20) Atletas que tenham integrado as Delegações Olímpica e Paraolímpica Brasileira de sua modalidade esportiva e que continuem treinando para futuras competições internacionais. Ter idade mínima de 14 anos.

No alto de uma colina,

Casa Velha quando é vista,

Sozinha e abandonada,

Logo pela vez primeira,

De cor branca desbotada,

Toda em volta capoeira,

Atirada na solidão,

Por mil vidas alojadas,

Olhada com compaixão,

De fungos e barbas enfeitadas,

Assim, de longa distância,

Já ficou tão diferente,

Casa Velha de minha infância,

Que nem acredita um vivente,

Berço de uma geração.

Que já serviste de morada.

E se hoje, por acaso,

Família grande abrigava,

Passo naquela local,

Entreverada aos peões,

Repontando um animal,

Na claridade dos lampiões,

Te vejo neste abandono,

Gargalhadas se ouvia,

Na primavera ou outono,

Lembrando façanhas do dia,

Fico triste num momento,

No rocio ou campo a fora,

Viajando no pensamento,

Onde tiniam esporas,

Procuro pelo seu dono.

Ou dos fandangos que havia.

Quando o Minuano passa,

Quantas vezes se transformou

Pelas coxilhas soprando,

Numa grande casa de festas,

Pela porta vai entrado,

Mesmo tendo algumas frestas,

Porque ela aberta ficou,

No assoalho e na lateral,

Janela que bate e grita,

Boa cobertura, é o principal,

Na sua estranha linguagem,

Tinha na sala, ao cantinho,

Lembrando alguma viagem,

Enfeitado um pinheirinho,

De quem foi e não voltou.

Para o Dia de Natal.

E hoje a consolação,

Casa Velha, bom abrigo,

Que ainda tens, velho abrigo,

Pelo carinho que eu tenho,

É que nos tempos antigos,

Me recordar, hoje venho,

Foste a pioneira do sertão,

Com respeito e piedade,

De tabuas serradas a mão,

Quero ficar à vontade,

Cobertura de tabuinhas,

Abrir meu peito em canção,

Onde hoje as andorinhas,

Deixar passar o coração,

Fazem sua habitação.

Pela porteira da saudade.

APOIADORES CULTURAIS: • Osmar Flores - Empresa Vita Metais, Curitiba - PR • Valdeni Cordeiro dos Santos - Fone (49) 98828-9970


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VITRINE

TEC CN, SEIS ANOS OFERECENDO SOLUÇÕES NO SEGMENTO ELÉTRICO Empresa camponovense oferece materiais e serviços elétricos, com o diferencial de elaborar projetos elétricos e atuar na automação industrial

Em 2013, Campos Novos ganhou uma loja completa no segmento de materiais elétricos. Fundada pela família Oliveira e gerenciada pelo engenheiro eletricista, José Luiz de Oliveira Filho, nesses seis anos de trabalho, a TEC CN comemora o crescimento e consolidação no mercado, oferecendo soluções completas em materiais e serviços elétricos residenciais, prediais e industriais, buscando o máximo de economia, eficiência e segurança aos seus clientes. Falando em clientela, a TEC CN conquistou uma carta variada de clientes, desde grandes a pequenas empresas e tem como diferencial, a concepção de projetos elétricos, além do serviço de instalações e revenda de materiais elétricos. Trabalhando com marcas conceituadas, o cliente encontra tudo o que necessitar no

TRABALHANDO COM MARCAS CONCEITUADAS, A TEC CN O CLIENTE ENCONTRA TUDO O QUE NECESSITAR NO RAMO ELÉTRICO, ILUMINARIAS, INFRAESTRUTURA E ACABAMENTOS

