Vol.06 num.15–2020 - Etnografias do Confinamento

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259 Um lugar em nossas vidas: a casa, a família. As datas festivas. O cotidiano

do fazer, do saber, do nutrir. Em tudo isso, o tempo que passa, perceptível nas pequenas marcas. Um tempo em nossas vidas, retido em um espaço de confinamento. Ou um tempo de confinamento, retido no espaço de nossas

vidas. Um confinamento que interroga sobre o interior e o exterior, em que os limites estão na janela. O confinamento como uma adversidade, que nos empurra para olhar, rememorar. Ao olhar e nos propormos a registrar este

espaço vivido, damo-nos conta que se trata de um vivido que não tem uma

positividade, mas que remete às parcialidades da imaginação. Um jogo entre rememorar e criar, como na tradição de pintar os ovos de páscoa com

papel crepom, fazer balões e bandeirinhas de papel para São João. O tempo

passa, retido nas pequenas marcas. E as abelhas também cuidam de suas casas e alguém nos observa ao longe.


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