FAUNA IBÉRICA/y 15. Por el Dr. Rodríguez de la Fuente
PRIMERA ETAPA REL VIAJE ZOOLOGICH IBÉRICO H
ACE c u a t r o me^es q u e comenzamoü nuestra expedición par los m o n l e i , llanuras y m a n s m a s d e la Pen í n s u l a . Cuando acechábamos a los halcones peregrinos en una c o r t a d u r a f l u vial de Casulla la V i e j a , la escarcha alenazcvba todavía los juncos de IB r i b e r a . En el coto de Donana nos ha sorprendíd o el v e r a n o anillando garcillas y patos
c o n los o r n i t ó l o g o s . Desde m a n o a j u lio, con los p r i s m á l r c o s siempre prestos V eí c u a d e r n o de noias a manOn hemos hecho un fargo carriino p o r los fascinantes senderos d e la fauna i b é r i c a . Trepamos j u n t o s — y al decir j u n t o s , m e r e f i e r o a í u grata c o m p a ñ í a , a m a b l e l e c t o r — h a s t a los nidos inaccesibles d e los cazadores del espacio. Espiamos sus
El estudio de los halcones peregrinos nos permilíó c o m p r o b a r que cslas aves, capa ees de volar a m á s de 4Ü0 kilómetros por hora, son altamcnic henpfidosas para mantener el equilibrio biolúfneo y la fitlecclún m i s depurada de las especies.
La convivencia c o n u n a m a n a d a de tobo.s actividades d u r a n t e semanas para c o m p r o b a r que estas nobles y beflas aves c a p t u r a n , en picados f u l g u r a n t e s , animales e n f e r m o s o tarados, por lo q u e resultan uiiUsímas para m a n t e n e r el e q u i ' líbrlo biológica. De las vegas y p a r a m e r a s d o n d e reina el h a l c ó n , nos trasladamos a los pinares y hayedos u m b r í o s del azor. Allí vimos actuar al l e m e r a r i o p i r a t a de ia espesura y nos a s o m b r a m o s ante la guer r a que hace a los c ó r v i d o s y otras rapaces, m a n t e n i e n d o una justa densidad en las poblaciones de p r e d a t o r e s . En el bosque o en la ÍEanura s o r p r e n d i m o s i n m b i é n a las rapai^es n o c i u r n a a , aves u i l l i s i m a s , d e s t r u c i o r a o incansables de r o e d o r e s , capaces d e p e r f o r a r las t i nieblas con su vista p o r t e n t o s a y de volar en ebsofufo silencio para sorprender a 5US presas. No nos resultó d i f í c i l comprender las razones por las que aciuatmenie están r i g u r o s a m e n t e protegidas p o r la ley rodas las aves d e presa, bien sean d i u r n a s o n o c t u r n a s . Tras conocer ^ los cazadores alados en su ambiente nafuraf, nos f u i m o s a v i v i r con una manada de lobos, adoptamos a lo^i lobeznos s i t e s de que
tioA asombró
al
comprobar
la
nobicza. ta ¡ntelifmicia
a b r i e r a n los o j o s ; f u i m o s cJesvelando b s m i s l e r l o s de la m a i e r n i d a d a n i m a l ; a p r e n d i m o s el lenguaje de los cachor r o s , y a medida q u e crecían nos asomb r ó su f i d e l i d a d , su nobltsza m o n o l í t i ca y su inteligencia. Pasamos dos año^ en el m u n d o desconocido de los poderosos cazadores del c u a t e r n a r i o , f a m i liarizándonos con su rígida j e r a r q u i z a cíún social, su e s r r i c i o código det hon o r , su desarrolladísimo s e n t i d o d e protección a los débiles. H o y nadie pod r í a decirnos que el lobo es un animal c r u e l o s a n g u i n a r i o , sin p r o v o c a r nuestra adecuada y f u n d a m e n t a d a réplica. Del estudio del cazador sot^lal saltamos al del cazador s o l i t a r i o ; la criat u r a más independiente, bella y vigorosa de nuestfa f a u n a , el lince, V , no sin nostalgia, dejamos las jaras de i n i montes de Toledo y los jaguarzales andaluces, pensando en la escasez que coloca ya al b o r d e de la e x t i n c i ó n al m a m í f e r o más bello de E u r o p a , protegido por ia le^ en Coda la PeninsuiH. Los gatos monteses, JOrrosn ginetas, melones, garduñas y o t r o s muíitélidos nos d e m o s t r a r o n , al observar con det e n i r n i e n i o sus actividades, algo que no
y
\a
Fidelidad
monalitíca
habíamos ni siquiera sospechado: sin \a existencia de esta e f é r c i t o de pequeños e insaciables carniceros, las ratas, ratones, topillos y o t r o s roedores lleg a r í a n a p r o l í f e r a r de tal manera q u e a r r u i n a r í a n la a g r i c u l t u r a , c o m o pasó en Australia con los conejos i m p o r t a dos de Europa. Nos negamos, por consiguiente, a a d m i t i r el p e y o r a t i v o título de alimañas para enca:iillar a este g r u p o de espontáneos colaboradores del h o m b r e , q u e deben ser c o n t r o l a dos, pero ^amás e x t e r m i n a d o s . Nuestra acampada al pie de los pare' dones de caliza de los montes Obarenes, nos p e r m i t i ó descubrrr el c o m p l e j o sistema de exploración del terreno desarrollado p o r los b u i t r e s leonados. La cuadrícula viviente — c o m o llamábamos al escuadrón de batidores a l a d o s — mantenía constantemente b a j o observac i ó n una Ifanura de más de 6Q k i l ó m e tros de d i á m e t r o . Después de estudiar a los mías modestos, pero sin duda los más hábiles d e todoE los cazadores, los infatigables pájaros insectívoros, v i a j a m o s desde el océano Glacial Á r t i c o hasta el m a r Aust r a ' , acompañando en su crucero m i g r a -
de
e^taa
animales
trnt
desconocidoK.
