Tiradentes: 18 de março a 15 de abril de 2015 SESI Tiradentes - Centro Cultural Yves Alves e Sobrado Quatro Cantos - Campus Cultural UFMG em Tiradentes
Belo Horizonte: 29 de julho a 12 de setembro de 2015 CâmeraSete - Casa da Fotografia de Minas Gerais
Governo de Minas Gerais e Oi apresentamÉ com orgulho que a Oi patrocina, com apoio cultural do Oi Futuro BH, Gestos, relatos,escritaseautoficções. A mostra apresenta, em 106 fotos, sete livros/ dissertações e seis vídeos, múltiplas vertentes da produção fotográfica contemporânea, distribuídas em 25 obras de 18 destacados artistas de sete estados brasileiros.
Ao reunir criações de veteranos e de jovens que buscam evidenciar a fotografia como um processo similar ao de produção escrita, a exposição se afirma como um destaque na temporada cultural mineira. São obras construídas a partir de diferentes possibilidades do uso da linguagem, em caminhos capazes de extrapolar o alcance da fotografia.
Ao saudar Gestos, relatos, escritas e autoficções, a Oi e o Oi Futuro celebram um marco: é a primeira exposição em que o Centro de Arte Contemporânea e Fotografia passa a ser identificado como CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais, assumindo-se como espaço de referência em Minas para ações de debate e reflexão sobre a arte fotográfica.
Roberto Guimarães Diretor de Cultura Oi FuturoApostar no potencial expressivo da fotografia, promover e difundir autores dessa arte no Brasil sempre foram objetivos do projeto Foto em Pauta, especialmente no Festival de Fotografia de Tiradentes, que realizamos desde 2011.
Para a 5ª edição do Festival de Fotografia de Tiradentes, convidamos o fotógrafo e pesquisador paraense Mariano Klautau Filho para realizar uma pesquisa curatorial em torno de questões que se destacam na produção contemporânea brasileira. Mariano é um dos brasileiros que mais têm se dedicado a esse tema, seja pela intensa pesquisa acadêmica (concluiu o doutorado em Artes na USP, este ano), seja pela profícua condução do prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, já a caminho de sua sétima edição em Belém.
Como resultado, ele nos apresentou Gestos, relatos, escritas e autoficções, coletânea de ensaios, que, através de fotografias, vídeos, livros e textos, traz à luz questões marcantes desta nova produção brasileira: realidade e ficção; escritas e discursos; atitudes e performances; documento e arte. As obras representam o vigor, a diversidade e a riqueza da produção brasileira, reunindo artistas de diversos estados.
Em função do grande número de obras, em Tiradentes a mostra foi dividida para ser apresentada em dois espaços: o Centro Cultural Yves Alves e o Sobrado Quatro Cantos. Em Belo Horizonte, marcamos a inauguração do CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais. Eugênio
Sávio Foto em Pauta – Festival de Fotografia de TiradentesGes T os, rela T os, escri T as e au T oficções
Mais importante que negar a realidade, a intenção desta mostra é reapresentála sob diversos aspectos. O título exaustivo, comprido, construído por quase sinônimos, é assim mesmo: meio incompleto em seu processo, assim como pode ser a nossa recepção dos trabalhos aqui apresentados. Não que as obras sejam em si inacabadas, mas sua estrutura nos provoca um tipo de percepção que está na experiência de duração do olhar como um esboço para a compreensão da vida ao redor. O mundo visto como livro não é só uma ficção.
Por meio dos trabalhos apresentados na mostra, a realidade se refaz continuamente, seja em um discurso montado a partir de séries; seja em ações em que o corpo é objeto de descrição, seja em narrativas inventadas valendose de restos de memórias, objetos aparentemente iguais que se repetem na diferença; cidades observadas entre história e ficção; seja especialmente as histórias particulares que ganham na fotografia uma dimensão confessional.
Os trabalhos de Luiz Braga e André Penteado, por exemplo, são as duas pontas extremas de um relato sobre a perda. Braga perde uma cidade inteira intuída nos objetos funcionais e decorativos, que, sob a luz morna, nos envolvem em um romantismo quase lúcido.
Penteado relata a perda de pessoas que optaram por interromper sua vida, deixando para amigos, parceiros, companheiros e parentes objetos afetivos e ausências irreparáveis. Mas André não chora a perda; descreve, relata, anota - delicado e rigoroso - em imagens aparentemente frias pela luz branca das fotografias, em contraponto aos movimentos afetuosos e contidos das imagens (e depoimentos) dos vídeos.