ramo elétrico, iluminarias, infraestrutura e acabamentos. “Na nossa loja o cliente encontra tudo o que precisa tratando-se de infraestrutura elétrica e acabamentos. Trabalhamos com marcas conceituadas como Siemens, Metaltex, Margirius, Intral, Tramontina, Lorenzetti, Avant, entre outras. Sobre a loja, percebemos que a cidade necessitava de um espaço diferenciado, onde podemos atender o público em suas necessidades como iluminação, acabamentos, ferramentas e hidráulica. Hoje possuímos uma loja moderna e com produtos de excelente qualidade e preços. Em nosso setor de automação industrial, somos especializados em projetos e montagem de painéis elétricos, desde quadros de proteção e distribuição, acionamento e proteção de motores, controladores lógicos programáveis”, explica José Luiz. Conforme José Luiz, a TEC CN possui projetos executados e em andamento em parceria com algumas grandes empresas de Campos Novos, dentre as quais, automação de Piers Flutuantes – Atracamento de barcaças graneleiras em Miritituba (PA), com o cliente Estrutural Zortéa; granja de suínos Santa Cecilia e

A TEC CN é formada por uma equipe que não quer apenas vender produtos e sim, oferecer soluções aos seus clientes

instalação da nova máquina de peletização de rações para a Copercampos, assim como está em andamento a reforma elétrica do prédio administrativo da Coocam. Tudo o que sai da TEC CN, sai com um projeto elétrico, esse é o nosso diferencial”, desta José Luiz. José Luiz Filho nasceu e cresceu em Campos Novos, filho do professor José Luiz de Oliveira (in memoriam) e da professora Maria de Fátima Oliveira, formou-se, pela Univer-

sidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e possui um MBA (Gestão de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas). A TEC CN ampliou suas instalações em 2018, e atualmente possui 10 colaboradores, todos qualificados no ramo elétrico, investindo constantemente em treinamentos para o melhor conforto de nosso colaboradores e clientes, sempre de acordo com as normas técnicas do setor, como a NR10 e a NR35.


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MUNICIPALISMO

FECAM E TCE TRATAM DE ESTUDO SOBRE FUSÃO DE MUNICÍPIOS Entidades discutiram outros temas de interesse dos municípios, como questões do Plano de Educação e criação de sistema de registro de preços de medicamentos

A sustentabilidade dos municípios catarinenses, a criação do Sistema de Registro de Preços — especialmente para aquisição de medicamentos —, a estratégia do Plano Municipal de Educação que determina que 90% dos professores municipais ocupem cargos de provimento efetivo, a possibilidade de retirada de programas federais do limite de gastos com pessoal, as renúncias fiscais e a consulta que trata do regime jurídico das doações aos fundos estaduais por contribuintes beneficiários de tratamento tributário diferenciado. Estes foram os assuntos da pauta da audiência entre o presidente do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC), Adircélio de Moraes Ferreira Júnior e o presidente da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, na tarde de sexta-feira (22). A discussão sobre a autossustentabilidade dos 295 municípios tem como base estudo realizado pela Diretoria de Atividades Especiais do TCE/SC. Autuado agora em 2019 — a relatoria do processo é do conselheiro substituto Cleber Muniz Gavi — o estudo avaliou a viabilidade econômica e financeira das cidades catarinenses, de 2013 a 2015, para estimar o custo da manutenção da máquina pública pelo Estado — com estrutura dos executivos e legislativos, pessoal, por exemplo —, em decorrência das emancipações posteriores à Constituição Federal de 1988, apenas sob a ótica da despesa. A área técnica apontou, entre outras constatações, a fragilidade das receitas próprias dos municípios, especialmente daqueles com menos de 5 mil habitantes. Na audiência, o presidente da Corte de Contas reiterou que a ideia é estimular a discussão sobre o tema, debate que deverá envolver não apenas órgãos técnicos — como a Corte catarinense —, mas também os Legislativos estadual e municipais e toda a população de Santa Catarina. Nesta direção, informou que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SC) vai promover, neste primeiro semestre, um seminário, em parceria com o órgão de controle externo. Na opinião do TCE/ SC, todos os contribuintes são parte interessada, uma vez que a criação ou manutenção de municípios, que sejam, comprovadamente, considerados inviáveis economicamente, ocasiona prejuízo a toda a sociedade do Estado, pela injustificada sobrecarga no orçamento público estadual. “O Tribunal de Contas não tem a presunção de ter a razão final”, afirmou o conselheiro Adircélio, ao reforçar a necessidade de uma solução conjunta. O presidente da Fecam enalteceu a iniciativa do Tribunal de colocar o assunto, “que assusta os associados”, em pauta e considera oportuna a reflexão sobre a manutenção de municípios que não se sustentam, até para que o Congresso Nacional regulamente o decreto das emancipações, e, consequentemente, haja um “freio” na criação de novas cidades. “O objetivo do TCE/SC merece o nosso aplauso”, destacou Ponticelli. “O debate é positivo, pois vai produzir ganhos, no mínimo, na redução de custos, na melhoria da receita própria, na revisão de procedimentos”, complementou.

