Prova_Tecnico_Medio_2005

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Ed u c a ç ã o P r o f is s io n a l / En s i n o M é d io

Você está recebendo do fiscal um CADERNO DE QUESTÕES e um CADERNO DE RESPOSTAS. O CADERNO DE QUESTÕES consta de 7 (sete) páginas, numeradas seqüencialmente, contendo 20 (vinte) questões: 10 (dez) de Língua Portuguesa e 10 (dez) de Matemática. O CADERNO DE RESPOSTAS consta de 5 (cinco) páginas, numeradas seqüencialmente, 2 (duas) para Língua Portuguesa, incluindo-se o espaço para a Redação, e 3 (três) para Matemática.

ATENÇÃO!

1

Não abra este caderno antes que seja autorizado pelo fiscal.

2

Desenvolva a prova no CADERNO DE QUESTÕES.

3

Resolva, primeiramente, as questões que considerar mais fáceis. Depois de terminada a prova, retorne às questões em que você encontrou maior dificuldade.

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As respostas das QUESTÕES OBJETI VAS, a REDAÇÃO e o desenvolvimento das QUESTÕES DISCURSIVAS só serão considerados se transcritos a caneta, azul ou preta, para o espaço indicado no CADERNO DE RESPOSTAS.

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Rasuras no CADERNO DE RESPOSTAS anulam a sua questão. Em hipótese alguma, haverá a substituição do referido caderno.

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Você dispõe de 03 (três) horas para fazer esta prova. Distribua o tempo disponível entre as duas provas: Língua Portuguesa e Matemática.

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Terminada a prova, confira-a com atenção e entregue ao fiscal apenas o CADERNO DE RESPOSTAS. O caderno de questões é seu.

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Siga a Agenda do Edital para acompanhar as demais etapas do Concurso.

Bom Trabalho! Antecipe a sua entrada no CEFET Química, visitando e usufruindo de sua história pelo Mundo da Ciência e da Tecnologia.

