Apostila Matemática Cálculo CEFET Capítulo 05 Derivadas Aplic

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CapĂ­tulo 5

APLICAÇÕES DA DERIVADA 5.1 Variação de Funçþes Definição 5.1. Seja 1.

uma função e

.

possui um ponto de mĂĄximo relativo ou de mĂĄximo local no ponto , se existe um pequeno intervalo aberto que contem tal que:

A imagem de , 2.

para todo

, ĂŠ chamada valor mĂĄximo local de .

possui um ponto de mĂ­nimo relativo ou de mĂ­nimo local no ponto , se existe um pequeno intervalo aberto que contem tal que:

A imagem de ,

para todo

, ĂŠ chamada valor mĂ­nimo local de . Max

Min

Figura 5.1: Pontos de mĂ­nimo e mĂĄximo. Em geral, um ponto de mĂĄximo ou de mĂ­nimo ĂŠ chamado ponto extremo. 191


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

192 Exemplo 5.1. [1] Seja todo

; ĂŠ um ponto de mĂĄximo relativo, pois para ĂŠ um ponto de mĂ­nimo relativo, pois , para todo , para todo "! , sĂŁo tambĂŠm pontos extremos . Observe que

, e ;

e de . De fato :

/ 2/

[2] Seja

.

,

. Na verdade

354

4,

;

2/

&% ' )( *,+ # $ 0/ ĂŠ um ponto de mĂ­nimo relativo, pois 1 / ĂŠ o Ăşnico ponto extremo de .

6/

4 42 /

; [3] Seja ĂŠ um ponto de mĂ­nimo relativo, pois / 2/ . Como no exemplo 2/ ĂŠ o Ăşnico ponto extremo de . para todo e

anterior, 7

para todo

e

[4] Seja ou mĂ­nimo relativos em . Se ĂŠ , . :9 nĂŁo possui pontos de mĂĄximo , entĂŁo possui o ponto mĂĄximo relativo. Se ĂŠ restrita ao restrita ao intervalo 8 / < , entĂŁo possui 0/ de mĂ­nimo de mĂĄximo de o ponto relativo e o ponto intervalo ; / , entĂŁo nĂŁo possui pontos de mĂĄximo relativo ou de relativo. Se ĂŠ restrita ao intervalo

mínimo relativo. Estes exemplos nos indicam a importância dos domínios das funçþes quando queremos determinar pontos extremos. Proposição 5.1. Se BA .2/ . , então

Ê uma função derivåvel no intervalo

>=

@?

e

>=

@?

ĂŠ um extremo relativo de

A proposição nos indica que num ponto de måximo ou de mínimo relativo de uma função , a reta tangente ao gråfico de nesses pontos Ê paralela ao eixo dos . Para a prova veja o apêndice.

Figura 5.2:

"

de EApontos Ê uma A proposição não garante a existência por exemplo: CA D # / D /extremos; / função derivåvel em e ; logo

, mas não Ê ponto de måximo nem GF / HF . A proposição nos då uma condição de mínimo relativo de ; de fato,

necessĂĄria para que um ponto seja extremo.


5.1. VARIAĂ‡ĂƒO DE FUNÇÕES Definição 5.2. Seja ponto crĂ­tico de .

193

uma função derivåvel no ponto

. Se

A /

,

ĂŠ chamado

Pela proposição anterior, todo ponto extremo Ê ponto crítico. A recíproca Ê falsa. (Veja exemplo anterior). Exemplo 5.2. [1] Calcule os pontos críticos de A devemos resolver a equação: ! , são os pontos críticos. [2] Seja

2/

os pontos críticos da função ,

.% Para calcular 2/ . EntĂŁo, 1 , onde , ou seja, os pontos

; resolvemos CA # / ; entĂŁo / ĂŠ o Ăşnico ponto crĂ­tico de . # / # BA D # e sĂŁo os pontos ; resolvemos ; entĂŁo,

.

[3] Seja crĂ­ticos de .

-1

1

Figura 5.3: Pontos crĂ­ticos de

#

.

Na verdade um ponto "candidato"a måximo ou mínimo relativo de uma função derivåvel sempre deve satisfazer à equação:

A /

Mais adiante saberemos descartar dos pontos críticos, aqueles que não são extremais. Definição 5.3. 1. O ponto onde uma função atinge o maior valor (se existe) Ê chamado måximo absoluto da função.

. O ponto Ê de måximo absoluto de quando para todo , tem-se 2. O ponto onde uma função atinge o menor valor (se existe) Ê chamado mínimo absoluto da função.

. O ponto ĂŠ de mĂ­nimo absoluto de quando para todo , tem-se Um ponto de mĂĄximo absoluto ĂŠ um ponto de mĂĄximo local. A recĂ­proca ĂŠ falsa; analogamente para mĂ­nimo absoluto.


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

194

max. abs max. local

min. local

max. local min. local min. abs

Figura 5.4: Pontos de mĂĄximos e mĂ­nimos Exemplo 5.3.

/ < . O ponto ĂŠ um ponto de mĂĄximo absoluto de . De ; / < e / ĂŠ um ponto de mĂ­nimo absoluto de , pois D tal ,que para todo $; / / / < / , nĂŁo possui mĂĄximos nem

, para todo ; . Se ĂŠ definida em

mĂ­nimos. < . e sĂŁo pontos de mĂĄximos locais, mas [2] Seja tal que 6; G

< e / ĂŠ um ĂŠ mĂĄximo absoluto de , pois , para todo ;

/ / / <

mĂ­nimo absoluto de , pois , para todo ; . [1] Seja fato:

3

O teorema seguinte, devido a Weierstrass, garante a existência de pontos extremos de uma função, sem a hipótese de que a função seja derivåvel. A prova deste teorema serå omitida. Para mais detalhes veja a bibliografia avançada.

Teorema 5.1. (Weierstrass) Seja ; = @? < contĂ­nua. EntĂŁo existem

+ 3

3

+

e

em

; = @ ? <

tais que:

para todo

; = @ ? < @?

<

No teorema as hipóteses de que o domínio seja um intervalo do tipo ; = e de que a função seja contínua são condiçþes essenciais. De fato, a função contínua não possui &pontos + se de måximo nem de mínimo em qualquer intervalo aberto. A função descontínua / / . / < e

, nĂŁo possui ponto de mĂĄximo nem de mĂ­nimo no intervalo ; .

Teorema 5.2. (Rolle) Seja ; @? = @? < A contĂ­nua, '2/ derivĂĄvel em >= tal que .

>=

@?

e tal que

>=

D

?

. EntĂŁo, existe pelo menos um @?

,A 1 /

Prova: Se Ê uma função constante, então para todo >= , . Se não Ê constante, então, pelo Teorema de Weierstrass, possui pontos extremos. Suponha que Ê @?

? , terĂ­amos: , pois, caso contrĂĄrio, por exemplo se ponto de mĂĄximo; entĂŁo >= "

? ? @?

>=

. Mas pela hipĂłtese, >=

e2/ seria constante; logo, >= . A . Analogamente se ĂŠ ponto de mĂ­nimo. Portanto,


5.1. VARIAĂ‡ĂƒO DE FUNÇÕES

195

Figura 5.5: Teorema de Rolle.

.

/ < ; ! . Verifique

. A função Ê contínua / < / / tal que em ; em

; pelo teorema de Rolle, existe pelo menos um

6/ A 3 e/ .derivĂĄvel A A + + . Por outro lado, ĂŠ equivalente 1 2/ / <

. O ponto divide o intervalo ; em segmentos a , donde,

& ; logo: de comprimentos e uma função definida no intervalo ; Aplicação: Seja / < na razão mos que existe um único ponto que divide o intervalo ;

&

Teorema 5.3. (do Valor MĂŠdio) ; = @? < contĂ­nua e derivĂĄvel em Seja

>=

A

@?

-

. EntĂŁo existe pelo menos um

? > = ? =

>=

@?

tal que:

Em outras palavras, existe um ponto no grĂĄfico de , onde a reta tangente nesse ponto ĂŠ paralela ? ? Ă reta secante que liga >=

>= e

. Para a prova do teorema, veja o apĂŞndice.

f(b)

f(a)

a

x0

Figura 5.6: Teorema do Valor MĂŠdio.

b


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

196

Sabemos que uma função constante tem derivada nula. O Teorema do Valor MÊdio nos fornece a recíproca desta propriedade, como veremos a seguir. Corolårio 5.4. 1. Seja uma função contínua em então Ê constante. 2. Sejam

>=

; = @ ? <

e derivĂĄvel em

@?

