2012 • Ano III • n °15 Publicação mensal www.revistaecoenergia.com.br
Encontro de Logística Evento reúne os principais agentes do Brasil na cidade do Rio de Janeiro
Logística e Supply Chain A importância da logística no mundo
Sumário
4
Evento
8
Logística
1º Encontro de Logística de Biocombustíveis do Rio de Janeiro
Logística e Supply Chain
14
Meio Ambiente
16
Logística
20
Mercado
22
Indicadores
Wobben instala 40ª Usina Eólica
Cenário Atual do Etanol
Situação da Safra Brasileira
Mudanças à vista
Editorial
Publicado por Ecoflex Trading Agência Virtual
O
lá amigos da Revista Ecoenergia! Nesta edição especial, vamos focalizar o 1º Encontro de Logística de Biocombustíveis, realizado dia 24 de setembro, com o intuito de consolidar os principais players de logística do país. Os melhores profissionais centrados nas mais diversas logísticas de nosso mercado e informando as novas regras da nova Lei Federal nº12.619. Podemos perceber que a logística compreende muito mais que o transporte, é um estudo de estratégias de competitividade e dinâmica, como se percebe da matéria escrita pelo profissional e palestrante Marco Aurélio Dias, da empresa Frette. O perfil da cana-de-açúcar para a safra 2011/12 é de canaviais irregulares e em más condições no estado de São Paulo, assim como com baixo rendimento agrícola, a respeito, acompanhe a matéria de Guilherme Nastari em nosso evento de Logística. Confira a obra de Osório III, na cidade de Osório, RS. Você encontrará quarenta usinas eólicas distribuídas pelo Brasil, mais cinco no exterior, sendo a Wobben a responsável a entregar ao Elecnor/Enerfín. No Panorama de Logística de Etanol, o Diretor da Bioenergia, Tarcilo Rodrigues, analisa a evolução das importações de etanol, na qual revela que está havendo uma distorção na distribuição, fazendo com que a maioria dos estados da federação utilize muito mais gasolina do que etanol. Veja o que acontecerá e um futuro próximo. Os indicadores, nesta edição, indicam os pontos positivos para o governo sair do “vermelho” na importação do preço da gasolina. Compare a safra 2012/2013 da região Centro-Sul e os valores quinzenais (2ª quinzena de setembro). Uma ótima leitura!
Os editores
Desenvolvido por AGÊNCIA VIRTUAL LTDA. Rua da Glória 366 - sala 1101 Glória - Cep 20241-180 Rio de Janeiro - RJ - Brasil agenciavirtual@virtualcomunicacao.com.br Conselho Editorial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Gustavo Eduardo Zamboni Marcelo Andrade Diretor Comercial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Jornalista Responsável Marcia Lauriodo Zamboni reg. 17118-78-45 Diretor de Criação Gustavo Eduardo Zamboni Capa Antônio Luiz Cunha Redação Marcia Lauriodo Zamboni reg. 17118-78-45 Revisão Ateliê do Texto Design Gráfico Agência Virtual Alexandre Paula Pessoa Tatiana Santos Vieira Layout e Editoração Agência Virtual Ltda. Antônio Luiz Cunha
Publicidade Antonio Carlos Moésia de Carvalho (55-21) 2224-0625 R 22/(55-21) 3545-2678 comercial@revistaecoenergia.com.br comercial2@revistaecoenergia.com.br
Visite-nos www.revistaecoenergia.com.br www.facebook.com/RevEcoenergia http://twitter.com/Rev_Ecoenergia
Eventos
º 1
Encontro de Logística de Biocombustíveis do Rio de Janeiro Evento reúne os principais agentes do Brasil
Por Antonio Carlos Moésia de Carvalho
C
omemorando os seus três anos de existência, a revista ECOENERGIA organizou o 1° Encontro de Logística de Biocombustíveis no Rio de Janeiro, no dia 24 de setembro, no Centro Empresarial Rio, na cidade do Rio de Janeiro, reunindo mais de cem participantes. O evento teve como principal objetivo consolidar em um único seminário os principais players de logística do país, dando uma relevância considerável a esta atividade. Até então, a logística sempre fora tratada, nos eventos de Biocombustíveis, como uma coadjuvante, sempre responsável pelos problemas de
4