Octavio Cardoso, José Diniz e Yukie Hori constroem paisagens de um silêncio quase absoluto, que só é possível porque se mostram como exercícios de escrita intimista, cujas referências se encontram em outras instâncias da linguagem e das imagens mentais. As imagens noturnas e negras de Hori resultam de diálogos com o universo criativo de artistas japoneses; um escritor moderno (Junichiro Tanizaki), autor de Louvor à sombra, e um fotógrafo e crítico (Takuma Nakahira). As imagens de Diniz e Cardoso nos põem dentro de um ambiente no limite (des)confortante entre a natureza e a cidade. Uma “Amazônia” vista
da cama, da praia ou do avião; e um “Rio de Janeiro” construído por um olho performático e cinematográfico, que está sempre submerso, mas que precisa da superfície para respirar.
O Kafka de João Castilho é um fantástico exercício de imaginação por meio da descrição fotográfica de um estado imersivo do leitor. Seu homem-inseto pode ser a estranha figura performada por Edu Monteiro, e suas metamorfoses, inventadas nas imagens fotográficas em Saturno. O gesto, nesses dois trabalhos, atinge uma dimensão silenciosa, mas não menos reveladora de uma emoção possível por via da imagem técnica.
Silencioso também é o gesto de Milla Jung em Plas Ayiti - lugar de Haitiano em creole. O trabalho nos traz registros de uma ação política: instalar um marco que representa a enorme presença recente da imigração haitiana no Brasil. Milla finca um luminoso no topo de um edifício da Praça Tiradentes, no centro de Curitiba, como que para anunciar a constatação e o acolhimento de uma nova geração de estrangeiros a contribuir com a miscigenação do país. Os registros dessa ação se desdobram em três linguagens: a fotográfica, a videográfica e o objeto, que, além do luminoso, se oferece ao público na forma de cartão-postal.
As fotografias de Amanda Amaral, discretas e eróticas, são “anotações” que funcionam para desestabilizar a ideia de ficção. Pode parecer o esboço de um conto; o diário com momentos prosaicos da vida, retratos do mundo e das pessoas que amamos; ou os stills de um filme doméstico reescrito por uma disritmia própria dos instantâneos. Cárneas, em sua aparência assimétrica, é preciso na experimentação casual dos ângulos, composições e pontos de vista. Uma escrita em processo que confere um sentido especial à mostra.
Outro outro conjunto de trabalhos desta mostra volta-se para a lembrança das casas, a construção do abrigo, a observação sobre as cidades, a desaparição das memórias e as autoficções. Ionaldo Rodrigues e Cyro Almeida trabalham sobre a matéria das cidades. Em Rebotalho, Rodrigues coleciona os restos de uma cidade, pedaços de coisas, fragmentos de paisagem urbana, lixo que exibe um colorido melancólico. Almeida, por sua vez, acompanha uma nova cidade que se ergue com o esforço e a vontade de sobrevivência de uma comunidade. A ocupação Dandara é captada em sua estrutura física inicial: placas de rua improvisadas, blocos de cimento, hastes de ferro para vigas de concreto, caminhos abertos
na terra para a passagem das tubulações. O retrato do homem posicionado em um minúsculo espaço de construção dá a medida do tamanho de sua casa. Em contraponto, um quintal, cheio de plantas na luz do entardecer, dá a medida de um novo lar.
A ideia de lar está presente no trabalho de Letícia Lampert, que reconta, com base em depoimentos afetuosos e imagens de apartamentos, a visão, a intuição e a imaginação de moradores urbanos sobre a vida de seus “vizinhos da frente”. Na grande cidade, o que parece estar longe se converte num carinho a distância. Os relatos em off surpreendem pela delicadeza em meio à aparente frieza e ao anonimato das janelas dos edifícios.
Gouveia dos Santos e Mateus Sá possuem afinidade no modo de fotografar os lugares concretos e reais com um grau de lirismo motivado por uma memória atemporal, problematizada pela ficção. Em Nadir o enigma da realidade está em como olhar as coisas. Suas imagens em preto e branco nos situam em lugares que parecem limites de regiões naturais. Ora estamos perto das coisas, ora, diante de paisagens vastas. Experimentamos em suas narrativas a sensação de estar fora de algum eixo, embora permaneça a ideia estabilizadora de que tudo é a realidade da percepção.