>=

@?

. Se

<

funçþes contínuas em ; = e derivåveis em >= . , então , onde Ê uma constante.

@? e

@?

A / A

. Se

>=

para todo

A

@?

,

para todo

F . Pelo Teorema do Valor MĂŠdio, temos + 0; = @? BA< ; suponha + que + ' CA '0/ .tal que

+ . Como, por hipĂłtese,

+

. Como + e sĂŁo arbitrĂĄrios, temos que ĂŠ constante. Para 2, basta considerar

e aplicar 1.

1. De fato. Sejam que existe + para todo , entĂŁo

Exemplo 5.4.

/

[1] Suponhamos que um carro percorre uma distância de

em horas. Denotando por a distância percorrida pelo carro após horas, a velocidade mÊdia durante esse período de tempo Ê:

/ /

/ /

/

-

Do Teorema do Valor MĂŠdio, temos que o carro deve ter atingido a velocidade de /

pelo menos uma vez nesse perĂ­odo de tempo.

; / < . Determine / tal que BA 2/ . / < e derivĂĄvel em / ); / /;

Usamos o Teorema de Rolle ( ĂŠ contĂ­nua em ; / que BA D / ; mas EA D # . EA D / ĂŠ equivalente a entĂŁo, existe

2/ ou ; mas, somente / . # 2/ ; logo, tal . / # < . Determinar / # tal que a reta tangente ao [3] Seja definida em ; / / e # # . grĂĄfico de no ponto

seja paralela Ă secante que liga os pontos

/ # < e derivĂĄvel em / # ); entĂŁo existe Usamos o Teorema do Valor MĂŠdio ( ĂŠ contĂ­nua em ; / # , tal que:

[2] Seja

'

A

definida em

A

EA D # # Mas ; logo, temos / # . # ou ; mas, somente #

/ # # /

; resolvendo a equação, temos que #


5.2. FUNÇÕES MONÓTONAS

197

Figura 5.7: . [4] Verifique que Se

4

ĂŠ evidente. Suponha

Valor MĂŠdio, existe

4

F

4

4% sabendo que 5.2 Seja

4

A '

.

0 , obtemos o resultado.

; definamos a função

tal que

%

4 ; para todo

.

. Pelo Teorema do

; logo:

Funçþes Monótonas

uma função definida num domínio .

Definição 5.4. Ê crescente em

2.

ĂŠ decrescente em , se para todo

3. Em ambos os casos,

se para todo

1.

+

com

+

F

com

F + . + tem-se F + , tem-se + .

ĂŠ dita monĂłtona.

Figura 5.8: Funçþes crescente e decrescente, respectivamente.


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

198 Exemplo 5.5.

[1] Seja Sejam

+

Sejam crescente.

;

/ . F

tal que

decrescente. [2] Seja

+

+ ; entĂŁo:

; / . F + ; entĂŁo:

; tal que

F +

.

; F + F + / ; entĂŁo: Sejam tal que

0/ F + + em ; e + / . Logo,

/ em

e monĂłtona decrescente em

[3] Seja

F

F

. Logo,

+ . Logo,

+ , se /

.

+ F

F

/ F e / + em

;

e

ĂŠ monĂłtona

+

ĂŠ monĂłtona

F +

e

F /

, se e e ĂŠ monĂłtona crescente

O exemplo anterior nos mostra que, em geral, uma função pode ter partes do domínio onde Ê crescente e partes onde Ê decrescente. Proposição 5.2. Seja

A 1/ EA F1/ Se

1. Se 2.

uma função contínua em

para todo

>=

para todo

>=

@? @?

; = @ ? <

e derivĂĄvel em

@?

>=

; = @? < . @? < ĂŠ decrescente em ; = .

, entĂŁo

.

ĂŠ crescente em

, entĂŁo

Figura 5.9:

@?

F

Prova: 1. Sejam + >= tal que + ; como + + ĂŠ contĂ­nua + em

EA, pelo

do Valor MĂŠdio, existe Teorema / @? 3F tal +que Como para todo >= , temos que

. A prova de 2 ĂŠ anĂĄloga. Exemplo 5.6.

;

< .+ e derivĂĄvel + em A .

. [1] Determine os intervalos de crescimento e de decrescimento de BA ' BA 1/ 1 / BA F1/ & Derivando temos se, e somente se e ; logo, F1/ . Logo, ĂŠ crescente em / e decrescente / ; note A / 'se,2/e somente

em

que

. se .


5.2. FUNÇÕES MONÓTONAS

199

[2] Determine os intervalos de crescimento e de decrescimento de

CA ' # # # ; logo, BA 2/ e decrescente em .

# .

.

se, e somente se

Derivando temos Logo, ĂŠ crescente em

.

3

2

1

-2

-1

1

-1

Figura 5.10: GrĂĄfico de

.

2

# .

[3] Determine os intervalos de crescimento e de decrescimento de Derivando

temos

A

1 BA ' 2/ ; logo,

Intervalos

/ F G 7F

F 0 F1/ 0 F

ĂŠ crescente em

.

.

decrescente decrescente crescente crescente

.

se, e somente se

F / F / / /

e decrescente em

/

/ .

4

2

-2

-1

1

2

-2

-4

Figura 5.11: GrĂĄfico de

[4] Determine os intervalos de crescimento e de decrescimento de

BA

Derivando temos 2/ , e .

.

; logo, EA

/

#

.

se, e somente se


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

200

Intervalos

7F /GF

ĂŠ crescente em

/

1/ F1/ 1/ F1/

crescente decrescente crescente decrescente

F0

e decrescente em

F

F1/

/

.

7 6 5 4 3 2 1 -2

[5] A função seu nome.

( (

#

1

Figura 5.12: GrĂĄfico de

-1

.

/ ) ĂŠ crescente se /

2

F / , o que justifica

e decrescente se

[6] (Lei de resfriamento de Newton): A taxa de variação da temperatura

de um corpo Ê proporcional à diferença entre a temperatura ambiente (constante) e a temperatura

, isto ĂŠ:

1/

Se , então F / , de modo que a temperatura Ê decrescente. Logo, se a temperatura do corpo Ê maior que a do ambiente, o corpo estå resfriando. / F , então , de modo que a temperatura Ê crescente. Logo, se a Se temperatura do corpo Ê menor que a do ambiente, o corpo estå esquentando. / , então , de modo que a temperatura Ê constante. Se [7] Crescimento populacional inibido: Considere uma colônia de coelhos com população inicial numa ilha sem predadores. Seja a população no instante . Estudos ecológicos mostram que a ilha pode suportar uma quantidade måxima de + indivíduos. Sabemos que este fenômeno Ê modelado pela função logística que satisfaz à equação: 1/

+

/ cresce. + Se , então , de modo que a população


5.3. DETERMINAĂ‡ĂƒO DE MĂ XIMOS E MĂ?NIMOS

F Se + Se +

, entĂŁo , entĂŁo

F / , de modo que a população

201

/ , de modo que a população

decresce.

fica estĂĄvel.

5.3 Determinação de Måximos e Mínimos Teorema 5.5. Seja ponto . 1. Se

EA

/

; = @? <

uma função contínua em

F

EA F1/

para todo

e

e derivĂĄvel em

para todo

>=

@?

, exceto possivelmente num

, entĂŁo ĂŠ ponto de mĂĄximo de .

f’(x0 ) =0

f’(x)> 0

f’(x) < 0

+

− x0

Figura 5.13: MĂĄximo local. 2. Se

EA F /

para todo

F

EA

e

1/

para todo

, entĂŁo ĂŠ ponto de mĂ­nimo de .

f’(x) < 0

f’(x) > 0

x0

f’(x0) =0

−

+

Figura 5.14: MĂ­nimo local.

BA

/

F

Prova: 1. Se para todo @?

>= e decrescente em ; logo, A prova de 2. ĂŠ anĂĄloga.

EA F6/ 3e F para todo , entĂŁo ĂŠ crescente em

para todo .


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

202

Do teorema 5.5 segue que num ponto de måximo ou de mínimo de uma função contínua nem sempre existe derivada. Exemplo 5.7.