Presidente da Federação Catarinense de Municípios (FECAM), Joares Ponticelli e o presidente do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC), Adircélio de Moraes Ferreira Júnior, trataram de pautas sobre o desenvolvimento do municipalismo catarinense

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS Com relação às renúncias fiscais, o presidente Adircélio ressaltou que o procedimento é constitucionalmente legítimo e legal, mas voltou a criticar a falta de transparência dos critérios de concessão para as empresas e da avaliação “se é que existe” dos resultados alcançados. “O Tribunal de Contas tem tido dificuldade em acessar esses dados, fundamentais não apenas para a sua atuação, mas também para o exercício do controle social”, enfatizou. Ainda referente a aspectos tributários, o presidente da Fecam expôs a barreira para acesso ao recolhimento de impostos de operações realizadas por meio de cartões de débito e crédito, leasing, situação que impacta diretamente nos repasses aos municípios. “É outra caixa preta que o Tribunal terá que abrir”, salientou o conselheiro Adircélio.

O debate é positivo, pois vai produzir ganhos, no mínimo, na redução de custos

Sobre a consulta que trata do regime jurídico das doações realizadas aos fundos estaduais por contribuintes beneficiários de tratamento tributário diferenciado, no contexto da política fiscal de apoio ao desenvolvimento econômico das cadeias produtivas do Estado, o presidente da Fecam manifestou sua preocupação. O assunto foi objeto de ampla discussão na sessão do Pleno de segunda-feira (25). O diretor de Controle da Administração Estadual (DCE) do TCE/SC, Sidney Antônio Tavares Júnior, o procurador do Estado Marcelo Mendes e o secretário da Fazenda, Paulo Eli, fizeram exposições.

SAÚDE E EDUCAÇÃO Ao defender o uso da Ata de Registro de Preços do Governo do Estado — debate estimulado pelo Tribunal de Contas durante o biênio 2017-2018, na gestão do conselheiro Dado Cherem —o presidente da Fecam registrou que o projeto piloto, com a participação de três municípios — São José, Itajaí e Pomerode — e da Secretaria Estadual da Saúde (SES), ainda não foi desenvolvido. “Se o meu município [Tubarão] pudesse aderir à ata do Estado, poderíamos zerar a lista de medicamentos”, comentou, ao relatar que atualmente Tubarão não consegue adquirir oito medicamentos, diante da ausência de fornecedores. “As empresas não participam do certame para obrigar a aquisição via judicialização”, emendou. Segundo ele, cerca de R$ 1 milhão é destinado para a judicialização desses medicamentos. Em novembro de 2017, em resposta à consulta formulada pela então presidente da Fecam, prefeita de São José, Adeliana Dal Pont, o TCE/SC disse que os municípios — como órgãos participantes — podiam encaminhar a sua demanda anual de medicamentos

para a SES — como órgão gerenciador — para que ela realizasse uma licitação única e efetuasse o registro dos preços de aquisição por meio da modalidade pregão. De acordo com a decisão, os municípios interessados em participar deveriam regulamentar, por decreto, o sistema de registro de preços — previsto no art. 15 da Lei de Licitações (lei federal n. 8.666/93) —, contemplando a possibilidade de participação em ata de registro de preços estadual. A partir disto, o município encaminharia à Secretaria de Estado a estimativa de consumo, o cronograma de contratação e as especificações do projeto básico, como estabelece o art. 3º, § 3º, do Decreto estadual n. 4.661/2006, que regulamenta o sistema em Santa Catarina. A preocupação relacionada ao cumprimento da Estratégica 18.1, da Meta 18 do Plano Municipal de Educação (PME) foi relatada pelo atual presidente da Fecam ao conselheiro Adircélio. O prefeito Ponticelli apresentou estudo, com dados, para mostrar a inviabilidade do provimento de 90% dos professores em cargos efetivos, ao fazer uma projeção para 10, 20, 30 anos. Na sua avaliação, no futuro, a expectativa é de que a população seja formada, em sua maioria, por idosos, situação que irá configurar na ociosidade dos professores, quando a necessidade será de profissionais para atendimento voltado para a terceira idade. O presidente do TCE/SC encaminhará o material ao gabinete do conselheiro substituto Gerson dos Santos Sicca — gestor do acordo de cooperação voltado ao monitoramento das ações Plano Nacional de Educação, no âmbito da Corte catarinense, firmado com a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), o Ministério da Educação (MEC), o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e o Instituto Rui Barbosa (IRB) — para avaliação.