suprimentos ocasionados em diversos produtos. Nunca, ocorrerá um evento que destacasse a logística como protagonista, como principal assunto. Nosso objetivo, nesse sentido, foi dar o pontapé inicial para que, assim, tenhamos outros eventos desta natureza espalhados pelo Brasil, tendo seu início no Rio de Janeiro, cidade que reúne grandes empresas responsáveis pela logística brasileira. De acordo com Marcelo Andrade, Diretor da Ecof lex Trading, parceira e apoiadora do evento, a Revista Ecoenergia tem como meta elaborar novos eventos dedicados às principais regiões produtoras no Brasil e, dessa maneira, levar este grandioso encontro em doses mais específicas para Ribeirão Preto, Goiânia e Suape, que serão fóruns de negócios voltados à logística, onde analisaremos detalhadamente a questão em cada região, buscando as principais soluções e visando a oferecer aos players locais informações pertinentes ao seu negócio e como está a linha de investimento na logística. Notamos que, nos painéis apresentados no evento, a logística rodoviária é predominante, tendo o Brasil o grande desafio em transformar este perfil logístico para conseguir se tornar mais competitivo aos olhos do mundo. A primeira apresentação do encontro foi do Guilherme Nastari, diretor da Datagro, que avaliou a situação da safra brasileira, abordando os índices relativos de chuvas nos anos de 2009,
2010 e 2011, os impactos da safra 2011/12 e o perfil do canavial para 2012/13. Em seguida, Tarcilo Rodrigues, Diretor da Bioagência – Agência de Fomento de Energia de Biomassa – apresentou em detalhes o Panorama da Logística de Etanol, sua conjuntura atual, mercado interno de etanol e mercado internacional. O Gerente de Projetos de Logística & Infraestrutura na Raízen Combustíveis S.A., Leandro Alves de Almeida, discorreu uma apresentação sobre eficiência logística, destacando o cenário dos modais de transporte no Brasil e o contexto da logística de biocombustíveis. Dando sequência às apresentações, o Presidente Executivo do Sindicom, Alísio Vaz, enfatizou, dentre outros temas, que os biocombustíveis precisam de investimentos em infraestrutura, para tanto, viabilizando modais de transporte mais eficientes, seguros e menos poluentes, também, apresentou o estudo do
Guilherme Nastari, diretor da Datagro
Tarcilo Rodrigues, Diretor da Bioagência
ecoenergia 5
Gerente de Projetos de Logística & Infraestrutura na Raízen Combustíveis S.A, Leandro Alves de Almeida (no topo); Presidente Executivo do Sindicom, Alísio Vaz (centro) e Marco Aurélio Dias, diretor comercial da Frette Logística e Multimodal.
Delfim Oliveira, diretor da Fecombustíveis
6 ecoenergia
ILOS para o IBP, onde aponta a necessidade de investimentos de R$53 bilhões em infraestrutura logística até 2020 para o atendimento do mercado de derivados e biocombustíveis. A empresa Frette Logística e Multimodal, através do seu diretor comercial Marco Aurélio Dias, alertou que os congestionamentos de caminhões nas estradas e portos não deixam dúvidas: a carga está cada vez mais concentrada no Transporte Rodoviário. Apesar dos planos do governo para diversificar a matriz nacional de transportes, ele voltou a ganhar mercado, enquanto a hidrovia seguiu movimento contrário ou estagnou, e a ferrovia cresceu pouco e lentamente. O Gerente Executivo de Operações e Logística da Ale Combustíveis, Sergio Araújo, apresentou a Central de Logística Integrada (CELIG), que é um serviço da ALE Combustíveis para monitoramento em tempo real da frota. No evento, também, foram abordados temas jurídicos relevantes do setor, como o apresentado pela Dra. Danielle Valois, sócia da Trench, Rossi e Watanabe, que enfocou os Marcos Regulatórios e Regras para Concessão de Portos Públicos. E, pela Dra. Ana Paula Vizintini, sócia responsável pela área trabalhista do escritório Trench, Rossi e Watanabe, que detalhou a Lei 12.619/2012 (Lei dos Motoristas), a qual dispõe sobre o exercício da profissão de motorista, regulamentando e disciplinando a jornada de trabalho, o tempo de direção e outras providências. Na avaliação da logística fluvial, o Diretor Executivo da Transdourada Transportes Ltda.,Vitório Egashira, enfatizou que o conhecimento da matriz de transporte nacional requer o conhecimento da realidade amazônica e a busca da vivência logística nas várias regiões brasileiras. A Fecombustíveis, através do seu diretor Delfim Oliveira, abordou os aspectos relevantes na logística de qua-
O Gerente Executivo de Operações e Logística da Ale Combustíveis, Sergio Araújo.
Dra Danielle Valois, sócia da Trench, Rossi e Watanabe (esq.); Dra Ana Paula Vizintini sócia responsável pela área trabalhista do escritório Trench, Rossi e Watanabe (centro) e Diretor Executivo da Transdourada Transportes ltda., Vitório Egashira (dir.)