4 4

[1] Seja , definida em 2/; claramente nĂŁo existe. De fato. Para todo , tem-se:

A .

/

ĂŠ um ponto de mĂ­nimo de , mas

CA /

1/ F1/ 2/ . A .2/ # [2] ponto crítico Ê a solução da equação ou, equivalentemente, ; 6/ .. OPor CA D # / , se / então, outro lado, ; logo, / não Ê ponto de måximo

se se

nem de mĂ­nimo de .

#

[3] . As soluçþes da equação A 1/ , se do parågrafo anterior,

+

CA 2/

−

e . Do exemplo 2 F1/ : , se

sĂŁo A e

− +

−1

1

Figura 5.15: Esquematicamente EntĂŁo,

ĂŠ ponto de mĂĄximo e

ĂŠ ponto de mĂ­nimo de .

1

-2

-1

1

-1

Figura 5.16: GrĂĄfico de

[4] , . BA ' se De fato, /

. &

2

.

/ 0/ CA &F / Por outro lado, / .. ĂŠ ponto de mĂĄximo e

ĂŠ o valor mĂĄximo.

# .

nĂŁo ĂŠ derivĂĄvel em .

/ e EA

se

1.0

0.5

-2

-1

1

-0.5

2

Figura 5.17: GrĂĄfico de

D

.

/

se

F / . EntĂŁo,


5.3. DETERMINAĂ‡ĂƒO DE MĂ XIMOS E MĂ?NIMOS Teorema 5.6. Seja 1. 2.

uma função duas vezes derivåvel e

BA A / , entĂŁo BA A F / , entĂŁo

Prova: 1. Como

203

um ponto crĂ­tico de . Se:

ĂŠ um ponto de mĂ­nimo relativo de . ĂŠ um ponto de mĂĄximo relativo de .

BA 2/

e:

EA

/ F A A .

/

entĂŁo existe A / , se tal eque:A mĂ­nimo local de . 2. A prova ĂŠ anĂĄloga.

F / / , para todo

, se

(veja o apĂŞndice); entĂŁo,

. Pelo teorema 5.5, temos que ĂŠ um ponto de

Dos teoremas 5.5 e 5.6 temos que os candidatos a pontos de måximos e mínimos são não só pontos críticos, mas tambÊm, podem ser os pontos do domínio onde a função não Ê derivåvel.

@?

<

, após determinar os pontos de måNo caso em que o domínio de Ê um intervalo do tipo ; = @? ximo e de mínimo no intervalo >= , devemos calcular os valores da função nos extremos do intervalo e comparar estes valores com os valores måximos e mínimos obtidos anteriormente nos pontos críticos; o maior valor corresponderå ao måximo absoluto e o menor valor ao mínimo absoluto da função e os pontos correspondentes serão, respectivamente, os pontos de måximo e de mínimo absolutos.

BA A

/

, o teorema 5.6 nĂŁo afirma nada; quando acontecer isto, recomenNo caso em que damos usar o teorema 5.5. Exemplo 5.8.

? % ? % / . Como Ê = ; = e = [1] Calcule os pontos extremos de A & = ? e A & / , diferenciavel ´ em todo ponto, calculemos os pontos críticos de . A A ' se, e somente, se: que Ê o ponto crítico de . = ; então,

A A 1/ A A 3F1/

Logo, o vĂŠrtice

1/ absoluto se =

.

? =

se

= 1/ = F1/

ĂŠ um ponto de mĂĄximo absoluto de

[2] Calcule os pontos extremos de Como

se

.

se

se =

F1/

e um ponto de mĂ­nimo

; < .

Ê diferenciavel ´ em todo ponto, calculemos os pontos críticos de :

A

#

-


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

204

EA /

se, e somente, se:

segunda derivada:

logo,

teorema 5.5:

# BA

# A A '

e

#

/,

#

'

e

AA 8

#

, que sĂŁo os pontos crĂ­ticos de . A

1/

#

AA 8

e

#

sĂŁo pontos de mĂ­nimo relativo de . Como

/ se F #

F /

mĂĄximo relativo de . Por outro lado

e

BA F /

e sĂŁo pontos de mĂĄximo absolutos,

#

e

#

/ F

se

/

,

F

/

#

/

A A / /

; logo, e

8

#

/

utilizamos o ĂŠ ponto de

; logo,

sĂŁo pontos de mĂ­nimo absolutos. Veja o

desenho: 4

2

-2

-1

1

Figura 5.18: GrĂĄfico de

[3] Calcule os pontos extremos de

.

Calculemos os pontos crĂ­ticos de :

A / A H

Logo, derivada de :

BA A /

se, e somente se,

.

# # #

2

.

.

, que ĂŠ o ponto crĂ­tico de

A A # #

. Calculando a segunda

-

EntĂŁo

e o teorema 5.6 não pode ser aplicado; mas usamos o teorema 5.5 para analisar A / , então Ê sempre crescente; a mudança do sinal da primeira derivada de . Como não Ê ponto logo, no ponto não muda o sinal da primeira derivada de ; portanto de måximo nem de mínimo relativo de . Veja o desenho:


5.3. DETERMINAĂ‡ĂƒO DE MĂ XIMOS E MĂ?NIMOS

205

4

2

1

2

Figura 5.19: GrĂĄfico de

#

3

.

4

.

+ . A A / se / ou

Calculemos os pontos crĂ­ticos de ; entĂŁo, . Logo, A A # # . EntĂŁo a segunda derivada de : A A . Calculando / / 75/ A A

; logo, Ê ponto de mínimo relativo de . e o teorema não pode ser A BA / aplicado; mas usamos o teorema 5.5 para analisar a mudança do sinal de . Como < , então 2/ não Ê ponto de måximo nem de mínimo. Veja o desenho: para todo ; [4] Calcule os pontos extremos de

.

4

Figura 5.20: GrĂĄfico de

.

+ .

,

. Calculemos os pontos crĂ­ticos de em . Derivando, A % . % 8 % % 1 8 % 1 8 % / EntĂŁo, os pontos crĂ­ticos sĂŁo , . Calculando a segunda derivada de # e A A 8 # / ; logo, # ĂŠ ponto de A A F / A A

. 8 : e # måximo relativo e # Ê ponto de mínimo relativo de . Por outro lado, A A / / , e o teorema não pode ser aplicado; mas, usamos o teorema A para analisar a mudança do sinal de EA . Como BA &F / para todo pertencente a um intervalo de centro / contido em 8 # , / / 9 , então 2/ não Ê ponto de måximo nem de mínimo. Por outro como, por exemplo, [5] Calcule os pontos extremos de

.


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

206

D /

lado

o desenho:

; logo, #

ĂŠ ponto de mĂ­nimo absoluto e #

ĂŠ ponto mĂĄximo absoluto. Veja

2

1

-3

-2

-1

1

2

3

-1

-2

Figura 5.21: GrĂĄfico de

.

,

.

5.4 Concavidade e Pontos de Inflexão de Funçþes

uma função derivåvel em Seja intervalos abertos. Definição 5.5. 1.

ĂŠ dita cĂ´ncava para cima em

2.

ĂŠ dita cĂ´ncava para baixo em

se se

, onde ĂŠ um intervalo aberto ou uma reuniĂŁo de

A ĂŠ crescente em . A ĂŠ decrescente em

.

Intuitivamente, quando um ponto se desloca ao longo do gråfico de uma função , da esquerda para a direita e a reta tangente nesse ponto vai girando no sentido anti-horårio, isto significa que o coeficiente angular dessa reta tangente cresce à medida que aumenta. Neste caso a função tem a concavidade voltada para cima.

Figura 5.22: Função côncava para cima. Analogamente, quando um ponto se desloca ao longo do gråfico de uma função , da esquerda para a direita e a reta tangente nesse ponto vai girando no sentido horårio, isto significa que o coeficiente angular dessa reta tangente decresce à medida que aumenta. Neste caso a função tem a concavidade voltada para baixo.


5.4. CONCAVIDADE E PONTOS DE INFLEXĂƒO DE FUNÇÕES

207

Figura 5.23: Função côncava para baixo. Não confundir concavidade com crescimento ou decrescimento de uma função. No desenho a seguir, o gråfico de uma função crescente e côncava para cima e o de uma função decrescente e côncava para cima, respectivamente.