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DEBATES

FIM DE BENEFÍCIOS FISCAIS MARCAM ABERTURA DO DIA DE CAMPO Copercampos promove 24ª edição do evento, que tradicionalmente é palco de debates dos assuntos do agronegócio

A semana foi marcada pelo Dia de Campo Copercampos, que começou na terça-feira (26) e encerrou na quinta-feira (28), apresentando as melhores opções para produção sustentável no agronegócio. O objetivo da cooperativa é de possibilitar conhecimentos e despertar oportunidades ao homem do campo. O evento contemplou palestras, exposição de máquinas e implementos agrícolas, vitrines de grãos (soja, milho e feijão), vitrine tecnológica com ensaios de controle de doenças e pragas, ensaios de fertilidade de solo, novas cultivares de soja, vitrine de hortaliças, utilização eficiente de produtos, pecuária de corte e leite, ovinos e suínos, além das novas ferramentas para a agricultura de precisão e agricultura digital, além da geração de energia fotovoltaica (solar). A abertura oficial contou com a presença de autoridades políticas como a vice-governadora Daniela Reinert, o secretário de agricultura de SC, Ricardo Gouvêa, deputados estaduais Romildo Titon, Moacir Sopelsa e Altair Silva, presidente da Faesc e Senar José Zeferino Pedroso, além de lideranças da Ocesc, Fecoagro, Epagri, Aurora e Cidasc. Na oportunidade, lideranças do agro catarinense cobraram novamente do governo estadual, a revogação dos decretos publicados no ainda na administração estadual anterior, e que vão alterar a partir de abril, o regulamento do ICMS, com tributação dos defensivos agrícolas e eliminação de incentivos a setores essenciais da economia catarinense, como o agronegócio. Em 28 de dezembro passado, ao final da administração, o então governador Eduardo Pinho Moreira assinou os Decretos 1.866 e 1.867 (publicados em 28.12.2018) e 1.860 (publicado em 27 de dezembro). Os decretos revogam benefícios fiscais que impactam na cadeia agropecuária, abrangendo os insumos: inseticidas, fungicidas, formicidas, herbicidas, parasiticidas, germicidas, acaricidas, nematicidas, raticidas, desfolhantes, dessecantes, espalhantes e adesivos. Além disso, revogam a possibilidade de manutenção integral do crédito do ICMS nas operações com insumos agropecuários.

tecipados com a agroindústria, a fim de que os preços dêem sustentabilidade para o produtor investir na produção, a exemplo do que ocorre com a soja. “O objetivo é que o milho tenha liquidez de negócio. Hoje a agroindústria não garante a comercialização, enquanto que na soja o produtor pode vender a produção sem ter plantado ainda. O produtor quer segurança e essa segurança é direcionada para a soja”, disse. A vice-governadora destacou que os incentivos fiscais estarão sendo reconstruídos, com conversas diretas com os setores afetados pelos decretos. “Todos nós vamos ter que fazer um pequeno sacrifício pelo nosso estado. Estamos numa situação de muita fragilidade financeira, tínhamos incentivos fiscais em desacordo e vamos reconstruir isso de forma que seja bom para o produtor e bom para o estado. A pegada é todos trabalharmos em conjunto para desenvolvermos nosso estado”, disse.