Já Lugar das incertezas mergulha num ponto do tempo e do espaço existentes e palpáveis, mas que, por meio da presença e da descoberta pelos olhos de uma criança, o espaço e o tempo parecem estender-se sem limite, durar além dos fatos cotidianos. O lugar de origem é ficcionalizado, e o personagem infantil se transforma em um desbravador de terras virgens. A narrativa, aqui bastante acentuada e cheia de percalços, faz do conjunto de imagens uma espécie de fábula encenada ao sabor da sombra e dos mistérios da infância. Ainda, apropriando-se da ideia de casa como espaço de identidade, há Waiting Game, de Raquel Diniz, no qual um apartamento londrino deixado por seu morador é descrito em tom confessional por meio de vídeo, fotografia e literatura. A palavra saudade atravessa a leitura do poema Funeral blues, de W.H. Auden, e o romantismo é quebrado por um ligeiro amargor. O sentido de moradia e abrigo já se perdeu na partida e na mudança.
Fazem parte ainda da mostra um lugar de leitura, a mesa como ambiente para os livros e estudos de Ivan Padovani, Letícia Lampert, Fernanda Grigolin, Milla Jung, José Diniz, Ionaldo Rodrigues, Walda Marques e Gouveia dos Santos. Padovani e Lampert criam suas cidades concretas em livros artesanais, com tiragens limitadas.
Fernanda Grigolin, artista e militante do livro apresenta estudo de dissertação sobre fotografia e livro, no qual inclui seu mais recente obra: Recôncavo. Com ele, traça um lugar imaginário construído por poemas visuais e fotografias em que a noção espaço geográfico se distende entre a experiência interior e a paisagem externa. Já a escrita de Grigolin se dá no ritmo alternado das linguagens em que a ideia de desenho costura firmemente a narrativa. Walda Marques, José Diniz e Gouveia dos Santos nos convidam ao repouso com suas obras impressas: Lembranças, Periscope e Nadir. Em todos eles, há forte acento autoficcional sem restringir a experiência do leitor. O mundo anônimo das lembranças guardadas, dos bilhetes e das fotografias de recordação é inteiramente assumido como relato confessional no livro de Walda Marques, e ampliado na fotoinstalação Encomendas, que a artista realizou especialmente para o projeto no sobrado de Tiradentes. Walda ocupou o armário de cozinha da casa e trouxe para o ambiente doméstico daquele cômodo – e para o uso do público - o fundo pintado de uma paisagem amazônica, lembrando o romantismo dos antigos estúdios. Periscope de Diniz ganha um exercício narrativo no suporte do livro que põe o espectador em constante ondulação no meio do mar. Já Gouveia dos Santos opera com suas imagens uma espacialidade e um tom imaginativo próprios da poesia. O pequeno formato e a mobilidade de suas pequenas imagens transformam sua escrita fotográfica em um livro de poemas. Ainda temos, na mesa de livros, uma dissertação de Milla Jung e um protótipo experimental de livro de Ionaldo Rodrigues. Jung pesquisou em seu mestrado o potencial da fotografia de Robert Frank enquanto escrita, encenação, procedimentos de montagem e experiência gestual; abordagens que respondem às muitas questões pensadas para esta mostra. Completando a mesa, Ionaldo Rodrigues esboça uma primeira narração para sua cidade sem rosto com a maquete de seu Rebotalho. No livro, ele exercita seu arquivo em processo que oscila entre a bela imagem de uma cidade feia e uma catalogação extensa de signos sem história. O mundo visto como livro não é só uma ficção.
Mariano Klautau Filho CuradorANDRÉ PENTEADO _ Não estou sozinho, 2009-2012
_ JOSÉ DINIz _ Periscope, 2009-2011
_ MATEUS Sá _ Lugar das incertezas, 2015
_ IONALDO RODRIGUES _ Rebotalho, 2006-2014 _ IONALDO RODRIGUES _ Rebotalho, 2006-2014 _ OCTAvIO CARDOSO _ Série Lugares imaginários, 2009 _ RAQUEL DINIz _ The Waiting Game, 2013-2014JOãO CASTILHO _ Metamorfose, 2010-2012
_ FERNANDA GRIGOLIN _ Recôncavo, 2015
_ GOUvEIA DOS SANTOS _ Nadir, 2013
_ IONALDO RODRIGUES _ Rebotalho, 2015 (protótipo experimental)
_ IvAN PADOvANI _ Campo cego, 2014
_ JOSÉ DINIz _ Periscope, 2014
_ LETíCIA LAMPERT _ Entre, 2012
_ MILLA JUNG _ RobertFrankeaoperaçãodemontagemnocampodoolhar,2009
_ WALDA MARQUES _ Lembranças, 2010
MESA DE LIvROS _ Publicações de Artista
ANDRÉ PENTEADO _ São Paulo, SP, 1970
vive em São Paulo. Formado em Administração Pública pela FGv – São Paulo. Utiliza a fotografia e o vídeo como investigação das complexas sensações decorrentes de momentos transformadores da vida. Em outra vertente, seu trabalho aborda questões histórico-políticas do Brasil. Seu trabalho tem sido exibido no Brasil, na Argentina, na Espanha e no Reino Unido, onde teve seus projetos publicados no British Journal of Photography (Ed. jan/2011) e na Source Magazine (Ed. summer/2010). Realizou exposições na Photographers’ Gallery, Four Corners e Photofusion Gallery. Em 2013, venceu o Prêmio Nacional de Fotografia Pierre verger com O suicídio de meu pai; em 2014, teve seu projeto Tudo está relacionado selecionado para o Rumos Itaú Cultural 2013-2014. Em 2014 lançou o livro O suicídio de meu pai. Em 2015, pela Editora Madalena, o livro Cabanagem.