Figura 5.24: No desenho abaixo, o gråfico de uma função crescente e côncava para baixo e o de uma função decrescente e côncava para baixo, respectivamente.

Figura 5.25: Proposição 5.3. Seja

EA A 1/ A A F1/ Se

1. Se 2.

uma função duas vezes derivåvel em .

para todo

, entĂŁo ĂŠ cĂ´ncava para cima em .

para todo

, entĂŁo ĂŠ cĂ´ncava para baixo em .


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

208 A prova segue diretamente das definiçþes. Exemplo 5.9. Considere a função

.

.

[1] Determine, onde

ĂŠ cĂ´ncava para cima.

[2] Determine, onde

ĂŠ cĂ´ncava para baixo.

Calculando a segunda derivada:

Logo,

A A

/

se

cĂ´ncava para cima em

1 -

+ e A A F / se . EntĂŁo, . ĂŠ cĂ´ncava para baixo em .

A A

+

ĂŠ

1

-0.5

0.5

-2

Figura 5.26: Gråficos de Definição 5.6. Um ponto @? um pequeno intervalo >= 1. 2.

A

(vermelho) e

do gråfico de uma função @? tal que >= e:

>= e cĂ´ncava para baixo em ĂŠ cĂ´ncava para baixo em > = e cĂ´ncava para cima em

BA A

(azul).

ĂŠ um ponto de inflexĂŁo de , se existe

@?

ĂŠ cĂ´ncava para cima em

@?

, ou .

Se a função Ê duas vezes derivåvel, para obter os pontos , candidatos a pontos de inflexão, resolvemos a equação:

CA A

A A 2/ F e

CA A

/

e estudamos o sinal de para ( solução da equação). não

A EA implica em que seja abscissa de um ponto de inflexão; de fato, , ,A A / ; EA A / / / logo, se e Ê um ponto de mínimo (verifique!). Note que se / , então, Ê um ponto de inflexão. Num D e ponto de inflexão, não necessariamente 4 4 / temos ,A A & e se existe a segunda derivada da função. De fato, seja A A; se F / 7 / / A A temos ; então, Ê um ponto de inflexão e não existe. Como exercício esboce o gråfico de .


5.4. CONCAVIDADE E PONTOS DE INFLEXĂƒO DE FUNÇÕES Exemplo 5.10. [1] Seja logo,

2/

[2] Seja

A A

; entĂŁo:

ĂŠ ponto de inflexĂŁo de .

.

BA A ; entĂŁo:

A A 1/

A A F1/

EntĂŁo

e

1 -

8

se

8

se

.

, A A 8 A A 1/ se A A F1/ se

F

8

EntĂŁo

2/

,

/

se

8

/

F / A A 2

e

-0.5

0.5

= %:%

e

8

= %:%

1.0

.

Figura 5.27: GrĂĄfico de

sĂŁo os pontos de inflexĂŁo de .

-1.0

[3] Seja

A A

. Por outro lado,

209

.

F ; entĂŁo: 8 % = % % 8 / 8 = %:% 8 = %:% 8 8 / = %:% 8

sĂŁo os pontos de inflexĂŁo de .

2

1

-3

-2

-1

1

2

3

-1

-2

Figura 5.28: GrĂĄfico de

0

,

F

F

.

se

F2/

;


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

210

5.5 Esboço do Gråfico de Funçþes Para obter o esboço do gråfico de uma função, siga os seguintes passos: a) Determine o

.

b) Calcule os pontos de interseção do gråfico com os eixos coordenados. c) Calcule os pontos críticos. d) Determine se existem pontos de måximo e mínimo. e) Estude a concavidade e determine os pontos de inflexão. f) Determine se a curva possui assíntotas. g) Esboço. Exemplo 5.11. Esboce o gråfico das seguinte funçþes: [1] a)

.

.

1 .

.

/

b) Interseçþes com os eixos coordenados: Se / , / e / . curva passa pelos pontos

A

, entĂŁo

e se

/

2

A 7 /

c) Pontos críticos de : ; logo, resolvendo a equação / , e , que são os pontos críticos de .

A A

, entĂŁo

BA A /

; a

, obtemos

/ /

d) MĂĄximos e mĂ­nimos relativos de :

. Logo,

e ĂŠ ponto CA A / e o teorema 5.6 nĂŁo pode ser aplicado; mas, usamos o de mĂ­nimo relativo de .

teorema 5.5 para analisar a mudança do sinal da primeira derivada de .

A F / para todo F / ; entĂŁo nĂŁo ĂŠ ponto extremo de nĂŁo ĂŠ ponto extremo de . entĂŁo A A

e) Estudemos a concavidade de :

A

.

/

/

para todo

implica em

/

; e

.

A A 1/

A A F1/

se

se

ĂŠ cĂ´ncava para cima em e cĂ´ncava para baixo em e . de sĂŁo f) A curva nĂŁo possui assĂ­ntotas.

-

-

. As abscissas dos pontos de inflexĂŁo


5.5. ESBOÇO DO GRà FICO DE FUNÇÕES

211

passa pelos pontos

g) Esboço do gråfico: O gråfico de o ponto de mínimo de .

/

,

/

e

/ , onde /

ĂŠ

1

-1

1

-1

Figura 5.29: GrĂĄfico de [2] a)

% . <

; .

.

,

1 .

.

2/ , entĂŁo .2/ o que implica em / e / . A 7 *,+ CA 7 / , c) Pontos crĂ­ticos de em

: ; logo, resolvendo a equação * que são os pontos críticos de . obtemos &F / A A 3 + EA A d) Måximos e mínimos relativos de em

:

* . Logo, A A 1/ relativo e ; entĂŁo de mĂĄximo relativo e DĂŠ ponto ĂŠ ponto de mĂ­nimo & / de . Por outro lado,

; logo, ĂŠ ponto de mĂĄximo absoluto e

Ê ponto b) Interseçþes com os eixos coordenados: se 2/ ; a curva passa pelos pontos / / , ou

de mĂ­nimo absoluto de .

e) Estudemos a concavidade de 2/ ; . EntĂŁo, logo,

em

A A / A A F /

ĂŠ cĂ´ncava para cima em do ponto de inflexĂŁo de .

/

e

f) A curva nĂŁo possui assĂ­ntotas.

/ ,/ que ĂŠ o ponto de mĂĄximo de ĂŠ o ponto de inflexĂŁo de . de ;

g) Esboço do gråfico: O gråfico de

:

A A 2/

implica em

'0/

ou

%

;

/ / se se

ĂŠ cĂ´ncava para baixo em

/

; logo,

/

ĂŠ a abscissa

/ / / /

passa ,

pelos pontos ,

;

, que ĂŠ o ponto de mĂ­nimo


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

212 0.5

-3

-2

-1

1

2

3

-0.5

*

Figura 5.30: GrĂĄfico de

. . [3]

. a)

.

.

b) Interseçþes com os eixos coordenados: se / . ponto

c) Pontos crĂ­ticos de . crĂ­tico de .

/

CA ; logo BA +

/

A A + +*

d) MĂĄximos e mĂ­nimos relativos de . relativo de .

AA

, entĂŁo

/

.

f) AssĂ­ntotas.

EA A / F6/ ; logo, /

1 . Logo,

+

Logo,

e

g) Esboço do gråfico:

+

1

+

/

, que ĂŠ o ponto

ĂŠ ponto de mĂĄximo

8 , A A F /

se .

ĂŠ uma assĂ­ntota horizontal da curva.

1

; logo, a curva passa pelo

implica em que

se 8 e) Concavidade de . ou ĂŠ cĂ´ncava para baixo em

e cĂ´ncava para cima em logo, o grĂĄfico de nĂŁo possui pontos de inflexĂŁo.

+

sĂŁo assĂ­ntotas verticais da curva.

-

-

8 .

;


5.5. ESBOÇO DO GRà FICO DE FUNÇÕES

213

4

2 -2

-1

0

1

2

3

0

-2

-4

*, ++ .

Figura 5.31: GrĂĄfico de

[4] a)

.

.

&

.

.

/

2/

b) Interseçþes com os eixos coordenados: Se , então ; logo, a curva passa pelo ponto / / . Se 2/ , então 2/ ou ; logo, a curva / / , / e / . passa pelos pontos

c) Pontos crĂ­ticos de : Se

'

+

2/ ; entĂŁo, A

D

.