Gerente Comercial da VLI, Igor Bretas de Figueiredo
Da esquerda para a direita: Antonio Moésia, Marcelo Andrade e Gustavo Zamboni, conselho editorial da revista Ecoenergia
lidade do biocombustível, então, destacando as ações dos produtores para minimizar inconformidades no B 100. Igor Bretas de Figueiredo, Gerente Comercial da VLI, assegurou que, com opções seguras e integradas, a empresa cresce no transporte de derivados de petróleo e biocombustíveis, desse modo, abastecendo importantes regiões do país. A expectativa para que o projeto LOGUM, empresa responsável pelo sistema dutoviário, seja um forte canal alternativo para que a logística brasileira possa tomar novos caminhos, onde irá alterar o perfil do frete, colocando este em trechos mais curtos visando a atender aos terminais LOGUM, espalhados do Centro-Oeste a São Paulo.
Segundo Antonio Carlos Moésia, diretor da Revista Ecoenergia, o alto número de participantes no evento reflete que o tema necessita estar permanentemente em debate e com a presença de palestrantes que contribuam para o setor, como aconteceu nesse 1º Encontro, e, de acordo com os participantes, o evento atingiu plenamente seus objetivos, deixando claro, para os organizadores, a realização do 2º Encontro, em 2013, provavelmente, em um lugar maior e com mais novidades.
Antonio Carlos Moésia de Carvalho Diretor da Revista Ecoenergia
ecoenergia 7
Logística
a c i t s í g o L e
n i a h C ply
Sup Por Marco Aurélio Dias
A
logística sempre foi de grande importância no mundo, a qual, na verdade, é praticada desde 200 a.C. Lógico, os comerciantes daquela época não usavam esse nome, não sabiam nem o que era, mas compravam e negociavam, transportavam, armazenavam e distribuíam todas suas mercadorias para serem vendidas em diversas localidades, nas mais longínquas regiões e em vários mercados. Faziam e dedicavam-se a todo esse empenho e tinham, obviamente, que gerar lucro em todas essas operações. O mercantilismo só existiu e se consolidou por causa da logística. Então, podemos entender que para todos os mercados e para qualquer tipo de produto são necessários compra, movimentação, transporte, carregamento e descarregamento. Nesse ponto, porém,
8
estamos olhando a logística só como um segmento, uma parte, que é o transporte. Veremos, todavia, mais para frente, que atualmente a logística é mais abrangente, tendo variações e objetivos bem mais amplos do que somente o transporte. Os tempos mudaram muito, estão bem mais dinâmicos. A competitividade e a concorrência entre produtos e mercadorias, sejam de qualquer tipo e modelo, também, tiveram grandes alterações, cada vez mais crescentes e cada vez mais instáveis. O custo logístico pode chegar a 10% do faturamento de uma empresa. Mas, em vez de serem vistos como despesas, os gastos com controle de estoques, armazenagem e gestão de transportes representam na verdade um importante investimento. Investir em logística é uma forma de conciliar maior eficiência e maior produtividade.
A necessidade de adaptação a essa nova realidade torna-se cada vez mais importante. Existe também um grande diferencial nisso tudo, essa realidade está sendo modificada sem nenhum padrão de tempo e sem nenhum sinal ou qualquer aviso prévio. Os produtores, os fabricantes, os fornecedores de serviços, os distribuidores ou representantes precisam conquistar, aumentar e, no mínimo, manter seus clientes. (*) Em valores atuais - Fonte: Organização Mundial do Comercio Com a globalização mais intensa e com o curto ciclo de troca de rentes intervenientes no processo de comércio exprodutos, as empresas estão sendo obrigadas a muterior. No processo de globalização da economia e darem também rapidamente suas técnicas de gesdas grandes movimentações de troca, o Brasil será tão. A globalização nada mais é que uma eliminação empurrado para acompanhar essas evoluções, sede todas as fronteiras entre os países, por consenão por inércia, mas por absoluta necessidade de guinte, abrindo todos os espaços para a integração permanência no cenário internacional. do comércio internacional. A consequência é mais É fundamental que o governo brasileiro racioofertas de mais produtos, com mais competidores e nalize e simplifique o comércio exterior. A nossa com várias fontes de suprimento. burocracia é exagerada e as dificuldades acabam Alguns produtos estão rapidamente se torinviabilizando todo o planejamento eficiente de nando commodities, quer em termos de caractequalquer que seja o projeto logístico. rísticas, quer pelo mercado, ou pelo preço. Hoje, como assinalado por muitos, já não basCada vez mais essa diferenciação deve pasta satisfazer, é necessário encantar seu cliente. Os sar pela otimização dos serviços, visto que é preconsumidores são cada vez mais exigentes em ciso atender os clientes com entregas rápidas, qualidade, rapidez de entrega e quanto a preços, eficazes e ao menor custo. O tempo em que as obrigando as empresas a uma eficiente e eficaz empresas apenas se programavam para vender gestão de compras, gestão de produção, gestão suas mercadorias, sem preocupação com as nelogística e comercial. cessidades e satisfação dos clientes, terminou Para se diferenciar e atrair o consumidor, é há muito. Existe uma grande pressão, cada vez preciso fazer o produto chegar na hora certa e maior, de ordem global, no trinômio: PREÇO x com o custo mais competitivo possível. QUALIDADE X ATENDIMENTO. Quando bem-planejada e executada, a logístiO Brasil já tem uma posição muito bem-prica garante a redução de custos de transporte, de vilegiada e destacada na macrorregião da Améridistribuição, de estoques, a otimização do tempo ca Latina, e já temos também uma boa posição da operação, além de reduzir os erros e as perdas e cada vez mais crescente na economia mundial. consequentes de um processo falho. Estamos lentamente invertendo nossas importaO conceito moderno de Supply Chain Manações de CIF para EX-WORKS e nossas exportagement, ou Gerenciamento da Cadeia de Suprições de FOB para CIF. mentos, tem como objetivo unir todas as fases do As barreiras operacionais ainda são grandes. processo de Supply Chain, cadeia de suprimenPortos, aeroportos e rodovias são pouco eficientos, visando a aperfeiçoar todo o processo de protes e com um custo operacional elevado, aliados dução, compras, controle de estoque, previsões à burocracia lenta e grande, com uma legislação e de vendas, armazenagem, transporte e distribuicontroles aduaneiros desatualizados. ção física. Baseia-se principalmente na parceria Em vários países existem sistemas interativos de empresas entre diversos setores, o grande pide processamento de informações entre os difelar de cada uma das etapas do Supply Chain.