AMANDA AMARAL _ São Paulo, SP, 1986 vive em São Paulo. Formada em Audiovisual pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Desde 2008 desenvolve sua pesquisa autoral acerca da fotografia. Seu trabalho tem forte relação com o aspecto narrativo do cinema e do vídeo e, por vezes, apropriase desses suportes. Desde 2011 participa de mostras coletivas, dentre as quais se destacam o 62o Salão de Abril e a mostra do Iv Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia.
CYRO ALMEIDA _ Araxá, MG, 1984
vive em Belo Horizonte. Formado em Psicologia pela UFMG (2009), fotógrafo documentarista e artista visual. De 2010 a 2012, realizou a série Dandara, fruto de sua vivência na comunidade homônima do Movimento Sem-Teto em Belo Horizonte. Em 2012, participou da coletiva Segue-se ver o que quisesse, com curadoria de Joerg Bader, no Palácio das Artes. A mesma instituição abrigou a mostra individual Dandara, em 2014, ano da publicação dessa obra em livro. Produtor e montador do documentário de longa-metragem Malucos de Estrada: A reconfiguração do movimento hippie no Brasil (2014), de Rafael Lage. Em parceria com Hugo César Paiva e Erick Leite, realizou a obra multimídia Só entre se for convidado (2014). Desde 2010, viaja pelo Brasil produzindo e vendendo fotografias em formatos alternativos como encartes e ímãs de geladeira.
EDU MONTEIRO _ Porto Alegre, RS, 1972 vive no Rio de Janeiro. Artista visual, fotógrafo e pesquisador. De 1992 a 1996, atuou como coordenador de fotografia na Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre. É doutorando em Arte pela UERJ e mestre em Estudos Contemporâneos das Artes pela UFF. Em 2014, realizou exposição individual e lançou o livro Saturno (Azougue Editorial) no Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. No mesmo ano, participou do Lianzhou Foto Festival, na China, com a exposição individual Autorretrato sensorial, e participou como artista convidado do primeiro “Focus Photographie – ParisPhoto”, na França. Finalista dos prêmios “Photovisa”, na Rússia (2012) e “II Prêmio IILA de fotografia”, na Itália (2009). Em 2011, participou do “FotoRio” com a mostra Autorretrato Sensorial. Em 2009, com apoio do Itamaraty, documentou os emigrantes brasileiros nos EUA para o projeto “The Brazilians”. Em 2007 foi responsável pelo registro fotográfico e pesquisa iconográfica do “Inventário para registro e salvaguarda da capoeira como patrimônio cultural do Brasil”, realizado pelo MinC e pelo IPHAN.
FERNANDA GRIGOLIN _ Curitiba, PR, 1980 vive em São Paulo. É artista visual, editora e pesquisadora. Mestra em Artes visuais pela Unicamp, com a dissertação A fotografia no livro de artista em três ações: produzir, editar e circular. Publicou, em outubro de 2010, o livro Retratos da Garoupa e, em 2013, a pesquisa Experiências de artistas: aproximações entre a fotografia e o livro. Em 2012, foi uma das contempladas com o XII Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia, e, em 2014, com o edital de livro de artista da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo para publicar o livro Recôncavo. Edita livros pela Publicações Iara (2010 – 2014) e pelas Ediciones Costeñas. É idealizadora e editora do Jornal de Borda (tabloide sobre arte contemporânea) e realiza todo domingo a Tenda de Livros, livraria na Feira de Artesanato do Parque da Independência (São Paulo). Por dez anos, foi ativista de movimentos sociais no Brasil e na América Latina. Possui especialização em Direitos Humanos (USP).