A /

A função Ê contínua para todo . Mas não existe ; logo, no ponto / / foi observado no gråfico do valor absoluto. Se

2/ do grĂĄfico deve existir uma "cĂşspide"como + e + . , os pontos crĂ­ticos de sĂŁo

A A + D F / ; logo,

sinal da derivada de A F1/ , se + F F e) Concavidade de . f) AssĂ­ntotas. ticais.

BA A F /

para todo

1

g) Esboço do gråfico:

A A .

0/

*,+

A A + F /

e . + e + sĂŁo pontos de mĂĄximos relativos de . Se / : ,A 6/ se, estudamos / F F + oe para valores Ă esquerda e Ă direita de / ; logo, 2/ ĂŠ um ponto de mĂ­nimo local de .

d) MĂĄximos e mĂ­nimos relativos de . Se

/

; entĂŁo,

/ .

. Logo,

ĂŠ cĂ´ncava para baixo em

/ .

nĂŁo possui assĂ­ntotas horizontais e nem ver-


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

214

-1.0

-0.5

0.5

Figura 5.32: GrĂĄfico de

.

1.0

&

.

? /

, onde , representa uma família de curvas Ê e chamada função [5] densidade de probabilidade normal padrão, que tem um papel relevante em Probabilidade e Estatística. .

a)

.

/ @ A

b) A curva passa pelo ponto c) Pontos crĂ­ticos de :

.

d) MĂĄximos e mĂ­nimos relativos de : ponto de mĂĄximo relativo de .

= ĂŠ o ponto crĂ­tico de . A A . 8 . A A >= F / ; logo, = ; logo,

= e) As abscissas dos pontos de inflexĂŁo sĂŁo: 2/ . Logo, 2/ ĂŠ a assĂ­ntota horizontal da curva. f) AssĂ­ntotas:

g) Esboço dos gråficos para =

2/ &? , =

?D , =

E ? e = D? .

1

1

[6]

% , (%

Figura 5.33: GrĂĄfico de

2

.

), que representa uma famĂ­lia de curvas.

ĂŠ


5.5. ESBOÇO DO GRà FICO DE FUNÇÕES

215

%7 / D % ; então, se % , , se Ê a) A solução da equação % , . e se %7F0 , . . 2/ , então + , se % 2/ b) Se . Neste caso, a interseção com o eixo dos Ê / + . CA *, + c) Pontos críticos: * * A 2/ se , (% ). Neste caso, o ponto crítico Ê + + . * * D D5 F / ; logo, 5 Ê ponto A A A A

e

d) MĂĄximos e mĂ­nimos: * * + % de mĂĄximo relativo se . + BA A 2/ % 0 , temos dois pontos de inflexĂŁo. e) Resolvendo , obtemos . Se

f) AssĂ­ntotas. AssĂ­ntotas horizontais:

AssĂ­ntotas verticais: % , Se +

e

% 2/

; entĂŁo,

2/

ĂŠ assĂ­ntota horizontal.

+ +

. % % sĂŁo assĂ­ntotas verticais da curva, para % e 7% F0 , respectivamente.

%7F , e se

g) Esboço dos gråficos: 5

4 1 -3

-2

-1

1

2

3

3

2 -1

1

-3

Figura 5.34: Esboço dos gråficos para

-2

% e % , respectivamente.

1

0.5

-3

[7]

% % % ,(

-2

-1

0

1

Figura 5.35: Esboço para

-1

%

2

3

.

), que representa uma famĂ­lia de curvas.

1


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

216 a)

.

.

/ / + * + *,+

+ * +

b) Interseçþes com os eixos coordenados: c) Pontos críticos de : de .

A

. ; se

% 6/

+

,

+

e

sĂŁo os pontos crĂ­ticos

CA A EA A + . ; logo, + d) MĂĄximos e MĂ­nimos: ; BA A + . ; logo, relativo de e

ĂŠ ponto de mĂ­nimo relativo de . 2/ e) Pontos de inflexĂŁo: , e 2/ ĂŠ assĂ­ntota horizontal da curva. f) AssĂ­ntotas:

ĂŠ ponto de mĂĄximo .(

% 2/

).

g) Esboço dos gråficos. Observe que a função Ê ímpar.

-3

-2

0.4

0.4

0.2

0.2

-1

1

2

-3

3

-2

-1

1

-0.2

-0.2

-0.4

-0.4

Figura 5.36: Esboço dos gråficos para

%D + , %& , e %

2

3

,%

5.6 Problemas de Otimização Nesta seção apresentaremos problemas de maximização e minimização aplicados à diversas åreas. O primeiro passo para resolver este tipo de problema Ê determinar, de forma precisa, a função a ser otimizada. Em geral, obtemos uma expressão de duas variåveis, mas usando as condiçþes adicionais do problema, esta expressão pode ser reescrita como uma função de uma variåvel derivåvel e assim poderemos aplicar os teoremas. Exemplo 5.12. [1] Determine dois números reais positivos cuja soma Ê possível.

/

e tal que seu produto seja o maior

/ ; logo, ; / / < ; o produto Ê: - Esta Ê a função / , substituindo em : / ; / / < Ê uma função derivåvel. Derivando: A / # ; o ponto # . Analisando o sinal de A , Ê claro que este ponto Ê ponto de måximo para crítico Ê

1/

Considere tal que que devemos maximizar. Como


5.6. PROBLEMAS DE OTIMIZAĂ‡ĂƒO

e

/

#

/ ; 'logo,/ .

Seja valente a minimizar

+ ; logo, obtemos a seguinte função:

derivada de :

"

e

. Note que

, obtem-se

. Calculando a segunda

/

, que ĂŠ sempre positiva; logo,

#

A 3

pontos mais prĂłximos da origem sĂŁo

. Minimizar ĂŠ equipertence Ă curva, temos que

; mas como

Derivando e igualando a zero:

mais prĂłximos da origem.

/ / um ponto da / / e considere: curva

A A

ĂŠ o produto mĂĄximo. Os nĂşmeros sĂŁo

[2] Determine os pontos da curva

217

sĂŁo pontos de mĂ­nimo; os

.

1

-1

1

-1

Figura 5.37: Exemplo [2]. [3] Determine as dimensþes do retângulo de maior årea que pode ser inscrito na elipse

? =

= ?

/-

y x

Figura 5.38: Exemplo [3].


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

218

Pela simetria da figura, estudaremos o problema no primeiro quadrante e multiplicaremos retângulo Ê , mas otimizaremos o quadrado de årea o resultado A årea do por quatro.

; como

? 8 & =

, entĂŁo:

.? 8 = 1/ = / ? # A Derivando e igualando a zero: , obtem-se . Estudan= 8 >= ? = do o sinal da derivada de temos que Ê ponto de måximo de e ; logo, a ? årea do maior = . As dimensþes do retângulo = retângulo que ? . pode ser inscrito na elipse Ê: são e % [4] Uma lata cilíndrica sem tampa superior tem volume . Determine as dimensþes da lata,

de modo que a quantidade de material para sua fabricação seja mínima.

r

h

Figura 5.39: Exemplo [4].

+

e Devemos minimizar a ĂĄrea. A ĂĄrea do cilindro e da tampa inferior sĂŁo: respectivamente, onde e sĂŁo o raio e a altura do cilindro; logo, devemos minimizar:

Mas o volume ĂŠ ; logo, temos:

Derivando e igualando a zero:

-

e

na expressĂŁo a minimizar,

.

ĂŠ o ponto de mĂ­nimo e

,

; substituindo / '

A . / 2/ , obtem-se A A / 1/

+

. Logo, as dimensĂľes da lata sĂŁo

%

.


5.6. PROBLEMAS DE OTIMIZAĂ‡ĂƒO

219

[5] Quadrados iguais são cortados de cada canto de um pedaço retangular de cartolina, me % % de comprimento. Uma caixa sem tampa Ê construída virando os dindo de largura e lados para cima. Determine o comprimento dos lados dos quadrados que devem ser cortados para a produção de uma caixa de volume måximo. 15 15-2 x x

8-2 x

8

x

Figura 5.40: Exemplo [5].

D

A altura da caixa ĂŠ ; a largura ĂŠ Logo, devemos maximizar:

e o comprimento ĂŠ

D

, observando que

/GF

F

.