ecoenergia 9
Todo o processo principia com a colocação do pedido de compra pelo cliente, ou também por uma previsão de vendas fornecida pela área comercial. Após, vem o processo de produção, a armazenagem, a distribuição e a entrega do produto final ao cliente. Este tipo de procedimento reduz o tempo de fabricação, proporciona o compartilhamento de previsões de vendas, redução de custos, agiliza as entregas e, por consequência, aperfeiçoa a produtividade. Tudo com o objetivo final de satisfazer o cliente. No início dos anos 1970 e com a grande divulgação e implantação de sistemas informatizados, começaram a ser criados os famosos e muito utilizados Sistemas de Controle de Estoque. No princípio, foi um enorme sucesso, sua principal função era controlar o inventário de matérias-primas, as entradas, as saídas e os saldos de estoque e o consumo dos materiais de processo. Na época, encontrava-se o auge da Administração de Materiais, e os conceitos e aplicações de lote econômico, estoque máximo, estoque mínimo, ponto de pedido, etc. Baseados nos consumos e vendas reais e tendo um sistema para controlar esses valores, podia-se, também, prever as necessidades para os períodos futuros, fossem eles mensais, semestrais e até anuais. Com o decorrer do tempo, a previsão de vendas e a previsão de consumo precisavam ser mais adequadas à programação de produção. Teriam também de ser considerados os estoques em processo, os pedidos colocados e em trânsito nos fornecedores. Concluía-se, então, que deveria haver maior interação entre o P.C.P. (Planejamento e Controle da Produção), o setor de Compras e o Armazém de Estoques. Para ocorrer essa maior interação entre esses três setores importantes para a empresa, criou-se uma nova ferramenta, um novo sistema, ele foi chamado de MRP - Material Requirement Planning, ou Planejamento das Necessidades de Materiais. Passado mais algum tempo, esse conceito de ferramenta foi novamente ampliado. Havia também a necessidade de incluir nes-
10 ecoenergia
se processo as áreas financeira e de vendas, fechando mais o ciclo de informações e das necessidades de suprimentos e materiais. Esse novo sistema foi chamado de MRP II, estava também criado o modelo de planejamento mestre, MPS - Master Plan Scheduling, e, assim, fechava-se a integração de todos os participantes do processo de fabricação, suprimentos, financeiro e comercial. Enfim, no final da década de 1980, surge o conceito ERP - Enterprise Resource Planning, sistema de informação gerencial, que são sistemas desenvolvidos para integrar os vários departamentos de uma empresa, dessa maneira, possibilitando a automação e o armazenamento de todas as informações de seus negócios. Com o surgimento do ERP, começou-se a perceber a necessidade de que o sistema deveria estar alinhado à evolução de um ambiente empresarial mais focado. Com este intuito, surgiu o conceito SCM - Supply Chain Management Gerenciamento da Cadeia Logística. Esta solução veio a complementar o ERP, para gerenciar toda a cadeia logística do cliente até o fornecedor, passando pelo planejamento da produção, logística, distribuição de produtos e transportes. Do recebimento da matéria-prima, passando pelo processo de produção e até a finalização do produto acabado, é preciso analisar com atenção toda a cadeia produtiva. Nesse caso, não estamos nos referindo, como cadeia produtiva, à linha de produção, ou à fabricação. Estamos nos referindo
ao processo como um todo, inclusive quanto à fabricação. Estamos buscando não apenas aperfeiçoar o fluxo de cada etapa, mas também como estudar os impactos de cada fase do ciclo de vida do produto. Com essa realidade, é necessário definir uma modelagem que consiga planejar, programar e controlar de maneira eficiente o fluxo de produtos, dos serviços, das informações, desde o ponto de origem, que são os fornecedores, passando pela produção, armazenamento, estocagem, transportes, até o local de consumo. Podemos identificar e inserir este fluxo dentro do conceito e das atribuições da logística. No entanto, o conceito de logística tem também evoluído ao longo dos anos. Podemos afirmar que já está distante o tempo que a logística tinha pequenos e outros atrativos. As mudanças que aconteceram, ao longo dos anos, transformaram o que era basicamente operacional num tema de importância estratégica fundamental.