GOUvEIA DOS SANTOS _ Mauá, SP, 1979 vive em São Paulo. Mestre e doutorando em Artes pela ECA-USP. Trabalha sobretudo com fotografia, cujas pesquisas fotográficas iniciais (2005-2009) ressaltam o trabalho de composição e a paisagem industrial como componentes relevantes. Recentemente suas pesquisas sobre as potencialidades do filme se aprofundam pela relação da luz com o tempo, em exposições longas. Realizou as individuais O Lado (2007), no MIS-SP, Solstícios (2009), no Recife e Piracicaba; e vidas a Descobrir (2010), em Lisboa. Dentre os prêmios e apoios recebidos, destacam-se o “XII Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia”, que deu origem ao livro Nadir (2013), o “Prêmio Nascente de Artes visuais” (2009) e o “Prêmio ProAc de Apoio às Artes visuais” (2008). Em 2013, lançou pela Edusp Tangentes do Jardim Imperfeito resultado de sua pesquisa de mestrado.
IONALDO RODRIGUES _ Belém, PA, 1985 vive em Belém. Formado em Ciências Sociais pela UFPA (2008), atua em projetos de pesquisa e de ensino de fotografia na Associação Fotoativa e na Fundação Curro velho. Em 2007, recebeu a Bolsa de Pesquisa em Arte do Instituto de Artes do Pará para a realização do ensaio Botânica do Asfalto, com base em processos fotográficos históricos. Participou das coletivas Lightness (2010), na Universidade de Newport, e Além de um lugar (2014), nas Galerias Picolla I e II, Caixa Cultural, Brasília. Em Belém, participou das mostras INDICIAL: fotografia paraense contemporânea (2011), Centro Cultural SESC Boulevard; Crônicas Urbanas (2011) no II Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, Museu da UFPA; Coletivo/Individual (2012), Galeria do CCBEU, e v Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, no Museu Casa das Onze Janelas. Realizou, em 2015, sua individual Rebotalho na Kamara Kó Galeria em Belém.
IvAN PADOvANI _ São Bernardo do Campo, SP, 1978 vive em São Paulo. Formado em Administração pela FAAP e com pós-graduação em Fotografia na mesma instituição. Ministra cursos e faz parte do grupo de acompanhamento de projetos no Hermes Artes visuais, sob a orientação de Nino Cais. Suas imagens já foram publicadas na Revista da Folha, Trip, TPM, Bike Action, Espresso, Absolut Word, dentre outras. Em 2008, foi contemplado com o 3° lugar no Concurso Itaú BBA, na categoria Natureza Florida e 10° lugar no Concurso SOS Mata Atlântica. É colaborador da revista Digital Photographer Brasil edita o blog O.A.P. e coordenou o F+, núcleo educativo da Fauna Galeria voltado para o estudo e a prática em artes visuais. Participou das exposições: Expedição Transmantiqueira, SENAC São José dos Campos (2005); Premiados Concurso Itaú BBA - Museu da Casa Brasileira (2008) ; Expedição Mistralis - late Clube do Rio de Janeiro (2009), Jardim do Hermes na Galeria Central (2013) e v Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia no Museu Casa das Onze Janelas (2013), em Belém. Em 2014, realizou a individual Campo Cego na Galeria da Gávea, no Rio de Janeiro.
JOSÉ
DINIz _ Niterói, RJ, 1954 vive no Rio de Janeiro. Cursou pós-graduação em Fotografia na UCAM e frequentou cursos no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e na Escola de Artes visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro. Publicou o Periscope em São Paulo, em 2014, indicado em várias publicações internacionais como um dos melhores livros de 2014. Em 2012, foi contemplado no Prêmio Marc Ferrez de Fotografia do Ministério da Cultura. Realizou individuais no Centro Cultural da Justiça Federal (2013), Centro Cultural Recoleta em Buenos Aires, Argentina (2012), Sala CDF em Montevidéu, Uruguai (2011). Participou de coletivas no Brasil, na França, na Holanda, em Portugal, na Austrália, na Argentina, nos Estados Unidos, dentre outras. Possui trabalhos em coleções privadas, Museum of Fine Arts Houston, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, entre outros.