/ 7

A / / / , obtemos Derivando e igualando a zero: / ou # . Mas. ; entĂŁo, # ĂŠ o Ăşnico ponto crĂ­tico de ; logo, estudando o A - % e 6 / - % . (Verifique!). sinal de , ĂŠ ponto de mĂĄximo. EntĂŁo, '

[6] Calcule as dimensĂľes de um cone circular de volume mĂĄximo que pode ser inscrito numa esfera de raio = .

h a r

Figura 5.41: Uma vista bidimensional do exemplo [6].

Usando o teorema de PitĂĄgoras temos que ; logo, # 8 = , sendo

/ F

=

= = . O volume ĂŠ F = . Derivando e igualando a zero:


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

220

A

#

# 8=

2/ , obtemos 0/ = # .

ponto de mĂĄximo e

ou

#=

;

0/

não Ê solução; então,

/ / /

#=

ĂŠo

. Determine as dimensþes [7] Um tanque cônico de aço, sem tampa, tem capacidade de do tanque que minimiza a quantidade de aço usada na sua fabricação. r

r

h

l

h

l

Figura 5.42: Exemplo [7].

, onde na Ăşltima igualdade usamos o teorema de / / / / / /

; logo, Por outro lado, o volume do tanque ĂŠ de # e

A ĂĄrea do cone ĂŠ: PitĂĄgoras.

# / / /

+

; substituindo na expressĂŁo a minimizar:

# / / / + / / / # + Como antes, minimizaremos . Deri . Logo:

, onde / A & vando e igualando a zero:

, obtemos . Usando o teorema ( ĂŠ o ponto de mĂ­nimo e A, temos que . As dimensĂľes do tanque sĂŁo - # / - /

e

e +

[8] Um pescador estĂĄ a um depĂłsito de

# de um ponto de uma praia e deseja alcançar

de . Sua velocidade na ågua Ê de por hora e na terra combustível no ponto , a # por hora. Determine Ê de o ponto da praia que deve ser alcançado pelo pescador para chegar ao depósito no tempo mínimo .


5.6. PROBLEMAS DE OTIMIZAĂ‡ĂƒO

221

x

A

B

2

y

Figura 5.43: Exemplo [8].

No desenho . A função a minimizar Ê: # . #

A # 2/ , obtemos e, calculando a Derivando e igualando a zero: / A A ' 1 / A A ĂŠ o ponto procurado. derivada segunda de : e * . Logo, 8

/

[9] Uma folha de aço de metros de comprimento e metros de largura Ê dobrada ao meio / para fazer um canal em forma de V de metros de comprimento. Determine a distância entre as margens do canal, para que este tenha capacidade måxima.

w/2 h 2

2 Îą Figura 5.44: Exemplo [9].

Observemos que

%

e

'

% e igualando a zero, obtemos que

. DF / como função de . De fato,

; logo,

. Então, podemos escrever a årea do triângulo % , / . Derivando

/

se

. Calculando a derivada segunda:

ĂŠ ponto de mĂĄximo e

.

metros.

& , a reta tangente Ă curva nesse ponto forma no primeiro

[10] Em que ponto da curva quadrante um triângulo de årea mínima? Determine a årea.


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

222

C

P

B A

Figura 5.45: Exemplo [10].

pelo ponto/ procurado. A equação da reta tangente à curva passando o ponto . Se , . Como , temos / / / / , Ê formado por , e se

8 . O triângulo / e

. A ĂĄrea ĂŠ: 1/ # 1 . Calculando a seDerivando, e igualando a zero, obtemos

Seja ĂŠ

gunda derivada:

como para todo

1/

1/ ,

,

#

ĂŠ ponto de mĂ­nimo. A ĂĄrea ĂŠ

8 .

[11] Um fóton (raio de luz) parte de um ponto para um ponto sobre um espelho plano, sendo refletido quando passa pelo ponto . Estabeleça condiçþes para que o caminho seja o mais curto possível.

B A a

b Îą

x

β

d−x

P

Figura 5.46: Exemplo [11].

vando,

Devemos minimizar o comprimento

=

?

do percurso:

&

=

e igualando a zero, obtemos:

?

. Deri-


5.6. PROBLEMAS DE OTIMIZAĂ‡ĂƒO

=

?

223

=

?

= seja o mais curto. De fato, o ponto crĂ­tico = ? ĂŠ de mĂ­nimo, pois, ? = = ? 1/ = 1/ 8 ? em particular, . = que ĂŠ equivalente a

caminho

, donde obtemos que

. Esta Ê a condição para que o

[12] A luz se propaga de um ponto a outro segundo uma trajetória que requer tempo mínimo. Suponha que a luz tenha velocidade de propagação + no ar e na ågua ( + ). Se a luz vai de um ponto no ar a um ponto na ågua, que lei determina este percurso?

P Îą a D

R

O

x

β b

β d−x

4

4 ?H 4

Figura 5.47: Exemplo [12].

4

4

Sejam = , , necessĂĄrios para o raio de luz ir de

+

4

4

4

a, e de a ,

= +

e

e sĂŁo, respectivamente:

2/

se

. Os tempos

?

a ĂŠ + . Minimizemos + = ? +

O tempo total de percurso de

Q

;/ <.

,

, equação conhecida como lei de Snell. Para verificar que a condição:

+


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

224

corresponde ao percurso de tempo mĂ­nimo, mostraremos que ponto. = ? ? + >=

A A 1/

+ > =

ĂŠ cĂ´ncava para cima em todo

?

-

para todo , pois todas as quantidades envolvidas sĂŁo positivas.

[13] Um quadro de altura a estå pendurado em uma parede vertical, de modo que sua borda inferior estå a uma altura acima do nível do olho de um observador. A que distância da parede deve colocar-se o observador para que sua posição seja a mais vantajosa para contemplar o quadro, isto Ê, para que o ângulo visual seja måximo? Perfil do problema:

a

h ι β

+ * . EntĂŁo,

Figura 5.48: Exemplo [13]. Seja

. Logo,

.

'

.

= =

.

-

*

e

; logo:

Maximizemos a seguinte função:

* * *

= =

; observe que = e o BA Derivando : >= . O ponto crítico Ê A são positivos; logo, examinemos o numerador de A . Ê crescente se F dominador de F ; então, Ê o ponto de måximo de . Para que o >= e Ê decrescente se >= da parede. ângulo visual seja måximo, o observador deve colocar-se à distância de >= [14] Implante de Vasos Sanguíneos: Suponha que um cirurgião necessite implantar um vaso sanguíneo numa artÊria, a fim de melhorar a irrigação numa certa årea. Como as quantidades envolvidas são pequenas, podemos considerar que vasos e artÊrias tem formato cilíndrico não elåstico. Denotemos por e o início e o final da artÊria e suponhamos que se deseje implantar o vaso num ponto da artÊria, de modo que a resistência ao fluxo sanguíneo entre e seja a menor possível. A lei de Poiseuille ( , onde Ê o comprimento do vaso, afirma que a resistência do sangue no vaso Ê:


5.6. PROBLEMAS DE OTIMIZAĂ‡ĂƒO

225

Ê o raio do vaso e uma constante positiva que depende da viscosidade do sangue. Nossa estratÊgia serå determinar o melhor ângulo do implante. Para isto, consideremos o seguinte diagrama:

D r2

r1

Îą

A

B

C Figura 5.49: .

e

Sem perda de generalidade, podemos supor que + comprimento do segmento , + o comprimento do segmento e o ângulo segmento , o comprimento do segmento

/

. Denotemos por o , o comprimento do : D

d2

β

A

d0

Îą

B

C d1

x

Figura 5.50: Esquema.

8 + +

A resistĂŞncia total ĂŠ:

, ; logo,

+ , e são constantes. de . Do desenho: Escrevamos em função 7 7 + e

,

. 8 ; logo, +

% % % % 2% + 8 % , onde % + e % . + + % % % A 2% + % % 8 2/ +

Observamos que

EntĂŁo,


226

entĂŁo,

% 8 +

CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

= :% % 8 8 + ĂŠ o ponto crĂ­tico. A A 2% + % % + +

+ %+ A A : % % D / , onde

Sabendo que

>= , temos que:

D

: % % 8 + . Logo, o melhor ângulo para fazer o implante Ê = . Por exemplo, supondo %:% 8 + + . e que + Ê 3 vezes , obtemos

=

e

5.7 Teorema de L’Hôpital Comumente, ao estudar limites, aparecem expressþes indeterminadas. Por exemplo:

onde a expressĂŁo indeterminada ĂŠ do tipo . O teorema de L’HĂ´pital nos indica um mĂŠtodo para fazer desaparecer estas indeterminaçþes e calcular limites de uma forma mais eficiente. Teorema 5.7. (L’HĂ´pital) Sejam e funçþes derivĂĄveis num domĂ­nio que pode ser um intervalo aberto ou uma reuniĂŁo de 2/ intervalos abertos, exceto possivelmente num ponto = e , para todo =. 1. Se

2. Se

.