MUDANÇA NO NOME Os efeitos dessa medida serão o aumento dos custos de produção de grãos, leite e carne, a redução da produtividade média e a perda da competitividade dos produtos agrícolas catarinenses nos mercados nacional e internacional, de acordo com o dirigente da Faesc, José Zeferino Pedroso. Será praticamente impossível repassar esse custo ao preço final porque, no mercado, circulam produtos de outros Estados que têm situação tributária mais favorecida. As entidades calculam que o custo de produção aumentará em torno de 25% e será suportado quase que totalmente pelo produtor. “Esses decretos mexem com a rentabilidade do produtor rural. O custo de produção vai aumentar de 15 a 25% e Santa Catarina vai perder competividade no setor”, alertou Pedrozo. O secretário de estado da Agricultura, destacou que o estado depende da arrecadação de tributos e que a limitação de incentivos foi definida em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), conselho que reúne a maiores dos secretários de Estado da Fazenda do Brasil. “Os estados não poderão criar nenhum incentivo fiscal, precisam se adequar aos limites propostos pelo Confaz, que em SC passou de R$ 2 bilhões para R$ 700 milhões. Os estados precisam se adequar e devem aprovar leis estabelecendo o teto dos incentivos fiscais. O incentivo fiscal é a ferramenta para dar competividade ao setor que precisa, não é pra ficar a vida inteira, isso precisa de ajustes. Estamos ouvindo as lideranças do agro e estamos tratando desse assunto com o secretário da fazenda”, defendeu Gouvêa.

O secretário pediu apoio dos deputados para revisar as mais de 20 mil páginas de benefícios fiscais concedidas pela Fazenda ao longo de vários anos sem a aprovação da Assembleia, feitos por decreto. “Nesta semana, o governo deve encaminhar projeto de lei com intuito de legalizar os incentivos fiscais no estado. No setor da agricultura estamos colhendo informações junto as entidades para saber quais os incentivos são necessários para a agricultura para reconstruir essa política de forma a não prejudicar essa atividade econômica que reúne a maior parte da população do estado. Estejam certos que estamos trabalhando muito sério para que haja esse equilíbrio fiscal e que possamos apoiar a competividade do agro”, disse Gouvêa. Representando os deputados presentes, Romildo Titon garantiu a defesa do agricultor e do cooperativismo na Assembleia Legislativa. O diretor presidente da Copercampos, Luiz Carlos Chiocca enalteceu a preocupação com o custo de produção, que acabará afetando o consumidor final. “Nossa lucratividade está baixando e precisamos rever essa questão tributária. Estamos preocupados com o aumento dos custos e também pensando no aumento dos produtos para o consumidor. Temos que pensar na cadeia como um todo”, disse Chiocca. A tarde de terça-feira foi marcada pela apresentação do programa Fórum Mais Milho (veja reportagem especial na página 14), onde Chiocca também apresentou proposta para a falta de abastecimento de milho a partir da criação do que chamou de uma bolsa de comercialização de milho, com intuito de fechar contratos an-

Na abertura, foi divulgado que o Dia de Campo passará a ser chamado Show Tecnológico em 2020, nas celebrações de 25 anos do evento e de 50 anos da Copercampos. O evento ocorre em data antecipada, de 11 a 13 de fevereiro, devido ao feriado do carnaval cair na data tradicional do evento. “Mudamos para Show Tecnológico para que o nome reflita a importância estadual e nacional que esse evento já tem em se tratando de tecnologias para o agronegócio, assim como ocorre com outros eventos de nível nacional realizados por cooperativas. Todos os anos trazemos variedade de milho e soja que ainda serão lançadas que o produtor de Campos Novos e da região vai poder usar na sua propriedade, por exemplo, e isso é tecnologia”, destacou. O Dia de Campo conta com envolvimento direto dos colaboradores da cooperativa na organização. O Campo Demonstrativo recebe constantes melhorias a fim de atender o público visitante. Para a 24ª edição, a cooperativa está investiu mais de R$ 1,5 milhão na construção de estruturas fixas para o restaurante e estandes, com intuito de proporcionar maior comodidade aos visitantes. Além do espaço do restaurante em estrutura pré-moldada, a Copercampos construiu dois estandes voltados a recepção de parceiros, associados e clientes, onde os diretores se concentram e também à organização do evento e comunicação. Além destes investimentos, a área para expositores de máquinas e implementos agrícolas foi ampliada. Nesta 24ª edição, 150 empresas estiveram expondo seus produtos e o público estimado foi de 14 mil pessoas.