A partir da década de 1980 e com os novos sistemas de MRP, começou a surgir o conceito de logística integrada, impulsionado principalmente pela tecnologia da informática e pelas exigências crescentes do desempenho em serviços de controle de inventário, distribuição, transportes e seus custos de entrega. Para contribuir com esses vários conceitos e cenários, surgiu também uma nova discussão conceitual, chamada de logística de mercado, marketing logístico, logística e supply chain mangement. Isso ocorreu porque facilmente se percebeu que as atividades englobadas pela logística representavam uma grande parcela do valor agregado dos produtos e que ainda assim poderiam ser mais incrementadas. Podemos identificar entre essas principais atividades: • compras, negociação e aquisição de bens, serviços e insumos;
Set | Out ecoenergia 11
• manuseio, recebimento e armazenagem dos insumos de produção; • abastecimento de linha de produção; • embalagem, acondicionamento e armazenagem de produtos acabados. • gestão de transportes e distribuição física; • previsão dos recursos financeiros relativos à movimentação; • controle e gestão da informação de todo o processo em tempo real. A cadeia de suprimentos nada mais é que a junção de todos esses setores. Os fornecedores, os fabricantes, os distribuidores e atacadistas, os clientes e até os clientes desses clientes. Para as operações que são envolvidas o mercado interno e o mercado externo, como importação de insumos, peças, componentes e na exportação dos produtos acabados, percebe-se a utilização e a grande necessidade de uma eficiente coordenação logística. No comércio exterior, nas importações e exportações, devido ao volume de informações e documentos, a quantidade de órgãos governamentais e de várias empresas intervenientes no processo é muito grande, assim sendo o controle eficaz do tempo decorrido de cada fase é fundamental para o cumprimento das metas. Essa complexidade das operações e a enorme quantidade de informações envolvidas fazem com que o processo de gestão da logística exija uma visão total-
12 ecoenergia
mente diferenciada do sistema tradicional. A visão dessa cadeia de suprimentos precisa ser sistêmica e integrada, em que as várias atividades multidisciplinares são desenvolvidas e coordenadas de forma otimizada e orientadas para a competitividade nacional e internacional. A necessidade de competitividade, contraposta a uma oferta inadequada de estrutura e recursos de apoio, faz da logística uma área de fundamental importância estratégica nas operações de uma empresa. A logística integrada, o supply chain, tem hoje diferenças marcantes, comparadas entre os serviços de transporte e armazenagem tradicionais e o serviço logístico. Os serviços tradicionais geralmente são unidimensionais, que são o transporte rodoviário e armazenagem. A logística é multidimensional, unindo transporte, armazenagem, controle de inventário, sistemas de controle e outros. Podemos também definir a função da logística como sendo a concentração de quatro atividades fundamentais, que são: a negociação e a compra das mercadorias, o transporte e movimentação dessas mercadorias compradas, a armazenagem e estocagem e, por fim, a entrega das mercadorias, que podem ter sido beneficiadas por algum processo, ou não. Para que todas essas atividades interajam, é fundamental que essas fases tenham um correto planejamento, seja de materiais ou de processos, e que também estejam intimamente relacionadas com as funções de manufatura e marketing. A cadeia produtiva e/ou de manufatura é um processo integrado. A logística precisou se adaptar a esse processo e conceito. Hoje são muito comuns os termos de logística integrada, gestão da logística, cadeia de suprimentos e supply chain management, porque na verdade é necessário que seja mesmo tudo integrado. Para alguns, ainda o termo gerenciamento da cadeia de suprimento, supply chain, está confundindo-se com logística, mas não é só isso, ela é um pro-
cesso de gestão, é uma parte fundamental dessa cadeia como um todo. A logística, em uma fase mais avançada, está como suporte para o planejamento do processo de todo o negócio. Vai integrar não só as áreas funcionais da empresa, como também a coordenação e o alinhamento dos esforços dos diversos departamentos, vendas, produção, financeiro, marketing, na busca por reduzir custos e agregar o máximo valor ao cliente final. A essa visão sistêmica e integrada, tem sido dado o nome de Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento, ou Supply Chain Management. Sem dúvida alguma, ninguém discute que agregar valor para o cliente é um dos elementos mais importantes da cadeia de suprimentos. Na realidade, todos admitem, sem restrições, que de fato é o componente principal. A lógica indica também que, se você não entregar esse valor, é bem possível que, em algum momento, alguém vai entregar, e, com isso, pode