Revista Vitrine Edição 1 | Dez.2014

Page 1

Edição 1 • Dezembro 2014

Vinicampos investe nos espumantes

Benito Zandoná

e sua paixão pela história

Pérolas do Tempo

apresenta ao mercado nacional seleção de joias italianas com criações que redefinem o conceito de joia rara




ESPORTE Revelação de uma

atleta

TURISMO

Termas Leonense movimenta turismo

[sumário] Vinicampos inova com produção de espumantes

Super Lucas:

crescimento de 500% no faturamento

Bruno Industrial lança picador inovador no Brasil

AGRONEGÓCIO

Aviação decola no campo

Diego Gadler e a Lean Manufacturing | 12 Alexandre Zancanaro e a nova contabilidade | 18 Drialli Dalazen e o Marketing Digital | 42 Cristiane Pertille Antunes e a força do Pilates | 44 João Paulo Pereira e o poder simbólico da imagem | 57

Qualidade de vida: Campos Novos melhora índices de desenvolvimento humano

Educação

Os 30 anos do Centro Educacional Potencial



[da redação]

S

eja bem-vindo! Esta é a edição inaugural da Vitrine, a revista da Folha Independente. Findado mais um ano, nossa proposta é presentear os leitores e clientes com um espaço para divulgação do trabalho de quem pensa, age e movimenta a roda da história. De gente que busca o conhecimento, busca superar os desafios, de gente empreendedora, de gente que se destaca e é comprometida com o desenvolvimento de si e do mundo. Esta é a vitrine das boas ideias, um espaço de gente que faz! A Vitrine traz assuntos das mais diversas áreas como, empreendedorismo, inovação, crescimento empresarial, saúde, educação, esporte, estilo, turismo, opinião e vários outros temas de forma ética e responsável,

apresentados a partir de um design inovador e caráter atemporal. A revista terá uma edição anual, no mês de dezembro, apresentando uma coletânea dos assuntos e pessoas que foram destaque na sua Folha Independente, além de claro, conteúdos exclusivos. O interesse crescente pelas dimensões da vida empreendedora inspirou a criação da Vitrine. A revista nasce com a vocação de apresentar o dinamismo, o desafio e o relacionamento com novos mercados e públicos, a partir de empresas sólidas que tiraram ideias da gaveta para geralmente, executar um sonho. Empreender aqui também não está só na dimensão empresarial, mas na vida pessoal, que sai do comodismo para também realizar planos, projetos e sonhos. Uma ótima leitura!

Edição 1 • Dezembro 2014

A Revista Vitrine é uma publicação da Folha Independente

Reportagens Francieli Parenti | MTB 4513/SC-JP Gisiane Agostini | MTB 4440/SC-JP Projeto Gráfico e Diagramação Herton Farias | MTB 4198/SC-JP Capa Foto: João Paulo Pereira – O Fotógrafo Modelo: Cristiane Moro Joias: Pérolas do Tempo

Empresa Jornalística Planalto Sul Ltda. ME CNPJ: 10.478.439/0001-88 IE: 255.771.290

Endereço Rua São João Batista, 97, sala 102. Centro, Campos Novos (SC) Cep: 89.620-000 Telefone (49) 3541-2522 facebook/folhain

Tiragem 2 mil exemplares Impressão Gráfica Tipobel

Diretora Administrativa Financeiro Gisiane Agostini | contato@folhaindependente.com.br Diretora de Conteúdo Francieli Parenti | jornalismo@folhaindependente.com.br

6





Brinde à

inovação Vinicampos aposta na produção de espumantes


A

Vinicampos colocou no mercado mais uma reserva do espumante Luna Rosata, que já estrelou nas prateleiras de alguns supermercados e em algumas lojas especializadas no ano passado para um público restrito, já que foram apenas 200 garrafas. Segundo Dari Scaraboto, associado da Cooperativa de Produção e Processamento de Frutas do Planalto Sul Catarinense, detentora da fabricação e da marca dos vinhos Vinicampos, a aposta de mercado dos espumantes são as festas de final de ano e aumento do consumo da bebida no verão. “O mercado do espumante é maior que dos vinhos no período de outubro a fevereiro. Devido ao calor, festas, o público tem preferência de tomar um espumante em reuniões de fim de ano, aniversários, encontros, por isso que vamos focar nos espumantes agora e no restante do ano, nos vinhos. Hoje a Vinicampos tem uma carta diferenciada, que atende o público em todas as estações”, disse o produtor. O Espumante Luna Rosata, é um espumante rosêbrut, elaborado a partir das uvas Merlot e Cabernet vinificadas em rose – ou seja, com rápido contato do mosto com as cascas. A segunda fermentação – aquela que gera o perlage - se dá pelo método Champenois, que consiste na segunda fermentação de um vinho base, dentro da própria garrafa. Durante 2 meses, as leveduras transformam açúcar em álcool, e consequentemente liberam gás carbônico, dando origem a perlage do espumante. Segundo as notas de degustação apontadas pelo enólogo da Vinicampos, Marcel Salante, o espumante apresentase de aromas frescos e frutados, com uma tonalidade rosada intensa, viva, típica deste processo de vinificação. Na boca é muito agradável, com corpo amável e persistente, se destaca pelo equilíbrio com a acidez, valorizando sua marcante cremosidade. É ideal para acompanhar canapés, petiscos, frutos do mar, peixes, massas, queijos e até feijoada. Os espumantes de Campos Novos, Luna Rosata e o primogênito dos espumantes da Vinicampos, Luna Chiara, branco brut, estão disponíveis no mercado.

Segundo Dari, uma parceria está sendo firmada com a Vinícola Panceri para a aquisição de uma autoclave que vai modernizar o processo de produção dos espumantes. Ao invés de fazer a maturação da bebida pelo método tradicional, em garrafas, o novo método deixa a bebida em grandes tanques de aço inoxidável com controle de temperatura por um período de 30 a 45 dias, proporcionando mais rapidez ao processo de produção. Para 2015 a Vinicampos vai apresentar algumas novidadese inovações, no sentido de diversificar ainda mais sua carteira de produção vinífera. No ano que vem, está previsto o lançamento de um espumante doce, a base de moscatel, com os produtores já adaptando os pomares para o início da produção. Também está previsto, o retorno da produção de vinhos

de mesa, como lorena, bordô, niágara e moscato com três novos rótulos. A intenção ainda, é a produção de sucos a base de uvas bordô. “Vamos continuar com os vinhos finos e com os espumantes e vamos começar a trabalhar com os vinhos de mesa. Existe uma grande demanda, pois são mais populares e o público está mais habituado a consumir esses vinhos. Os produtores já estão adaptando alguns pomares para iniciar a produção dessas variedades viníferas. Nós como produtores temos que oportunizar para que as pessoas tenham a livre escolha de escolher o produto que mais gosta. Tudo está sendo feito com objetivo de ampliar o mercado que é bastante competitivo, em função dos países do Mercosul estarem próximos”, explica.

A Vinicampos A ideia de iniciar uma linha de produção de vinhos surgiu em 2003, quando diversas lideranças agropecuárias do município, juntamente com a equipe de técnicos da Regional da Epagri, se reuniram para identificar novas alternativas para o agronegócio local. Nesta reflexão, um dos destaques foi a fruticultura,com ênfase na cultura de uva. Daquela época em diante, começou um trabalho continuo para a produção de vinhos finos de altitudes e sucos. Firmes no objetivo de cultivar pomares de uvas, no início de 2006 Campos Novos já tinha uma área de 20 hectares de vinhedos e após a colheita, as uvas eram processadas em cantinas da região. Foi um trabalho de formiguinha, no entanto, com o comprometimento dos produtores envolvidos, surgiu a Cooperativa de Produção e Processamento de Frutas do Planalto Sul Catarinense

(Vinicampos). Em 2010, os vinhos da Vinicampos já estavam disponíveis no mercado, com produção inicial de 10 mil garrafas. A Vinicampos congrega atualmente 32 produtores de variedades viníferas da região do Planalto Sul e produz os vinhos Campos Novos (lorena, branco e tinto), Campanello (merlote cabernetsauvignon), Identitá (sauvignonblance moscato), Flor de Rocío (merlotrosê) e Barão de Demétria 2012 (cabernetsauvignon). O Barão de Demétria 2007, configurou entre os 100 melhores vinhos brasileiros em 2012 – um reconhecimento feito por especialistas em enogastronomia. Também no ano de 2012, a Vinicamposiniciou investimentos no mercado de espumantes, com o lançamento do Luna Chiara. Foram mil garrafas, todas comercializadas.

11


[opinião]

Você conhece a

Lean Manufacturing? Foto: O Fotógrafo

Por diego gAdler

L

embro-me da primeira vez que entrei em uma indústria metal mecânica, empresa familiar, contando com alguns setores de preparação, fabricação, montagem e embalagem. Os produtos chegavam de ordem aleatória no estilo “terminei primeiro enviei primeiro”, sendo notória a quantidade de peças e produtos em estoques entre os processos. Permanecendo por alguns instantes percebi que o ambiente de trabalho não tinha uma organização de processos, materiais e pessoas em suas funções, pensei, não é possível que seja sempre assim, deve ser a demanda! Iniciei então minha a caminhada na Engenharia de Produção Mecânica, ainda tentando entender como essas empresas lucram e, se lucram assim, imagina se organizarmos isso! Organização industrial foi uma disciplina que me despertou esta busca por encontrar o que eu produzo ou faço na empresa que agrega valor e o que não agrega valor e também com algumas leituras a livros do Sistema Toyota da Produção (STP), pai do Lean Manufacturing. O Lean Manufacuring nos direciona às ferramentas de sistema de gestão de processos e pessoas que buscam eliminar e/ou aproximar do zero os desperdícios de produção conhecidos como: transporte, estoque, espera, superprodução, retrabalhos, movimentação de pessoas e o processamento improprio, ações a quais não agregam valor ao nosso produto, ou seja, nosso cliente não paga. As sistemáticas responsáveis por aproximar-nos da produção enxuta, sem os desperdícios, são: 5S, Mapa de Fluxo de Valor, Kamban, Kaizen, Poka-Yoky, SMED entre outras, dispositivos que são facilmente encontrados em algumas empresas que se destacam na montagem e fabricação de veículos, motocicletas, caminhões e tratores, conseguindo entender o porquê a lucratividade destas empresas está diretamente proporcional com a forma de padrão que se escolhe na produção.

12

Conseguimos sim produzir qualquer produto montando a organização sem a filosofia Lean, mas identifica-se facilmente as que permanecerão no mercado por ser uma filosofia tão completa que pensando no seu cliente final também ajuda a desenvolver o fornecedor trabalhando como um parceiro no desenvolvimento de novos produtos e baixos custos. A filosofia Lean realmente vem dominando as organizações, o que tornam os produtos mais atrativos e com foco no cliente, os produtos vão se customizando nas linhas de produção agregando valor com a eliminação do desperdício.

Diego Gadler Engenheiro de Produção Mecânica e Diretor da Unoesc Campos Novos



[variedades]

U

m grupo de amigos apaixonados por supercarros - aqueles mitos do mundo automotivo que não existe uma pessoa que não se impressione quando olha uma dessas máquinas e não pense: ainda vou, pelo menos, andar num carrão desses – saem para viagens dos sonhos anualmente, no Via Bella Rally 2000. Quatro camponovenses: Chico Camargo, João Augusto Bresola Camargo, João Camargo e Marcos Semin, fazem parte desse grupo que percorreu, em 2014 na segunda edição do Via Bella 2000, cerca de dois mil quilômetros, nas BRs 116 e 101. Eles saíram de Caxias do Sul (RS), passaram por Campos Novos e seguiram para a Curitiba (PR), na sequência o destino foi o litoral catarinense: Balneário Camboriú (SC) e uma parada em Florianópolis (SC). Na última edição foram 18 carros e quase 40 participantes.

14

Dodge Challenger, Mercedes-Benz SLS AMG e CLS 63 AMG, Mitsubishi Lancer Evo X, Porsche Boxster, Porsche Cayman, Audi R8, Chevrolet Camaro, BMW X6 M, BMW M3 e BMW 650i Coupé, são alguns exemplares dos supercarros que pegaram o asfalto do sul do Brasil. No ano passado a turma viajou para o Uruguai. De acordo com Alessandro Possebon, proprietário da loja de automóveis Via Bella e idealizador do Rally, o objetivo do grupo é passear e confraternizar, dividindo momentos únicos. “O Rally proporciona isso, pessoas com interesses em comum, trocando ideias e desfrutando de bons momentos”. Ao longo dos passeios, os integrantes curtem seus veículos, apreciam belas paisagens naturais e consequentemente chamam atenção por onde passam. A viagem de 2015 já está sendo organizada. O grupo de amigos se encontra pelo menos quatro vezes durante o ano, onde confraternizam e idealizam as próximas aventuras.


[variedades]

E

ntre todas as dificuldades enfrentadas pelos surdos no dia a dia, aprender a dirigir é uma delas, superada com primor por Antônio Carlos de Souza. Há onze anos, a Língua Brasileira de Sinais, Libras, foi reconhecida como meio legal de comunicação no país, o que ajuda na conquista dos direitos dos portadores de deficiência auditiva. O direito de conduzir veículos foi uma delas. Antônio Carlos aprendeu a dirigir com seu pai, ainda adolescente, mas passar pelas aulas teóricas no Centro de Formação de Condutores para tirar a carteira foi um tanto difícil. Os surdos precisam ser aprovados nos exames, fazer avaliação psicológica, assim como os demais condutores de veículos. Na época, nas primeiras aulas não havia interprete na Auto Escola, o que fez Antônio, buscar seus direitos e um professor foi disponibilizado. “Gostaria que todos aprendessem

libras, as dificuldades na comunicação não existiriam e a convivência com a comunidade surda seria facilitada. Ir ao banco, ir a uma loja, tudo se torna difícil. Eu preciso escrever e mesmo assim, como não conjugamos os verbos, as pessoas tem dificuldade de entender o que escrevemos”, conta, usando a linguagem dos surdos. Se por um lado, a superação é necessária aos surdos, para Leidimara Martins, instrutora especializada em Libras, ensinar os surdos a dirigir também é desafiante. “Aprendi Libras em 2009 por conta da minha formação em Pedagogia. Eu posso ter auxiliado na aprendizagem de direção, mas aprendo muito mais durante as aulas. Tive uma experiência com uma aluna surda, ao final percebi, que não foi uma superação somente para ela, mas acima de tudo para mim. Todos temos limitações, mas a questão não é se é fácil ou difícil, o importante é que é compensador ao perceber a evolução do aluno”, observa.

Saiba mais Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que no Brasil, há cerca de 10 mil motoristas com deficiência auditiva, porém, nem todos possuem a carteira nacional de habilitação (CNH) em virtude da desinformação, do medo e da falta de incentivo por parte dos familiares. Quem tem deficiência auditiva pode obter a carteira de habilitação, uma vez que o principal sentido exigido para essa prática é a visão. Porém, é necessário que o motorista que não ouve utilize um adesivo no veículo com o símbolo internacional de surdez, uma exigência pouco conhecida.


