Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Fonoaudiologia
A investigação genética na perda auditiva não-sindrômica Acadêmica: Nayana Thaysse Araújo Muniz Orientador: Aparecido Divino da Cruz Ph. D Nayana T A Muniz
INTRODUÇÃO
A audição é o principal canal sensorial pelo qual o indivíduo tem contato com a linguagem (DALZELL, 2000)
Nayana T A Muniz
INTRODUÇÃO A linguagem oral permite que o indivíduo se comunique livremente com seus semelhantes, adquirindo e compartilhando informações (DALZELL, 2000) Nayana T A Muniz
Orelha Externa
Orelha Média
Orelha Interna Canais Semicirculares
Pavilhão Auricular Cóclea
Meato Acústico Externo
Membrana Timpânica
Nayana T A Muniz
Cadeia Ossicular
Tuba auditiva
CLASSIFICAÇÃO DA PERDA AUDITIVA HEREDITÁRIA
TIPO
CONDUTIVA NEUROSSENSORIAL MISTA CENTRAL
PARVING(1996)???????
Nayana T A Muniz
CLASSIFICAÇÃO DA PERDA AUDITIVA HEREDITÁRIA GENÉTICA ETIOLOGIA AMBIENTAL
REFERENCIAR!!! Nayana T A Muniz
CLASSIFICAÇÃO DA PERDA AUDITIVA HEREDITÁRIA PRÉ-LINGUAL ÉPOCA DE MANIFESTAÇÃO PÓS-LINGUAL REFERENCIAR!!! Nayana T A Muniz
CLASSIFICAÇÃO DA PERDA AUDITIVA HEREDITÁRIA
PRESENÇA OU AUSÊNCIA DE SINAIS ASSOCIADOS
SINDRÔMICA NÃO-SINDRÔMICA
REFERENCIAR!!! PARVING(1996)????? Nayana T A Muniz
INTRODUÇÃO
Perda auditiva congênita e a perda auditiva sensorioneural ocorre em dois de cada mil nascidos (DALZELL, 2000, MEHL e THOMPSON, 1998) Colocar outra ocorrência sendo em números (2:1000, por exemplo) Nayana T A Muniz
INTRODUÇÃO A incidência da perda auditiva é alta, principalmente quando comparada a doenças passíveis de triagem ao nascimento: doenças metabólico-hormonais como o hipotireoidismo, anemia falciforme e fenilcetonúria, analisadas pelo teste do pezinho (DALZELL, 2000, MEHL e THOMPSON, 1998) Nayana T A Muniz
INTRODUÇÃO Cerca de 16% dos casos de surdez no Brasil tenham causas genéticas confirmadas.
80% das perdas auditivas hereditárias não-sindrômicas a herança é autossômica recessiva.
MELHORAR AS PORCENTAGENS!!!
Em 70% dos casos a surdez é considerada nãosindrômica.
Em 10 a 20% a herança é autossômica dominante.
apenas 1% é de herança mitocondrial.
2 a 3% é ligada ao cromossomo X.
(GODINHO et al, 2003) Nayana T A Muniz
INTRODUÇÃO Há muitos Genes envolvidos na audição humana normal. Qualquer defeito ou alteração nesses genes poderá resultar em perda auditiva. (fraterbrasil.org.br) Nayana T A Muniz
TIPOS DE HERANÇA
Herança Autossômica Dominante (A) Nayana T A Muniz
TIPOS DE HERANÇA
Herança Autossômica Recessiva (B) Nayana T A Muniz
TIPOS DE HERANÇA Herança Autossômica Recessiva ligada ao X (X) Nayana T A Muniz
PERDA AUDITIVA GENÉTICA Autossômica recessiva (B)
Autossômica Dominante (A)
71 loci pré-lingual / severa ou profunda
54 loci pós-lingual / progressiva
Autossômica Recessiva ligada ao X (X) 3 loci
(Hereditary Hearing Loss Homepage, 2011) Nayana T A Muniz
TÉCNICA DE CGH – HIBRIDAÇÃO GENÉTICA COMPARATIVA A hibridação genômica comparativa (CGH) é uma técnica que permite que o genoma inteiro seja analisado em um só experimento, sem a necessidade de cultura celular. REFERENCIAR!!! Nayana T A Muniz
OBJETIVOS Identificar as regiões com alterações cromossômicas da perda auditiva genética não-sindrômica, permitindo associá-las com os genes descritos na literatura; Gerar base de dados genéticos relacionados à perda auditiva e sua incidência quanto aos casos estudados; Embasar o Aconselhamento Genético; Incentivar a produção de pesquisas relacionadas à perda auditiva genética. Nayana T A Muniz
METODOLOGIA 31 casos (Clínica Escola de Fonoaudiologia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás), de ambos os sexos, com idade entre 4 e 63 anos, diagnóstico de perda auditiva neurossensorial e sem etiologia definida;
Nayana T A Muniz
METODOLOGIA Todos os pais e/ou responsáveis foram entrevistados e preencheram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. NA ANAMNESE: foram investigados a existência de consanguinidade entre os pais, a história familiar, os exames de audição realizados e os possíveis fatores ambientais relacionados à doença, como contato com medicamentos ototóxicos, problemas na gestação ou no parto – quadro de infecções fetais.