JOãO CASTILHO _ Belo Horizonte, MG, 1978 vive em Belo Horizonte. Artista visual e mestre em Artes visuais pela UFMG. Realizou exposições individuais na zipper Galeria (SP), na 1500 Gallery (NY), na Celma Albuquerque Galeria de Arte (BH), no Museu de Arte da Pampulha (MG), na Fundação Joaquim Nabuco (PE), dentre outras. Participa regularmente de coletivas no Brasil e no exterior como Elóge du vertige, Maison Européenne de la Photographie, Paris (2012); Mythologies, Shiseido Gallery, Tóquio (2012); Encubrimientos, Photoespaña, Madri (2010), dentre outras. Ganhou a Bolsa de Fotografia zum/IMS, o Prêmio Ibram de Arte Contemporânea (2012), Projets de Création Artistique (2011), Prêmio Marc Ferrez de Fotografia (2010), Prêmio Conrado Wessel de Arte (2008). Publicou os livros Hotel Tropical (2013), Pulsão Escópica (2012), Peso Morto (2010) e Paisagem Submersa (2008). Tem obras nos acervos do MAM de São Paulo, no MAM da Bahia, no Museu de Arte do Rio, na Coleção Pirelli-Masp de Fotografia, no Musée du Quai Branly Paris, no Tokyo Metropolitan Museum Of Photography, dentre outros.
LETíCIA
LAMPERT _ Porto Alegre, RS, 1978 vive em Porto Alegre. Mestre em Poéticas visuais, PPGAv-UFRGS, graduada em Artes visuais com ênfase em Fotografia – UFRGS e em Design Industrial com ênfase em Programação visual - ULBRA/ RS. Realizou exposições individuais e coletivas em Porto Alegre: Conhecidos de vista, Galeria Augusto Meyer (2013), N’algum lugar entre lá e aqui - Sala da Fonte, Paço Municipal (2012), Ao Sul: paisagens (2013), FestfotoPoa 2007, 2009 e 2011. Em outras cidades: Festival de Ia Luz, Centro Cultural Recoleta, Buenos Aires, Argentina (2012); Salão Unama de Pequenos Formatos, Galeria Graça Landeira, Belém, PA (2011); e v Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia (2013), Museu Casa das Onze Janelas, Belém. Recebeu os prêmios Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea (2011), Prêmio Nacional de Fotografia Pierre verger (2013), Prêmio Aquisitivo do Salão Unama de Pequenos Formatos, Belém, PA (2012), Prêmio Açorianos de Artes Plásticas - FestFotoPoa (2009) e 1° Prêmio Gaúcho de Arte Eletrônica, Porto Alegre.
LUIz BRAGA _ Belém, PA, 1956 vive em Belém. Formado em Arquitetura pela UFPa. Iniciou-se na fotografia aos 11 anos e atua profissionalmente desde 1975. Realizou mais de 150 exposições e hoje sua obra é reconhecida pela experimentação, pelo domínio na cor e pela abordagem particular da visualidade amazônica. Dentre as premiações recebidas, estão Leopold Godowsky Jr Color Photography Awards, da Boston University (1991), o Prêmio Porto Seguro Brasil 2003 e recentemente os prêmios Artes Plásticas Marcantonio vilaça da Fundação Nacional de Arte e o de melhor exposição de fotografia de 2014 da APCA. Possui obras em inúmeros acervos privados e públicos, como no Museu de Arte Moderna de São Paulo, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, no Museu de Arte do Rio (MAR), no Museu de Arte da Pampulha, no Centro Português de Fotografia no Porto, no Perez Art Museum em Miami e no Centre Culturel Les Chiroux, na Bélgica. Em 2009, foi um dos representantes do Brasil na 53a Bienal de veneza.
Sá _ Olinda, PE, 1975 vive em Recife. Formado em Relações Públicas e especialista em Cultura e Comunicação. Também atua como professor da Universidade AESO Barros Melo e Produtor Cultural. É cofundador do FotoLibras (fotografia participativa com jovens surdos) e da ONG GEMA. Foi finalista dos prêmios “Foto Arte Brasilia” (DF) e “Porto Seguro Fotografia” (SP), em 2009, e do 17º Concurso LatinoAmericano de Fotografía Documental “Los trabajos y los días”, na Colômbia, em 2011. Em 2010, foi selecionado para expor no “Devercidade”, em Fortaleza, e no “Diário Contemporâneo de Fotografia”, em Belém. Publicou os livros Luz do Litoral (2005), A Cambinda Do Cumbe (2006) e índios e Caboclos: Reencontros (2014). Atualmente é bolsista do 48º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, com o trabalho Pasta das Ideias e desenvolve a pesquisa fotográfica “Lugar das Incertezas”, aprovada no edital do Funcultura-PE de 2014/2015. Promove a itinerância de sua exposição Antes de Ontem, Ontem e Hoje já exibida no Recife, em Belém e em João Pessoa.