[empreendedorismo]

A busca pela

excelência

A Saúde & Cia do empresário Gustavo Ernesto Zortéa está entre as quatro melhores empresas do Estado de Santa Catarina. Ele recebeu um relatório personalizado do Sebrae, com pontos fortes e a indicação de oportunidades de melhoria na gestão

É

um truísmo dizer que as organizações precisam estar atentas às transformações do mundo, necessitando de uma gestão séria e comprometida para crescer no mundo competitivo dos negócios. Com estratégias bem planejadas uma empresa atinge seus objetivos, antecipa seus problemas, além de ter uma vida mais longa, diminuindo o risco de insucesso. Assim o camponovense Gustavo Ernesto Zortéa está trabalhando em sua empresa para obter resultados satisfatórios e reconhecimentos que ajudam na hora da venda. A Saúde & Cia, empresa franqueada da marca Hoken, iniciou as atividades no município de Campos Novos em 2007, época em que Gustavo Ernesto Zortéa percebeu que a cidade possuía potencial de mercado com um campo enorme a ser explorado. Naquela época os produtos Hoken eram pouco conhecidos na região e o jovem empresário iniciou a longa jornada empresarial. As buscas constantes pela excelência não tem sido em vão. Por dois anos consecutivos - 2013 e 2014 - a Saúde & Cia chegou entre as quatro finalistas da etapa estadual do MPE Brasil - Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas, na categoria Comércio. Realizado pelo Sebrae, Grupo Gerdau, Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) e RBS, com o apoio do Movimento Brasil Competitivo (MBC) e do Movimento Catarinense para Excelência (MCE), o Prêmio reconhece e incentiva os empresários catarinenses que, aliando o seu talento empreendedor com a excelência em gestão, fazem da competitividade a alma do seu negócio. Na última edição do Prêmio, aproximadamente 2.800 empresas de Santa Catarina se inscreveram para concorrer nas categorias, Serviço de Tecnologia da Informação, Comércio, Indústria, Serviços, Educação, Saúde, Agronegócio, Turismo, Destaque Responsabilidade Social e Destaque Inovação. Para avaliálas, foram considerados os critérios Empreendedorismo, Liderança, Estratégias

16

e Planos, Clientes, Sociedade, Informações e Conhecimento, Pessoas, Processos e Resultados. As organizações concorrentes são avaliadas pela qualidade da administração e capacidade inovadora, por meio da utilização do questionário de autoavaliação, tendo como base o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), da FNQ. Mais do que ter o amadurecimento do seu negócio quantificado, a participação no prêmio promove a adesão a análises mercadológicas e a visualização de oportunidades em diferentes nichos.

Gustavo Ernesto Zortéa Saúde & Cia, empresa franqueada da marca Hoken


Foto: Divulgação

[saúde]

Dr. Eduardo Zanella Cordeiro

comandou uma equipe de dez profissionais na primeira cirurgia citorredutora associada a quimioterapia intraperitoneal hipertérmica de Florianópolis

Conquista para o combate do câncer

E

stima-se que em 2014 e 2015, o Brasil terá 576 mil novos casos de câncer, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). No mundo, houve um aumento de 20% na incidência da doença na última década. Até 2030, são esperados mais 27 milhões de novos casos. É claro que as notícias não são animadoras, no sentido da medicina dar as respostas para a cura da doença, porém, o avanço de novas técnicas de tratamentos disponíveis, os pacientes têm conseguido uma melhor qualidade de vida, mesmo com a doença. A cirurgia oncológica ainda é um dos pilares do tratamento contra o câncer. Em outubro foi realizada no Hospital da Caridade, a primeira cirurgia citorredutora associada a quimioterapia intra peritoneal hipertérmica (QtIPH) da capital catarinense. O procedimento inédito, já havia sido realizado no estado mas nunca na capital. Uma equipe de dez profissionais, comandados pelo cirurgião oncológico

camponovense, Dr. Eduardo Zanella Cordeiro foi responsável pela cirurgia, que teve duração de 10 horas. A associação de cirurgia citorredutora e perfusão intraoperatória da cavidade peritoneal com solução quimioterápica hipertérmica, representa uma nova e promissora modalidade terapêutica para um grupo de pacientes com câncer de peritônio, tipo de câncer raro que afeta a membrana que reveste a parte interna da cavidade abdominal e recobre órgãos como o estômago e os intestinos, reto, bexiga e útero. Trata-se de uma técnica inovadora, que permite uma melhor perspectiva de saúde a um grupo de pacientes que anteriormente eram submetidos a tratamentos puramente paliativos. Segundo Dr. Eduardo, o método está indicado, em casos selecionados, para o tratamento da carcinomatose peritoneal – um tipo de disseminação chamada celômica, onde implantes de células tumorais se espalham em toda cavidade abdominal. A

técnica é mais um método disponível para o tratamento de pacientes acometidos com a doença. “Até pouco tempo atrás, ao se visualizar esse achado numa cirurgia, a mesma era interrompida, por não se ter mais o que fazer. Tratamento sistêmico com quimioterapia também não é eficaz nesses casos. E os pacientes sofriam então com tratamentos pouco efetivos, acúmulo de líquido abdominal (ascite) e obstrução intestinal”, explica o médico. O médico se diz otimista com o novo tratamento. “O princípio da remoção cirúrgica completa de toda doença macroscópica, associada à quimioterapia aquecida, tem mostrado resultados otimistas, já comprovados em estudos científicos, para alguns tipos de carcinomatose peritoneal, como tumores de apêncide, mesoteliomas, intestinais e de ovário. Trata-se portanto de uma conquista para a medicina catarinense, onde o paciente não precisa sair do estado para conseguir assistência para tratamento oncológico deste tipo”, destaca.


Foto: O Fot贸grafo

{

18

Silvio Alexandre Zancanaro S贸cio Administrador da Orcat茅a Escrit贸rio de Contabilidade


[opinião]

A contabilidade nos dias de hoje

Por Silvio Alexandre Zancanaro

A

contabilidade surgiu pela necessidade do homem em ter informações econômicas e financeiras a respeito dos seus negócios, devido ao registro histórico é que temos a possibilidade de objetivar uma visão sistemática da situação da empresa. Com a globalização veio um novo perfil do profissional contábil, uma meta árdua, mas gratificante, o qual deverá ser mais flexível, estudioso e preparado para conhecer as minúcias de sua profissão não apenas a nível nacional, mas também internacional. A implantação das normas internacionais de contabilidade segue a toda velocidade seu curso no Brasil. As International Financial Reporting Standards (IFRS) estão sendo constantemente estudadas para que num futuro bem próximo, as empresas nacionais, em especial as de grande e médio porte, possam estar totalmente adaptadas. Em 2013 quando estive em Portugal na Universidade do Minho, podemos verificar a importância de se ter uma visão uniformizada das empresas principalmente para possibilitar a informação de possíveis investimentos bem como análise de mercado segmentado conforme o setor, por mais que existam diferenças entre os dois países, quer na prática, quer no ensino se tem um entendimento nos números. Engana-se quem pensa que o dia-a-dia de um contador é dominado apenas por números. Olhando de fora, é possível que o público geral nem perceba que o profissional da contabilidade, além de conhecer as normas e detalhes de sua profissão, precisa acompanhar muitas outras áreas do conhecimento. Com um novo cenário econômico mundial, o contador moderno precisa otimizar a organização de suas equipes e consequentemente acabam absorvendo mais responsabilidades.

A grande agilidade que os processos requerem é um fator determinante para as equipes ou profissionais tornem-se cada vez mais independentes. Fica fácil concluir que um bom contador nos tempos atuais não é só aquele que toma boas decisões, mas aquele que o faz de forma assertiva – decidir o que é certo, no tempo certo. Cada vez mais o contador desenvolve habilidades e atua em várias áreas como a auditoria, controladoria, perícia e a principal que está assumindo e desenvolvendo, é a criação de ferramentas de gestão em diversas empresas. A capacidade de analisar e avaliar diversos cenários oferecendo opções lucrativas para as empresas é um marco desta nova forma de atuação dos contadores modernos. Nosso escritório passou grandes reformulações desde 2007 com a implantação de um planejamento anual, com atualizações constantes e melhorias, no segundo semestre de 2014 com a implantação de indicadores de desenvolvimento de eficiência e eficácia nos serviços prestados, com o crescimento de nossa empresa, contando com 20 colaboradores em nossa matriz em Campos

Novos, atuando na região da Amplasc e Ammoc e seis colaboradores em nossa filial, a qual atende os clientes de Florianópolis a Joinville, sentimos a necessidade de termos conhecimento sobre áreas afins como Direito, Economia, Administração. Neste cenário empresarial altamente globalizado e competitivo, é essencial contar com colaboradores qualificados atentos ás mudanças que podem afetar os mercados e repercutir rapidamente as ações tributárias – essa é uma das preocupações de nosso escritório. Hoje o contador precisa estar um passo à frente, além de analisar o histórico, deve estar apto a apontar as ações que podem agregar valor ao negócio. Necessidade constante de buscar o aprendizado tanto na legislação a qual sofre mudanças diariamente, quanto nos processos de gestão, com ferramentas disponíveis para todos os setores. Precisamos de líderes atualizados em seu tempo, a ponto de perceber que a questão não está em minúcias e críticas vãs, mas, na grandeza, no valor de nossa comunidade, na manutenção de um novo perfil que estamos eticamente conquistando, paralelamente ao progresso da humanidade.

Fica fácil concluir que um bom contador nos tempos atuais não é só aquele que toma boas decisões, mas aquele que o faz de forma assertiva – decidir o que é certo, no tempo certo

19


Um evento só para

O

mundo atual, vive um cenário bem diferente de séculos passados. Apesar de preconceitos ainda enfrentados, as mulheres ocupam diversos espaços na sociedade, já dirigem ônibus, pilotam aviões e administram grandes empresas, cidades e países. São também mães, donas de casa, enfim, mulheres multifuncionais. E na agricultura, o contexto não é diferente. É cada vez maior o número de cooperadas, que trabalham e administram as propriedades rurais e até cooperativas. A Cooperativa Agropecuária do Celeiro Catarinense (Coperacel) já é conhecida como a cooperativa das mulheres em Campos Novos. Com um quadro de mais de 50% de associadas e comandada por duas mulheres, a presidente Tania Maria Manfroi Cassiano e a vice-presidente, Elisângela Schlager, seguindo atendência mundial de participação da mulher no desenvolvimento da economia, não poderia partir de outro lugar a idealização de um evento tão feminino: o 1º Risacel. A primeira edição do evento, em 2014, reuniu aproximadamente 100 mulheres numa confraternização especial. O almoço apresentou três tipos de risoto, chopp, além de uma tarde com boas histórias e alegria. Segundo a presidente Tania Manfroi Cassiano, o objetivo do evento é a confraternização das mulheres, já que não havia um evento exclusivamente feminino. “Como a Coperacel tem uma peculiaridade de ter mais mulheres do que homens no seu quadro de associados, acreditamos que tínhamos a missão de criar esse evento”, explicou. Com apenas uma ideia em mente, a iniciativa contou com apoio de muitas mulheres e até de homens. “O 1º Risacel foi o ponto de partida, um projeto piloto, mas estamos muito felizes com o sucesso e a receptividade do evento e estamos motivadas a dar continuidade. Peço desculpasàs mulheres que mereciam ser convidadas e não foram, estávamos testando a ideia. No próximo evento iremos ampliar”, declara.

20

Tania Maria Manfroi Cassiano (D) e Elisângela Schlager, presidente e vice da Coperacel

A Coperacel A Coperacel foi fundada em 2010, a mais jovem das cooperativas de Campos Novos e já está em franca operação. Com a unidade de recebimento de grãos totalmente pronta, a cooperativa já recebeuuma safra de inverno e a safra de verão 2014/2015. A cooperativa é mista, formada por 30 associados. Avanço de liderança das mulheres é visto com clareza por Elisângela Schlager. Ela destaca os desafios de ser mulher na gestão da cooperativa. “A mulher cooperativista tem determinação e força para lutar pelos seus objetivos. Penso que as mulheres têm esse dom, de desenvolver um bom trabalho, de pensar nos detalhes e dar qualidade a gestão. Nossa equipe é muito unida e estamos sempre em busca de conhecimento para exercer nossa liderança”, destaca.



Joias italianas

revestidas de arte

J

oias com status de obra de arte. Esta é a proposta do site Pérolas do Tempo, criado pela camponovense Symone Lemos Tessaro juntamente com a amiga Liandra Zago, de Florianópolis, um e-commerce especializado em joias e bijuterias desenvolvidas porartesãositalianos. O grande diferencial são peças feitas à mão pelos próprios mentores. Coleções que tem no trabalho desses artistas o nivelamento da arte joalheira às demais formas de manifestação artística, como a escultura ou a pintura.

Fotos: Divulgação

chegam ao Brasil


Tudo começou em 2012, quando as duas amigas, que amam história e as artes, decidiram garimpar ao redor do mundo, iniciando por Florença, o berço do renascentismo italiano, joias, bijuterias de luxo e peças exclusivas de cunho histórico, criadas por artistas que traduzem a história através da sua arte, atentos às mais diversas manifestações, culturais e existenciais de todos os tempos. Em Florença, estão os mais habilidosos ourives de todo o mundo. Vale ressaltar que ambas viviam o mesmo momento pessoal: a busca do espaço de realização profissional. Uniram o útil ao agradável –empreender e trabalhar com uma de suas maiores paixões que são as artes, carregadas de todo significado histórico. Foi assim que nasceu o site Pérolas do Tempo:pérolas pela sua raridade e valor; tempo, pois através dele as pérolas contaram e contarão a sua história. O e-commerceentrou no ar em 2013, trazendo com exclusividade ao mercado de luxo brasileiro, joias e bijuteriascarregadas da aura de quem produz sintonizada com a de quem consome. Giampiero Alcozer,Alessandro Dari, Nicoletta Lebole e Carlo Amato, são os artesãos representados pela Pérolas do Tempo, todas as peças produzidas com gemas naturais, como rubis, pérolas e esmeraldas. As coleções selecionadas simbolizam o que é uma joia de arte, destinadas a um públicoque gosta de compras menos mainstream e mais carregadas de significado, ou seja, a escolha de peças que não passam pela moda, mas permanecem sempre atuais. São peças de artesãos que ainda mantém a tradição do emprego de técnicas antigas na criação de suas obras,carregando valores, crenças e culturas, cada uma é resultado de um projeto que levou à exclusividade, tornando-as absolutamente fascinantes. As pequenas imperfeições, naturalmente presentes, contam o nascimento e evolução delas e são a marca do artista que a criou. Tem uma identidade própria e por isso, cada uma corresponde a um peso, dimensão e descrição diferentes. O cuidado e atenção que um artesão coloca em seu trabalho torna o resultado muito diferente do que quando se trabalha em série, ou seja, industrializado. O artesão pode reproduzir as peças, no entanto, não cria duas iguais.