colocar seu negócio em risco. Portanto, é preciso implantar essa filosofia na base operacional, de forma que toda a gerência concorde. Embora tenhamos toda a vasta literatura a respeito, essa questão não é puramente abstrata ou teórica, o que na verdade qualquer cliente quer, e não é pouco sempre repetir, é: o menor preço, a melhor qualidade e o menor prazo de entrega. Esse trinômio, como já dissemos, é valido e muito importante para qualquer produto e para qualquer serviço, os clientes estão se reinventando todo dia e buscando sempre alguém que lhe oferte e preencha essas necessidades. É necessário que a empresa tenha definido exatamente qual e como pode atingir esse nível de valor para seu cliente. Após essa definição surgirá uma série de questionamentos estratégicos, táticos e operacionais relacionados com a implantação da cadeia de suprimentos. Desse debate emerge a definição também de qual será a melhor proposta para entregá-lo no prazo, da maneira desejada e para sua inteira satisfação. Para melhor ajuda em todas essas definições, algumas e principais perguntas seriam: • Existe um parâmetro único de medição por cliente, classe de cliente ou segmento? • Os parâmetros de medição do valor para o cliente são estáticos ou dinâmicos?
• Como se conciliam os objetivos estratégicos do seu fornecedor e do seu cliente? • Como o ERP incide na proposição de valor? • O que ocorre com o EVA - Valor Econômico Agregado de sua empresa? Quando a empresa definir essas respostas, ela deverá abandonar a postura tradicional e trabalhar em função do novo foco, em que o conceito de valor adquiriu nos últimos anos. O seu cliente já se transformou, ou está se transformando naquele que define as regras. Anteriormente, o embarcador ou o transportador decidia quantas caixas carregava por palete, ou que padrão de satisfação do cliente deveria ser atendido. Aplicavam-se também regras implícitas ou, em alguns casos, explícitas impostas unilateralmente pelo embarcador ou pelo fornecedor em produtos-chave, como o tipo e qualidade do embarque, ou o tratamento das reclamações, ou disponibilidade de informações. Atualmente, o valor transformou-se paralelamente em uma ideia mais complexa. Hoje, o fabricante, o fornecedor ou o embarcador veem com absoluta naturalidade que sua proposta de valor, inclusive o objetivo de suas empresas, transforme-se no modelo de valor do cliente. Esse mesmo conceito acontece na terceirização, nos operadores logísticos. Em muitos casos, todos os elos da cadeia de suprimentos são avaliados pelo cliente em função do valor econômico agregado ou algum outro critério de medição, o qual, com certeza, ele está medindo. A estabilidade é outra questão a ser considerada nas relações entre os integrantes da cadeia de suprimento. O valor, tal como ocorre nos processos de melhoria contínua, está sujeito a mudanças permanentes, pois não se consegue montá-lo em função de uma única e estática proposta. Se não ocorrer avaliações constantes, não deverá sobreviver por muito tempo, porque a dimensão do valor é flutuante, e as contribuições de cada participante modificam-se em consequência disso.
Marco Aurélio Dias
Economista, mestre em Adm. de Empresas, Professor de Logistica, Distribuição Física e Administração de Materiais.
Set | Out ecoenergia 13
Meio Ambiente 14
Wobben instala
40陋 Usina E贸lica Por Assessoria de Imprensa
N
o último dia 25, foi finalizada a obra de Osório III, na cidade de Osório, RS. São 13 aerogeradores do modelo E-82, totalizando 26MW entregues ao cliente Elecnor/Enerfín. Assim como aconteceu com todos os empreendimentos em que a Wobben construiu, a usina de Osório foi entregue dentro do prazo contratual, comprovando mais uma vez seu compromisso com as verdades imutáveis da empresa: segurança, qualidade, prazo e lucro. No ano passado, foram entregues as Usinas Eólicas do complexo de Mangue Seco na cidade de Guamaré, RN, com oito meses de antecedên-
cia ao previsto no contrato. O complexo possui 52 aerogeradores E-82, totalizando 104MW. Já o complexo eólico de Cerro Chato, em Santana do Livramento, RS, iniciou suas operações 14 meses antes do prazo estipulado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e ainda, nos cinco primeiros meses deste ano, registrou produtividade 3,5% superior à garantia física declarada (média dos aerogeradores em operação comercial). Atualmente, são 40 usinas instaladas pela Wobben no Brasil e mais 5 no exterior, totalizando mais de 1GW de potência, praticamente metade da capacidade existente no Brasil, que conta com 2GW instalados, de acordo com a ABEEÓLICA (Associação Brasileira de Energia Eólica). Há mais de 17 anos no país, a Wobben mantém o índice de nacionalização de 60% exigido pelo Finame, contribuindo com o desenvolvimento da indústria, além de trazer benefícios ao meio ambiente e consolidar cada vez mais a participação do setor eólico na matriz energética do Brasil.