MATEUS
MILLA JUNG _ Curitiba, PR, 1974
vive em Curitiba. É professora e pesquisadora da área de imagem e realiza projetos em Artes visuais. Doutoranda em Poéticas visuais pelo PPGAv-ECA-USP, mestre em Artes visuais pela UDESC, especialista em “Fotografia como Instrumento de Pesquisa em Ciências Sociais” pela UCAM, com aperfeiçoamento no International Center of Photography - NY e na Escola para Assuntos Fotográficos de Praga. Foi coordenadora do Núcleo de Estudos da Fotografia em Curitiba, espaço dedicado à reflexão e à produção sobre fotografia e imagem. Recentemente, realizou o projeto e a publicação Imagempensamento (7º Edital Rede Nacional Artes visuais/FUNARTE). Desenvolveu o trabalho País Imaginário (Edital de Ocupação do Museu da Fotografia em Curitiba), também selecionado para o III Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia (Memórias da Imagem). Realizou Deserto de Real (Bolsa Produção 3 Artes visuais da FCC), selecionado para o 63º Salão Paranaense do MAC/PR, para o Edital de Exposições Museu victor Meirelles (Florianópolis/SC) e para a exposição Geração 00 no SESC Belenzinho, em São Paulo. Expôs os trabalhos Cidades visíveis e Escapatórias em capitais da América Latina e também na Europa.
OCTAvIO CARDOSO _ Belém, PA, 1963 vive em Belém. Formado em Engenharia Civil pela UFPa. Atualmente, é editor de fotografia do jornal Diário do Pará. Começou a fotografar em 1984 na Associação Fotoativa e, desde 1985, trabalha com jornalismo e publicidade, atuando em projetos com Miguel Chikaoka e Patrick Pardini. Em 1987, foi assistente de Luiz Braga e trabalhou como cinegrafista no projeto Academia Amazônia da Universidade Federal do Pará. Participou das coletivas Revelação - Dez Jovens da Fotografia Brasileira, Funarte, Rio; Panorama da Fotografia Contemporânea Brasileira SESC - Pompéia, São Paulo, I Nafoto; Fotografia Contemporânea Paraense - Panorama 80/90, Casa das 11 Janelas, Belém; 18a edição da Coleção Pirelli / MASP São Paulo; Amazônia Ciclos de Modernidade, CCBB, Rio; Pororoca – a Amazônia no Mar, MAR, Rio de Janeiro. Realizou as individuais Eu vejo, Tu Sonhas, Galeria Fidanza, Belém, LugaresImaginários, Galeria Fotoativa, Belém, Silêncio..., Kamara-Kó Galeria, Belém. Recebeu os prêmios Grande Prêmio Salão Arte Pará, em 1987, Diário Contemporâneo de Fotografia em 2010, Bolsa de Pesquisa e Experimentação Artística do IAP-Pa, em 2011, e Prêmio Marc Ferrez, Funarte, em 2014. Possui obras em acervos do MAM - Rio; CCBEU - PA; MHEP - PA; MUFPa - PA; MASP / Pirelli - SP; MAR - Rio.
YUKIE HORI _ São Paulo, SP, 1979 vive em São Bernardo do Campo, SP. Graduada em Artes Plásticas e mestre em Artes visuais na pela ECA/USP. Recebeu o vI Prêmio Artes visuais Marcoantônio vilaça FUNARTE em 2013, o v Diário Contemporâneo de Fotografia em 2014 e o prêmio residência “Aschberg Bursary Programme for Artists” da UNESCO em 2011. Realizou as individuais Passado Camuflado I e II (2014) no Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi (MARP); Through the Boyds’s Looking-Glass House, and What Lady Shadow Found There (2011), no Bundanon Trust, Austrália; Studio Games/Stiúideo Clichí (2010) no Leitrim Sculpture Centre (LSC), Irlanda. Participou das coletivas “Arte visual Iberoamericano” (2011-12), coletiva itinerante por capitais da América Latina; “Kamiyama Artist in Residence+Exhibition” (2010), em Tokushima, Japão; “Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia” (2010), no Museu da UFPA, em Belém.