t o r i o — ¿ 0 , 0 0 0 k i l ó m e t r o * ¡da y vuelta—^a fos charranes. Y desvelamos, con el d o c t o r Sauer, el secreto de fas m i g r a dores n o c t u r n o s , que se o r i e n t a n leyendo el mensaje de las estrellas en ta bóveda celeste, c o m o los p r i m i t i v o s navegantes h u m a n o s , Y c o m o f i n a l para la p r i m e r a etapa de nuestro viaje eleginios el coto d a Doñana, i n c o m p a r a b l e paraíso de las aves europeas. De nuestras observaciones, recientes a ú n , realizadas en c o m pañía^ de sabios y o r n i t ó l o g o s , por ía reserva m a r i s m e ñ a , sacamos una conse^ cuencia que muy bien s e r v i d a de resumen y c o l o f ó n ñ las enseñan;as r e d b j dfl£ de la naturaleza en nuestro p e r i p l o ibérico. En fa Estación Biológica de Ooñana hay águiía^ imperiales, águilas calzadas. culebreras, ratoneros, m i l a n o s , agllu-chos, halcones y alcotanes: la máxima densidad y variedad en rapaces de t o d o i los bfótopos de Europa. Hay t a m b i é n linces, z o r r o s , gatos monteses, ginetas, melones y o t r o s pequeños carniceros. Cualquier p r o p i e t a r i o da u n c o t o de ca^a, aconsejado sin duda por algún i l u s t r e a l i m a ñ e r o , hubiera o r d e n a d o el
5&
I —— —- '
Una parcela de la primitiva tierra ibérica esrarfíiinio d e lodos estos ((seras nocJvos^, pensando en profeger Fa vida de las valiosas especies de ínlerés cínegáIfco de s u i t i e r r a s . Ef d o c t o r V a l v e r d e , sin e m b a r g o , p r o l e g i ó férreamenCe a los p r e d a l o r e s de au reserva, Sfn esiablecer d i s c r i m i n a c i ó n alguna. Ef resultado ha sido aaombroíD ( p a r a el e m p í r i c o alim a ñ e r o , naEuralmenie, no para el bió-
'>
f-
•í
*
Acompañando a las uJuiieñas hicimos fantristica^ Mngladuraa, «obre d papcí, destic los campanaricís extremeños linata las L-harcas del Afnta ErxiJilnrial. para ir descubriendo las protlieio'ías capacidades de Jai aves migratorias que saben ü r i t n l a r s e por medio d.; la lectura de la esfera celeste o el cur^o ilel sol sobre el huriTonle. A la den-cbai Inw pe^urño^r earniceros, como el melondllo {nomhrc popular íle la mansosla española), son miJv útiles para ía apncultura. por tí ^rají número de rordores dañinos que destruyen en una infatipabie ca/a. mas eUta-i y menos n ü d m , que l:i Mi- cunlquier p r o d u t l o fabricado por el hombre. P o r trllí>. estos unLmyks d t b t r l a n R Í Í ^ F ür la m:ivor proleceiün en todo el mundo.
se
-i¿^
logo que ^abfa muy bícrt lo que %G traía entre rrarios): IQÍ coneíos 50n n u m e r o síbimos, peie al copioso tributo que pagan a ios carniceros y, príctltamenTe. no aitisie la mixomatoiis, porque todo individuo afectado es eltrnrnado por una rapaz antes de que pueda contagiar la enfermedad. Algo parecido hubiera ocurrido en toda la Península de haberse conservado la natural densidad de lai aves de presa y oíros predatores. En Doñana abundan también b^ venados, gamos, jabalíes, liebres, perdices V no digamos las anátidas y iarrcudas, que se cuentan por cientos de miles, Pero no olvidemos que Doñana es como una parcela de Las primitivas tierras ibéricas mediterráneas^ conservada milagrosamente hasta nuestros días. Y no olvidemos, sobre toda, que la Estación Biológica de Doñana es ía úníca parcela de nuestro suelo donde la vida
í.tíué clase de secretas y hábiles léciiicas pone t n juego !a prudente v áfU cierva» i a grávida, para ponerse a salvo del ataque de los lol>o*? He aquí una de nuev trus próximas t a r c a s : estudiar el viejo y dramático Juego entre preña y uaTador.