Com dados sempre positivos, o e-commerce no Brasil está em forte amadurecimento, com média de 30% de crescimento a cada ano, segundo o E-Bit – referência no fornecimento de informações sobre e-commerce nacional. Destacar-se é sempre o maior desafio, além detransmitir confiança ao cliente que visita a página. Neste sentido, elas mantêm contato com

jornalistas e promoters, além de estarem planejando lançamento e exposição das joias nas principais capitais do país. Curitiba deve receber o primeiro evento de lançamento no início de 2015. O posicionamento em um nicho de mercado como o da Pérolas do Tempo é o grande trunfo das empresárias, já que significa um negócio inovador no país.

Conheça o conceito de cada marca Tharros

Tharros é marca do designer Carlo Amato, especialista na reprodução de joias de quadros de museus, principalmente de pintores renascentistas que inseriram em suas pinturas, ricos detalhes dos trajes e joias da nobreza. Na foto, o colar de pérolas, com pendente em prata com banho em ouro, rubis, citrino e pérola é uma réplica da joia pertencente à obra de arte “Eleonora di Toledo” de Bronzino, obra exposta na Galleria Uffizi em Florença.

Alessandro Dari

Em um histórico palácio do século XV, este artista fiorentino cria joias esculturas e busca, nas antigas técnicas de ourivesaria etrusca, na arte clássica, gótica e no período renascentista, a melhor forma para dar vida à sua inspiração. Dari foi um dos primeiros artistas a difundir a anatomia e a arquitetura no mundo da joalheria contemporânea. Na foto, o pendente Frutto Alchemico Della Vita feito em ouro 18K, prata, paládio, rubis e diamantes. Na extremidade do fruto é colocado uma coroa de ouro com diamantes e rubis como símbolo da purificação espiritual. As joias da marca estão disponíveis na Pérolas do Tempo somente sob encomenda do cliente.

Lebole

Nicoletta Lebole, junto com sua filha Bárbara, decide sublimar o amor à beleza e à arte por meio de uma linha de bijuterias exclusivas e muito particulares. A coleção Kimono, utiliza para a criação dos brincos, antigas sedas de quimonos japoneses sobre uma finíssima lâmina de cerejeira. São brincos assimétricos: um manequim vestido de quimono e o outro, um ideograma japonês, que significa “Luz”.

Alcozer

Peças exclusivas realizadas pelo designer Giampiero Alcozer que reinterpreta a arte antiga em linhas modernas. Em destaque na página ao lado, o anel da coleção Unic, em metal revestido em ouro, drusas, pérolas e granadas. Todas as peças da coleção Unic contempla, no máximo, dez exemplares em todo mundo.

23


[desenvolvimento]

salto em qualidade de vida Em duas décadas, Campos Novos cresceu 53,62% no ranking de desenvolvimento humano, saindo do nível “muito baixo” para o considerado “alto”

24

C

ampos Novos possui uma agricultura forte, mas já possui um perfil diversificado: divide espaço com um parque industrial atuante e milhares de empresas que compõe a engrenagem econômica. O dinamismo da economia reflete-se em índices de crescimento, alfabetização, emprego e renda per capita, significativamente superiores à média nacional, garantindo uma melhor qualidade de vida aos que aqui vivem. É claro que ainda existem muitos desafios, diante de um momento de incertezas na economia global. Entender os vários indicadores estatísticos, permite dar conhecimento da realidade que se deseja transformar. Em duas décadas, Campos Novos deu um salto de 53,62% no ranking de desenvolvimento humano, saindo do nível “muito baixo” para o considerado “alto”. O incremento está acima da média de crescimento nacional (47,46%) e acima da média de crescimento estadual (42,54%). Isso é o que mostra a ultima pesquisa de atualização da ONU que lista os 5.565 municípios do país a partir

dos índices de longevidade (saúde), educação e renda. Os dados são do Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, que tem como base de cálculo os Censos de 1991, 2000 e 2010. Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi educação (com crescimento de 0,223), seguida por renda e por longevidade. Embora todos os indicadores mostrem crescimento, a renda per capita ainda é baixa, passando dos R$ 328,88 em 1991 para R$ 708,77 em 2010. O município ocupa a 719ª posição, em 2010, em relação aos 5.565 municípios do Brasil, sendo que 718 (12,90%) municípios estão em situação melhor e 4.847 (87,10%) municípios estão em situação igual ou pior. Em relação aos 293 outros municípios de Santa Catarina, Campos Novos ocupa a escala do meio, na 119ª posição. No ranking das 10 melhores cidades brasileiras, Santa Catarina se destaca com três: Florianópolis, Balneário Camboriú e Joaçaba. O pior desempenho catarinense foi a cidade de Cerro Negro, com índice de 0,621 – o que representa pontuação média.


IDHM Campos Novos

0,742

0,483

1999

2000

2010

Atlas do Desenvolvimento Humano

0,617

índice da Firjan Campos Novos melhorou seu desempenho no índice de desenvolvimento municipal, divulgado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). O IFDM monitora a evolução de 5.565 municípios brasileiros desde 2008. O estudo deste ano leva em conta, a partir de dados oficiais de 2011, aspectos relacionados às áreas de educação, saúde e emprego e renda. A partir deles, é calculado um índice que varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento. A cidade subiu da 1434ª em 2010 para a 1016ª posição em 2011 no ranking nacional. O desempenho também foi superior em relação ao ranking estadual, subindo da 155ª para a 124ª posição. O IFDM consolidado - resultado da média dos três indicadores - de Campos Novos foi de 0.7390, superior aos 0.6984 verificados no ano anterior. O índice está um pouco acima da pontuação média nacional, de 0.7320 e coloca o município entre os 22,9% dos municípios brasileiros considerados de desenvolvimento moderado pela Firjan.

O IFDM aponta que Campos Novos tem uma trajetória de desenvolvimento anual. O principal responsável pelo resultado desta edição foi o indicador de Educação, que atingiu os 0.7672 pontos, número superior à média anterior, que chegou em 0.7288 pontos. O segundo melhor indicador foi Emprego e Renda, com 0.7354 pontos. Já o indicador de Saúde, obteve a pontuação mais baixa, com 0.7145 no índice da Firjan. No ano passado, a Saúde também puxou os resultados para baixo, com o menor índice dos três indicadores em 0.6766 pontos. Santa Catarina tem 280 de seus 293 (95,6%) municípios com desenvolvimento alto ou moderado aponta o estudo. É o terceiro melhor quadro socioeconômico do país, atrás apenas de São Paulo e do Espírito Santo. De acordo com o estudo, nenhum município catarinense apresenta índice baixo (de 0 a 0,4), apenas 4,4% possuem índice regular (0,4 a 0,6) e nove cidades estão entre as 100 mais desenvolvidas do país. O ranking é liderado por Concórdia, seguido de Chapecó, Balneário Camboriú, Maravilha, Itajaí, Tubarão, Rio do Sul, Joinville e Brusque.


[e  mpreendedorismo]

S

er participativo na sociedade, ter liderança para motivar outras pessoas, promover o empreendedorismo com ética e relevância fazendo com que as virtudes se tornem peças chaves para o crescimento empresarial e social, são diferenciais dos Jovens Empreendedores de Campos Novos. A população economicamente ativa no Brasil é estimada em cerca de 123 milhões de indivíduos correspondendo às idades de 18 a 64 anos, sendo que a faixa etária com maior taxa de empreendedores é a de 25 a 34 anos. Isso significa que 21,9% das empresas são constituídas pela geração Y. Desse número grande parte é constituída pelos startups. Esse novo perfil de empreendedor que podem ser chamados de “startupreneus” traz ideias novas, determinação, liderança e associativismo na veia.

Em Campos Novos um grupo de empresários formado pela Associação Empresarial, Rural e Cultural Camponovense (Acircan), iniciou suas atividades em 2011 e já é conhecido em todo o estado catarinense pelas ações realizadas. O Núcleo Acircan Jovem é formado por empreendedores que potencializam um novo perfil empresarial e tem como principal missão fortalecer a nova geração de empresários, promovendo o desenvolvimento pessoal e profissional. Com um trabalho pautado na integridade, respeito, honestidade, inovação e empreendedorismo, as conquistas dos jovens são marcadas pelo trabalho e dedicação diária. Os jovens empreendedores atuam em prol do desenvolvimento das classes comerciais e organizacionais. Inúmeras ações são realizadas mensalmente. Entre as atuações do Núcleo de Jovens empreendedores destaques para o Feirão do Imposto, as Missões Empresariais, campanhas e apoio assíduo aos eventos associativistas.

Geração Y Reconhecimento Em 2014, o Núcleo de Jovens Empreendedores de Campos Novos recebeu troféu do Prêmio MPE Brasil. Entre os Núcleos de jovens de Santa Catarina, Campos Novos teve a maior participação no número de inscrição para concorrer ao Prêmio, além de ter a Saúde e Cia empresa nucleada do Núcleo Acircan Jovem entre as quatro finalistas na categoria Comércio.


27


A experiĂŞncia dos pais aliados ao comprometimento de uma equipe entrosada, o jovem empresĂĄrio Lucas Cesa fez com que sua empresa tivesse um salto de 500% no faturamento nos Ăşltimos anos


S

Lucas Cesar

empresário no setor supermercadista

Foto: O Fotógrafo

e transformar em um empreendedor para atingir seus objetivos, ousando, gerindo os clientes e vestindo a camisa da sua empresa, afinal de contas o crescimento de uma corporação só virá se seus representantes conseguirem atingir o sucesso e consequentemente a sua lucratividade, tudo isso em um profundo trabalho em equipe. E é assim que Lucas Cesa, 29 anos, administra o Supermercado Lucas. Desde que assumiu as principais responsabilidades dentro da empresa, há seis anos, o jovem empresário dedica-se quase que integralmente às suas metas, que é crescer sem tirar a essência do empreendimento iniciado pelos pais há 26 anos. “É um ponto importante, crescer e manter os clientes que estão com você há mais de 20 anos”, diz o jovem empresário. Em pouco mais de cinco anos de trabalho Lucas conseguiu resultados surpreendentes, já que o Supermercado Lucas é visto e reconhecido na sociedade como um todo. O salto de mais de 500% no faturamento comprova que ele está no caminho certo, porém nada disso tem sentido se não haver valorização do empenho de sua mãe Ulda, que durante anos se dedicou única e exclusivamente ao empreendimento, deixando tudo organizado para que o filho tivesse a oportunidade de empreender. “Minha mãe está todo o tempo ao meu lado e antes disso foi uma grande batalhadora mantendo o Supermercado para que eu tivesse a oportunidade de assumir e melhorar sua iniciativa. Ela ainda continua meu braço direito na empresa. Meu pai também continua trabalhando conosco sendo também peça fundamental para a empresa. Se não fosse a experiência que meus pais têm na empresa, não seria fácil pra mim, assim como não seria fácil para nenhum jovem empreendedor”, reconhece. Lucas não se esquece de valorizar sua equipe formada por 20 colaboradores. “Sem eles a empresa não cresce e posso afirmar com precisão, temos uma equipe de colaborador dedicada e entrosada”. O segredo do sucesso é simples, determinação aliada com a criatividade, analisando sempre a evolução comercial. “Tentar saber a exigência do cliente, oferecendo um mix de produtos, trabalhando forte em promoções e consequentemente divulgando com um marketing agressivo, são fundamentais para o crescimento de uma empresa. E é desta forma que administramos nosso empreendimento”, releva o empreendedor.

Saiba mais “Tentar saber a exigência do cliente, oferecendo um mix de produtos, trabalhando forte em promoções e consequentemente divulgando com um marketing agressivo, são fundamentais para o crescimento de uma empresa”

Tanta dedicação não está sendo em vão já que não apenas na empresa, mas na sociedade como um todo o jovem empresário dedica seu tempo. Desde 2011 Lucas Cesa é membro do Núcleo de Jovens Empreendedores de Campos Novos, onde está à frente como coordenador na Gestão 2014/2015. Na Câmara de Dirigentes Lojistas ele é o vice-presidente. “Capacitações, troca de ideias e experiências com pessoas do mesmo setor, visita às feiras, extrair ideias de outros locais, ver o que há de novo e acompanhar o mercado, são ações fundamentais para o desenvolvimento sério e comprometido”, acredita o jovem empresário. No ano de 2014, Lucas recebeu homenagem na Câmara de Vereadores com o título de Jovem Empreendedor, sendo o primeiro empresário a receber tal reconhecimento. A comenda Jovem Empreendedor é direcionada para jovens que sejam reconhecidos pelo desempenho destacado em sua área de atuação.

29



31


[empresarial]

Novo conceito em moda íntima

P

Foto: O Fotógrafo

assou o tempo em que a lingerie era apenas uma questão de higiene e discrição. Hoje as peças íntimas fazem parte da moda e da arte da sedução, além disso, tem peças para todos os gostos, formas e bolsos. É assim que a Maison 45 trabalha, trazendo para Campos Novos o que há de melhor no universo da moda íntima, pensando em estilo, conforto e qualidade. No espaço Maison, você encontra marcas exclusivas como Forum e Miz Couture - linha jovem da mesma marca, Gisele Intimates, toda a numeração dos famosos e desejados sutiãs Liz, além de lingeries e pijamas Hope, moda praia Salinas e Classic, meias Lupo e linha de cuecas e pijamas Up Man. As proprietárias Adriana Betioli Carvalho e Karis Ko Freitag pensaram em tudo e, para fechar com chave de ouro, a loja também oferece os produtos da Body Store - atual The Body Shop, marca já conhecida nos grandes centros, com lojas nas maiores redes de shopping do país. A The Body Shop oferece uma completa linha de cremes, sabonetes, fragrâncias para cuidados com o corpo, rosto, cabelos, sem falar dos aromatizadores e sachê para perfumar roupas e ambientes. Outra novidade é voltada para as noiva, além da loja receber lista de presentes para Chás de Lingerie, também oferece seu espaço para a realização do evento, com organização por conta da equipe Maison 45. Venha conhecer a loja e toda linha de produtos disponíveis na Maison 45, que está localizada na Rua São João Batista, número 205, em frente ao Supermercado Copercampos, no centro de Campos Novos.