RAQUEL
DINIz _ Pirapora, MG, 1979
vive em Londres. Cursou bacharelado em Jornalismo na Fumec, em Belo Horizonte, Minas Gerais, e mestrado em Imagem e Comunicação na Universidade Goldsmiths, em Londres, Inglaterra. Em 2007 expôs no “Women’s Art Show”, no Fairfields Arts Centre, em Basingstoke, no sudeste da Inglaterra e no ano seguinte organizou e participou de exposição coletiva dos alunos da Goldsmiths, na Bargerhouse, em Londres. Em 2008 expôs no “Istanbul Art Fair”, na Turquia. Em 2011 colaborou, em São Paulo, com editoras e publicações, como Abril, Três, Preta e Folha de S. Paulo. Lecionou fotografia na Academia Brasileira de Arte (ABRA) em 2014. Em 2013 fez parte da oficina Pensamento visual, ministrada pela artista Márcia Xavier, com exposição coletiva no Instituto Tomie Ohtake. Seu trabalho apresentado para esta mostra tem participação de Francisco Mazza (Araçatuba, SP, 1978), engenheiro, músico, compositor e artista sonoro com Pós-graduação em Criação de Trilha Sonora para Cinema, Tv e Outras Mídias pela Universidade Anhembi Morumbi. Mazza desenvolveu trilhas audiovisuais para teatro, dança, instalações e festivais, entre os quais São Paulo, a Symphonia da Metrópole - Memorial da América Latina em São Paulo e 46º Festival Brasileiro de Cinema de Brasília. Realizou a residência artística “Som Expandido” - Red Bull Studios.
WALDA MARQUES _ Belém, PA, 1962
vive em Belém. Iniciou em 1989, nas oficinas de Miguel Chikaoka na Associação FotoAtiva. Seu trabalho mistura linguagens da fotonovela, performance e instalação. Participou das exposições “Fotografia Construída” no Museu Lasar Segal em São Paulo (1993), “Fotografia Brasileira Contemporânea”, no SESC –Pompéia em São Paulo (1993), “Brasilianas” – Centro de Fotografia do Porto – Portugal (2000), “Panorama da Arte Brasileira” – MAM – São Paulo (2005); “Une Certaine Amazonie” – Seine-Saint-Denis-France (2005), “Manobras Radicais” – Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo (2006); “Cartografias Contemporâneas” – Fotoativa Pará – Sesc-São Paulo (2009); “Pororoca no Mar - Museu de Arte do Rio (MAR) - (2014); “A Arte da Lembrança” – Itaú Cultural, São Paulo (2015), dentre outras. Foi artista convidada do Salão Arte Pará em 2006 e 2009. Realizou diversas individuais, dentre as quais Mariatiraamáscaraqueeuquerote ver (1994) Era uma vez caixa de fósforo (1996), Românticos de Cuba (2013), como artista convidada do Iv Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia e A Cidade em Silêncio , em Belém. Tem quatro publicações de artista, dentre elas, as fotonovelas O Homem do Central Hotel e A Iludida. Possui obras nos acervos do Museu Histórico do Pará, Coleção Pirelli-Masp do Museu de Arte de São Paulo e no Museu de Arte do Rio (MAR) – no Rio de Janeiro.
Centro Cultural Yves Alves _ Tiradentes Sobrado Quatro Cantos _ Tiradentes _ Instalação de Walda Marques _ Encomendas, 2015CâmeraSete _ Belo Horizonte
EXPOSIÇÃO
COORDENAÇÃO
Eugênio Sávio CURADORIA Mariano Klautau Filho PRODUÇÃO Gabriela Sá e Irene Almeida DESIGN voltz REVISÃO vera Lúcia De Simoni IMPRESSÃO
Studio Anta - Guilherme Horta MOLDURAS viv’Arte MONTAGEM Sergin Castanheira, Alberto Lopes, Edivaldo Gomes da Cruz CENOGRAFIA Bernardo Rohrman e Marcos Lustosa LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DF Audiovisual FOTO EM PAUTA PRODUÇÃO
Angélica Pedrosa e Flávia Rettore GESTÃO DE PROJETOS Clac Cultural ASSESSORIA JURÍDICA
Dolabella Advocacia e Consultoria ASSESSORIA DE IMPRENSA
Rede Comunicação de Resultado PLANEJAMENTO WEB
PlanB Comunicação Online
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G333 Gestos, relatos, escritas e autoficções / André Penteado ... [et al.] ; curadoria Mariano Klautau Filho.1. ed. – Belo Horizonte, MG : Tempo d’Imagem, 2015. 64 p. il. ; 19 cm. ISBN 978-85-87314-47-5 1. Fotografias - Fotógrafos Brasil - Exposições. I. Penteado, André. II. Klautau Filho, Mariano. 2. Festival de Fotografia de Tiradentes.