Nayana T A Muniz
METODOLOGIA • avaliação genético-molecular por CGH (Hibridação Genômica Comparativa): amostras de DNA extraídas de células normais (DNA genômico de referência) e de células testes (DNA genômico do paciente com perda auditiva).
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RESULTADOS Sexo
Pacientes (%)
Época de manifestação
Pré-lingual
Pós-lingual
Masculino
45,2 (14)
78,6 (11/14)
21,4 (3/14)
Feminino
54,8 (17)
94,1 (16/17)
5,9 (1/17)
TOTAL
100 (31)
87,1 (27/31)
12,9 (4/31)
Nayana T A Muniz
RESULTADOS •Idade média = 19,5 anos; •54,8% citaram antecedentes familiares, •41,9% afirmaram não haver antecedentes e •3,2% não souberam informar, pois tratava-se de adoção e não haviam informações sobre a família biológica; •Todos os participantes apresentavam perda auditiva sensorioneural.
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ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS
DE GANHO
DE PERDA
C1 (10 alterações), C3 (19), C5 (12), C7 (7), C9 (8), C14 (7), C15 (13), C16 (8), C17 (7) e CX (15). C1 (5 alterações), C3 (11), C4 (11), C6 (13), C8 (5) e C10 (6). Nayana T A Muniz
Colocar esse slide na apresentaçã o da tabela para explicar os ganhos e perdas. Além de especificar mais sobre cada sigla: Ex: +1p34 (ganho no cromossoma 1, braço curto, loci 34)
Loci
Gene
Localização
Referências
Época de Manifestação
DFNA2 DFNA8/12
KCNQ4 TECTA
+1p34.2 -11q23.3
Kubisch et al., 1999 Verhoeven et al., 1998
Pós-lingual Pré-lingual
DFNA22
MYO6
-6q13
Melchionda et al., 2001
Pós-lingual
DFNB4 DFNB6 DFNB16 DFNB18
SLC26A4 TMIE STRC USH1C
+7q31.2-p31.3 -1p21.3-p21.1 +15q15 -11p14
Li et al., 1998 Naz et al., 2002 Verpy et al., 2001 Ouyang et al., 2002 ; Ahmed et al., 2002
Pré-lingual Pré-lingual Pré-lingual Pré-lingual
DFNB23 DFNB28
PCDH15 TRIOBP
-10p11.2-q21 -22q13
Ahmed et al., 2003 Shahin et al., 2006 ; Riazuddin et al., 2006
Pré-lingual Pré-lingual
DFNB31 DFNB36 DFNB37 DFNX2/DFN3
WHRN ESPN MYO6 POU3F4
+9q32-q34 -1p36.3 -6q13 +Xq21.1
Mburu et al., 2003 Naz et al., 2004 Ahmed et al., 2003 De Kok et al., 1995
Pré-lingual Pré-lingual Pré-lingual Pré-lingual
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CONCLUSÕES É possível compreender melhor a etiologia da perda auditiva genética não-sindrômica e seus aspectos citogenéticos e moleculares. *No Brasil: Sartoratto e sua equipe realizam exames citogenéticos para casos de perda auditiva sem etiologia definida.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • • • • • •
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DALZELL, L. et al. The New Cork State Universal Newborn hearing Screening Demostration Project: Ages of hearing loss identification, hearing aid fitting and enrollment in early intervention. Ear Hear, v. 21: p. 118-30, 2000. GODINHO R, KEOGH I, EAVEY R. Perda Auditiva Genética. Rev Bras Otorrinolaringol, v. 69, n. 1: p. 100-4, 2003. MEHL, A.; THOMPSON, V. Newborn hearing screening: The great omission. Pediatrics, v. 101: p. 1-4, 1998. PARVING, A. Epidemiology of genetic hearing impairment. In: MARTINI, A.; READ, A.; STEPHENS, D. Genetics and Hearing Impairment. London: Whurr Publishers Ltd, 1996. p. 73-81. VAN CAMP, G.; SMITH, R. Hereditary Hearing Loss Homepage. Disponível em <:http://webhost.ua.ac.be/hhh>. Acesso em julho de 2009. SARTORATO, E.L. Sudez, Quem somos? Disponível em <http://www.escience.unicamp.br/sartor/informativos/novidades_completo.php?id_novidade=455>. Acesso em: 21/08/2010. PIATTO, V.B. et al Genética Molecular da deficiência auditiva não-sindrômica. Rev. Bras. de Otorrinolaringologia, V.71, n.2, 216-23, mar./abr. 2005. Surdez. Disponível em: www.fraterbrasil.org.br/surdez.html Acesso em: 12/04/2011. GODINHO, R. et al Perda Auditiva Genética. Rev. Bras. De Otorrinolaringologia, V.69, n.1, 100-4, jan./fev. 2003. Disponível em: <www.hereditaryhearingloss.org>. Acesso em: 23/08/2011. PFEILSTICKER, L.N. et al A investigação genética na surdez hereditária não-sindrômica. Rev. Bras. Otorrinolaringologia, V.70, n.2, 182-6, mar./abr.2004. SCHMIDT, P.M. da S. A investigação genética da surdez hereditária: mutação do gene da Conexina 26. Rev. Soc. Bras. Fonoaudiologia, V.14, n.1, 142-7, 2009.
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