XXIV Semana da Química 8 a 12 de novembro de 2004 Unidade Rio de Janeiro

X SEMATEC 22 a 26 de novembro de 2004 Unidade Nilópolis


C a d e r n o d e Q u e s t õ e s - L ín g u a P o r t u g u e s a

Tex t o I

O BRASI L N A ESTRAD A

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Estou voltando de um fim de semana em Friburgo. Mas poderia estar regressando de qualquer cidade br asileira, que a sit uação ser ia a m esm a. É que às vezes um a m elhor com pr eensão do Br asil a gent e encont r a não nos t r at ados, m as num sim ples incident e cotidiano. Por isto estou ali na estrada. O trânsito vai fluindo normalmente. De repente, na altura de Itaboraí (como acontece freqüentemente), o fluxo dos veículos vai ficando mais lento. Descobr e- se a causa: lá est á um policial de t r ânsit o fazendo com que os aut om óveis entrem em fila única. Isto é uma técnica que costumam usar para evitar engarrafamentos, sob r et u d o q u an d o v ai ch eg an d o o v er ão. Tal t écn ica, acr ed it o, d ev e d ar cer t o n a Escandinávia, nunca aqui nos t r ópicos. A polícia r odoviária deve t er pensado que usando este processo evitaria que na altura de Magé o trânsito virasse um pandemônio. Ela sabe que, se deixar, os motoristas vão começar a ultrapassagem pela contramão, uma vez que não há praticamente movimento aí. É uma forma também de evitar desastres. Est e é o pr oblem a. A polícia r odoviár ia é br asileir a, m as não conhece os br asileiros. Porque ela apenas armou o cenário para a dramatização de mais uma cena representativa do caráter nacional. Vamos assistir ao rito do “brasileiro esperto” que “leva vantagem em tudo”. Ali est ou com a fam ília t ent ando ser bom br asileir o. O t r ânsit o é lent o, m as se continuarmos assim chegarei ao Rio a tempo (...). De repente, percebo que um carro lá longe, atrás de mim, passa para a contramão e vem desabaladamente, ultrapassando a todos nós, simples carneiros ali obedientes. Com isto, ele ganhou alguns quilômetros à nossa frente. Mas vejo isto e percebo que lá vem outro brasileiro esperto, outro e mais outros, todos na cont ram ão ult r apassando a m anada que pacient em ent e acr edit a que a or dem social possa levar a alguma coisa. Em breve já não somos uma fila única, mas uma fila dupla está se formando sem que surja qualquer guarda alemão ou sueco para controlar o que quer que seja. E a coisa não pára aí. Está, ao contrário, apenas começando. A ultrapassagem agora não é só pela minha esquerda. Começam a avançar pela minha direita, contra todas as ordens de trânsito. São ônibus, caminhões e carros que vão andando metade no asfalto, metade no barro e lama. Parecemos um exército de ocupação, uma romaria. Alguns ônibus estão cheios de torcedores de futebol, que cantam e batem na lataria, hostilizando os que transitam na pista certa. (...) Nist o percebo que j á não som os t r ês filas apenas, m as quat r o e cinco filas indo em direção ao caos. Lá de t r ás vier am out r os esper t inhos passando pelo m at agal, pensando que seus car r os são t anques. E não são m eninões com t ábua de surf, m as r espeit áveis senhor es e m at r onas, com bigode e pança, que na segunda- feir a vão se assent ar nos escritórios para dirigir o país. A irracionalidade é total. (...). Meu r ádio, por acaso, capt a a voz de um policial com ent ando o engar r afam ent o: “Câmbio/confusão geral/danou tudo/não tem mais jeito/câmbio”. Agora, sim, estamos todos ali perfeitamente brasileiros e infelizes, enquanto a raiva raia sangüínea e fresca em nossos nervos. Ali estamos, achando que íamos iludir o FMI, que o capitalismo selvagem não nos pr ej udicar ia. Ali est am os com o o “ deput ado pianist a” e o que vot a seu desonest o jeton. Ali estamos como o militar, o ministro e o alto funcionário iludindo o imposto de renda. Ali estamos, posseiros e grileiros, governantes e governados, todos apalermados porque não sabíamos que a história do país pode engarrafar.

( SANT’ANNA, Affonso Rom ano de. Por t a de colégio & out r as cr ônicas. 6 ed. São Paulo: Át ica, 2 001)

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C a d e r n o d e Q u e s t õ e s - L ín g u a P o r t u g u e s a

Q u est ã o 1 (1 0 p o n t o s)

No segundo parágrafo, a ação desempenhada pelo policial é retomada várias vezes por diferentes expressões. Copie deste mesmo parágrafo duas dessas expressões.

Q u es t ã o 2 (5 p o n t o s)

“ ( ...) o fluxo dos veículos vai ficando m ais lent o. D e scobr e - se a ca u sa : lá est á um policial de trânsito fazendo com que os automóveis entrem em fila única”. (2º parágrafo) Na frase r eescr it a a seguir, com plet e a lacuna, ut ilizando, em subst it uição à oração em negrit o acima, um conectivo de mesmo valor. O fluxo dos veículos vai ficando mais lento trânsito fazendo com que os automóveis entrem em fila única.

lá está um policial de

Q u est ã o 3 (1 0 p o n t o s)

As palavras “carneiros” (linha 21) e “manada” (linha 24) foram usadas pelo autor para se referir aos motoristas que permaneciam na fila correta de carros. Transcreva a palavra ou expressão abaixo, diretamente relacionada pelo sentido a “carneiros” e “manada”. contramão – brasileiro esperto – ordem social – engarrafamentos

Q u est ã o 4 (1 0 p o n t o s)

Apesar de narrativo, o texto apresenta procedimentos descritivos com a finalidade de caracterizar, basicamente pelas ações, dois tipos de comportamentos opostos. Isso fica evidente, por exemplo, no último período do 7º parágrafo. Escr eva duas expr essões, cada um a delas const it uída por um substantivo e um adjetivo, par a caract erizar essa oposição.