32

Rua São João Batista, número 205, Centro

Foto: Divulgação Liz

{

Maison 45




35


36

Foto: O Fot贸grafo


T

odo atleta possui uma história. A da Danieli Silva pode ser descrita em uma palavra: superação. Este ano, a camponovense se destacou como atleta de rendimento participando de competições oficiais, nacionais e internacionais, ostentando o 1º lugar no ranking brasileiro na prova dos 1500 metros dentro da categoria menores, além do 3º lugar no ranking juvenil e 11º no ranking sub-23. O ranking brasileiro é divulgado pela Confederação Brasileira de Atletismo. (CBAt). Aos 17 anos, a sexta filha de um rebento de sete irmãos, de origem humilde, escreve uma bonita história no atletismo brasileiro. Entre os principais títulos conquistados este ano, o de bicampeã brasileira de atletismo para menores: 1º lugar no Brasileiro Caixa Interclubes em São Paulo (SP) e 1º lugar no Brasileiro de Atletismo Menores, realizado no Recife (PE). Dentre essas conquistas, a atleta trouxe a reboque, o novo recorde da prova em São Paulo, com o tempo de 4’44”. A atleta também obteve o 1º lugar no Torneio da Federação Paulista de Atletismo (FPA) Juvenil e Menor, que reuniu os melhores clubes do país na cidade de Bauru (SP) e o 2º lugar no Campeonato Brasileiro Caixa de Juvenis em Maringá (PR), além do 5º lugar no Campeonato Brasileiro Caixa Sub-23 de Atletismo, onde competiu de igual para igual com atletas maiores e de destaque nacional. Dani já participou de três sul-americanos para menores, dois na Colômbia, onde conquistou o 5º lugar em novembro e o 4º lugar em agosto, e o 15º lugar no Paraguai, na prova de Cross Country. O atletismo surgiu em sua vida em 2010, porém, não era uma modalidade totalmente estranha à atleta. Dois irmãos competem em campeonatos estaduais e nacionais dentro de provas de atletismo. Marcelo é o mais velho, representa a Iguaçu Celulose e Papel nos jogos da indústria organizados pelo SESI e Daniel, da equipe do FME Criciúma, já obteve importantes títulos na Olesc e nos Joguinhos Abertos, em brasileiros e busca medalhas no JASC. Mas foi um convite dos vizinhos e amigos Rose e Antônio Deitos, amadores nas corridas de rua, que motivou a atleta para participar de sua primeira competição: a maratoninha, corrida de rua com 3km. Na etapa municipal e regional, Danieli foi campeã, e o 4º lugar na fase estadual, em Florianópolis. No início, os treinos aconteciam nas ruas e mais tarde conheceu o projeto social de atletismo realizado pela Secretaria de Esportes de Campos Novos juntamente com o professor Clovis Lucas, iniciando pela Olesc em 2011, onde levou o bronze. Nos anos que seguiram, Danieli conquistou o tricampeonato na Olesc e em 2014, foi a nova recordista da prova de 1500 metros. Com muita perseverança e treino, Danieli tem se revelado um fenômeno no atletismo e Campos Novos ficou pequeno para a garra e a vontade de ser campeã. No início de 2014, a atleta foi contratada pela Associação Catarinense de Atletismo (UCA) de São José, porém, os treinos continuaram na pista do Ginásio Humberto Calgaro, sob os olhos e a coordenação do técnico Éliton Zanoni. Todas as manhãs, de segunda a sábado, a dedicação é total na preparação física da atleta, com apenas alguns dias de férias durante o ano, com treinos ainda mais intensos em véspera de competições, com 4 a 5 horas diárias.

Com a renovação das equipes de atletismo, Danieli passará o Natal de 2014 longe da família. Deixa a cidade, os amigos, o técnico, os familiares, afinal, vida de atleta é feita de desapego e disciplina, para encarar novos desafios em clubes nacionais maiores. Ela foi convidada pelo clube da Equipe Filé & Marcia Narloch, do Rio de Janeiro (RJ) para integrar a seleção de 2015, para um projeto para as Olímpiadas de 2020, além das competições oficiais. Nesta semana ela embarcou para conhecer o Clube e a estrutura. Porém, em janeiro também cumpre agenda de teste no Clube Pinheiros de São Paulo, o segundo melhor clube privado de atletismo do Brasil, onde tentará uma vaga no elenco. Consciente de todas as dificuldades que virão pela frente, onde exige-se muita perseverança dos atletas e também com todos os problemas e desafios enfrentados no esporte brasileiro, a atleta busca a vitória nas pistas e na vida. “Com todas essas oportunidades que estão aparecendo na minha vida, quero dar o meu melhor. Apesar das dificuldades que sei que vou encontrar, acredito que são elas que fazem a vida ser um desafio tão especial e são elas que nos convencem de que somos capazes de conquistar as coisas. Ainda vou chegar nas Olimpíadas”, disse Danieli Silva.

37


[ďƒ˜tďƒ˜ urismo]

Termas Leonense movimenta turismo em Campos Novos 38


Termas Leonense, no Distrito da Barra do Leão é o terceiro melhor parque termal de Santa Catarina, segundo a Santur

A

s estâncias termais tem sido uma boa opção de lazer e turismo em todo o estado – em praticamente todas as regiões existem balneários que proporcionam aquele alívio para os longos dias de calor e uma oportunidade de fuga para os rigores do inverno, ou seja, a diversão é garantida durante o ano todo, sem “tempo ruim”. Em território camponovense, uma opção é o parque Termas Leonense, localizado no Distrito da Barra do Leão. As Termas funcionam de segunda a segunda, das 9h às 19h e é considerado o 3º melhor parque termal de Santa Catarina, segundo pesquisa de opinião realizada pela Santur em todo o estado. O empreendimento é resultado da coragem de um jovem arrojado, filho de agricultores, Sérgio Coronetti, que teve a ideia de mandar perfurar um poço tubular profundo para captar águas termais do Aquífero Guarani na sua propriedade, a mesma em que ele e seus irmãos se

criaram. Poucos acreditavam que o jovem de espírito empreendedor pudesse realizar o que conseguiu: implantou ali, o Balneário Termas Leonense, um empreendimento que conta com 15 mil m² de área construída, com 12 piscinas de águas termais, que podem ser desfrutadas em banhos de até 37 graus, piscina de hidromassagem, nove tobogãs aquáticos, piscina semiolímpica, piscina coberta, com as opções que vão dos 0,40 centímetros até os 1,80 metros e uma área de 40 mil m² para camping em meio ao verde da natureza, com toda a infraestrutura necessária para a segurança e bem estar dos campistas: diversão garantida para pessoas de todas as idades. Os turistas podem contar com serviço de restaurante, lanchonete e bares, sala de jogos, som ambiente durante todo o dia, sem contar as paisagens naturais de uma típica comunidade rural. A Barra do Leão, hoje, tem disponíveis, em pousadas e chalés, capacidade para hospedar 400 pessoas. Hoje, além da geração de 50 empregos diretos no Balneário, há toda uma cadeia de atividades econômicas sendo geradas na comunidade, com destaque ao Pesque-Pague Pasquali, onde as pessoas podem pescar ou mesmo comer o pescado no próprio local, além do desenvolvimento do comércio local, como supermercados, sorveteria, lanches e artigos para banhistas. “O Termas Leonense está fortalecendo a comunidade com valorização dos terrenos e das propriedades e dando

mais opções para investimentos das pessoas que moram na Barra, gerando mais qualidade de vida para todos e sendo referência em Termas no estado e no município. Estamos muito felizes com o sucesso das piscinas”, destaca o empresário Sérgio Coronetti, que já investiu R$ 10 milhões no complexo. A valorização imobiliária é uma realidade e o Distrito está recebendo investimentos em loteamentos e pousadas. O aumento populacional do Distrito também é notado, saltando de 1153 habitantes em 2010, para 1900 em 2014. Essa atitude empreendedora com certeza está mudando os destinos da comunidade. Todos os anos, os investimentos são evidentes para quem conhece o trabalho desenvolvido pelo empresário. Este ano, Sérgio Coronetti conta que investiu em torno de R$ 200 mil em uma nova sorveteria e no ano passado, R$ 500 mil na caldeira e cobertura da piscina semiolímpica, com o complexo de inverno, onde possibilitou o atendimento durante o ano todo. Na última temporada, o Termas fechou o saldo de 50 mil visitantes, com crescimento anual em torno de 30% desde a abertura do complexo. Mas a expectativa é de incremento com a conclusão do asfaltamento entre a comunidade e o município de Capinzal, o que facilitará o acesso dos turistas. A capacidade do complexo é de 8 mil visitantes por dia. Além de receber turistas catarinenses e de todas as regiões do Brasil, as termas já receberam visitantes dos Estados Unidos, Argentina e Paraguai.

39


“Se uma imagem vale mais do que mil palavras, então diga isto com uma imagem” - Millôr Fernandes 1

3

4 2

5 1. A foto de Diana Correa registra o arco-íris no chafariz da Praça Lauro Muller de Campos Novos. | 2. Foto de Dionísio Carlos Rossi na comunidade de Guarani, interior de Campos Novos. O pé de Umbu tem mais de 70 anos. | 3. O músico Juliano Cunha registrou o pôr do sol no Bairro Santo Antônio, em Campos Novos | 4. Bruno César registrou a imagem explanando a harmonia e exuberância dos animais. Na foto as aves pousaram para a majestosa fotografia. | 5. O fotógrafo Mayckon Santos registrou a Praça Lauro Muller. Um cartão postal da cidade de Campos Novos.

40


Nossos leitores Daniel Chiodi, Arno Rui Schaly, Camila Sara Locatélli Schmitz e Vanessa Nohatto compartilham um fascinante mundo, que conquistam milhares de pessoas: o turismo. Ricos em história, cultura e vida, as imagens inspiram admiração e entusiasmo.

Durante uma visita em Londres, Inglaterra, o empresário de Campos Novos Arno Rui Schaly registrou a vista da ponte levadiça Tower Bridge e do Navio Cruzador HMS Belfast. Mesmo com céu nublado o cenário é perfeito.

Sara Locatélli Schmitz registrou a bela foto em Toledo, Espanha. Ela, Thays Sabei, Carine Piroli e Camila de Abreu em viagem na Europa.

Vanessa Nohatto registrou o Palácio Araguaia, em Palmas, capital do Tocantins. Está localizado na Praça dos Girassóis.

Mon Palace Resort, em Cancun, México, nas lentes de Daniel Chiodi. O empresário camponovense esteve em um dos destinos turísticos mais visitados no mundo.

41


[opinião]

tem uma empresa? O Marketing Digital também é para você Por Drialli Dalazen

A

internet já faz parte da nossa vida. Cada vez mais o brasileiro está presente nas mídias sociais, Facebook, Twitter, instagram, Youtube, etc. Inclusive o Brasil tem se destacado por ser um dos países com quantidade expressiva de usuários nessas plataformas. Para sua empresa crescer e se desenvolver ela tem que estar onde o seu cliente está, ou seja, estar presente na internet também, e desenvolver uma estratégia de marketing digital eficiente. “Marketing digital é o conjunto de estratégias de marketing e publicidade, aplicadas a internet, e ao novo comportamento do consumidor quando está navegando.” Essas estratégias fazem com que o consumidor conheça a marca, confie e tome a decisão de compra. Hoje é comportamento comum do consumidor fazer uma pesquisa online antes de comprar um produto, procurar informações sobre uma empresa ou ler experiências de pessoas com a marca. Mas como ele vai encontrar a sua empresa se ela não estiver lá? A expressão “se não está na internet, não existe” está mais comum com o passar do tempo. Mais do que usar a Internet, os consumidores assumiram o comando dela. As mídias sociais, transformaram decisivamente a relação dos consumidores com as empresas, marcas e produtos. O empresário pode tirar um grande proveito dessa revolução trazida pela internet, mas é preciso acompanhar essa mudança, ignorar é assumidamente estar fora dos negócios. Muitas empresas de pequeno porte já perceberam o potencial da comunicação da marca pela rede. Mais do que ser visto pelo cliente é preciso monitorar o que está sendo dito pela sua empresa e interagir nesse meio. Por isso a comunicação online não é tarefa para o seu estagiário, mas sim para profissionais de comunicação, afinal é a reputação da sua empresa que está em jogo. Uma pergunta bastante comum é: vou vender mais investindo em marketing digital? Vai. O Facebook por exemplo tem mostrado resultados efetivos no aumento

42

Drialli Dalazen Publicitária, Especialista em Marketing Digital e Mídias Sociais. Sócia proprietária da Reação Comunicação

das vendas e visibilidade da marca. Criar uma página no Facebook, por exemplo, é simples, de graça e divulgar o seu produto/ serviço também. Porém, existem formas de fazer isso para atingir o maior número de pessoas. Recentemente o Facebook diminuiu o alcance das postagens mais promocionais, pois acredita que as marcas devem postar conteúdo que gere interesse sobre o seu produto. Isso é chamado de marketing de conteúdo. Marketing de conteúdo é o conjunto de ações de marketing digital que visam produzir e divulgar conteúdo útil e

relevante na internet para atrair a atenção e conquistar o consumidor. Além desse alcance orgânico, que chamamos quando a postagem não é paga, existe a possibilidade de promover a sua página por anúncios patrocinados, atingindo um número expressivo de consumidores. Várias são as possibilidades de promover a sua empresa, seja por foto, vídeo, imagem ou texto. Não é preciso esquecer os meios tradicionais de comunicação, pelo contrário, é preciso aliar as estratégias para que aconteça uma comunicação eficiente e integrada em todos eles.



Foto: O Fotógrafo

[opinião]

Cristiane Pertille Antunes, fisioterapeuta

Por Cristiane Pertille Antunes

J

oseph Hubertus Pilates nasceu na Alemanha em 1880. Era uma criança doente que sofria de asma, raquitismo e febre reumática. Sua determinação em se tornar fisicamente mais forte o levou a estudar várias formas diferentes de movimento durante toda sua vida. Na juventude estudou e se tornou especialista em cultura física, mergulho e ginástica. Durante a Primeira Guerra Mundial, em 1912, Joseph Pilates ganhava a vida na Inglaterra como lutador de boxe e foi considerado um inimigo estrangeiro sendo preso em um campo de concentração. Pilates tornou-se então enfermeiro e treinou os outros estrangeiros com os

44

exercícios de cultura física que havia criado. Sua técnica só foi reconhecida quando nenhum dos internos daquele campo sucumbiu a uma epidemia de gripe que matou milhares de pessoas na Europa em 1918. Em 1926 Pilates emigrou para os Estados Unidos e fundou um estúdio na cidade de Nova Iorque, denominando seu método como ‘’Contrologia”. Joseph Pilates viveu uma vida longa e saudável, morreu em 1967, aos 87 anos. Desde então o método cresceu muito e hoje em dia, o Método Pilates não é usado mais somente como atividade física, mas também para fins de reabilitação, podendo tratar uma grande variedade de patologias. Pilates naquela época já estava 50 anos à frente do seu tempo. A definição de Pilates para um bom condicionamento físico é a obtenção e manutenção do desenvolvimento uniforme do corpo, saúde mental e ser capaz de realizar com facilidade suas atividades de vida diária. Todos os exercícios para Joseph Pilates eram baseados em fortalecimento

muscular com alongamento, por isso ele já dizia na época: se um indivíduo tem 20 anos e está encurtado, é um velho. Porém se tem 60 anos e tem flexibilidade e força é um jovem. O Pilates é uma atividade que, por oferecer possibilidades diferentes para cada exercício, permite que pessoas de todo tipo possam praticá-los. É altamente recomendado, inclusive para a terceira idade, já que produz benefícios nas articulações (em caso de artrose). Além disso, previne a osteoporose, protegendo a estrutura óssea. Também não causa lesões, porque os exercícios são realizados sem impacto. São inúmeros os benefícios do pilates, como melhorar o condicionamento físico e mental, melhorando a força, flexibilidade, resistência e postura corporal adequada, fortalecendo a musculatura abdominal e evitando dores lombares, alivia os problemas relacionados ao estresse diminuindo tensão e fadiga através da respiração adequada proporcionando um corpo harmônico.