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EM DEBATE

CANAL RURAL REALIZOU FÓRUM MAIS MILHO EM CAMPOS NOVOS Evento aconteceu na última terçafeira, em paralelo ao Dia de Campo Copercampos e, reuniu lideranças e profissionais do agronegócio catarinense

Campos Novos foi palco das discussões para a autossuficiência do milho na cadeia de proteína animal. Transmitido para todo Brasil pelo Canal Rural e TV Coop, diretamente do Dia de Campo Copercampos na terça-feira (26). O programa Fórum Mais Milho reuniu mais de 300 pessoas, entre elas, produtores, profissionais e lideranças do agro em dois painéis de debates. Apesar da forte produção de milho em Santa Catarina, pecuaristas ainda importam cerca de quatro milhões de toneladas para uso na ração. Em 2019, o encarecimento do frete gerado pela tabela de preços mínimos tem intensificado as compras internacionais. No primeiro painel, palestrantes e debatedores discutiram o cultivo de cereais de inverno para ração, os desafios do aumento da produtividade de trigo, triticale e cevada para trazer renda ao produtor e sustentabilidade à produção de proteína animal. Nesta primeira parte, o palestrante Eduardo Caierão, pesquisador da Embrapa Trigo, falou sobre o aumento das produtividades cereais de inverno por hectare, tendo como mediador Airton Spies, engenheiro agrônomo e ex-secretário Agricultura de SC e os debatedores Gustavo Lima, Pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Fabiana Schmidt, pesquisadora da Epagri e João Carlos Di Domenico, presidente Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam). Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul são 7 milhões de hectares de lavouras de

Autoridades públicas participaram do Fórum Mais Milho, em Campos Novos soja e milho, menos de 15% desse território é utilizado para plantio de cereais de inverno, para fins majoritariamente para indústria moageira. Há vários anos o produtor não está conseguindo pagar sua lavoura de inverno, por isso, grande parte opta pela cobertura de solo. A produtividade desses cereais são baixas, com média geral de 2,8 mil Kg/ha, sendo que, em lavouras de excelência superam os 6 mil Kg/ha. “A potencial genético disponível para que a gente posso, no mínimo, duplicar esses resultados obtidos na média de produtividade de trigo no sul do Brasil”, disse Eduardo Caierão pesquisador da Embrapa. Ele falou ainda dos desafios para aumento da produtividade

dos cereais de inverno para dar sustentação as duas cadeias produtivas que mais geram riquezas para Santa Catarina – avicultura e suinocultura. A Embrapa em parceria com cooperativas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, está realizando um trabalho piloto com trigo e triticale, com associação à empresas produtoras de proteína animal. “A Embrapa/trigo vem discutindo possibilidades de viabilizar cada vez mais, a cultura de trigo e outros cereais de inverno”, disse Eduardo completando que são poucos países no mundo com capacidade de fazer duas ou até três safras durante o mesmo ano, e o Brasil é um deles. “Estamos

trabalhando em pesquisas para aumentar a produtividade e os produtores voltar a plantar trigo ou outros cereais de inverno”. Logo após, o público acompanhou o segundo painel, onde o abastecimento e a logística eficiente foram os temas principais. O analista de pesquisa da Epagri, Haroldo Tavares Elias, abordou o tema “Estratégias para elevar a produtividade média para 10 toneladas por hectare até 2021” e Flávio Berté, coordenador adjunto do Núcleo Estadual Faixa de Fronteira de Santa Catarina (NFSC) abordou o assunto “O que falta para a Rota do Milho de SC se tornar uma realidade?”. Neste painel, os debatedores foram Glauber Silveira, vice-presidente da Abramilho, Luiz Carlos Chiocca, presidente da Copercampos, Edoard Schaffrath, prefeito de Naranjal, Paraguai, Cláudio Post, presidente da Fecoagro e da Auriverde Cooperativa Regional e Ramón Ortellado, secretário executivo do Bloco Regional de Prefeitos, Intendentes, Alcaides e Empresários do Mercosul (Bripaem). Santa Catarina importa, anualmente, cerca de 4 milhões de toneladas de milho para abastecer as indústrias de proteína animal, onde o estado é líder de produção de suínos e aves. Em 2019, a compras estão se intensificando, com a tabela de preço mínimo do frete. “Está mais barato trazer dos países vizinhos, como Argentina e Paraguai”, afirma José Zeferino Pedroso, presidente da Faesc, a Federação de Agricultura e Pecuária do estado. Para abrir o segundo painel pesquisadores trouxeram dados da produção de milho mundial, assim como oferta e demanda brasileira. Para aumentar a produtividade, o palestrante falou sobre a escolha do hibrido mais adequado a região de cultivo.