X Q u est ã o 5 (1 0 p o n t o s)

A palavra “mas”, empregada no penúltimo parágrafo, introduz uma idéia de contradição, relacionada a um grupo de infratores: “respeitáveis senhores e matronas”. Explique essa contradição.

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C a d e r n o d e Q u e s t õ e s - L ín g u a P o r t u g u e s a

Te x t o 2 Leia, abaixo, a tirinha de Quino para responder às duas questões seguintes.

Vocabulário: ludo (sm) – Espécie de j ogo de t abuleir o com dados.

Q u est ã o 6 (1 0 p o n t o s)

Assim como Affonso Romano de Sant’Anna, em sua crônica, Quino ressalta um tipo de comportamento individualista, no terceiro quadrinho da tirinha. Complete a frase abaixo, a fim de explicitar tal comportamento. O personagem que está na direção do carro (texto II) demonstra o seu individualismo, na medida em que

Q u est ã o 7 (1 0 p o n t o s)

Os autores, em geral, possuem um ponto de vista (otimista ou pessimista) a respeito da realidade tratada no texto. No texto II, por exemplo, verifica-se a mesma visão do texto I. Copie um trecho do texto 2 que expresse claramente a visão do autor.

Q u es t ã o 8 (5 p o n t o s)

As palavras “ cenár io”, “ dram at ização”, “ cena” e “ r it o” ( linhas 15 e 16 - t ext o I ) j á sinalizam um a estratégia que o autor vai usar no decorrer de todo o texto. Esta estratégia tem como efeito não apenas fazer o leitor vivenciar com o autor uma situação específica (engarrafamento no trânsito), como também, ao mesmo tempo, deslocar-se para o “lado de fora”, refletindo sobre essa situação num contexto de mundo. No último parágrafo, um advérbio é usado, algumas vezes, para marcar essa estratégia. Transcreva-o.

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C a d e r n o d e Q u e s t õ e s - L ín g u a P o r t u g u e s a

Q u est ã o 9 (1 0 p o n t o s)

Em todo o texto I, o autor trabalha com o seguinte princípio: para uma situação particular tem-se uma geral. A) Transcr eva, dent r e os par es abaixo, o que n ã o r e la cion a um fat o par t icular a um out r o m ais abrangente. Friburgo qualquer cidade (1º parágrafo) brasileiro esperto caráter nacional (3º parágrafo) carneiros motorista obedientes (5º parágrafo) o trânsito a história do país (último parágrafo)

B) No último parágrafo, o autor se utiliza do mesmo raciocínio, apresentando uma outra equivalência. Complete a frase abaixo a fim de explicitar esse raciocínio. A irracionalidade percebida no trânsito equivale

Q u est ã o 1 0 (2 0 p o n t o s)

Leia a seguinte tirinha.

O exer cício da cidadania não deve ocor r er apenas em r elação ao Est ado, m as, inclusive, de um cidadão em face a outro. No entanto, na sociedade em geral, observa-se a falta de solidariedade, de cooperação, de respeito, entre outros princípios básicos. Aproveit e a cont r ibuição das idéias dos t r ês t ext os par a escr ever um pa r á gr a fo disse r t a t iv o completo (introdução, desenvolvimento e conclusão) em, no máximo, dez linhas, sobre a seguinte questão: Que atitudes podem representar um “ataque” aos princípios básicos para o exercício de uma cidadania plena? Observação: O título é opcional.