Foto: O Fotógrafo

Benito Zandoná

mantém um museu de antiguidades aos fundos de sua casa, o Galpão Caipora Viu

Uma foto,

mil lembranças

Q

uase todos os dias, já virou rotina: entre às 21h e 22h, Benito Zandonáacessa seuFacebook e posta pelo menos três fotos antigas e repercute inúmeras visualizações, comentários e - emoções. Esse camponovense de 54 anos está fazendo sucesso com seu arsenal de imagens, fotos de época que relembram e revivem um tempo que não volta mais, por isso desperta curiosidade não só das pessoas que viveram aqueles momentos, mas dos jovens interessados em conhecer um outro tempo. Benito se descreve como um apaixonado por coisas antigas aprendendo sobre o encontro por meio da tecnologia. O que mais o deixa feliz ao postar uma foto antiga é sentir a reação das pessoas diante das imagens. A fotografia chegou na vida de Benito por meio de uma herança: seu pai, Benedito Zandoná, que chegou em Campos Novos em 1951 e seu primeiro ofício, foi ser fotógrafo, atividade que exerceu até 1958, quando então assumiu a direção da Rádio Cultura. “Meu pai chegou da Itália,

refugiado da guerra por convite de seu irmão, vigário na paróquia de Campos Novos. Na explosão do ciclo madeireiro na região, trabalhar em serraria era a oportunidade mais evidente, mas meu tio não deixou e o ensinou a tirar fotos e ainda montou um pequeno estúdio. Foi aí que tudo começou, mais tarde, meu pai vendeu o equipamento para seu Hugo Klein, da Foto Real”, conta o saudosista. Para manter o acervo, composto atualmente por mais de 5 mil fotos dos anos 50, 60, 70 e 80, Benito Zandoná também faz um trabalho de garimpo junto a amigos e conhecidos e recebe inúmeras doações de fotografias, além do seu arquivo pessoal. Seu perfil no Facebook conta com quase 4 mil amigos e todos os dias há solicitações de amizade. “Hoje tem pessoas que moram na Alemanha, Itália e em vários estados do Brasil que quando sentem saudade de Campos Novos visitam a página. Muitos comentam a emoção de ver as fotos”, destaca. Questionado sobre essa paixão pelo que já foi, revendo um Campos Novos do passado, Benito reitera que “quem não tem passado, não tem futuro”.


A

Astronomia talvez seja a ciência que mais atraia a maioria das pessoas, não somente por sua beleza, mas também pelo mistério que representa. Desde que Galileu Galilei aperfeiçoou um instrumento óptico, chamado luneta, que servia para ver melhor os astros, século após século, a busca por telescópios melhores e mais potentes prosseguiu. Aos interessados, há a possibilidade de fabricação de telescópios caseiros, assim como fez o engenheiro agrimensor Murilo Spillere Milanez. “Sempre tive interesse em Astronomia, no universo, a origem de tudo. Sou natural de Nova Veneza, litoral sul de Santa Catarina, mas moro em Campos Novos a quase quatro anos. Gosto muito daqui e de toda região, lugares bonitos de gente boa, local onde fiz muitas amizades, principalmente o pessoal do trabalho e do grupo de ciclistas, o que faz com que eu me considere um camponovense. Na faculdade, no início dos anos 2000, estudei

Astronomia e li muitos livros relacionados. Fiz um curso à distância no Observatório Nacional do Rio de Janeiro sobre o Sistema Solar e participei de um grupo de astrônomos amadores da região da grande Porto Alegre. Bons telescópios custam muito caro, então, o pessoal da astronomia amadora, fabrica seu próprio instrumento. Foi assim, que tomei a iniciativa de fabricar o meu. No ano de 2006, fiz um telescópio newtoniano de 180 mm. Tem este nome, pois quem o inventou foi o mestre Isaac Newton, cientista inglês, que no ano de 1670, inventou o telescópio refletor. O meu telescópio é um refletor, foi copiado do esquema de Newton, sendo que é um tubo de PVC (usado para redes de distribuição de água) com diâmetro de 200mm. O tubo é aberto em uma das extremidades, sendo que a luz do objeto observado entra pelo tubo, onde no fundo tem um espelho côncavo de 180mm de diâmetro, este reflete a luz para outro espelho em diagonal que reflete a luz para a ocular de 10mm, formando a imagem

do objeto. Eu fabriquei tudo em casa, exceto o espelho de 180mm, que comprei pronto. Posso dizer, que o instrumento possui uma qualidade muito boa, dá pra observar a Lua, os planetas do nosso sistema solar, estrelas duplas, etc. Para me auxiliar nas observações, eu utilizo o software Cartes du Ciel, um programa grátis, que pode ser baixado na internet por qualquer pessoa interessada - só colocar as coordenadas de latitude e longitude e mostra o mapa do céu do local exato naquele momento. Através da Amplasc, onde trabalho, participei do projeto Barco Escola com educação ambiental para crianças e com parcerias, estamos planejando eventos de observação e aulas simples de Astronomia em Campos Novos. Um já aconteceu este ano, mas devido a nebulosidade que fazia, não foi possível fazer a visualização. Costumo tirar fotografias dos objetos, mas a qualidade da imagem é sempre inferior, é bem melhor observar os anéis do planeta Saturno, direto na ocular do telescópio.”



e s e u q a l o c s e Uma a i c n ê r e f e r tornou r a c u d e e d e na art

“E

ducação é tudo. Educação sem afeto é quase nada”. Assim, baseia-se o trabalho de Vânia Maria Scapini Lemos, diretora e responsável pelo sucesso do Centro Educacional Potencial. A escola fundada em 12 de março de 1984, pela iniciativa de duas jovens que sonhavam dedicar-se integralmente à Educação Infantil, tão logo se tornou em uma grandiosa árvore, cujos frutos são colhidos incessantemente, em todas as estações, até hoje. Além do primeiro contato com a escola para muitas crianças de Campos Novos, o Centro Educacional Potencial representa uma segunda casa para os alunos. E é neste clima de intimidade que a escola comemorou durante este ano, os seus 30 anos. Ter um sonho e torná-lo realidade, e ainda poder contribuir para o crescimento de inúmeras crianças e adolescentes, realmente não são tarefas fáceis. Numa breve retrospectiva histórica, as atividades pedagógicas da escola iniciaram com o intuito de dedicar-se à Educação Infantil e como fruto da parceria de Vânia Maria Scapini Lemos com a jornalista Tânia Maria Braga Mafra, foi chamada de “Jardim de Infância Pequeno Príncipe”, nome inspirado no livro de Saint Exupéry, que retratou a pureza dos sentimentos infantis e sua ânsia por novos conhecimentos. A escola cresceu, o Pequeno Príncipe foi amadurecendo, se acrescentaram os anos iniciais do Ensino Fundamental

48

e, em 2001, o Ensino Fundamental II, momento em que a escola passou a chamar-se Centro Educacional Potencial. A madura escola se renovou e veio plena de potenciais: potencial de aprendizagem, potencial de ideias, potencial de ideais, potencial de vontade, de crescimento, de superação, de tudo aquilo que pode ser realizado. O amadurecimento foi tão notório e consolidou tanto sua história que o Centro Educacional Potencial se tornou uma grande família. Uma família que se construiu com afeto, dedicação porque, seguindo a missão proposta por Saint Exupéry, se tornou eternamente responsável por tudo aquilo que cativou. A escola Potencial, uma Instituição privada vinculada ao Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina (SINEPE), mantém-se firme no papel que lhe cabe: o de agente transformador. Ao primar por valores fundamentais como respeito, solidariedade, boa educação, organização e bom humor, faz-se fundamental no cenário educacional de nossa cidade. Anualmente, o Centro Educacional Potencial desenvolve projetos pedagógicos que unificam educandos, educadores, funcionários e comunidade. São projetos que trazem sempre temas relevantes e resultam em ações de impacto, como é o caso das Olimpíadas Potencial (OLIPOT), que neste teve como tema “30 anos do Centro Educacional Potencial” e lema “Eu também faço parte dessa história”.


Segundo a diretora Vânia, comemorar os 30 anos da instituição com uma olimpíada, possibilitou a comunicação, a socialização, o desafio que gera ação de alta performance, a união e a máxima potencialidade, além de sensibilizar os educandos acerca do seu papel de atores nessa história de 30 anos. “A realização das olimpíadas Potencial integrou os educandos, familiares, educadores, funcionários direção e comunidade. Neste ano o objetivo maior foi rememorar aspectos da história e relevância dos 30 Anos do Centro Educacional Potencial para a sociedade camponovense e festejar conquista tão significativa”, explicou. A OLIPOT iniciou suas atividades internamente em setembro, com várias provas antecipadas e no dia 4 de novembro, teve a solenidade onde estiveram presentes autoridades, familiares, educadores, convidados, representantes da comunidade, vizinhos da escola, colaboradores, educadores, educandos, enfim, uma noite especial, festiva e de muita gratidão, pois na solenidade foram lembrados e homenageados os vários atores que fizeram e fazem parte da história da Instituição. Ainda, aconteceu a abertura das Olímpiadas, com a composição da mesa julgadora, uma programação intensa como: apresentação das equipes, grito de apoio, desfile do mascote, danças, dinâmicas, contando com a presença de ex-educandos.

Vânia Maria Scapini Lemos, diretora

Nesta edição cinco equipes participaram a abrilhantaram as olimpíadas: Frutos do Amanhã, G3raçã0 Potencial, Mentes Inovadoras, Pequeno Príncipe 3.0 e Legião Potencial. No dia 5 de novembro, na sequência das atividades da OLIPOT, ao longo do dia os educandos do 1º ao 9º participaram ativamente e no final da tarde, os educandos da Educação Infantil juntaram-se aos demais e juntos comemoraram os 30 anos da instituição com o corte do bolo. Para a diretora Vânia, não há potencial humano sem a união de esforços. “A educação é um processo l o n g o e rico que deve formar e respeitar o potencial que cada um traz latente em si de ser livre, feliz e de fazer parte de uma comunidade que dê sentido à sua existência. É com o apoio e cooperação de todos – família, escola e comunidade que o potencial de cada um se desenvolve – todos juntos formamos esta dinâmica rede de relacionamentos. Obrigada a comunidade camponovense pela acolhida ao Centro Educacional Potencial e por todos, que de alguma forma, fazem parte dessa história”, conclui.


Foto: Divulgação

O

Brasil tem 45,6 milhões de pessoas com deficiência, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos cerca de 200 milhões de brasileiros, aqueles com pelo menos uma deficiência, seja visual, auditiva, motora ou mental, somam 23,9%. O grande desafio do momento, é proporcionar a essa população espaços adequados para sua locomoção que os integrem ao ambiente e promova sua autonomia nas tarefas do dia a dia – a tão sonhada, acessibilidade. Esse assunto chamou a atenção da arquiteta camponovense Gabriela Baby Braga. Em 2012, quando ainda era estudante e participava de um intercâmbio na Cidade do Porto, em Portugal, encontrava todos os dias diversos deficientes visuais nas ruas, supermercados, praças e começou a perceber e a enxergar as dificuldades enfrentadas pelas pessoas cegas ou com baixa visão. Sua futura profissão poderia os ajudar a superar diversas barreiras, principalmente as arquitetônicas, então, porque não usar seu dom para auxiliá-los? Seus pensamentos se voltaram a Campos Novos, sua terra natal, onde existe a Associação de Apoio aos Deficientes Auditivos e Visuais (Acadav). “Isto me estimulou a pesquisar mais sobre o assunto como tema para o meu TCC. O meu desejo era trabalhar com este tema e ao mesmo tempo fazer algo por Campos Novos. Logo eu lembrei da Acadav, e assim que voltei ao Brasil,

50

fui fazer uma visita a entidade. Achei muito interessante a proposta e o trabalho desenvolvido, mas pude constatar também que o espaço físico era incompatível com as atividades realizadas. A partir de então, não tive mais dúvidas sobre o tema do meu TCC”, descreve a arquiteta. A ideia então estava afinada para o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC): o projeto arquitetônico para uma nova sede para a Acadav. A fim de identificar as principais necessidades da associação, foi realizado um estudo de caso na atual sede da Acadav, aplicando-se uma Avaliação Pós Ocupação (APO). Mais do que aplicar normas técnicas para a acessibilidade na edificação, Gabriela teve um contato direto com os deficientes sensoriais para compreender suas necessidades espaciais. Um dos métodos utilizados foram os mapas mentais com alguns alunos, onde foi possível identificar como ocorre a percepção e orientação espacial dos associados com deficiência auditiva e visual. É importante destacar que a receptividade e disposição em colaborar com a pesquisa, por parte dos alunos, funcionários e professores foi fundamental para o desenvolvimento do projeto. A análise de projetos correlatos, entre eles a Escola Hazelwood para pessoas com dupla deficiência sensorial em Glasgow (Escócia), e o Centro de Apoio para Cegos - Julie MacAndrewsMork em Denver, Colorado (EUA), serviram como referência para o projeto.


A proposta arquitetônica teve como objetivo suprir as necessidades espaciais da associação ao conceber um espaço compatível com as atividades desenvolvidas e características de seus usuários. A partir do projeto surgiu da necessidade de atribuir legibilidade ao espaço, com percursos e setores bem definidos que possibilitem o deslocamento intuitivo do usuário, alcance visual e antecipação no reconhecimento das atividades, além da estimulação sensorial por meio da luz, do som, das cores e contrastes, das texturas e da integração com o ambiente externo. A implantação do projeto levou em consideração a necessidade de localização da Acadav, em terreno central da cidade, já que isto é importante para incentivar o uso dos equipamentos urbanos pelos alunos, constituindo uma forma de aprendizagem para as atividades de vida diária, além da facilidade de acesso e possibilidade de integração com a comunidade. Um espaço construído, quando acessível a todos, é capaz de oferecer oportunidades igualitárias a todos seus usuários. Em se tratando da Acadav, a aplicação dos métodos elencados no projeto, denotam a urgência da construção de um espaço adequado para a realização das atividades da associação e compatível com as necessidades dos usuários. O objetivo da arquiteta que já atua em um escritório de engenharia em Campos Novos, é colocar à disposição essa ideia e contribuir na concepção de um projeto semelhante para uma nova sede da associação. O projeto foi encaminhado por alguns amigos para o Lions Internacional, visando a busca de patrocínio para que saia do papel e vire realidade.