En IjiK flltas aristas cali/as de loa Picos d t Europa, la silu<"t^ rrcorlart.i del rebeco nns invítfl n sPEiiir su r a s t r o m o n U r a í pur"
El mundo donde no hay seres buenos ni malos Sfi
está c o n t r o l a d a y d i r i g i d a p o r un exp e r t o biólogo, que b u í c a y respeta el ancestral e q u i l i b r i o de la nafuraleza. Antes de colgarnos la mochifa para hacernos al c a m i n o de nuestra fauna decíamos que, e n í r e los animales salvajes, no hay buenos ni m a l o i ; los íeres apareniem.inte más dañinos pueden res u l í a r beneficiosísimos para fas presas que persrguen. Ya estamos lo suficienlemente f a m i l i a r i z a d o s con lodos los cazadores sálvales ¡bóricos Hemos obser-
vado íus i r a z z i a s h y conocemos l a m bien 5u estrategia venaioria. Pero los animales perseguidos, \oz qoe desde el p r i n c i p i o de los l i e m p o s eí;[án marcados con ef sello indeleble 6c IAÍ v í c t i m a s , t a m b i é n poseen a d e c u a d a s técnicBE de huida y armas muy de temer psra su atacantes. En \B alia arisra de Caso.la o de Gredcs nos espera el macho montes, r e c o r t a d o en ef azuL com o en un p i n t u r a rupesíre del Levante español Et rebeco salta, excitando nues-
*-^-'€i^^m^
^^
* 1^
^k
\
^
.á > **
"i^
Kit JKmana n o s sorpr^ndiú H cstm anillniído jíur/as- Y nos TuímoB tcmíenüo que ol Unce» la ültimii riera de Hunipa, d e s a p a r t a r » un día totalmcnle de Ehpañíi.
spijit y filniar las intiniidadüs d t su l i ü a , tra c u r i o s i d a d , por los nftvoros d e lo5 picos de E u r o p a . £1 oso, p r u d e n t e y t o [ é m i c o , patrulJd p o r el s o l o b o ^ q u e de Asturias o de los Pirineos. Con las p r i meraü l l u v i a l de í e p í i e m b r e resonarán las vafleíadas de los m o n l e s de Toledo y cierra M o r e n a , con la v o ; desafiante del venado. Y el corzo, el g a m o , ef l a b a l i , el u r o g a l l o , las avLífardas y oirás hermosas criflturaE de la fauna ibérica no% i n v i l a n a rs^rrear sus veriídas p a r í ^iden iraí'nos en la r n l i m i d a d de su v i d a .
w-4'^'0'^:-:' E n nuestra stíjunda etapa presentarcinüs al lector de ItyN la aventura biulÚRÍca del macho m o n t e s . £-pico e incamparabje paladín de nurstra-í serranías {arriba). V en la Estación de Z o o l o ^ a deJ Scrvicií) N a d o n a í de Pesca Fluiíal y Caza, la cotidiana convivencia t o n el osezno ^Juanón» (debajo), capturado hace unos me^es en Í05 montes de Asturias, nos irá revelanilii el fascinante p.tiquiámo de cstog saga» CCS animales, y a tan escasos, cuyo esluilio en directo completa remos p r ú t í m a m c n t e .
Segunda etapa del amigo de los anímales Para el n a t u r a l í s i a del c a m p o l e r n i l na con esTas líneas la p r i m e r a elapa del yjaje por IÜ fauna ibérica. Etapa é^Ea de despacho, de recopílaclún de datOí¡, d e a r c h i v o f o t o g r á f i c o , de redacción. Pero ef descanso será c o r r o , p o r q u e en cuaiqLíjf^r arYííjrlÉilda, loa ojos y los oído? b i e n abiertos, las cámaras d e sus colaboradores a punTo y cf corazón henchido de gozo, ef a m a n i a de la nalurate^a e i l a r a o i r a vez en el regazo del viento. y cuando las primeras nieves de d i ciembre le hagan a ñ o r a r el calor del hogar, el a m i g o de los animales iraera la mochila bien ffena de recuerdos, y la iT^ente de imágenes, para i n v i t a r aJ lector de ByN a seguirle en quién sabí- que nuevas singladuras zoológicas,
Félix R. DE LA FUENTE