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Redescobrir a Terra Guia para ter uma horta em casa
Manual para fazer uma horta em casa
Sempre sonhaste colher a tua salada minutos antes de ir para a mesa? Procuras uma forma útil de te entreteres? Ter uma mini horta em casa é o projeto ideal para ti.
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Ao contrário do que possa parecer, não é assim tão difícil ou complicado ter e manter uma pequena horta em casa. Afinal de contas, tudo o que a maioria das plantas precisa é de terra, luz, água e um pouco de atenção e cuidado. Fica a saber tudo.
Terra
Se tiveres um jardim, um terraço, um pátio ou um espaço similar, já só preci sas de arranjar o teu próprio canteiro. Podes construir um ou podes comprar vasos amplos, de acordo com o que queres plantar. Se moras num prédio, não deixas de
poder dar largas à imaginação para
fazer a tua horta. É possível, por exem plo, pendurar vasos ou floreiras nas janelas, seja fora (para maior exposição solar) ou dentro (para proteger da exposição direta), ou construir uma horta vertical.
Estas são algumas possibilidades de plantação:
Diretamente na terra: ideal para quem tem um quintal ou jardim com espaço, as sementes ou mudas são plantadas diretamente na terra. Vasos: são alternativas práticas tanto para moradias como apartamentos, com várias opções de tamanhos, materiais, formatos e cores. Embalagens recicladas: garrafas PET, latas de refrigerante ou alimentos, caixas de leite, potes de vidro, são uma solução barata, rápida e sustentável. Floreiras: oferecendo bastante espaço, as floreiras são ótimas para uma horta compacta em pequenos espaços. Caixas de madeira: espaçosos e baratos, caixotes de madeira e paletes podem ser boas escolhas. Horta vertical: ideal para quem mora num apartamento, este modelo con siste em montar a horta aproveitando espaços próximos a paredes. A horta vertical pode ser plantada em vasos, embalagens recicladas, estruturas de madeira e sapateiras.
Luz
Para que as plantas tenham um bom desenvolvimento, é preciso ter em atenção a iluminação do local. Para o cultivo de hortaliças, por exemplo, precisamos de, no mínimo, cinco horas de luz do sol direta por dia (seja no pe ríodo da manhã ou da tarde). Ou seja,
não vale a pena pores o teu canteiro à sombra ou com luz indireta.
Sendo assim, analisa bem os recantos disponíveis e escolhe o mais arejado e iluminado – se a incidência for do sol da manhã, melhor ainda! A luz do sol é indispensável para que a planta sobreviva, pelo que não deves optar por locais escuros e não contes com a ajuda de iluminação artificial. Por essa razão, o mais importante é lembrares-te de instalar a tua horta no
local do jardim ou da casa com melhor iluminação natural, com pouca humi dade e que não receba ventos muito fortes, que podem prejudicar algumas plantas. Outro ponto a considerar é o
tipo de plantas: as necessidades de luz e espaço podem variar bastante entre as espécies.
Água
A irrigação é uma parte importante no cultivo de uma horta e o modo como é realizada pode fazer toda a diferença no desenvolvimento.
É importante até ter cuidado com o excesso de água, que pode causar
o apodrecimento das raízes. Para evitar isto, o ideal é optar por vasos com furos no fundo. Ainda assim, deve regar-se sempre com uma quantidade moderada de água (sem que escorra para baixo do vaso).
Mas, então, qual é a quantidade ideal de água? Acertar na quantidade e na frequência das irrigações vai depender muito das espécies plantadas e do local da tua horta – hortas em vasos tendem a secar mais rápido do que em canteiros, por exemplo. Regra geral, o melhor é optar por regar uma vez por dia ou a cada dois dias, de preferência
ao início da manhã ou fim da tarde.
Para verificar a necessidade de água,
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é importante observar o aspeto da planta, com especial atenção para folhas amareladas, secas ou caídas, que podem ser sinais de falta de água. Outro método de verificação é inserir o dedo ou um palito na terra: se ao retirar o palito ou o dedo eles estiverem húmidos ou com terra, o solo ainda está molhado; caso contrário, é altura
de uma nova rega.