LIDERANÇAS DE CAMPOS NOVOS ESTÃO ENVOLVIDAS DIRETAMENTE NO PROGRAMA O presidente da Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam), também vice-presidente da Fecoagro/SC, João Carlos Di Domenico, foi um dos debatedores do Painel 1 e falou sobre cereais de inverno para ração animal – assunto debatido em muitas reuniões no ano passado, entre lideranças do setor produtivo de Santa Catarina. Durante o Fórum ele sugeriu que, para os próximos eventos sejam convidado representantes do Sindcarnes e do Sindirações. “Desde a primeira reunião até hoje, nossa conversa evoluiu muito. Com esses debates, pudemos perceber que o trigo é um cereal melhor que o milho para fazer ração e pode sim agregar muito valor na produção de ração animal”. Na opinião de João Carlos Di Domenico é preciso mais pesquisas para melhorar a produtividade dos cereais de inverno. “É lógico que tem muitas contas à serem feitas, uma delas é a condição de programas de incentivos para que o produtor plante cereais

para o uso na alimentação animal, assim já pouparia o dinheiro usado na cobertura de solo. É preciso levar em consideração o sistema inteiro da fazenda para assim, viabilizarmos o projeto. João Carlos acredita que todo o estudo e troca de ideias sobre o uso de cereais de inverno na alimentação animal só dará certo se haver parcerias entre produtores e as agroindústrias. O presidente da Copercampos, Luiz Carlos Chiocca, participou do segundo painel do evento e reforçou a necessidade de políticas públicas e de valorização do milho, especialmente com garantias para comercialização com bons preços para o cereal, já que o produtor investe mais na soja devido ao alto custo de produção de milho e a falta de garantia de um preço mínimo. “Mais do que pensar em melhorar o escoamento, precisamos dar uma garantia ao produtor rural de comercialização e preço desse cereal, assim como temos na soja, pois as

O Programa durou cerca de três horas e foi transmitido ao vivo pelo Canal Rural e TV Coop agroindustrias necessitam deste milho para produzir rações”, afirmou. Representantes do setor técnico da Copercampos também participaram da última reunião de 2018, em Campos Novos. Em 2017, durante o Fórum Mais Milho - em Chapecó, João Carlos Di Domenico e outras lideranças do setor do agronegócio, já discutiam o equilíbrio entre a oferta e a demanda do grão no Sul do país. O camponovense também representou Santa Catarina no Fórum sobre Gestão de Estoques e Políticas para Armazenagem.

No ano de 2018, houve diversas reuniões focadas na produção de cereais de inverno para uso na ração animal, com a participação de representantes de órgãos como a Fecoagro, Ocesc, Faesc e representantes de cooperativas, juntamente com a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Embrapa, Epagri, além de representantes de agroindústrias do estado catarinense. As pautas das reuniões, são sempre voltadas à incentivos para o plantio de cereais de inverno, especialmente trigo, aveia branca, cevada e triticale, além da formação de elos entre o setor.