Reconhecimento O projeto foi aprovado pela banca com nota máxima e foi um dos indicados para representar a região sul e a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) no Concurso Nacional de Trabalhos Finais de Graduação em Arquitetura e Urbanismo, o 25º Ópera Prima, realizado pela Revista Projeto Design, com premiação aos melhores trabalhos finais de graduação de 2013 de todo o Brasil. Dos estados da região sul, serão selecionados cinco finalistas regionais que passarão a etapa nacional. O resultado final será divulgado em abril de 2015. Gabriela também concorreu ao 2º Prêmio para Estudantes de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina, promovido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina (CAU/SC) em parceria com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). No ano passado, a arquiteta recém formada, apresentou o trabalho no VI Projetar, evento científico conhecido como o maior fórum brasileiro voltado para a pesquisa, ensino e prática de projeto de arquitetura e urbanismo, realizado na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

A arquiteta Gabriela Baby Braga desenhou o

projeto para a nova sede da Acadav, padrão para o mundo no quesito acessibilidade


Municípios fortes, região desenvolvida

O

perando num regime de íntima cooperação com as municipalidades, a Associação dos Municípios do Planalto Sul Catarinense (Amplasc), tem sua razão de ser bem definida: o desenvolvimento integrado e sustentável dos municípios associados. A Amplasc tem como cidade sede e foro o município de Campos Novos, é formada ainda pelos municípios de Abdon Batista, Brunópolis, Celso Ramos, Monte Carlo, Vargem e Zortéa, todos localizados geograficamente no Planalto Sul de Santa Catarina. Foi nos anos 90, que a mobilização pela criação da microrregião ganhou força. Com a emancipação de grande parte desses municípios, a necessidade de os unir e lutar juntos pelo desenvolvimento culminou com a fundação da Associação, em 1997. Nestes 17 anos, a Associação tem sido o reflexo dos anseios e das esperanças, sobretudo dos pequenos municípios, porque a sua grande meta é a constante melhoria das condições de vida da população do Planalto Sul. A Amplasc, que é plural, tem uma história coerente e de independência respeitosa, mantendo o diálogo com os órgãos governamentais, sempre acima de correntes políticas partidárias, e por isso mesmo, manteve e mantém as portas abertas para a continuidade dos pleitos, convencida de que fortalecer os municípios é engrandecer a região. Em 2015, a Amplasc será presidida pelo prefeito de Abdon Batista, Lucimar Antônio Salmória em substituição a Marcos Nei Correia Siqueira, prefeito de Monte Carlo. Em 2014 foram inúmeras ações desenvolvidas, centradas no tratamento integrado das várias dimensões - social, econômica, cultural, política e ambiental. Destaque para a dinâmica ambiental, onde os municípios estão aptos a emitir as licenças ambientais em empreendimentos de impacto local, a partir da cooperação técnica dos servidores da Associação. A Amplasc também irá ofertar a todos os municípios um software para a gestão dos processos de licenciamento ambiental em 2015, onde os cidadãos poderão fazer a solicitação e o acompanhamento do processo de licenciamento via on-line. O software já está sendo testado na prefeitura de Zortéa, em um projeto-piloto. A associação tem envolvimento no planejamento estratégico dentro de diversos setores e desenvolve um trabalho de discussão dos problemas regionais sob a forma de colegiados intermunicipais, com reuniões dos gestores municipais das áreas de psicologia, assistência social, agricultura, contadores e controladores internos, educação e saúde. “O perfil geográfico da região e as demandas da administração pública exigem união de esforços e planejamento cooperativo”, explica Rosane Infeld, secretária executiva da Associação.

52

No planejamento de 2015, a Amplasc vai ampliar a interlocução entre os gestores de cultura para o fortalecimento das políticas públicas voltadas ao setor, em especial a consolidação do Sistema Nacional de Cultura (SNC). Atualmente, somente 30% dos municípios brasileiros aderiram ao SNC e a ideia da associação, é promover a participação dos municípios. “Os municípios poderão contar com apoio para não só aderir ao sistema como efetivamente compor seus sistemas. Isso implica em um plano de cultura, um conselho, um fundo, aprovação de leis e assim por diante. Esperamos construir o colegiado de cultura e auxiliar os municípios nesta adesão”, destaca Rosane.

Principais ações de 2014 • Seminário Regional do CRAS, em parceria com a Amurc; • Conferência Intermunicipal da Defesa Civil; • Capacitação dos conselheiros tutelares; • Capacitação para atendimento da pessoa idosa; • Oficina de contação de histórias; • Realização II Celeiro da Poesia; • Palestras em escolas sobre resíduos sólidos; • Convênio com a FATMA para atribuição dos municípios na gestão florestal; • Capacitação dos técnicos municipais sobre o Cadastro Ambiental Rural; • Coleta de lâmpadas fluorescentes e resíduos eletrônicos; • Aquisição de novo veículo para a Associação; • Cooperação técnica para a emissão de licenças ambientais dos municípios; • Organização de 14 processos seletivos para prefeituras da região.


Campos Novos Fundação: 30/03/1881 Área: 1.659,625 km² População: 34.721 hab.(IBGE/2014) IDH-M: 0,742 alto (PNUD/2010) PIB: R$ 912.615.000,00 (IBGE/2012) PIB per capita: R$ 27.395,15 (IBGE/2012)

Vargem Fundação: 12/12/1993 Área: 350,124 km² População: 2.674 hab. (Censo IBGE/2014) IDH-M: 0,619 médio (PNUD/2010) PIB: R$ 31.987.000,00 (IBGE/2012) PIB per capita: R$ 11.648,52 (IBGE/2012)

Abdon Batista Fundação: 26/04/1989 Área: 235,600 km² População: 2.643 hab. (IBGE/2014) IDH-M: 0,694 médio (PNUD/2010) PIB: R$ 46.863.000,00 (IBGE/2012) PIB per capita: R$ 17.784,78 (IBGE/2012)

Zortéa Fundação: 29/12/1995 Área: 190,149 km² População: 2.991 (IBGE/2014) IDH-M: 0,761 alto (PNUD/2010) PIB: R$ 35.361.000,00 (IBGE/2012) PIB per capita: 11.608,84 (IBGE/2012)

Brunópolis Fundação: 30/03/1881 Área: 1.659,625 km² População: 34.721 hab.(IBGE/2014) IDH-M: 0,742 alto (PNUD/2010) PIB: R$ 912.615.000,00 (IBGE/2012) PIB per capita: R$ 27.395,15 (IBGE/2012)

MOnte Carlo Fundação: 26/09/1991 Área: 193.76 km² População: 9.650 (IBGE/2014) IDH-M: 0,643 médio (PNUD/2010) PIB: R$ 106.771.000,00 (IBGE/2012) PIB per capita: 11.381,67 (IBGE/2012)

Celso Ramos Fundação: 26/04/1989 Área: 208,274 km² População: 2.784 (IBGE/2014) IDH-M: 0,719 alto (PNUD/2010) PIB: R$ 31.224.000,00 (IBGE/2012) PIB per capita: 11.313,17 (IBGE/2012)

53



Conservando o tradicionalismo

U

ma referência para os tradicionalistas da região quando se trata de vestuário para prendas e peões, entre outros artigos e acessórios do tradicionalismo gaúcho, o Canto Nativo Poncho Novo, inovou em 2014 e apresenta novidades em toda a linha de produtos comercializados. Desde que Manoela Retori assumiu a empresa, no início do ano de 2014, a jovem empresária vem trabalhando para manter a cultura tradicionalista, porém, trouxe inúmeras novidades aos clientes. Sem deixar de lado o atendimento cordial, a roda de chimarrão e o encontro dos amigos e dos apreciadores da cultura gauchesca, a loja cresceu e conquista cada vez mais seu público distinto e demais cidadãos camponovenses. Manoela explica que não teve dificuldades para dar continuidade ao trabalho já oferecido na loja, pois, já assumiu a empresa com uma carteira de clientes significativa. “Não tivemos aquela dificuldade inicial das empresas de conquistar clientes, já tínhamos um nome e um caminho andado. Apenas estamos dando continuidade a história do Canto Nativo construída pelo Marcos e por numerosos amigos e clientes”, ressalta a proprietária. O Poncho Novo tem a marca de entender e conhecer o universo tradicionalista gaúcho, com a missão clara de propagar a cultura gauchesca. Essa marca manifesta-se nos artigos comercializados pela loja, sempre primando pela qualidade das cuias e bombas, no vestuário como bombachas e camisas, acessórios, lenços, botas, chapéus, guaiacas, entre uma diversidade de produtos, com

marcas renamodas. “Os viajantes nos falam que Santa Catarina cultua mais a cultura tradicionalista que os próprios gaúchos e vamos seguir com essa missão de incentivar o tradicionalismo em nossa terra”, disse Manoela.

Saiba mais Com quase 30 anos de atuação em Campos Novos, o Canto Nativo Poncho Novo surgiu quando o ex-proprietário Marcos Agostini auxiliou uma fábrica de artesanato de lã em Bagé (RS), das Irmãs Scalabrinianas que revertiam o dinheiro das vendas dos ponchos, mantas e cobertores para um orfanato da congregação. Marcos alugou o espaço comercial na Rua São João Batista da família Cenci, local onde funciona o Poncho Novo até hoje. Marcos na época era funcionário público e contou com a parceria de sua irmã Helena Agostini Carvalho de Almeida no atendimento e na sociedade da empresa. Após dois anos de abertura da empresa, Marcos assumiu o atendimento. Ele relembra o início da empresa. “No início tínhamos os ponchos, poucos chapéus e botas. Em um ano, conseguimos fechar as compras direto dos fabricantes, como a Cury de São Paulo, o que alavancou as vendas da empresa”, destaca o ex-proprietário.



O poder simbólico da imagem

A imagem precede a palavra

A

imagem das curvas negras da tinta sobre o papel branco cria uma impressão visual pela sua forma antes mesmo de que se a leia e compreenda o significado de uma palavra que é composta por essa mesma tinta. As formas nos entregam indícios. Percepções que se formam antes mesmo do entendimento integral. Nós comunicamos o tempo todo. Pela forma como vestimos, andamos e falamos. Tudo em nós comunica, mesmo que o outro faça uma interpretação equivocada... Daí a importância de uma imagem bem elaborada, quando se pretende transmitir por meio dela, uma informação clara e assertiva. Na comunicação estuda-se o conceito do signo, diferente daqueles do zodíaco, aqui o signo é aquilo que está para representar algo que não é o próprio objeto. Os signos nos acompanham desde os primórdios do desenvolvimento da nossa espécie e são os responsáveis por transmitir informações ao longo do tempo. Ao conversarmos com outra pessoa nãoprecisamos portar o objeto, pois a palavra usada representa este. O homem sabe que o poder iconográfico da imagem tem uma grande força representativa. A arte foi utilizada como principal ferramenta para transferir conceitos de religião e hierarquia num momento em que a maioria das pessoas não sabia ler, pois poderiam facilmente interpretar uma imagem e agir de acordo com o conceito que essa tinha a intenção de difundir. Assim por exemplo os índios brasileiros foram doutrinados pelos colonizadores a uma nova religião, por meio de símbolos que falavam sobre essa nova cultura. Atualmente a taxa de alfabetização permite que muitos acessem a informação escrita, mas será que realmente lemos? Grande parte das pessoas hoje passa várias horas por dia em frente a um computador, seja por exigência de trabalho ou de lazer, muitos participam de uma rede social. Será que lemos tudo o que aparece na página inicial do computador? Ou rolamos o mouse até que uma imagem nos chame atenção? Nunca antes a nossa própria imagem teve tanta força em comunicar sobre nós. Se não postarmos tal foto é como se não tivéssemos vivido a situação...A imagem nos auxilia no poder de convencimento de quem somos perante o outro e vice-versa. Da mesma forma a mídia provoca nossas ambições e delas se apropria para construir um império de ilusões, cujo principal objetivo é o lucro. Nossa sociedade está num período imagético de representações

sociais, onde nossos padrões de comportamento são ditados em sua grande maioria pelo poder simbólico da imagem. Quando vemos uma fotografia, estamos olhando impresso no papel ou na tela uma representação do objeto que foi fotografado e não o próprio objeto ou ser. Que humano desses (de carne e osso) não quer se parecer com os famosos de determinados sites e capas de revistas, um ideal de beleza formulado dentro dos conceitos e preconceitos de uma sociedade que manipula conforme suas necessidades? São eles quem ditam o que é e não o belo, e hoje mais, aquilo que vende. A indústria, com frequência, usa destes conceitos e os reformula quando necessário, pois disso depende também a sua sobrevivência. No insucesso de existir esse ideal de beleza proposto pela grande mídia, vendem-se cirurgias estéticas de alto risco, tratamentos invasivos que mutilam a verdadeira essência do ser e fragilizam a natureza humana. Pessoas de verdade que lutam diariamente para se parecer com milhares de pixels tratados pela indústria da imagem com camadas e camadas de filtros da mais pura ilusão. É comum hoje em dia se ouvir, “faz uma foto minha, mas me deixa bem bonito”, e ainda, “essa câmera tem photoshop”? A dicotomiaentre virtual e real vai muito além da imagem do corpo. Nossas sociedades se formaram de maneira insustentável, imperando o extrativismo, a degradação e o descaso com a vida. A propaganda tem uma grande força sobre nosso comportamento cotidiano e as transformações que acontecerão no futuro, embora não tenhamos uma plena consciência de como isto ocorre. De um lado, produtos alimentícios nocivos à nossa saúde são consumidos em toneladas, afastando-nos a cada compra dos modelos humanamente impossíveis de beleza surreal que são usados como plataforma de mídia para promover os alimentos em questão. Por que aceitamos que a verossimilhança das imagens impressas nos rótulos dos produtos que consumimos seja tão distinta do produto apresentado no interior da embalagem? Por que não podemos aceitar que igualmente o padrão de beleza humana não está apenas na formae, sim, no conteúdo que a constituí?Insatisfeitos, podemos realizar centenas de cirurgias estéticas que mesmo assim permaneceremos, pois não há cirurgia que possa remover nossa angustia existencial. Precisamos refletir sobre nossas idéias e comportamentos, percebendo qual a fonte das nossas atitudes. Permaneceremos na condição de meros objetos, manipulados pelas mais diversas mídias até que tomemos consciência do nosso grande valor como seres humanos, esforçando-nos para ter nossa mente bela e saudável.

57


[empresarial]

Atena Livros e o propósito de incentivar a leitura

I

r a uma livraria sempre é sinônimo de prazer. Querer saber o que se esconde entre as capas dos milhares de livros das estantes é o que instiga o conhecimento, a cultura, o crescimento do ser humano. A Atena Livros chegou em Campos Novos com esse propósito: o de transformar a relação da população com os livros, tornando o hábito da leitura uma parte do cotidiano não apenas das crianças e adolescentes, mas de todos os moradores da cidade. A iniciativa é do casal de empreendedores, que também são professores, Roscely e Cleyton Silva. A Atena Livros está localizada na Rua João Cordeiro dos Santos, em frente à Praça dos Bombeiros.

58

O nome da livraria remete a deusa da mitologia grega Atena, onde sua simbologia exerceu profunda influência sobre o pensamento grego, em especial nos conceitos relativos à justiça, à sabedoria e à função civilizadora da cultura e das artes, cujos reflexos são perceptíveis até nos dias de hoje em todo o ocidente. Nessa perspectiva, a livraria foge à caracterização habitual desse tipo de estabelecimento comercial. Ali o propósito não é unicamente vender livros, mas, de forma mais abrangente, promover a leitura e a intimidade com os livros, alicerçando-se em ações específicas.