Etanol, energia renovável... O mundo quer, a Ecoflex Trading tem...
Atuamos há 12 anos no mercado sucro-alcooleiro, oferecendo os seguintes serviços:
• • • • •
Comercialização com os principais Agentes do Mercado. Representação dos Interesses Comerciais das Unidades Produtoras. Perfil de Análises Estatísticas e de Qualidade do mercado, através do Boletim Ecoflex. Projeto de Exportação, Mercado Internacional. Estruturação de Projetos Comerciais e Logísticos, através de nossa Unidade Logistica ( Ecolog ) Cotação de fretes e Coordenação Logística Rodoviária e Cabotagem.
www.ecoflextrading.com Av. das Américas, 3500 - Ed. Hong Kong 2000 - sala 501 Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.640-102 Tel.: (21) 3545-2650 - Fax: (21) 3545-2669
Set | Out ecoenergia 15
Imagem: 1photo.com
•
Logística
Cenário Atual do Etanol Por Tarcilo Ricardo Rodrigues
O
mercado de etanol e todos os seus aspectos logísticos, comerciais e estruturais foram mostrados no 1º Encontro de Logística de Biocombustíveis no Rio de Janeiro. Em primeiro lugar, foram apresentadas as conjunturas atuais e projetadas para 2030, baseadas em um trabalho desenvolvido pela British Petroleum, mostrando os cenários de produção e consumo atuais e para 2030. Estes dados mostram uma clara evolução do consumo nos países que não fazem parte da OCDE, em destaque China, Índia e Brasil, bem como quais serão as novas áreas que atenderão a esta demanda. A situação do Brasil é muito confortável neste quesito, pois dispomos tanto de energias renováveis como fósseis ainda por serem exploradas.
16
Outro estudo importante da Agência de Administração de Energia dos Estados Unidos mostra as curvas de preço futuro do petróleo, indicando uma apreciação da commoditie nos próximos anos, em um cenário bastante provável. Este cenário mais uma vez coloca o Brasil em uma posição privilegiada, pois o nosso combustível renovável, o etanol, tem uma clara tendência de redução de custos, no médio prazo, pois ainda não exploramos o total potencial da cana-de-açúcar. O mercado de etanol nos Estados Unidos está aberto ao produto brasileiro, que é o único enquadrado na categoria de combustível avançado, assim, a sua utilização é mandatória, e, neste caso, paga-se um prêmio por este produto. A União Europeia, que adota a mistura de etanol em vários países, está muito
Market share acumulado de etanol e gasolina, período de Janeiro à Julho 2012
próxima de sua capacidade de produção, sendo necessário recorrer a importações para garantir o mandato de energias renováveis estabelecido para 2020. No Brasil, vemos uma situação bem diferente dos principais países consumidores. A oferta de etanol vem caindo por diversos fatores, mas principalmente pela falta de competitividade do etanol perante a gasolina, cujos preços são controlados, indiretamente, pelo Governo Federal. Este controle de preços vem provocando uma distorção nos mercados de combustíveis, gerando necessidades de importação de gasolina a preços internacionais, que são significativamente maiores que os praticados pela Petrobras. Esta distorção está fazendo com que a maioria dos Estados da Evolução das importações de etanol nos EUA Set | Out ecoenergia 17
Consumo mensal de gasolina-C no Brasil
Porcentagem da utilização da demanda de etanol hidratado
Federação utilize mais gasolina do que etanol, gerando custos de movimentação dos produtos muito acima das médias observadas. Os custos logísticos da movimentação da gasolina, associados à falta de planejamento da produção dos combustíveis como um todo no país, levarão a custos cada vez maiores para suprir o país. Num futuro próximo, se não tomarmos as medidas necessárias para garantir o suprimento nacional, estaremos caminhando para uma situação caótica em todo o suprimento, que, associada às ineficiências logísticas do país como um todo, nos colocará frente a um desafio que poderá ter consequências desastrosas.
Tarcilo Ricardo Rodrigues Comparativo de Custo do Km rodado em São Paulo 18 ecoenergia
Ietha/Bioagencia - Diretor
DATAGRO
DATAGRO Terminal: ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: :: ::::::::: ::: ::::: ::: ::: ::::::: :: : :::::::: ::: ::::: ::::: :::::::
:::::::::
DATAGRO j
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: Serviços DATAGRO: :: :::::::: ::::::::::::: ::: :::::::: ::: ::::::: :: :::::::::::: ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: :: :::::::: ::::::: :: ::::::::::: :: :::::: :::::::: :::: :::::::::::::::
DATAGRO
DATAGRO
DATAGRO DATAGRO
Acesse o mais completo banco de dados e os melhores relatórios sobre o mercado de açúcar e etanol.