.

2/

e

EAA

EAA

e

, entĂŁo:

EAA

, entĂŁo:

A

A

Para a prova do teorema veja o apĂŞndice. O teorema tambĂŠm ĂŠ vĂĄlido para laterais e EA A limites

A

para limites no infinito. Se

logo;

Em geral se

e

EA A A A

A

e

satisfazem Ă s hipĂłteses do teorema e

A

A

A A A A

.

satisfazem Ă s hipĂłteses do teorema e

A A

, entĂŁo:

, entĂŁo:


5.7. TEOREMA DE L’HÔPITAL

227

-

Se a função da qual estamos calculando o limite Ê vezes derivåvel, podemos derivar sucessivamente atÊ "eliminar"a indeterminação. Para indicar o tipo de indeterminação, denotamos

, , etc. Exemplo 5.13.

*

[1] Calcule

. Primeiramente observamos que o limite apresenta uma inde-

terminação do tipo . Aplicando o teorema, derivamos o numerador e o denominador da função racional duas vezes; então:

[2] Calcule ma:

[3] Calcule ma:

= 1

*

*

*

1

. O limite apresenta uma indeterminação do tipo

= 1 =

>=

. Aplicando o teore-

> = -

. O limite apresenta uma indeterminação do tipo

. Aplicando o teore-

%

5.7.1 Outros tipos de indeterminaçþes

O teorema de L’HĂ´pital nos indica somente como resolver indeterminaçþes do tipo e . / / Outros tipos, como

, , , e , podem ser resolvidos transformando-os nos tipos jĂĄ estudados no teorema.

Caso

/ ; entĂŁo fazemos:

. O limite ĂŠ uma forma indeterminada do tipo

ĂŠ uma forma indeterminada do tipo . Aplicando o teorema:

[1] Calcule

A 8 A 8

/-


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

228

[2] Um objeto de massa ĂŠ deixado cair a partir do repouso. Sua velocidade apĂłs segundos,

% , onde Ê aceleração devida tendo em conta a resistência do ar, Ê dada por:

* *

% 1/ . Calculemos

Ă gravidade e

entĂŁo fazemos:

*

%

/

;

que ĂŠ uma forma indeterminada do tipo . Aplicando o teorema: & % % % * * *

. O limite ĂŠ uma forma indeterminada do tipo

-

Como exercĂ­cio, interprete este limite.

Caso

[1] Calcule fazemos:

8

% . 1 %

%

. O limite ĂŠ uma forma indeterminada do tipo

8

8

% 8

& %

8 % .

; entĂŁo

. Aplicando o teorema: % 1 % %

ĂŠ uma forma indeterminada do tipo e novamente apli

camos o teorema ao Ăşltimo limite:

fazemos:

% .% 1

ĂŠ uma forma indeterminada do tipo

Observamos que

[2] Calcule

%

%

%

. O limite ĂŠ uma forma indeterminada do tipo

8%

%

ĂŠ uma forma indeterminada do tipo

& %

D %

; entĂŁo

-

e novamente aplicamos o teorema:

%

'

/-


5.7. TEOREMA DE L’HÔPITAL

229

Caso

8 2%

% 8 8

[1] Calcule

. O limite ĂŠ uma forma indeterminada do tipo

temos:

logo;

%

nio, temos:

8 8

Da Ăşltima igualdade:

entĂŁo,

* 8

*

8 8 8 0

*

; fazendo:

%

Ê uma função contínua em seu domí-

8

-

; entĂŁo fazemos:

. O limite ĂŠ uma forma indeterminada do tipo

*

8 -

O limite ĂŠ uma forma indeterminada do tipo . Aplicando o teorema: 8 * * O limite ĂŠ uma forma indeterminada do tipo e novamente aplicamos o teorema:

Como

*

'

;

.

8

8

*

/

8

. O limite ĂŠ uma forma indeterminada do tipo .

8 8 8

entĂŁo aplicamos o caso A:

. Aplicando o teorema:

. Como

[2] Calcule

ĂŠ uma forma indeterminada do tipo

. Este limite ĂŠ uma forma indeterminada do tipo

entĂŁo, aplicamos o caso A:

*

*

Ê uma função contínua em seu domínio, temos:

-

/

;


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

230

Da Ăşltima igualdade:

Caso

entĂŁo,

*

[1] Calcule

*

* 8 8 * 8

8 -

8 *

.

; fazemos: . O limite ĂŠ uma forma indeterminada do tipo

8

* . O limite ĂŠ uma forma indeterminada do tipo e novamen-

te aplicamos o teorema:

*

*

*

2/

Ê uma função contínua em seu domínio, temos: 8 * 8 * Da última igualdade: * . Como

[2] Calcule

8

. O limite ĂŠ uma forma indeterminada do tipo

entĂŁo,

%

te aplicamos o teorema:

8

8 8

8

% 8 8 8

Da Ăşltima igualdade:

[1] Calcule

; fazemos:

uma função contínua em seu domínio, temos:

2/ -

8 2/

8

Caso

%

8

. O limite ĂŠ uma forma indeterminada do tipo e novamen-

Sendo

2/ -

.

. O limite ĂŠ uma forma indeterminada do tipo

/

; fazemos:


5.8. DIFERENCIAL DE UMA FUNĂ‡ĂƒO

entĂŁo:

.

. O limite ĂŠ uma forma indeterminada do tipo

aplicamos o teorema:

231

'

e novamente

.2/ -

/

uma função contínua em seu domínio, temos: 2/ Da última igualdade: . % . O limite Ê uma forma indeterminada do tipo / ; fazemos: [2] Calcule 8 ' 8 %

% . / entĂŁo: 8 8 . O limite ĂŠ uma forma indeterminada do tipo

Sendo

e novamente aplicamos o teorema:

Sendo

8

%

uma função contínua em seu domínio, temos: 8 8 % 8 % 8

2/ -

'

8%

8 % 0

Da Ăşltima igualdade:

8

2/ -

.

Em geral, nos casos de potĂŞncias indeterminadas, usamos a função logarĂ­tmica poder aplicar o teorema de L’HĂ´pital. A continuidade da função logarĂ­tmica permite resolver este tipo de limite. inversa

para

e de sua

5.8 Diferencial de uma Função A diferencial de uma função serå introduzida de maneira formal. Ao leitor interessado reco mendamos a bibliografia avançada. Seja

uma função definida num domínio . e diferenciåvel no ponto . Denotemos por o número (não nulo), tal que

Definição 5.7.

no ponto ĂŠ denotada por ou , a diferencial de .

em ĂŠ denotado por e definido por 2. O incremento de

1. Para cada BA por

e definida

.


232

CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

Para fixado, Ê uma função linear sobre o domínio de todos os valores possíveis de e Ê uma função sobre o domínio de todos os valores possíveis de . Seja , então:

.

2/ - Se A 2/

EA

:

- temos que

, onde

Compare com linearização. Exemplo 5.14. Seja logo

.

Por outro lado,

;

1.

2.

5.9

e

Propriedades Sejam entĂŁo:

; no ponto :

2/

2/

Ê uma "boa"aproximação para

Ê uma função tal que

. EntĂŁo:

e

, entĂŁo

2/

:

.

;

e

.

funçþes definidas num domínio e diferenciåveis no ponto ,

.

.

ExercĂ­cios

1. Verifique as condiçþes do teorema de Rolle e determine os do teorema:

/ < /

, no intervalo ; . , no intervalo ; < (b) 1 . (c) , no intervalo ; .0 % # (d)

, no intervalo ; (a)

.

correspondentes Ă conclusĂŁo

# < <

2. Verifique as condiçþes do teorema do valor mÊdio e determine os conclusão do teorema.

.