Roscely e Cleyton, proprietários da Atena Livros, novo empreendimento cultural de Campos Novos

Exemplo disso é o Cartão Fidelidade oferecido a todos os clientes, a partir do qual a cada dez livros adquiridos o cliente ganha um exemplar de sua escolha, totalmente gratuito. Outra ação desenvolvida pela Atena Livros é o Aluno Nota 10, onde os estudantes que apresentarem seu último boletim com ao menos uma nota 10 em qualquer disciplina ganha 10% de desconto nas compras da livraria. A Atena também conta com a Leitura do Dia, onde um título é colocado à venda com desconto especial todos os dias. Aliás, os descontos especiais também acontecem em datas especiais, como no Dia das Crianças e no Natal. O atendimento é um dos itens que justificam a visita a Atena Livros. Com atendimento da proprietária Roscely Silva, você vai falar de livro com quem sabe o que é esse objeto que fascina a humanidade há séculos. Além do atendimento, os clientes podem degustar um café, cortesia da casa, e passear pelas sessões à vontade. A Atena Livros está no mercado oferecendo um catálogo com mais de cinco mil títulos entre obras infantojuvenil, adulto, ficção, espiritualidade, negócios e educação, atendendo assim todos os tipos de leitores. Além de revistas, jornais e uma linha de produtos exclusivos de vestuário, com estampas de capas de livros e frases célebres de autores e músicas. Para quem acha que são apenas os títulos das prateleiras que estarão disponíveis, ledo engano! Na Atena, todos os títulos de seu interesse podem estar ao seu alcance, pois em caso da falta do título em estoque, um lembrete animador: o sistema de

encomendas é ágil. Os livros estão disponíveis e – o que é melhor – a preços convidativos. Os clássicos da literatura exigidos nos principais vestibulares do país também estão na Atena Livros. Apaixonada pelos livros desde sempre, Roscely conta que a livraria é a concretização de um sonho alimentado por algum tempo. “Sempre gostei dos livros, de ler e sempre quis ter uma livraria e disponibilizar a sabedoria dos livros para todos. Queremos incentivar a leitura e a cultura com foco principalmente nos adolescentes porque, como professores, sabemos que eles estão lendo mais e procurando as leituras de seu interesse. A Atena será esse ponto de encontro da cultura, de leitura, da educação, da sabedoria. Estamos trabalhando com preços competitivos com a internet para ficar acessível aos leitores da região”, destaca. Todas as novidades e promoções da livraria podem ser conferidas na página Atena Livros no Facebook. Roscely está satisfeita com o impacto do empreendimento no desenvolvimento da cultura local. “Estamos muito contentes com a receptividade do público. Recebemos muitos elogios, tanto pelo Facebook quanto pessoalmente. Muitas pessoas vêm à livraria só para elogiar e parabenizar a iniciativa, o que nos deixa muito felizes e com boas expectativas para o negócio. Convido a todos para conhecerem a Atena, tomar um café e desfrutar da companhia dos livros”, destaca Roscely. O horário de atendimento da Atena Livros é de segunda à sexta das 8h30min ao meio dia e das 13h às 18h30 e nos sábados, das 8h30min às 13h sem fechar ao meio dia.

59


[variedades]

U

ma história construída por muitas mãos, muitas caras. É um corpo vivo com ares de interior e já com congestionamento em horário de pico, ou nos finais de semana quando as famílias ou os jovens saem para o centro da cidade aproveitar as tardes de domingo. A cidade que clama por ciclovias, enquanto o saneamento básico não alcançou todas as residências é transformada dia a dia, graças à dedicação de pessoas que fazem. Uma terra fértil da agricultura, que também é da indústria tem muitas páginas de boas lembranças. Conserva as estações bem definidas, embora faça as quatro em um único dia. Em 2015, Campos Novos completa 134 anos de emancipação políticoadministrativo. No mês de março, uma programação intensa durante três dias com artistas de renomes nacionais. As duplas Fernando e Sorocaba, Jads e Jadson e Patatie Patatá, juntos com os camponovenses. A atração para o público infantil é a novidade na programação de 2014. A Festa de Campos Novos é realizada pela Prefeitura de Campos Novos, Associação Empresarial, Rural e Cultural Camponovense (Acircan) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). De modo geral, todos os anos, existem muitas opiniões de quais shows devem ser contratados, porém, é preciso levar em conta vários fatores - os principais relacionados ao custo do show, à agenda dos artistas, sugestões levantadas junto à população e questões contratuais dos artistas que possam impedir a realização de shows em cidades próximas em períodos curtos entre um e outro, por exemplo.

60


C

ésar Heitor está no comando do sertanejo universitário trilhando um caminho brilhante na sua carreira de músico e compositor, afinal quem resiste a dobrada “Azara Azara Azara, é só Azaração”. Profissionalmente, o artista já toca e canta há mais de 10 anos, mas em carreira solo, há menos de cinco anos – tempo suficiente para ser reconhecido por seu talento. O hit Azaração, de sua composição, virou chiclete em vários recantos do Brasil. O artista faz de 10 a 15 apresentações todos os meses. Uma curiosidade: César Heitor não gostava de gaita, e de outros instrumentos que teve iniciação, mas empurrado pelo pai para aprender o instrumento com apenas seis anos, foi pegando gosto e hoje, a música tornou-se seu alimento. Com apenas 10 anos, gravou sua primeira música, participando do disco de Luiz Becker. Com 12 anos, já tocava bailes. Com 17 anos César montou sua primeira dupla sertaneja e com 20 anos decidiu seguir carreira solo. Entre as aspirações do artista, é a necessidade de conquistar espaço e subir degraus, ambição normal de qualquer artista. “Ser reconhecido é o sonho de qualquer artista que vive da música. Eu tenho esperança e antes de mais nada confio no meu trabalho, confio naquilo que eu sei fazer”, disse. Segundo o artista, as músicas para o próximo CD estão praticamente finalizadas, mas ainda não há uma previsão de lançamento, porém, uma nova remessa do último CD vai estar disponível a partir de 2015, com uma música exclusiva. Virando num animal será o novo trabalho de César Heitor. Atualmente, o sertanejo universitário está entre os estilos musicais mais ouvidos pelas pessoas. Músicas do gênero aparecem frequentemente nas paradas de sucesso de todo o país e principalmente na internet. César Heitor escolheu o gênero como música de trabalho, mas seu primeiro CD não tem somente balada universitária, outros estilos dentro do gênero sertanejo, como música romântica, vanera, forró, o que revela um artista eclético.

O seu primeiro CD lançado em 2012 já foi uma conquista, já que seu objetivo era fazer um disco com composições próprias, sem regravações de outros artistas – e assim aconteceu, como tinha planejado. Além das composições, os arranjos, melodia, tudo foi produzido por ele. Azaração, a música de trabalho, hoje toca em rádios do Brasil inteiro. Com os limites impostos por ser de uma região de interior, César Heitor desbravou novos horizontes para conquistar todos os seus objetivos. “Um de meus projetos, em 2014, foi expandir território. Estou morando em Londrina, no Paraná, hoje um grande centro de produção musical no Brasil”, finaliza. Em 2014, César Heitor participou de um concurso idealizado pelo SBT Santa Catarina – o “Festival os melhores do Sertanejo” que relevou as melhores duplas e cantores catarinenses do segmento. César Heitor concorreu com 128 nomes, ficou entre os nove finalistas no estado, por meio de votação de júri especializado. No final do Festival foi para a semifinal e ficou entre os três finalistas. Nessa última fase o artista vencedor foi escolhido por votos da população.

César Heitor:

A música “Azaração”, de sua composição, virou chiclete em vários recantos do Brasil


Centro-Oeste do país é a aposta dos produtores de Campos Novos

N

os anos 60 e 70, Campos Novos tinha muitas terras com possibilidade para a agricultura. Naquela época predominava a atividade pecuária, a base da economia camponovense. Com o passar dos anos, os produtores iniciaram uma migração, transformando grandes campos de gado em belíssimas lavouras. Com a mudança e aumento no número de produtores interessados na agricultura, as áreas produtivas de Campos Novos começaram a ficar pequenas. Com mais produtores com vontade de plantar do que terras disponíveis, foi preciso pensar em alternativas. “Esse é um dos grandes motivos dos produtores de Campos Novos procurarem novos horizontes, novos espaços. Outro fator é o atual aquecimento mundial no consumo de grãos. Assim os produtores especializados procuraram ampliar seus negócios e para ampliar, é preciso

62

buscar mais espaços”, justifica o produtor Luiz Carlos Manfroi, completando que a realidade de 20 anos atrás em Campos Novos é a realidade brasileira, facilitando a franca expansão agrícola. Com anseio de expandir na área agrícola e começar a produção em volumes relevantes, o início do século 21 foi marcado para a família Manfroi com buscas de novos espaços. Com grandes desafios seu Alcides e os filhos rodaram o Brasil visitando diversos estados das regiões Centro Oeste, Nordeste e Norte do país, conforme lembrou Luiz Carlos Manfroi, um dos cinco filhos. “Nós ficamos dez anos procurando um local adequado para o investimento que estávamos planejando. Muitas vezes encontrávamos o lugar e não fechava o preço, quando acertava o preço não servia o lugar, foi muito tempo nessa busca”, relembra Luiz Carlos.


No ano de 2008 a família de produtores encontrou o local ideal na cidade de Nova Maringá, no Mato Grosso. “Seis anos atrás apareceu uma área boa, compramos e começamos trabalhar no Mato Grosso”. Sobre as dificuldades enfrentadas, desde a parte técnica até o manejo nas lavouras, Luiz Carlos ressalta que foi o fator mais relevante, nesse desafio. Com uma infraestrutura montada, com profissionais locais, os produtores estão fazendo sucesso em terras brasileiras. Hoje os produtores da família Manfroi plantam aproximadamente 7600 hectares (ha) de lavoura de soja, milho e feijão, além de cultivar as chamadas safrinhas. “Hoje também somos produtores de feijão, cultura que o Mato Grosso não tinha o hábito de plantar”, conta Luiz Carlos. Há pouco mais de dois anos, o produtor Sebastião Paz de Almeida Junior, também percebeu uma grande oportunidade de negócio na região Centro-Oeste do Brasil e já está na quarta safra de soja em terras mato-grossenses. Segundo ele, o planejamento de expandir a produção agrícola confrontou com a escassez de terras produtivas na região de Campos Novos onde também é produtor, o que levou buscar novos desafios e começar investir na cidade de Paranatinga, no Mato Grosso. Junior observa que ainda está conhecendo a realidade do Centro-Oeste, uma região bem diferente do Sul. “No Mato Grosso a extensão territorial para a agricultura é muito superior a nossa realidade aqui do Sul, por isso, percebi uma oportunidade para o segmento. Ainda não optei por outras culturas, como feijão e milho, porque ainda estou conhecendo a realidade local”, disse Sebastião Paz de Almeida Junior. Porém como todos os produtores, futuramente, pensa em aumentar a área produtiva e expandir para outras culturas.

Em 1978, a família Zortéa embarcou num fusca com destino ao Centro-Oeste do país, interessada no plantio de seringueiras. Eduardo Zortéa lembra que visualizavam no imenso cerrado mato-grossense, praticamente formado por pastagens de gado, uma boa oportunidade para iniciar a atividade agrícola e o investimento nas seringueiras foi deixado de lado, por representar um negócio de longo prazo. O Grupo Zortéa também procurava expandir seus negócios, ofertando a estrutura para a consolidação da agricultura, com a construção de unidades armazenadoras naquela região. Vale ressaltar, que a família foi precursora nos anos 60 e 70 na abertura de lavouras em Campos Novos e na construção do primeiro armazém, embrião da cooperativa que é referência no setor agropecuário, a Copercampos. Foi assim que a aliança de duas ideias, arquitetadas pelo empreendedor Ernesto Zortéa (in memoriam), contribuiu para o desenvolvimento agroindustrial do Centro-Oeste, sendo um dos pioneiros na agricultura mato-grossense, alargando caminhos para a migração de outros produtores do Sul. “Criando a estrutura para armazenagem, se criou a oportunidade. No Mato Grosso só existia a pecuária bovina extensiva, não existia lavouras. O sucesso da expansão da agricultura em Mato Grosso é fruto de muito trabalho e nossa família foi pioneira”, ressaltou Eduardo Zortéa, filho de Ernesto Zortéa. A família possui uma propriedade na cidade de Lucas do Rio Verde (MT), a Fazenda Vovô Ernesto, com 10 mil hectares, que está arrendada para o maior produtor de soja do país, Eraí Maggi.


[ conquista]

Títulos marcam oficialização da retomada do território

O

s quatro primeiros títulos parciais que marcam a oficialização da retomada do território pelos remanescentes do quilombo da Invernada dos Negros foram entregues pelo Incra em 2014. “Ao assinar esses documentos passou um filme na minha cabeça, lembrei de quando era pequeno, porque a gente se criou ouvindo que o quilombo tinha perdido suas terras e que isso não podia ter acontecido. Agora recebemos esses títulos com o compromisso de sermos os primeiros no estado a chegar a essa conquista e não vamos envergonhar os quilombolas catarinenses”, disse José Maria Lima, o Teco Lima, presidente da Associação da Comunidade Quilombola, orgulhoso pela conquista. Segundo o superintendente regional do Incra, José dos Santos, o órgão responsável pela regularização fundiária da comunidade, ao final do processo serão desapropriadas 132 áreas que integram o território de aproximadamente 7.950 hectares e, ao passo que as áreas serão imitidas na posse para o Incra, o órgão vai repassar os títulos à comunidade. As

64

Dona Angelina Fernandes da Silva, ícone da luta pelo

reconhecimento da comunidade ao lado de Teco Lima

quatro áreas imitidas na posse já estavam sob o domínio dos quilombolas, utilizadas na atividade agropecuária. A entrega dos títulos representa a oficialização da posse de 264 hectares do território sendo que outras 22 áreas estão em fase de ajuizamento. Ao final do processo, uma escritura única será emitida em nome da associação, sendo que as terras são indivisíveis e inalienáveis. Dona Angelina Fernandes da Silva, ícone da luta pelo reconhecimento da comunidade Invernada dos Negros, sabe que a batalha ainda não terminou, mas comemorou com lágrimas as primeiras conquistas. “Agradecemos a todos que se empenharam e sabemos que a luta continua, junto a todas as outras comunidades que estão aqui”, revelou. Na última safra de verão a comunidade Invernada dos Negros já colheu os frutos, encerrando a colheita de soja das primeiras áreas plantadas e celebram resultados positivos. No inverno, a comunidade plantou aveia além de pastagem para o gado, já que também estão investindo mesmo que timidamente, em pecuária. Na safra 2015/2015, cerca de 130 hectares de soja estão semeados em terras próprias dos quilombolas e arrendadas aos redores da comunidade. “Desse total, são aproximadamente 100 hectares nas áreas da Associação e cerca de 30 hectares em lavouras que arrendamos próximas a nossa comunidade. Estamos crescendo e mostrando que somos capazes de colaborar com o PIB brasileiro”, explicou Teco Lima. Todo o trabalho da associação é realizado em conjunto. Os maquinários adquiridos em 2014 já devem ser quitados na próxima safra, com exceção da colheitadeira financiada com prazo mais longo. Teco Lima ressalta que no mês de janeiro a Associação receberá um trator, através de emenda parlamentar do Deputado Pedro Uczai.