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: :::::::::::::::::::: :: :P :N j :N P j : :P :R k :P R : : :Y /:
:D :G ::
:A
:: :S :N wY k :L
Encontre a informação que você deseja para a sua empresa
Set | Out ecoenergia 19
+55 11 4133-3944 / www.datagro.com / datagro@datagro.com.br
Mercado
Situação da Safra Brasileira Por Assessoria de Imprensa DATAGRO
20
N
as regiões canavieiras do estado de São Paulo, segundo Índice Relativo de Chuvas da DATAGRO, em 2009, houve excesso de chuvas nos meses de junho a dezembro, já 2010, foi excessivamente seco nas regiões canavieiras do estado de São Paulo, de fevereiro a junho e nos meses de agosto, outubro e novembro. O ano de 2011 apresentou clima excessivamente úmido entre os meses de janeiro e abril nas regiões canavieiras do estado de São Paulo, e mais seco do que a média histórica entre maio e setembro. Geadas atingiram os canaviais em junho e agosto. Em 2012, os meses de fevereiro e março foram significativamente mais secos do que a média histórica, seguidos por um período excessivamente úmido entre abril e julho, mas, em agosto, inaugurou um novo período de secas (drought) acima da média nas regiões canavieiras do estado de São Paulo.
O perfil da cana-de-açúcar na safra 2011/12 é de canaviais irregulares e em más condições no estado, com baixo rendimento agrícola, baixo rendimento industrial, incremento na quantidade de fibra, redução da polarização da cana e alta infestação de pestes. Houve aumento do plantio de cana de 12 meses, com menor potencial produtivo.
A nossa estimativa de produção de cana na safra 2012/13 é de 572,63 milhões de toneladas
Set | Out ecoenergia 21
Indicadores
Mudanças à vista Por Jorge Prado
E
m tempos de vendas aquecidas de carros no Brasil, com a prorrogação da desoneração do IPI sobre os zero quilômetro, o governo sinaliza com uma antecipação de notícia que poderá mexer com a safra 2013/2014: o retorno da mistura do anidro na gasolina para 25%. Está notícia, bastante aguardada pelo setor, poderá servir de estímulo e melhor planejamento para os empresários, que já poderão vislumbrar o seu mix de produção baseado na decisão. Esta medida complementa também a já em vigor necessidade das distribuidoras em efetivar contratos de suprimento de etanol anidro, fazendo com que os produtores tenham o compromisso com o país ainda mais efetivo em garantir o abastecimento. O governo, por sua vez, com essa medida de aumento da mistura de 20% para 25%, poderá aliviar a conta negativa que hoje possui para garantir o abastecimen-
22
to, proveniente das importações “pesadas” de gasolina a preços acima dos praticados dentro do país pelas refinarias para as distribuidoras. Isso tudo pela necessidade de manter a meta de inflação sob controle, não repassando a “conta” para as bombas de abastecimento. Uma medida de ganha-ganha: atende um anseio do setor sucroenergético, e mantém o consumidor contente com os preços estáveis dos combustíveis. Notícias divulgadas na mídia dão conta de que o governo pretende trabalhar com duas datas para a alteração da mistura; uma mais para o fim do primeiro semestre e, dependendo do tamanho da safra e ritmo da moagem, podendo antecipar para abril/maio. Em relação à safra corrente, foram divulgados os últimos levantamentos realizados pela ÚNICA (demonstrados nas tabelas a seguir), sobre o processamento na segunda quinzena de setembro. Para o mercado de açúcar as notícias não foram
Set | Out ecoenergia 23
24  ecoenergia
boas, pois foi reduzido o ritmo de produção em consequência da também diminuição na quantidade de cana processada. Produtores aproveitaram as paradas por conta de chuvas para adiantar a manutenção e assim direcionaram o possível para a produção de etanol. Para o abastecimento de etanol a notícia foi boa, pois, aproveitando os prêmios pagos em exportação, muitas unidades fecharam contratos com destinos principalmente nos EUA, sem com isso comprometer o suprimento do mercado doméstico.
Divulgamos, a seguir, algumas análises comparativas entre mercado físico e futuro de etanol hidratado. Estas análises podem ser contratadas à Ecoflex Trading, que possui uma equipe especializada em realizar os mais diversos serviços de inteligência, consultoria comercial e jurídica e benchmarks no setor de biocombustíveis em geral. Entre em contato conosco e faça sua consulta. Jorge Prado Ecoflex Trading & Logística
ecoenergia 25
26  ecoenergia