. (b) (a)

, no intervalo ; # < , no intervalo ; <

correspondentes Ă


5.9. EXERCĂ?CIOS

(d) (c)

233

. < , no intervalo ; . / <

, no intervalo ;

3. Calcule os pontos crĂ­ticos (se existem) de:

(b)

(c)

(d)

(e)

(f)

(g)

(h)

# #

# #

(a)

(j)

(k)

(l)

(m)

(n)

(o)

(p)

% 0 % 0

(i)

4

#4 # 1

>= ,

!

e=

/

4. Usando a primeira derivada, determine os intervalos de crescimento e/ou decrescimento das seguintes funçþes:

(b) (c) (d) (e) (a)

(f) (g)

(h)

. .

/ #

. .

. #

.

(j)

(k)

(l)

(m)

(n)

(o)

(p)

# 1

0 0

(i)

5. Calcule os pontos de mĂĄximos e de mĂ­nimos relativos (se existem) de: (a)

(b)

(c)

# #

(d)

(e)

(f)

#

(g)

(h)

(i)

(j)

(k)

(l)

# # 1

# #

#


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

234 (m)

(n)

(o)

# #

(q)

(r)

(p)

6. Calcule os pontos de inflexĂŁo (se existem) e estude a concavidade de: (a) (b)

# / / # #

(c)

(d)

(e)

(f)

(g)

7. Esboce os grĂĄficos de:

8.

9.

# #

(a)

(b)

(c)

(d)

(e)

(f)

(g)

(h)

(i)

(k)

(l)

(m)

(n)

#

(o)

(p)

#

(q)

(k)

(l)

(m)

(n)

2% +

(t)

(u)

1

(v)

(w)

(x)

(y)

#

(s)

*

Determine o valor de tal que a função . em % E? % ? = = Seja

(j)

(r)

(i)

(j)

(h)

1

1

admita um ponto de inflexĂŁo

2/ .

e=

(a) Determine o Ăşnico ponto de inflexĂŁo de . (b) Verifique que

# % 1/ ? tem um ponto de mĂĄximo e um ponto de mĂ­nimo se =

.


5.9. EXERCĂ?CIOS

10. Seja (a) Se

(b) Se

&

235

, onde

sĂŁo nĂşmeros naturais. Verifique:

ĂŠ par, tem um ponto de mĂ­nimo em ĂŠ par, tem um ponto de mĂ­nimo em

11. Esboce o grĂĄfico da famĂ­lia de curvas

2/ . .

% ,%

.

Problemas de Otimização

måximo, com base no eixo dos 1. Determine a årea do retângulo . sobre a paråbola

e vĂŠrtices superiores

2. Com uma quantidade de material dada deve-se construir um depĂłsito de base quadrada e paredes verticais. Determine as dimensĂľes que dĂŁo o volume mĂĄximo. 3. Uma reta passando por

Determine o triângulo

/

corta o eixo dos em ? >= e o eixo dos em de ĂĄrea mĂ­nima para = e positivos.

/.%

/ @ ? .

%

4. Um cartaz deve conter de matÊria impressa com duas margens de cada, na % parte superior e na parte inferior e duas margens laterais de cada. Determine as dimensþes externas do cartaz de modo que sua årea total seja mínima. 5. Faz-se girar um triângulo retângulo de hipotenusa em torno de um de seus catetos, gerando um cone circular reto. Determine o cone de volume måximo. 6. Determine o ponto da curva

&

situado a menor distância da origem.

7. Determine o volume do maior cilindro circular reto que pode ser inscrito numa esfera de raio .

. Deter8. Deseja-se construir uma piscina de forma circular, com volume igual a mine os valores do raio e da profundidade (altura), de modo que a piscina possa ser construida com a menor quantidade de material possĂ­vel.

9. Determine a altura do maior cone que pode ser gerado pela rotação de um triângulo % retângulo de hipotenusa igual a em torno de um dos catetos. 10. Determine o ponto do eixo dos cuja soma das distâncias a

e

#

ĂŠ mĂ­nima.

11. Entre todos os retângulos de årea dada = , qual o que tem menor perímetro? 12. Determine os catetos de um triângulo retângulo de årea måxima sabendo que sua hipotenusa Ê .


CAP�TULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

236

13. Uma janela tem formato retangular com um semi-cĂ­rculo no topo. Determine as dimen sĂľes da janela de ĂĄrea mĂĄxima, se o perĂ­metro ĂŠ de metros.

eixos 14. Determine a årea do maior retângulo com lados paralelos aos coordenados e que & 2/ e . pode ser inscrito na região limitada pelas curvas

15. Para fazer um cilindro circular reto de um retângulo de folha de aço colam-se duas bordas paralelas da folha. Para dar rigidez ao cilindro cola-se um arame de comprimento ao longo da diagonal do retângulo. Ache a tangente do ângulo formado pela diagonal e o lado não colado, de tal modo que o cilindro tenha volume måximo. 16. Um sólido Ê construido, colando um cilindro circular reto de altura e raio a uma semi-esfera de raio . Se a årea do sólido Ê , determine e para que o volume seja måximo.

, onde 17. Suponha que a resistência de uma viga retangular Ê dada pela fórmula: e são, respectivamente, a largura e a altura da seção da viga. Determine as dimensþes da viga mais resistente que pode ser cortada de um tronco de årvore cilíndrico de raio = .

18. Uma janela tem forma de um retângulo, tendo acima um triângulo equilåtero. Sabendo que o perímetro da janela Ê igual a metros, determine as dimensþes do retângulo que proporciona a årea måxima para a janela. 19. A diferença de dois número Ê menor possível.

/ . Determine os nĂşmeros de modo que o produto seja o

20. A soma de duas vezes um nĂşmeros e cinco vezes um segundo nĂşmero ĂŠ os nĂşmeros de modo que o produto seja o maior possĂ­vel.

/

. Determine

21. Determine as dimensþes do retângulo de maior perímetro que pode ser inscrito na elipse centrada

? ; = ? / . =

22. Suponha que numa experiĂŞncia realizada foram coletados os seguintes pares de dados:

+ + - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

+ + , tais que os nĂŁo sĂŁo todos iguais.

A teoria subjacente Ă experiĂŞncia sugere que os dados devem estar ao longo de uma reta

. Devido a erros experimentais, os pontos nĂŁo sĂŁo colineares. O problema consiste em determinar a reta que melhor se ajusta aos dados, ou seja, consiste em determinar

de modo que a soma dos desvios verticais seja mínima. O ponto sobre a reta que estå mais próximo (distância vertical) dos pontos dados tem coordenadas ; logo 7 1 . o quadrado da distância vertical a estes pontos Ê:

(a) Minimize a função:

.

+

--------

(b) Ache a reta que melhor se ajusta aos pontos

+

, / /

,

.

,

#

e

#

.


5.9. EXERCĂ?CIOS

237

23. Se a velocidade de uma onda de comprimento , em ĂĄguas profundas, ĂŠ dada por:

onde e sĂŁo constantes positivas, qual ĂŠ o comprimento da onda que minimiza a velocidade?

24. A taxa aerĂłbica de uma pessoa com anos de idade ĂŠ dada por:

sendo

0

/

. Em que idade a pessoa tem capacidade aerĂłbica mĂĄxima?

25. Com um fio de comprimento = constroi-se um arco de cĂ­rculo de modo que a ĂĄrea do segmento circular que determina seja mĂĄxima. Qual ĂŠ o raio?

26. Se uma droga Ê injetada sanguínea, sua concentração minutos depois Ê dada . na corrente

por , onde ĂŠ uma constante positiva.

(a) Em que instante ocorre a concentração mĂĄxima? (b) Que se pode dizer sobre a concentração apĂłs um longo perĂ­odo de tempo? 27. Determine o maior comprimento que deve ter uma escada para passar de um corredor de metros de largura a outro, perpendicular, de metros de largura? 28. Usando L’HĂ´pital, calcule os seguintes limites: (a) (b) (c) (d) (e) (f)

1 + # * 1 * & % * & % *

(g) (h) (i) (j)

(k) (l) (m) (n)

% % . * * +

(o)

(p) (q) (r) (s)


238 (t)

% # * * #

(u) (v) (w)

CAPÍTULO 5. APLICAÇÕES DA DERIVADA

(x) (y) (z)

% * *


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