Atenção
Ao longo do tempo, será importante dedicares alguma atenção à tua horta, para que as tuas plantas se mantenham vivazes e saudáveis.
Damos-te algumas dicas:
Adubar: manter o solo da horta rico em nutrientes através da adubação vai ajudar a formar plantas mais bonitas, viçosas e bem desenvolvidas. Pode ser feita com compostos orgânicos, húmus, sulfato de amónio ou adubos químicos. Quanto maior for a varie dade de adubos orgânicos utilizados, melhor! Arrancar ervas daninhas: é importante que a horta esteja sempre limpa, sem a presença de plantas ou ervas desco nhecidas. As ervas daninhas podem
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atrapalhar o desenvolvimento dos teus vegetais, que passarão a disputar espa ço, nutrientes e água com as intrusas. Rotatividade de variedades: a ro tatividade de espécies é importante para minimizar a escassez de algum nutriente no solo. Acabaste de colher cenouras da tua horta? Está na hora de plantar alfaces! Controlo de pragas: é importante estar atento aos pequenos bichos que também podem atacar a tua horta. Primeiro, podes apanhar manualmente as folhas e os insetos, se não forem muitos. Podes também fazer inseticidas caseiros, à base de pimenta ou alho, por exemplo.
Colheita
O tempo para colher um vegetal varia muito de acordo com a espécie de planta e pode ser influenciado pela época do ano, pela qualidade do solo, nutrientes, irrigação, eventuais pragas ou doenças e demais cuidados no cultivo. É comum que os pacotes de sementes venham com a previsão de colheita indicada na embalagem.
Depois, é só utilizares os teus próprios vegetais como mais gostas! Boas colheitas e bons cozinhados.
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uma iniciativa
Entrevista à Peste Negra “Voltar? Acho que já fiz o que tinha a fazer.” “Já deixei a minha marca.” A Forum Estudante conversou em exclusivo com a Peste Negra, que agora goza a reforma na sua quinta em Alpalhão, mas mantém um olhar atento e crítico sobre as doenças que continuam a assolar a Humanidade.
Você foi a pandemia mais devastadora desde que há registos. Como explica tanto sucesso?
Muito esforço e muita atenção ao detalhe. Eram outros tempos, também, em que era possível vingar com um bocadinho de determinação. As condições de higiene, que não existia, também ajudaram (risos).
Não acha que seria possível replicar esse êxito nos dias de hoje?
Creio que não. Sabe, tenho uma grande admiração pelos humanos. A maneira como inventaram remédios, vacinas, medidas, tanta coisa para nos
combater. Acaba por nos dificultar a vida e tornar as coisas mais renhidas. As coisas mudam e sinto que pertenço a outro tempo. Basta ver, por exemplo, os ratos, que foram um dos meus grandes aliados. Hoje em dia já ninguém anda a transmitir doenças pelos ratos, já ninguém faz isso.
Temos de falar, claro, na pandemia de hoje: a Covid-19. O que pensa desta situação?
Enfim, a rivalidade entre bactérias e vírus é bastante antiga e este novo coronavírus está a fazer um trabalho impressionante, do ponto de vista epidemiológico. Mas deixe-me dizer que também acho que ele está a ter alguma ajudinha, se é que me entende… Queria vê-lo a trabalhar assim antes da globalização, como eu fiz! Isso é que eram tempos!
Não pensa regressar aos palcos mundiais para fazer face a esta competição?
Voltar? Acho que já fiz o que tinha a fazer. Quando isto da covid-19
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começou, em quem é que falaram logo? Em mim e na [gripe] Espa nhola, claro. Mas não sinto vontade de regressar. A Espanhola tem um atelier e faz uns workshops giros, tanto quanto sei, mas eu não estou para isso. Já deixei a minha marca.
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