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SAÚDE

SAÚDE DE CAMPOS NOVOS RECEBE NOVA AMBULÂNCIA Veículo viabilizado pelo deputado Romildo Titon, levará atendimento médico às comunidades do interior

Com o intuito de melhorar cada vez mais o atendimento médico no interior, a população conta com uma nova ambulância, que será usada pela Secretaria de Saúde, para ampliar o atendimento nas comunidades. O veículo, no valor de R$ 169.999,00, foi adquirido através da emenda parlamentar do deputado estadual Romildo Titon, que esteve no município na manhã de sexta-feira (22), para realizar a entrega oficial. De acordo com a secretária Mayara Serena, a ambulância vai facilitar o acesso da equipe de saúde em locais que ainda não têm atendimento. “A nossa demanda de atendimentos é muito grande, devido a grande extensão territorial do município e a van, equipada no mesmo modelo da ‘Saúde do Trabalhador’, vem facilitar o nosso trabalho, onde conseguiremos atuar com um médico, uma enfermeira e um técnico de enfermagem nas comunidades que ainda não possuímos um local para realização de consulta”, explicou. O veículo Renault Master Furgão, equipado com consultório médico ginecológico, iluminação artificial e natural, balcão, frigobar e mesa auxiliar, havia sido solicitado, ainda em

• A Comunidade de Santa Rita Sarandi convida para Festa em honra Santa Rita de Cássia, no dia 10. Santa Missa às 10h30; às 12h almoço, à tarde jogos e diversões. • Os Organizadores, o Pároco e a comunidade de Jardim Alegre, em São José do Ouro (RS), convidam os devotos de São Peregrino para a 43º Peregrinação, no dia 10, invocando o Santo para que nos livre do mal do câncer.

Viabilizada pelo deputado Romildo Titon, ambulância será usada em atendimentos do interior 2018, pela enfermeira Sandra Maria Rosar Bresola, quando atuava no cargo de secretária. Na ocasião, o prefeito Silvio Alexandre Zancanaro agradeceu ao deputado Titon. “Para nós é uma grande satisfação, uma emenda parlamentar estadual, provinda do deputado da nossa terra Romildo Titon. Ficamos muito gratos porque o atendimento na saúde é sempre prioridade”, disse.

O deputado Romildo Titon, comentou sobre a importância do projeto. “Destinei esta emenda como um incentivo à saúde de Campos Novos, pois achamos esse projeto importante, um ambulatório médico para se deslocar ao interior do município, assim atendendo com igualdade a população, gosto desses projetos que incentivam a saúde”, pontuou.

SAMU Na tarde de segunda-feira (23) o Prefeito Silvio Alexandre Zancanaro e a Secretária de Saúde, Mayara Serena, estiveram em Florianópolis e participaram da cerimônia de entrega das ambulâncias do SAMU. Campos Novos foi um dos treze municípios contemplados. O evento contou com a presença de prefeitos, deputados estaduais, federais, senadores, ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta e do governador Carlos Moisés da Silva.

CONCURSO PÚBLICO

DEFINIDA BANCA DO CONCURSO DO SAMAE Conforme diretor da autarquia, devem ser ofertadas 22 vagas de nível fundamental a ensino superior

Será publicado nos próximos dias, o edital do concurso público do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAMAE) de Campos Novos. Na tarde de sexta-feira (22), o diretor do SAMAE, Alexandre Kunen, assinou o contrato com a empresa Aprender, de Joaçaba, para condução dos trabalhos do certame. Um edital chegou a ser lançado no início de janeiro, mas foi anulado, pois a empresa contratada anteriormente havia sofrido uma penalidade administrativa no final de 2018 em um município onde prestou serviços, e a administração acabou optando pela rescisão do contrato com a mesma. De acordo com Kunen, a expectativa é que nos próximos dias, após a avaliação da comissão nomeada

Empresa Aprender de Joaçaba será a responsável pelas provas do concurso. Contrato foi assinado na semana passada para acompanhar o concurso e também do jurídico municipal, o edital seja disponibilizado. “Serão aproximadamente 22 vagas tanto para área administrativa, quanto para área técnica e para a Estação de Tratamento de Água - ETA, nos três níveis de escolaridade: ensino fundamental, ensino médio e superior. A

empresa já iniciou a elaboração do edital, para tão logo fazer o lançamento e posteriormente abrir para as inscrições. A expectativa é muito positiva, para que o processo ocorra normalmente, com muita transparência e num curto espaço de tempo, preenchendo nosso quadro de servidores”, comentou.


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