[empresarial]

Novas instalações da filial Verdes Campos de Campos Novos, inaugurada em 2013

Conforto e agilidade aos produtores rurais

P

elo fato de Campos Novos ser o Celeiro Catarinense de grãos, com grande concentração de produtores, a Cooplantio acreditou no município e desde 2002, abriu uma de suas filiais na cidade. Em julho de 2004, a família Zanquetta assumiu a administração do empreendimento e ano a ano vem mostrando competência no trabalho que faz. A Cooplantio, filial Verdes Campos de Campos Novos, está de casa nova desde 2013, quando inaugurou um empreendimento moderno, oferecendo mais conforto e agilidade aos produtores de Campos Novos, assim oportunizando melhores negócios. O novo prédio com 1.468 m² de área construída, localizado às margens da BR-282 compreende escritório, sala de reuniões, salão de festas e depósito para agroquímicos, fertilizantes e sementes. Hoje a filial, que atua há mais de 12 anos na região, possui uma área de abrangência de sete municípios

catarinenses, atendendo mais de 500 cooperados, do pequeno ao grande produtor. Para garantir as mais avançadas soluções ao agronegócio, a Cooplantio oferece fertilizantes, sementes e agroquímicos provenientes de parceiros altamente qualificados no mercado, com a vantagem de oferecer ao produtor assessoria técnica especializada. “O importante para a Cooplantio não é apenas vender produtos, mas entregar as mercadorias com o serviço de assistência técnica realizado por engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas à campo. Com o lema “A rentabilidade é proporcional ao conhecimento por hectare”, a área técnica da Cooplantio se dedica à aplicação prática de conhecimento útil na solução de problemas enfrentados pelos agricultores, além de introduzir estratégias que aumentam a produtividade, com rentabilidade e qualidade”, destaca Laércio Zanquetta. A filial de Campos Novos está entre as melhores em termos de faturamento, sendo destaque no ranking do estado de Santa Catarina.

O lema da Cooplantio é “A rentabilidade é proporcional ao conhecimento por hectare”

65


[tecnologia]

Montagem sobre foto de O Fotógrafo

Prática recorrente e rentável para o agronegócio da região, a aviação agrícola cresce por duas razões especiais: relação custo/benefício e tempo


E

mbora não seja uma novidade tão recente nos campos de Campos Novos, a aviação agrícola é, cada vez mais, uma prática recorrente e rentável para o agronegócio da região. Os rasantes desses aviões nas plantações acontecem com uma frequência cada vez maior por duas razões especiais: relação custo/benefício e tempo. Segundo Cassiano Collet, proprietário e piloto da Aviação Agrícola Collet, foi em 1999 que os produtores de Campos Novos descobriram as vantagens de investir na aviação agrícola. “A aviação é mais um auxílio ao produtor que deseja crescer na atividade, melhorar sua produtividade, além de atendimento na hora certa da aplicação. Na última década é notável o aumento da procura dos produtores de Campos Novos por esse serviço”, destaca. Diante do avanço das fronteiras e o cultivo de grandes áreas em territórios antes intocados pela agricultura, a aviação é uma ferramenta indispensável – e, obviamente, mais eficiente em comparação ao trator, destaca Cassiano. “A aplicação aérea de defensivos e outros produtos é considerada muito mais eficiente, pois não amassa as plantas e possibilita a aplicação com maior rapidez, evitando maiores prejuízos com pragas e doenças, assim que estas são detectadas. Além disso, não faz a compactação do solo, como ocorre com aplicação com tratores, apresenta maior uniformidade na aplicação e não há transmissão de vetores e doenças entre uma lavoura e outra. Pode-se entrar na lavoura logo após a chuva, além de que, envolve um número menor de pessoas na pulverização. É uma atividade mais técnica e profissional que o trator, sem desmerecer o uso de equipamentos tradicionais”, explica. Além da aplicação de defensivos, a aviação agrícola é uma ferramenta importante na semeadura de pastagens, povoamento de lagos e rios, com peixes, dispersão de ureia e adubação sólida, além de poder ser utilizado no combate a doenças endêmicas como a dengue, pulverizando cidades e vilarejos em qualquer região do país. É, ainda, uma das principais armas contra incêndios em matas e florestas, pois pode jogar sobre a área em chamas produtos químicos anti-incêndios com maior rapidez e em maior quantidade, impedindo o alastramento dos focos de fogo ou fazendo o rescaldo.

Segundo informações do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), enquanto um trator pulveriza cerca de 100 a 200 hectares por dia, pelo ar é possível atingir de mil a 1,2 mil hectares. A pulverização aérea e a terrestre têm aproximadamente o mesmo custo operacional para cada hectare, porém, a pulverização terrestre causa perdas maiores, devido aos danos por amassamento, em decorrência do trânsito dos tratores sobre a lavoura, o que compensa a utilização da aviação. “Só o prejuízo evitado com os danos por amassamento das lavouras, já está pagando o serviço da pulverização e uma parte dos insumos”, explica Cassiano. Toda essa facilidade está expressa nas estatísticas. De acordo com o engenheiro agrônomo Alexandre Luiz Dametto Júnior, responsável técnico da Collet Aviação Agrícola, baseado no atual ritmo do setor, a aviação agrícola deve crescer cerca de 7,2% neste ano, mas o avanço é pequeno comparado ao espaço ainda não explorado por essas aeronaves. Segundo ele, os aviões pulverizam cerca de 30% das áreas agriculturáveis no país, com grande potencial de expansão nos próximos anos, vinculado principalmente as pequenas propriedades e agricultores familiares que já estão empregando a técnica aeroagrícola. Como tudo na agricultura, a aviação agrícola também depende de condições climáticas como velocidade do vento, umidade relativa do ar, temperatura, além de ter que cumprir uma série de regulamentações aeronáuticas, ambientais, trabalhistas. Na frota brasileira de aviões agrícolas, reina quase absoluto o modelo Ipanema, fabricado pela veterana Neiva, subsidiária da Embraer, instalada em Botucatu, interior paulista. Com as linhas de crédito disponíveis para o setor, é possível o produtor financiar sua própria aeronave com até 100% do valor pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social por meio do Programa BNDES de Sustentação do Investimento (PSI).

A visão de Francisco Camargo

“Só o prejuízo evitado com os danos por amassamento das lavouras, já está pagando o serviço da pulverização e uma parte dos insumos”

A atividade tem se desenvolvido na região, graças a visão do produtor Francisco Camargo, da Fazenda Ouro Verde. Feliz com os resultados da aviação agrícola nas suas plantações, o produtor cedeu espaço na sua propriedade e investiu para a instalação de uma pista de pouso e área de descontaminação da aeronave, com todos os licenciamentos ambientais que regulam o setor. Essa iniciativa tem auxiliado não apenas o produtor, mas todos os outros produtores de Campos Novos e região que utilizam ou tenham interesse no segmento aeroagrícola. A empresa de aviação também precisa ter licenciamento de operação emitida pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) para operar na pista e no estado.

67


“É um sistema muito vantajoso porque propicia a qualidade e produtividade das lavouras”

A pista de pouso é uma das poucas existentes no estado de Santa Catarina devidamente homologadas e devidamente autorizada para funcionamento. A área de descontaminação é obrigatória para o setor, para evitar a contaminação de efluentes com os restos de resíduos que permanecem na aeronave após a aplicação dos defensivos. O produtor conta que investiu cerca de R$ 50 mil para implantar a infraestrutura. Francisco Camargo destaca que utiliza o serviço há mais de 12 anos e comemora os bons resultados do emprego da aviação agrícola. “É um sistema muito vantajoso porque propicia a qualidade e produtividade das lavouras, principalmente nas lavouras de milho, onde temos alto valor agregado e temos necessidade de lançar mão de tecnologias, entre elas a aviação agrícola para obter produtividade e qualidade. Esses bons resultados estamos percebendo, com bom custo/benefício, prova disso é que já estamos usando há 12 anos”, explicou o produtor, que pretende plantar uma área de pastagem para cobertura do solo com a utilização da aviação agrícola no próximo ano. Com todas as notícias sobre a falta de sistemas de armazenagem no país, a visão do produtor Francisco Camargo fez dele um dos poucos produtores da região a fazer investimentos em estrutura de armazenagem

própria, quebrando a tradição local de entregar a produção nas cooperativas e cerealistas. Com isso, o produtor obteve vantagem competitiva, já que os grãos ficam sob seu cuidado, que pode negociar carga a carga e acompanhar a melhor situação financeira do produto e do frete. “A gente consegue obter um valor de venda um pouco maior do que na cooperativa, e temos a segurança de o produto estar guardado conosco. Podemos acompanhar a situação e fazer negociação carga a carga. O peso e a classificação saem da fazenda, tudo é negociado por aqui, então tudo fica sob nosso controle”, explica. São oito silos na Fazenda Ouro Verde. A área de lavoura da Fazenda Ouro Verde é de 970 hectares e o produtor só investe em culturas mais seguras, como milho e soja. Nesta safra de verão plantou 620 hectares de soja e o restante da área é preenchida com milho. Toda a safra sem saída garantida: a soja é negociada com multinacionais do setor de alimentos. Já o milho, é vendido para produtores da região, na alimentação de matrizes. “Tenho três ou quatro clientes que comercializam matrizes e compram toda nossa produção de milho, justamente pela ótima qualidade dos nossos grãos”, orgulha-se Francisco Camargo.



[empresarial]

comodidade e variedades de produtos em um único lugar

A

dministrando o negócio de forma inovadora e eficaz e executando ações planejadas que renderam bons resultados, a equipe da Pirâmide Vídeo e Presentes superou todos os desafios impostos pelos “tempos modernos”. Uma história de quase 30 anos no mercado do home vídeo, a empresa inovou ao lançar a papelaria com venda de artigos para escritório, informática, papéis em geral e material escolar, tudo com a proposta de vender com um preço mais baixo. “Nos últimos anos, notamos que nossa antiga sala comercial estava ficando pequena, devido aos investimentos que fizemos na papelaria”, explica Luiz Carlos Martins. Em 2014 a Pirâmide iniciou os trabalhos nas novas instalações, concretizando o plano dos sócios, de centralização e expansão. Com 540m² de área construída a loja – localizada na Praça Lauro Müller, no centro de Campos Novos - conta com duas áreas. O piso térreo onde estão os filmes, discos, utilidades para casa, presentes – e um mezanino, área sagrada das crianças, com a linha de brinquedos, e demais artigos. Os sócios proprietários, Luiz Carlos e Zélia Martins buscavam um espaço mais

70

amplo – com ampla variedade de marcas e preços – onde pudessem catalogar e expor as mercadorias em um local aconchegante para seus clientes, bem como para seus colaboradores. “Nossa preocupação era encontrar uma sala mais adequada, um espaço com condições de fazer um estoque, onde pudéssemos catalogar nossas mercadorias e principalmente, propiciar um melhor espaço para os clientes, para que pudessem fazer suas compras confortavelmentee também ofertar melhores condições de trabalho aos nossos colaboradores. Nosso investimento não é apenas conformidade, é mais importante que isso, é o ingrediente vital que torna seu ambiente mais atrativo, é a real expressão do seu estilo e personalidade”, enfatiza Luiz Carlos. A novidade para o final do ano de 2014 foi levar até a loja os super-heróis e os personagens favoritos da criançada. A equipe da Pirâmide fica muito feliz por trazer algo diferente para Campos Novos, proporcionando a proximidade de 11 personagens infantis para brincar com as crianças, desta forma, reforçando as diretrizes das ações voltadas ao cliente que são embasadas em quatro pilares: qualidade, atendimento, preço e novidade.


71


2 3

1 4

5

6

7

1. Dr. Luciano Correa em visita ao Conselho Federal da OAB, recepcionado pelo presidente, Dr. Marcus Vinícius Furtado Coêlho | 2. A Subseção promoveu palestras aos advogados com especialistas em direito de renome nacional e internacional, como o advogado criminalista Cláudio Gastão da Rosa Filho. | 3. A OAB atua na sociedade com os Projetos OAB Cidadã e OAB Vai à Escola, com objetivo de levar aos estudantes e população em geral. | 4, 5 e 6. A atual diretoria reformou e equipou duas salas com objetivo de oferecer melhores condições de trabalho aos advogados: no Fórum e na Unidade Prisional Avançada (UPA) de Campos Novos. Também promoveu reforma geral na sede da Subseção e implantou uma sala de videoconferência .

72


8

10 Diretoria da 34ª Subseção da OAB / 2013-2015 Presidente: Dr. Luciano Josué Correa Vice-Presidente: Dr. Fernando Edmilson Silva Secretária Geral: Dra. Ana Cristhyna Bosi Secretário Geral Adjunto: Dr. Alvadi Mantovani Tesoureiro: Dr. Sebastião Dias de Deus Delegada da CAASC: Dra. Andrea Pugsley

9

A

Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem sua missão voltada a promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados brasileiros. Mas não é só isso. A OAB é uma guardiã, vigilante, atenta para que a Constituição do Brasil não seja maculada, desrespeitada e para evitar que alguém tente ultrajá-la atingindo os direitos humanos. A instituição congrega toda a classe dos advogados, uma profissão que possui função social reconhecida pela Constituição Brasileira e sua atuação tem como escopo a promoção da justiça, que representa um interesse social. A OAB e as suas seções em todo o território nacional têm o dever constitucional de defender as instituições e o povo brasileiro. E a história da OAB tem

Delegada adjunta CAASC: Dra. Rita De Bastiani

cumprido essa missão. Em Campos Novos, a instituição foi fundada em 1988, tendo como presidente fundador, o advogado Edson Nelson Ubaldo. Atualmente, a Subseção da OAB de Campos Novos representa 112 profissionais advogados e advogadas, que estão instalados nos sete municípios de sua abrangência: Campos Novos, Erval Velho, Brunópolis, Monte Carlo, Zortéa, Abdon Batista e Vargem. A atual diretoria foi eleita em 2012, para o triênio 2013-2015, tendo Luciano Josué Correa como presidente. Ao encerrar 24 meses do mandato da atual diretoria, cerca de 90% das ações programadas no plano de ação lançado na campanha já foram concretizadas. Ações voltadas tanto a valorização do advogado, quando a dimensão de ser instituição parceira da sociedade foram executadas.

A voz do advogado e da sociedade 7. Entrega de carteiras da OAB aos novos advogados. | 8. Costelaço da OAB, o evento que marcou o encerramento das atividades de 2014. | 9. A delegacia da Caixa de Assistência dos Advogados (CAASC) de Campos Novos, em parceria com a OAB, realizaram campanhas voltadas a saúde e bem-estar dos advogados, como campanhas de vacinação e realização do Outubro Rosa e Novembro Azul. 10. Apoio a articulação pela construção do novo Fórum da Comarca de Campos Novos junto ao TJ/SC, bem como a implantação da Vara do Trabalho junto ao TRT/SC.

73


74



76


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.