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C a d e r n o d e Q u e s t õ e s - L ín g u a P o r t u g u e s a

Q u est ã o 1 0 (2 0 p o n t o s) con t in u ação

5


Cad er n o d e Q u es t õ es - M at em át ic a

Q u est ã o 1 (1 0 p o n t o s)

Calcule o valor de cada expressão abaixo: a) A =

4

16

3

(3 pontos)

–8

b) B = 7 2 – 5 3 7 2 c) C = – 42

3

5x7

–1

1 2 25

4

(3 pontos)

5 3 0

(4 pontos)

Q u est ã o 2 (1 0 p o n t o s)

A tabela abaixo indica a classificação final de um torneio de futebol entre seis clubes. Clubes

Vit órias

Total de pontos

Vasco

3

10

Flamengo

2

8

Fluminense

2

7

Botafogo

1

6

Bangu

1

4

São Cristóvão

?

4

Sabendo-se que: • cada um dos seis clubes j ogou apenas um a vez cont ra cada um dos out r o cinco clubes do

torneio; • foram atribuídos aos clubes, em cada jogo, 3 pontos por vitória, 1 ponto por empate e nenhum

ponto por derrota; • o Vasco ganhou do São Cristóvão.

Determine os clubes que empataram com o Botafogo.

Q u est ã o 3 (1 0 p o n t o s)

O preço de uma mercadoria sofreu um aumento de 60%. Determine, em t erm os per cent uais, que descont o deve t er o novo preço par a volt ar ao preço original.

Q u est ã o 4 (1 0 p o n t o s)

Num aquário, em forma de paralelepípedo retângulo, as dimensões das arestas internas são: • comprimento = 50 cm • largura = 40 cm • altura = 30 cm A água contida no aquário corresponde a 80% de sua capacidade total. Uma pedra é colocada no fundo do aquário e, ficando totalmente submersa, faz o nível da água subir 2 cm. Calcule o volume da pedra em cm3 .

6


Cad er n o d e Q u es t õ es - M at em át ic a

Q u est ã o 5 (1 0 p o n t o s)

Sendo a+4 < 0, resolva a inequação – x – 4

a 4

(x – a) , determinando x , em função de a .

Q u est ã o 6 (1 0 p o n t o s)

Na divisão de 477 por m, obtém-se quociente 13 e resto r, sendo m e r dois números naturais. Determine a soma dos possíveis valores de m . Questões 7, 8, 9 e 10 – Discursivas Atenção: Você deve transcrever o desenvolvimento e os cálculos das questões discursivas para o Caderno de Respostas. Q u est ã o 7 (1 0 p o n t o s) P

Na figura ao lado, ST e QR são paralelos e PH ^ é bisset r iz de QPR. Sabendo que PT = 6 cm ; TR = 2cm; RH = 4 cm; SQ = 3 cm; SL = 4,5 cm,

S

L

T

calcule o perímetro do triângulo PQR, em cm. Q

R

H

Q u est ã o 8 (1 0 p o n t o s)

O custo das fotos da turma EM-383 foi de R$400,00 e deveria ser dividido em partes iguais por todos os alunos da turma. No entanto, 5 alunos deixaram de pagar a sua parte. Por conta disso, cada um dos demais teve de pagar R$4,00 a mais. Determine o número total de alunos da turma.

Q u est ã o 9 (1 0 p o n t o s)

Jorge tem um terreno quadrado e quatro filhos: Luziane, Juvenal, Neilson e Ophélio. Jorge colocou em seu testamento que vai dividir o terreno em quatro partes retangulares e doá- las a seus quat ro filhos. Cada um receberá um a parte, conforme figura ao lado e descrições abaixo: • Ophélio ficará com 64 m2 • Neilson ficará com 48 m2 • Juvenal ficará com 120 m2

2

64 m

48 m

2

120 m

2

Determine, em m 2 , a área do terreno que caberá a Luziane.

Qu est ão 1 0 (1 0 p o n t o s) E

Na figura ao lado, ABC é um triângulo eqüilátero e CDEF é um quadrado.

D B

Calcule, em cm, a medida de CG, sabendo que FE = CA = 1 2 3 cm.

G

F

7

C

A


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